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Equipamentos de Combate a Incêndio

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Segurança do Trabalho
Introdução
Conhecemos o fogo desde tempos pré-históricos e sabemos que seu uso nos trouxe aspectos
evolutivos positivos, porém, quando perdemos o controle sobre este elemento temos o que
chamamos de evento indesejável ou incêndio.
Juntamente com a evolução de processos e qualidade de vida, também tivemos a demanda de
criação de novos materiais e procedimentos de controle do fogo.
Sabemos que os bombeiros são as pessoas indicadas e capacitadas para agirem em caso de
incêndio, mas qualquer pessoa pode adquirir conhecimento e capacidade para o combate e a defesa
de pequenos focos de incêndio, que, se não foram combatidos em sua fase inicial, poderão se tornar
incêndios descontrolados.
É nesse contexto que apresentaremos algumas considerações a respeito dos principais
equipamentos de combate a incêndio e suas principais características. É nesse contexto que o
profissional técnico em segurança do trabalho deve ter o conhecimento necessário para o uso
correto desses elementos tão importantes em possíveis cenários de incêndio.
Extintores de incêndio
Todo incêndio de pequena proporção, desde que em seu estágio primário, poderá ser
facilmente extinto, quando utilizado o adequado agente extintor.
O incêndio pode evoluir na maioria das vezes, conforme a figura a seguir, na qual é possível
verificar fases diferentes da evolução do incêndio.
Clique ou toque para ampliar a imagem.
(objetos/fig01.png)
Figura 1 – Estágios de um princípio de incêndio
Sabemos que o meio principal de combate a incêndio é o extintor, impedindo que o fogo se
espalhe ou tenha sua proporção aumentada. No entanto, a eficácia de combate dependerá de
alguns fatores importantes, como tipo de agente extintor, capacidade do extintor, treinamento ou não
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10088225-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/7_equipamentos_emergencia/objetos/fig01.png
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da pessoa que utilizará o extintor e a velocidade do início do combate às chamas.
Tipos
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Extintores de água pressurizada
Sendo a água um dos principais agentes extintores utilizados no combate ao fogo, este agente
tem como característica principal o alto poder de resfriamento e a produção de vapor em contato
com o fogo, fazendo com que haja o deslocamento físico do oxigênio.
O extintor de água pressurizada tem como principais características a fácil utilização, a
manutenção e a recarga, apresentando também o jato de longo alcance, possibilitando dessa
forma a extinção do incêndio a distâncias relativamente seguras.
Porém, apesar das facilidades, o extintor de água pressurizada não é indicado para combater
incêndios em substâncias como óleo, alguns metais, combustíveis e equipamentos elétricos.
Figura 2 – Extintor base de água pressurizada
Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-agua-10l-r960>.
Extintores de espuma
Este agente extintor tem a característica de extinção do fogo por resfriamento, eliminação do
oxigênio, impedindo também a vaporização do combustível.
É recomendado para extinção de incêndios em materiais inflamáveis e combustíveis, pois
proporciona o isolamento do combustível com o oxigênio, além de impedir o recomeço do
incêndio após a ocorrência do combate.
Este tipo de extintor é contraindicado para o combate a incêndio em ceras em temperatura
maior do que 100°C, óleo ou asfalto, redes elétricas ou equipamentos eletrônicos, devido ao
material residual.
Figura 3 – Extintor de incêndio de espuma mecânica
Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-espuma-mecanica-10-l-r929>.
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Extintores de dióxido de carbono (CO2)
Extintores de cilindro de alta pressão que utilizam o elemento em estado líquido. O dióxido de
carbono, o CO2, reduz consideravelmente a quantidade de oxigênio, além de reduzir a
temperatura próxima ao fogo devido à expansão do gás, demandando, por essa razão, cuidado
especial ao manuseio do extintor, já que na proximidade do difusor poderão ocorrer
temperaturas inferiores a - 40°C. Este tipo de extintores é utilizado em incêndios de produtos
inflamáveis e/ou equipamentos e redes elétricas.
Figura 4 – Extintor de incêndio de base de dióxido de carbono (CO2)
Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-gas-carbonico-co2-6-kg-r937>.
Extintores de pó químico (metais)
Formulado principalmente com elementos como cloreto de sódio e alguns aditivos, que atuam
formando uma camada sobre o metal, interrompendo a continuidade do incêndio, é indicado
para incêndios de pequenas proporções em alguns metais, como zinco, alumínio, titânio,
potássio, sódio ou magnésio.
Figura 5 – Extintor de incêndio de base de pó químico especial
Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-po-classe-d-9-kg-r-930>.
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Extintores de pó químico seco (PQS)
É um agente eficiente no combate a incêndios em combustíveis, inflamáveis e equipamentos
eletroeletrônicos.
Este agente extintor tem algumas particularidades interessantes, como a formação de uma
camada, devido ao pó utilizado, interrompendo assim a reação entre o oxigênio e o vapor, assim
como também os níveis de oxigênio e absorve o calor pelas partículas existentes no agente.
Esse tipo de extintor requer manutenção constante, pois pode ocorrer o entupimento da válvula
de saída devido ao acúmulo do pó utilizado.
Os quatro tipos ou elementos utilizados em extintores PQS são bicarbonato de sódio (NaHCO3),
bicarbonato de potássio (KHCO3), cloreto de potássio (KCl) ou fosfato de amônio (NH4N2OP4).
Os três primeiros elementos indicados devem ser utilizados em incêndios de líquidos inflamáveis
e eletricidade; o quarto elemento é indicado para incêndios tanto em inflamáveis como em
combustíveis.
Figura 6 – Extintor de incêndio de base de pó químico seco (PQS)
Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-po-bc-8-kg-r958>.
Extintores ABC
São extintores que podem ser utilizados em qualquer classe de incêndio, eliminando princípios
de incêndio em materiais sólidos ou em líquidos inflamáveis, podendo também ser utilizados em
redes elétricas, pois não transmitem a eletricidade por contato, preservando dessa forma a vida
do operador.
Esse extintor utiliza como agente a base de monofosfato de amônia e sulfato de monoamônio.
Figura 7 – Extintor de incêndio de base de pó químico ABC
Fonte: <http://www.resil.com.br/extintor-po-abc-8-kg-r918>.
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Extintor de pó químico úmido
Extintor que utiliza água com alguns elementos como acetato de potássio, citrato de potássio,
carbonato de potássio ou a combinação destes elementos.
É um extintor que tem seu uso indicado na extinção de incêndios em gorduras e óleos, além de
poder ser utilizado também em materiais combustíveis.
A água tem a função de resfriamento, fazendo com que a temperatura esteja abaixo do ponto de
ignição.
O restante dos elementos age formando uma camada que separa o óleo ou a gordura do
oxigênio.
Figura 8 – Extintor de incêndio de base de pó químico especial
Fonte: <http://www.aerotexextintores.com.br>.
Observação importante
Os extintores podem ter rótulo identificado com mais de uma letra, indicando assim serem
eficientes para mais classes de incêndio. Por exemplo, extintores ABC e BC.
Classes de incêndio
Agente A B C D K
Água Adequado Inadequado Inadequado Inadequado Inadequado
Espuma Adequado Adequado Inadequado Inadequado Inadequado
CO2 Não
recomendado Adequado Adequado Inadequado Inadequado
PQS
(BC)
Não
recomendado Adequado Adequado Inadequado Inadequado
PQS
(ABC) Adequado Adequado Adequado Inadequado Não
recomendado
PQ
úmido Adequado Inadequado Inadequado Inadequado Adequado
PQ
metais Inadequado Inadequado Inadequado Adequado Inadequado
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Tabela 1 – Classes de incêndio e indicação para uso de extintores.
Na figura 9, temos quatro rótulos identificadores de classes de incêndio. O primeiro rótulo
refere-se à classe de incêndio “A”. O segundo rótulo refere-se à classe de incêndio “B”. O terceiro
rótulo refere-se à classe de incêndio “C”. O quarto rótulo refere-se à classe de incêndio “D”.
Figura 9 – Rótulos de classes de incêndio
Fonte: <https://www.itafire.com.br>.
Os extintores recebem uma classificação quanto à sua capacidade extintora:
Extintores de classe A: Capacidade extintora 1-A, 2-A, 3-A, 4-A, 6-A, 10-A, 20-A, 30-A e 40-A.
Extintores de classe B: Capacidade extintora 1-B, 2-B, 5-B, 10-B, 20-B, 30-B, 40-B, 60-B e 80-
B, 120-B, 160-B, 240-B, 320-B, 480-B e 640-B. Os extintores portáteis podem chegar a 120-B e os
sobre rodas podem chegar a 240-B.
Extintores de classes C e D: Não têm classificação, o ensaio é do tipo passa ou não passa, ou
seja, ou cumprem o requisito normativo de ensaio na sua totalidade ou não são classificados para o
risco.
Seleção de extintores
A seleção de extintores para uma dada situação deve ser determinada pela característica e
pelo tamanho do fogo esperado, pelo tipo de construção e sua ocupação, risco a ser protegido, as
condições de temperatura do ambiente e por outros fatores. A quantidade, a capacidade extintora, a
instalação e as limitações de uso dos extintores devem atender aos seguintes requisitos.
A capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor portátil, para que se constitua uma
unidade extintora, deve ser:
a. Carga d’água: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A
b. Carga de espuma mecânica: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A:10-B
c. Carga de dióxido de carbono (CO2): extintor com capacidade extintora de no mínimo
5-B:C
d. Carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 20-B:C
e. Carga de pó ABC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A:20-B:C
f. Cada pavimento deve conter no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para
incêndio classe A e outra para incêndio classe B e classe C. É permitida a instalação
de duas unidades extintoras de pó ABC, com capacidade extintora de no mínimo 2-A:
20-B:C.
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Observar que, em edificações ou risco com área construída inferior a 50 m2, pode ser instalada
apenas uma única unidade extintora de pó ABC.
Extintores adicionais podem ser instalados para prover maior proteção principalmente para
riscos especiais. Considerações devem ser dadas à armazenagem elevada de produtos, a outros
riscos que requeiram extintores com um adequado alcance vertical do jato e às demais
especificações dos fabricantes.
Localização dos extintores
Os extintores devem estar em locais facilmente acessíveis e prontamente disponíveis em uma
ocorrência de incêndio. Preferencialmente, devem estar localizados nos caminhos normais de
passagem, incluindo saídas das áreas, não podendo ser instalados em escadas.
Inicialmente, deve-se atender ao regulamento oficial da localidade e, na falta deste, utilizar a
NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio da ABNT.
A localização dos extintores é muito importante, pois permitirá uma rápida intervenção para
cessar o processo da evolução do incêndio.
Algumas recomendações quanto aos extintores são úteis:
Devem ser instalados atendendo aos requisitos: sua alça deve estar no máximo a 1,60
m do piso; ou o fundo deve estar no mínimo a 0,10 m do piso, mesmo que apoiado em
suporte.
Deve haver no mínimo um extintor de incêndio distante a NÃO mais de 5 m da porta
de acesso da entrada principal.
Devem estar facilmente visíveis por meio de sinalização.
Devem estar bem distribuídos para cobrir a área protegida.
Deve ser fácil o acesso, levando-se em conta a portabilidade.
Não deve haver obstáculos até o local de utilização.
Devem estar próximos aos locais de entrada e saída.
Não devem ficar atrás de portas de rotas de fuga.
Devem ser protegidos de acidentes provocados pela movimentação de pessoas,
veículos ou cargas.
Devem ser protegidos de intempéries e de ambientes agressivos com excesso de
calor, atmosferas corrosivas, maresias, vento e poluição.
Devem ser protegidos contra vandalismo.
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Fatores de eficiência na utilização de extintores
Treinamento de pessoas sobre localização dos extintores e manuseio
Facilidade de acesso
Proximidade de rotas de acesso ou fuga
Sinalização
Local da instalação protegida contra agentes corrosivos, ambientais e danos diversos
Facilidade de visualização das unidades extintoras
Hidrantes e mangueiras
O sistema de hidrantes e de mangotinhos é um sistema fixo de combate a incêndio que
funciona sob comando, liberando água sobre o foco de incêndio em vazão compatível ao risco do
local que visa proteger, para extinguir ou controlar esse foco em seu estágio inicial.
Dessa forma, esse sistema possibilita o início do combate ao incêndio pelos usuários antes da
chegada do corpo de bombeiros, além de facilitar os serviços dos profissionais quanto ao recalque
de água especialmente em edificações altas.
O sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio em edificações e áreas de
risco diferem dos sistemas de hidrantes urbanos em relação à forma de abastecimento. Os sistemas
urbanos apresentam pontos de tomada de água providos de dispositivos de manobra (registros) e
uniões de engate rápido, ligado à rede pública de abastecimento de água, podendo ser emergente
(de coluna) ou subterrâneo (de piso). Já os sistemas prediais de hidrantes e de mangotinhos
apresentam pontos de tomada (PEREIRA, 2004).
Para melhor desempenho desse sistema, é essencial que os usuários estejam familiarizados
com o sistema, confiantes e motivados a utilizá-lo na ocorrência de um sinistro. Uma das
características básicas do sistema de mangotinhos é a facilidade de operação pelos usuários em
função das pequenas vazões e diâmetros das mangueiras, propiciando mais agilidade e facilidade às
ações de combate ao fogo na fase inicial.
Classificação dos hidrantes
Os sistemas de hidrantes e de mangotinhos, em geral, são classificados de acordo com o tipo
de esguicho (compacto ou regulável, sendo o segundo largamente utilizado), diâmetro da mangueira,
comprimento máximo da mangueira, número de saídas e vazão no hidrante ou mangotinho mais
desfavorável.
Cada tipo é aplicado em função da ocupação e do uso da edificação, e esse detalhamento está
na NBR 13714.
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O número de tipos de sistemas pode variar de acordo com a norma técnica ou o regulamento
adotado no local de execução do sistema de proteção contra incêndio.
Tais sistemas são classificados da seguinte forma:
Quanto ao tipo de sistema de reservatório de água: elevado, nível do solo,
semienterrado ou enterrado.
Quanto à fonte de energia: ligação independente (energia elétrica dedicada) ou por
gerador automatizado (motor a combustão dedicado à bomba de incêndio
Quanto ao tipo de sistema de comando: manual (botoeira) e automático (chave de
fluxo ou pressostatos)
Quanto aos tipos de bombas empregadas: bomba principal, bomba auxiliar, bomba de
reforço e bomba de escorva
Quanto às características do reservatório: concreto armado, fibra, metálico, utilização
de piscinas ou reservas naturais
Quanto ao material da tubulação: aço, cobre e termoplásticos
Quanto às características do sistema de distribuição: interno ou externo à edificação
Quanto ao tipo de rede de tubulação: rede aberta (sistema ramificado), rede fechada
(sistema em malha) e rede mista (sistema ramificado e em malha)
A aplicação ou escolha do sistema a ser instalado deve atender às características da edificação
ou área de risco a ser protegida, observando-se as exigências da norma técnica ou do regulamento
adotado, a viabilidade de instalação, a eficácia do sistema, o custo e a facilidade de operaçãoe
manutenção.
A NBR 13714 apresenta três tipos de sistemas que variam em função da vazão mínima no
hidrante mais desfavorável, do diâmetro e do comprimento da mangueira, do diâmetro mínimo da
tubulação, do número de saídas que são aplicados em função da ocupação e do uso da edificação.
É muito importante analisar bem os prós e contras antes da instalação desse tipo de sistema de
proteção. Conversem sempre com os projetistas para que tenham sucesso com a utilização desse
sistema e não apenas cumpram regulamentos de incêndio.
Os tipos de hidrantes poderão ser de 1 a 5, conforme dados da tabela a seguir:
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Tipo Esguicho
DN (mm)
Mangueiras de
incêndio
Número de
expedições
Vazão
mínima na
válvula do
hidrante
mais
desfavorável
(L/mim)
Pressão
mínima na
válvula do
hidrante
mais
desfavorável
(mca)
DN
(mm)
Comprimento
(m)
1 25 25 30 Simples 100 80
2 40 40 30 Simples 150 30
3 40 40 30 Simples 200 40
4
40 40 30 Simples 300 30
65 65 30 Simples 300 30
5 65 65 30 Duplo 600 60
Fonte: Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros de São Paulo
Ao conhecer o tipo, ainda ficamos na dúvida quanto aos materiais que compõem os hidrantes.
A próxima tabela determina a quantidade dos componentes para cada tipo de hidrante ou
mangotinho.
Materiais
Tipos de sistemas
1 2 3 4 5
Abrigo(s) Opcional Sim Sim Sim Sim
Mangueira(s) de
incêndio Não
Tipo 1
(residencial) ou
Tipo 2 (demais
ocupações)
Tipo 2,
3, 4 ou
5
Tipo 2,
3, 4 ou
5
Tipo 2,
3, 4 ou
5
Chaves para
hidrantes, engate Não Sim Sim Sim Sim
Esguicho(s) Sim Sim Sim Sim Sim
Mangueira
semirrígida Sim Não Não Não Não
Fonte: Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros de São Paulo
O sistema de hidrantes e de mangotinhos apresentam os elementos e componentes descritos a
seguir e organizados em três subsistemas: reservação (reserva de água dedicada a combate a
incêndio), pressurização e comando, conforme ilustra a Figura 10.
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(objetos/fig10.png)
Figura 10 – Elementos de um sistema de hidrantes.
Localização dos hidrantes
Os pontos de tomada de água devem ser posicionados:
a. Nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais
de 5 m;
b. Em posições centrais nas áreas protegidas;
c. Fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;
d. De 1,0 m a 1,5 m do piso.
Já no caso de hidrantes externos, quando afastados de no mínimo 15 m ou uma vez e meia a
altura da parede externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados até 60 m de mangueira
(preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente dimensionados hidraulicamente.
Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de 65 mm de diâmetro para redução da perda de
carga do sistema e o último lance de 40 mm para facilitar seu manuseio.
A utilização do sistema não deve comprometer a fuga dos ocupantes da edificação; portanto,
deve ser projetado de tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja a necessidade
de adentrar escadas, antecâmaras ou outros locais determinados exclusivamente para servirem de
rota de fuga dos ocupantes.
Todos os pontos de hidrantes ou de mangotinhos devem receber sinalização adequada, para
permitir sua rápida localização.
Dimensionamento dos hidrantes
Em qualquer edificação, o dimensionamento deve consistir na determinação do caminhamento
das tubulações, dos diâmetros, dos acessórios e dos suportes, necessários e suficientes para
garantir o funcionamento dos sistemas.
Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a
ser protegida seja alcançado por um (sistema tipo 1) ou dois (sistemas tipos 2 e 3) esguichos,
considerando-se o comprimento da(s) mangueira(s) e seu trajeto real e desconsiderando-se o
alcance do jato de água.
Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais
desfavoráveis hidraulicamente, para qualquer tipo de sistema especificado, considerando-se no
mínimo as vazões obtidas conforme a tabela 2 a seguir.
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-10088225-dt-content-rid-203097458_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC09/conteudos/7_equipamentos_emergencia/objetos/fig10.png
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Tipo Esguicho
Mangueiras
Saídas Vazão
L/minDiâmetro
mm
Comprimento
máximo
m
1 Regulável 25 ou 32 30 1 80 ou
100
2
Jato compacto
∅16 mm ou
regulável
40 30 2 300
3
Jato compacto
∅25 mm ou
regulável
65 30 2 900
NOTAS:
1. Os diâmetros dos esguichos e das mangueiras são nominais.
2. As vazões correspondem a cada saída.
Tabela 2: Vazões
Independentemente do procedimento de dimensionamento estabelecido, recomenda-se a
utilização de esguichos reguláveis em função da melhor efetividade no combate, mesmo que não
proporcione as vazões requeridas pela norma.
O local mais desfavorável hidraulicamente deve ser aquele que proporciona menor pressão
dinâmica no esguicho.
Havendo mais de um tipo de ocupação (ocupações mistas) na edificação (que requeira
proteção por sistemas distintos), o dimensionamento dos sistemas deve ser feito para cada tipo de
sistema individualmente.
O sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos
esguichos não ultrapassem o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável hidraulicamente.
Pode-se utilizar quaisquer dispositivos para redução de pressão, desde que comprovadas as suas
adequações técnicas. Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão
máxima de trabalho, em qualquer ponto do sistema, não ultrapasse 1000 kPa. Situações que
requeiram pressões superiores à estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação
técnica dos componentes empregados.
É imprescindível que esse sistema esteja em condições de uso, com motores (bombas)
testados, e disponível para qualquer situação de sinistro, quando será requisitado. As mangueiras e
os esguichos requerem uma atenção especial. Vamos falar um pouco mais sobre eles:
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Mangueiras de incêndio
As mangueiras de incêndio têm o objetivo de levar água, de forma segura, rápida e contínua
até a proximidade do incêndio. Sua indicação de uso é para os incêndios classe A e o principal
método de extinção é o resfriamento.
As mangueiras de incêndio são formadas por borracha encapada com lona confeccionada por
fibra sintética, permitindo alta resistência de pressão de trabalho, tração, cisalhamento e condições
de trabalho adversas.
Em cada extremidade da mangueira podemos encontrar as juntas de união, o que possibilita o
acoplamento de trechos de mangueira ou outros dispositivos hidráulicos.
Figura 11 – Mangueira de incêndio
Fonte: <www.hidrantex.com.br>.
Tipos de mangueiras
Mangueira tipo 1
Indicada para prédios residenciais, tem pressão máxima de trabalho de 980 kPa (10 kgf;cm²).
Mangueira tipo 2
Utilizada pelo corpo de bombeiros, destina-se a edifícios comerciais e industriais, e tem pressão
máxima de trabalho de 1.370 kPa (14 kgf;cm²).
Mangueira tipo 3
Utilizada pelo corpo de bombeiros em área naval e industrial, tem pressão máxima de trabalho
de 1.470 kPa (15 kgf;cm²).
Mangueira tipo 4
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Utilizada em área industrial com maior resistência a abrasão, tem pressão máxima de trabalho
de 1.370 kPa (14 kgf;cm²).
Acessórios
Esguichos
O esguicho é um componente metálico adaptado na extremidade da mangueira, destinado a
dar forma, direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (compacto ou neblina) ou de jato
compacto. Os mais utilizados para hidrantes em edificações são os esguichos reguláveis com
diâmetros nominais de 40 e 65.
Chave Storz
A chave Storz é a ferramenta ideal para auxiliar acoplar ou desacoplar conexões de mangueiras
de incêndio de engate rápido, tanto para áreas prediais quanto industriais, sendo obrigatório haver
pelo menos uma chaveStorz junto com o hidrante ou dentro do abrigo de mangueiras. As chaves
são fabricadas em latão industrial de alta resistência ou alumínio, e estão em conformidade com as
NBRs 6941 e 14341.
Figura 14 – Chave Storz
Sprinklers
O sistema de chuveiros automáticos é um sistema fixo de combate a incêndio e caracteriza-se
por entrarem em operação automaticamente, quando ativado por um foco de incêndio, liberando
água em uma densidade adequada ao risco do local que visa proteger e de forma rápida para
extingui-lo ou controlá-lo em seu estágio inicial.
A sua eficácia é reconhecida em função do menor tempo decorrido entre a detecção e o
combate ao incêndio, pois essa característica pode evitar a propagação do incêndio para o restante
da edificação. Outra característica importante desse sistema é o acionamento do alarme
Figura 12– Esguichos para combate a incêndios
Figura 13 – Esguicho para combate a incêndio
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simultaneamente com o início de operação, o que propicia a fuga dos usuários com segurança.
Segundo NBR-6135, podemos definir chuveiros automáticos ou sprinklers como dispositivos
dotados de elemento sensível à temperatura, projetado para dispersar água em forma de chuvisco
em caso de incêndio.
Figura 15 – Sprinkler
Fonte: <https://www.indiamart.com/>.
Classificação dos sistemas de sprinklers
Sistema de tubo molhado: Rede preenchida com água pressurizada permanentemente, cujo
acionamento acontece com o aquecimento proveniente do incêndio. No sistema de tubo molhado,
nenhum trecho da tubulação deverá estar sujeito ao congelamento.
Sistema de tubo seco: Neste sistema, os tubos são preenchidos com ar comprimido, ocorrendo
a liberação do ar no momento da abertura do chuveiro. Este sistema é indicado em situações de
possível congelamento.
Sistema de dilúvio: Sistema similar ao tubo seco, porém, sua rede é despressurizada e os
chuveiros são abertos permanentemente. O sistema de detecção é instalado diretamente na área a
ser protegida.
Sistema de ação prévia: Os chuveiros são fechados por sistema de detecção térmica e sua
tubulação é preenchida com ar. No momento do acionamento, as válvulas abrem e ocorre o
preenchimento da tubulação antes mesmo que o primeiro chuveiro se abra. Nesse caso, o sistema
de detecção funciona mais rapidamente do que o sistema de detecção térmica.
Tipos de chuveiro
Chuveiros abertos: Não apresentam elementos de detecção térmica e são compatíveis com o
sistema de dilúvio.
Chuveiros automáticos: São fechados por elementos termossensíveis, podendo ser solda
eutética ou ampolas. Solda eutética é uma mistura de compostos ou elementos químicos em uma
determinada proporção em que o ponto de fusão seja o mais baixo possível (menor do que qualquer
um de seus elementos isolados).
Solda eutética: O derretimento da liga ocorre com a presença de calor, normalmente composta
por estanho, chumbo, cádmio ou bismuto.
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Ampola: Ampola de vidro com líquido colorido (cada cor indicará uma temperatura de abertura
diferente), sendo sua expansão determinada pela temperatura que estoura a ampola e abre o
chuveiro.
Elemento termosensível tipo ampola
Temperatura
máxima do
telhado (°C)
Temperatura
recomendada do
chuveiro (°C)
Classificação da
temperatura de
funcionamento
Cor do
líquido da
ampola
38 57 Ordinária
49 68 Ordinária
60 79 Intermediária
74 93 Intermediária
121 141 Alta
152 182 Muito alta
175/238 204/260 Extra alta
Tabela 3 – Cores de ampolas e respectivas temperaturas de acionamento
Elemento termosensível tipo solda eutética
Temperatura
máxima do
telhado (°C)
Temperatura
recomendada do
chuveiro (°C)
Classificação da
temperatura de
funcionamento
Cor do
líquido da
ampola
38 57 a 77 Ordinária Incolor
66 79 a 107 Intermediária
107 121 a 149 Alta
149 163 a 191 Muito alta
191 204 a 246 Extra alta
246 260 a 302 Altíssima
329 343 Altíssima
Tabela 4 – Cores de ampolas e respectivas temperaturas de acionamento – eutética
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Elementos do sistema de sprinklers
O sistema de chuveiros automáticos apresenta os elementos e componentes, apresentados na
figura a seguir, organizados em quatro subsistemas: abastecimento de água, pressurização, válvula
de governo e alarme e distribuição.
Figura 16 – Elementos do sistema de chuveiros automáticos
Alguns fatores que influenciam a resposta do chuveiro
A altura e a forma do teto influenciam o tempo de resposta do chuveiro para o início do combate
ao incêndio.
Com relação à altura do teto, os gases quentes, por convecção, sobem na forma de uma
nuvem até o teto e ativam o chuveiro. Dessa forma, para tetos mais altos, a camada será mais
espessa no momento de operação do chuveiro, devido ao esfriamento dos gases em seu trajeto.
Com relação à forma do teto, observa-se:
Qualquer obstrução no teto representa uma barreira para a camada de gases quentes
subir.
Tetos com vigas ou nervuras tendem a canalizar os gases quentes entre as vigas, e
somente os chuveiros entre ou junto a essas vigas são prováveis de entrar em
operação, pelo menos inicialmente.
Os telhados inclinados atuam como poços invertidos, nos quais os gases quentes
sobem e podem impedir que os chuveiros operem na base do telhado.
Dimensionamento do sistema de chuveiros automáticos
O sistema de chuveiros automáticos pode ser dimensionado hidraulicamente ou por meio de
tabelas. O método por tabelas permite somente a disposição da tubulação na forma ramificada,
enquanto o cálculo hidráulico permite uma maior flexibilidade quanto à escolha da configuração da
tubulação, podendo ser na forma de malha ou em anel.
Dimensionamento por tabela:
Nesse método, os diâmetros nominais das tubulações são estabelecidos com base em tabelas
definidas em normas, em função de cada classe de risco de ocupação e do material da tubulação
conforme a NBR 10897.
Dimensionamento hidráulico:
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Consiste na determinação dos diâmetros nominais da tubulação por meio de cálculo de perda
de carga de modo a garantir uma densidade preestabelecida e distribuída, com certa uniformidade,
sobre uma área de aplicação de chuveiros, operando simultaneamente e de maneira a atender às
características de pressão e de vazão.
Para o dimensionamento por cálculo hidráulico utilizando a NBR 10897, são necessárias as
seguintes informações:
Área de aplicação, em m2
Densidade, em mm/min
Área máxima coberta por chuveiros, em m2
Demanda adicional para hidrantes
Dados sobre os abastecimentos de água
Ambos os casos devem ser definidos por profissionais habilitados e são parte fundamental do
PPCI (Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios). É muito importante seguir as normas dos
corpos de bombeiros locais e, na falta dessas, as NBRs envolvidas nesse tema.
Sistemas de alarme e detecção
Os sistemas de alarme devem ter os elementos adequados de funcionamento com o objetivo
de garantir a detecção imediata de qualquer princípio de incêndio.
O dimensionamento do sistema deve considerar o detector apropriado para cada um dos
ambientes a ser protegido, bem como sua sensibilidade e o tempo de resposta.
O projeto de detecção e alarme deve ser acompanhado de um memorial descritivo com
algumas informações importantes, como arquitetura do sistema utilizado, interfaces de sistemas,
lógica do funcionamento e indicação das ações para cada evento do sistema.
O memorial descritivo deverá ser utilizado como base para a escolha de todos os componentes
do sistema, bem como do alarme contra incêndio.
Este item é normatizado pela ABNT NBR-17240 – Sistemas de detecção e alarme de incêndio
– Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de
incêndios – Requisitos.
Tipos de sistemas de detecção
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
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Sistemade detecção convencional
Este sistema é composto por um ou mais circuitos detectores, sendo que cada um deles será
instalado em uma determinada área ou zona a ser protegida.
No momento da detecção, a central de controle identifica apenas a área protegida pelo circuito
em que o dispositivo encontra-se instalado.
Sistema de detecção endereçável
Cada dispositivo de detecção tem um “endereço” que permite a identificação individual pela
central, dessa forma, quando acionado, a central pode identificar a área protegida e o dispositivo
de alarme correspondente.
Sistema de detecção analógico
É um sistema de detecção identificável em que acontece o controle contínuo, pela central, de
alguns valores, como temperatura e fumaça de cada um dos dispositivos de detecção, fazendo
o comparativo com os valores previamente computados para determinada instalação, permitindo
o nível de ajuste dos dispositivos de detecção via central de controle.
Sistema de detecção algorítmico
Os detectores contam com diversos critérios de avaliação de medição dos ambientes
protegidos, comparados por circuitos lógicos programados para a ativação do alarme. Estes
detectores realizam o monitoramento contínuo dos valores e seus elementos sensíveis, como,
por exemplo, temperatura e fumaça, sendo capazes de definir decisões e realizar a
comunicação com a central de controle, informando assim o estado de alarme, pré-alarme,
falhas etc.
Figura 17 – Exemplo de central de alarme
Fonte: <http://www.tecnohold.com.br>.
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Detectores de incêndio
A escolha e do tipo de detectores e do local de instalação deverá ser realizada com base nas
informações de características que definirão áreas com maior chance de ocorrência de incêndio,
além, é claro, de projeto técnico e memorial descritivo.
Figura 18 – Detector de fumaça
Fonte: <www.goodhousekeeping.com>.
Alguns parâmetros devem ser considerados, como aumento de temperatura, fumaça, produção
da chama, materiais existentes na área protegida, altura e forma do teto, ventilação e temperaturas
habituais.
Figura 19 – Detector de temperatura
Fonte: <http://www.segind.com.br/mc/inc/apollo/exp/exp.htm>.
Caso a área a ser protegida esteja sujeita a ação de elementos como poeira, fumaça ou gases,
estas informações devem estar presentes no projeto e no manual de manutenção.
Existem detectores pontuais de fumaça, temperatura e chama, cada um captando o elemento
de interesse, conforme indicação técnica de projeto.
Figura 20 – Detector de chamas
Fonte: <http://www.lenox.ind.br/detector-chama>.
Detectores de incêndio
Considere os seguintes requisitos a serem atendidos quanto aos detectores de incêndio:
a. Os detectores de incêndio devem obedecer no mínimo aos requisitos especificados na
NBR 17240.
b. Os detectores de incêndio devem ser resistentes às possíveis mudanças de
temperatura do ambiente, que podem ocorrer normalmente, sem gerar alarmes falsos
ou falhas, ou alterações na sensibilidade.
c. Os detectores de incêndio devem ser resistentes à umidade e à corrosão existentes no
ambiente, dentro da vida útil projetada pelo fabricante.
d. Os detectores de incêndio devem ser resistentes às vibrações e aos impactos
existentes no ambiente protegido.
e. Os detectores de incêndio devem ter identificação de seu fabricante, tipo, temperatura,
faixa e/ou parâmetros para atuação convenientemente impressos em seu corpo.
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f. As referências de valores dos detectores de incêndio devem ser apresentadas no
sistema internacional de medidas (SI).
g. Os detectores de incêndio pontuais devem conter indicação visual no próprio corpo ou
em sua base, que sinalize a atuação deste detector. O reset do detector deve ser
realizado somente pela central.
h. A indicação de alarme deve ser vermelha e a de funcionamento (opcional) de acordo
com a especificação documentada de cada fabricante.
i. Os detectores de chama cuja detecção pode ser prejudicada pela sujeira no sistema
óptico devem indicar falha nesta condição.
j. Todos os equipamentos utilizados em áreas classificadas devem ser à prova de
explosão ou intrinsecamente seguros, com aprovações para a classe de risco do local
de instalação por entidades competentes.
Há uma grande variedade de modelos. Sendo assim, o projetista deve atentar aos detalhes da
sua edificação e ao uso para determinar a melhor solução. O detalhamento desse projeto é
fundamental e um dos itens primordiais é a manutenção e inspeção desse sistema.
Acionador manual
A instalação deve ser realizada em locais em que o trânsito de pessoas seja comum em casos
de emergência, como, por exemplo, saídas de locais de trabalho, áreas de lazer ou convívio,
corredores, saídas de emergência, rotas de extintores etc.
A distância máxima que uma pessoa deve percorrer, partindo de qualquer ponto de área
protegida até o acionador manual mais próximo, deve ser de 30 metros.
Figura 21 – Acionador de alarme manual
Fonte: <https://www.chanderfiredobrasil.com.br>.
Comunicação – Avisadores sonoros e/ou visuais
Avisadores sonoros e/ou visuais devem ser instalados em número suficiente nos locais em que
seja possível sua visualização e audição, de qualquer ponto do ambiente, sob condições adequadas
de trânsito, não impedindo a comunicação verbal nas proximidades da instalação.
O local de instalação destes equipamentos deve seguir a mesma lógica dos acionadores
manuais.
O combate aos princípios de incêndio e seus fatores desencadeantes pode parecer um assunto
de grande simplicidade, principalmente se analisado por profissionais da área de segurança e saúde
do trabalho, porém, ao verificarmos o leque de variáveis possíveis em um evento, podemos
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comprovar a importância da base teórica necessária obtida por treinamentos e capacitações
constantes.
É por esse motivo que, pelas informações contidas neste material, buscamos levar as principais
informações técnicas necessárias para que profissionais possam agir corretamente nesse tipo de
situação, bem como tomar as decisões acertadas, inclusive na ocorrência de incêndios de maiores
proporções e efeitos.
Viaturas
A NBR 14276, que trata de brigada de incêndio e emergência, referencia duas normas de
veículos para atendimento a emergências, sendo elas a NBR 14561 e a NBR 14096.
A primeira delas se trata de veículos para atendimento a emergências médicas e resgate. Essa
norma fixa as condições mínimas exigíveis para o projeto, a construção e o desempenho de veículos
de atendimento a emergências médicas e resgate, descrevendo veículos que estão autorizados a
ostentar o símbolo “ESTRELA DA VIDA” e a palavra “RESGATE”, estabelecendo especificações
mínimas, parâmetros para ensaio e critérios essenciais para desempenho, aparência e acessórios,
visando propiciar um grau de padronização para estes veículos.
É objetivo também tornar esses veículos nacionalmente conhecidos, adequadamente
construídos, de fácil manutenção e, quando contando com equipe profissional adequada,
funcionando eficientemente no atendimento a emergências médicas e resgate ou em outros serviços
móveis de emergência médica.
Estes veículos deverão ser montados em chassis adequados para esta aplicação, e serão de
tração traseira ou dianteira (4x2) ou tração nas quatro rodas (4x4).
Figura 22 – Veículo para atendimento a emergências médicas e resgate
Fonte: <https://fgm-go.org.br/portaria-detalha-aspectos-do-uso-das-ambulancias-tipo-a/>.
Já a NBR 14096 normatiza as viaturas de combate a incêndio estabelecendo os requisitos de
desempenho, a fabricação e os métodos de ensaio de viaturas de combate a incêndio. Essa norma
de 2016 aplica-se a viaturas novas para combate a incêndio urbano, com ou sem bombeamento e
apoio às operações associadas aos corpos de bombeiros públicos e privados. Essas viaturas
consistem em veículos equipados ou não com bomba de combate a incêndio, tanque paratransporte
de água, mangueiras, materiais e equipamentos. Os veículos ainda podem ser equipados com um
implemento elevatório, com ou sem torre de água.
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Essas NBRs também servem de subsídio para a especificação técnica de aquisição e
recebimento de veículos para atendimento a emergências. Caso você tenha que contratar, poderá
avaliar suas necessidades individuais e o propósito de uso do veículo, usando os requisitos básicos
normativos para elaborar uma especificação completa e atender às condições operacionais locais.
Figura 23 – Viatura de combate a incêndio
Fonte: <https://www.mitren.com.br/noticias/2017/mitren-entrega-auto-bomba-tanque-para-empresa-
quimica/>.

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