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J J JF M A A S O N D
DISTRIBUIÇÃO DE CHUVAS
E TEMPERATURAS MÉDIAS
CORUMBÁ
Pantanal
M
BRASIL
Região do
Pantanal
Equador 
Trópico de Capricórnio 
0 910 km
438
A fauna aquática do pantanal garante a 
existência de mais de 200 espécies de aves, 
entre as quais garças, tuiuiús, colhereiros, 
cabeças-secas, socós e saracuras. Há tam-
bém répteis, como o jacaré-do-pantanal e 
o jacaretinga, que se alimentam de peixes. 
Entre as serpentes, a espécie mais impres-
sionante é a sucuri, não venenosa, que pode 
atingir até 10 m de comprimento. Entre os 
mamíferos destacam-se as capivaras, roe-
dores de grande porte que podem atingir 
até 70 kg de peso. Há ainda onças-pardas, 
onças-pintadas, ariranhas, macacos, porcos-
-do-mato e veados. (Fig. 17.26)
Figura 17.26 No alto, à direita, mapa com a localização do pantanal mato-grossense. Abaixo do mapa, 
gráfico da distribuição de chuvas e das temperaturas médias ao longo do ano de 2008, em Corumbá 
(MS) (baseado em dados do Cptec). A foto acima, à esquerda, é de uma vista aérea da região 
de Poconé, MT. As fotos de A a E mostram alguns representantes típicos da fauna do pantanal: 
A. Jacaré-do-pantanal, cuja sobrevivência é ameaçada pelos “coureiros”, caçadores de pele; 
B. Tamanduá-bandeira; C. Araras-azuis; D. Ariranha; E. Cervo-do-pantanal.
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A caça e a pesca predatórias têm tido forte impacto sobre os biomas do pantanal. O mercado 
de peles, especialmente de jacarés, onças, jaguatiricas, ariranhas e lontras, além da captura de 
aves raras, coloca em risco a sobrevivência de diversas espécies. (Fig. 17.27)
Figura 17.27 Ameaças aos ecossistemas 
pantaneiros. A. Queimadas. B. Peles de 
onças-pintadas e de outros animais 
apreendidas pela fiscalização. C. Área 
devastada pelo garimpo em Poconé, MT.
A B
C
Apesar de tudo isso, a comunidade biológica do pantanal ainda se mantém relativamente bem 
preservada. A utilização e o manejo inteligente dos recursos naturais permitirão que o pantanal mato- 
-grossense continue sendo uma das mais importantes reservas de vida selvagem do planeta.
9 Manguezais
Os manguezais, ou mangues, são biomas compostos por ecossistemas litorâneos com vegeta-
ção característica, onde o solo é lodoso e salgado. Formam-se junto a desembocaduras de rios e em 
litorais protegidos da ação direta do mar, tais como baías de águas paradas ou litorais guarnecidos 
por diques de areia. Durante a maré cheia, o solo dos manguezais fica coberto por água salgada. 
Os manguezais estendem-se por toda a costa brasileira, com interrupção nas regiões de litoral 
rochoso. Há mangues bem desenvolvidos no Pará, Amazonas, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, 
São Paulo e Paraná.
Os manguezais não se restringem à orla marítima, mas podem penetrar vários quilômetros 
no continente, seguindo o curso dos rios cujas águas se misturam com o mar durante as ma-
rés cheias. Em Belém (PA) e São Luís (MA), a vegetação típica de mangue penetra até cerca de 
40 km pelo interior. Mangues internos também são encontrados no litoral sul de São Paulo (na 
região de Cananeia) e no litoral norte do Paraná (nas regiões de Ararapira e do Parque Nacional 
do Superagui). 
Os manguezais são restritos ao clima tropical e suas características se devem predominantemente 
aos chamados fatores edáficos, isto é, relativos ao solo. Este é formado por areia fina e lodo, com teor 
variado de sal, dependendo de sua proximidade e contato com a água do mar. Por estar constantemen-
te alagado, o solo do mangue é pobre em gás oxigênio, o que determina um predomínio de bactérias 
anaeróbias produtoras de gás sulfídrico, que conferem a esse bioma um cheiro característico.
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Com relação à espécie predominante, podem-se distinguir três tipos de vegetação: o chamado 
“mangue-vermelho”, em que predomina a espécie Rhizophora mangle, popularmente conhecida 
como “mangue-bravo”; o “mangue-branco”, em que predomina a espécie Lagunaria racemosa, 
popularmente chamada “mangue-manso”; e o “mangue-seriba”, em que predominam espécies do 
gênero Avicennia. Esses três tipos de mangue estão presentes, juntos ou separados, nas diversas 
regiões do Brasil. Não há vegetação rasteira nos manguezais e são poucas as plantas epífitas 
presentes, entre elas algumas orquídeas e bromélias. (Fig. 17.28)
A B
C
Figura 17.28 A. Os manguezais são biomas litorâneos 
amplamente distribuídos pela costa brasileira; suas 
características dependem mais do solo alagado 
e salgado (fatores edáficos) do que do clima. B. O 
mangue-bravo (Rhizophora mangle) tem rizóforos, 
ramos que funcionam como escoras, adaptações 
à sustentação no solo mole do manguezal. C. As 
plantas do gênero Avicennia têm raízes especiais 
denominadas pneumatóforos, que crescem eretas e 
emergem do solo alagado, garantindo a obtenção de 
gás oxigênio necessário à respiração das raízes.
A planta Rhizophora mangle é um arbusto facilmente identificado por seus rizóforos (anti-
gamente chamados de raízes-suporte), ramos caulinares com formato arqueado que penetram 
no solo, onde eventualmente formam raízes adventícias. Os rizóforos são adaptações ao solo 
pouco firme do manguezal, conferindo maior área de sustentação às plantas. A Rhizophora 
mangle atinge, normalmente, entre 3 m e 6 m de altura, mas em mangues mais internos pode 
chegar a 12 m. 
Outra adaptação curiosa apresentada pela rizófora é a germinação da semente dentro do fruto, 
ainda presa à planta-mãe, fenômeno conhecido como viviparidade. A jovem planta resultante da 
germinação tem uma raiz reta e duas folhas opostas, assumindo o aspecto de um dardo. Ao cair, 
a raiz orienta-se perpendicularmente e penetra no solo lodoso como uma seta. Essa adaptação 
evita que a semente seja sepultada pelo lodo e deixe de germinar.
A Avicennia tomentosa ocorre mais frequentemente nos manguezais próximos à orla marítima. 
Uma de suas características é apresentar raízes cujas extremidades afloram perpendicularmente 
ao solo, os pneumatóforos, ou raízes respiratórias. Trata-se de adaptações ao solo encharcado 
e pobre em oxigênio do manguezal que permitem às raízes obter esse gás do ar.

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