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TEORIZAÇÃO I IMUNO

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Imunologia – 1º Ciclo
Mecanismos gerais da resposta imune:
Caso clínico I: paciente de 4 anos, menina, febre, tosse seca e diarreia, dado antibiótico, 5 dias com febre persistente, tosse seca e diarreia, hemograma, pcr, raio x e coprocultura, pneumonia bacteriana e enteroparasitose. Febre é ocasionada pela screção de citocinas no hipotálamo que vão atuar no sistema imune, é um sinal de algo que está ocorrendo um processo inflamatório. Diarreia devido a enteroparasitose, Antibiótico dado por conta própria: foi dada antes da ida ao clínico e antes da realização dos exames, resultados mascarados e fora de acordo com a realidade, pode desenvolver resistência. Ambiente escolar muito propício para disseminação de verminoses e infecções bacterianas, e assim, as crianças são muito susceptíveis uma vez que elas não possuem um sistema imune completamente efetivo, adquire defesas imunológicas pelo contato com antígenos (microrganismos presentes no ambiente), resposta vai sendo formada a partir do contato com o ambiente externo, amadurecimento de resposta e desenvolvimento de proteção, anticorpos são transmitidos na gestação mas não duram por muito tempo, mas as defesas vão amadurecendo e gerando uma resposta imunológica. Vida adulta: maior sistema imunológico, imunocompetentes, dificilmente adoecem com doenças típicas da infância, a resistência que se adquire ao longo da vida chega em um momento que declina, como os idosos, sendo esses mais susceptíveis as doenças novamente, uma vez que o sistema imune está um pouco comprometido. Tosse associada a pneumonia bacteriana: existe pneumonia de origem viral ou fúngica. Epf: exame de rotina parasitológico das fezes, Coprocultura: exame bacteriológico das fezes e Urocultura: exame de infecção de urina, identifica a presença de bactérias. Enteroparasitose: eosinófilos são recrutados, eosinofilia: aumento desses eosinófilos, aumento de neutrófilos: desvio à esquerda. PCR: técnica de biologia molecular: reação em cadeia da RNA polimerase, ou PCR de proteína C reativa: proteína de fase aguda de resposta imunológica, inespecífica, o fígado que produz e se eleva em processos inflamatórios: covid, herpes, pneumonia bacteriana, unha inflamada, extensão grande de trauma, serve para identificar a extensão do processo inflamatório, e para verificar se há o pior ou não prognóstico ,útil para acompanhar a evolução terapêutico, ver se o medicamento está fazendo efeito pela declinação da proteína, a técnica pode servir para identificar doenças como Aids e entre outras.
Perguntas:
1) Que tipos de RI protegem os indivíduos contra as infecções?
= Respostas sequenciais e coordenadas que são: imunidade inata e adaptativa
2) Quais as principais características da RI inata e da adaptativa?
= A inata, ou seja, a natural ou nativa, é essencial para a defesa contra microrganismos nas primeiras horas ou dias após a infecção, antes que as respostas imunes adaptativas tenham se desenvolvido. É mediada por mecanismos que já existem antes da ocorrência de uma infecção e que facilitam rápidas respostas contra microrganismos invasores, essa é específica para moléculas compartilhadas por grupos de microrganismos relacionados e moléculas produzidas por células lesadas do hospedeiro, sua diversidade é limitada, pois o reconhecimento de moléculas se dá por genes herdados da linhagem germinativa, quanto a memória é nenhuma ou limitada, e não há reatividade ao próprio corpo. A adaptativa reconhece e reage em contato a antígenos microbianos e não microbianos, possui diversidade muito ampla, pois os genes dos receptores são formados por recombinação somática de segmentos gênicos nos linfócitos, possui memória, e também apresenta não reatividade ao próprio. São estimuladas pela exposição a agentes infecciosos e que aumentam em magnitude e capacidades defensivas após cada exposição sucessiva a um microrganismo em particular. Uma vez que essa forma de imunidade se desenvolve em resposta à infecção e a ela se adapta, é também chamada imunidade específica ou imunidade adquirida. Embora muitos patógenos tenham evoluído de maneira a resistir à resposta imune inata, as respostas imunes adaptativas, sendo mais fortes e mais especializadas, são capazes de erradicar até mesmo essas infecções. Também existem numerosas conexões entre as respostas imunes inata e adaptativa. A resposta imune inata aos microrganismos fornece os primeiros sinais de perigo que estimulam as respostas imunes adaptativas. Por outro lado, as resposta imunes adaptativas frequentemente trabalham intensificando os mecanismos protetores da imunidade inata, tornando-os mais capazes de combater efetivamente os microrganismos.
3) Quais são os dois tipos de imunidade e que tipos de microrganismos essas RI combatem?
= inata e adaptativa. O sistema imune inato responde quase imediatamente a microrganismos e células lesadas, e repetidas exposições invocam respostas imunes inatas praticamente idênticas. Os receptores da imunidade inata são específicos para estruturas que são comuns a grupos de microrganismos relacionados e não distinguem pequenas diferenças entre microrganismos. Os principais componentes da imunidade inata são (1) barreiras físicas e químicas, tais como os epitélios e os agentes antimicrobianos produzidos nas superfícies epiteliais; (2) células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), células dendríticas (DCs, do inglês, dendritic cells), mastócitos, células natural killer (células NK) e outras células linfoides inatas; e (3) proteínas sanguíneas, incluindo componentes do sistema complemento e outros mediadores da inflamação. Muitas células da imunidade inata, tais como macrófagos, DCs e mastócitos, estão sempre presentes na maioria dos tecidos, onde atuam como sentinelas em busca de microrganismos invasores. A resposta imune inata combate microrganismos por meio de duas reações principais — pelo recrutamento de fagócitos e outros leucócitos que destroem os microrganismos, no processo chamado inflamação; e pelo bloqueio da replicação viral ou pelo killing de células infectadas por vírus, sem a necessidade de uma reação inflamatória. A resposta imune adaptativa é mediada por células chamadas linfócitos e seus produtos. Os linfócitos expressam receptores altamente diversos que são capazes de reconhecer um vasto número de antígenos. Há duas populações principais de linfócitos, denominadas linfócitos B e linfócitos T, os quais medeiam diferentes tipos de respostas imunes adaptativas. HUMORAL E CELULAR, SENDO QUE A HUMORAL COMBATE AGENTES EXTRACELULARES, E A CELULAR COMBATE AGENTES INTRACELULARES.
4) Descreva quais as principais características da RI adquirida
= quanto à Especificidade e diversidade: Respostas imunes são específicas para antígenos distintos e, frequentemente, para diferentes porções de um único complexo proteico, polissacarídico ou de outra Macromolécula. As porções de antígenos complexos especificamente reconhecidas por linfócitos individuais são denominadas determinantes ou epítopos. Essa especificidade fina existe porque os linfócitos individuais expressam receptores de membrana que podem distinguir diferenças sutis na estrutura de epítopos distintos. Clones de linfócitos com diferentes especificidades estão presentes em indivíduos não imunizados e são capazes de reconhecer e responder aos antígenos estranhos. Esse conceito fundamental é denominado seleção clonal e foi claramente enunciado por Macfarlane Burnet, em 1957, como uma hipótese para explicar de que modo o sistema imune poderia responder a um grande número e variedade de antígenos. De acordo com essa hipótese, a qual é hoje uma característica comprovada da imunidade adaptativa, clones de linfócitos antígeno-específicos se desenvolvem antes e independentemente da exposição ao antígeno. Um antígeno introduzido se liga (seleciona) às células do clone antígeno-específico preexistente e as ativa. Como resultado, as células específicas para o antígeno proliferam para gerar milhares de descendentes com a mesma especificidade, um processo chamado expansão clonal.O número total de especificidades antigênicas dos linfócitos em um indivíduo, chamado repertório dos linfócitos, é extremamente grande. Estima-se que o sistema imune de um indivíduo possa discriminar 107 a 109 determinantes antigênicos distintos. Essa capacidade do repertório de linfócitos para reconhecer um grande número de antígenos (a chamada diversidade) é resultado da variabilidade nas estruturas dos sítios de ligação ao antígeno dos receptores antigênicos dos linfócitos. Em outras palavras, existem muitos clones distintos de linfócitos e cada clone possui um único receptor antigênico e, consequentemente, uma única especificidade antigênica, contribuindo para um repertório total extremamente diverso. A expressão de diferentes receptores antigênicos em distintos clones de células T e B é a razão pela qual esses receptores são ditos clonalmente distribuídos. Os mecanismos moleculares que geram tal diversidade de receptores antigênicos são discutidos no Capítulo 8. A diversidade é essencial
se o sistema imune existe para defender os indivíduos contra os diversos potenciais patógenos presentes no ambiente. • Memória. A exposição do sistema imune a um antígeno estranho aumenta sua capacidade de responder novamente àquele antígeno. As respostas a uma segunda exposição ou exposições subsequentes ao mesmo antígeno, chamadas respostas imunes secundárias, são normalmente mais rápidas, de maior magnitude e, com frequência, quantitativamente diferentes da primeira resposta imune (ou primária) àquele antígeno. A memória imunológica ocorre porque cada exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa específicas para o antígeno. Há duas razões pelas quais a resposta secundária é mais forte do que a resposta imune primária — as células de memória se acumulam e tornam-se mais numerosas do que os linfócitos naive específicos para o antígeno existentes no momento da exposição inicial ao antígeno; e células de memória reagem mais rápida e vigorosamente ao desafio antigênico do que os linfócitos naive. A memória permite que o sistema imune produza respostas aumentadas a exposições persistentes ou recorrentes ao mesmo antígeno e, assim, combata infecções por microrganismos prevalentes no meio ambiente e encontrados repetidamente. • Não reatividade ao próprio (autotolerância). Uma das propriedades mais marcantes do sistema imune de cada indivíduo normal é sua capacidade de reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos estranhos (não próprios) enquanto não reage prejudicialmente aos antígenos do próprio indivíduo. A não responsividade imunológica é também chamada de tolerância. A tolerância aos antígenos próprios, ou autotolerância, é mantida por diversos mecanismos. Estes incluem a eliminação de linfócitos que expressam receptores específicos para alguns autoantígenos, inativando os linfócitos autorreativos ou suprimindo essas células pela ação de outras células (reguladoras). Anormalidades na indução ou manutenção da autotolerância levam a respostas imunes contra os autoantígenos (antígenos autólogos), as quais podem resultar em distúrbios denominados doenças autoimunes.
5) Conceitue e exemplifique imunidade ativa e passiva
= A imunidade protetora contra um microrganismo normalmente pode ser fornecida tanto pela resposta do hospedeiro ao microrganismo quanto pela transferência de anticorpos que defendem contra o microrganismo. A IMUNIDADE ATIVA: É A QUE É INDUZIDA PELA EXPOSIÇÃO A UM ANTÍGENO ESTRANHO, PORQUE O INDIVÍDUO IMUNIZADO TEM PAPEL ATIVO NA RESPOSTA AO ANTÍGENO, UM EXEMPLO É A VACINA, PODE SER NATURAL OU ARTIFICIAL. Indivíduos e linfócitos que nunca encontraram um antígeno particular são considerados naive, implicando que ambos são imunologicamente inexperientes. Indivíduos que responderam a um antígeno microbiano e estão protegidos de exposições subsequentes àquele microrganismo são ditos imunes. IMUNIDADE PASSIVA: AQUELA CONFERIDA A UM INDIVÍDUO PELA TRANSFERÊNCIA DE ANTICORPOS DE UM INDIVÍDUO JÁ IMUNIZADO PARA UM INDIVÍDUO QUE NUNCA ENCONTROU O ANTÍGENO EM PARTICULAR SEM NUNCA TER SIDO EXPOSTO NEM TER RESPONDIDO Àquele antígeno, um exemplo é a transferência de anticorpos maternos através da placenta para o feto, a qual permite aos recém-nascidos o combate a infecções por vários meses antes que eles próprios desenvolvam a capacidade de produzir anticorpos, é utilizada para conferir resistência rapidamente sem a necessidade de esperar pelo desenvolvimento de uma resposta imune ativa. A imunização passiva contra toxinas potencialmente letais pela administração de anticorpos de animais ou pessoas imunizadas é um tratamento que salva vidas em infecções rábicas ou picadas por serpentes. Pacientes com algumas doenças de imunodeficiências genéticas são imunizadas passivamente pela transferência de um pool de anticorpos de doadores saudáveis, PODE SER NATURAL OU ARTIFICIAL, UM EXEMPLO DE ARTIFICIAL É O SORO.

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