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Pedido de Alvará Judicial - Levantamento de saldo em conta bancária em nome de espólio

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX (CIDADE) DO ESTADO DO XXX (ESTADO)
XXX (NOME DO REQUERENTE), nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG n. XXX, regularmente inscrito(a) no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, domiciliado na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP nº XX.XXX-XXX, na comarca de Cidade/Estado, com endereço eletrônico XXX, vem, respeitosamente, por meio do seu advogado que ao final subscreve, com escritório profissional na Xxx (Rua, Avenida), nº Xxx (número), Xxx (bairro), Xxx (cidade), Xxx (Estado), Xxx (UF), CEP Xxx (número), onde recebe intimações e notificações, com endereço eletrônico: Xxx (informar e-mail do advogado), com fundamento no art. 666, do CPC e nos art. 1º e 2º, da Lei n. 6.858/80, requerer a 
EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ JUDICIAL
para levantamento do saldo em conta corrente e/ou poupança depositados em nome do ESPÓLIO DE XXX (NOME DO FALECIDO), pelos fundamentos adiante expostos.
1. DOS FATOS
Extrai-se da Certidão de Óbito em anexo que, em data de XXX (mencionar a data de falecimento do de cujus), faleceu na cidade de XXX/XX (informar cidade/UF), o Sr(a). XXX (informar o nome do falecido).
O falecido deixou XXX (informar quantidade de herdeiros) herdeiros, a saber: Xxx (informar nome do herdeiro e qualidade sucessória – filho, cônjuge, entre outros).
Informa-se que não foi feita a abertura de inventário, uma vez que não foram deixados outros bens a inventariar, a não ser os saldos de suas contas bancárias e eventuais valores a título de FGTS e PIS/PASEP.
Assim sendo, sucede-se com o pedido de alvará judicial.
2. DO DIREITO
Como se sabe, a sucessão patrimonial causa mortis, via de regra, deve ser objeto de procedimento judicial ou extrajudicial de inventário/arrolamento e partilha. 
Entretanto, o Legislador Federal excepcionalmente previu a possibilidade de os herdeiros movimentarem o acervo patrimonial do espólio, por meio de procedimento de Alvará Judicial, quando, inexistindo bens a serem partilhados, houver valores deixados pelo de cujus e que não foram por ele utilizados, seja em depósitos bancários, conta de poupança, saldo FGTS, PIS/PASEP ou resíduos salariais.
A respeito, dispõe o art. 1º e 2º, da Lei n. 6.858/80 c/c art. 666, do CPC, in verbis:
Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.
Art. 2º O disposto nesta Lei se aplica às restituições relativas ao imposto de renda e outros tributos, recolhidos por pessoa física, e, não existindo outros bens sujeitos a inventário, aos saldos bancários e de contas de cadernetas de poupança e fundos de investimento de valor até 500 (quinhentas) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional.
Art. 666. Independerá de inventário ou de arrolamento o pagamento dos valores previstos na Lei nº 6.858, de 24 de novembro de 1980.
Não de outro modo, tem se mostrado sólido o entendimento dos Tribunais de Justiça pátrios no sentido de autorizar a expedição de alvará judicial para levantamento de pequenos valores em favor dos herdeiros:
APELAÇÃO CÍVEL - ALVARÁ JUDICIAL - LEVANTAMENTO DE VERBAS RESCISÓRIAS E DE VALORES REFERENTES À RESTITUIÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA - EXISTÊNCIA DE BENS A INVENTARIAR - IRRELEVÂNCIA - DESNECESSIDADE DE INVENTÁRIO - LEI Nº 6.858/80 E DECRETO Nº 85.845/81 - ALVARÁ JUDICIAL DEFERIDO - RECURSO PROVIDO. - A existência de bens a inventariar somente impede o levantamento de valores, por meio de alvará judicial, de saldos bancários e de contas de caderneta de poupança e fundos de investimento de valor de até quinhentas obrigações do Tesouro Nacional. - As verbas rescisórias decorrentes do falecimento de empregado, bem como os valores referentes à restituição de imposto de renda, podem ser levantadas por meio de alvará judicial, ainda que existam bens a inventariar, ex vi do disposto no Decreto nº 85.845/81, responsável por regulamentar a Lei nº 6.858/80. - Demonstrado nos autos que os autores são os legítimos sucessores para fins de percepção de eventuais valores não recebidos em vida pelo de cujus, denota-se necessário determinar a expedição do alvará judicial para levantamento da quantia referente a verbas rescisórias e relativas à restituição de imposto de renda, nos termos do art. 666 do CPC/15 e dos arts. 1º, II, e 5º, ambos do Decreto n.º 85.845/81. 
(TJMG - Apelação Cível 1.0000.19.084131-2/001, Relator(a): Des.(a) Ângela de Lourdes Rodrigues, 8ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em04/02/2020, publicação da súmula em 07/02/2020)
APELAÇÃO CÍVEL - ALVARÁ JUDICIAL - LEVANTAMENTO DE QUANTIA RELATIVA A DEPÓSITO DE FGTS - POSSIBILIDADE - DEPÓSITOS EM CONTA POUPANÇA DO "DE CUJUS" - REQUISITOS PARA O SAQUE - INEXISTÊNCIA DE OUTROS BENS A INVENTARIAR E QUANTIA INFERIOR A 500 OTN's. 1. Os valores existentes em contas individuais de FGTS do "de cujus" podem ser levantados pelos herdeiros por meio de alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento - art. 1° da Lei 6.858/80. 2. É inviável o levantamento de quantia deixada pelo falecido em conta poupança, por meio de alvará judicial, quando, embora inexistindo outros bens do falecido a inventariar, os valores sejam superiores a 500 OTN's - art. 2° da Lei n° 6.858/80. 
(TJMG - Apelação Cível 1.0000.19.127225-1/001, Relator(a): Des.(a) Carlos Henrique Perpétuo Braga, 19ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 21/11/2019, publicação da súmula em27/11/2019)
Outrossim, destaca-se entendimento sedimentado pelo Superior Tribunal de Justiça, através da Súmula 161, segundo a qual “É da competência da Justiça Estadual autorizar o levantamento dos valores relativos ao PIS/PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta”.
No presente caso, verifica-se que o espólio de XXX (informar nome do falecido) não deixou outros bens a serem inventariados, de maneira que seus herdeiros sequer têm conhecimento dos valores disponíveis em suas contas bancárias, as quais certamente são abaixo do teto de 500 OTN’s.
Portanto, observados os requisitos legais, a expedição de alvará judicial é medida que se impõe.
3. DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer-se:
a) a expedição de consulta pelo sistema bacenjud das contas bancárias existentes em nome do XXX (informar nome do falecido), portador do CPF n. xxx.xxx.xxx-xx (informar CPF do falecido);
b) a expedição de ofício ao INSS- Instituto Nacional de Seguro Social para que informe sobre a existência de valores de FGTS e PIS de titularidade de XXX (informar nome do falecido), portador do CPF n. xxx.xxx.xxx-xx (informar CPF do falecido);
c) a procedência da presente ação, na medida que seja expedido alvará judicial autorizando os herdeiros de XXX (informar nome do falecido) a sacarem o saldo bancários, bem como PIS e FGTS dos valores deixados pelo de cujus acima mencionado, na forma dos arts. 1º e 2º, da Lei n. 6.858/80 c/c art. 666, do CPC;
d) por fim, a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, que se fizerem necessários ao deslinde da pretensão autoral, nos termos do art. 369 do CPC.
Atribui-se ao valor da causa a importância de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para fins de alçada.
Requer deferimento.
Cidade, data completa.
ADVOGADO
OAB/UF

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