Draft ABSTRACT-2024

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PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO POR SCHISTOSOMA EM BIOPSIAS NA ANATOMIA PATOLÓGICA HOSPITAL CENTRAL QUELIMANE, 2023
Introdução: A esquistossomose é uma doença tropical negligenciada não transmissíveis (DNT), afecta mais de 250 milhões de pessoas, na África Subsariana, representando um desafio para a saúde pública. Em Moçambique, tanto o Schistosoma haematobium como o Schistosoma mansoni coexistem. Embora a infecção possa ser tratada com praziquantel, sua prevalência persiste, especialmente entre populações vulneráveis. No entanto, a escassez de dados epidemiológicos recentes em algumas áreas compromete os esforços de controle e prevenção. Objectivo: determinar a prevalência de Schistosoma na Anatomia Patologia do Hosital Central Quelimane. Metodologia: Biópsias teciduais, selecionadas aleatoriamente entre aqueles que procuraram atendimento ambulatório na Anatomia Patologia, Hospital Central de Quelimane, durante 2023. Amostras de tecido foram coradas com Hematoxilina e Eosina e examinadas microscopicamente por um patologista para detectar a presença de Schistosoma.Top of Form
Resultados: Dos 2416 biópsias realizadas, 173 foram positivas para Schistosoma, resultando em uma prevalência de 7,16% (IC 95%: 6,15–8,17). A maioria dos casos positivos foi observada em pacientes do sexo feminino (97,68%). A distribuição por faixa etária revelou que a maior proporção de casos positivos estava na faixa etária de 30 a 39 anos (39,88%). Quanto ao órgão afetado, a maioria dos casos positivos estava relacionada ao colo uterino (95,95%), no entanto, identificou se também casos isolados de infecção em outros órgãos, como bexiga, próstata, ânus e baço. A análise de regressão logística revelou uma associação significativa entre gênero feminino e infecção por Schistosoma (p < 0,001), bem como uma associação entre faixa etária e infecção (p = 0,002). Esses resultados fornecem uma visão abrangente da prevalência e distribuição da infecção por Schistosoma na área estudada, destacando a necessidade de intervenções direcionadas e estratégias de controle para reduzir a carga da doença e melhorar a saúde pública.
Conclusões: Os resultados destacam uma prevalência significativa de infecção por Schistosoma em biópsias realizadas em 2023, com uma distribuição significativamente maior em mulheres e uma associação positiva com a idade. A predominância da infecção no colo uterino ressalta a importância de implementar medidas preventivas direcionadas, como campanhas de conscientização, distribuição de tratamentos e melhoria das condições sanitárias, especialmente em populações vulneráveis, para reduzir a carga da doença e melhorar a saúde pública.
Palavras-chave: Prevalência, Schistosoma, esquistossomose, Infecção parasitaria