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Biologia-01-Moderna-Plus-(com-respostas)-466-468

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Camisinha
Entre as práticas anticoncepcionais mais difun-
didas, destaca-se o uso de barreiras mecânicas, que 
evitam o encontro dos gametas. O preservativo, 
popularmente chamado de camisinha, é um protetor 
de látex utilizado para envolver o pênis durante o ato 
sexual, de modo a reter o esperma ejaculado, evitando 
que ele seja depositado na vagina. O preservativo femi-
nino, que a mulher introduz na vagina antes da relação 
sexual, tem a mesma finalidade. Além de atuar como 
anticoncepcional, a camisinha é também eficiente na 
prevenção da aids e de outras doenças sexualmente 
transmissíveis (DSTs).
Diafragma
O diafragma é um dispositivo de borracha que 
deve ser colocado no fundo da vagina, de modo a 
fechar o colo do útero e impedir a entrada de esper-
matozoides. É comum aplicar no diafragma uma ge-
leia contendo substâncias espermicidas, que matam 
espermatozoides e aumentam o índice de segurança 
do método. (Fig. 17.18)
Figura 17.17 Gráfico que mostra as variações da temperatura corporal de uma mulher ao longo do ciclo menstrual; esse 
acompanhamento permite avaliar o período de menor risco de gravidez (período seguro), representado em verde.
Figura 17.18 
Representação 
esquemática da 
colocação correta do 
diafragma na vagina, 
de modo a cobrir 
totalmente o colo 
uterino. (Imagens sem 
escala, cores-fantasia.)
Pílula anticoncepcional
A pílula anticoncepcional, um dos métodos con-
traceptivos mais utilizados no mundo, consiste ge-
ralmente em uma mistura de hormônios sintéticos 
(progesterona e estrógeno), que a mulher deve ingerir 
todos os dias, a partir do 5o
 dia após a menstruação. De-
pois de 21 dias, suspende-se a pílula por uma semana e 
recomeça-se um novo lote de 21 pílulas. A menstruação 
costuma ocorrer cerca de três dias após a suspensão 
da ingestão das pílulas.
Os dois hormônios presentes na pílula anticoncep-
cional inibem a secreção de FSH e de LH pela hipófise. 
Na falta desses dois hormônios, não ocorre ovulação. 
A manutenção de níveis altos de estrógeno e de pro-
gesterona no sangue induz o crescimento da mucosa 
uterina, a qual se descama quando o nível desses hor-
mônios se reduz, no período de uma semana em que 
a pílula deixa de ser ingerida.
A chamada pílula do dia seguinte, também conhe-
cida como método contraceptivo de emergência, é um 
composto hormonal utilizado para prevenir uma gra-
videz indesejada dentro de 72 horas após uma relação 
desprotegida ou acidental.
ovário
Útero
Bexiga
urinária
Tuba 
uterina
cérvix 
uterino
Vagina
diafragma
diafragma 
cobrindo 
o colo 
uterino
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Menstruação MenstruaçãoPeríodo seguroOvulação
Dias do ciclo
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Os hormônios constituintes dessa pílula atuam 
basicamente de duas formas: impedem a ovulação 
(se ainda não ocorreu) e não permitem que o embrião 
se implante na parede uterina, entre cinco e seis dias 
depois da fertilização.
Pesquisas científicas têm procurado avaliar se a 
ingestão de hormônios pode ser responsabilizada por 
problemas à saúde, tais como alterações na coagula-
ção sanguínea, arteriosclerose e infartos. Um estudo 
verificou que mulheres fumantes e usuárias de pílulas 
anticoncepcionais apresentavam risco 10 vezes maior 
de morte por problemas cardiorrespiratórios. É impor-
tante que os contraceptivos orais sejam utilizados sob 
rigoroso acompanhamento médico, a fim de evitar 
efeitos colaterais prejudiciais decorrentes da ingestão 
de hormônios. Particularmente, a utilização da pílula 
do dia seguinte exige cuidados especiais.
Dispositivo intrauterino: DIU
DIU é a sigla de dispositivo intrauterino, nome 
pelo qual são conhecidos os dispositivos de plástico 
e metal introduzidos no útero com o objetivo de evi-
tar a concepção. O DIU deve ser implantado por um 
médico especialista e, a menos que cause problemas 
colaterais evidentes, pode permanecer no útero até 
que a mulher deseje engravidar.
O modo de ação do DIU ainda não é totalmente 
compreendido. Acredita-se que sua presença no útero 
cause uma pequena inflamação, atraindo macrófagos 
que destroem os embriões que tentam se implantar 
na mucosa uterina. Por isso, alguns consideram a 
utilização do DIU um método abortivo, uma vez que, 
indiretamente, causa a morte do embrião, por impedir 
que este se fixe ao útero. (Fig. 17.19)
Figura 17.19 Representação 
esquemática do DIU na 
cavidade uterina (mostrado 
por transparência).
Figura 17.20 Representação esquemática da 
vasectomia, cirurgia em que os ductos deferentes são 
secionados. Embora a cirurgia possa ser revertida, 
nem sempre há sucesso em recuperar a fertilidade. 
Entretanto, homens vasectomizados que querem ter 
filhos podem coletar espermatozoides diretamente 
do testículo e utilizá-los na fecundação in vitro.
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Útero
colo 
uterino
Vagina
ducto deferente 
interrompido
Pênis
Parte do 
ducto é 
eliminada
Epidídimo
Testículo
ovário
Parte da 
tuba é 
eliminada
Tuba 
uterina
Útero
corte das
tubas uterinas
Como não afeta a produção de testosterona pelos 
testículos, a vasectomia não tem nenhum efeito ne-
gativo sobre a atividade sexual do homem. O homem 
vasectomizado atinge o orgasmo e ejacula normal-
mente, com a diferença de que seu esperma não con-
tém espermatozoides, sendo constituído apenas pelas 
secreções das glândulas acessórias. (Fig. 17.20)
Vasectomia
Esterilização é qualquer processo que impede defini-
tivamente a concepção. No caso do homem, o processo 
utilizado na esterilização é a vasectomia, que consiste 
no secionamento dos ductos deferentes de modo que 
os espermatozoides não possam chegar à uretra.
Figura 17.21 
Representação 
esquemática da 
laqueadura tubária, 
uma cirurgia abdominal 
em que se secionam 
as tubas uterinas. Em 
geral, essa cirurgia 
é feita em mulheres 
que já tiveram filhos. 
(Imagens sem escala, 
cores-fantasia.)
 Laqueadura tubária 
A esterilização feminina é denominada laquea-
dura tubária e consiste no secionamento das tubas 
uterinas. Assim, os espermatozoides são impedidos 
de chegar até os óvulos. (Fig. 17.21)
CIÊNCIA 
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As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) 
constituem um dos grandes problemas de saúde 
pública mundial nos dias de hoje. É direito e dever de 
todo cidadão manter-se informado sobre as doenças 
transmissíveis e evitar sua transmissão, uma vez que 
sua disseminação afeta toda a sociedade.
Há diferentes tipos de doenças sexualmente 
transmissíveis (DSTs), causadas por diversos tipos de 
agentes infecciosos, entre eles vírus, bactérias, fungos, 
protozoários e artrópodes. Esses agentes são geral-
mente transmitidos de uma pessoa a outra pelo con-
tato sexual e, exceto no caso da pediculose pubiana 
(popularmente conhecida por “chato”) e de algumas 
viroses, todas essas doenças podem ser prevenidas 
pelo uso de camisinha durante a relação sexual.
Algumas DSTs são difíceis de curar, mas em todos 
os casos há tratamentos que amenizam os sintomas 
ou podem evitar a progressão da doença. Outras 
DSTs são curáveis, desde que se procure rapidamente 
ajuda médica.
Figura 17.22 
Vírus HIV 
saindo de célula 
contaminada 
(aumento . 
200.0003).
Aids
A mais temível das DSTs é a síndrome da imu-nodeficiência adquirida, ou aids (do inglês, acquired 
immunodeficience syndrome), doença até o momento 
incurável, embora já existam formas de tratamento que 
podem melhorar a condição de vida dos doentes. A aids é 
causada pelo vírus da imunodeficiência humana, ou HIV 
(do inglês, human immunodeficience virus), que ataca 
células do sistema imunitário, entre elas o linfócito T 
auxiliador (célula CD4). Os linfócitos T auxiliadores são 
os “comandantes” da defesa imunitária do organismo: 
são eles que estimulam os linfócitos B a produzir anticor-
pos e os linfócitos T citotóxicos (células CD8) a destruir 
células estranhas ao organismo.
O HIV ataca e destrói os linfócitos CD4, diminuin-
do a capacidade do organismo de reagir às infecções 
mais comuns. Com isso, a pessoa infectada pelo HIV 
pode ser atacada por diversos tipos de microrganis-
mos que, em condições normais, não representariam 
perigo. (Fig. 17.22)
Doenças sexualmente transmissíveis (Dsts)
Proteínas do 
envoltório viral 
inseridas na membrana 
da célula infectada
Membrana 
plasmática
Partícula viral 
em formação
Partícula viral 
livre
Citoplasma

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