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Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Goiânia - GO Kelps, 2014 Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com Dedico esse trabalho às pessoas que passaram por meu caminho com conhecimento, luz e apoio. Tanto me ensinando quanto me deixando ensinar: professores, professoras e alunas queridas! Não citarei nomes, pois são várias pessoas. E dedico também aos meus filhos José Santana Vieira Neto e Aurélio Vinícius Dias Vieira, por serem a luz de minha vida, sempre me ajudando e compartilhando os momentos de felicidade e alegria. Copyright © 2014 by Grazielle Vieira. Editora Kelps Rua 19 nº 100 – St. Marechal Rondon CEP 74.560-460 – Goiânia – GO Fone: (62) 3211-1616 Fax: (62) 3211-1075 E-mail: kelps@kelps.com.br homepage: www.kelps.com.br Tatiana Lima Programação visual DIREITOS RESERVADOS É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a autorização prévia e por escrito da autora. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. Impresso no Brasil Printed in Brazil 2014 GRA Vieira, Grazielle. neo Neopompoar: a ginástica do prazer. / Grazielle Vieira. – Goiânia: Kelps, 2014. 150p.: il. ISBN: 978-85-400-1085-7 1. Sexologia. 2. Sexualidade feminina. 3. Pompoar. 4. Neopompoar. I. Título. CDU: 57.017.5 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL PIO VARGAS Índice para catálogo sistemático: CDU: 57.017.5 Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com Agradecimentos Este livro foi fecundado em 1996, ano de nascimento de meu primeiro filho, e ano em que tive contato com exercícios vaginais. Sua gestação se estendeu por longos períodos, ficando plenamente bonita em 2000, ano em que ministrei meus primeiros cursos da técnica. Magnificando-se totalmente em 2004, ano de nascimento de meu segundo filho, onde pude sentir os prazeres de um parto normal sem sequelas. Cresceu em 2008, quando tive contato com a Anatomia e Fisiologia. Realmente se valorizou em 2009, quando retornei para a universidade, indo para a área da saúde e começando minha graduação em Fisioterapia. Em 2010 realmente decidi parir logo um trabalho. E, por contradição aos benefícios da técnica, o parto se estendeu por 4 anos... Mas dando vida e luz a um trabalho lindo, cheio de luz e ajudando a milhares de mulheres nesse caminho da busca do autoconhecimento e do prazer. Quero agradecer aos céus e a todos os Deuses e Deusas de todas as filosofias e religiões, que sempre me iluminaram e abriram minha visão para várias áreas das ciências, filosofias e terapias. Agradecer minha irmã Jacquelline Dias Vieira, que sempre me ajudou na organização da agenda da Sala Íntima do evento Só para mulheres (organizei a agenda das 4 últimas edições do evento, e na última, em 2012, sai até no Programa do Fantástico, rede Globo, com as aulas de Pole Dance, em 30/09). E agradecer a meus pais, Ana Maria Dias Vieira e José Santana Vieira, que por muito tempo sentiram vergonha de meu caminho nas ciências humanas, terapias Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com e sexualidade. Que algum dia enxerguem que assim realmente sou feliz: ajudando aos outros com meu trabalho, mesmo com tantos plágios, insultos, preconceitos e discriminações, afinal todos fazem sexo mas ninguém admite! Agora no pós-parto, a sensação de orgulho e a certeza de trabalho cumprido! Afinal com o Coaching descobri minha missão de vida: transformar a vida das pessoas através das palavras, para que elas melhorem seus relacionamentos e atinjam a felicidade. Sumário Introdução .......................................................................13 1. Ginástica Feminina Íntima .................................................13 2. História Pessoal .............................................................15 3. Formação Profissional .......................................................18 Parte Teórica Capítulo 1 - Pompoar X Neopompoar ........................................23 1. O que é Pompoarismo? ......................................................23 1.1 Problemas do Pompoar e riscos .....................................26 2. O que é Neopompoar? ......................................................30 3. Origem dos Exercícios do Neopompoar ...................................35 3.1 Práticas e Filosofias Feministas ......................................35 a) Wicca e dança do ventre .........................................35 3.2 Filosofias Orientais e Terapias Holísticas ..........................38 a) Tantra ................................................................38 b) Kundalini Yoga ......................................................43 c) Taoismo ..............................................................44 d) Chacraterapia .......................................................45 e) Cabala Feminina ...................................................46 3.3 Exercícios de Kegel ....................................................46 3.4 Bioenergética ..........................................................48 3.5 Ginástica Hipopressiva ...............................................50 Capítulo 2 - Benefícios ........................................................51 1. Sexualidade Feminina e Prazer ..........................................51 2. Bem Estar e Saúde ..........................................................52 3. Apimentando a Vida a Dois .................................................55 Capítulo 3 - Movimentos e Manobras ........................................57 1. Nível Básico ..................................................................58 2. Nível Avançado ..............................................................59 3. Nível Kama-sutra ............................................................59 4. Nível Acrobático ou Halterofilismo Vaginal ..............................60 Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com Capítulo 4 - Acessórios ........................................................61 1. Vibrador ......................................................................63 2. Cones ou Pesitos Vaginais ..................................................65 3. Colar Tailandês ...............................................................67 4. Ben-wa ........................................................................67 5. Sensupower ..................................................................68 Capítulo 5 - Orgasmo ..........................................................71 1. Repressão sexual e falta de orgasmo .....................................71 2. O que é o orgasmo? ........................................................74 3. Desempenho Sexual, Orgasmo e MAP .....................................78 4. Atingindo o Orgasmo ........................................................82 Capítulo 6 - Conheça seu corpo ..............................................83 1. Anatomia da Região Pélvica/Perineal ....................................83 1.1 Anatomia Externa ....................................................83 1.2 Anatomia Interna .....................................................87 1.3 Anatomia Óssea ......................................................91 1.4 Anatomia Muscular ....................................................94 1.5 Anatomia Muscular Adjacente .................................... 103 2. Anatomia Energética: Chacras e Kundaline ........................... 109 2.1 O que é Kundalini? ................................................... 109 2.2 O que é Chakra? ...................................................... 110 Parte Prática Capítulo 7 - Exercícios Físicosdo 1º Mês ................................. 113 Autoconhecimento e autoexame: como localizar e trabalhar os MAP 119 1ª. Semana .................................................................... 119 1. Avaliar a História Pessoal ................................................ 119 1.1 Dados Pessoais ....................................................... 119 1.2 Fraqueza Muscular ................................................... 119 1.3 Tensão Pélvica ........................................................ 119 1.4 Descontrole Muscular .............................................. 119 2. Autoexame e Localização Muscular ..................................... 119 2.1 Meditação da Deusa Nua............................................ 120 2.2 Autoexame com Espelho ............................................ 120 2.3 Contração com Espelho ............................................ 120 2.4 Contração com Espelho Isolada ................................... 120 2.5 Localizar a Anatomia Externa ...................................... 120 3. Colar Tailandês Passivo ................................................... 121 2ª. Semana .................................................................... 121 1. Meditação da Deusa Nua .................................................. 121 2. Colar Tailandês Passivo ................................................... 121 3. Testes Especiais ............................................................ 121 3.1 Teste do Jato de Urina .............................................. 122 3.2 Teste do Jato de Urina 2........................................ .....122 3.3 Teste do Jato de Urina 3................... ............ .............122 3.4 Teste do Dedo ........................................................ 123 3.5 Teste do Balão... ............... ......................................123 3.6 Teste do 2º. Cone.. ..... .............................................123 3.7 Teste do Pum ......................................................... 123 3.8 Teste do Sensupower ............................................... 124 3ª. Semana .................................................................... 124 1. Meditação da Deusa Nua .................................................. 124 2. Colar Tailandês Passivo ................................................... 124 3. Conheça sua Pelve ......................................................... 124 3.1 As cristas ilíacas direita e esquerda .............................. 124 3.2 Espinha ilíaca póstero-superior .................................... 124 3.3 Espinha ilíaca ântero-superior ..................................... 124 3.4 Ísquio direito e esquerdo ........................................... 124 3.5 Articulações sacro-ilíacas .......................................... 124 3.6 A sínfise púbica ....................................................... 124 3.7 Região urogenital ou trígono urogenital ......................... 124 3.8 Região anal ou trígono anal ........................................ 124 Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com www.graziellevieira.com.br 15 4. Sinta sua Pelve ............................................................ 125 4.1 As cristas ilíacas direita e esquerda .............................. 125 4.2 Espinha ilíaca póstero-superior .................................... 125 4.3 Espinha ilíaca ântero-superior ..................................... 125 4.4 Ísquio direito e esquerdo ........................................... 125 4.5 Articulações sacro-ilíacas .......................................... 125 4.6 A sínfise púbica ....................................................... 125 4.7 Região urogenital ou trígono urogenital ......................... 125 4.8 Região anal ou trígono anal ....................................... 125 5. Contração Molhada 1 ...................................................... 125 4ª. Semana: ................................................................... 126 1. Meditação da Deusa Nua .................................................. 126 2. Colar Tailandês Passivo ................................................... 126 3. Contração Molhada 1 ...................................................... 126 4. Orgasmo com Vibrador 1 (Clitóris) ..................................... 126 5. Orgasmo com Vibrador 2 (Ponto G) ..................................... 128 6. Exercício com o 1º. Cone Passivo (cone de 20g, rosa) ............... 128 Capítulo 8 Exercícios do 2º e 3º Mês do DVD .............................. 129 1. Programa de Treinamento 2º Mês ....................................... 133 2. Programa de Treinamento 3º Mês ....................................... 136 Apêndice: ..................................................................... 139 1 Avaliar a História Pessoal ................................................ 139 2. Meditação da Deusa Nua ................................................. 143 3. Programa de Treinamento 1º. Mês ...................................... 145 Bibliografia ..................................................................... 147 Introdução Durante muitos anos, os médicos inadvertidamente retiraram a responsabilidade do músculo PC de suas possuidoras. Usaram de três métodos para isso- cirúrgico, químico e elétrico, sendo o primeiro, de longe, o mais comum deles. (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982:122) 1. Ginástica Feminina Íntima Você já ouviu falar sobre contração de músculos vaginais? E sobre a importância de músculos vaginais (MAP ou músculos do assoalho pélvico1) fortes? E que existem exercícios que fortalecem essa musculatura e melhoram sua vida sexual, resolvendo problemas de dor durante a relação, sensação de “vagina larga”, frigidez e falta de orgasmos? E que esses exercícios previnem a incontinência urinária? Para a maioria das mulheres do ocidente, pedir para elas realizarem uma contração vaginal é quase que o mesmo que pedir para elas contraírem a orelha. E mas palavras de Lysebeth (1994: 244): “as mulheres ocidentais têm uma vagina tão musculada quanto um chinelo velho.” Mas não se culpe, pois ninguém nos ensina nada sobre sexualidade, a não ser que sempre devemos fechar as pernas, pois a vagina é feia e suja. Também não se desespere, pois nunca é tarde para começar a malhação vaginal! 1 Nesse livro usarei a sigla MAP para me referir aos músculos do assoalho pélvico. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 16 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 17 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Segundo Shelly (2004), “A reabilitação dos músculos do assoalho pélvico (MAP) envolve os músculos esqueléticos localizados na base da cavidade abdominal. A área inclui músculos esqueléticos sob controle voluntário, que respondem às mesmas técnicas de treinamento dos outros músculos esqueléticos do corpo”. Ou seja, você tem controle e domínio sobre essa musculatura. E com esse fortalecimento você previne problemas ocasionados pelo avanço da idade ou por gestações, passa a ter mais prazer nas relações sexuais e atinge o tão sonhado orgasmo. E ainda melhora e apimenta sua vida sexual com o parceiro, pois a mulher pode apertar o pênis somente com a força vaginal, fazendo brincadeiras na hora da relação sexual. E isso pode salvar o relacionamento! Além de melhorar a autoestima, pois você passa a ter domínio e controle sobre a relação. Devido à falta de autoconhecimento feminino e à falta de informações seguras a respeito do tema da ginástica íntima, resolvi criar a metodologia de treinamento do Neopompoarismo, que é uma atividade física holística2 desenvolvida exclusivamente por mim, ampliada e baseada em uma visão científica, anatomia, fisiologia3, e cuja meta é fortalecer os MAP para três objetivos4 relacionados à valorização e ao empoderamento de ser mulher. E é um método totalmente diferenciado com minha metodologia exclusiva, onde você terá acesso ao Programa de Treinamento do 1º. Mês nesselivro, e aos outros exercícios dos outros meses em DVDs (vendidos separadamente do livro). 2 Holística por conter exercícios de várias outras práticas. 3 Visão Cientifica, Anatomia e Fisiologia são o que realmente dá resultado eficaz e duradouro nessa nova técnica. 4 Bem estar, prazer para a mulher e apimentar a vida a dois. Assim, nessa coletânea de livro e DVDs eu vou ensinar você a localizar, fortalecer, isolar e controlar conscientemente seus MAP através de uma série de exercícios físicos específicos e do uso de acessórios íntimos. Isso vai te ajudar a melhorar sua saúde genital, sentir prazer na relação sexual, atingir o orgasmo, sair da rotina ou salvar o relacionamento! Você também aprenderá que existem vários tipos de exercícios: 1- Contrações Musculares feitas diariamente; 2- Malhação Vaginal usando Cones; 3- Malhação Vaginal usando o Colar Tailandês; 4- Malhação Vaginal usando o Vibrador; 5- Malhação Vaginal usando a Ben-wa; 6- Malhação Vaginal usando o Sensupower; 7- Malhação Vaginal usando o pênis para testar o resultado de seu treinamento! 2. História Pessoal Tive meu primeiro filho com 15 anos. Ele nasceu em 1996. Nessa época sofri bastante, pois não era comum nem bem visto aos olhos da sociedade uma adolescente grávida5 e solteira. Tive que mudar várias vezes de escola, pois as mães das minhas amigas as proibiram de andar comigo porque eu não “prestava” e era uma má 5 Nasci em 14 de maio de 1981, em Goiânia. Sou mãe de dois maravilhosos filhos: José Santana Vieira Neto, de 1996, e Aurélio Vinícius Dias Vieira, de 2004. José nascido de parto cesáreo, e Aurélio de parto normal. Será que foi o Neo Pompoar? Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 18 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 19 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira influência para suas filhas. Ou seja, elas tinham medo que suas filhas também ficassem grávidas... Então eu entrei em depressão. E infelizmente as mulheres só sabem fazer uma coisa quando estão deprimidas: comer! Assim eu, que pesava 39 kg, fui pesar 79 kg. Eu engordei quase 40 kg e ganhei de presente uma autoestima super baixa e uma incontinência uri- nária... E quando nós não conseguimos segurar o xixi nós não que- remos sair de casa nem queremos ter amigos. Resumindo, eu fiquei com a autoestima esmagada, deprimida, gorda, com perda de urina e ainda sofrendo bullying! Depois do período pós-parto eu fui a uma consulta com uma ginecologista que me ensinou a fazer alguns exercícios de contração dos músculos vaginais. Segundo ela, esses exercícios me ajudariam a recuperar minha musculatura flácida. Essa ginecologista já havia ensinado esses exercícios para minha mãe, pois ela estava com perda de urina quando espirrava. Fiquei muito feliz em aprender também. Essas contrações resolveram rapidamente meu problema de per- da de urina. Mas eu, como a maioria das mulheres, não ficava excitada, não tinha prazer nas relações sexuais e não fazia a mínima ideia nem do que era um orgasmo nem do que era o orgasmo múltiplo. Eu me achava totalmente frígida! E ainda tinha vergonha de procurar ajuda... Só que tudo mudou no final do ano de 1996, pois quando eu estava no salão de beleza eu encontrei em um exemplar da revista Nova (dezembro de 1995) uma matéria que prometia o orgasmo com a prática de exercícios diários durante 7 minutos: “Plano Perfeito para o Prazer”. Fiquei encantada, pois ter prazer e orgasmo era tudo o que eu queria! Passei então a praticar, pois estava louca para descobrir o prazer depois de tanto sofrimento. E praticando esses novos exercícios tive meu primeiro orgasmo! Como tudo deu certo eu passei a pesquisar sobre esses exercícios, pois alguns deles se pareciam com os exercícios que a ginecologista ha- via me ensinado anteriormente. E descobri que eles eram o Pompoar, ou seja, exercícios para fortalecimento dos músculos vaginais. Mas como muitas coisas me intrigavam nessa prática do Pompoarismo eu fui obri- gada a procurar respostas para minhas dúvidas no campo das terapias. De 1996 a 1999 eu estudei muito. Algumas dúvidas foram respondidas, outras não. Mas mesmo assim em 2000 resolvi compartilhar o que havia aprendido com outras mulheres, pois a maioria sofria assim como eu sofri. E não era justo saber algo tão importante e ficar calada. Assim, para ter uma visão diferente, dei o nome para minha técnica de “Pompoarismo Terapêutico”, voltado para a felicidade e prazer da mulher, pois no pompoar dessa época pregava-se que a mulher deveria aprender a contrair a vagina para dar prazer ao homem, ou seja, uma visão totalmente machista... Mas nem por isso invalido nem a técnica nem o conhecimento milenar oriental, desde que aplicado de forma consciente e não de qualquer forma como vemos e lemos por ai. Só que como muitas perguntas da técnica do pompoar ainda não tinham respostas, eu procurava sempre estudar e me aprimorar para descobrir o que eu sabia que era errado, não funcionava e era perigoso praticar. Foi quando, em 2008, fiz um curso numa faculdade sobre Neopompoarismo, ministrado por uma fisioterapeuta. Fiquei apaixonada, pois era isso que faltava a todas as que trabalhavam com o tema na época: conhecimento científico, estudo de anatomia e fisiologia. Então em 2009 iniciei minha 2ª. graduação, agora em Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 20 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 21 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira fisioterapia. E já fiz vários aprimoramentos nessa área, além de iniciar minha pós-graduação em Sexualidade. Em 2013 fiz minha formação em Personal e Professional Coaching, com a Sociedade Brasileira de Coaching. Isso me permitiu melhorar meu trabalho em 100%, e criar o 1º. DVD de Neopompoarismo do Brasil com um programa de treinamento mensal. E estou muito feliz, pois aplicando a metodologia do Coaching aos meus cursos e treinamentos eu vejo os progressos e sucessos rápidos e duradouros de minhas alunas/clientes. E com outros estudos que fiz, e ainda faço, alio várias práticas à minha técnica de exercícios para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico (resumidos na sigla MAP). E desde 2009 passei a chamar minha técnica de Neopompoarismo, ou Ginástica Feminina Íntima. Atualmente minha empresa conta com mais de 70 cursos para mulheres. E estou capacitando pessoas pelo Brasil inteiro com minha metodologia. Informe-se sobre eles no site: www.graziellevieira.com.br 3. Formação Profissional Grazielle Vieira é Bacharel em Lin- guística pela Universidade Federal de Goiás (Análise de Discurso), graduanda em Fisio- terapia pela Universidade Salgado de Oliveira (Universo), pós-graduanda em Sexualidade e MBA Marketing e Inteligência Competitiva. Palestrante e Terapeuta Holística desde 2000, Grazielle Vieira ministra diversos cursos, palestras, treinamentos e consultorias nas áreas de Sensualidade, Feminilidade, Autoestima e Qualidade de Vida da Mulher. Atualmente também é editora da Revista Beleza & Forma. Também possui formação em Coaching: Certificação em Personal, Professional, Career e Positive Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching. Além de ser Practitioner em PNL. Alguns cursos que fez: 1998- Curso Chacraterapia e Alimentoterapia 1999- Curso Radiestesia e Chacraterapia 2000- Curso Cromoterapia, Colorpuntura e Aromaterapia 2000- Curso PNL- Programação Neurolinguística 2001- Curso Básico de Bioenergética- UFG 2002- Curso Hipnose, Regressão e Progressão de Memória 2002- Como Administrar sua Pequena Empresa- SEBRAE 2002- Aprender a Empreender- SEBRAE e CEFET- GO 2003- Curso de Massagem Terapêutica Reflexologia- SENAC 2003- Curso Cabala Terapêutica 2004- Curso Striptease, Danças Sensuais e Pole Dance Sensual- Brasília 2007- Quick Massage: Massagem Expressa 2007- Curso Pilates- Inélia Garcia 2007- Curso Alongamento Consciente- Inélia Garcia 2007- Curso Balness- Inélia Garcia 2007- Curso Massagem Relaxante Antiestresse- André Nessi2008- Curso Composição de um Espetáculo de Dança Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com http://www.graziellevieira.com.br 22 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 23 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 2008- Curso Dança Criativa 2008- Curso Ginástica Localizada- Marcelo Costa 2008- Curso Técnicas de Alongamento e Relaxamento- Abbdallah Júnior 2008- Curso Yoga e Equilíbrio- Nicole Witek 2008- Curso Técnicas Posturais 2008- Curso Shiatsu Corporal e Facial 2008- Curso Massoterapia com Pedras quentes, frias e argila 2008- Curso Alongamento terapêutico 2008- Curso Personal Trainner- uma abordagem científico- metodológica 2008- Curso de Neopompoar- Faculdade Cambury 2008- Curso Intensivo de Uroginecologia: Terapia Cinética Funcional em Uroginecologia 2009- Curso Uroginecologia: Terapia Cinética Funcional- Poloeduc 2009- Curso Micropunturação de Estrias 2009- Curso Auriculoterapia e Auriculopuntura 2009- Adolescência: revolta ou revolução- SBP 2009- Psicologia em Saúde Coletiva- SBP 2010- Capacitação Nível Básico e Intermediário em Pole Dance- Vanessa Costa (presidente da Federação Brasileira de Pole dance)- Rio de Janeiro 2010- Curso Internacional Art Dance Studio- Pole Dance de Duplas- Daniela e Jessica – Argentina 2010- Como Prevenir Lesões no Pole Dance- fisioterapeuta Alessandra Amorim 2010- Capacitação Nível Avançado em Pole- Vanessa Costa (presidente da Federação Brasileira de Pole dance)- Rio de Janeiro 2010- Programa de atualização em Ginecologia e Obstetrícia – Proago 2010- Anatomia e Fisiologia do Alongamento- Universo 2010- Alongamento Terapêutico- Universo 2010- Vendas- como encontrar e fidelizar clientes 2010- Marketing Pessoal 2011- Curso Pole dance Avançado- Alesia Vazmitsel 2011- Workout Pole dance Goiânia Capital Fitness 2011- Curso de Pole dance Avançado com Rafaela Montanaro 2011- Curso de Pole dance Avançado com Mariom Crampe 2011- Curso de Pole dance Avançado com Anastacia Skukhtorova 2011- Curso de Pole dance Avançado com Oona Kivela 2011-Curso de Pole dance Avançado com Dominic Lacasse 2011- Curso de Pole dance Avançado com Jenine Buterfly 2012- Vendas e Atendimento a clientes 2013- Business Conference: uma nova visão do mercado fitness 2013- Gestão em Academia 2013-Formação em coordenadores 2013- Liderança: como ser um líder usando o Coaching como ferramenta 2013- Você S/A: Sua carreira, seu sucesso 2013- Webwritting 2013- Jornalismo On-line 2013- Marketing Pessoal Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 24 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 25 Neopompoar: A ginástica do Prazer 2013- Aprenda a falar em público 2013- Automaquiagem: Você pode! 2013- Certificação em Personal e Professional Coaching- Sociedade Brasileira de Coaching 2014- Certificação em Career Coaching- Sociedade Brasileira de Coaching 2014- Certificação em X-treme Positive Coaching- Sociedade Brasileira de Coaching 2014- Sucesso em Vendas- Brian Tracy e Sociedade Brasileira de Coaching 2014- Sucesso em Negócios- Brian Tracy e Sociedade Brasileira de Coaching 2014- Sucesso em Desenvolvimento Pessoal- Brian Tracy e Sociedade Brasileira de Coaching 2014- Practitioner em PNL Capítulo 1 Pompoar X Neopompoar Parte Teórica 1. O que é Pompoarismo? Para você, querida leitora, entender o que é o Neopompoar, você precisa primeiramente saber o que é o Pompoar. A palavra “pompoar” vem do tamil, que é uma língua falada no estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, e no Sri Lanka, onde ainda vi- vem descendentes da cultura dravídica (que desenvolveram o Tantra). Portanto, o pompoar é descendente direto do Tantrismo. Segundo Alves (2002: 71), a palavra “pompoar” significa controlar mentalmente os músculos circunvaginais com a finalidade de prolongar e intensificar o prazer durante a relação sexual, e ainda benefi- ciar a saúde da mulher. Pompoarismo é tudo que se refere a essa técnica, e Pompoarista é a mulher que segura o pênis com a vagina, fazendo mano- bras durante a relação sexual. Ou seja, o Pompoar nada mais é do que uma série de exercícios físicos, cuja finalidade é enrijecer os músculos vaginais para apertar e segurar o pênis durante a relação sexual. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 26 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 27 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira O Pompoar é uma técnica milenar do Oriente que tem mais de três mil anos. Nasceu como uma transformação dos exaustivos exercí- cios tântricos preparatórios para o maithuna (ritual do sexo sagrado), e foi se aperfeiçoando na Tailândia e no Japão. Com o passar do tempo a técnica foi se expandindo e tornando-se cada vez mais popular. Encon- tram-se informações em escritos antigos em países como China, Índia, Japão e entre os povos Árabes, por exemplo. Além de relatos em livros como Ananga Ranga, Jardim Perfumado e Kama-sutra. Em alguns países orientais é costume passar a técnica de mãe para filha, assim como é costume que o futuro esposo pague um dote aos pais, e o valor “depende da educação, dos dotes musicais e das habilidades sexuais da futura esposa, que obteve depois de longos anos de treinamento chamado pompoarismo que visa desenvolver os músculos vaginais” (CHANDRA, 2001: 47). Essas mulheres treinavam suas vaginas com exercícios e com as contas de seus colares e peças de marfim, que se tornaram inspiração para alguns dos atuais acessórios de treinamento. Hoje a técnica é indispensável entre as prostitutas, que utilizam essa capacidade para sua promoção pessoal. Muitas tailandesas co- meçaram a usar a técnica para exibição em shows e em espetáculos de “halterofilismo pompoarístico”, no qual mostram que podem fu- mar um cigarro colocado entre os lábios vaginais, sugar uma banana com a vagina e esmagá-la usando somente as contrações musculares do fundo da vagina para frente, levantar objetos pesados, lançar ob- jetos à distância, abrir garrafas e apagar velas. “O exercício da boli- nha de pingue pongue é aparentemente mais fácil. Deitada de costas, com as pernas abertas, a pompoarista coloca uma bolinha dentro da vagina. Usando a força do músculo PC, a atira para a platéia. Algu- mas pompoaristas chegam a jogar a bolinha a uma distância de até cinco metros” (LUCENA, 2000: 91). Essas exibições nos mostram o que é possível quando se tem músculos fortes, pois saber que isso é possível é um incentivo a mais ao treinamento. Alguns vídeos podem ser encontrados na Internet com essas exibições, assim como no filme “Priscila, a rainha do deserto”, que mostra uma cena de uma mulher lançando bolinhas de pingue pongue no público. Algumas pessoas também citam o filme “Império dos Sentidos”, mas quem já teve a oportunidade de realmente assistir ao filme sabe que na realidade o marido introduz um ovo na vagina da esposa, que se desespera com a situação e sofre até para conseguir expulsá-lo de sua vagina. Por esse motivo eu não o considero como exemplo, já que nós, pompoaristas, temos total controle de nossos músculos e conseguimos realizar as manobras facilmente e sem desespero. A técnica se popularizou no Brasil por volta da década de 70, com a proliferação de escolas tântricas, e através de aulas íntimas com Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 28 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 29 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira um homem que se apresentava como “Velho Mestre”. Ele oferecia aulas gratuitas e práticas em anúncios nas revistas pornográficas. Suas aulas eram ministradas em um motel, e ele só aceitava alunas com até 35 anos de idade, pois, no final, se a moça “quisesse”, eles transavam. O “Velho Mestre” sumiu depois que sua mulher e a filha descobriram suas atividades. Assim, aos poucos foram surgindo cursos e professoras de Pompoar, e com isso a popularização da técnica. Muitas dessas pessoas, sem nenhuma formação profissional, passaram a ensinar exercícios errados e usar aparelhos de biofeedback e eletroestimulação,que são permitidos somente aos profissionais de Fisioterapia com pós-graduação em Saúde da Mulher. 1.1 Problemas do Pompoar e riscos O problema de alguns cursos ministrados e da maioria dos textos encontrados na internet falando sobre o pompoar é a falta de formação profissional dessas pessoas, pois em quase todos os casos ninguém tem nenhum curso ou capacitação. E por essa falta de formação, transmitem exercícios errados por falta de conhecimento de anatomia e fisiologia. Hoje sabemos que usando uma forma correta de treinamento é possível conseguir os resultados esperados em pouco tempo de treinamento sem estressar nem lesionar sua musculatura. Praticando de forma errada e sem acompanhamento nem mo- nitoramento profissional você correrá o risco de ter alguma disten- são, estiramento muscular, cãibra ou lesão muscular, que além de dor ainda poderá te causar incontinência urinária, vaginismo e perda da capacidade de ter orgasmos. Isso sem mencionar que exercícios er- rados podem causar inclusive o efeito inverso, enfraquecendo ainda mais os MAP. Alguns erros do pompoar divulgados e espalhados por ai: 1. Período do curso ser muito curto: A maioria dos treinamentos e cursos divulgados tem uma duração muito curta, de poucas horas (2 a 4 horas no máximo). E voltando ao exemplo da academia, você já sabe que é impossível alguém fazer uma transformação e fortalecimento em poucas horas ou poucos meses. Com a ginástica íntima acontece a mesma coisa que na musculação, pois precisamos investir tempo para o treinamento, já que estamos falando de músculos (músculos do assoalho pélvico). Então fique experta com os cursos que frequenta se quiser ter resultados, e dedique-se ao treinamento. 2. Descrições erradas de anatomia: O que dificulta em muito a evolução do treino e não fortalece todos os MAP. Precisamos fortalecer tanto os músculos superficiais quanto os músculos profundos, e separá-los dos glúteos, adutores e abdominais. 3. Contração dos lábios vaginais: Assim que comecei minhas pesquisas li em um texto que era parte da técnica do pompoar contrair os lábios vaginais, mas durante vários meses tentei contrai- los sem sucesso. Isso me frustrou bastante, e me fez desistir várias vezes dos exercícios. Como dito anteriormente, com base em uma visão científica, os lábios vaginais não são músculos, por isso não se contraem. De acordo com o site www.perineo.net: “Quanto aos grandes lábios da vulva, estes são formados principalmente por pele e gordura, servindo de proteção externa para a vulva, inclusive contra o impacto do corpo do parceiro durante a relação. A face interna dos grandes lábios é revestida por um tipo de tecido com características ligeiramente contrátil, algo semelhante ao tecido Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com http://www.perineo.net 30 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 31 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira dos mamilos, porém que não pode de forma alguma ser contraído voluntariamente, e cuja contração é tão discreta que dificilmente é notada e, portanto, jamais poderia influir no ato sexual”. 4 . Anéis vaginais: Uma aluna me disse uma vez: “Eu tentei várias ve- ses encontrar os meus anéis vaginais, mas nunca consegui. Ai de- sisti dos exercícios, pois me achei incompetente e anormal”. Como dito anteriormente, com base em uma visão científica, a vagina não possui anéis vaginais. Só os esfíncteres anal e uretral têm anéis. E nas palavras do site perineo.net: “Neopompoarismo: a descrição reformulada, sob a visão científica, das manobras tradicionais do pompoarismo. Por este motivo, preferimos descrever as manobras pompoares como produto de contrações dos MAP de diferentes magnitudes (mais fortes ou fracas) aliadas a movimentos de qua- dril e contrações dos músculos abdominais. Já que hoje sabemos que os MAP- única parte da vagina que pode ser contraída por von- tade própria- formam apenas UM grande ‘anel vaginal’ que pode ser contraído voluntariamente (por vontade própria) ou de forma involuntária, no orgasmo”. Essa é a principal diferença, já que no pompoarismo pregava-se que a vagina era formada por uma sequ- ência de três anéis vaginais empilhados uns sobre os outros. 5. Contração do xixi: Já li muitos textos recomendando a interrupção do xixi como exercício diário. Nunca faça isso, pois pode causar infecção urinária (já que a bexiga nunca vai se esvaziar totalmente) e desregular seu reflexo do xixi (miccional). 6. Exagero no número de contrações: A maioria dos textos sobre pompoar recomenda começar com 50 contrações e ir aumentando o número para 80, 100, 200 até chegar em 500 contrações na sequência. Isso, ao invés de fortalecer os MAP, vai estressá-los e pode inclusive lesioná-los. “Esse grande número de contrações pode ser excessivo, especialmente durante as primeiras semanas. Como qualquer outro programa de exercícios, é prudente iniciá- lo aos poucos, a fim de evitar ficar com músculos doloridos” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982:132). 7. Iniciar o treinamento com uso de acessórios pesados: O aumento no peso dos acessórios deve ser gradativo, como no mesmo processo que ocorre em um programa de musculação, para não se lesionar a musculatura dos MAP. 8. Uso prematuro da ben-wa: Se usada nos primeiros meses pode lesionar a musculatura, pois ela é muito pesada para músculos que estão há vários anos sem se exercitar. 9. Manobras de expulsar e sugar: Os manuais e textos dizem para realizá-las logo no início do treinamento. Mas como são manobras de nível avançado, difíceis de se realizar inicialmente por exigirem preparo muscular, a aluna iniciante não consegue executá-las de imediato. Assim a aluna frustra-se por não conseguir e desiste do treinamento por pensar que nunca conseguirá. 10. Técnica de Biofeedback e Eletroestimulação: A técnica de biofe- edback para fortalecimento dos MAP foi iniciada pelo Dr. Arnold Kegel nos anos 40. Por meio de correntes, provoca-se a contração e relaxamento involuntário dos músculos vaginais, promovendo seu fortalecimento. É praticamente o mesmo método da estimula- ção russa usada para combater a flacidez dos músculos da barriga e das nádegas. Mas esse procedimento só pode ser realizado por um Fisioterapeuta pós-graduado em Saúde da Mulher (Urogi- necologia). Isso não pode ser feito nem pelo médico nem pela Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com http://perineo2.vilabol.uol.com.br/neo.htm 32 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 33 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira esteticista, que são profissionais leigos com relação às correntes elétricas, protocolos e procedimentos da Fisioterapia Urogine- cológica. Verifique também se o Fisioterapeuta tem registro no Conselho de Fisioterapia de sua região. 2. O que é Neopompoar? Os músculos do assoalho da pelve feminina são frequentemente lesados durante o parto vaginal e perdem ainda mais força à medida que os níveis hormonais se reduzem na menopausa. Ao contrário de outros músculos do corpo, esse grupo muscular não move um membro ou uma articulação. Por esse motivo, ele frequentemente é esquecido e nada é feito para manter sua vitalidade, até que ocorram sinais de sua debilidade (incontinências, distopias etc.). MORENO (2009) A modernidade e as tecnologias têm levado cada vez mais ao sedentarismo, que causa consequências não só no peso corporal (obesidade) e doenças (diabetes, hipertensão, etc.), mas também vêm causando flacidez muscular, pois evitamos ao máximo subir escadas, andar de um quarteirão a outro, e até mesmo mudar o canal da TV. Recentemente vi um comercial de uma cerveja que criou um cooler com controle remoto... Com todo esse sedentarismo e comodismo temos pernas e joelhos enfraquecidos e sem flexibilidade, e músculos do assoalho pélvico fracos, atrofiados e mal irrigados de sangue. E a atividade aeróbica reduzida, em conjunto, prejudica o prazer sexual e empobrece o ato em si, e causahérnias, prisão de ventre, flacidez, tensão pré- menstrual, anorgasmia, hemorroidas, inflamações, varizes e celulites. Mas é mais fácil jogar a culpa no parceiro dizendo que ele não espera as preliminares ou tem ejaculação precoce ao invés de praticar uma atividade física ou a ginástica íntima. Meu primeiro contato com o Neopompoar aconteceu em 2009 através do site www.perineo.net, coordenado pelo fisioterapeuta Gus- tavo Latorre. Nesse ano também tive a oportunidade de participar de um Aprimoramento em Saúde da Mulher, ministrado pela fisiotera- peuta Dra. Fernanda Giroto, e de um curso de Neopompoar ministra- do pela fisioterapeuta Dra. Fabiana da Silveira Bianchi Perez, dentro da Faculdade Cambury. Fiquei muito encantada com todo o conheci- mento científico a que fui apresentada. Mas também fiquei ainda mais preocupada com aqueles erros e problemas que existiam nos textos que li durante todos esses anos, tanto em livros quanto na internet. Então decidi criar uma metodologia de exercícios embasada cientificamente. Assim aconteceu a verdadeira transformação em minha técnica, pois além de iniciar minha 2ª. graduação (agora em Fisioterapia), fiz mais um aprimoramento em Saúde da Mulher, e iniciei minha pós-graduação em Sexualidade. Isso me permitiu enxergar tudo de um ângulo totalmente científico e acadêmico, longe de achismos e suposições erradas a respeito da técnica. O neopompoar é uma nova técnica que torna o fortalecimen- to dos MAP mais fácil, preciso e rápido, pois você descobre e toma consciência de seu corpo, fortalece e aprende a contrair, soltar e mo- vimentar a musculatura vaginal voluntariamente. Essa movimentação é o resultado de contrações de diferentes músculos (superficiais e pro- fundos), diferentes velocidades (fibras Tipo I e Tipo II) e diferentes in- Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com http://www.perineo.net http://www.perineo.net/conteudo/perfil.php http://www.perineo.net/conteudo/perfil.php 34 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 35 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira tensidades (fortes ou fracas) dos MAP e músculos adjacentes aos MAP, já que atualmente sabemos através de estudos científicos que os MAP são a única parte da vagina que podem ser contraída voluntariamente. Minha forma de trabalhar a nova técnica ainda se diferencia tan- to do trabalho da Dra. Fabiana quanto do site www.perineo.net por eu abordar exercícios de várias outras fontes e ramos de terapias e visões orientais. Por isso é um trabalho exclusivo que te leva certeiramente ao encontro do seu resultado, seja na saúde, sexualidade ou vida a dois. Sempre digo às minhas alunas que a nova técnica tem três bene- fícios bem diferenciados, onde a valorização da mulher é primordial: 1. Prevenir problemas que afetam a qualidade de vida e saúde da mulher; 2. Dar prazer e capacidade de ter orgasmos à mulher; 3. E apimentar a vida a dois, pois a mulher pode apertar o pênis somente com a força vaginal, fazendo brincadeiras na hora da relação sexual. Para conseguir o fortalecimento rápido e eficiente dos MAP você vai aprender a usar corretamente alguns acessórios íntimos e a fazer também uma série de exercícios físicos. Ou seja, a ginástica íntima tem uma Parte Teórica (que consiste em autoconhecimento e valorização do que é ser mulher e da feminilidade), e Parte Prática Class 1 (exercícios físicos localizados trabalhando os MAP) e Parte Prática Home 2 (exercícios íntimos individuais utilizando corretamente os acessórios1). 1 Os acessórios podem ser comprados diretamente pelo meu site. Por cada loja vender um tipo diferente de acessório, eu monto os kits, que já vêm com os acessórios corretos. Leia o capítulo de acessórios para se informar melhor. E você também aprenderá a separar a contração dos MAP da contração da musculatura adjacente ao períneo. “As contrações dos músculos glúteo, adutor do quadril ou abdominal, a retenção do fôlego e até o abaixamento do abdômen tem sido confundido com contrações dos músculos do assoalho pélvico.” (POLDEN, MANTLE, 1993: 367), e isso retarda e dificulta o aprendizado da técnica correta. Atendi alunas que há mais de dez anos faziam contrações mas não tinham resultados. Após uma avaliação percebi que elas contraiam a musculatura errada! Se você seguir corretamente minha orientação (baseada em mais de uma década de experiência, vários cursos que fiz, e relato de alunas), em pouco tempo você já terá bons resultados. Mas é importante continuar com a prática dos exercícios se quiser ter melhores resultados. Você já viu alguém ir a uma academia e modelar, tonificar e fortalecer a musculatura em três horas de treino? Ou passando o dia inteiro na academia? Ou com menos de seis meses de treinamento e musculação? Nunca! O que você conseguirá em três horas é uma lesão muscular (que causará dor na hora do sexo, perda de orgasmo e incontinência urinária) e uma cãibra devido ao acúmulo de acido lático em seus MAP! Com o neopompoar acontece a mesma coisa, pois como para qualquer outra musculatura do corpo, a força dos MAP pode ser aumentada através de exercícios de fortalecimento, e precisamos investir tempo para o treinamento, pois estamos falando de músculos. O grau de força que você pode obter com estes exercícios varia de pessoa para pessoa, e vai depender diretamente da intensidade do Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com http://www.perineo.net http://perineo2.vilabol.uol.com.br/exe.htm 36 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 37 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira treinamento, de acordo com o seu desejo pessoal, exatamente como acontece em qualquer programa de musculação para as demais partes do corpo. Só que é um pouco mais complicado porque raramente usamos essa musculatura de forma consciente. O que não acontece com os outros músculos do corpo, pois usamos braços e pernas a todo momento, e de forma bastante consciente. O Neopompoarismo permite à mulher ter muito mais satisfação no sexo, pois proporciona um aumento da sensibilidade da vagina e, por consequência, aumenta o prazer da mulher. É uma técnica sublime que potencializa a sensualidade feminina por mostrar à mulher o seu poder de controlar a relação, pois quem domina essa técnica fica com a musculatura da vagina forte e consegue fazer contrações somente com sua vagina em torno do pênis (manobras). Contraindo ao redor do pênis, a mulher participa mais da relação e aprende a gostar de fazer sexo vaginal com o parceiro. Assim, além de ter prazer no sexo, a mulher também passa a dar mais prazer ao parceiro, principalmente por causa da hipertrofia da musculatura dos MAP que acaba com a sensação de vagina larga, e das manobras que apimentam e acabam com a rotina no sexo. Outra diferença em minha metodologia é que o curso está dividido em níveis: • Nível Básico: Com duração de 6 meses. Você aprenderá 8 manobras; • Nível Avançado: Com duração de 6 meses. Você aprenderá as manobras de Sugar, Expulsar, Turquesa e Estrangular; • Nível Kama-sutra: Você aprenderá a aplicar as manobras do neopompoar às posições do kama-sutra; • Nível Master: Com duração de 6 meses. Você aprenderá manobras de “halterofilismo vaginal”. Também ofereço sessões de Coaching para potencializar os resultados (presencial ou on-line). 3. Origem dos Exercícios do Neopompoar Após anos de estudo em filosofias e práticas orientais, filosofias feministas, terapias alternativas, terapias corporais e psicoterapia holística, percebi que várias linhas de estudo trabalhavam com exercícios de contração dos MAP, e pregam a prática da consciência da respiração e a respiração abdominal. Então resolvi incorporar esses exercícios em minha metodologia de aula. Por isso minha técnica é diferenciada e garante melhores resultados, porque além de uma base científica, ela utiliza técnicas de: 3.1 Práticas e Filosofias Feministas a) Wicca e A Dança do Ventre Wicca, ou a religiãoda Deusa, como é conhecida. “A Deusa-Mãe, a Grande Ancestral, foi a primeira religião do homem e objeto de um culto generalizado” (LYSEBETH, 1994: 103). Em quase todos os sítios arqueológicos estudados foram descobertas representações artísticas da Grande Mãe. Geralmente a Deusa neolítica era representada com seu ventre volumoso, em Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 38 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 39 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira estado de gravidez, simbolizando a fertilidade e abundância da terra. Nesse contexto, a técnica de exercícios vaginais “foi desenvolvida inicialmente pelas sacerdotisas dos templos da Grande Mãe, para ser utilizada uma vez por ano nos rituais da fertilidade. Com o decorrer do tempo essa técnica foi saindo dos recintos dos templos, tornando- se popular entre as mulheres que a praticavam para obter e dar maior satisfação sexual a seus homens” (CHANDRA, 2001: 48). A Dança do Ventre, como é conhecida atualmente, também é derivada dos antigos rituais de fertilidade em honra às divindades femininas de várias civilizações. “Todos eram considerados filhos da Deusa, que era louvada em ritos nos quais as mulheres dançavam para agradecer as dádivas da Grande Mãe e receber seu poder e força. Nas sociedades antigas a abundância da Grande Mãe era representada tanto pelas colheitas abundantes como pela fertilidade da mulher. Mulher e terra eram semeadas em seus períodos de fertilidade, uma pelo coito e sêmen, outra pelo plantio das sementes” (PENNA, 1993: 85). Sendo assim, a mulher deveria estar preparada antecipadamente para a gestação e parto, o qual era protegido pela poderosa Deusa. Essa preparação acontecia porque muitas vezes as mães morriam na hora do parto, deixando de amamentar e cuidar de seus filhos, que representariam as novas riquezas dos grupos familiares. As mulheres daquela época eram ativas nesse contexto, e não alienadas como as mulheres de hoje, que colocam o sucesso de todo o processo gestacional na responsabilidade da equipe médica e do hospital: “Unindo a força das pernas à atitude religiosa adequada, os quadris largos e soltos com a fé das filhas da grandiosa Mãe, aquelas mulheres acharam um meio eficiente de afastar parte dos perigos da gestação e dar vida a filhos cheios de vigor e saúde. Conseguiram essa preparação treinando a dança à Mãe” (PENNA, 1993: 86). Assim surgiram os primeiros exercícios para fortalecimento e preparação para o parto com a dança ritualística onde as sacerdotisas dançavam para a Grande Mãe. Ainda segundo Ladas, Whi- pple, Perry (1982: 108): “algumas culturas treinam as mulheres no uso de seus músculos PC. Por exemplo, as danças do Oriente Médio, que são apresentadas para o prazer tanto dos espectadores quanto das dançarinas; estas são ensinadas a isolar muitos grupos musculares que são, geral- mente, usados em conjunto. Uma grande parte do treinamento de uma dançarina que se dedica à dança do ventre implica o aprendizado de como isolar os vários músculos den- tro e em torno da pelve, a fim de movimentá-los independentemente uns dos outros e do resto do corpo e ainda aprender o uso de um grupo de músculos estomacais sem movimentar os outros. A não ser que os músculos PC se movimentem independentemente, não se pode exe- cutar a dança do ventre, um exercício que ajuda a preparar o corpo da dançarina para a atividade sexual e para o parto”. Atualmente desvalorizada ou carregada de conotação puramente sexual e erótica, a dança do ventre, como dito anteriormente, era utilizada inicialmente como uma dança ritualística, onde o poder da mulher e de seu ventre era valorizado, cuidado e idolatrado. De Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 40 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 41 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira acordo com Penna (1993: 9), a dança do ventre é uma dança sagrada, “e seu simbolismo aviva a serpente, moradora dos espaços subterrâneos da psique”. Algumas professoras ainda trabalham com a dança do ventre nesse sentido de valorização do feminino e autoconhecimento corporal, mas infelizmente outras trabalham de forma técnica e mecânica, onde coreografias marcadas são sempre frias, ocas e sem expressividade. Por isso é bom você procurar uma professora que além de ter uma técnica perfeita também trabalhe com essa dimensão energética da dança do ventre. Sem falar que você terá uma série de outros benefícios, como melhora da postura, aumento de autoestima, e ainda poderá fazer uma dança erótica e seduzir o amado! Com relação à Wicca, a religião da Deusa, ela vem crescendo e ganhando destaque nos últimos anos. Se você encontrar uma escola séria onde se trabalha com o ensino da Wicca, ou mesmo práticas de rituais, também é interessante praticar, pois você aprenderá mais sobre valorização do feminino, energias, respiração, chacras e sua harmoni- zação através de várias técnicas, meditações, visualizações e etc.. 3. 2 Filosofias Orientais e Terapias Holísticas a) Tantra Segundo Lysebeth (1994: 60), a palavra “tantra” ou “tantrismo” é um termo amplo que designa “um corpo de doutrinas e, principalmente, de práticas multimilenares”, e tem uma variedade enorme de sentidos, cada um com um significado parti- cular, e que dependem inclusive do contexto para melhor definição. Não se conhece exatamente sua origem, mas nas tradições iniciáti- cas do Tantra prega-se que ele está inserido no contexto do processo formativo da humanidade, pois a “prática do tantrismo está ligada às crenças e rituais de sexo e fertilidade desde o neolítico” (CHANDRA, 2001: 52). Com o passar do tempo propagaram-se, misturando-se em diversas outras culturas e correntes filosóficas e religiosas, como no Hinduísmo, no Yoga, no Budismo, no Taoismo e no Vedanta. No Ocidente o Tantra propagou-se e popularizou-se entre os adeptos do misticismo e esoterismo, e foi também onde se iniciou, por volta dos anos 60, a criação de um movimento denominado Neotantrismo ou Neotantra. É bom você ter cuidado e ficar atenta caso se interesse em estudar e praticar o Tantra, pois muitos profissionais que trabalham com o Tantra não trazem uma compreensão clara da extraordinária herança daquilo que pretendem representar e incorrem no perigoso jogo da distorção e da vulgarização do sexo banal, além de usar o Tantra como desculpa para orgias e atos sexuais cuja única finalidade é a satisfação carnal, como se o Tantra tivesse esse objetivo. O Tantra não está ligado a performances sexuais e orgias mirabolantes como se têm convencionado. O Kama-Sutra, por exemplo, nada tem a ver com o Tantra, e pertence a um contexto bem diferente, pois o Tantra elabora suas performances baseadas em meditações e vivências com o objetivo de potencializar a sensibilidade e a percepção da energia. O Tantra trata da nossa relação com a energia, da forma como nos apropriamos da energia, do papel significativo representado por todos os Chakras e como a energia é direcionada para a otimização do viver em vários Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 42 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 43 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira níveis. Assim, o Tantra é um caminho real para resgatarmos a conexão da energia sexual com a energia espiritual para nos equilibrarmos e termos paz interior, sendo a união e a aceitação de si mesmo para o crescimento espiritual. Crescer espiritualmente é ter a capacidade de estar no mundo se reconhecendo como um ser em evolução e poder cada vez mais ser criador consciente de nosso próprio destino. É importante dizer que existem dois tipos de tantra: um usa o caminho da mão direita (dakshina marga) em que se acredita na identidade de Shiva e Shakti e se esforçam para despertar a kundaline por meio simbólico de exercícios espirituais; e o outro tantra usa o caminho da mão esquerda (vama marga) onde se veneram a energiada kundalini, e a prática da união sexual é o ponto culminante do ritual. Em muitos trabalhos de níveis mais avançados do Tantra utiliza-se a sexualidade para o despertar da kundaline. Mas não se trata de forma alguma de uma sexualidade convencional, banalizada pelo desejo ou corrompida pelo instinto. Exemplo é que uma relação sexual comum dura por volta de 15 minutos, e no sexo Tântrico deve durar pelo menos duas horas. Caso dure menos de uma hora é considerado ejaculação precoce. Para esse controle o Tantra utiliza duas coisas: a primeira é o “Caminho do Vale”, que consiste em uma relação sexual pouco “movimentada” e baseada em relaxamento físico e mental através de poucos asanas (poucas posturas para o sexo), pois no Maithuna (ritual do sexo sagrado) o homem fica “passivo: ele evita tudo que possa provocar a ejaculação; a shakti é ativa e toma a iniciativa no rito” (LYSEBETH, 1994: 188); e a segunda consiste no controle e domínio sexual através de musculação para o linga (pênis) e Sahajolî para a yoni (contração da vagina). Assim o Sexo Tântrico tem uma duração mínima, mas não uma máxima: quanto mais tempo durar, mais prazer proporcionará, pois ele tem como proposta evitar a penetração rápida e brusca, para que a ejaculação não seja o único motivo da relação sexual. Prega-se nada de ejaculação precoce nem pressa, mas sim a obtenção de orgasmo: o sexo tântrico busca o prazer máximo e duradouro com os cinco sentidos integrados. Se você quer experimentar Ondas Orgásticas (Hiperorgasmo), conheça o Tantra! O ritual tântrico simboliza uma passagem. Na nossa cultura oci- dental temos vários rituais, como o batizado, o casamento, o baile de debutante, o funeral e etc.. Para o tantra tudo é um ritual, um momento especial onde cada detalhe é importante, pois após aquele momento, seja um encontro sexual, uma massagem, uma meditação, você sairá dife- rente e terá adquirido novas experiências e novos conhecimentos. Mas o Tantra é muito mais do que simplesmente um conjunto de técnicas ou rituais para melhorar o desempenho sexual, pois é um processo de trans- formação onde superamos os antigos limites impostos e nos abrimos para realmente nos conhecer (propriocepção: percepção de si mesmo, pelo reconhecimento e expansão de sua sensibilidade e sua consciência e não pela compreensão das palavras ou pelo entendimento intelectual), “desconstruindo” o antigo e construindo o próprio caminho, ganhando mais espontaneidade, mais liberdade para ser nós mesmas, termos ferra- mentas e capacidade para estarmos em constante evolução. O Tantra também faz o resgate do valor e papel da mulher, pois ela não é objeto sexual, mas sim o coração de toda sua filosofia: “Para o tantra, toda mulher, por mais comum que seja, encarna a Deusa, é a Deusa, a Mulher absoluta, a Mãe cósmica” (LYSEBETH, 1994: 177). Com essa percepção, não só o homem mas a própria mulher devem mudar sua visão e atitude para com o sagrado feminino e valorizar a beleza e divindade de ser mulher. “O culto que o tantra vota à mulher Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 44 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 45 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira ultrapassa- de longe!- tudo o que reivindicam os movimentos de liberação feminina. Isso não é uma critica a esse movimento, que se tornou necessário em nossa sociedade patriarcal e que, pelo menos, fez com que essa sociedade reconhecesse a igualdade da mulher- o que não é sinônimo de “idêntica” (LYSEBETH, 1994: 99). Shakti é a manifestação da energia feminina, energia criativa do universo. É a personificação feminina de Deus, a Mãe Divina, representando os princípios ativos e dinâmicos do poder feminino. É a força energética de cada ser, de cada coisa da natureza. Acredita- se que Shakti seja a força e a energia nas quais o universo é criado, preservado, destruído e recriado. Para o Tantra, o universo inteiro é uma manifestação de Shakti, da Mãe Divina, da energia feminina. “O aspecto mais importante do tantrismo é o culto à deusa, no qual o divino é visto sob as polaridades masculina (Shiva), que representa a percepção consciente ou consciência, e feminina (Shakti), que representa o aspecto dinâmico da vida, a criação, a matéria, a natureza com suas mudanças; e juntos formam a realidade que abrange tudo, acima da percepção consciente e tem a capacidade de produzir o desejo e o êxtase” (CHANDRA, 2001: 54). Com o Tantra compreendemos que por conta das inúmeras re- pressões que sofremos, nos fixamos numa rígida estrutura de sobre- vivência e sexo, desconectados com o prazer de viver, com a confian- ça e a entrega. Não saímos ainda do primeiro Chacra (Muladhara), pois nossa performance sexual é primitiva, grotesca, conturbada por muitos sentimentos como insegurança, medo, ansiedades, culpas, necessidades de cumplicidade e apoio. O Tantra trabalha com a se- xualidade numa nova dimensão, aprimorando os relacionamentos e desfazendo modelos comportamentais doentios e patológicos. Musculação para a Yoni ou Sahajolî: a prática da contração vaginal do Tantra Na Índia é costume que as mães ensinem às filhas, ainda antes da puberdade, a prática de contrações vaginais, conhecidas como Sahajolî, pois quanto mais cedo se aprende a técnica mais fortes serão os músculos vaginais e melhor também será o controle deles. “Sahajolî também faz parte da educação secreta das bailadeiras sagradas dos templos hindus, assim como as hetairas gregas. Para estas últimas havia um teste, que consistia em seccionar com os músculos da yoni um falo de massa de modelar!” (LYSEBETH, 1994: 244). A técnica de Sahajolî consiste na prática tântrica bem elaborada do Mûlabandha, que é a contração dos esfíncteres anais e do eretor do ânus. b) Kundalini-yoga Para se falar sobre kundalini-yoga é necessário fazer uma breve explicação sobre a Índia para que você compreenda realmente como surgiu essa técnica. Segundo Fernandes (1994) os Árias inva- diram a Índia por volta de 2000 a.c., findando a civilização dravidiana e o Vedismo, mas fun- dindo os antigos costumes aos seus e dando lu- gar ao Brahamanismo. Posteriormente surge o Hinduísmo. Como ori- ginalmente tanto filosofia como religião eram transmitidos oralmente, os pensadores indianos (Rishi) criaram Escolas Filosóficas ou Sistemas (Darshana), onde cada mestre escreve seus aforismos (Sûtra) lacônicos e esotéricos. Desses Sistemas Filosóficos Indianos temos: Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 46 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 47 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira • Sistema Nyaya • Sistema Vaisheshika • Sistema Sâmkhya • Sistema Vedânta ou Mímânsa Uthara • Sistema Mímânsa • Sistema Yoga: teve Patanjali como compilador de todo o sistema do yoga, de onde se originaram seus principais caminhos: Karma-Yoga, Bakti-Yoga, Râja-Yoga, Jnâna-Yoga, kundalini-Yoga e Hatha-Yoga. A partir desse brevíssimo resumo, podemos dizer que Kundaline-Yoga é um ramo/caminho do yoga onde se trabalham com asanas (posturas) para o despertar da energia sexual da kundaline. A diferença é que nessa linha de pensamento o yoga passa a ser para seu adepto uma “disciplina que o levará ao equilíbrio de sua personalidade” (ROSAS, 2003: 5). c) Taoismo Resumidamente, podemos dizer que o taoismo vem da palavra “Tao” ou “Caminho”, e seu fundador foi Lao-tsu, por volta do século VI a.c., registrando sua filosofia no livro “Tao-te King” (CHANDRA, 2001). O sexo também é visto como sagrado, onde ocorrem as trocas benéficas de energias sexuais para se alcançar o equilíbrio, pois o homem absorve a energia psicossexual yin da parceira enquanto ela absorve a energia psicossexual yang do parceiro. Eles acreditam, assim como os indianos tântricos, que o sêmem é vida e a perda de sêmem na ejaculação equivale à perda de vida. Com essa crença, desenvolveram exercícios para os MAP, que auxiliavam no controle ejaculatório. Wu Hsien é umautor muito importante nesses estudos de controle ejaculatório: “pode respirar profundamente com o diafragma e, ao mesmo tempo, contrair o baixo abdômen como se estivesse se controlando à procura de um vaso sanitário.” (CHANG, 1979: 53). d) Chacraterapia Chacraterapia é o alinhamento, limpe- za, harmonização e energização dos chacras, através de técnicas de Ioga, Mentalizações, Cromoterapia, Respiração, Exercícios Bio- energéticos, Sinos Tibetanos, Chakra Sou- nds, Primal Chakras, Pulsation, Massagem nos Chakras e Mantras dos Chakras. São sete os principais chacras, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde a uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chacras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a “prana” (energia), flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado, e disso resulta o envelhecimento ou a doença. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 48 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 49 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira e) Cabala Feminina A Cabala é um sistema filosófico esotérico dos mais antigos e fascinantes, atribuída a uma tradição do povo judeu. Segundo Crowley (2000), a cabala foi trazida ao Ocidente por estudiosos e místicos ju- deus, e é “o conjunto de ensinamentos esotéricos de- rivados da filosofia grega neoplatônica, da astrologia caldaica, da Cabala judaica e dos Mistérios egípcios, que deu origem à astrologia moderna, a sistemas de adivinhação como o tarô, à magia ritual como siste- ma de desenvolvimento pessoal e espiritual e à espiritualidade da Deu- sa, como a Wicca” (CROWLEY, 2000: 7). Ela representa a origem de todas as analogias entre o humano X divino. É a chave para o entendi- mento da Criação e da psique humana. Enfim, é o TUDO e o NADA. As atribuições mais interessantes e aprofundadas são as relações entre os caminhos entre as Sephiroth (esferas) com cada arcano do Tarô. É através destas analogias que tomamos pleno conhecimento dos mistérios mais profundos acerca da nossa personalidade. Assim, a cabala se torna um método de desenvolvimento espiritual para atingir estados avançados de consciência, que nos ajudam a compreender nosso lugar no mundo (CROWLEY, 2000). 3.3 Exercícios de Kegel No início dos anos 40 o médico ginecolo- gista norte-americano Dr. Arnold Kegel passou a ensinar alguns exercícios para suas pacientes que sofriam de incontinência urinária, pois através de suas pesquisas ele descobriu que os MAP estavam fora de forma e não funcionavam de maneira adequada. Assim ele “adiantou-se a seus colegas, dando ao músculo PC a atenção que ele merece. Em vez de operar as mulheres que sofriam de incontinência urinária por stress, ele ensinou-lhes a fortalecer seu músculo PC através de exercícios” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 108). Com isso a maior parte de suas pacientes não pre- cisou da cirurgia e muitas delas ainda tiveram seu primeiro orgasmo: elas “tinham duas alegrias- resolviam o problema do ´mijo frouxo´ e descobriam um prazer inesperado: o orgasmo” (LUCENA, 2000: 92), em parte porque o fluxo sanguíneo aumenta em músculos exercitados, e o aumento do fluxo de sangue está relacionado com a facilidade para excitação e orgasmo. Ou seja, quando aumenta-se a força de um mús- culo, aumenta-se seu suprimento de sangue, e o efeito “colateral”: o aumento do fluxo de sangue para a pelve implica níveis mais elevados de excitação e orgasmos mais intensos. O Dr. Arnold Kegel havia lido o médico Van de Velde (publicou em 1926 o livro “O casamento ideal: sua fisiologia e sua técnica”), que defendia a importância da ginástica do assoalho pélvico e sua importância para a relação sexual. Os exercícios ensinados por ele são conhecidos como “Exercícios de Kegel”. No início ele recomendava a quantidade de 500 contrações, mas atualmente comprovou-se que essa quantidade de 500 contrações é um exagero. Kegel também inventou um aparelho chamado perineômetro, que servia tanto para avaliar a musculatura de suas paciente quanto para acompanha-las no treinamento. Esse aparelho foi o primeiro dispositivo de biofeedback do mundo. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 50 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 51 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Na década de 1950 ele publicou vários artigos onde afirmou ter tratado com sucesso 86% de cerca de 3 mil mulheres que tinham incontinência urinária por estresse, e que em quase todas a melhora do estado muscular resultou também em melhora da resposta sexual, onde muitas experimentaram o orgasmo pela primeira vez. 3.4 Bioenergética A Bioenergética é uma abordagem terapêu- tica criada pelo psiquiatra, psicoterapeuta analista e professor de educação física Dr. Alexander Lowen, auxiliado pelo Dr. John Pierrakos, baseado nos trabalhos de Sigmund Freud (criador da Psicanálise) e de Wilhelm Reich (aluno e seguidor de Freud, professor de Lowen). É uma psicoterapia corporal com base psicanalítica só que mais completa do que as outras terapias, pois trabalha com o psíquico, as relações sociais e o corpo. Segundo Lowen (1982), ela integra um trabalho com o corpo, com as relações interpessoais do cliente e com seus processos mentais, cada um deles correlacionado e interpretado em termos dos demais. Seu objetivo é ajudar as pessoas a abrirem seu coração para a vida e para o amor a partir da tomada de consciência de suas posturas, de suas atitudes e das emoções associadas a essas posturas e atitudes. “O tono muscular de todo o corpo afeta o funcionamento sexual de muitos modos importantes. As pessoas cujos corpos estão sempre contraídos e tensos são limitadas nas sensações que podem experimentar e nas sensações que podem expressar. As pessoas que possuem músculos flácidos são limitadas de diferentes modos na maneira como podem experimentar e expressar a vida em seu interior” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 105). Pela prática de certos exercícios, as pessoas aprendem a liberar a couraça muscular, de modo a permitir que o corpo funcione livremente e naturalmente: “Os músculos do estômago, dos quadris e das coxas são de especial importância para a expressão e experiência sexuais. Se eles se acham muito tensos, talvez seja difícil movimentar a pelve independentemente das pernas e do torso; se eles estiverem flácidos, pode ser difícil movimentar a pelve de qualquer modo” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 106). Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 52 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 53 Neopompoar: A ginástica do Prazer A Bioenergética é um sistema completo de terapia com um corpo teórico e metodológico, podendo ser utilizada em situações clínicas, pedagógicas e sanitárias diversas. É um suporte para o de- senvolvimento de novas abordagens terapêuticas (Biossíntese, Ha- komi, Core Energética e outras), bem como para a ampliação de diversos aspectos de abordagens existentes (Psicanálise, Gestalt, Psicodrama, Terapia Comunitária, Te- rapia Familiar, Psicossomática, Sexual, Cognitivo, Comportamental e outras). Por tudo o que proporciona e pelo foco na felicidade, a Bioenergética é uma via- gem de autodescoberta, pois “na terapia bioenergética, a pessoa é levada a entrar em contato consigo mesma através de seu corpo” (LOWEN, 1985: 17). 3.5 Ginástica Hipopressiva A Ginástica Hipopressiva é uma combinação de exercícios da musculatura abdominal, da musculatura do assoalho pélvico e da musculatura peitoral criada na década de 50 pelo médico francês Marcel Caufriez. Capítulo 2 Benefícios Assim como em qualquer atividade física, temos uma série de benefício com a ginástica íntima, pois a práticacontínua do neopompoar fortalece a cinta abdominal (músculos abdominais) e os MAP, e traz uma série de resultados positivos. Na literatura encontrada sobre pompoar ou em textos encontrados na Internet cada autor descreve um benefício diferente. Como já foi dito anteriormente, eu sempre falo em três benefícios: 1. Sexualidade Feminina e Prazer 1.1 Auxilia na anorgasmia (falta de orgasmo), que pode ser: • Total: frigidez; • Clitoriana; • Vaginal; • Parcial: dificuldade de atingir o orgasmo no sexo clitoriano, vaginal ou situacional. Os exercícios facilitam a obtenção de orgasmos e orgasmos múltiplos, além de orgasmos mais intensos e prazerosos. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 54 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 55 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 1.2 Auxilia na eliminação do Vaginismo: É uma tensão dos MAP aguda, situacional, com contração dos músculos que cercam a entrada da vagina e até mesmo dos músculos adutores, causando uma vagina contraída que impede ou dificulta a penetração. “Embora o vaginismo seja habitualmente de origem emocional, seu tratamento é muitas vezes físico” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 114). 1.3 Auxilia na eliminação da Dispareunia: Dor durante a relação sexual. 1.4 Produz um aumento da vascularização na região pélvica, o que deixa a região mais sensível ao prazer (POLDEN, MANTLE: 1993). 1.5 Prazer sinestésico: Músculos fortes têm mais terminações nervosas, e quanto maior o número de terminações nervosas, maior o nível de prazer sentido na hora do sexo (POLDEN, MANTLE: 1993). 1.6 Melhora a lubrificação vaginal: “Mulheres com uma boa musculatura pélvica têm uma menopausa mais tranquila e não precisarão de reposição hormonal para obter e manter a lubrificação vaginal. Antes da penetração e durante a excitação, basta exercitar o músculo PC para ativar o fluxo sanguíneo e assim obter fluidos naturais” (LUCENA, 2000: 93). 2. Bem Estar e Saúde Segundo alguns ginecologistas, a técnica de exercícios de fortalecimento dos MAP é muito saudável para a mulher, pois ajuda na prevenção de problemas com a musculatura dos MAP. De acordo com alguns autores, temos como benefícios: 2.1 Previne doenças pelo fato de deixar os tecidos da região genital mais fortes, lubrificados e vascularizados (CHANDRA, 2001: 176). 2.2 Previne a flacidez da região pélvica ocasionada pelo avanço da idade, gestações e partos, postura incorreta e malhação incorreta. 2.3 Contribui positivamente na hora do parto normal (LADAS, WHIPPLE, PERRY: 1982). Também atua positivamente na recuperação rápida do pós-parto e da diástase abdominal. 2.4 Tensão Pélvica Crônica: Quando um músculo fica tensionado ou contraído por muito tempo ele começa a doer. “Há clínicos que acreditam que, muitas vezes, o que é descrito como lombalgia é na verdade a tensão do músculo PC. Parece mais aceitável dizer-se que a região lombar de alguém dói do que admitir uma tensão vaginal” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 115). Essa tensão também pode ser mascarada como dor em outras partes do corpo, infecções vaginais e urinárias. Por isso é importante você aprender não só a contrair como também a soltar/relaxar seu MAP. 2.5 Diminui a dor pélvica e as cólicas menstruais: Estão relacionadas com a falta de controle dos MAP. 2.6 Melhora a constipação: Prisão de ventre. 2.7 Previne distopias: Queda de bexiga, uretra, reto e útero (LADAS, WHIPPLE, PERRY: 1982). Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 56 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 57 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 2.8 Previne Incontinência Urinária: Músculos flácidos causam perda de xixi (LADAS, WHIPPLE, PERRY: 1982). Essa perda de urina é involuntária, e é um problema social e higiênico (POLDEN, MANTLE: 1993). 2.9 Previne Incontinência Fecal: Perda de fezes e gases (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982). 2.10 Previne Incontinência Vulvar: Quando a vagina encontra-se aberta e ocorre ruído de ar (que é expulso durante alguns movimentos que o comprimem), e acúmulo de água após o banho de banheira ou piscina (CALAIS, 2005). 2.11 Previne Incontinência Orgásmica: Com músculos flácidos, muitas mulheres sentem vontade de fazer xixi durante ou logo após a relação sexual. Outras ainda perdem xixi durante o orgasmo (POLDEN, MANTLE, 1993: 352). 2.12 Evita cirurgias de períneo (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982). 2.13 Regulariza o nível hormonal (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 121). 2.14 Promove a soltura corporal e o fluxo de energia. 2.15 Equilíbrio. 2.16 Coordenação Motora. 2.17 Postura. 2.18 Trabalho de todos os grupos musculares dos MAP. 2.19 Ganho de Força Muscular. 2.20 Ganho de hipertrofia muscular: Aumento da massa magra vaginal, como acontece com os músculos na prática constante da musculação. 2.21 Fortalecimento dos ossos e articulações do quadril. 2.22 Ganho de Velocidade de Movimentos. 2.23 Melhora da Flexibilidade. 3. Apimentando a Vida a Dois Qual é seu objetivo na vida a dois? Você quer salvar seu casamento? Fazer com que o noivo pare de enrolar e marque a data? Ou apenas apimentar e levar novidades para a cama? Saiba que você pode fazer tudo isso e mais com o neopompoar, pois com a prática contínua você pode apertar o pênis com a vagina, fazendo brincadeiras na hora da relação sexual. Isso deixa qualquer homem louco! E ele nunca vai pensar em traição, pois terá medo de perder você... 3.1 Melhora o Desempenho Sexual: Pois dá maior mobilidade aos quadris (CHANDRA, 2001). 3.2 Sensação de Vagina larga: A hipotrofia da musculatura estriada vaginal se reflete em alargamento do canal e diminuição da sensação de pressão intravaginal durante a relação sexual (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982). Ou seja, pouca fricção entre o pênis e a vagina durante a penetração. Normalmente as mulheres sentem o pênis apenas com os músculos da entrada da vagina, pois, além de ter MAP fracos, a vagina se dilata para a penetração. Com o neopompoar esse problema é resolvido, pois a musculatura vaginal se hipertrofia (aumenta), fazendo com que ela “abrace” o pênis todo. E isso faz com que ambos sintam melhor a penetração e suas sensações. MAP fortes deixam a vagina sempre apertada! Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 58 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 59 Neopompoar: A ginástica do Prazer 3.3 Manobras: Como alguns exercícios podem ser feitos durante o ato sexual, melhorarão a vida erótica do casal, pois há a possibilidade de várias “brincadeiras” durante o sexo. Isso acontece porque os exercícios produzem uma grande tonicidade e força nos MAP, fazendo com que a mulher possa, através de seu comando, associado a este vigor, contrair a musculatura vaginal de forma muito significativa, o que proporcionará durante o ato sexual muito mais prazer a ela e seu parceiro. Todo esse processo é realizado na forma de Movimentos e Manobras do Neopompoar, apresentados em outro capítulo. Por todos esses benefícios é possível dizer que a técnica aumenta a autoestima, pois ela dá à mulher mais confiança em si depois que resolve seus problemas genitais e melhora sua sexualidade (CHANDRA, 2001). Capítulo 3 Movimentos e Manobras Se Neopompoar é movimentar voluntariamente a musculatura vaginal para apertar o pênis, então, se você exercitar constantemente sua vagina, você poderá abraçar o pênis utilizando alguns movimentos básicos. O segredo é começar cedo, pois a região pélvica sofre alterações a partir dos 25 anos, além de ter assiduidade em sua rotina de exercícios pélvicos. Os insucessos são maiores nas alunas que não seguem adequadamente o programa de treinamento dos exercícios nem utilizam os acessórios. Confira abaixo a evolução de seu treinamento ao longo do tempo: NÍVEL PERÍODO FORÇA DA CONTRAÇÃO MOVIMENTO/ MANOBRA Básico 3 Meses Leve Acariciar, Massagear Básico 6 Meses Média a Forte Reviginar, Apertar, Ordenhar, Agarra, Travar, Skol, Contração contínuaAvançado 12 Meses Forte e Extra-Forte Estrangular, Turquesa, Expulsar, Sugar Master 18 Meses Extra-Forte e Acrobática Manobras de Halterofilismo Vaginal: apagar velas, lançar objetos, fumar Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 60 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 61 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 1. Nível Básico Com 6 meses de treino você conseguirá: 1.1 Massagear ou Apertar: Após a penetração do pênis na vagina, você pode massageá-lo apertando e soltando o canal vaginal vagarosamente, na intensidade de força fraca ou média. 1.2 Rervirginar: Se você contrair com força a entrada da vagina, seu canal vaginal é estreitado, praticamente fechado, dificultando os movimentos de penetração. E dependendo da intensidade da força que você colocar a penetração pode até mesmo ser impedida. 1.3 Travar: Com o pênis dentro da vagina, você faz uma contração forte do canal vaginal, impedindo a saída do pênis. 1.4 Ordenhar: Após a penetração do pênis na vagina, você pode massageá-lo apertando e soltando o canal vaginal rapidamente, na intensidade de força média ou forte. 1.5 Skol: Com o pênis dentro da vagina, você pode apertar o canal vaginal, com giro e movimento de rotação de quadril hora para a direita, hora para a esquerda. 1.6 Chupitar: Você consegue o movimento de chupitar fazendo contra- ções rítmicas de uma porção da vagina (entrada ou fundo), sugando o pênis com a vagina, como se fosse um bebê chupando uma chupeta. 1.7 Morder: Você faz uma contração na parte onde a glande peniana está no canal vaginal. 1.8 Contração Contínua: Você mantém uma contração vaginal constante, fazendo com que a vagina “abrace” o pênis todo durante a relação sexual. Isso faz com que ambos parceiros sintam melhor a penetração e suas sensações eróticas. 2. Nível Avançado Com 12 meses de prática você será capaz de mais manobras: 2.1 Estrangular: Você contrai fortemente o canal vaginal na base do pênis. Utilizada para retardar a ejaculação do homem. 2.2 Guilhotina: Você faz uma mordida com muita força. 2.3 Torcer: A vagina parece torcer o pênis, como o movimento que você faz torcendo uma roupa. 2.4 Expulsar ou Expelir: Você faz uma contração do canal vaginal do fundo dele para a sua entrada, como se estivesse evacuando, e força a expulsão do pênis. 2.5 Sugar ou Sucção: Você coloca o pênis na entrada da vagina e através de contrações da entrada para o fundo do canal vaginal, o pênis vai sendo sugado (puxado) para dentro da vagina. 2.6 Turquesa: Você aperta a vagina, com movimento de contração abdominal hora da direita, hora da esquerda. 3. Nível Kama-sutra Você aprenderá a aplicar as manobras do neopompoar às posições do kama-sutra. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 62 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 63 Neopompoar: A ginástica do Prazer 4. Nível Acrobático ou Halterofilismo Vaginal Quando você se exercita constantemente e por aproximada- mente um ano e meio, você consegue realizar algumas acrobacias com sua vagina: 4.1 Fumar cigarros: Você coloca um cigarro na entrada da vagina e através dos movimentos de sucção, consegue puxar a fumaça e soltá- la pelo canal vaginal. 4.2 Apagar velas 4.3 Jogar bolinhas de pingue pongue 4.4 Lançar dardos 4.5 Apertar uma banana 4.6 Salada de frutas: Você pode surpreender o seu parceiro introdu- zindo pedaços de fruta no canal vaginal (como cerejas, morangos ou uvas) e o servindo na boca... Capítulo 4 Acessórios Há duas maneiras que você pode exercitar os MAP: com ou sem os acessórios (dispositivo resistivo). Uma pergunta que é frequentemente feita pelas alunas, e que talvez seja a sua também: “Não posso exercitar sem acessórios?” De acordo com Lysebeth (1994): “Sim, em certa medida, mas é muito mais eficaz com um acessório. De fato, ele funciona como os halteres em preparo físico, cujo peso fortalece os músculos. O mesmo acontece com o anel vaginal. Para fortalecê-lo é preciso: a- distendê- lo; b- oferecer resistência a ele. Esse é o duplo papel do acessório”. E de acordo com o Dr. Kegel, o exercício sem acessório serve para manter os MAP fletidos e a vagina úmida, mas não serve para corrigir um músculo atrofiado que precisa aumentar seu tamanho e sua força (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 130). Por ministrar o curso desde o ano de 2000, percebi que as alunas que usam acessórios e praticam os exercícios físicos localizados em conjunto têm resultados mais rápidos, enquanto as alunas que apenas utilizam os acessórios têm um resultado mais demorado (em torno de 8 meses para uma contração de leve a média), e as alunas que apenas praticam os exercícios físicos sem nenhum acessório são as que têm um resultado ainda mais demorado (em torno de 12 meses para uma contração de leve a média)! Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 64 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 65 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Você merece esse presente de você para você mesma! Vale a pena investir em sua saúde, sentir prazer na relação sexual, sair da rotina ou salvar o relacionamento! Qualquer loja, inclusive a minha (www.graziellevieira.com.br), aceita e parcela no cartão de crédito! Você não tem desculpa para demorar a ter resultados... Mas fique atenta: Se você for adquirir seu kit conosco fique tranquila, pois ele está dentro dos padrões de qualidade e de acordo com algumas questões importantes e que influenciam no progresso de seu treinamento. Agora se não for adquirir seu kit em nosso site, fique atenta a algumas observações sobre os acessórios, descritas a seguir. Lembrando que os exercícios com acessórios serão descritos de acordo com a progressão dos níveis, tanto no livro como nos DVDs (que são vendidos separadamente do livro). Higienização: Você deve ficar atenta quanto à higienização dos acessórios para não pegar nenhum tipo de infecção. Ela deve ser feita com sabão neutro e álcool 70º. Enxugue bem e guarde-os em uma vasilha com tampa. Contra indicações: Os acessórios não devem ser usados por gestantes, pois podem causar aborto. Também não devem ser usados em áreas inflamadas, irritadas ou em pele com erupções. Não use em período menstrual, nem antes ou logo após o ato sexual. Lubrificante à base de água: Se você achar desconfortável a introdução de algum dos acessórios, poderá utilizar géis lubrificantes à base de água para facilitar a introdução. Há produtos vendidos em farmácias, em sexshops e no meu site: www.graziellevieira.com.br. Uso individual: Os acessórios são íntimos, de uso individual. Não compartilhe nem empreste seus acessórios! 1. Vibrador Parece óbvio, mas não custa nada relembrar: nunca introduza em sua vagina nada que não tenha sido feito para a introdução vaginal. Não utilize objetos em formatos fálicos, verduras ou legumes, vidros, pré-forma etc.. Isso pode causar sérios problemas em sua saúde vaginal. Além do constrangimento de ficar com algum objeto preso dentro de você e ter que procurar um médico para tirá-lo de seu canal vaginal! Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com http://www.graziellevieira.com.br http://www.graziellevieira.com.br 66 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 67 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira No mercado moderno de produtos eróticos você encontra várias opções de vibradores. Com certeza um deles será ideal para seu treinamento! Os vibradores devem ser de tamanho médio (2,5 a 3 cm de diâmetro e de 10 a 21 cm de comprimento). Na escolha do material, os de acrílico são melhores para o treinamento inicial. Outra dica é escolher um do tamanho do pênis do amado (mas nunca passe de 20 cm), para não acabar com a autoestima dele levando algo muito maior do que o órgão dele para casa. E ainda cuidado com as cores: se o seu amor for branquinho não leve para casa nada muito escuro, porque senão ele vai te acusar de sonhar ou estar traindo ele comum Ricardão! E se mesmo você escondendo o vibrador o amado o encontrar, diga a ele que você está praticando exercícios que melhoram a saúde genital e a vida sexual, e conte a ele as manobras que você conseguirá fazer, pois assim ele não vai brigar e vai até incentivar. Outra dúvida das alunas: “Posso treinar sem usar o vibrador?” Se você realmente quiser resultado, e um resultado rápido, a resposta é não! Muitas têm receio, preconceito e medo de usar um vibrador. Só que se você quer agarrar literalmente o pênis de seu amado e deixá-lo louco por você, você deve treinar utilizando o vibrador, pois você vai treinar as manobras de neopompoar e aperfeiçoar no vibrador primeiro. Assim quando for praticar no ato sexual com o amado já terá uma força maior de contração vaginal e o amado se deslumbrará com você e sua força! Não existe nada mais desanimador do que você avisar o amado que vai contrair a vagina no pênis dele, e você está lá no ato sexual se matando e dando tudo de si, quando de repente ele vira para você e fala: “Amor, aperta logo porque ainda não senti nada, mas estou louco para sentir esse apertão!” Então vamos praticar primeiro e se exercitar no vibrador, para na hora do sexo você arrasar! Os vibradores são ideais também para serem usados por aque- la mulher que vai praticar os exercícios em segredo e Surpreender o Amado na hora certa!!! Quem sabe o noivado sai, ou a data do casa- mento, ou ele esquece de vez aquela vizinha com curvas provocantes... Eles também são indispensáveis para todas as mulheres que têm dificuldades de atingir o orgasmo. Você também poderá medir a sua evolução e desempenho no treinamento, como verá nos DVDs. Fique atenta: você deve utilizar um vibrador básico para a prática dos exercícios iniciais do neopompoar. 2. Cones ou Pesitos Vaginais São pequenas cápsulas de formato anatômico, constituídas de materiais re- sistentes e pesados que, ao serem inseri- dos no canal vaginal, fornecem resistência (permitirem um treinamento com aumen- to de carga progressivo, exatamente como acontece na musculação para o restante do corpo) e feedback sensorial, pois propor- cionam o estímulo necessário para que a mulher contraia corretamente os MAP para que o cone não caia, evi- tando que os abdominais sejam contraídos durante os exercícios. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 68 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 69 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira A contração dos MAP com os cones vaginais é inicialmente reflexa, ou seja, a contração é praticamente automática ao se inserir o cone, facilitando os exercícios principalmente para aquela mulher que não sabe como contrair seus MAP. De acordo com a maioria dos fabricantes de cones vaginais1, a utilização dos cones previne a queda de bexiga, queda do útero, incon- tinência urinária, evita cirurgias desnecessárias e também são usados por mulheres com dificuldades em aceitar a penetração. Em alguns casos observou-se a redução ou eliminação de cólicas menstruais. A prática também proporciona maior prazer durante o ato sexual. Você encontra 5 cones com cores e pesos diferentes, que devem ser usados progressivamente (você aprenderá como usá-los no Capítulo sobre exercícios e nos DVDs): Cone rosa: 20g Cone amarelo: 32g Cone beje: de 40g a 45g, dependendo do fabricante Cone verde: de 50g a 57g, dependendo do fabricante Cone azul: de 60g a 70g. Fique atenta: você deve utilizar todos os cones de um único fabricante, para ter a progressão correta dos exercícios! 1 Ver qualquer folheto explicativo que vem junto quando você compra qualquer acessório. 3. Colar Tailandês tamanho “P” e “M” As bolinhas tailandesas são usa- das na vagina, contudo, sua dimensão é um pouco reduzida para uma perfeita estimulação vaginal. Ao serem introdu- zidas elas fazem movimentos aleatórios que proporcionam uma agradável e ex- citante massagem na musculatura, o que pode incrementar bastante o orgasmo. Fique atenta: você deve utilizar o colar tailandês com fio de silicone, com 5 bolas e nos tamanhos P ou M. Nunca utilize o tamanho G. 4. Ben-wa Tamanho “M” De PVC ou silicone, pesam 20 gramas (cada uma). As bolinhas têm saliências que estimulam a região a ser exercitada e tornam o treino mais prazeroso. Mas só devem ser usadas após adquirir uma certa prática e força muscular dos MAP, como você aprenderá nos DVDs. A ben-wa é um dispositivo interessante no auxílio do treino de força e coordenação motora dos MAP, pois o treinamento com ela exige uma dissociação bastante clara das contrações dos MAP e da muscula- tura abdominal. Em cada etapa dos exercícios a mulher deve contrair apenas os MAP, ou então apenas os abdominais. Desta forma, a ben-wa Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 70 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 71 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira proporciona um treinamento de coordenação motora incrível, fazendo a mulher aprender a diferenciar de forma realmente eficaz a ação destes dois grupos musculares que tantas vezes têm suas contrações confundi- das mesmo em mulheres acostumadas a contrair os MAP. Elas também servem para o estímulo das fibras musculares de contração rápida, responsáveis pela continência urinária em momentos de esforço e pressão, e por manobras rápidas como ordenhar. Fique atenta: você deve utilizar a ben-wa com fio de silicone, com 2 bolas, no tamanho exclusivamente M e de material atóxico. Elas devem ser autovibratórias. 5. Sensupower Feito em PVC atóxico, possui uma escala de 0 a 14 na manguei- rinha. Ele é durável, discreto e fácil de limpar e guardar. Se você se preocupa com sua saúde e seu prazer, com certeza vai abrir novos horizontes em sua vida a dois, pois produz durante os exercícios um aumento da vascularização na região pélvica, o que dei- xa a região mais sensível ao prazer. Produz também uma grande toni- cidade e força nos MAP, que alguns denominam ainda de Músculo do Amor, fazendo com que você possa, através de seu comando, contrair a musculatura vaginal de forma muito significativa, o que proporcionará durante o ato sexual muito mais prazer a você e seu parceiro. O sensupower é um acessório que aumenta o vigor de sua musculatura vaginal, e oferece a você o biofeedback que identifica a força desta musculatura durante seu treinamento (a mangueirinha mostra a força que você está usando no exercício). Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com www.graziellevieira.com.br 73 Capítulo 5 Orgasmo 1. Repressão sexual e falta de orgasmo Em quase todos os sítios arqueológicos estudados foram descobertas representações artísticas da Grande Mãe. Geralmente a Deusa neolítica era representada com seu ventre volumoso, em estado de gravidez, simbolizando a fertilidade e abundância da terra. Nesse período a mulher era altamente valorizada e respeitada, pois como não era compreendido o processo da concepção, acreditava- se que todo o processo dependia exclusivamente da mulher. A partir do momento que o homem descobriu sua função na procriação as mulheres foram perdendo seu poder, sendo difamadas, subordinadas e vendidas ou trocadas como mercadoria rara capaz de garantir a futura mão de obra dos povos (GREENROCK, 1997: 22). Isso não causou a queda rápida da crença na Grande Mãe, que foi ainda espalhada por várias civilizações, mas causou profundas transformações na filosofia. Até que o surgimento do patriarcado, mais especificamente do cristianismo, causou o declínio da crença na Grande Mãe, onde as mulheres passaram a ser consideradas bruxas, e seu ápice termina com as fogueiras da Idade Média. Com isso, todas nós crescemos em uma sociedade totalmente patriarcal e machista, onde inclusive muitas mulheres são machistas. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 74 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 75 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Com todo esse clima derepressão e tensão a mulher cresceu achando que sua única obrigação era casar e ser uma esposa sem voz e obediente ao marido, dona-de-casa perfeita e mãe impecável. Assim ela deixou sua sexualidade renegada. A antropóloga cultural Margaret Mead “concluiu que a capacidade para o orgasmo é uma resposta aprendida, que uma dada cultura pode ou não ajudar suas mulheres a desenvolverem” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 28). E mesmo hoje em dia, com todas as mudanças e revoluções (revolução sexual, feminismo), é imenso o número de mulheres que acham normal não ter prazer nem orgasmos na relação sexual. “A capacidade para o orgasmo implica uma série de respostas culturalmente aprendidas. Para que essa mulher possa desenvolver essa capacidade inata, precisa conhecer os aspectos físicos de sua resposta sexual e deve também receber um estimulo apropriado. Somente nas sociedades que ensinam a seus membros as técnicas eficientes, as mulheres aprendem a atingir o clímax sexual (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 28). Anos de racionalismo e culpa pecaminosa cristã amarram, travam e bloqueiam as mulheres, que crescem escutando que a vagina é feia, suja, fonte de pecado, e que não podemos sentir prazer no sexo pois ele serve somente de obrigação para com o marido e procriação (quem sente prazer com o ato sexual são somente as pecaminosas prostitutas). “Muitas mulheres- mães e esposas cultivadas à vinagrete nas missas e nos internatos católicos- ficaram azedas demais. Revoltadas, confusas, amargaram o sabor de mulher. Não desenvolveram o prazer, desencontradas do próprio corpo, pois incorporaram uma imagem feminina de santidade desencarnada” (PENNA, 1993: 39). Várias pesquisas demonstram que mesmo as pessoas com uma atividade sexual grande e intensa se sentem insatisfeitas e até constrangidas com a própria sexualidade, remoendo sentimentos de vergonha e culpa que muitas vezes escondem inclusive dos próprios parceiros. Costumes tradicionais das famílias, conceitos impostos pela política dominante, pela cultura e formação religiosa contribuem para isso. Muitas pessoas estão, além de sexualmente confusas, perdidas em um horizonte cultural que não oferece amparo nem abrigo, mas sim um grande vazio através do sexo oco e mecânico. Segundo Lucena (2000: 69) “Pelos séculos as mulheres foram orientadas a não participar da foda em igualdade de condições com os homens. O macho montava, mexia e gozava; a fêmea apenas aguardava o momento para sair de baixo e se limpar, continuando a vida. A mulher não compartilhava o prazer. Não exercitava sua musculatura pélvica, pois era levada a acreditar que bastava contribuir com seu buraco para fazer bem feita a sua parte”. Partindo desse histórico a nova técnica (neopompoar) está voltada primeiramente para o conhecimento do próprio corpo, sua capacidade e limite, pois o sexo não é somente dependente da cabeça, ou dependente do parceiro: se o corpo não está bem, se a musculatura está flácida a mulher nunca chegará ao orgasmo e o parceiro sofrerá de ejaculação precoce. A partir daí passa a ser uma técnica que possibilita desenvolver e explorar com maior intensidade a própria satisfação sexual, pois o sexo é um ato físico que envolve uma musculatura especifica, que precisa estar em forma para se alcançar o prazer. Além de permitir a auto realização psicológica, emocional e afetiva no âmbito de uma relação a dois. Isto é possível porque se Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 76 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 77 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira a mulher está feliz e realizada, a chance de fazer o parceiro partilhar desta felicidade na mesma intensidade é muito maior. Desta forma, a família como um todo é beneficiada, pois se o casal estiver em plena harmonia e feliz, esta atmosfera envolverá os demais componentes familiares, e se espalhará para a vida profissional e social de todos. 2. O que é o orgasmo? Freud acreditava na existência de dois tipos de orgasmo: o que resultava do estímulo clitoriano (masculino e imaturo para ele) e o que resultava da penetração vaginal (feminino e maturo). “Freud teorizava que à medida que a menina amadurece e se torna mulher, deve abandonar seu interesse infantil pelo seu clitóris e ´transferir´ o centro de suas sensações agradáveis para sua vagina.” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 25). A partir desse ponto de vista, vamos adotar a divisão de dois tipos de orgasmo: o orgasmo clitoriano, resultante da estimulação do clitóris, e o orgasmo vaginal, resultante da penetração. Assim, com a prática dos exercícios do neopompoar, eu vou te ensinar a obter esses dois tipos de orgasmo. Não vou entrar em discussões de estudos e pesquisas que comprovam ou não a existência do Ponto G, até mesmo porque atualmente existem inúmeras pesquisas que defendem a existência do Ponto A, próximo ao colo do útero, e pesquisas que estudam a ejaculação feminina. O fato é que a maioria das mulheres, inclusive a maioria de minhas alunas, sempre faz a pergunta: “Como chego ao orgasmo durante o sexo?”, e outra grande maioria não sabe ao certo se já teve ou não um orgasmo nem se foi um orgasmo resultante de penetração ou estimulação do clitóris. Não defendo a ideia de que para toda relação sexual ser perfeita ela precise obrigatoriamente terminar com o orgasmo, mas defendo a ideia de que toda mulher deve ter prazer no sexo, mesmo que não chegue ao orgasmo. Como em minha experiência de vida passei por uma situação de encontro do prazer e orgasmo através da ginástica íntima, sempre digo que todas podem chegar ao orgasmo, e como para mim foi uma experiência maravilhosa, espero que todas consigam experimentar essa sensação também. O orgasmo é uma experiência de êxtase profundo que acontece no ápice do prazer da relação sexual. Já observou o que acontece no seu corpo quando você experimenta um orgasmo? Vejamos: seu coração bombeia sangue mais rapidamente e sua respiração muda para auxiliar a oxigenar os músculos de todo o corpo. Também hormônios são bombeados ao seu cérebro e para todo o corpo, dizendo que o ato sexual é bom e divertido. O sangue é bombeado para a sua região vaginal para criar as tensões que acabarão por desencadear um reflexo (espasmo muscular dos MAP). Esse reflexo causará uma série de contratações rítmicas entre cinco e quinze vezes (em 0,8 segundos) em seus MAP. A experiência do orgasmo é centrada sobre os músculos do assoalho pélvico, e não é de estranhar o que os exercícios para fortalecimento dos MAP podem fazer para criar mais e melhores orgasmos. Atualmente muitos autores afirmam que as mulheres são tão bombardeadas com a “ditadura do orgasmo”, da obrigatoriedade do orgasmo, do orgasmo clitoriano, orgasmo vaginal, orgasmo múltiplo e orgasmo simultâneo, que sofrem estresse profundo e ansiedade com relação à sua sexualidade (PAGET, 2006), e com isso apresentam ainda mais dificuldade em atingir o orgasmo. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 78 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 79 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Anatomia e Fisiologia do Orgasmo Masters e Johnson dividiram a resposta sexual num ciclo de quatro fases: excitação, platô, orgasmo e resolução (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 31). Após eles, Kaplan especificou outro estágio anterior à excitação, referido como “fase do desejo”, que descreve o interesse e prontidão sexual de uma pessoa, que ocorre depois que um indivíduo vê uma pessoa atraente ou em reação a uma insinuação que a faz pensar em sexo. De acordo com BARKER (1998), o orgasmo é o clímax de várias etapas. Então vamos a elas: 1. Fase de excitação: Na fase de excitação, o corpo se prepara para a atividade sexual contraindo músculos e aumentando a frequência cardíaca, respiração e secreção de fluídos. Segundo Barker (1998: 17), “a fase da excitação dura, em geral, cerca de 15 minutos, embora, com frequência, leve até 25 minutos-prova biológica que o sexo rapidinho não satisfaz a maioria das mulheres”, pois é nessa fase que as paredes vaginais se tornam úmidas, a parte interna da vagina se torna alargada, o útero se eleva e o clitóris aumenta de tamanho. 2. Fase de Platô: Aqui nessa fase nós queremos a satisfação do desejo. A respiração se torna mais rápida e os músculos se tornam mais tensos. O clitóris é exposto, o tecido da vagina se torna mais preenchido com sangue venoso, e sua parte mais externa se contrai e o clitóris se retrai. Os pequenos lábios também estão envolvidos na reação vasocongestiva. Juntos, eles formam a base anatômica para a expressão fisiológica do orgasmo e isso é chamado de plataforma orgásmica. Como a vagina continua se expandindo, ela pode aumentar bastante em largura e comprimento, de maneira que perde sua aderência e fricção com o pênis, levando algumas mulheres a quase não sentirem o pênis, como se ele estivesse perdido dentro delas (BARKER, 1998). 3. Fase de Orgasmo: O orgasmo, também chamado de clímax, é um estado fisiológico de excitação sexual e gratificação, seguida por um relaxamento das tensões sexuais e dos músculos do corpo. É marcado por sentimento de repentino e intenso prazer. Dura alguns segundos (normalmente não mais de dez), mas a estimulação continuada pode produzir orgasmos adicionais na mulher. Durante o orgasmo ocorrem aumento repentino dos batimen- tos cardíacos e da pressão sanguínea, vermelhidão da face, ereção dos mamilos, contração rítmica da parede vaginal próximas ao seu orifício externo, contrações rítmicas do útero, contração dos múscu- los pélvicos e sons involuntários também pode acontecer. Os orgasmos beneficiam as mulheres fisicamente e psicologi- camente de muitas maneiras, além de aliviar cólicas menstruais e di- minuir o estresse. 4. Fase de Resolução: Refere-se ao momento onde as mudanças ocorridas voltam ao seu estado de normalidade (PAGET, 2006). Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 80 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 81 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 3. Desempenho Sexual, Orgasmo e MAP O desempenho sexual de cada mulher é algo bastante individual e depende de vários fatores físicos, psicológicos e comportamentais, que dependem da experiência adquirida com a prática. Fatores físicos que interferem significantemente no desempenho sexual da mulher são justamente a força e a coordenação motora dos MAP. O grau de força e de coordenação interfere radicalmente no prazer sexual desde o início da penetração até durante o orgasmo, pois MAP flácidos reduzem drasticamente o prazer, já que este prazer depende da fricção do pênis no canal vaginal (BARKER, 1998), e se os MAP estiverem enfraquecidos ou flácidos, a sensação de pressão é bastante reduzida, podendo muitas vezes mal ser sentida. Nestes casos, como é de se pensar, o prazer sexual reduzido na relação pode desencadear os mais diversos problemas entre o casal. Quando os MAP não são exercitados constantemente, ficam enfraquecidos ou flácidos com o passar do tempo. Atos diários como levantar peso, praticar exercícios para fortalecimento dos abdominais e outros exercícios sem consciência perineal, a gestação e o parto normal, são potenciais causadores do enfraquecimento dos MAP. Durante a menopausa também ocorre uma diminuição considerável na força dos MAP, principalmente em virtude da queda hormonal. “Vários autores (Kegel, 1952; Master e Johnson, 1966; Kliner-Graber e Graber, 1975; Gillan e Brindley, 1979) chamaram a atenção para o papel desempenhado pela musculatura do assoalho pélvico, e especialmente as fibras bulboesponjosas, isquiocavernosas e as mais mediais dos músculos elevadores do ânus, na obtenção do orgasmo feminino” (POLDEN, MANTLE, 1993: 310). Enquanto MAP tonificados e exercitados de maneira constante garantem uma boa circulação sanguínea e linfática de toda a região fa- vorecendo as condições necessárias para a obtenção do orgasmo. Isso não só mantém o prazer como também pode proporcionar experiências incríveis para o casal com as manobras onde a mulher contrai sua mus- culatura vaginal em torno do pênis. Além disso, com o fortalecimento dos MAP, você conseguirá tanto chegar ao orgasmo pela estimulação do clitóris, quanto pela penetração e consequente estimulação do Ponto G. Durante todos esses anos em que ministro cursos venho acom- panhando relatos de mulheres que são incapazes de ter algum tipo de orgasmo, assim como mulheres que não sabem se alguma vez tiveram ou não um orgasmo, e mulheres que não sabem diferenciar que tipo de orgasmo sentem. Sem entrar em méritos com relação à existência ou não do Ponto G, a questão é simples: se você tem um orgasmo você sabe que o tem, ou seja, não tem como ter duvida: ou você já teve ou você nunca teve um orgasmo. Não estou falando de sentir prazer na re- lação, pois tenho muitas alunas que sentem muito prazer mas não con- seguem chegar ao clímax. Já foi dito anteriormente, mas se você ainda não entendeu: se você consegue ter orgasmo somente com manipu- lação do clitóris (masturbação, estímulo com vibrador ou sexo oral), é um orgasmo clitoriano. E se você consegue ter um orgasmo com a penetração do pênis no canal vaginal, sem nenhuma estimulação no clitóris, então é um orgasmo vaginal, pelo ponto G. Segundo alguns estudos, cerca de 60% das mulheres têm a falta de masturbação como um fator que dificulta o orgasmo, pois assim elas não conhecem o próprio corpo nem sabem o que lhes dá mais prazer. Existem alguns fatores que dificultam o orgasmo feminino, como: Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 82 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 83 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira • Desconhecimento de seu corpo e de seus pontos de prazer • Pressão e ansiedade de se atingir o orgasmo • Insatisfação com a aparência física • Parceiro inadequado que não se preocupa com as preliminares • Parceiro com ejaculação precoce • Falta de excitação e lubrificação • Estresse e acúmulo de papéis (empresária, mãe, esposa, dona de casa). Também existem algumas disfunções do Assoalho Pélvico que interferem na sexualidade: • Dispareunia • Infecções da vulva e vagina • Infecções da glândula de Bartholin • Cistos infectados • Tecido cicatricial • Deficiência de estrógeno • Vaginite atrófica ou estreitamento da vagina e da vulva • Uretrite ou carbúnculo uretral • Estados congênitos: hímen rígido, estenose vaginal ou septo vaginal • Lubrificação genital inadequada • Doença inflamatória pélvica crônica ou aguda • Endometriose • Fibroides • Fissura anais e hemorróidas • Gravidez ectópica • Útero retrovertido • Distopias • Massas pélvicas • Tumores ovarianos e cistos • Adesões clitorianas • Prisão de ventre • Neoplasma ou infecção secundária conjunta • Fraqueza dos músculos pélvicos. Procure seu médico antes de começar a se exercitar. Resumindo, podemos dizer que para a realização das relações sexuais nós utilizamos órgãos que são acionados por músculos. Se esta musculatura estiver fraca, consequentemente o desempenho sexual será limitado e a satisfação ficará muito reduzida. Fortalecendo e aprendendo a controlar sua musculatura, toda mulher poderá alcançar e oferecer um pique muito maior de prazer. E aumentando o seu prazer, bem como o de seu parceiro, você ganhará não só tônus, como também muito mais confiança e felicidade em sua vida afetiva. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 84 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 85 Neopompoar: A ginástica do Prazer 4. Atingindo o Orgasmo Como foi dito anteriormente, a ausência de orgasmo pode ser causada por inúmeros fatores. Mas existe uma nova forma de aparelho que pode resolver o problema das mulheres que têm dificuldade para atingir o orgasmo. Trata-se da bomba clitoriana, que quando colocada sobre o clitóris faz uma sucção, aumentando a circulação sanguínea na região,a lubrificação vaginal e a sensibilidade, consequentemente facilitando a obtenção de orgasmo. E segundo os fabricantes, quem já tem um orgasmo normal poderá experimentar algo que nunca sentiu. Basta praticar o exercício diário. Capítulo 6 Conheça seu corpo A falta de informação referente à anatomia em ação é, em parte, responsável pelos desacordos físicos com os quais se atribui a causa original de metade dos desajustamentos mentais e três quartos dos divórcios e separações... Dr. Robert Latou Dickinson 1. Anatomia da Região Pélvica/Perineal Como foi dito anteriormente, para você ter o máximo de aproveitamento da técnica é preciso primeiramente se conhecer. As estruturas ósseas e musculares precisam ser bem imaginadas e localizadas no seu corpo para que essa região seja trabalhada com precisão. E nada melhor do que conhecer a anatomia de seu corpo! 1.1. Anatomia Externa • Períneo: De acordo com Callais (2005), chama-se de períneo a região do corpo lo- calizada na parte mais baixa do tronco e que forma o fundo da pelve, referindo-se “tanto a uma área de superfície externa quanto a um compartimento raso do corpo” (MO- RENO, 2009: 12). Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 86 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 87 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Segundo Moreno (2009), períneo “é a região estreita entre as partes proximais da coxa; contudo, quando os membros inferiores são abduzidos, o períneo é uma área losângica que se estende do mon- te do púbis, anteriormente; às faces mediais das coxas, lateralmente; e às pregas glúteas e à extremidade superior da fenda interglútea, pos- teriormente”. Na mulher, trata-se de uma região de passagem, pois é perfurada por três orifícios: a uretra, a vagina e o ânus. Mas há alguns obstetras que definem como o períneo apenas a região entre a entrada da vagina e o ânus. A pele e estruturas do períneo são supridas pelo nervo pudendo (POLDEN, MANTLE, 1993: 9). 1. Região urogenital ou trígono urogenital: Contém os órgãos genitais externos; 2. Região anal ou trígono anal: Contém o ânus. • Monte de Vênus ou Monte Púbico: Sleutjes (2008) afirma tratar- se de uma elevação mediana, anterior à sínfise púbica e constituída principalmente de tecido adiposo (sob a influência de estrógenos). Localiza-se abaixo do abdômen e acima do prepúcio clitoriano. O Monte do púbis é sensível em algumas mulheres e protege o osso pubiano diminuindo o impacto durante a relação sexual. • Vulva ou Pudendo Feminino: Parte externa do órgão genital feminino. • Grandes Lábios ou Lábios Maiores: São duas pregas cutâneas, alongadas, que delimitam entre si uma fenda, a rima do pudendo. Após a puberdade sua face externa hiperpigmenta-se e apresenta pêlos. Já a face interna é lisa, sem pêlos e úmida pelas inúmeras glândulas sebáceas presentes na região. • Pequenos Lábios ou Lábios Menores: São duas pregas cutâneas pequenas e finas, constituídas de fibras elásticas e conjuntivas, localizadas medialmente aos lábios maiores. Anteriormente rodeiam o clitóris. São altamente vascularizados e sem pêlos. O espaço existente entre os lábios menores é o vestíbulo da vagina, em que se apresentam o óstio externo da uretra, o óstio da vagina e os orifícios dos ductos das glândulas vestibulares (que deixam a parede úmida, facilitando o ato sexual). • Clitóris ou Estruturas Eréteis: Pequena estrutura alongada situada na junção anterior dos lábios menores. Sua maior parte está envolvida por um prepúcio formado pelos lábios menores. A parte livre e exposta é a glande, formada, assim como o pênis, de tecido erétil. Durante uma estimulação sexual, o clitóris pode estender-se e o prepúcio retrair-se deixando-o mais acessível, ingurgitado pelo sangue e rígido, contribuindo para o estímulo sexual da mulher. O tamanho do clitóris varia de mulher para mulher. Alguns são muito pequenos e outras são muito grandes. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 88 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 89 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira • Uretra- parte externa: A abertura da uretra está logo abaixo do clitóris. Não está relacionado com o ato sexual ou com a reprodução. É a passagem por onde passa a urina. • Ânus: É o orifício terminal do intestino grosso, localizado atrás da vulva, da qual ele é separado pela distância ano-vulvar. Possui 3 cm de comprimento e 2 a 3 cm de diâmetro. É circundado por músculos esfincterianos (em forma de anel): 1. Esfíncter Externo do Ânus: É um músculo estriado com uma altura aproximada de 3 cm, que pode ser contraído ou relaxado voluntariamente. Anteriormente ele se prolonga em direção ao centro tendíneo do períneo, e posteriormente ele se prolonga por um entrecruzado de fibras (rafe ano-coccígea) que o fixa ao cóccix. Superiormente cruza o assoalho dos músculos levantadores do ânus, se aderindo à suas fibras. 2. Esfíncter Interno do Ânus: Circunda diretamente o orifício anal. É um músculo liso, inervado pelo sistema nervoso parassimpático, ou seja, é um músculo que funciona de maneira reflexa, sobre o qual não temos controle. 1.2. Anatomia Interna Os prolongamento e orifí- cios da bexiga, do útero e do reto possuem uma relação estreita com o assoalho pélvico, pois este re- presenta seus suportes muscular e aponeurótico. • Ovários: São os órgãos sexuais pri- mários. Têm duas funções: produ- zir os gametas femininos (óvulos) e secretar os hormônios estrógenos e progesterona (POLDEN, MANTLE, 1993). Eles estão localizados de cada lado do útero, junto à parede lateral, e ficam mantidos nessa posi- ção por vários ligamentos. O maior deles, o ligamento largo, também dá suporte às tubas uterinas, ao útero e à vagina. • Tubas Uterinas: São dois tubos que se abrem no ovário. São nelas que ocorre o encontro do óvulo com o espermatozoide. De lá, o óvulo fecundado migra para o útero na formação do feto. • Útero: É o órgão da gestação, sendo o principal órgão reprodutivo da mulher. É um saco muscular impar, oco, com a forma de uma pêra invertida, que recebe as tubas uterinas nas laterais superiores e se continua abaixo pela vagina. A parte superior é o corpo, e abaixo do corpo ele se estreita formando o istmo. E quando se junta com a vagina adquire uma forma cilíndrica formando o colo. Ele está na pelve atrás da bexiga e à frente do colo sigmoide e do reto. A parte do ligamento largo que ancora o útero se chama mesométrio. Os ligamentos redondos também ajudam o ligamento largo a manter o útero na sua posição. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 90 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 91 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira • Vagina: A vagina é o canal que estende-se do colo uterino até o exterior do corpo (vulva). É um orifício virtual, com profundidade de 8 a 15 cm. A túnica muscular lisa da parede da vagina é muito mais delgada que a túnica muscular do útero. A mucosa que reveste a vagina apresenta várias pregas ou rugas vaginais muito elásticas (POLDEN, MANTLE, 1993). Essa mucosa vaginal ainda é duplicada por duas camadas musculares: 1. Uma camada superficial- com fibras longitudinais; 2. Uma camada profunda- com fibras circulares. As paredes usualmente estão em contato entre si. O canal, no entanto, é capaz de considerável distensão durante a entrada do pênis no ato sexual e durante o parto. Assim sendo, tem a capacidade de acomodar qualquer tamanho de pênis, voltando ao seu estado normal após a relação. Perto da entrada da vagina a mucosa usualmente forma uma prega vascular chamada hímen, a qual bloqueia parcialmente a entrada. A vagina é acompanhada pelo músculo transverso profundo do períneo, ao qual se adere. Mais acima ela está bem encaixada em um sulco do músculo levantador do ânus, fixado sobre sua parte baixa, ao qual se adere também (essa é sua sustentação mais forte). Embaixo ela termina na vulva, onde o músculoconstritor da vulva fecha o orifício. • Ponto G: Existe controvérsia na existência ou propósito do ponto G. Foi descrito primeiramente pelo médico alemão Emst Grafenberg. Apesar da controvérsia, muitas mulheres afirmam que a pressão nessa área da vagina é extremamente prazerosa. • Ponto A: Ainda existe controvérsia na sua existência. Mas segundo os autores que defendem sua existência, ele localiza-se no fundo do canal vaginal. Por isso algumas mulheres só conseguem atingir o orgasmo com penetrações profundas. • Bulbos Vestibulares: Estão localizados de cada lado das bordas da vulva. • Glândulas de Bartolin: Localizadas posteriormente, acompanhan- do a parte posterior da vulva. Elas secretam um líquido lubrificante que é drenado durante a relação sexual por canais que acabam na abertura da vagina. • Bexiga: É uma bolsa muscular e membranosa. Sua face interna apresenta várias pregas. É um órgão que muda muito de forma: a urina acumúla-se nela, e vazia é pequena, mas quando está cheia se dilata (em média até 500 ml, podendo chegar a 2 l). Sua parede é formada por um músculo chamado detrusor: quando a bexiga está cheia ele se contrai para esvaziá-la. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 92 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 93 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira • Uretra: é o conduto através do qual a urina acumulada na bexiga é eliminada para o exterior. É comprimida por músculos esfincterianos: 1. Esfíncter Interno: localizado mais alto, próximo à bexiga. Geralmente se encontra contraído, mas quando o músculo detrusor se contrai para eliminar a urina, o esfíncter se distende e abre. É um músculo liso, inervado pelo sistema nervoso parassimpático, ou seja, é um músculo involuntário, sobre o qual não temos controle. 2. Esfíncter Externo: localizado mais embaixo, pode ser comandado voluntariamente. • Reto ou ampola retal: é a última parte do intestino grosso. 1.3. Anatomia Óssea • Quadril: Segundo Kapit, Elson (2004), o osso do quadril é formado por três ossos: ílios, ísquio (zona sobre a qual nos sentamos) e o púbis (abaixo da zona pilosa). Eles são conectados por cartilagens até os 20 anos, depois se ossificam. O osso direito é conectado anteriormente ao osso esquerdo do quadril por uma fibrocartilagem, denominada sínfise púbica. Atrás, os ílios articulam-se com o sacro por meio da articulação sacro-ilíaca. • Pelve: é o suporte ósseo do pe- ríneo. Além de formar um escudo protetor para os conteúdos da pél- vis, ela suporta o tronco e é o meca- nismo pelo qual o peso do corpo é transferido para os membros infe- riores ao andar e às tuberosidades isquiáticas ao sentar (POLDEN, MANTLE, 1993). É formada por quatro ossos que estão dispostos como um anel, que também podem ser chamados de cintura pélvica ou cíngulo do membro inferior: 1. Dois ossos do quadril: direito e esquerdo; 2. Sacro: na base da coluna, pode ser apalpado com as mãos; 3. Cóccix. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 94 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 95 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Ela possui ainda uma face inter- na (faixa endopélvica), que é comple- tada abaixo pelo períneo, e contém as vísceras; e uma face externa (exopél- vica), correspondendo às articulações do quadril. O períneo fixa-se sobre a pelve, mais exatamente a parte baixa deno- minada pelve menor, que é uma estrutura óssea que garante em parte sua estabilidade. Essa estrutura, bem fixa, envolve quase totalmente as vísceras e os músculos do períneo. Segundo Callais (2005) a pelve, apesar de fixa, pode mover-se discretamente sobre si mesma na vida cotidiana, e em relação aos ossos adjacentes, e durante esses movimen- tos a pelve modifica um pouco a sua forma. Esses movimentos servem para trabalhar os diferentes músculos do períneo. • Estreitos da Pelve: São zonas- limite descritas no interior da pelve. É importante que sejam bem percebidos para se visualizar a forma e disposição das vísceras pélvicas e o local de fixação dos músculos profundos e superficiais do períneo. Vamos conhecer um pouco mais sobre os três estreitos: a. Estreito Superior: Encontramos a pelve maior ou pelve falsa (vísceras abdominais contidas no peritônio) e a pelve menor ou pelve verdadeira (vísceras abdominais mais baixas: bexiga, útero e reto. São sustentadas por músculos que formam o assoalho muscular pélvico). b. Estreito Médio: Zona onde se fixam os músculos mais profundos do períneo, que constituem o diafragma muscular pélvico. Está a meia altura da pelve menor e não totalmente embaixo da pelve. c. Estreito Inferior: Zona onde se fixam os músculos superficiais do períneo. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 96 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 97 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira • Losango e Triângulos do Períneo: Se olharmos a ossatura pélvica por baixo vemos quatro ossos que formam o losango do períneo: púbis, cóccix e os dois ísquios. Por uma linha que une os dois ísquios, esse losango pode ser dividido em dois triângulos: 1. Triângulo Anterior: É a região urogenital e o espaço onde está a uretra e a vagina. 2. Triângulo Posterior: É a região anal e o espaço onde está o ânus. 1.4. Anatomia Muscular Os MAP (músculos do assoalho pélvico) são formados por um conjunto de vários músculos superficiais e profundos da região urogenital feminina (região do períneo). Eles fecham a região inferior da cavidade pélvica e estendem-se da sínfise púbica até o cóccix, e possuem ligamentos e fáscias (que não serão abordados em nossa descrição). Podem ser palpados internamente a alguns centímetros da entrada da vagina, sendo responsáveis pela sensação de pressão sentida durante a penetração e ato sexual. O enfraquecimento progressivo dos MAP, característica do envelhecimento e comum após o parto, resulta na diminuição desta sensação de pressão tanto para a mulher quanto para o parceiro. Como qualquer outro músculo do corpo, quando exercitado se desenvolve, quando não exercitado torna-se flácido e atrofia. Esse grupo muscular é rico em terminações nervosas, e quanto mais em forma ele estiver, mais sangue circulará para a região genital e mais sensações eróticas a mulher sentirá (daí os orgasmos serem mais fáceis e mais intensos). Esses músculos, assim como os outros, são constituídos de 70% de fibras do tipo I (fibras de contração lenta) e 30% de fibras do tipo II (fibras de contração rápida) e fusos musculares (POLDEN, MANTLE, 1993). As fibras do tipo I são altamente resistentes e podem produzir contração por longos períodos, além de serem responsáveis pela ação antigravitacional dos músculos, mantendo o tônus constante e a sustentação das vísceras e órgãos abdominais, e também na manutenção da continência urinária no repouso. E as fibras do tipo II são responsáveis por uma grande força na contração, mas são altamente exaustíveis. Essas são recrutadas durante aumento súbito da pressão abdominal (situação de tosse, espirro, riso e etc..) contribuindo assim para o aumento da pressão de fechamento uretral, ou seja, atividade esfincteriana reflexa e voluntária. Por isso, para um programa completo de treinamento você precisa trabalhar exercícios e acessórios que trabalhem com os dois tipos de fibras musculares. Além de trabalhar com todos os músculos do MAP superficiais e profundos, assim como a musculatura esfincteriana. A musculatura do períneo Os músculos que compõe o períneo são aqueles que no períneo podem contrair e descontrair, ou distender de modo passivo Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 98 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 99 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira e elástico. O períneo possui dois tipos de musculatura, que são intrincados (aderências e fibras entrecruzadas): 1.4.1 Assoalho muscular pélvico: Possui dois níveis, que devem sertrabalhados para um programa realmente eficaz de exercícios. 1.4.1.1 superficial (períneo); 1.4.1.2 profundo (diafragma pélvico). 1.4.2 Músculos que pertencem aos orifícios das três vísceras: • Esfíncteres da uretra e do ânus; • Músculos do reto; • Músculos da coluna vaginal. Agora veremos mais detalhadamente cada um deles: 1.4.1 Assoalho Muscular Pélvico: É o conjunto de músculos que fecham a pelve menor na sua parte mais inclinada. “Formado por músculos, ligamentos e fáscias, o assoalho pélvico tem como objetivo sustentar os órgãos internos” (BARACHO, 2007: 11), formando uma espécie de assoalho, e sustentando a bexiga, o útero e o reto, e mantendo as continências urinária e fecal. Esse conjunto de músculos garantem uma dupla função: “sustentação da parte inferior do abdome pela contractibilidade, e passagem para o exterior ou interior pela elasticidade” (CALLAIS, 2005). Eles também participam da função sexual. “A vagina possui pouquíssimas fibras nervosas sensoriais. Os MAP conferem a sensibilidade proprioceptiva que contribui para o prazer sexual. Os MAP hipertrofiados proporcionam uma vagina menor e mais atrito contra o pênis durante a relação sexual. Isso resulta em estimulação de mais terminações nervosas e gera uma sensação agradável durante a relação sexual” (SHELLY, 2004). Como dito anteriormente, esse conjunto muscular possui dois níveis ou camadas, que estão localizadas em alturas diferentes na pelve menor e possuem formas e orientações distintas: 1.4.1.1 Músculos Superficiais do Períneo: É uma camada superficial, baixa, de músculos finos, fibrosos, alongados e entrelaçados, localizada no estreito inferior. Formam uma espécie de “8” que se cruza no nível do centro tendinoso do períneo. De acordo com Baracho (2007), fa- zem parte dos músculos superficiais os seguintes músculos: Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 100 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 101 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 1. Músculo Bulbocavernoso: Vai do clitóris ao centro tendíneo. Fixa o bulbo do vestíbulo ao diafragma urogenital. 2. Músculo Isquiocavernoso: Vai do púbis à extremidade do ísquio. Fixa os ramos do clitóris aos ramos inferiores do ísquio, do púbis e do diafragma urogenital. 3. Músculo Transverso Superficial: Vai de um ísquio ao outro. Protege o músculo levantador do ânus. 4. Músculo Esfíncter Estriado do Ânus: Circunda o canal anal e o ligamento anococcígeo. Responsável pela continência fecal. Segundo Callais (2005), frequentemente se inclui no plano superficial dois músculos que estão localizados mais profundamente, mas que estão no triângulo anterior: 5. Músculo Esfíncter Externo da Uretra: Circunda a uretra em sua parte mais baixa. Responsável pela continência urinária. 6. Músculos Transverso Profundo do Períneo: Ocupam os espaços entre os dois ramos isquiopúbicos. Para esclarecer, veja abaixo o que é Centro Tendíneo do Períneo Centro Tendíneo do Períneo ou núcleo fibroso central do períneo. É uma zona de tecido fibro-conjuntivo muito resistente onde se insere a maior parte dos músculos dessa região. Por isso é crucial na integridade do papel de sustentação e resistência desse conjunto muscular (MORENO, 2009). Essa região é muito tensionada durante o parto. Alguns autores afirmam que é para protegê-la de laceração que se interrompe os esforços de empurrar, deixando que o períneo se amplie de modo progressivo. E que também por esse mesmo motivo às vezes é feito um corte, denominado episiotomia. 1.4.1.2 Músculos Profundos do Períneo (Diafragma Pélvico): É uma camada profunda, alta, de músculos com grande superfície, largos e espessos. Localizada no estreito médio. Possui a forma de funil ou rede. Formam o diafragma muscular pélvico, pois formam um leito que sustenta em sua concavidade todos os órgãos pélvicos, e respondem às variações de pressão do abdome de maneira passiva (elástica) e ativa (tônica) Callais (2005). Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 102 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 103 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira O Diafragma Pélvico é formado por dois músculos: 1. Músculo Isquiococcígeo: Reforça o assoalho da pelve e auxilia o músculo levantador do ânus. Localizado atrás do músculo levantador do ânus e no mesmo plano. 2. Músculo Levantador do Ânus: Muito potente e constituído de vários feixes que ficam dispostos em forma de ferradura ou “U” em torno dos orifícios da uretra, vagina e ânus. Em conjunto eles sustentam as vísceras, resistem ao aumento da pressão intra-abdominal, elevam o assoalho da pélvis, auxiliam e/ou impedem a defecação, e no parto sustentam a cabeça do feto durante a dilatação do colo do útero. “O levantador do ânus é principalmente uma estrutura de suporte, mas sua ação esfincteriana se manifesta no canal anal e na vagina. As disfunções e alterações desses músculos implicam incontinência urinária de esforço, urgências urinárias e fecal, além dos prolapsos dos órgãos” (BARACHO, 2007: 11). O músculo levantador do ânus é formado por: 2.1 Músculo Pubococcígeo (PC): O músculo PC vai do osso púbico ao cóccix, e “sustenta o ânus e os órgãos internos adjacentes, impedindo- os de se afrouxarem.” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 106). De acordo com Moreno (2009), é a parte principal do músculo levantador do ânus. Ele é rico em terminações nervosas, e quanto mais em forma ele estiver, mais sangue alcançará os nervos e mais sensações eróticas a mulher sentirá (daí os orgasmos serem mais fáceis e mais intensos). “A maior parte do músculo é inervada pelo nervo pudendo, que detecta o estímulo em torno do clitóris, dos lábios vulvares, da entrada da vagina e do ânus, enviando sinais para o cérebro. O nervo pudendo também transmite sinais do cérebro ao músculo PC, induzindo as reações rítmicas que estão associadas com o tipo mais comum de orgasmo.” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 106). 2.2 Músculo Puborretal: “Consiste na parte mais medial e espessa do músculo pubococcígeo e une-se ao seu par para formar uma alça muscular em forma de ´U`, que passa posteriormente à junção anorretal” (MORENO, 2009). 2.3 Músculo Iliococcígeo: É a parte posterior do músculo, sendo delgado e pouco desenvolvido (MORENO, 2009). 2.4 Músculo Levantador da Vagina ou Pubovaginal: “Uma porção (pubovaginal) se mistura com a vagina e é, algumas vezes, considerada separada do resto das partes do músculo levantador do ânus” (STEPHENSON, O´CONNOR, 2004: 54). Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 104 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 105 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Para exemplificar a Fenda Urogenital É um sulco, uma zona livre, sem músculos, na inserção dos músculos levantadores do ânus, na direção anterior direita e esquerda. Ela corresponde à localização da bexiga/uretra e útero/vagina. E por ser uma zona sem músculos, é um local frágil para a sustentação dessas vísceras. Por isso é importante que aqui o feixe puborretal seja tônico para sustentar ativamente a bexiga e o útero. A sua fraqueza geralmente é fator de prolapso (queda) ou incontinência, pois as vísceras não estão sustentadas por baixo nessa região. Ao redor desta fenda, existem bandas circulares de músculos especializados, os esfíncteres. Estes funcionam como válvulas, que permanecem fechadas na maioria do tempo. Ao urinar ou defecar, a musculatura se movimenta e os esfíncteres abrem. Logo após, eles novamente se contraem, fechando novamente os canais. 1.5. Anatomia Muscular Adjacente Às vezes, no início de seu treinamento, quando você tentar contrair seus MAP, poderá contrair simultaneamente alguns músculos adjacentes, como os músculos profundos do quadril, os adutores, os glúteos máximos e os abdominais inferiores. Isso acontece porque esses músculos são maiores e mais usados no decorrer de seu dia- a-dia, e não é um problema no início, mas você deveaprender a distinguir quais músculos contrai nas variadas situações. Agora mostraremos quais são esses músculos, e no DVD do Programa de Treinamento você aprenderá exercícios específicos para você tanto localizar quanto isolar o trabalho desses músculos das contrações dos MAP. 1.5.1 Músculos Profundos do Quadril: São músculos rotadores externos do quadril (CALAIS, 2005). Formados pelos músculos abaixo: 1.5.1.1 Músculo Piramidal: Sua contração é muito confundida com a dos feixes posteriores do músculo levantador do ânus. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 106 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 107 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 1.5.1.2 Músculo Obturador Interno: Está localizado muito próximo aos MAP, por isso para não usá-los durante uma contração dos MAP, usamos algumas posturas específicas, como cruzar as pernas. 1.5.1.3 Músculo Obturador Externo: Também está localizado muito próximo aos MAP, por isso para não usá-los durante uma contração dos MAP, usamos algumas posturas específicas. 1.5.2 Músculos Glúteos: São três músculos que fazem parte do glú- teo: o glúteo máximo, o médio e o mínimo. Sendo que os dois últi- mos não se confundem com o períneo, por isso não serão descritos. 1.5.2.1 O Glúteo Máximo: Além de ser o maior, é também o mais superficial dos três músculos. Por isso sua contração é frequentemente confundida com a dos MAP posteriores (CALAIS, 2005). Mas é muito simples diferenciar: se você estiver contraindo do cóccix para cima está trabalhando com o glúteo máximo, se estiver contraindo do cóccix para baixo está trabalhando os MAP. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 108 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 109 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 1.5.3 Músculos Adutores: São os músculos localizados na parte interna das coxas, que fazem a adução (fechamento, aproximação) das coxas. Temos cinco músculos mais longos que se sobrepõe. E três pequenos: pectíneo, adutor curto e adutor longo (CALAIS, 2005). A contração dos primeiros músculos frequentemente é confundida com a contração dos MAP, pois eles estão próximos da pelve. Mas se você prestar atenção saberá diferenciar, pois a contração dos adutores gera contração na parte interna da coxa, e não na pelve. 1.5.4 Músculos Abdominais: Aqui temos um grupo de músculos (GREGGIO, 2008): 1. Músculo Reto do Abdome: São os mais confundidos na contração com os MAP, pois estão muito próximos ao períneo. 2. Músculo Oblíquo Externo 3. Músculo Oblíquo Interno 4. Músculo Transverso do Abdome 5. Músculo Quadrado Lombar De acordo com Calais (2005), quando os abdominais são contraídos eles contraem também a cintura e o volume da massa abdominal. Esse volume contraído é deslocado ou para cima, ou para baixo (sobrecarregando ainda mais o períneo), ou parcialmente para cima e para baixo. A autora ainda alerta, assim como alguns autores da Educação Física e Fisioterapia, que durante exercícios físicos de fortalecimento de abdominais (conhecidos nas academias como aulas de ABS) é muito comum haver uma pressão muito aumentada sobre o períneo, principalmente se a contração for em “ampulheta”, onde se contrai a cintura sem a contração previa dos abdominais inferiores e dos MAP. Isso aumenta ainda mais a pressão e sobrecarga nos MAP, enfraquecendo-os. “Portanto, é conveniente fortalecer os abdominais começando pela contração do assoalho pélvico e, somente então, continuar com a contração dos abdominais” (CALAIS, 2005: 69). Esse problema se torna ainda maior quando os exercícios são praticados por atletas, pois os exercícios visam fortalecer e tornar resistentes os abdominais para suportar toda a carga de trabalho de sua modalidade de esporte. “O treinamento quando mal conduzido principalmente nas praticantes de corrida, salto ou Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 110 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 111 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira de esportes que envolvam demasiadamente sobrecargas elevadas, tende a expor, quando não adotados cuidados específicos por profissionais responsáveis pelo planejamento e orientação, um risco de incontinência e de queda dos órgãos internos da pélvis (distopia). Muitos profissionais de Educação Física e Fisioterapia alertam sobre a execução dos exercícios abdominais, que quando realizados, sem a conscientização corporal, respiração adequada e sem o fortalecimento conjunto da musculatura do assoalho pélvico, podem favorecer o surgimento desses distúrbios.” (PINSACH, 2008). 1.5.5 Diafragma: Está localizado na junção do tórax e do abdome. É um importante músculo da respiração, sendo o principal músculo inspirador. Ele possui a forma de uma cúpula, convexa superiormente e côncava inferiormente, como mostra a ilustração abaixo: O diafragma também tem outras funções, como digestão, circulação, tosse, voz e em movimentos de expulsão, como defecação, parto e algumas vezes na micção. No Neopompoar utilizaremos esse músculo também para trabalharmos os movimentos de expulsão tanto de objetos como do pênis. Isso será detalhado nos exercícios do DVD, em volumes posteriores, no Nível do Neopompoar Avançado. Assim como na Respiração Abdominal. 2. Anatomia Energética: Chacras e Kundaline 2.1 O que é Kundalini? Kundalini deriva de uma palavra em sânscrito que significa, literalmente, enroscar- -se como uma cobra. O conceito de kundalini é originário da filosofia ioga e refere-se à aparição da inteligência possível de ocorrer por meio do “despertar” ioga e pelo amadurecimento espiri- tual. Os “iogues” podem considerar a kundalini como uma espécie de divindade, por isso mui- tos colocam letra maiúscula na inicial da palavra. Kundalini é a ener- gia que transita entre os chacras. Na maneira ocidental de pensar, a kundalini é frequentemente associada com a prática contemplativa ou religiosa que pode induzir ou alterar o nível de consciência, esponta- neamente ou através de práticas como a yoga. A kundalini, segundo muitos, é uma metáfora para os movi- mentos ascendentes espiralados da energia espiritual e consciência, desde a base da coluna vertebral até o cérebro. A subida da kundalini ativaria os diversos chacras, enquanto sobe desde o mais inferior até o mais superior. Na literatura clássica da Hatha Yoga, a kundalini é descrita como uma serpente enrolada na base da espinha verte- bral, que seria um grande reservatório de energia espiritual criativa (Shakti). As religiões do extremo Oriente falam de uma força mística chamada kundalini. Outros nomes teriam sido dados a essa força: bioeletricidade, prana, espírito, orgone. De acordo com Greenrock (1997), as sociedades ocidentais vivem o sexo de uma forma mecânica e puramente fisiológica, Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 112 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 113 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira enquanto as sociedades orientais o vivem a partir de uma dimensão psicológica, cultural e energética, “envolvendo os centros e sistemas de energia há muito tempo conhecidos dos antigos povos orientais, como no Tao do sexo e na prática dos métodos tântricos, que nos permitem alcançar elevados níveis de consciência, despertando a serpente de fogo ou kundaline que exalta da psique a partir de estímulos especiais que visam ativar os centros energéticos do corpo, especialmente o da base” (GREENROCK, 1997: 11). 2. 2 O que é Chakra? Segundo a filosofia oriental, dentro do corpo humano existem canais (nadis) por onde circula a energia vital (prana) que nutre órgãos e sistemas. Existem várias rotas diferentes e independentes por onde circulam esta energia. Os chacras são os pontos onde essas rotas energéticas estão mais próximos da superfície do corpo. Eles tanto indicam a quantidade de energianaquele sistema específico como podem ser usados para recarregar a energia do sistema. Cada chacra tem sua função específica. Tabela dos Chakras Nome Sânscrito Ordem Localização Regência MULADHARA 1° chacra Base da coluna vertebral Glândulas supra-renais, co- luna vertebral e rins SVADHISTHANA 2º chacra Dois dedos abaixo do umbigo Gônadas e o Sistema repro- dutor MANIPURA 3° chacra Plexo solar (altura da boca do estômago) Estômago, pâncreas, vesí- cula biliar, fígado e sistema nervoso ANAHATA 4° chacra Centro do tórax na altura do co- ração Coração, sangue, sistema circulatório, nervo vago e o timo VISHUDA 5° chacra Parte frontal do pescoço Tireoide, esôfago, cordas vocais, pulmão e brônquios AJNA 6° chacra Centro das sobrancelhas, no “Terceiro olho” Glândula pituitária, cérebro inferior, olho esquerdo, ou- vidos, nariz e sistema ner- voso SAHASRARA 7° chacra Topo da cabeça Glândula pineal, cérebro su- perior e o olho direito A noção de chacra faz parte do tantra, para o qual a kundalini reside no Muladhara. O objetivo das práticas tântricas é a subida Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 114 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 115 Neopompoar: A ginástica do Prazer da kundalini através dos chacras, ativando-os, a fim de se unir no Sahasrara com Shiva, aqui representado como essência espiritual. Como dito anteriormente, os chacras podem ser recarregados através da Ioga, Mentalizações, Mantras, Cromoterapia, Respiração, Exercícios Bioenergéticos. Capítulo 7 Exercícios Físicos do 1º Mês Parte Prática Falamos bastante sobre a importância de localizar corretamente o músculo PC antes de descrever quais os exercícios a serem praticados por uma razão muito importante. Muitas mulheres, depois de ouvirem falar sobre os exercícios de Kegel, têm gasto meses, até anos, usando o grupo de músculos errado e não conseguindo nada (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 129). Mesmo depois de toda a introdução sobre anatomia, como saber se você está contraindo corretamente a vagina? Como saber se está só contraindo a musculatura abdominal ou só a musculatura anal e esquecendo-se de contrair a musculatura vaginal? Calma! Para isso você tem os exercícios e testes a seguir para realizar, pois a primeira etapa consiste em descobrir na prática os músculos a serem trabalhados. E para isso vou mostrar a você alguns segredinhos que potencializarão o resultado de seu treinamento: 1. Os exercícios são descritos em um contexto sem doenças. É importante que antes de iniciar os exercícios você procure um bom ginecologista e verifique se está tudo bem e se sua saúde vaginal está em ordem. Se tudo estiver bem, você poderá iniciar os exercícios. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 116 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 117 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 2. Os exercícios não podem ser realizados na presença de incontinência urinária nem prolapsos (quedas de órgãos), pois sua execução poderá agravar esses casos. Se você tiver algum tipo de perda de urina ou queda de algum órgão, deverá falar com seu médico antes. 3. Os exercícios podem (e devem) ser feitos no período menstrual. Já o uso de acessórios não. 4. Frequência do Treino: Os exercícios devem ser feitos diariamente. Se você não tem tempo para fazer todos os dias, deve fazer no mínimo 3 vezes por semana. Além de procurar ajuda de um Coach para fazer uma administração do tempo e replanejar sua agenda! 5. Frequência dos Acessórios: Você poderá usar até 3 acessórios por dia (de acordo com seu período de treinamento), desde que faça um intervalo de descanso de 1 hora entre cada um deles. Esse tempo de descanso é muito importante, pois se você sobrecarrega a musculatura vaginal com exercícios em excesso, você pode, além de ter cãibras, lesionar sua musculatura e ter prejuízos com isso, como passar a ter incontinência urinária, dor durante a relação sexual e até mesmo perder sua capacidade de ter orgasmos. Então fica a dica: mesmo que você esteja desesperada e queira um resultado rápido, não é sobrecarregando sua musculatura vaginal que você terá resultados imediatos. Você já ouviu falar em alguém que ficou 4 horas em uma academia e definiu ou hipertrofiou sua musculatura completamente nesse tempo? A resposta é não! Então paciência e prática dos exercícios com moderação! Eu sempre recomendo às minhas alunas usar um acessório pela manhã, outro à tarde e finalizar com outro à noite. 6. Todos os acessórios devem ser introduzidos no fundo do canal vaginal, como mostra a ilustração abaixo: 1 7. Exercício Passivo: Sempre você usará dois tipos de exercício: o exer- cício passivo e o exercício ativo. Cada um tem um tipo de fortaleci- mento específico, uma posição correta e um tempo de treinamento. Em seu 1º. mês de treinamento você praticará somente exercícios passivos. No DVD você encontrará o Programa de Treinamento ex- plicado, sempre dizendo se o exercício é passivo ou ativo. Exercício Passivo: Você introduz o acessório (cone leve ou colar tailandês, como você aprenderá no Programa de Treinamento ou no DVD) e deixa ele no canal vaginal durante uma hora, sem fazer nenhum tipo de contração. Você pode fazer esse tipo de exercício em qualquer posição: sentada, deitada, trabalhando, caminhando, na academia (exceto aulas de jump), pois não haverá nenhuma interferência em seu treinamento. E o exercício funciona e fortalece o canal vaginal porque seu organismo reconhece que existe um 1 Moreno, 2009: 124. 1 Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 118 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 119 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira objeto estranho em seu canal vaginal e por si só realiza contrações involuntárias na tentativa de expulsar o corpo estranho de você. “A contração involuntária, que ocorre durante o uso do cone na vagina, foi demonstrada em um estudo pela eletromiografia dos músculos pubococcígeos. Observaram-se períodos de contração intercalados com períodos de relaxamento. Isso permite que o músculo descanse e volte a se contrair, impedindo a fadiga muscular e a saída do cone da vagina” (MORENO, 2009: 123). 8. A disciplina e periodicidade são fundamentais se você quer dominar a arte da contração vaginal. Mas não exagere, pois exercício em excesso ou acessório muito pesado pode causar prejuízos à sua musculatura genital. Não se desamine, pois os resultados surgem rapidamente. E rapidamente os exercícios se tornaram movimentos automáticos e farão parte de sua rotina, como pentear cabelo, escovar os dentes, respirar, só que mais prazerosos. Então se dedique, pois os resultados serão maravilhosos! 9. Depois que fortalecer completamente seus MAP, você deve fazer exercícios de manutenção sempre, assim como qualquer outra atividade física. Você deve se lembrar de que estamos falando de músculos, e a vagina funciona como um músculo qualquer, quando é pouco usada, tende a atrofiar-se. Portanto, é importante que você se exercite periodicamente. “As informações relatavam que se a mulher parasse de se exercitar voltaria a ser como era antes, só que, lógico, pensei eu ‘Imagina!!! Agora já estou craque. Isso não acabará.’ Fiz o teste, parei e após algum tempo a mágica acabou, então recomecei tudo e logo já estava funcionando novamente” (ALVES, 2002: 20-21). 10. Treino de músculos superficiais e profundos: Como você viu na anatomia, temos que exercitar tanto os músculos superficiais quanto os músculos profundos dos MAP. Então teremos exercícios específicos para cada musculatura, alem de exercícios para os esfíncteres também. Esse é um diferencial de minha sequência pedagógica, pois os trabalhos sobre pompoarismo existentes são pobres em exercícios para músculos diferentes. Aprender a trabalhar o canal vaginalcomo um todo é muito importante e prazeroso, pois quando o pênis está introduzido na vagina, se você apertar o fundo do canal seu parceiro sentirá muito prazer, já que é na região da glande que ele sente maior prazer, e será essa região que você estará apertando! 11. Treino de Velocidade, Resistência e Coordenação Motora dos Exercícios: Você aprenderá a praticar os exercícios em diferentes velocidades, a fim de ter resistência e coordenação motora em suas contrações. No 1º. mês de treinamento você aprenderá a utilizar um ritmo de treino: Ritmo Vibrante: contrai e relaxa em ritmo moderado por 10 vezes (contrair e relaxar, cerca de uma contração por segundo). 12. Séries de Exercícios: Você deverá praticar sempre 3 séries de 10 contrações de cada exercício nesse 1º. mês. Sempre sugiro um intervalo de 30 a 60 segundos entre uma série e outra. Ou seja, você fará 10 contrações e descansará 30 segundos por 3 vezes. Você poderá, e deverá mesmo, fazer várias séries por dia, desde que tenha um intervalo entre elas de aproximadamente 5 minutos, para não sobrecarregar a sua musculatura. Sempre digo que um bom momento para treinar as contrações é durante o trânsito, pois quando você parar no semáforo vermelho fará uma Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 120 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 121 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira série, descansará assim que o sinal ficar verde, e quando chegar no próximo sinal vermelho poderá fazer outra série. Você nunca mais passará raiva ou se sentirá entediada no trânsito! 13. Treino de Força dos Exercícios: você aprenderá também a praticar os exercícios em graus de força diferentes. Mas no 1º. mês de trei- namento você aprenderá a utilizar um nível de força em seu treino: Nível 1: Contração leve. Trabalha-se a contração dos músculos superficiais, ou seja, mais na entrada da vagina. 14. Treino para Flexibilidade e Treino para Tonicidade: Em um trabalho de fortalecimento aumentamos a potência dos músculos, assim como a vascularização e a qualidade dos tecidos musculares. Se trabalhássemos somente com o fortalecimento, provavelmente teríamos o surgimento de zonas hipertônicas, que nos deixariam sem sentir muitas sensações refinadas de sensibilidade. Já no trabalho de alongamento-relaxamento também aumentamos a vascularização e a qualidade dos músculos, criando assim mais zonas de sensações que se tornam mais apuradas. “Flexibilidade e tonicidade não são incompatíveis, e podem muito bem (e mesmo, devem,) coexistir” (CALAIS, 2005). 15. Lembre-se de treinar fazendo os exercícios físicos e usando os acessórios em conjunto, de acordo com o Programa de Treinamento. 16. Para a prática dos exercícios físicos localizados dos MAP é necessário: • Colchonete ou Tapete de yoga • Bola Suíça • Almofada • Garrafa de água • Toalha • Kit Acessórios do Neopompoar: Vibrador, colar tailandês P, ben- wa M e 5 cones vaginais ou pesitos (20g até 70g). Todos esses itens podem ser comprados diretamente em meu site: www.graziellevieira.com.br / contato@graziellevieira.com.br Lembre-se que ao final você encontrará um Programa de Trein- amento, e que ele é feito diariamente (ou pelo menos 3x por semana). Autoconhecimento e autoexame: como localizar e trabalhar os MAP 1ª. Semana: 1. Avaliar a História Pessoal Responda a ficha no Apêndice. 2. Autoexame e Localização Muscular O autoexame físico é primordial para você identificar seus MAP de acordo com o local de contração e as escalas de força muscular. Para que você esteja familiarizada com seus MAP, é importante que conheça e sinta a ação desta musculatura Os exercícios íntimos que apresentamos na sequência são um meio útil para que você conheça estas ações. Além de proporcionarem autoconhecimento e ajudarem você a entender a atividade de seus MAP e a melhor maneira de contraí-los! Tente respirar preferencialmente de maneira lenta e profunda durante os exercícios. Não prenda a respiração, pois a possibilidade de os abdominais estarem indesejavelmente sendo contraídos ao invés dos MAP é muito maior. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 122 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 123 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 2.1 Meditação da Deusa Nua: Meditação de Clarie (2001). Ver no Apêndice. 2.2 Autoexame com Espelho: Deite-se confortavelmente e use um espelho para olhar para sua região vaginal. Observe atentamente cada detalhe, tentando fazer relação com as imagens de Anatomia Externa. 2.3 Contração com Espelho: Agora comece a contrair (como se estivesse retendo a urina). Continue a olhar para o espelho, pois se você tiver controle e músculos fortes será capaz de ver os movimentos de fechamento e abertura da entrada da vagina no espelho. 2.4 Contração com Espelho Isolada: Comece a contrair (como se estivesse retendo a urina). Agora, além de observar a abertura vaginal no espelho, você deve observar se seu estômago, nádegas e músculos da perna estão se movendo ao mesmo tempo que a entrada vaginal ou não. Você deve aprender a mexer os MAP isoladamente dos outros músculos. 2.5 Localizar na imagem a Anatomia Externa: • Vulva ou Pudendo Feminino • Monte de Vênus ou Monte Púbico • Grandes lábios ou Lábios Maiores • Pequenos lábios ou Lábios Menores • Clitóris ou Estruturas Eréteis • Uretra • Ânus • Esfíncter Interno e Esfíncter Externo • Períneo • Trígono urogenital • Trígono anal 3. Colar Tailandês Passivo Introduza as 5 bolinhas no fundo do canal vaginal e fique com elas durante uma hora, sem fazer nenhuma contração voluntária do canal. Você pode ficar em qualquer posição ou realizar qualquer tarefa do dia- a-dia: sentada, deitada, trabalhando, caminhando, na academia (exceto aulas de jump), pois não haverá nenhuma interferência em seu treinamento. 2ª. Semana: 1. Meditação da Deusa Nua 2. Colar Tailandês Passivo 3. Testes Especiais: Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 124 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 125 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira ATENÇÃO E CUIDADO: NÃO É EXERCÍCIO DIÁRIO! A interrupção do xixi só deve ser feita nessa semana de treina- mento, para que você descubra como contrair a vagina e não somente os abdominais. Se você utilizar esses Testes como exercício, você cor- re o risco de ter infecções urinárias, pois as contrações durante o xixi impedem que a bexiga se esvazie por completo, e isso causa cistites constantes. Além de desenvolver disfunção nessa musculatura, é claro. 3.1 Teste do Jato de Urina 1: Para você saber se consegue contrair os MAP você deve interromper, só uma vez, o xixi durante a micção. Quando você consegue interromper e recomeçar o jato de urina sem dificuldades significa que sua musculatura não está totalmente flácida. Caso seus MAP estiverem um pouco debilitados, você pode conseguir apenas diminuir sutilmente a velocidade do jato de urina, porém sem parar totalmente o fluxo. Se você não conseguir para o fluxo nem reduzir a velocidade do xixi, significa que não está sabendo contrair os MAP, ou a debilidade da musculatura já é bastante avançada. Nesses dois casos é indicado que você procure auxílio de um profissional da fisioterapia com especialização em Saúde da Mulher. 3.2 Teste do Jato de Urina 2: Agora, para testar o grau de resistência (quanto tempo eles podem permanecer contraídos), você deve tentar manter a contração (segurar o fluxo de xixi) por 5 segundos e então relaxar. Se conseguir, você tem resistência, se não conseguir, precisa treinar, pois é um mau sinal. 3.3 Teste do Jato de Urina 3: Para você conferir sua contração dos MAP, introduza o dedo no canal vaginal e contraia, do mesmo modo que fez para parar de urinar. Você sentirá a musculatura contraindo em torno de seu dedo. 3.4 Teste do Dedo 1 (Usando um dedo): Depois de lavar bem a mão e as unhas, introduza o dedo indicador no canal vaginal. Comece a con-trair (como se estivesse retendo a urina) e a soltar (como se estivesse forçando uma evacuação) alternadamente. Você sente a movimen- tação em seu dedo? Tanto a contração como a expulsão? Sente só na entrada da vagina, só no fundo ou sente o canal todo? Caso os MAP estejam enfraquecidos, esta sensação é de difícil percepção. 3.5 Teste do Balão: Pegue um balão que ainda não tenha sido enchido. Tente enchê-lo o mais devagar possível. E preste atenção à sua região vaginal e abdominal. Sinta como ela se contrai enquanto você assopra. Você está acionando os MAP ao realizar esse procedimento. 3.6 Teste do 2º. Cone (Amarelo, 30 Gramas): Introduza o 2º. cone no canal vaginal como se você estivesse colocando um absorvente íntimo. Retire o dedo e contraia seus MAP. Se você conseguir segurar o cone dentro do canal vaginal sem escorregar, você está conseguindo fazem uma contração dos MAP corretamente, e eles estão em bom estado! Caso ele escorregue ou caia, tente esse exercício por 5 minutos durante essa semana. Ao final de 7 dias você já conseguirá segurá-lo! 3.7 Teste do Pum: Você deve contrair a musculatura do esfíncter anal toda vez que quiser soltar um “pum”. E deve também manter essa contração por 10 segundos. Você consegue contrair e não soltar o “pum” ou não? Consegue segurar a contração por 10 segundos? O insucesso na contração indica debilidade dos MAP. Caso você consiga contrair mas não sustentar a contração pelos 10 segundos, os músculos estão começando a enfraquecer. Deve Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 126 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 127 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira ser dada atenção a este fato, pois o enfraquecimento é progressivo e muito rápido após a menopausa. 3.8 Teste do Sensupower2: Introduza o sensupower no canal vaginal. Se você conseguir contrair os MAP, o líquido na mangueira graduada subirá e mostrará a você inclusive a força que você está usando na contração! Isso significa que você está conseguindo fazem uma contração dos MAP corretamente. 3ª. Semana: 1. Meditação da Deusa Nua 2. Colar Tailandês Passivo 3. Conheça sua Pelve Localize e pinte no desenho abaixo as estruturas que se pede: 3.1 As cristas ilíacas direita e esquerda; 3.2 Espinha ilíaca póstero-superior; 3.3 Espinha ilíaca ântero-superior; 3.4 Ísquio direito e esquerdo; 3.5 Articulações sacro-ilíacas; 3.6 A sínfise púbica; 3.7 Região urogenital ou trígono urogenital: contém os órgãos genitais externos; 3.8 Região anal ou trígono anal: contém o ânus. 2 Vendido por encomenda contato@graziellevieira.com.br 4. Sinta sua Pelve Com a ajuda do desenho pintado acima, localize e apalpe no seu corpo as estruturas abaixo: 4.1 As cristas ilíacas direita e esquerda; 4.2 Espinha ilíaca póstero-superior; 4.3 Espinha ilíaca ântero-superior; 4.4 Ísquio direito e esquerdo; 4.5 Articulações sacro-ilíacas; 4.6 A sínfise púbica; 4.7 Região urogenital ou trígono urogenital; 4.8 Região anal ou trígono anal. 5. Contração Molhada 1 Na hora do banho, você deve introduzir o dedo médio na vagina, contraindo o canal vaginal e sentindo a contração apertando seu dedo. É mais indicado fazer no banho pois tanto a região vaginal quanto Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 128 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 129 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira mãos e dedos estão bem limpos, e você não corre riscos. Use o Ritmo Vibrante: contrai e relaxa em ritmo moderado, cerca de uma contração por segundo, por 10 vezes e descanse. Faça 3 séries de 10 repetições. 4ª. Semana: 1. Meditação da Deusa Nua 2. Colar Tailandês Passivo 3. Contração Molhada 1 4. Orgasmo com Vibrador 1 (Clitóris): As mulheres que se masturbam com frequência são menos suscetíveis a problemas de fraqueza dos MAP do que as que não se masturbam. E se a masturbação causa orgasmos, esse processo assegura também um exercício regular dos MAP. Muitas vezes a fraqueza dos MAP resulta de anestesia vaginal (falta de sensação). Qualquer músculo quando não é exercitado torna-se fraco e atrofiado, e não tem muita resposta. Por exemplo, pense em um braço quebrado que foi engessado. Como a musculatura ficou imobilizada e sem movimentação, vai ser necessário algum tempo, e em alguns casos exercícios fisioterapêuticos, para que a musculatura readquira seu tamanho e força anteriores. O mesmo ocorre com os MAP, embora “as pessoas imaginam que os músculos sexuais possam permanecer inativos por longos períodos de tempo e depois venham a retomar o seu funcionamento total, assim que apareça o parceiro certo” (LADAS, WHIPPLE, PERRY, 1982: 113). Então, mesmo que você esteja sem parceiro sexual atualmente, é importante se masturbar para deixar seus músculos sempre em forma. Assim também colocamos por terra o mito de que as garotas de programa são “largas e relaxadas” por “usarem” muito sua vagina. Pelo contrário! Como usam muito, elas possuem a musculatura muito forte e trabalhada! Exercício: Certifique-se que esteja sozinha e com a porta trancada, pois você não quer interrupções nesse momento. Deite- se na cama confortavelmente. Ligue o vibrador. Afaste as pernas e comece a passar o vibrador na região de seu clitóris. Assim que encontrar um ponto em que sente muito prazer, deixe o vibrador nessa região por 5 minutos. Faça esse exercício várias vezes para sensibilizar sua região vaginal e descobrir seus pontos de prazer, além de exercitar seus MAP para o orgasmo clitoriano. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 130 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 131 Neopompoar: A ginástica do Prazer 5. Exercício de Orgasmo com Vibrador 2 (Ponto G) Certifique-se que esteja sozinha e com a porta trancada, pois você não quer interrupções nesse momento. Deite-se na cama confortavelmente. Passe lubrificante no vibrador e ligue-o. Afaste as pernas e introduza cerca de 5 cm do vibrador dentro de seu canal vaginal. Agora eleve o vibrador para cima, como se fosse tocar seu osso púbico. Assim que encontrar um ponto em que sente muito prazer, deixe o vibrador nessa região por 5 minutos. Faça esse exercício várias vezes para exercitar seus MAP para o orgasmo vaginal, além de sensibilizar sua região vaginal e descobrir seus pontos de prazer. 6. Exercício com o 1º. Cone Passivo (cone de 20g, rosa) Para iniciar seu treino com os cones vaginais, você começará utilizando o cone de 20 gramas para fazer um treino passivo, assim como fez com o Colar Tailandês. Relembrando: você introduzirá o cone de 20 gramas no fundo do canal vaginal e ficará com ele durante 1 hora, em qualquer posição ou tarefa do dia-a-dia, sem fazer nenhuma contração voluntária do canal vaginal. Capítulo 8 Exercícios do 2º e 3º Mês do DVD1 Programa de Treinamento 2º. e 3º. Mês 1. Para a prática dos exercícios físicos localizados dos MAP é necessário: • Colchonete ou Tapete de yoga • Bola Suíça • Almofada • Garrafa de água • Toalha • Kit Acessórios do Neopompoar: Vibrador, colar tailandês P, ben- wa M e 5 cones vaginais ou pesitos (20g até 70g). Todos esses itens podem ser comprados diretamente pelo e-mail: contato@graziellevieira.com.br 2. Exercício Ativo: Você já aprendeu e já pratica o Exercício Passivo. Agora é hora de praticar o exercício ativo. Exercício Ativo: Como o próprio nome diz (ativo), você deverá realizar contração para segurar o acessório (cone pesado, ben-wa, vibrador ou sensupower, como você aprenderá no Programa de 1 Vendidos separadamente desse livro. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 132 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 133 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Treinamento em DVD). Será importante tentar fazer uma contração contínua, na posição em pé, já que você ainda terá como aliada a força da gravidade puxando o acessório para baixo. Ou seja, você deverá ficar em pé e contrair de 15 a 30 minutossegurando o acessório dentro do canal vaginal. Se ele escorregar, você introduz novamente e faça outra contração na tentativa de não deixá-lo escorregar nem cair. Sempre digo às minhas alunas que o melhor momento para se fazer um exercício de contração ativa é durante o banho, pois você estará sozinha e terá mais concentração, estará com a região vaginal limpa, estará com as mãos e dedos limpos, estará parada (pois no começo é difícil fazer uma contração ativa e se movimentar sem deixar o acessório cair), e terá aproximadamente 30 minutos para tomar banho e se vestir. Não desamine se não conseguir contrair por 30 minutos. Comece tentando fazer durante 5 minutos, depois passe para 10, 15, 20, até chegar nos 30 minutos. E lembre-se: o tempo dos exercícios ativos é de no máximo 30 minutos. Assustou? Mas essa é a média de tempo satisfatório de uma relação sexual sadia, onde o parceiro não tem ejaculação precoce! Fique atenta ao tempo para troca do peso de seu acessório, pois varia de mulher para mulher. Os exercícios estão no DVD. 3. Treino de fibras musculares: Como dito anteriormente, os MAP são compostos por dois tipos de fibras musculares, as fibras de contração lenta (70%) e fibras de contração rápida (30%). Então você deve fazer exercícios que fortaleçam os dois tipos de fibras, pois cada uma tem uma especificidade e serve para a realização de manobras específicas. Por exemplo, as fibras de contração lenta, na fisiologia feminina, sustentam os órgãos abdominais e pélvicos no lugar, e na sexualidade são responsáveis por movimentos onde você contrai e segura o pênis por muito tempo e na Contração Contínua. Já as fibras rápidas são importantes na contração do esfíncter da bexiga em situações de estresse e pressão e impedem a incontinência urinária, como espirro, susto, riso (MORENO, 2009), e na sexualidade são importantes para as manobras onde você contrai e solta o pênis rapidamente, como Massagear e Ordenhar. Em cada exercício você terá a orientação correta para fortalecer seus dois tipos de fibras musculares, de acordo com o período de seu treinamento. 4. Treino de Velocidade, Resistência e Coordenação Motora dos Exercícios: Você já aprendeu a usar o Ritmo Vibrante, agora você aprenderá outras velocidades. Os movimentos passarão a ser mais fortes e rápidos à medida em que você se exercitar mais frequente- mente. Isso pode ser feito através do treino de força e velocidade: • Ritmo Controlado: Contração por 5 segundos e descanso por 10 segundo. • Ritmo Contínuo: Contração sustentada e contínua dos MAP por tempo indeterminado. Esse ritmo você usará nos exercícios de contração contínua. • Ritmo Frenético: Contrai e relaxa o mais rápido que conseguir fazendo 30 contrações no máximo (cerca de duas contrações por segundo). 5. Treino de Força dos Exercícios: O treino de força ajuda a fortalecer o canal vaginal por completo. Aprender a trabalhar o canal vaginal como um todo é muito importante e prazeroso, Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 134 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 135 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira pois quando o pênis está introduzido na vagina, se você apertar os músculos profundos seu parceiro sentirá muito prazer, já que é na região da glande que ele sente maior prazer, e será essa região que você estará apertando! Você já aprendeu o Nível 1 (contração leve). Agora aprenderá também a praticar os exercícios em graus de força diferentes: Nível 1- contração leve: músculos superficiais; Nível 2- contração forte: músculos profundos; Nível 3- contração muito forte: músculos profundos; Nível 4- contração que cresce do fraco ao muito forte, onde você contrai suavemente e aumenta progressivamente a força até o mais forte possível em no máximo 5 segundos. 6. Os exercícios vão do Nível Básico ao Avançado. Você deve seguir o programa de treinamento para se orientar melhor! No 2º. mês você aprenderá exercícios para separar os MAP dos músculos glúteos, adutores e abdominais. 7. Cones para fortalecimento dos MAP: Lembre-se que você usará em conjunto 2 cones: um para treino passivo, e outro para treino ativo. Faça um intervalo de uma hora entre cada um dos acessórios! Fique atenta ao tempo para troca do peso de seu acessório. Os exercícios estão no DVD. 8. Exercícios Físicos do 2 º. e 3º. mês (estão no DVD): Programa de treinamento 2º Mês: 1ª. Semana: 1. Respiração Abdominal 2. Contração Molhada 1 3. Acessórios 3.1. Colar Tailandês Passivo: 1h 3.2. Cone Passivo: 1h 3.3. Orgasmo e Vibrador 1 3.4. Orgasmo e Vibrador 2 4. Soltura Pélvica com Anteversão e Retroversão 4.1. De joelhos 4.2. De quatro 4.3. Alongada em decúbito dorsal 4.4. Alongada em decúbito lateral 5. Soltura Pélvica com Lordose e Delordose 5.1. De quatro 6. Testando a Mobilidade Pélvica 6.1. Mobilidade lateral 6.2. Mobilidade ântero-posterior 7. Posição Deitada 1 ou Contração Total 8. Escalada 2ª. Semana: 1. Respiração Abdominal 2. Contração Molhada 1 3. Acessórios Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 136 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 137 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 3.1. Colar Tailandês Passivo: 1h 3.2. Cone Passivo: 1h 3.3. Orgasmo e Vibrador 1 3.4. Orgasmo e Vibrador 2 4. Mobilidade Ativa Pélvica 4.1. Mobilização lateral 4.2. Mobilização ântero-posterior 4.3. Mobilização combinada 5. Mobilização Pélvica Mobilizando o Quadril 5.1. Mobilização lateral, sentada 5.2. Mobilização lateral, alongada 5.3. Mobilização ântero-posterior, alongada 5.4. Movimentos pélvicos, e em seguida lombares 5.5. Movimentos lombares, e em seguida pélvicos 6. Giro Pélvico 7. Soltura da Pélvis Inicial 8. Contração Glúteo 1 ou Contração Total em Pé 9. Escalada 3ª. Semana: 1. Respiração Abdominal 2. Contração Molhada 1 3. Acessórios 3.1. Colar Tailandês Passivo: 1h 3.2. Cone Passivo: 1h 3.3. Orgasmo e Vibrador 1 3.4. Orgasmo e Vibrador 2 4. Bambolê Iniciante 5. Posição Básica 1 6. MAP X Músculos Adutores 6.1. Cócoras afastando os joelhos 6.2. Em pé, afastando os joelhos 6.3. Sentada com as coxas afastadas 6.4. Sentada, cruzando uma perna sobre a outra 7. Posição Reza Oriental 1 8. Posição Alongamento 1 9. Posição Sentada 1 10. Posição Anal Básica 1 11. Abdominal Inferior 12. Escalada 4ª. Semana: 1. Respiração Abdominal 2. Contração Molhada 1 3. Acessórios 3.1. Colar Tailandês Passivo: 1h 3.2. Cone Passivo: 1h 3.3. Orgasmo e Vibrador 1 3.4. Orgasmo e Vibrador 2 4. MAP X Glúteo 4.1. Em posição sentada, com hiperflexão das coxas 4.2. Alongada em decúbito dorsal, com hiperflexão das coxas 4.3. Alongada para frente 4.4. Em pé, com rotação interna das coxas, girando o joelho para dentro 4.5. Abertura das coxas para frente 4.6. Extensão do quadril, alongando o tronco e membros superiores para cima Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 138 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 139 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 5. Fortalecimento dos MAP 1: 4 apoios 6. Abdominal com Bola Suíça 7. Posição Sentada e Alongada 1 8. Contração na Ponte 1 9. Escalada Programa de treinamento 3º Mês: 1ª. Semana: 1. Respiração Abdominal: 3x10 2. Contração Molhada 2: Ritmo Controlado 3. Acessórios 3.1. Colar Tailandês Passivo: 1h 3.2. Cone Passivo: 1h 3.3. Orgasmo e Vibrador 1 3.4. Orgasmo e Vibrador 2 4. Posição Deitada 2 ou Contração Total: 3X10 5. Posição Básica 2 6. Posição Reza Oriental 2 7. Posição Alongamento 2 8. Posição Sentada 2 9. Abdominal Inferior 10. Escalada 2ª. Semana: 1. Respiração Abdominal: 3x10 2. Contração Molhada 2: Ritmo Controlado 3. Acessórios 3.1. Colar Tailandês Passivo: 1h 3.2. Cone Passivo: 1h 3.3. Orgasmo e Vibrador 1 3.4. Orgasmo e Vibrador 2 4. Fortalecimento dos MAP 2: 4 apoios 5. Abdominal com Bola Suíça 2 6. Posição Sentada e Alongada 2 7. Contração na Ponte 2 8. Posição Anal Básica 2 9. Contração Glúteo 2 ou Contração Total em Pé: 3X10 10.Escalada 3ª. Semana:1. Respiração Abdominal: 3x10 2. Contração Molhada 2: Ritmo Controlado 3. Acessórios 3.1. Colar Tailandês Passivo: 1h 3.2. Cone Passivo: 1h 3.3. Orgasmo e Vibrador 1 3.4. Orgasmo e Vibrador 2 3.5. Sensupower Vibrante 4. Soltura da Pélvis Expert 5. Bambolê Intermediário 6. Contração na Ponte Anal 1 7. Contração do Umbigo Vibrante 1 (músculos profundos) 8. Contração Barriga para baixo 1: 3x 10 9. Tesoura 10. Manobra Acariciar Vibrante 11. Escalada 4ª. Semana: 1. Respiração Abdominal: 3x10 2. Contração Molhada 2: Ritmo Controlado 3. Acessórios Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 140 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 141 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira 3.1. Colar Tailandês Passivo: 1h 3.2. Cone Passivo: 1h 3.3. Orgasmo e Vibrador 1 3.4. Orgasmo e Vibrador 2 3.5. Sensupower Controlado 4. Contração do Umbigo Controlada 5. Contração do Susto Vibrante (músculos profundos) 6. Manobra Massagear Controlado 7. Borboleta Deitada 1 8. Abdominal Prancha + contração mantida 5` 9. Cócoras + cone 20g 10. Escalada Apêndice: 1. Avaliar a História Pessoal: 1.1 Dados Pessoais • Data hoje: • Nome: • Data Nascimento: • Idade: • Estado Civil: • Filhos: ( )Não ( )Sim - Quantos: • Tipos de Parto: ( )Normal ( )Cesáreo ( )Abortos • Profissão: • Fica muito tempo sentada: ( )Não ( )Sim • Religião: • Peso: • Altura: • Obesidade: ( )Não ( )Sim • Alguma fratura óssea: ( )Não ( )Sim - Onde: • Problemas cardíacos: ( )Não ( )Sim - Qual: • Problemas de pressão: ( )Não ( )Sim - Qual: • Algum tipo de alergia: ( )Não ( )Sim - Qual: • Algum tipo de doença: ( )Não ( )Sim - Qual: • Alguma dor recente: ( )Não ( )Sim - Quando e onde: • Algum problema recente: ( )Não ( )Sim - Quando e onde: • Alguma infecção vaginal: ( )Não ( )Sim - Quando e qual: • Alguma infecção urinária: ( )Não ( )Sim - Quando e qual: • Alguma DST: ( )Não ( )Sim - Quando e qual: Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 142 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 143 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira • Gestante: ( )Não ( )Sim - Quando: • Método Contraceptivo: • Menopausa: ( )Não ( )Sim Reposição Hormonal: • Cirurgias ginecológicas: • Medicação em uso: ( )diuréticos ( )tranquilizantes ( )hormônios ( )corticosteroides ( ) Outros: • Etilismo: ( )sim ( )não ( ) socialmente • Tabagismo: ( )sim ( )não • Patologias Associadas: ( )diabetes ( )hipertensão ( )obesidade ( ) outra • Alteração Neurológica: ( )AVC ( )Parkinson ( )Demência ( ) Esclerose Múltipla • Alteração Respiratória: ( )DPOC ( )Tosse Crônica ( )Alergia • Alteração Psiquiátrica: ( )depressão ( )ansiedade ( )esquizofrenia • Motivo para procurar a técnica do Neopompoar: ( ) Sexual ( ) Distopias ( ) Pós-parto ( ) Incontinência ( ) Outro: 1.2 Fraqueza Muscular Quadro Urinário: • Já perdeu urina involuntariamente: ( )Não ( )Sim -Quando: • Perda de Urina aos esforços: ( )sim ( )não • Há quanto tempo isso está acontecendo: • Quanto: ( )mínimo- gotas ( )moderado- colher ( )intenso- copo • Quando perde urina: ( )salto ( )tosse ( )andar ( )correr ( ) esporte ( ) espirro ( )riso ( )carregando peso ( ) cócoras ( ) contato com água ( ) relação sexual ( )troca de posição ( )emoção-estresse ( )frio ( )barulho de água ( )mão na água • Quantas vezes faz xixi: ___x dia e ___x noite • Ato de fazer xixi: ( )conforto ( ) dor ( )ardor ( )sensação de resíduo ( ) desejo pós miccional ( )requer esforço abdominal de pressão Quadro Intestinal: • Funcionamento Intestinal diário: ( )sim ( )não • Perca Fecal: ( )Presente ( )Ausente • Perca de Gases: ( )Presente ( )Ausente ( ) Prolapso retal ( ) Hemorróida ( )Constipação Quadro sexual: • Vida Sexual: ( )Ativa ( )Passiva • Número de Parceiros: • Perde xixi durante ato sexual: ( )sim ( )não • Solta gases vaginais frequentemente: ( )sim ( )não (Garrulitas vulvae ou gases vaginais é uma condição muito embaraçosa, que ocorre devido a um deficiente períneo, que permite a entrada do ar na vagina quando a mulher está em determinadas posições ou durante relações sexuais. Isso pode ocorrer temporariamente no período pós-relação sexual e geralmente desaparecer quando os MAP recuperam sua força). • Desejo de transar: ( )Ocasionalmente ( )Sempre ( )Nunca • Excitação: ( )Ocasionalmente ( )Sempre ( )Nunca • Orgasmo: ( )Ocasionalmente ( )Sempre ( )Nunca • Tipo de Orgasmo: ( ) Vaginal ( ) Clitoriano • Sente contato ou fricção na relação sexual: ( )sim ( )não • Parceiro já reclamou que você está larga: ( )sim ( )não Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 144 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 145 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira • Grau de Satisfação no sexo de 0 A 10: • Relação com o Parceiro: ( )boa ( )ruim • Trauma Psicológico sexual: ( )sim ( )não ( )qual 1.3 Tensão Pélvica • Sofre de dores lombares: ( )Não ( )Sim • Infecções vaginais ou urinárias frequentes: ( )Não ( )Sim • Dor vaginal à penetração: ( )Não ( )Sim • Dor no sexo: ( ) sim ( )não ( )ocasionalmente ( )virgem • Desconforto: ( )Ocasionalmente ( )Sempre ( )Nunca • Falta de sensibilidade vaginal: ( )Não ( )Sim -Onde: 1.4 Descontrole Muscular • Cólicas menstruais: ( )Não ( )Sim • Variações grandes na resposta sexual: ( )Não ( )Sim • Ciclos Menstruais: ( )Regular ( )Irregular 2. Meditação da Deusa Nua “Tire todas as suas roupas e fique de pé diante de um espelho. Examine cada centímetro quadrado de seu corpo. Não seja crítica; seu objetivo é autoconhecimento e não a autocrítica. Observe a curva sensual de seus seios. Note a diferença entre os dois. Deleite-se com o tom róseo ou moreno de seus mamilos. Olhe com atenção a curva da cintura e dos quadris, a elevação do ventre, a firmeza de suas pernas. Arranje um outro espelho a fim de ter uma visão de suas costas e de seu bumbum encantador. Inspecione tudo, como se fosse fazer de me- mória um desenho detalhado de seu corpo nu. Imagine cada parte em atividade. Imagine cada pedacinho do ponto de vista de um homem. Então veja o que acontece quando você se toca. Deslize as mãos sobre sua pele sedosa. Sopre-a. Esfregue-a com um tecido áspero. Faça cócegas com uma pena. Lamba os pontos que conseguir alcançar. Passe a unha levemente sobre sua superfície. Massageie, aperte e acaricie todo o seu corpo. Descubra o que provoca a melhor sensação, o que é mais relaxante, mais excitante. Afague seus seios, faça uma massagem circular com a palma das mãos. Puxe os mamilos. Gire-os entre os dedos. Umedeça os dedos e leve-os aos mamilos. Esfregue com algo áspero, suave, duro, macio, quente. Veja-os ficarem duros e eretos. Observe a inclinação e o balanço de seus seios. Talvez eles fiquem afogueados. Talvez fiquem arrepiados. Imagine como um homem reagiria ao toque e à visão deles. O que gostaria que esse homem fizesse com seus seios? Tente você mesma. Percorra todo o seu corpo dessa forma, observando e sentindo tudo o que acontece, imaginando como um homem veria, sentiria, reagiria a tudo. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 146 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 147 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira Fique de cócoras sobre um espelho e observe seus órgãos genitais. Afaste os grandes lábios, observe a cor e o formato, sinta a textura. Examine o clitóris, a uretra e a abertura vaginal; veja seu tamanho e relativas posições. Sinta sua maciez, os vales e saliências, a linha da borda externa da vagina. Insira o dedo indicador limpo levemente em sua vagina, fazendo um movimento circular a fim de tocar toda sua superfície. Maravilhe-se com seu calor úmido. Aperteo dedo com seus músculos vaginais e veja qual é a sensação. Saiba que o pênis do homem desfruta de toda essa sensação de sucção. Retire o dedo e massageie com ele toda a área genital. Leve-o até o clitóris e circule-o suavemente. Use 1 dedo, 2 ou 3, ou um vibrador. Pressione de modo firme, delicado, insistente, lento e em seguida mais rápido. Ele aumenta de tamanho? A cor fica mais intensa? As secreções escorrem de sua vagina? Qual é a sensação do vibrador dentro de sua vagina enquanto você massageia o clitóris? Enfiar e tirar rapidamente? Que cenas você imagina para ficar ainda melhor? Além de ser interessante, a masturbação ainda deixa seus músculos vaginais em forma e é a melhor maneira de descobrir o que realmente a excita.” (CLARIE, 2001: 33). 3. Programa de Treinamento 1º. Mês: Lembre-se: Use o Ritmo Vibrante para a prática dos exercícios: contrai e relaxa em ritmo moderado, cerca de uma contração por segundo, por 10 vezes e descanse por 1 minuto. Faça 3 séries de 10 repetições. 1ª. Semana................................................................................................................119 1. Avaliar a História Pessoal...............................................................................139 1.1 Dados Pessoais.................................................................................................139 1.2 Fraqueza Muscular..........................................................................................140 1.3 Tensão Pélvica..................................................................................................142 1.4 Descontrole Muscular.....................................................................................142 2. Autoexame e Localização Muscular..............................................................119 2.1 Meditação da Deusa Nua................................................................................143 2.2 Autoexame com Espelho.................................................................................120 2.3 Contração com Espelho..................................................................................120 2.4 Contração com Espelho Isolada....................................................................120 2.5 Localizar a Anatomia......................................................................................120 3. Colar Tailandês Passivo..................................................................................121 2 ª. Semana...............................................................................................................121 1. Meditação da Deusa Nua................................................................................143 2. Colar Tailandês Passivo...................................................................................121 3. Testes Especiais..................................................................................................121 3.1 Teste do Jato de Urina 1...................................................................................122 3.2 Teste do Jato de Urina 2...................................................................................122 3.3 Teste do Jato de Urina 3...................................................................................123 3.4 Teste do Dedo 1................................................................................................123 3.5 Teste do Balão....................................................................................................123 3.6 Teste do 2º. Cone..............................................................................................123 3.7 Teste do Pum....................................................................................................123 3.8 Teste do Sensupower........................................................................................124 Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 148 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 149 Neopompoar: A ginástica do Prazer 3 ª. Semana...............................................................................................................124 1. Meditação da Deusa Nua................................................................................143 2. Colar Tailandês Passivo...................................................................................121 3. Conheça sua Pelve............................................................................................124 4. Sinta sua Pelve.................................................................................................125 5. Contração Molhada 1......................................................................................125 4 ª. Semana...............................................................................................................126 1. Meditação da Deusa Nua................................................................................143 2. Colar Tailandês Passivo...................................................................................121 3. Contração Molhada 1......................................................................................125 4. Orgasmo com Vibrador 1: Clitóris................................................................126 5. Orgasmo com Vibrador 2: Ponto G..............................................................128 6. Cone 20g Passivo...............................................................................................128 Bibliografia ALVES, Stella. Pompoar: a arte de amar. São Paulo: Madras, 2002. BARACHO, Elza. Fisioterapia aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. BARKER, Tara. O livro do orgasmo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. BENTO, José; GONÇALVES, Maria C.; PRIZMIC, Patrícia. Sexualidade: autoconhecimento e qualidade de vida. São Paulo: Alaúde Editorial, 2007. CALAIS-GERMAIN,B. O períneo feminino e o parto. São Paulo: Manole, 2005. CHANDRA, Goura. Pompoarismo e Tantrismo. São Paulo: Mandras, 2001. CHANG, Jolan. O taoismo do amor e do sexo. Rio de Janeiro: Editora Artenova, 1979. CLARIE, Olivia St. 203 Maneiras de enlouquecer um homem na cama. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. CROWLEY, Vivianne. Cabala: um enfoque feminino. São Paulo: Editora Pensamento, 2000. FERNANDES, Nilda. Yoga Terapia: o caminho da saúde física e mental. 2ª. Ed. São Paulo: Ground, 1994. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 150 www.graziellevieira.com.br www.graziellevieira.com.br 151 Neopompoar: A ginástica do Prazer Grazielle Vieira GREENROCK, Peter. Sexo- a energia transcendental. São Paulo: Madras, 1997. GREGGIO, Flávio Marino. Anatomia da Musculatura abdominal. In: Exercícios Abdominais- estratégias X resultados. São Paulo: Ícone Editora, 2008, p. 61. KADOSH, Carlos; IMAGUIRE, Celine. Pompoarismo: o caminho do prazer. 7ª. Ed. Curitiba: Eden, 2006. KAPIT, W.; ELSON, L. M.. Anatomia- Um livro para colorir. 3ª. Ed. São Paulo: Roca, 2004. LADAS, Alice Kahn; WHIPPLE, Beverly; PERRY, John D.. O Ponto G. Rio de Janeiro: Record, 1982. LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982. LOWEN, Alexander. Exercícios de Bioenergética: o caminho para uma saúde vibrante. São Paulo: Ágora, 1985. LUCENA, Mário. Orgasmo e ejaculação: uma nova mulher em ação. São Paulo: MacBel Oficina de Letras, 2000. LYSEBETH, André Van. Tantra- o culto da feminilidade- outra visão da vida e do sexo. São Paulo: Summus,1994. MORENO, Adriana L. Fisioterapia em uroginecologia. 2ª. Ed. São Paulo: Manole, 2009. PAGET, Lou. O Grande Oooh!: Orgasmo: como tê-los, como provocá- los e como fazer para que continuem ocorrendo. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2006. PENNA, Lucy. Dance e recrie o mundo. São Paulo: Summus, 1993. PINSACH, José Ametler. Novo enfoque dos exercícios abdominais. In: Exercícios Abdominais- estratégias X resultados. São Paulo: Ícone Editora, 2008, p. 171. POLDEN,Margaret; MANTLE, Jill. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia. 1ª. Ed. São Paulo: Livraria e Editora Santos, 1993. RACCO, Regina. O livro de ouro do Pompoarismo. 8ª. Ed. São Paulo: Viena, 2006. ROSAS, Paulo Murilo. Os segredos do tantra e do yoga. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2003. SHELLY, Beth. Assoalho Pélvico. In: Exercício terapêutico na busca da função. São Paulo: Manole, 2004. SLEUTJES, Lucio. Anatomia humana. 2. Ed. São Paulo: Yendis Editora, 2008. SOBOTA, J. Atlas de anatomia humana. 22ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Kooglan, 2006. STEPHENSON, Rebeca; O´CONNOR, Linda. Fisioterapia Aplicada à ginecologia e obstetrícia. São Paulo: Manole, 2004. Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com Em apoio à sustentabilidade, à preservação ambiental, Pronto Editora Gráfica/ Kelps, declara que este livro foi impresso com papel produzido de floresta cultivada em áreas não degradadas e que é inteiramente reciclável. Este livro foi impresso na oficina da Pronto Editora Gráfica/ Kelps, no papel: Off-set 75g, composto nas fontes Trajan Pro, corpo 20 e Minion Pro, corpo 12 setembro, 2014 A revisão final desta obra é de responsabilidade da autora Grazielle Vieira, graziellevieira@hotmail.com 154 www.graziellevieira.com.br Neopompoar: A ginástica do Prazer Introdução Ginástica Feminina Íntima História Pessoal Formação Profissional Capítulo 1 3.5 Ginástica Hipopressiva 3.4 Bioenergética 3.3 Exercícios de Kegel e) Cabala Feminina d) Chacraterapia c) Taoismo Musculação para a Yoni ou Sahajolî: a prática da contração vaginal do Tantra a) Tantra 3. 2 Filosofias Orientais e Terapias Holísticas 3.1 Práticas e Filosofias Feministas 3. Origem dos Exercícios do Neopompoar 2. O que é Neopompoar? 1.1 Problemas do Pompoar e riscos 1. O que é Pompoarismo? Capítulo 2 Benefícios 1. Sexualidade Feminina e Prazer  2. Bem Estar e Saúde 3. Apimentando a Vida a Dois Capítulo 3 Movimentos e Manobras 1. Nível Básico 2. Nível Avançado 3. Nível Kama-sutra 4 Nível Acrobático ou Halterofilismo Vaginal Capítulo 4 5. Sensupower 4. Ben-wa Tamanho “M” 3. Colar Tailandês tamanho “P” e “M” 2. Cones ou Pesitos Vaginais 1. Vibrador Capítulo 5 Orgasmo 1. Repressão sexual e falta de orgasmo 2. O que é o orgasmo? 3. Desempenho Sexual, Orgasmo e MAP 1. Atingindo o Orgasmo Capítulo 6 Conheça seu corpo 1. Anatomia da Região Pélvica/Perineal 1.1. Anatomia Externa 1.2. Anatomia Interna 1.3. Anatomia Óssea 1.4. Anatomia Muscular 1.5. Anatomia Muscular Adjacente 2. Anatomia Energética: Chacras e Kundaline 2.1 O que é Kundalini? 2. 2 O que é Chakra? Capítulo 8 Exercícios Físicos do 1º Mês Autoconhecimento e autoexame: como localizar e trabalhar os MAP 1ª. Semana: 1. Avaliar a História Pessoal 2. Autoexame e Localização Muscular 2.1 Meditação da Deusa Nua: Meditação de Clarie (2001). Ver no Apêndice. 2.2 Autoexame com Espelho: Deite-se confortavelmente e use um espelho para olhar para sua região vaginal. Observe atentamente cada detalhe, tentando fazer relação com as imagens de Anatomia Externa. 2.3 Contração com Espelho: Agora comece a contrair (como se estivesse retendo a urina). Continue a olhar para o espelho, pois se você tiver controle e músculos fortes será capaz de ver os movimentos de fechamento e abertura da entrada da vagina no espelho 2.4 Contração com Espelho Isolada: Comece a contrair (como se estivesse retendo a urina). Agora, além de observar a abertura vaginal no espelho, você deve observar se seu estômago, nádegas e músculos da perna estão se movendo ao mesmo tempo que a entrada 2.5 Localizar na imagem a Anatomia Externa: 3. Colar Tailandês Passivo 2ª. Semana: 1. Meditação da Deusa Nua 2. Colar Tailandês Passivo 3. Testes Especiais: 3ª. Semana: 1. Meditação da Deusa Nua 2. Colar Tailandês Passivo 3. Conheça sua Pelve 3.1 As cristas ilíacas direita e esquerda; 3.2 Espinha ilíaca póstero-superior; 3.3 Espinha ilíaca ântero-superior; 3.4 Ísquio direito e esquerdo; 3.5 Articulações sacro-ilíacas; 3.6 A sínfise púbica; 3.7 Região urogenital ou trígono urogenital: contém os órgãos genitais externos; 3.8 Região anal ou trígono anal: contém o ânus. 4. Sinta sua Pelve 4.1 As cristas ilíacas direita e esquerda; 4.2 Espinha ilíaca póstero-superior; 4.3 Espinha ilíaca ântero-superior; 4.4 Ísquio direito e esquerdo; 4.5 Articulações sacro-ilíacas; 4.6 A sínfise púbica; 4.7 Região urogenital ou trígono urogenital; 4.8 Região anal ou trígono anal. 5 Contração Molhada 1 4ª. Semana: 1. Meditação da Deusa Nua 2. Colar Tailandês Passivo 3. Contração Molhada 1 4. Orgasmo com Vibrador 1 (Clitóris): 5. Exercício de Orgasmo com Vibrador 2 (Ponto G) 6. Exercício com o 1º. Cone Passivo (cone de 20g, rosa) Capítulo 9 Exercícios do 2º e 3º Mês do DVD Programa de Treinamento 2º. e 3º. Mês Apêndice: 1 Avaliar a História Pessoal: 2. Meditação da Deusa Nua Bibliografia