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eção	 .
 Objetivo
 Compreender 
a formação da 
civilização romana.
 Termos e conceitos
•	Mito
•	Fonte	histórica
•	Monarquia
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A polêmica origem de Roma
 O mito da origem de Roma
Sabe-se pouco sobre as origens de Roma. O surgimento da cidade está cer-
cado de mitos, tornando difícil discernir o real daquilo que é fruto do imaginário. 
Os mitos foram recolhidos por escritores romanos que viveram bem depois dos 
fatos narrados. Um dos mais conhecidos foi Virgílio, com sua obra Eneida, escrita 
no século I a.C. De acordo com os mitos, os romanos seriam descendentes de 
Eneias, um dos personagens da Ilíada, de Homero, filho da deusa Afrodite com 
um mortal. Após a conquista e a destruição de Troia pelos gregos, Eneias fugiu 
da cidade e tornou-se predestinado a ser o ancestral de todo o povo romano.
Eneias e sua família buscaram refúgio na região do Lácio, na Península 
Itálica. Ascânio, filho de Eneias, teria fundado a cidade de Alba Longa. Após 
diversos reinados, Numitor foi um dos que governaram essa cidade. Durante 
uma crise política, porém, o rei foi afastado por seu irmão, Amúlio, e a prince-
sa Reia Silvia foi condenada à virgindade como vestal, para que não gerasse 
descendentes que pudessem ameaçar o reinado de Amúlio.
O curso dos acontecimentos mudou quando o deus Marte apaixonou-se 
ela ovem Reia dando l e dois il os g meos: R mulo e Remo [doc. 1]. Amea-
çados de morte pelo rei Amúlio, os gêmeos foram escondidos dentro de um 
cesto, que foi lançado nas águas do Rio Tibre. O cesto foi parar entre dois 
vales, onde os gêmeos foram amamentados por uma loba e depois criados 
por um casal de pastores. Quando adultos, decidiram fundar uma cidade. Uma 
disputa entre eles, entretanto, provocou a morte de Remo. Rômulo tornou-se 
o primeiro rei da cidade, que em sua homenagem recebeu o nome de Roma.
Alguns autores reconstituíram os acontecimentos da história de Roma 
utilizando como fonte	histórica apenas documentos literários antigos. Veja 
a o inião de um es uisador a res eito dessa ro osta:
“[...] esses autores quase não tiveram fontes dignas de crédito para aquele período pri-
mitivo. No esforço de formular uma narrativa ininterrupta do desenvolvimento da cidade 
apenas com os fragmentos da verdadeira tradição histórica, tiveram de recorrer a uma série 
de suposições arbitrárias, fundamentadas em interpretações fantasiosas e nada científicas 
tanto de palavras, relacionadas com antigas instituições religiosas e civis e que eles não 
compreendiam, como de nomes escritos em certos monumentos levantados na in-
fância de Roma. Deram crédito a suposições de historiadores gregos, que pretendiam 
uma ligação fantasiosa entre a história antiga de Roma e a mitologia grega.”
ROSTOVTZEFF, Michael. História de Roma Rio de aneiro: a ar 
 O testemunho dos fatos
Uma tradição que remonta à Antiguidade fixou a data de fundação de 
Roma em a ão á documentos escritos dessa é oca ara com rovar 
esse fato. Arqueólogos, contudo, encontraram vestígios de cabanas no Monte 
Palatino, indicando a presença de uma modesta vila de pastores no local no 
século a Antes do in cio do er odo re u licano a ortanto 
Roma era apenas uma pequena vila entre outras.
A pequena vila assumiria a aparência de uma verdadeira cidade apenas 
dois séculos mais tarde, com a chegada dos etruscos. O mais provável é 
que Roma tenha nascido da união de diversas vilas e povoados situados 
nas colinas próximas, que em algum momento teriam sido unificadas numa 
mesma cidade.
DOC.	 Loba capitolina, escultura 
em bronze, século V a.C. Museus 
Capitolinos, Roma. Os gêmeos 
Rômulo e Remo foram inseridos 
na obra posteriormente, apenas 
no Renascimento, no século XV.
Conteúdo digital
Moderna PLUS tt :
www.modernaplus.com.br
ilme série: Roma
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 A virtude feminina romana
Conta uma das tradições sobre o fim da monarquia 
em Roma que Sexto Tarquínio, filho de Tarquínio, o So-
berbo, ameaçou assassinar Lucrécia, filha de Espúrio Lu-
crécio, prefeito de Roma, e casada com Lúcio Tarquínio 
Colatino, e colocar o corpo junto a um escravo morto, 
insinuando o adultério. Só então Lucrécia aceitou deitar-
-se com o criminoso. Em seguida, cometeu suicídio na 
frente de seu marido e de seu pai, exigindo vingança pela 
desonra sofrida. Leia o texto abaixo sobre o assunto.
“A preservação da [honra] [...] da mulher justificava 
um sacrifício pessoal, a [honra] [...] era então um dever 
do ideal de mulher romana, ou seja, era dever da mulher 
romana agir honestamente, cuidar adequadamente 
dos afazeres domésticos e manter-se fiel e casta para 
o marido. Contudo a [honra] [...] era também um bem, 
que uma vez conquistado deveria ser preservado, mes-
mo que assim o fossem às custas de grandes sacrifícios 
individuais, como a perda da vida de nossa heroína.
Lucrécia espelhava, assim, alguns dos principais valores 
a serem cultivados pelo ideal de mulher romana.”
LIMA, Alessandra Carbonero. Exempla romanos: 
homens de gloria e mulheres de honor. Disponível em 
otto os com Acesso em un 
DOC.	
	 . Identifi que a crítica feita por M. Rostovtzeff, no tex-
to da p. 118, relacionada ao conhecimento histórico 
produzido sobre a Roma antiga. 
	 2. Segundo a tradição, qual a importância do sacrifício 
de Lucrécia para atender ao ideal de mulher romana 
[doc. 3]?
QUESTÕES
Fonte: Roma imperial Rio de aneiro: ime i e ivros
osé l m io 
M
A R A D R I ÁT I C O 
MAR
TIRRENO
MAR
JÔNICO
SABINOS
LATINOS
VOLSCOS
SAMNITAS OSCOS
SICÍLIA
CÓRSEGA
GAULESES
SARDENHA
Roma LÁCIO
Felsina
(Bolonha) 
Ravena
Vetulônia
Perúsia
Tarquínia
Veios
Caere
Cápua
Nápoles
Paestum
Tarento
Síbaris
(Túrio)
Crotona
Himera
Rhegio
Messina
Cartago SiracusaAgrigento
Rio Pó
Rio Arno 
Rio Tibre 
ÚM
BRIO
S 
M A R M E D I T E R R Â N E O 
ALPES 
Etruscos
Gregos
Cartagineses
Povos itálicos
Outros
 Roma e a Itália antigaDOC.	2
120 km
reuniam os guerreiros até a idade de anos e se ronun
ciavam sobre as questões relativas às famílias aristocrá-
ticas. Já o Senado era uma assembleia composta pelos 
mais idosos e sua função principal era escolher o rei.
e a a Roma oi governada or reis etrus
cos, que estiveram frequentemente em confronto com 
a aristocracia latina pastoril, ou seja, os patrícios. Os 
etruscos eram provavelmente um povo de origem orien-
tal. Habitavam a região da Toscana, ao norte, tinham 
uma civilização refinada, eram grandes comerciantes 
e navegadores e já se organizavam em cidades.
O primeiro rei etrusco, Tarquínio, o Antigo, para con-
trabalançar a influência dos patrícios no Senado, introdu-
ziu nessa assembleia representantes das emergentes 
camadas comerciais érvio lio ue governou de 
a a criou os com cios centuriais ara integrar 
aquela camada da população que imigrou para Roma e 
estava excluída das assembleias políticas existentes.
m a o ltimo rei etrusco ar u nio o o er o 
foi expulso por um grupo de aristocratas. Iniciava-se a 
República Romana, período em que o Senado concentrou 
mais poder político [doc. 3].
Um local estratégico
A cidade romana surgiu num sítio formado por uma 
série de colinas cercadas por um vale pantanoso. Era um 
local rivilegiado or diversas raz es: estava r imo ao 
mar, mas distante o suficiente para manter a cidade a 
salvo de ataques de piratas; as colinas que cercavam a 
Planície do Lácio protegiam a cidade; estava às margens 
do Rio Tibre; além de tudo isso, era um ponto estratégico 
no qual se cruzavam diversas estradas que sedirigiam 
ao norte e ao sul da Itália [doc. 2].
	A	Monarquia	 omana
A primeira forma de governo em Roma foi a monar-
quia. Durante a monarquia, a sociedade romana esteve 
dividida entre patrícios e plebeus. O patriciado era for-
mado por grandes proprietários rurais, que se agrupa-
vam em famílias, as gentes, que acreditavam descender 
de ancestrais comuns. A plebe era formada por camadas 
sociais distintas: cam oneses livres artesãos ur anos 
pequenos comerciantes e imigrantes vindos de outros 
locais da Itália. O único traço em comum era o fato de 
não terem os mesmos direitos que os patrícios.
Até a chegada dos etruscos, os primeiros reis eram 
latinos e a organização política centrava-se em duas as-
sem leias: os com cios curiais e o enado s com cios 
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 Objetivos
 Entender os conflitos 
sociais e a luta pela 
cidadania em Roma.
 Reconhecer as 
condições da expansão 
militar romana.
 Termos e conceitos
•	 ep lica
•	Patrícios
•	Ple eus
•	 eforma	agrária
•	Cidadania
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DOC.	2 Relevo romano 
representando camponeses 
e soldados, século I. 
Museu do Louvre, Paris.
 a
Instituição do 
Tribunato da Plebe, 
magistrado plebeu que 
atuava em defesa dos 
direitos e interesses da 
plebe no Senado.
 a
Lei das Doze Tábuas, 
primeiro código de 
direito escrito em 
Roma.
 a
Direito ao casamento 
misto (entre patrícios 
e le eus
 a
Os plebeus adquirem 
o direito a receber as 
terras conquistadas.
 a
Abolição da escravidão 
por dívidas.
 a
Os plebeus ganham 
acesso a todos os 
cargos públicos, 
tanto políticos quanto 
religiosos.
 a
Os plebiscitos, 
decisões tomadas 
pelo Tribunato da 
Plebe, passam a ter 
força de lei.
 As	conquistas	
sociais e políticas 
dos plebeus
DOC.	
A República Romana
 Uma república aristocrática
 rasil desde adota a orma de governo re u licana sso signi ica 
que um representante, no caso o presidente, é eleito pelo povo para ser o 
chefe do país. 
 regime re u licano oi criado na Roma antiga m a o atriciado 
romano conseguiu depor o último rei etrusco, Tarquínio, o Soberbo, e implantar 
a República. A República Romana, contudo, ao contrário das cidades-Estado 
gregas e, particularmente, de Atenas, não desenvolveu a democracia.
A participação política dos cidadãos na Roma republicana ocorria prin-
cipalmente por meio de assembleias (comitia nas uais se destacavam 
tr s modalidades segundo o modo de divisão dos cidadãos: assem leia or 
centúrias, assembleias por tribos e concílios da plebe.
A assembleia por centúrias votava declarações de guerra ou tratados 
de paz e também elegia as magistraturas mais elevadas (cônsules, pretores 
e tri unos militares A assem leia dividia se em cinco classes censitárias 
de acordo com a renda do cidadão. Na assembleia por tribos, os cidadãos 
eram classificados e distribuídos em tribos de acordo com sua origem ou 
local de residência. Competia a essa assembleia eleger as magistraturas 
inferiores. O concílio da plebe (concilium plebis votava as leis relativas 
plebe, os plebiscitos, e elegia os tribunos e os edis.
Os conflitos entre patrícios e plebeus
Nos primeiros tempos da República, Roma foi palco de intensos conflitos 
entre os patrícios e os plebeus. Os plebeus reivindicavam ocupar cargos 
no Estado, votar no Senado e realizar suas próprias assembleias. Exigiam o 
fim da escravidão por dívidas, o acesso às terras conquistadas e o direito ao 
casamento legal com patrícios. 
Um dos maiores motivos de tensão era a questão fundiária. Enquanto os 
grandes proprietários patrícios acumulavam cada vez mais terras, a plebe 
rural empobrecia. Muitos plebeus, que foram obrigados a abandonar suas 
terras para lutar nas guerras de conquista, ao retornar se viam obrigados a 
entregar suas terras para pagar dívidas contraídas [doc. 2].
As tensões sociais cresciam e arriscavam degenerar em guerra civil. A plebe 
se revoltava e, por fim, para manter-se no poder, o patriciado teve de ceder. Várias 
leis foram aprovadas, garantindo os direitos dos plebeus [doc. 1]. 
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