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Locação é o empréstimo oneroso de coisa infungível, sendo distinto do comodato, que se caracteriza pelo empréstimo gratuito. Os artigos 565 e seguintes do Código Civil estabelecem as regras gerais para o contrato de locação, mas essas normas devem ser afastadas quando houver uma lei especial aplicável à situação. No caso de locação de imóvel urbano, a Lei nº 8.245/91, conhecida como Lei de Inquilinato, é a legislação específica que regula o assunto. Esta lei é o principal foco de estudo no contexto da locação de imóveis urbanos. Além da Lei de Inquilinato, existem outras legislações especiais que tratam de diferentes tipos de locação, como a regulamentação da hospedagem pela Lei Geral do Turismo (Lei nº 11.771/2008), a locação de bens da União pelo Decreto-Lei nº 9.760/1946 e o arrendamento rural conforme os artigos 92 e seguintes do Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/1964). Porém, não abordaremos detalhadamente essas leis neste contexto. Quando o locatário é o Poder Público, aplicam-se predominantemente as regras do Direito Privado, com exceção de algumas normas de Direito Público conforme estabelecido pelo artigo 62, § 3º, I, da Lei de Licitações (Lei nº 8.666/1993). No entanto, essa questão é objeto de controvérsia no âmbito do Direito Administrativo, e há debates sobre o assunto, como discutido em artigos de juristas como Rodrigo Ferreira Santos (2014) e das advogadas Blenda Maria Freire e Ana Flávia Cançado (Freire e Cançado, 2011).
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