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Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 1 Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO CONTEXTO HISTÓRICO SÉCULO 17 VARIOLIZAÇÃO Na China, eram raspados as crostas das lesões da varíola, reduzindo ela a pó e assopravam nas narinas do paciente SÉCULO 18 1771 Registro da inoculação da vacina, pela primeira vez, na Inglaterra 1778 Edward Jenner publicou o “Variolae Vaccinae”, trabalho em que ele observou que camponeses que tinham contato com vacas infectadas por varíola bovina desenvolviam uma forma branda da varíola humana ou até mesmo permaneciam saudáveis após a exposição à doença, gerando a palavra vacina (derivada da palavra “vaca”) 1796 A 1ª vacina foi descoberta por Edward Jenner, que sistematizou os conhecimentos empíricos e criou a vacina, de forma a prevenir a varíola, a partir da pústula formada pelo vírus vaccinia nas tetas das vacas SÉCULO 19 1804 Chega a vacina contra a varíola no Brasil, trazida pela corte portuguesa 1808 Criação da 1ª organização nacional de Saúde Pública no Brasil e do cargo de Provedor-Mor de Saúde da Corte e do Estado do Brasil, caracterizando o início da história da Saúde Pública no País 1811 Criação da Junta Vacínica da Corte 1832 Estabelecimento do Código de Posturas do município do Rio de Janeiro, definindo-se pela 1ª vez no Brasil a obrigatoriedade da vacina contra a varíola para crianças, atribuindo- se multa para os que infringissem a legislação 1834 Registro de epidemia de varíola no Rio de Janeiro 1846 Criação do Instituto Vacínico do Império (Instituto Vacínico da Corte) 1849 Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 2 Registro da 1ª grande epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro, atribuída à chegada de um navio negreiro, procedente de Nova Orleans, que fez escalas em Havana e Salvador 1850 Instituição, pela Secretaria de Estado de Negócios do Império, do Regulamento Sanitário, que estabelece normas para a 2ª campanha contra a febre amarela no Brasil 1851 Criação da Junta Central de Higiene Pública, integrando o Ministério do Império 1870 Louis Pasteur e Robert Koch estabelecem a relação entre patógenos e doença e, em homenagem a Jenner, determinam que qualquer preparado de patógenos para imunização deve ser chamado de vacina 1884 Descrição, por Louis Pasteur e colaboradores, para a Academia de Ciências, da atenuação da virulência da amostra após passagens sucessivas do vírus da raiva no sistema nervoso central (SNC) de coelhos e da utilização experimental da vacina em animais 1885 Descoberta da vacina contra a raiva por Pasteur 1886 Extinção do Instituto Vacínico do Império Criação da Inspetoria Geral de Higiene de São Paulo, que tinha entre as suas atribuições o combate à varíola 1887 Registro de grande surto de varíola no Rio de Janeiro Montagem de um serviço de vacinação e oferta da vacina na Santa Casa do Rio de Janeiro 1888 Ampliação da produção da vacina contra varíola, no Brasil Inauguração do Instituto Pasteur do Rio de Janeiro, vinculado à Santa Casa de Misericórdia, voltado exclusivamente para a produção da vacina antirrábica 1889 Aquisição da fazenda Butantan para a instalação de um laboratório de produção de soro antipestoso 1891 A vacina contra varíola tornou-se obrigatória no Estado de São Pulo e, posteriormente, em outros estados e provocou debates acirrados sobre a intervenção do Estado na liberdade individual 1892 Descoberta da vacina contra a cólera por Waldemar Mordecai Haffkine 1894 Descoberta do soro antidiftérico por Pierre Paul Émile Roux 1896 Introdução quase simultânea de vacinas antitifoídicas por Wright e Pfeiffer & Koller 1897 Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 3 Ingresso de Vital Brazil no Instituto Bacteriológico do Estado de São Paulo, dando início às suas pesquisas e aos primeiros experimentos com os venenos das serpentes 1899 Criação, em São Paulo, da Liga Brasileira contra a Tuberculose e da Liga Paulista contra a Tuberculose SÉCULO 20 1900 Criação do Instituto Soroterápico do Rio de Janeiro 1901 Produção dos primeiros tubos do soro antipestoso e de soros antipeçonhentos 1903 Nomeação de Oswaldo Cruz como diretor geral da Diretoria Geral de Saúde Pública 1904 Estoura a conhecida “Revolta da Vacina” no Rio de Janeiro, momento em que a população levantou-se contra a obrigatoriedade da imunização, que culminou em revogação da lei, prisão e exílio dos líderes do movimento 1921 Obtenção da vacina BCG por Albert Calmette e Camille Guérin 1923 Descoberta do toxoide contra a difteria por Ramon & Glenny e da vacina contra coqueluche por Madsen 1927 Início da vacinação contra a tuberculose no Brasil com a vacina BCG 1930 Início da produção de vacinas pelo Instituto Butantan 1937 Criação e registro da 1ª vacina eficaz contra febre amarela, conhecida como a cepa 17-D ou vírus camarada 1953 A saúde ganha um Ministério próprio 1957 Descoberta da vacina oral contra a poliomielite (VOP) 1967 Introdução da vacina contra o sarampo no Brasil 1973 Cria-se o Programa Nacional de Imunizações (PNI) 1980 Erradica-se a varíola PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI) Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 4 Programa criado em 18 de setembro de 1973, referência mundial em imunizações, que tem como princípio a vacinação gratuita para toda população, de acordo com os calendários: infantil, do adolescente, adulto, idoso, gestantes e indígenas CONCEITOS PARA RECORDAR IMUNIZAR Tornar ou ficar imune a determinado agente patogênico, a uma doença infecciosa IMUNIZAÇÃO PASSIVA Introdução de anticorpos já prontos no organismo INDICAÇÕES Prover imunidade em situações que necessitam de proteção imediata e resguardar indivíduos imunodeprimidos, ou que não conseguem produzir seus próprios anticorpos, os imunodeficientes VANTAGENS Proteção imediata Não depende da resposta imune do indivíduo DESVANTAGENS Transitória Não promove memória imunobiológica Pode causar a doença do soro ou anafilaxia EXEMPLOS Imunoglobulinas Homóloga: feita a partir do plasma ou soro de um ou mais humanos que apresentam imunidade recente para a doença Heteróloga: feita a partir do soro de animais, principalmente o cavalo, e é utilizada em acidentes com animais peçonhentos Anticorpos de origem animal Anticorpos monoclonais: produzido contra um único antígeno, por meio de um clone de linfócito B, como palivizumabe Anticorpos maternos transferidos via placenta (IgG) ou pelo leite materno (IgA) IMUNIZAÇÃO ATIVA Ocorre quando há um estímulo para produção de anticorpos próprios, através dos antígenos VANTAGEM Produção de memória imunológica DESVANTAGEM Anticorpos demoram de 10 a 14 dias para serem produzidos, ou seja, a proteção não é imediata VACINAS O QUE SÃO? Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 5 Micro-organismos inteiros, ou parte deles, injetados no corpo para prevenção de doenças infecciosas VACINAS VIVAS ATENUADAS São vacinas que contém o patógeno, entretanto, de uma forma enfraquecida, em que eles perderam a capacidade de produzir a doença nos imunocompetentes MECANISMO Essas vacinas imitam o ciclo da doença, produzindo uma espécie de infecção branda. A partir daí, você cria anticorpos próprios contra a doença e fica protegido em futuros contatos com o patógeno APLICAÇÃO A maioria delas é de aplicação subcutânea VANTAGENS Imunidade mais duradoura Menor nº de doses para criar proteção efetiva DESVANTAGENS Perigosas para imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes, pois mesmo um agente enfraquecido pode causar doença nesses grupos EXEMPLOS ⏩ BCG ⏩ Rotavírus ⏩ Febre amarela ⏩ Pólio Oral ⏩ Tríplice Viral: Sarampo, Caxumba e Rubéola ⏩ Tetra Viral: Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela ⏩ Varicela Isolada ⏩ Dengue ⏩ Herpes-zóster VACINAS INATIVADAS Não contêm o patógeno vivo, portanto não têm capacidade de produzir a doença e não imitam o ciclo de infecção VANTAGENS Seguras para imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes DESVANTAGENSA imunidade gerada pode ser mais curta, necessitando de doses de reforço e precisarem de um nº maior de doses para produzir a imunidade ideal EXEMPLOS ⏩ Tríplice Bacteriana: Difteria, Tétano e Coqueluche ⏩ Meningocócicas C, B e ACWY ⏩ Pneumocócicas 7, 10, 13 e 23 valente ⏩ Haemophilus influenzae tipo B ⏩ Hepatites A e B ⏩ HPV Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 6 ⏩ Pólio Inativada ⏩ Raiva ⏩ Influenza ⏩ Herpes-zóster (Shingrix™) COMO AS VACINAS FUNCIONAM? Há dois tipos de resposta a vacinas: Humoral e Celular RESPOSTA HUMORAL Os linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, responsáveis pela produção de imunoglobulinas IgM, IgG e IgA Resposta mais pobre, inespecífica e responde a qualquer antígeno polissacarídeo Ativada tanto pelas vacinas vivas como pelas inativadas RESPOSTA CELULAR As bactérias das vacinas inativadas são compostas por cápsulas polissacarídeas, então, para que consiga estimular essa resposta, é necessário conjugá-la a uma proteína Resposta mais eficaz e específica Ativada apenas nas vacinas vivas atenuadas ou inativadas conjugadas a proteínas QUAIS SÃO OS TIPOS DE VACINAS? ISOLADAS Vacinas que contêm 1 único antígeno, como a vacina isolada contra varicela COMBINADAS Vacina que contêm mais de um antígeno no mesmo frasco, como a vacina tetravalente MULTIDOSES Vacinas que contêm um único antígeno, com mais de uma dose no mesmo frasco, como a vacina contra febre amarela CONJUGADAS Vacina conjugada a uma proteína para aumentar a resposta imune ao estimular a resposta celular do linfócito T dependente, além da humoral, como a vacina conjugada antimeningococo C COADMINISTRAÇÃO INATIVADA X INATIVADA Administrar no mesmo dia ou com qualquer intervalo de tempo INATIVADA X VIVA Administrar no mesmo dia ou com qualquer intervalo de tempo VIVA X VIVA Administrar no mesmo dia ou com 4 semanas de intervalo entre elas As vacinas que contém sarampo - tríplice ou tetra viral - com a febre amarela em crianças menores de 2 anos, não podem ser administradas no mesmo dia. Deve ser respeitado um intervalo mínimo de 15 dias entre elas, 30 dias idealmente. Estudos mostraram que há perda de imunogenicidade quando aplicadas juntas. Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 7 VACINAS X IMUNOBIOLÓGICOS A coadministração de vacinas vivas atenuadas e de imunoglobulinas não é indicada, exceto em situações de alto risco IMUNOGLOBULINAS A indicação é esperar, no mínimo, 2 semanas, mas, idealmente, no mínimo, 3 meses entre um e outro TRANSFUSÃO SANGUÍNEA A administração de vacinas após transfusão de sangue também segue o mesmo princípio e deve ser obedecido um intervalo mínimo de 5 meses, de acordo com o Ministério da Saúde IMUNOSSUPRESSORES A coadministração com imunossupressores é contraindicada para vacinas vivas, e o tempo recomendado entre a retirada dos medicamentos e a administração das vacinas atenuadas varia de acordo com a droga. Para o corticoide, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações referem um tempo mínimo de 30 dias VACINAS X ANTITÉRMICOS Os estudos mostraram que há perda de imunogenicidade quando administramos antitérmicos antes ou imediatamente após a vacinação, portanto eles são CONTRAINDICADOS. A única exceção é a vacina meningocócica B, que está liberada para ser aplicada com o antitérmico paracetamol ESQUEMA VACINAL Nº de doses que deve ser feito para atingir a imunidade ideal, que precisa ser comprovado, por meio da carteirinha, do registro eletrônico FALHA VACINAL PRIMÁRIA Falha da própria vacina, por perda de imunogenicidade, que pode ocorrer por contaminação, desvios de temperatura ou problemas na fabricação SECUNDÁRIA Problemas de imunidade do paciente, como em imunodeficiências primárias IMUNIDADE DE REBANHO A imunidade de rebanho ocorre quando temos 2 grupos de pessoas em uma mesma comunidade: 1. Imunizados para determinada doença, que precisam ser a maioria 2. Não imunizados para a tal doença, que precisam ser a minoria O 1º grupo, como está protegido, não irá se infectar com a doença, assim, não será fonte de infecção para o 2º grupo Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 8 Outro tipo de imunidade de rebanho ocorre na vacina contra poliomielite oral, em que os vírus vacinais enfraquecidos, excretados pelas fezes, competem com os vírus selvagens na colonização do intestino, não deixando os patógenos selvagens infectarem a pessoa SALA DE VACINAÇÃO As vacinas devem ser mantidas na temperatura de +2°C a +8°C e devem ter suas temperaturas medidas no início e no final do dia em refrigerador exclusivo (não misturar com alimentos) CONTRAINDICAÇÕES DAS VACINAS 1. Anafilaxia em dose anterior e alergia grave a algum dos componentes 2. Imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes não devem aplicar vacina viva atenuada 3. Doença febril aguda contraindica a vacina no momento da doença REAÇÕES ADVERSAS DAS VACINAS REAÇÕES LEVES 1. Locais: dor no local da aplicação, edema, enduração, eritema 2. Sistêmicas: febre, mal-estar, dor no corpo REAÇÕES GRAVES São raras e devem ser notificados ao sistema de vigilância epidemiológica em até 24 horas CALENDÁRIO VACINAL INFANTIL IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS Ao nascer BCG - ID dose única Formas graves de tuberculose Vacina contra hepatite B (1) 1ª dose Hepatite B 1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose Hepatite B 2 meses Vacina tetravalente (DTP + Hib) (2) 1ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b VOP (vacina oral contra pólio) 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil) VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (3) 1ª dose Diarréia por Rotavírus Vacina tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b 4 meses VOP (vacina oral contra pólio) 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil) VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (4) 2ª dose Diarréia por Rotavírus 6 meses Vacina tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 9 VOP (vacina oral contra pólio) 3ª dose Poliomielite (paralisia infantil) Vacina contra hepatite B 3ª dose Hepatite B 9 meses Vacina contra febre amarela (5) dose inicial Febre amarela 12 meses SRC (tríplice viral) dose única Sarampo, rubéola e caxumba 15 meses VOP (vacina oral contra pólio) reforço Poliomielite (paralisia infantil) DTP (tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano e coqueluche 4 - 6 anos DTP (tríplice bacteriana 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche SRC (tríplice viral) reforço Sarampo, rubéola e caxumba 10 anos Vacina contra febre amarela reforço Febre amarela ADULTO E IDOSO IDADE VACINAS DOSES 20 a 59 anos Tríplice viral 2 doses, se não tiver o esquema completo anteriormente até os 29 anos dT 1 dose a cada 10 anos Hepatite B 3 doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Febre amarela Dose única, se não tiver vacinação prévia 60+ anos dT 1 dose a cada 10 anos Hepatite B 3 doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Pneumocócica 23-valente 1 dose para acamados ou moradores de instituições fechadas Influenza Dose única anual BCG CONCEITO Vacina viva atenuada composta pela bactéria de origem bovina Mycobacterium bovis, que protege contra formas graves da doença tuberculosa: meningoencefalite e miliar ADMINISTRAÇÃO Administração intradérmica em deltoide direito em RN > 2000 gramas até 4 anos, 11 meses e 29 dias EVOLUÇÃO DA LESÃO 1 A 2 SEMANAS Mácula avermelhada, com enduração de 5 mm a 15 mm de diâmetro Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 10 3 A 4 SEMANAS Pústula seguida de crosta 4 A 5 SEMANAS Úlcera com a 10 mm de diâmetro APÓS 6 A 12 SEMANAS Cicatriz com 4 a 7 mm de diâmetro REVACINAÇÃO Não há necessidade de revacinar crianças sem cicatriz vacinal, nem realizar exames, simplesmenteconsidere a criança como imune CONTRAINDICAÇÃO Por ser uma vacina viva atenuada, é contraindicada para imunossuprimidos, imunodeficientes e gestantes REAÇÕES ADVERSAS ENFARTAMENTO GANGLIONAR AXILAR Único ou múltiplo, com até 3 cm móvel, indolor, localizado em região axilar, supra ou infraclavicular homolateral à vacina. Conduta expectante ÚLCERA > 1 CM Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 11 A conduta é Isoniazida até a regressão da lesão ABCESSOS SUBCUTÂNEOS 1. Frios com ou sem fístula: estão associados à aplicação errônea subcutânea, sendo indicado Isoniazida até a regressão da lesão 2. Quentes com ou sem fístula: estão relacionados à infecção cutânea por bactérias da pele, sendo indicado o uso de antimicrobiano sistêmico com cobertura para pele LINFADENOPATIA > 3 CM 1. Sem supuração: a conduta é observar a reação 2. Com supuração: a conduta é isoniazida até a regressão da lesão REAÇÃO LUPOIDE Esquema tríplice: isoniazida, rifampicina, etambutol por 2 meses, seguido de isoniazida e rifampicina por mais 4 meses SITUAÇÕES ESPECIAIS BEBÊS DE MÃES HIV + Independentemente do tratamento materno, devem receber a vacina ao nascer BEBÊS DE MÃES COM TUBERCULOSE BACILÍFERA ATIVA NO MOMENTO DO PARTO Não devem ser vacinados ao nascer, porém devem iniciar isoniazida ou rifampicina e manter a medicação por 3 meses. Após esse período, realizar PPD, se não reativo, vacinar CONTACTANTES DE HANSENÍASE Maiores de um ano que tenham contatos intradomiciliares com portadores de hanseníase devem ser vacinados com uma dose a mais de BCG HEPATITE B CONCEITO Vacina inativada, constituída por proteínas de superfície do vírus da doença, que protege contra a infecção pelo vírus da hepatite B, que pode causar cirrose e câncer de fígado ADMINISTRAÇÃO Administração intramuscular em vasto lateral da coxa em até 1 mês IDADE Ao nascer, 2, 4 e 6 meses RN FILHO DE MÃE HBsAg POSITIVA Está indicada ao nascer, além da vacina contra hepatite B, 1 dose de imunoglobulina anti- hepatite B em até 12 a 24 horas após o parto, em dose única IMUNOGLOBULINA ANTI-HEPATITE B É feita com plasma de indivíduos submetidos recentemente à vacinação e contém anticorpos anti-HBsAg em dose única intramuscular, sendo indicada para indivíduos suscetíveis pós- exposição à doença em casos de: RNs filhos de mãe HBsAg positivas Vítimas de acidentes com material biológico Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 12 Vítimas de violência sexual Imunodeprimidos mesmo que previamente vacinados FAMÍLIA DTP CONCEITO Vacinas inativadas contra Difteria, Tétano e Coqueluche, que são administradas por via intramuscular DIFTERIA Doença causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que causa febre e pseudomembrana em orofaringe, que pode se estender para vias aéreas e dificultar a respiração, além de linfonodomegalia cervical. Suas toxinas também podem disseminar-se e causar paralisia muscular, bem como miocardite TÉTANO Doença causada pelas toxinas da bactéria Clostridium tetani, que pode levar a crises convulsivas e contraturas musculares, que resultam em insuficiência respiratória e óbito COQUELUCHE Infecção Respiratória Aguda ocasionada pela bactéria Bordetella pertussis, que ocasiona tosse persistente, podendo levar à hipoxemia, insuficiência respiratória e ao óbito lactentes jovens DTPW - TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL DE CÉLULAS INTEIRAS Vacina inativada, conhecida como Pentavalente, que contém toxoides diftérico, tetânico e bactérias Bordetella pertussis inativadas (mortas) DTPa - TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL ACELULAR Vacina inativada que contém os toxoides diftérico, tetânico e antígenos inativados da Bordetella Pertussis: toxoide pertussis, pertactina e hemaglutinina filamentosa. É indicada para pacientes que sofreram episódio hipotônico-hiporresponsivo ou crise convulsiva após a administração de DTPw DT - DUPLA BACTERIANA INFANTIL Vacina inativada que apresenta apenas toxoides diftérico e tetânico, sendo indicada para pacientes que apresentaram encefalopatia em até 7 dias após as vacinas DTPW ou DTPA dT - DUPLA BACTERIANA ADULTA Vacina inativada que apresenta toxoide diftérico em menor volume que as anteriores e toxoide tetânico dTpa – TRÍPLICE BACTERIANA ADULTA ACELULAR Vacina inativada que apresenta toxoide diftérico em menor volume que as infantis, toxoide tetânico e componente acelular da coqueluche, sendo indicada para gestantes da 20ª semana de gravidez até os 45 dias após o parto em dose única, e para profissionais de saúde que atuam em salas de parto a cada 10 anos REAÇÕES ADVERSAS FEBRE E CHORO PERSISTENTE Caracterizado por irritabilidade após algumas horas da aplicação da vacina, mas não contraindica doses subsequentes da vacina. Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 13 EPISÓDIO HIPOTÔNICO-HIPORRESPONSIVO Ocorre em até 48 horas após a vacina e caracteriza-se por hipotonia muscular, pouca responsividade a estímulos externos, cianose e palidez. Também é benigno e autolimitado, porém contraindica a vacinação com DTPw e indica a DTPa em doses subsequentes CONVULSÕES TÔNICO-CLÔNICAS GENERALIZADAS Ocorrem em até 72 horas após a vacina e podem, ou não, estar acompanhadas de febre. Contraindica a vacinação com DTPw e indica a DTPa em doses subsequentes ENCEFALOPATIA PÓS-VACINAL Ocorre em até 7 dias e caracteriza-se por paralisias motoras, deficiências sensitivas e crises convulsivas focais ou generalizadas. Contraindica a aplicação do componente pertussis, então, indica-se o uso de DT VACINAS CONTRA POLIOMIELITE CONCEITO Vacina que protege contra infecção pelo poliovírus, causador da poliomielite, também chamada de paralisia infantil TIPOS DE VACINAS VACINA INATIVADA CONTRA POLIOMIELITE (VIP) Composta por poliovírus 1, 2 e 3 mortos Administração intramuscular Vantagens: inativada e não causar reações adversas graves VACINA ORAL VIVA ATENUADA CONTRA POLIOMIELITE (VOP) Composta por poliovírus 1 e 3 Administração oral Vantagens: menor custo e fácil aplicação Excretada pelas fezes, então tem a capacidade de causar imunidade de rebanho aos não vacinados, ao competir com o vírus selvagem no intestino Desvantagens: pode causar poliomielite associada à vacina IDADE No calendário da criança do PNI, estão indicadas 5 doses das vacinas: Aos 2, 4 e 6 meses, na forma inativada (VIP/Salk) Aos 15 meses e 4 anos, na forma oral (VOP/Sabin — a vacina do Zé gotinha!) Além disso, o governo tem feito campanhas de vacinação com doses extras da vacina oral para crianças maiores de 1 ano até crianças < 5 anos REAÇÕES ADVERSAS VACINA INATIVADA CONTRA POLIOMIELITE (VIP) Pouco frequentes e leves VACINA ORAL VIVA ATENUADA CONTRA POLIOMIELITE (VOP) Rara, mas pode ocorrer poliomielite associada à vacina CONTRAINDICAÇÕES Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 14 VACINA ORAL VIVA ATENUADA CONTRA POLIOMIELITE (VOP) Imunodeficientes Crianças expostas ao HIV que ainda aguardam definição diagnóstica Comunicantes de imunodeficientes e em ambiente hospitalar VACINAS CONTRA ROTAVÍRUS CONCEITO Vacina composta de vírus vivos atenuados, administrada pela via oral, sendo iniciada a absorção na mucosa oral, portanto não revacinamos se a criança não engolir a vacina IDADE No calendário da criança do PNI, estão indicadas duas doses das vacinas: 2 e 4 meses A vacina do rotavírus tem idades limites para ser aplicada: 1ª dose: Só pode ser aplicada até 3 meses e 15 dias; 2ª dose: Só pode ser aplicada até 7 meses e 29 dias. Mas e se a criança não fez a primeira dose, mas está dentro da idade para a segunda, ela pode aplicar? NÃO! Ela só pode começar o esquema vacinal até 3 meses e 15 dias! REAÇÕES ADVERSAS Pode causar hematoquezia em lactentes CONTRAINDICAÇÕES Ambiente hospitalar Imunodepressão Malformações do TGI não corrigidas História de invaginação intestinal Enterocolite necrosante VACINAS PNEUMOCÓCICAS CONCEITO Vacinas inativadas compostas por sorotipos do pneumococo administradaspor via intramuscular, que protegem contra infecção pelo pneumococo, causador de meningite, pneumonia, otites e doença disseminada PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE Vacina presente no PNI, que contém os sorotipos: 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F, conjugados com a proteína do Haemophilus influenzae tipo B INDICAÇÃO Aos 2 e 4 meses, com reforço aos 12 meses PNEUMOCÓCICA 13-VALENTE Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 15 Vacina presente no sistema privado de imunizações e nos CRIEs. Contém os sorotipos: 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F, conjugada com proteína CRM197 INDICAÇÃO Aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforço aos 12 meses PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE Vacina polissacarídea composta de 23 sorotipos de pneumococo, disponível no sistema privado de imunizações e nos CRIEs INDICAÇÃO Indicada no PNI para maiores de 60 anos, que sejam acamados ou moradores de instituições fechadas, em dose única PACIENTES ESPECIAIS < 5 ANOS INDICAÇÕES PNEUMO 13 PNEUMO 23 Portadores de HIV, Oncológicos e Transplantados de órgãos sólidos 1 dose 1 dose + 1 dose 5 anos após Transplantados de medula óssea 3 doses 1 dose + 1 dose 5 anos após > 5 ANOS INDICAÇÕES PNEUMO 23 PNEUMO 13 PNEUMO 23 Portadores de HIV, Oncológicos, Transplantados de órgãos sólidos 1 dose 1 dose 1 ano após 1 dose 5 anos após a 1ª dose VACINAS MENINGOCÓCICAS CONCEITO Vacinas inativadas compostas por sorotipos do meningococo administradas por via intramuscular, que protegem contra infecção pelo meningococo, causador de meningite, meningococcemia ou a associação das duas MENINCOCÓCICA C Vacina conjugada presente no PNI, que contém o sorotipo C INDICAÇÃO Indicada aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses MENINCOCÓCICA ACWY Vacina conjugada composta pelos sorotipos A, C, W e Y, disponível no PNI para adolescentes de 11 a 14 anos em dose única MENINCOCÓCICA B Vacina obtida através do DNA da bactéria, composta por proteínas de superfície do sorotipo B, disponível no sistema privado de imunizações apenas INDICAÇÃO Aos 3, 5 e 12 meses Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 16 VACINAS CONTRA FEBRE AMARELA CONCEITO Vacina viva atenuada composta por vírus da febre amarela enfraquecido aplicada subcutânea, que protege contra o vírus da febre amarela, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti IDADE A vacina é indicada a partir dos 9 meses de idade, com reforço aos 4 anos. Porém, em situações de surto, pode ser aplicada a partir dos 6 meses REAÇÕES ADVERSAS A Doença neurológica associada à vacina é um evento adverso raro que se caracteriza pelo aparecimento, em 7 a 21 dias após a vacinação, de febre e sinais de meningoencefalite CONTRAINDICAÇÕES Imunodeprimidos Gestantes Mulheres que amamentam até o bebê completar seis meses de vida Se a vacinação for indispensável, é indicado suspender o aleitamento materno por 10 a 14 dias e utilizar fórmula infantil ou leite do banco de leite materno Pacientes com histórico de anafilaxia pelo ovo VACINAS CONTRA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA CONCEITO Vacinas vivas atenuadas compostas por vírus enfraquecidos do sarampo, caxumba, rubéola e varicela, aplicadas via subcutânea PREVENÇÃO SARAMPO Doença exantemática que causa febre, tosse, conjuntivite e exantema morbiliforme podendo levar ao óbito por complicações, como pneumonia e encefalite RUBÉOLA Doença exantemática que causa febre, adenomegalia, exantema maculopapular róseo. Pode causar a síndrome da rubéola congênita em mulheres grávidas, caracterizada por aborto, óbito fetal, cardiopatias, catarata e surdez CAXUMBA Doença transmitida por gotículas de saliva. A maioria dos casos é assintomático, porém pode causar inflamação da parótida, orquite, ooforite, encefalite, podendo levar à infertilidade e surdez como sequelas VARICELA Doença que causa exantema polimórfico, podendo levar à encefalite, pneumonia e infecção secundária de pele VACINA TRÍPLICE VIRAL Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 17 Essa vacina é composta pelas primeiras doses de proteção contra sarampo, caxumba e rubéola e está indicada pelo PNI para ser aplicada aos 12 meses INDICAÇÃO Crianças: doses aos 12 e 15 meses Crianças, adolescentes e adultos até 29 anos não vacinados: necessário ter duas doses Dos 30 aos 59 anos: necessário ter uma dose Dose zero (dose aplicada em situações de surto): dos 6 aos 12 meses. Não substitui dose do esquema Contactantes suscetíveis: vacinação de bloqueio até 72 horas pós-exposição VACINA VARICELA ISOLADA Ela é composta pela 2ª dose de proteção contra varicela e deve ser aplicada aos 4 anos, segundo o PNI. Também é indicada para contactantes suscetíveis de varicela maiores de 9 meses, imunocompetentes, em 3 a 5 dias após exposição REAÇÃO ADVERSA Síndrome de Reye: associado a crianças que utilizam ácido acetilsalicílico (AAS) de modo contínuo CONTRAINDICAÇÕES Imunodeprimidos Gestantes IMUNOGLOBULINA ANTI-SARAMPO Para contactantes não imunizados previamente com 2 doses das vacinas e que não podem ser imunizados com elas INDICAÇÃO Sarampo, em até 6 dias após a exposição IMUNOGLOBULINA ANTI-VARICELA-ZOSTER Para contactantes não imunizados previamente com 2 doses das vacinas e que não podem ser imunizados com elas INDICAÇÃO Varicela, em até 96 horas após a exposição VACINAS CONTRA HEPATITE A CONCEITO Vacina inativada composta por patógeno inteiro sem capacidade de produzir doença, administrada intramuscular IDADE Indicada no PNI aos 15 meses de idade em dose única, com idade limite de 4 anos, 11 meses e 29 dias VACINAS CONTRA HPV CONCEITO Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 18 Vacina inativada composta por proteínas do patógeno, administrada intramuscular, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 IDADE Meninos e meninas de 9 a 14 anos 2 doses Com 6 meses de intervalo entre elas Pacientes masculinos e femininos dos 9 até 45 anos, portadores de HIV, transplantados ou oncológicos em uso de terapia imunossupressora 3 doses Com intervalos de 2 meses entre a primeira e a segunda dose, e de 6 meses entre a primeira e a terceira CONTRAINDICAÇÃO Apesar de ser uma vacina inativada, é contraindicada em gestantes VACINA INFLUENZA CONCEITO Vacina inativada composta por proteínas do patógeno, administrada intramuscular ou subcutânea, que previne contra a gripe pelo vírus Influenza INDICAÇÃO Maiores de 60 anos Crianças de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias Grávidas e puérperas até 45 dias pós-parto Profissionais da saúde Profissionais das forças de segurança e salvamento Doentes crônicos Caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários Professores Indígenas Privados de liberdade PALIVIZUMABE CONCEITO Imunoglobulina derivada de anticorpo monoclonal, que previne contra a infecção por vírus sincicial respiratório, causador de bronquiolite e pneumonia, principalmente em lactentes INDICAÇÕES Está disponível nos CRIEs para pacientes especiais. São eles: Recém-nascidos pré-termo menores de 29 semanas de idade gestacional no 1º ano de vida Portadores de cardiopatias congênitas, com repercussão hemodinâmica desde que em tratamento para a doença de base, nos 2 primeiros anos de vida Portadores de distúrbios pulmonares da prematuridade nos dois primeiros anos de vida A Sociedade Brasileira de Pediatria acrescenta como indicação: Recém-nascidos pré-termo nascidos com 29 a 32 semanas de idade gestacional até o sexto mês Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 19 Para esses pacientes, o Palivizumabe está disponível no sistema privado e, em alguns estados do Brasil, já está disponível no sistema público VACINA E SORO CONTRA RAIVA CONCEITO Vacina inativada antirrábica e soro antirrábico (SAR) ou imunoglobulina humana antirrábica (IGHAR) utilizada após exposição ao vírus, que previnem contra a infecção respiratória por vírus da raiva, causador de encefalite aguda CLASSIFICAÇÃO DOS FERIMENTOS INDICAÇÕES Pré-exposição: indivíduos de risco que se expõem a animais, como,por exemplo, veterinários. Duas doses nos dias 0 e 7, intramuscular ou intradérmica Pós exposição: segue o protocolo do Ministério da Saúde, pelo qual, temos as seguintes indicações: 1. Contato indireto: não há indicação de profilaxia 2. Animais passíveis de observação e saudáveis: observar por 10 dias; retornar à unidade de atendimento se o animal morrer, desaparecer ou adoecer 3. Animais não passíveis de observação, com sinais sugestivos de raiva ou mamíferos de interesse econômico: a. Se acidente leve: fazer 4 doses da vacina b. Se acidente grave: fazer 4 doses de vacina mais soro ou imunoglobulina 4. Animais silvestres: fazer 4 doses de vacina mais soro ou imunoglobulina FLUXOGRAMA Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 20 VACINAS CONTRA COVID CORONAVAC OXFORD/ASTRAZENECA JANSSEN PFIZER TIPO Vírus inativado Vetor viral Vetor viral RNA mensageiro CRIANÇAS Sim. Acima de 3 anos, 2 doses Não Não Sim. De 6 meses a 2 anos 11 meses e 29 dias - 3 doses e acima de 5 anos. duas doses, ambas com dose pediátrica (0,2ml) ADOLESCENTES E ADULTOS Duas doses A partir de 18 anos, duas doses A partir de 18 anos, dose única Até 17 anos, dose pediátrica. Acima, dose de adulto (0,3ml) GESTANTES Sim Contraindicada Contraindicada Sim IMUNODEPRIMIDOS Contraindicada dos 6 aos 17 anos Acima de 18 anos, três doses Acima de 18 anos, duas doses até 39 anos e dose única acima dessa idade Acima de 12 anos, três doses CONTRAINDICAÇÕES 6 aos 17 anos Gestantes, puérperas, episódio de trombose e plaquetopenia após a 1ª dose Gestantes Nenhuma específica REAÇÕES ADVERSAS GRAVES Sem relatos Trombose Trombose e plaquetopenia Miocardite e pericardite ATUALIDADES ALGUNS DADOS Rusco de surtos de doenças nas Américas atinge o nível mais alto em 30 anos devido a queda na cobertura vacinal Em 2021, 1 em cada 5 crianças com menos de 1 ano de idade não recebeu todas as doses de vacinas Em 2010, as Américas eram a segunda região com a maior cobertura vacinal relatada. Hoje, é a 2ª região com a pior cobertura do mundo Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 21 Os programas nacionais de imunização na América Latina e no Caribe evitam cerca de 174 mil mortes anualmente em crianças < 5 anos QUEDA DA COBERTURA VACINAL Logísticas Desabastecimento de alguns imunobiológicos em alguns locais Horário limitado de funcionamento das UBS Violência Urbana Movimento antivacinação Falta de confiança Movimentos religiosos DESAFIOS Acompanhamento sistemático das reações adversas Debate sobre credibilidade das vacinas Instituições acadêmicas, mídias e demais formadores de opinião ajudam a disseminação positiva sobre a vacina Responsabilidade coletiva Combater notícias falsas CASOS CLÍNICOS 1. Adolescente, 16 anos de idade, vai à consulta ginecológica buscando orientação. Relata estar namorando há três meses, nunca teve atividade sexual, mas pretende começar a ter relações com o namorado em alguns meses. Considerando a literatura mais recente, qual medida teria maior impacto na prevenção das lesões induzidas pelo papilomavirus humano para a paciente em questão, incluindo o câncer de colo uterino? a) Realizar vacinação contra HPV. b) Realizar vacinação contra BCG. c) Realizar vacinação contra Hepatite B. d) Realizar vacinação contra triplice viral. 2. Lactente do sexo masculino de 4 meses e 10 dias é levado à Unidade Básica de Saúde para atualização da imunização. Recebeu somente as vacinas administradas na maternidade (BCG e Hepatite B). Nasceu de parto cesariano, com 35 semanas de idade gestacional, apresenta paralisia cerebral e sibilância recorrente desde o primeiro mês de vida. Hoje está no 5° dia de uso de amoxicilina, prednisolona e broncodiltador para tratamento de uma otite média aguda associada broncoespasmo. Qual vacina não deverá ser administrada hoje? a) Pentavalente. b) Pneumococo. c) Rotavirus. d) Poliomielite. 3. Lactente, sexo masculino, 2 meses de idade, nasceu com atresia duodenal, está internada desde o nascimento. Neste período de 2 meses, foi submetido a abordagem cirúrgica, recebeu nutrição parenteral e desenvolveu infecção de cateter central tratada com sucesso. Encontra-se agora em condições clínicas de transição para dieta oral. Como ainda não tem previsão de alta hospitalar, a equipe deseja manter a vacinação atualizada durante a internação. A criança já recebeu as vacinas de BCG e hepatite B ao nascimento. Quais são as vacinas indicadas neste momento considerando o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e os dados clínicos fornecidos? a) Pneumocócica 10 valente, tetravalente (DPT) e hemóflos B), inativada de poliomielite (VIP) e rotavirus. b) Pneumocócica 10 valente, pentavalente (DPT, hepatite B e hemófilos B) e inativada Imunização - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 22 de poliomielite (VIP). c) Pneumocócica 10 valente, meningocócica C, rotavirus. d) Pneumocócica 10 valente, pentavalente (DPT), hepatite B e hemófilos B 4. Criança de 15 meses de idade comparece a sala de vacinas da unidade básica de saúde para atualizar a sua situação vacinal. Antecedentes: saudável, porém, há dois meses, apresentou reação anafilática após a ingestão de alimento contendo ovo. Recebeu todas as vacinas previstas pelo calendário do Programa Nacional de Imunizações até um ano de idade. As vacinas que a criança deverá receber hoje são a) tríplice bacteriana acelular, hepatite B, H. influenzae tipo B, VOP, hepatite A e tetra viral b) pentavalente, VOP, hepatite A c) tríplice bacteriana acelular, hepatite B, H. influenzae tipo B, VIP, hepatite A e triplice viral d) tríplice bacteriana, VOP, hepatite A e tetra viral 5. Lactente feminino, 4 meses de idade, é levada a UBS pela mãe, que deseja orientações sobre vacinação. A mãe refere que a criança apresentou com um quadro de palidez intensa, associado a hipotonia generalizada, iniciado 6 horas após a aplicação da vacina dos 2 meses de vida. Refere que a criança não reagia quando estimulada. À época, a mãe levou a criança ao serviço de saúde, mas o episódio se resolveu antes da chegada ao hospital. A criança foi avaliada, permaneceu em observação por algumas horas e depois foi liberada. Evoluiu bem, sem novos episódios. Atualmente com desenvolvimento neuropsicomotor adequado para a idade. Levando em consideração os dados informados pela mãe, a conduta é: a. Contraindicar as vacinas de vírus vivos atenuados (rotavírus e poliomielite) e encaminhar para imunologia pediátrica para avaliação. b. Administrar todas as vacinas previstas para a idade e manter observação médica por 6 horas após aplicação. c. Administrar cada uma das vacinas previstas para a idade em dias diferentes e observar possíveis reações de cada uma. d. Trocar a vacina tríplice bacteriana de células inteiras (DPT) por DPT acelular e aplicar as demais vacinas previstas para a idade. 6.
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