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24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 1/23 Segurança do Trabalho Introdução Conhecemos o fogo desde tempos pré-históricos e sabemos que seu uso nos trouxe aspectos evolutivos positivos, porém, quando perdemos o controle sobre este elemento temos o que chamamos de evento indesejável ou incêndio. Juntamente com a evolução de processos e qualidade de vida, também tivemos a demanda de criação de novos materiais e procedimentos de controle do fogo. Sabemos que os bombeiros são as pessoas indicadas e capacitadas para agirem em caso de incêndio, mas qualquer pessoa pode adquirir conhecimento e capacidade para o combate e a defesa de pequenos focos de incêndio, que, se não foram combatidos em sua fase inicial, poderão se tornar incêndios descontrolados. É nesse contexto que apresentaremos algumas considerações a respeito dos principais equipamentos de combate a incêndio e suas principais características. É nesse contexto que o profissional técnico em segurança do trabalho deve ter o conhecimento necessário para o uso correto desses elementos tão importantes em possíveis cenários de incêndio. Extintores de incêndio Todo incêndio de pequena proporção, desde que em seu estágio primário, poderá ser facilmente extinto, quando utilizado o adequado agente extintor. O incêndio pode evoluir na maioria das vezes, conforme a figura a seguir, na qual é possível verificar fases diferentes da evolução do incêndio. Clique ou toque para ampliar a imagem. (objetos/fig01.png) Figura 1 – Estágios de um princípio de incêndio Sabemos que o meio principal de combate a incêndio é o extintor, impedindo que o fogo se espalhe ou tenha sua proporção aumentada. No entanto, a eficácia de combate dependerá de alguns fatores importantes, como tipo de agente extintor, capacidade do extintor, treinamento ou não https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10088225-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/7_equipamentos_emergencia/objetos/fig01.png 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 2/23 da pessoa que utilizará o extintor e a velocidade do início do combate às chamas. Tipos Clique ou toque para visualizar o conteúdo. Extintores de água pressurizada Sendo a água um dos principais agentes extintores utilizados no combate ao fogo, este agente tem como característica principal o alto poder de resfriamento e a produção de vapor em contato com o fogo, fazendo com que haja o deslocamento físico do oxigênio. O extintor de água pressurizada tem como principais características a fácil utilização, a manutenção e a recarga, apresentando também o jato de longo alcance, possibilitando dessa forma a extinção do incêndio a distâncias relativamente seguras. Porém, apesar das facilidades, o extintor de água pressurizada não é indicado para combater incêndios em substâncias como óleo, alguns metais, combustíveis e equipamentos elétricos. Figura 2 – Extintor base de água pressurizada Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-agua-10l-r960>. Extintores de espuma Este agente extintor tem a característica de extinção do fogo por resfriamento, eliminação do oxigênio, impedindo também a vaporização do combustível. É recomendado para extinção de incêndios em materiais inflamáveis e combustíveis, pois proporciona o isolamento do combustível com o oxigênio, além de impedir o recomeço do incêndio após a ocorrência do combate. Este tipo de extintor é contraindicado para o combate a incêndio em ceras em temperatura maior do que 100°C, óleo ou asfalto, redes elétricas ou equipamentos eletrônicos, devido ao material residual. Figura 3 – Extintor de incêndio de espuma mecânica Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-espuma-mecanica-10-l-r929>. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 3/23 Extintores de dióxido de carbono (CO2) Extintores de cilindro de alta pressão que utilizam o elemento em estado líquido. O dióxido de carbono, o CO2, reduz consideravelmente a quantidade de oxigênio, além de reduzir a temperatura próxima ao fogo devido à expansão do gás, demandando, por essa razão, cuidado especial ao manuseio do extintor, já que na proximidade do difusor poderão ocorrer temperaturas inferiores a - 40°C. Este tipo de extintores é utilizado em incêndios de produtos inflamáveis e/ou equipamentos e redes elétricas. Figura 4 – Extintor de incêndio de base de dióxido de carbono (CO2) Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-gas-carbonico-co2-6-kg-r937>. Extintores de pó químico (metais) Formulado principalmente com elementos como cloreto de sódio e alguns aditivos, que atuam formando uma camada sobre o metal, interrompendo a continuidade do incêndio, é indicado para incêndios de pequenas proporções em alguns metais, como zinco, alumínio, titânio, potássio, sódio ou magnésio. Figura 5 – Extintor de incêndio de base de pó químico especial Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-po-classe-d-9-kg-r-930>. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 4/23 Extintores de pó químico seco (PQS) É um agente eficiente no combate a incêndios em combustíveis, inflamáveis e equipamentos eletroeletrônicos. Este agente extintor tem algumas particularidades interessantes, como a formação de uma camada, devido ao pó utilizado, interrompendo assim a reação entre o oxigênio e o vapor, assim como também os níveis de oxigênio e absorve o calor pelas partículas existentes no agente. Esse tipo de extintor requer manutenção constante, pois pode ocorrer o entupimento da válvula de saída devido ao acúmulo do pó utilizado. Os quatro tipos ou elementos utilizados em extintores PQS são bicarbonato de sódio (NaHCO3), bicarbonato de potássio (KHCO3), cloreto de potássio (KCl) ou fosfato de amônio (NH4N2OP4). Os três primeiros elementos indicados devem ser utilizados em incêndios de líquidos inflamáveis e eletricidade; o quarto elemento é indicado para incêndios tanto em inflamáveis como em combustíveis. Figura 6 – Extintor de incêndio de base de pó químico seco (PQS) Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-po-bc-8-kg-r958>. Extintores ABC São extintores que podem ser utilizados em qualquer classe de incêndio, eliminando princípios de incêndio em materiais sólidos ou em líquidos inflamáveis, podendo também ser utilizados em redes elétricas, pois não transmitem a eletricidade por contato, preservando dessa forma a vida do operador. Esse extintor utiliza como agente a base de monofosfato de amônia e sulfato de monoamônio. Figura 7 – Extintor de incêndio de base de pó químico ABC Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-po-abc-8-kg-r918>. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 5/23 Extintor de pó químico úmido Extintor que utiliza água com alguns elementos como acetato de potássio, citrato de potássio, carbonato de potássio ou a combinação destes elementos. É um extintor que tem seu uso indicado na extinção de incêndios em gorduras e óleos, além de poder ser utilizado também em materiais combustíveis. A água tem a função de resfriamento, fazendo com que a temperatura esteja abaixo do ponto de ignição. O restante dos elementos age formando uma camada que separa o óleo ou a gordura do oxigênio. Figura 8 – Extintor de incêndio de base de pó químico especial Fonte: <http://www.aerotexextintores.com.br>. Observação importante Os extintores podem ter rótulo identificado com mais de uma letra, indicando assim serem eficientes para mais classes de incêndio. Por exemplo, extintores ABC e BC. Classes de incêndio Agente A B C D K Água Adequado Inadequado Inadequado Inadequado Inadequado Espuma Adequado Adequado Inadequado Inadequado Inadequado CO2 Não recomendado Adequado Adequado Inadequado Inadequado PQS (BC) Não recomendado Adequado Adequado Inadequado Inadequado PQS (ABC) Adequado Adequado Adequado Inadequado Não recomendado PQ úmido Adequado Inadequado Inadequado Inadequado Adequado PQ metais Inadequado Inadequado Inadequado Adequado Inadequado 24/09/2023, 11:22 Versão para impressãoabout:blank 6/23 Tabela 1 – Classes de incêndio e indicação para uso de extintores. Na figura 9, temos quatro rótulos identificadores de classes de incêndio. O primeiro rótulo refere-se à classe de incêndio “A”. O segundo rótulo refere-se à classe de incêndio “B”. O terceiro rótulo refere-se à classe de incêndio “C”. O quarto rótulo refere-se à classe de incêndio “D”. Figura 9 – Rótulos de classes de incêndio Fonte: <https://www.itafire.com.br>. Os extintores recebem uma classificação quanto à sua capacidade extintora: Extintores de classe A: Capacidade extintora 1-A, 2-A, 3-A, 4-A, 6-A, 10-A, 20-A, 30-A e 40-A. Extintores de classe B: Capacidade extintora 1-B, 2-B, 5-B, 10-B, 20-B, 30-B, 40-B, 60-B e 80- B, 120-B, 160-B, 240-B, 320-B, 480-B e 640-B. Os extintores portáteis podem chegar a 120-B e os sobre rodas podem chegar a 240-B. Extintores de classes C e D: Não têm classificação, o ensaio é do tipo passa ou não passa, ou seja, ou cumprem o requisito normativo de ensaio na sua totalidade ou não são classificados para o risco. Seleção de extintores A seleção de extintores para uma dada situação deve ser determinada pela característica e pelo tamanho do fogo esperado, pelo tipo de construção e sua ocupação, risco a ser protegido, as condições de temperatura do ambiente e por outros fatores. A quantidade, a capacidade extintora, a instalação e as limitações de uso dos extintores devem atender aos seguintes requisitos. A capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor portátil, para que se constitua uma unidade extintora, deve ser: a. Carga d’água: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A b. Carga de espuma mecânica: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A:10-B c. Carga de dióxido de carbono (CO2): extintor com capacidade extintora de no mínimo 5-B:C d. Carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 20-B:C e. Carga de pó ABC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A:20-B:C f. Cada pavimento deve conter no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e classe C. É permitida a instalação de duas unidades extintoras de pó ABC, com capacidade extintora de no mínimo 2-A: 20-B:C. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 7/23 Observar que, em edificações ou risco com área construída inferior a 50 m2, pode ser instalada apenas uma única unidade extintora de pó ABC. Extintores adicionais podem ser instalados para prover maior proteção principalmente para riscos especiais. Considerações devem ser dadas à armazenagem elevada de produtos, a outros riscos que requeiram extintores com um adequado alcance vertical do jato e às demais especificações dos fabricantes. Localização dos extintores Os extintores devem estar em locais facilmente acessíveis e prontamente disponíveis em uma ocorrência de incêndio. Preferencialmente, devem estar localizados nos caminhos normais de passagem, incluindo saídas das áreas, não podendo ser instalados em escadas. Inicialmente, deve-se atender ao regulamento oficial da localidade e, na falta deste, utilizar a NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio da ABNT. A localização dos extintores é muito importante, pois permitirá uma rápida intervenção para cessar o processo da evolução do incêndio. Algumas recomendações quanto aos extintores são úteis: Devem ser instalados atendendo aos requisitos: sua alça deve estar no máximo a 1,60 m do piso; ou o fundo deve estar no mínimo a 0,10 m do piso, mesmo que apoiado em suporte. Deve haver no mínimo um extintor de incêndio distante a NÃO mais de 5 m da porta de acesso da entrada principal. Devem estar facilmente visíveis por meio de sinalização. Devem estar bem distribuídos para cobrir a área protegida. Deve ser fácil o acesso, levando-se em conta a portabilidade. Não deve haver obstáculos até o local de utilização. Devem estar próximos aos locais de entrada e saída. Não devem ficar atrás de portas de rotas de fuga. Devem ser protegidos de acidentes provocados pela movimentação de pessoas, veículos ou cargas. Devem ser protegidos de intempéries e de ambientes agressivos com excesso de calor, atmosferas corrosivas, maresias, vento e poluição. Devem ser protegidos contra vandalismo. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 8/23 Fatores de eficiência na utilização de extintores Treinamento de pessoas sobre localização dos extintores e manuseio Facilidade de acesso Proximidade de rotas de acesso ou fuga Sinalização Local da instalação protegida contra agentes corrosivos, ambientais e danos diversos Facilidade de visualização das unidades extintoras Hidrantes e mangueiras O sistema de hidrantes e de mangotinhos é um sistema fixo de combate a incêndio que funciona sob comando, liberando água sobre o foco de incêndio em vazão compatível ao risco do local que visa proteger, para extinguir ou controlar esse foco em seu estágio inicial. Dessa forma, esse sistema possibilita o início do combate ao incêndio pelos usuários antes da chegada do corpo de bombeiros, além de facilitar os serviços dos profissionais quanto ao recalque de água especialmente em edificações altas. O sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio em edificações e áreas de risco diferem dos sistemas de hidrantes urbanos em relação à forma de abastecimento. Os sistemas urbanos apresentam pontos de tomada de água providos de dispositivos de manobra (registros) e uniões de engate rápido, ligado à rede pública de abastecimento de água, podendo ser emergente (de coluna) ou subterrâneo (de piso). Já os sistemas prediais de hidrantes e de mangotinhos apresentam pontos de tomada (PEREIRA, 2004). Para melhor desempenho desse sistema, é essencial que os usuários estejam familiarizados com o sistema, confiantes e motivados a utilizá-lo na ocorrência de um sinistro. Uma das características básicas do sistema de mangotinhos é a facilidade de operação pelos usuários em função das pequenas vazões e diâmetros das mangueiras, propiciando mais agilidade e facilidade às ações de combate ao fogo na fase inicial. Classificação dos hidrantes Os sistemas de hidrantes e de mangotinhos, em geral, são classificados de acordo com o tipo de esguicho (compacto ou regulável, sendo o segundo largamente utilizado), diâmetro da mangueira, comprimento máximo da mangueira, número de saídas e vazão no hidrante ou mangotinho mais desfavorável. Cada tipo é aplicado em função da ocupação e do uso da edificação, e esse detalhamento está na NBR 13714. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 9/23 O número de tipos de sistemas pode variar de acordo com a norma técnica ou o regulamento adotado no local de execução do sistema de proteção contra incêndio. Tais sistemas são classificados da seguinte forma: Quanto ao tipo de sistema de reservatório de água: elevado, nível do solo, semienterrado ou enterrado. Quanto à fonte de energia: ligação independente (energia elétrica dedicada) ou por gerador automatizado (motor a combustão dedicado à bomba de incêndio Quanto ao tipo de sistema de comando: manual (botoeira) e automático (chave de fluxo ou pressostatos) Quanto aos tipos de bombas empregadas: bomba principal, bomba auxiliar, bomba de reforço e bomba de escorva Quanto às características do reservatório: concreto armado, fibra, metálico, utilização de piscinas ou reservas naturais Quanto ao material da tubulação: aço, cobre e termoplásticos Quanto às características do sistema de distribuição: interno ou externo à edificação Quanto ao tipo de rede de tubulação: rede aberta (sistema ramificado), rede fechada (sistema em malha) e rede mista (sistema ramificado e em malha) A aplicação ou escolha do sistema a ser instalado deve atender às características da edificação ou área de risco a ser protegida, observando-se as exigências da norma técnica ou do regulamento adotado, a viabilidade de instalação, a eficácia do sistema, o custo e a facilidade de operaçãoe manutenção. A NBR 13714 apresenta três tipos de sistemas que variam em função da vazão mínima no hidrante mais desfavorável, do diâmetro e do comprimento da mangueira, do diâmetro mínimo da tubulação, do número de saídas que são aplicados em função da ocupação e do uso da edificação. É muito importante analisar bem os prós e contras antes da instalação desse tipo de sistema de proteção. Conversem sempre com os projetistas para que tenham sucesso com a utilização desse sistema e não apenas cumpram regulamentos de incêndio. Os tipos de hidrantes poderão ser de 1 a 5, conforme dados da tabela a seguir: 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 10/23 Tipo Esguicho DN (mm) Mangueiras de incêndio Número de expedições Vazão mínima na válvula do hidrante mais desfavorável (L/mim) Pressão mínima na válvula do hidrante mais desfavorável (mca) DN (mm) Comprimento (m) 1 25 25 30 Simples 100 80 2 40 40 30 Simples 150 30 3 40 40 30 Simples 200 40 4 40 40 30 Simples 300 30 65 65 30 Simples 300 30 5 65 65 30 Duplo 600 60 Fonte: Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros de São Paulo Ao conhecer o tipo, ainda ficamos na dúvida quanto aos materiais que compõem os hidrantes. A próxima tabela determina a quantidade dos componentes para cada tipo de hidrante ou mangotinho. Materiais Tipos de sistemas 1 2 3 4 5 Abrigo(s) Opcional Sim Sim Sim Sim Mangueira(s) de incêndio Não Tipo 1 (residencial) ou Tipo 2 (demais ocupações) Tipo 2, 3, 4 ou 5 Tipo 2, 3, 4 ou 5 Tipo 2, 3, 4 ou 5 Chaves para hidrantes, engate Não Sim Sim Sim Sim Esguicho(s) Sim Sim Sim Sim Sim Mangueira semirrígida Sim Não Não Não Não Fonte: Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros de São Paulo O sistema de hidrantes e de mangotinhos apresentam os elementos e componentes descritos a seguir e organizados em três subsistemas: reservação (reserva de água dedicada a combate a incêndio), pressurização e comando, conforme ilustra a Figura 10. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 11/23 (objetos/fig10.png) Figura 10 – Elementos de um sistema de hidrantes. Localização dos hidrantes Os pontos de tomada de água devem ser posicionados: a. Nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 m; b. Em posições centrais nas áreas protegidas; c. Fora das escadas ou antecâmaras de fumaça; d. De 1,0 m a 1,5 m do piso. Já no caso de hidrantes externos, quando afastados de no mínimo 15 m ou uma vez e meia a altura da parede externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados até 60 m de mangueira (preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente dimensionados hidraulicamente. Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de 65 mm de diâmetro para redução da perda de carga do sistema e o último lance de 40 mm para facilitar seu manuseio. A utilização do sistema não deve comprometer a fuga dos ocupantes da edificação; portanto, deve ser projetado de tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja a necessidade de adentrar escadas, antecâmaras ou outros locais determinados exclusivamente para servirem de rota de fuga dos ocupantes. Todos os pontos de hidrantes ou de mangotinhos devem receber sinalização adequada, para permitir sua rápida localização. Dimensionamento dos hidrantes Em qualquer edificação, o dimensionamento deve consistir na determinação do caminhamento das tubulações, dos diâmetros, dos acessórios e dos suportes, necessários e suficientes para garantir o funcionamento dos sistemas. Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um (sistema tipo 1) ou dois (sistemas tipos 2 e 3) esguichos, considerando-se o comprimento da(s) mangueira(s) e seu trajeto real e desconsiderando-se o alcance do jato de água. Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis hidraulicamente, para qualquer tipo de sistema especificado, considerando-se no mínimo as vazões obtidas conforme a tabela 2 a seguir. https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10088225-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/7_equipamentos_emergencia/objetos/fig10.png 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 12/23 Tipo Esguicho Mangueiras Saídas Vazão L/minDiâmetro mm Comprimento máximo m 1 Regulável 25 ou 32 30 1 80 ou 100 2 Jato compacto ∅16 mm ou regulável 40 30 2 300 3 Jato compacto ∅25 mm ou regulável 65 30 2 900 NOTAS: 1. Os diâmetros dos esguichos e das mangueiras são nominais. 2. As vazões correspondem a cada saída. Tabela 2: Vazões Independentemente do procedimento de dimensionamento estabelecido, recomenda-se a utilização de esguichos reguláveis em função da melhor efetividade no combate, mesmo que não proporcione as vazões requeridas pela norma. O local mais desfavorável hidraulicamente deve ser aquele que proporciona menor pressão dinâmica no esguicho. Havendo mais de um tipo de ocupação (ocupações mistas) na edificação (que requeira proteção por sistemas distintos), o dimensionamento dos sistemas deve ser feito para cada tipo de sistema individualmente. O sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos não ultrapassem o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável hidraulicamente. Pode-se utilizar quaisquer dispositivos para redução de pressão, desde que comprovadas as suas adequações técnicas. Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho, em qualquer ponto do sistema, não ultrapasse 1000 kPa. Situações que requeiram pressões superiores à estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados. É imprescindível que esse sistema esteja em condições de uso, com motores (bombas) testados, e disponível para qualquer situação de sinistro, quando será requisitado. As mangueiras e os esguichos requerem uma atenção especial. Vamos falar um pouco mais sobre eles: 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 13/23 Mangueiras de incêndio As mangueiras de incêndio têm o objetivo de levar água, de forma segura, rápida e contínua até a proximidade do incêndio. Sua indicação de uso é para os incêndios classe A e o principal método de extinção é o resfriamento. As mangueiras de incêndio são formadas por borracha encapada com lona confeccionada por fibra sintética, permitindo alta resistência de pressão de trabalho, tração, cisalhamento e condições de trabalho adversas. Em cada extremidade da mangueira podemos encontrar as juntas de união, o que possibilita o acoplamento de trechos de mangueira ou outros dispositivos hidráulicos. Figura 11 – Mangueira de incêndio Fonte: <www.hidrantex.com.br>. Tipos de mangueiras Mangueira tipo 1 Indicada para prédios residenciais, tem pressão máxima de trabalho de 980 kPa (10 kgf;cm²). Mangueira tipo 2 Utilizada pelo corpo de bombeiros, destina-se a edifícios comerciais e industriais, e tem pressão máxima de trabalho de 1.370 kPa (14 kgf;cm²). Mangueira tipo 3 Utilizada pelo corpo de bombeiros em área naval e industrial, tem pressão máxima de trabalho de 1.470 kPa (15 kgf;cm²). Mangueira tipo 4 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 14/23 Utilizada em área industrial com maior resistência a abrasão, tem pressão máxima de trabalho de 1.370 kPa (14 kgf;cm²). Acessórios Esguichos O esguicho é um componente metálico adaptado na extremidade da mangueira, destinado a dar forma, direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (compacto ou neblina) ou de jato compacto. Os mais utilizados para hidrantes em edificações são os esguichos reguláveis com diâmetros nominais de 40 e 65. Chave Storz A chave Storz é a ferramenta ideal para auxiliar acoplar ou desacoplar conexões de mangueiras de incêndio de engate rápido, tanto para áreas prediais quanto industriais, sendo obrigatório haver pelo menos uma chaveStorz junto com o hidrante ou dentro do abrigo de mangueiras. As chaves são fabricadas em latão industrial de alta resistência ou alumínio, e estão em conformidade com as NBRs 6941 e 14341. Figura 14 – Chave Storz Sprinklers O sistema de chuveiros automáticos é um sistema fixo de combate a incêndio e caracteriza-se por entrarem em operação automaticamente, quando ativado por um foco de incêndio, liberando água em uma densidade adequada ao risco do local que visa proteger e de forma rápida para extingui-lo ou controlá-lo em seu estágio inicial. A sua eficácia é reconhecida em função do menor tempo decorrido entre a detecção e o combate ao incêndio, pois essa característica pode evitar a propagação do incêndio para o restante da edificação. Outra característica importante desse sistema é o acionamento do alarme Figura 12– Esguichos para combate a incêndios Figura 13 – Esguicho para combate a incêndio 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 15/23 simultaneamente com o início de operação, o que propicia a fuga dos usuários com segurança. Segundo NBR-6135, podemos definir chuveiros automáticos ou sprinklers como dispositivos dotados de elemento sensível à temperatura, projetado para dispersar água em forma de chuvisco em caso de incêndio. Figura 15 – Sprinkler Fonte: <https://www.indiamart.com/>. Classificação dos sistemas de sprinklers Sistema de tubo molhado: Rede preenchida com água pressurizada permanentemente, cujo acionamento acontece com o aquecimento proveniente do incêndio. No sistema de tubo molhado, nenhum trecho da tubulação deverá estar sujeito ao congelamento. Sistema de tubo seco: Neste sistema, os tubos são preenchidos com ar comprimido, ocorrendo a liberação do ar no momento da abertura do chuveiro. Este sistema é indicado em situações de possível congelamento. Sistema de dilúvio: Sistema similar ao tubo seco, porém, sua rede é despressurizada e os chuveiros são abertos permanentemente. O sistema de detecção é instalado diretamente na área a ser protegida. Sistema de ação prévia: Os chuveiros são fechados por sistema de detecção térmica e sua tubulação é preenchida com ar. No momento do acionamento, as válvulas abrem e ocorre o preenchimento da tubulação antes mesmo que o primeiro chuveiro se abra. Nesse caso, o sistema de detecção funciona mais rapidamente do que o sistema de detecção térmica. Tipos de chuveiro Chuveiros abertos: Não apresentam elementos de detecção térmica e são compatíveis com o sistema de dilúvio. Chuveiros automáticos: São fechados por elementos termossensíveis, podendo ser solda eutética ou ampolas. Solda eutética é uma mistura de compostos ou elementos químicos em uma determinada proporção em que o ponto de fusão seja o mais baixo possível (menor do que qualquer um de seus elementos isolados). Solda eutética: O derretimento da liga ocorre com a presença de calor, normalmente composta por estanho, chumbo, cádmio ou bismuto. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 16/23 Ampola: Ampola de vidro com líquido colorido (cada cor indicará uma temperatura de abertura diferente), sendo sua expansão determinada pela temperatura que estoura a ampola e abre o chuveiro. Elemento termosensível tipo ampola Temperatura máxima do telhado (°C) Temperatura recomendada do chuveiro (°C) Classificação da temperatura de funcionamento Cor do líquido da ampola 38 57 Ordinária 49 68 Ordinária 60 79 Intermediária 74 93 Intermediária 121 141 Alta 152 182 Muito alta 175/238 204/260 Extra alta Tabela 3 – Cores de ampolas e respectivas temperaturas de acionamento Elemento termosensível tipo solda eutética Temperatura máxima do telhado (°C) Temperatura recomendada do chuveiro (°C) Classificação da temperatura de funcionamento Cor do líquido da ampola 38 57 a 77 Ordinária Incolor 66 79 a 107 Intermediária 107 121 a 149 Alta 149 163 a 191 Muito alta 191 204 a 246 Extra alta 246 260 a 302 Altíssima 329 343 Altíssima Tabela 4 – Cores de ampolas e respectivas temperaturas de acionamento – eutética 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 17/23 Elementos do sistema de sprinklers O sistema de chuveiros automáticos apresenta os elementos e componentes, apresentados na figura a seguir, organizados em quatro subsistemas: abastecimento de água, pressurização, válvula de governo e alarme e distribuição. Figura 16 – Elementos do sistema de chuveiros automáticos Alguns fatores que influenciam a resposta do chuveiro A altura e a forma do teto influenciam o tempo de resposta do chuveiro para o início do combate ao incêndio. Com relação à altura do teto, os gases quentes, por convecção, sobem na forma de uma nuvem até o teto e ativam o chuveiro. Dessa forma, para tetos mais altos, a camada será mais espessa no momento de operação do chuveiro, devido ao esfriamento dos gases em seu trajeto. Com relação à forma do teto, observa-se: Qualquer obstrução no teto representa uma barreira para a camada de gases quentes subir. Tetos com vigas ou nervuras tendem a canalizar os gases quentes entre as vigas, e somente os chuveiros entre ou junto a essas vigas são prováveis de entrar em operação, pelo menos inicialmente. Os telhados inclinados atuam como poços invertidos, nos quais os gases quentes sobem e podem impedir que os chuveiros operem na base do telhado. Dimensionamento do sistema de chuveiros automáticos O sistema de chuveiros automáticos pode ser dimensionado hidraulicamente ou por meio de tabelas. O método por tabelas permite somente a disposição da tubulação na forma ramificada, enquanto o cálculo hidráulico permite uma maior flexibilidade quanto à escolha da configuração da tubulação, podendo ser na forma de malha ou em anel. Dimensionamento por tabela: Nesse método, os diâmetros nominais das tubulações são estabelecidos com base em tabelas definidas em normas, em função de cada classe de risco de ocupação e do material da tubulação conforme a NBR 10897. Dimensionamento hidráulico: 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 18/23 Consiste na determinação dos diâmetros nominais da tubulação por meio de cálculo de perda de carga de modo a garantir uma densidade preestabelecida e distribuída, com certa uniformidade, sobre uma área de aplicação de chuveiros, operando simultaneamente e de maneira a atender às características de pressão e de vazão. Para o dimensionamento por cálculo hidráulico utilizando a NBR 10897, são necessárias as seguintes informações: Área de aplicação, em m2 Densidade, em mm/min Área máxima coberta por chuveiros, em m2 Demanda adicional para hidrantes Dados sobre os abastecimentos de água Ambos os casos devem ser definidos por profissionais habilitados e são parte fundamental do PPCI (Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios). É muito importante seguir as normas dos corpos de bombeiros locais e, na falta dessas, as NBRs envolvidas nesse tema. Sistemas de alarme e detecção Os sistemas de alarme devem ter os elementos adequados de funcionamento com o objetivo de garantir a detecção imediata de qualquer princípio de incêndio. O dimensionamento do sistema deve considerar o detector apropriado para cada um dos ambientes a ser protegido, bem como sua sensibilidade e o tempo de resposta. O projeto de detecção e alarme deve ser acompanhado de um memorial descritivo com algumas informações importantes, como arquitetura do sistema utilizado, interfaces de sistemas, lógica do funcionamento e indicação das ações para cada evento do sistema. O memorial descritivo deverá ser utilizado como base para a escolha de todos os componentes do sistema, bem como do alarme contra incêndio. Este item é normatizado pela ABNT NBR-17240 – Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndios – Requisitos. Tipos de sistemas de detecção Clique ou toque para visualizar o conteúdo. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 19/23 Sistemade detecção convencional Este sistema é composto por um ou mais circuitos detectores, sendo que cada um deles será instalado em uma determinada área ou zona a ser protegida. No momento da detecção, a central de controle identifica apenas a área protegida pelo circuito em que o dispositivo encontra-se instalado. Sistema de detecção endereçável Cada dispositivo de detecção tem um “endereço” que permite a identificação individual pela central, dessa forma, quando acionado, a central pode identificar a área protegida e o dispositivo de alarme correspondente. Sistema de detecção analógico É um sistema de detecção identificável em que acontece o controle contínuo, pela central, de alguns valores, como temperatura e fumaça de cada um dos dispositivos de detecção, fazendo o comparativo com os valores previamente computados para determinada instalação, permitindo o nível de ajuste dos dispositivos de detecção via central de controle. Sistema de detecção algorítmico Os detectores contam com diversos critérios de avaliação de medição dos ambientes protegidos, comparados por circuitos lógicos programados para a ativação do alarme. Estes detectores realizam o monitoramento contínuo dos valores e seus elementos sensíveis, como, por exemplo, temperatura e fumaça, sendo capazes de definir decisões e realizar a comunicação com a central de controle, informando assim o estado de alarme, pré-alarme, falhas etc. Figura 17 – Exemplo de central de alarme Fonte: <http://www.tecnohold.com.br>. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 20/23 Detectores de incêndio A escolha e do tipo de detectores e do local de instalação deverá ser realizada com base nas informações de características que definirão áreas com maior chance de ocorrência de incêndio, além, é claro, de projeto técnico e memorial descritivo. Figura 18 – Detector de fumaça Fonte: <www.goodhousekeeping.com>. Alguns parâmetros devem ser considerados, como aumento de temperatura, fumaça, produção da chama, materiais existentes na área protegida, altura e forma do teto, ventilação e temperaturas habituais. Figura 19 – Detector de temperatura Fonte: <http://www.segind.com.br/mc/inc/apollo/exp/exp.htm>. Caso a área a ser protegida esteja sujeita a ação de elementos como poeira, fumaça ou gases, estas informações devem estar presentes no projeto e no manual de manutenção. Existem detectores pontuais de fumaça, temperatura e chama, cada um captando o elemento de interesse, conforme indicação técnica de projeto. Figura 20 – Detector de chamas Fonte: <http://www.lenox.ind.br/detector-chama>. Detectores de incêndio Considere os seguintes requisitos a serem atendidos quanto aos detectores de incêndio: a. Os detectores de incêndio devem obedecer no mínimo aos requisitos especificados na NBR 17240. b. Os detectores de incêndio devem ser resistentes às possíveis mudanças de temperatura do ambiente, que podem ocorrer normalmente, sem gerar alarmes falsos ou falhas, ou alterações na sensibilidade. c. Os detectores de incêndio devem ser resistentes à umidade e à corrosão existentes no ambiente, dentro da vida útil projetada pelo fabricante. d. Os detectores de incêndio devem ser resistentes às vibrações e aos impactos existentes no ambiente protegido. e. Os detectores de incêndio devem ter identificação de seu fabricante, tipo, temperatura, faixa e/ou parâmetros para atuação convenientemente impressos em seu corpo. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 21/23 f. As referências de valores dos detectores de incêndio devem ser apresentadas no sistema internacional de medidas (SI). g. Os detectores de incêndio pontuais devem conter indicação visual no próprio corpo ou em sua base, que sinalize a atuação deste detector. O reset do detector deve ser realizado somente pela central. h. A indicação de alarme deve ser vermelha e a de funcionamento (opcional) de acordo com a especificação documentada de cada fabricante. i. Os detectores de chama cuja detecção pode ser prejudicada pela sujeira no sistema óptico devem indicar falha nesta condição. j. Todos os equipamentos utilizados em áreas classificadas devem ser à prova de explosão ou intrinsecamente seguros, com aprovações para a classe de risco do local de instalação por entidades competentes. Há uma grande variedade de modelos. Sendo assim, o projetista deve atentar aos detalhes da sua edificação e ao uso para determinar a melhor solução. O detalhamento desse projeto é fundamental e um dos itens primordiais é a manutenção e inspeção desse sistema. Acionador manual A instalação deve ser realizada em locais em que o trânsito de pessoas seja comum em casos de emergência, como, por exemplo, saídas de locais de trabalho, áreas de lazer ou convívio, corredores, saídas de emergência, rotas de extintores etc. A distância máxima que uma pessoa deve percorrer, partindo de qualquer ponto de área protegida até o acionador manual mais próximo, deve ser de 30 metros. Figura 21 – Acionador de alarme manual Fonte: <https://www.chanderfiredobrasil.com.br>. Comunicação – Avisadores sonoros e/ou visuais Avisadores sonoros e/ou visuais devem ser instalados em número suficiente nos locais em que seja possível sua visualização e audição, de qualquer ponto do ambiente, sob condições adequadas de trânsito, não impedindo a comunicação verbal nas proximidades da instalação. O local de instalação destes equipamentos deve seguir a mesma lógica dos acionadores manuais. O combate aos princípios de incêndio e seus fatores desencadeantes pode parecer um assunto de grande simplicidade, principalmente se analisado por profissionais da área de segurança e saúde do trabalho, porém, ao verificarmos o leque de variáveis possíveis em um evento, podemos 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 22/23 comprovar a importância da base teórica necessária obtida por treinamentos e capacitações constantes. É por esse motivo que, pelas informações contidas neste material, buscamos levar as principais informações técnicas necessárias para que profissionais possam agir corretamente nesse tipo de situação, bem como tomar as decisões acertadas, inclusive na ocorrência de incêndios de maiores proporções e efeitos. Viaturas A NBR 14276, que trata de brigada de incêndio e emergência, referencia duas normas de veículos para atendimento a emergências, sendo elas a NBR 14561 e a NBR 14096. A primeira delas se trata de veículos para atendimento a emergências médicas e resgate. Essa norma fixa as condições mínimas exigíveis para o projeto, a construção e o desempenho de veículos de atendimento a emergências médicas e resgate, descrevendo veículos que estão autorizados a ostentar o símbolo “ESTRELA DA VIDA” e a palavra “RESGATE”, estabelecendo especificações mínimas, parâmetros para ensaio e critérios essenciais para desempenho, aparência e acessórios, visando propiciar um grau de padronização para estes veículos. É objetivo também tornar esses veículos nacionalmente conhecidos, adequadamente construídos, de fácil manutenção e, quando contando com equipe profissional adequada, funcionando eficientemente no atendimento a emergências médicas e resgate ou em outros serviços móveis de emergência médica. Estes veículos deverão ser montados em chassis adequados para esta aplicação, e serão de tração traseira ou dianteira (4x2) ou tração nas quatro rodas (4x4). Figura 22 – Veículo para atendimento a emergências médicas e resgate Fonte: <https://fgm-go.org.br/portaria-detalha-aspectos-do-uso-das-ambulancias-tipo-a/>. Já a NBR 14096 normatiza as viaturas de combate a incêndio estabelecendo os requisitos de desempenho, a fabricação e os métodos de ensaio de viaturas de combate a incêndio. Essa norma de 2016 aplica-se a viaturas novas para combate a incêndio urbano, com ou sem bombeamento e apoio às operações associadas aos corpos de bombeiros públicos e privados. Essas viaturas consistem em veículos equipados ou não com bomba de combate a incêndio, tanque paratransporte de água, mangueiras, materiais e equipamentos. Os veículos ainda podem ser equipados com um implemento elevatório, com ou sem torre de água. 24/09/2023, 11:22 Versão para impressão about:blank 23/23 Essas NBRs também servem de subsídio para a especificação técnica de aquisição e recebimento de veículos para atendimento a emergências. Caso você tenha que contratar, poderá avaliar suas necessidades individuais e o propósito de uso do veículo, usando os requisitos básicos normativos para elaborar uma especificação completa e atender às condições operacionais locais. Figura 23 – Viatura de combate a incêndio Fonte: <https://www.mitren.com.br/noticias/2017/mitren-entrega-auto-bomba-tanque-para-empresa- quimica/>.
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