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Emendas Constitucionais. As emendas constitucionais são instrumentos jurídicos utilizados para modificar o texto de uma Constituição. No Brasil, elas representam uma forma de atualizar e adaptar a Carta Magna às mudanças sociais, políticas e econômicas ao longo do tempo. As emendas constituem uma das maneiras pelas quais o Poder Constituinte Derivado pode exercer sua competência, garantindo a flexibilidade e a evolução do ordenamento jurídico. Para que uma emenda constitucional seja aprovada, é necessário seguir um processo específico estabelecido na Constituição Federal de 1988. Inicialmente, a proposta de emenda deve ser apresentada por pelo menos um terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, pelo Presidente da República ou por mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação. Em seguida, ela deve ser discutida e votada em dois turnos, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, sendo necessária a aprovação de três quintos dos votos dos parlamentares em cada turno. Após a aprovação no Congresso Nacional, a emenda constitucional é promulgada pelo Presidente da República e passa a fazer parte do texto da Constituição. No entanto, existem algumas cláusulas pétreas estabelecidas na Constituição, que não podem ser objeto de emenda, como a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos poderes e os direitos e garantias individuais. As emendas constitucionais desempenham um papel crucial na atualização e no aprimoramento da Constituição, permitindo que ela acompanhe as transformações da sociedade e atenda às novas demandas e desafios. No entanto, é importante que o processo de elaboração e aprovação das emendas seja realizado com responsabilidade e respeito aos princípios democráticos e aos direitos fundamentais.