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Silicose: Doença Pulmonar Grave

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A silicose é uma forma de pneumoconiose causada pela inalação de finas partículas de
sílica cristalina e caracterizada por inflamação e cicatrização em forma de lesões
nodulares nos lóbulos superiores do pulmão.
Provoca, na sua forma aguda, dificuldades respiratórias, febre e cianose. Pode ser
confundida como edema pulmonar, pneumonia ou tuberculose.
Foi identificada pela primeira vez por Bernardino Ramazzini, em 1705.
A silicose comumente afeta os mineiros, após anos de inalação da sílica presente no ar
dos túneis e galerias. A sílica se deposita nos alvéolos pulmonares furando células e
rompendo os lisossomos que derramam suas enzimas que destroem as células, ação
conhecida como autólise e como consequência os alvéolos. A silicose causa dificuldade
respiratória e baixa oxigenação do sangue, provocando tontura, fraqueza e náuseas,
incapacitando o trabalhador.
A silicose além de ser a mais antiga e mais grave das doenças pulmonares relacionadas é
também a mais prevalente à inalação de poeiras minerais. É uma fibrose pulmonar
nodular causada pela inalação de poeiras contendo partículas finas de sílica livre
cristalina que leva de meses a décadas para se manifestar.
Com uma evolução progressiva e irreversível a Silicose é considerada uma doença
ocupacional que causa graves transtornos de saúde ao trabalhador e pode provocar
incapacidade para o trabalho, aumento dos riscos de tuberculose, invalidez e, com certa
freqüência, ter relação com a causa do óbito do paciente.
A descrição da doença foi relatada há muitos séculos, no entanto a possibilidade de
prevenção só foi cogitada a partir do século XX.
A importância da prevenção e do combate à silicose motivou a Organização Mundial de
Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a lançarem em 1995,
conjuntamente, um programa de erradicação da Silicose.
As três formas mais importantes da sílica cristalina, do ponto de vista da saúde
ocupacional são o quartzo, a tridimita e a cristobalita. Estas três formas de sílica também
são chamadas de sílica livre ou sílica não combinada para distingui-las dos demais
silicatos. Ela é por excelência a maior causa de adoecimento de trabalhadores chilenos
no século XXI.[1]
Terminologia
A silicose tem como sinônimo o termo
"pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose". Este é a versão em língua portuguesa
de pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis, por Everett M., presidente da
National Puzzlers League para que fosse a maior palavra da língua inglesa.[2] Pela
etimologia dos elementos de composição, significa "uma doença pulmonar causada pela
inalação de pó (cinzas de uma atividade vulcânica) de sílica muito fina, que causa
inflamação nos pulmões". Everett M. Smith criou a palavra juntando prefixos e radicais de
origem grega e latina, obtendo dessa forma uma nova denominação para uma doença
com nome científico já definido.[3] Posteriormente esta palavra foi transposta para a
nossa língua como pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose, mas, como
duplicata, um nome científico preestabelecido de uma doença já conhecida, implica que
na nossa língua esta palavra seja considerada como uma palavra fictícia.
A palavra ganhou estatuto oficial pela primeira vez em 2001, no Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa. Aparece descrita como uma doença pulmonar causada pela
inspiração de cinzas vulcânicas,[4] tornando-se dessa forma a maior palavra da língua
portuguesa registada em dicionário.
Palavra Significado Idioma de origem Palavra de origem e seu significado
pneumo pulmão grego pneumon = pulmão
ultra além latim ultra = além
microscópico muito pequeno grego microscópico: mikros = pequeno, skopein =
examinar
sílico vem de silício, elemento químico presente no magma vulcânico latim silício:
silicium/silex = pedra dura ("seixo")
vulcano vindo de um vulcão latim vulcano: vulcanus = deus do fogo e da
metalurgia
coniótico partículas de poeira em suspensão no ar grego kónis = poeira
Tipos
Os tipos são:[5]
Silicose crônica: compromete de forma leve o pulmão, sendo um estágio inicial.
Silicose complicada: é observada a perda de peso, aparecimento de fibrose nos pulmões
e falta de ar. Inicia o risco de desenvolver Tuberculose.
Silicose acelerada: surge após exposição intensa. Os sintomas são próximos da silicose
complicada, sendo que desenvolvem doenças autoimunes e artrite reumatoide.
Silicose aguda: O risco de tuberculose é iminente, o paciente tem uma perda de peso
radical e falta de ar constante.
Tratamento
A silicose não tem cura, sendo que o tratamento tem como foco em administrar e aliviar
os sintomas, complicações e evitar infecções respiratórias.
No Brasil
No Brasil, a Portaria n.º 99, de 19 de outubro de 2004 (Publicada no DOU de 21 de outubro
de 2004, Seção 1) proibiu o processo de trabalho de jateamento que utilize areia seca ou
úmida como abrasivo, visando e

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