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Formação das Camadas Germinativas

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Problema 03- formando as camadas germinativas do embrião
Objetivos
01. Entender a formação das camadas germinativas do embrião (desde a linha primitiva)
e relacionar com o desenvolvimento embrionário.
02. Relatar a importância do ácido fólico na gestação (suplementação) e relacionar com
o histórico familiar de defeito no tubo neural.
03. Descrever a morfologia do feto na 22 semana e apontar as observações da
ultrassonografia morfológica.
04. Explicar mielomeningocele lombossacral e agenesia renal bilateral relacionando com
a ausência de genitália e membro inferior único e rudimentar.
05. Apontar as condições judiciais para que ocorra a interrupção da gestação e
compreender como essa interrupção é feita.
Objetivo 01
Reação acrossômica
 Espermatozoide possui, no acrossomo, enzimas capazes de digerir a corona radiata e a
zona pelúcida, permitindo a fertilização
 Reação acrossômica: influxo de Ca2+ - fusão das membranas e liberação de enzimas:
 Hialuronidase (digere corona radiata)
 Esterases, acrosina e neuraminidase (digerem z. pelúcida)
* Acrosina: serino-protease permenece ligada à membrana interna do acrossomo;
"caminho" pela zona pelúcida.
Colting- proteínas que funcionam como capacete que são desnaturadas na ejaculação.
Estímulo quimioatrativo influência o espermatozoide a ir em direção da tuba uterina.
Ocorre a fusão da membrana do acrossomo e da membrana plasmática do ovócito.
Após a fusão é necessário um encaixe, que se dá através da interação entre dois
receptores de superfície do ovócito e do espermatozoide, com a ajuda da integrina (ver a
função da integrina)
O que entra no ovócito é o núcleo e os centríolos.
Reação cortical- sequência de despolarização que favorece um fluxo de cálcio que resulta
em uma exocitose do ovócito, está exocitando principalmente enzimas que vão agir sobre a
zona pelúcida, degradando-a parcialmente, resultando na perde de adesão do
espermatozóide na zona pelúcida.
A reação cortical inibe a polispermia ( um espermatozoide fertilizar mais de um ovócito)
A fertilizações acontece na ampola da tuba uterina,no desenho representado pela a estrela.
Mesmo após a fertilização, cerca de 50% da chance do zigoto implantar e posteriormente
cerca de 25% do zigoto desenvolver.
Após a formação do zigoto começa a segmentação ou clivagem, que significa partir ou
dividir, a zona pelúcida parcial é fundamental pois impede a implantação precoce do
embrião no nicho anatômico que não é devido.
A fêmea que sintetiza a zona pelúcida, portanto enzimas próprias, a zona pelúcida também
funciona como uma capa que protege o material do externo.
Demora cerca de 4 a 5 dias para a implantação no fundo do útero. Após 1 dia da
implantação, a a zona pelúcida se degenere após a fertilização.
A partir do momento que acontece a afertilização só acontece mitose. Meiose só na
formação de gametas.
Segunda semana gestacional (o processo de implantação finaliza)
Na primeira semana o embrioblasto estava dividido em duas partes (epiblasto e hipoblasto),
no começo da segunda semana as células (amnioblastos)do epiblasto começa a se
proliferar e sediferenciar revestindo uma fina camada chamada de amnio, que secretam ao
líquido amniótico.
As células do hipoblasto começam a e proliferar e vão revestindo a blastoderme por inteira
formando uma nova cavidade chamada de saco vitelínico.
O saco vitelínico é importante: em parte é encorporando pelo embrião e vai ser parte do
trato gastrointestinal, onde tem a orige dos vasos sanguíneos ….
Amnio- parte dorsal.
Saco vitelínico - parte ventral
Na segunda semana inteira o embrião éum disco embrionário bilaminado, tem dois folhetos.
A segunda semana gestacional coincide com a quarta semana do ciclo ovacionar, portanto
o nível de progesterona está alta, mas como tem um embrião, o citotrofoblasto começa a
secretar uma enzima chamada gonadotrofina coriônica humana (hCG), molecularmente a
hCH tem uma papel semelhante a LH, e estímula a produção de progesterona, portanto
endométrio não descama.
Mais protesterona—> inibe a produção de LH—> atrofia do corpúsculo lúteo —> se
transforma em corpúsculo albicans (não quer isso).
As células do hipoblasto começam a migrar para fora do saco vitelínico, começam a formar
um preenchimento externo (mesoderma extraembrionário) entre o saco vitelínico e
ocitotrofoblasto, vai formar abertura ou cavidade chamada de celoma extraembrionário,
reveste a parte externa do saco vitelínico e do amnio e é contínuo com o citotrofoblasto
internamente.
Pedúnculo de sustentação é o ponto que o mesoderma continua espesso sem celoma e
posteriormente vai se transformar no cordão umbilical.
O sitrofoblasto vai começar a se espessar formando vilosidade colionicas,são as unidades
funcionais da placenta.
Sinciciotrofoblasto forma rede de lacunas de vasos sanguíneos (sangue materno que saiu
da arteríola), essas redes se comunicam, primórdio da circulação placentária.
TERCEIRA SEMANA
Na terceira semana vai ter a formação do celoma intraembrionário
O epiblasto tem um formato colunar e o hipoblasto cúbico, porém tem uma região (placa
pré-cordal) do hipoblasto ficará colunar no final da segunda semana.
A ranhura é chamada de Linha primitiva é um sinal importante a embriologia (toda
embriologia tem que ter coordenação, migração,morte celular). A linha primitiva se estende
ao nó primitivo.
As células do epiblasto migram pela linha primitiva em direção ao hipoblasto e vão começar
a substituir as células do hipoblasto, começou a ocupar um espaço que era o teto do saco
vitelino chamado de endoderma, as células que ficaram no meio do caminho e não fazer
contato com o saco vitelino são chamados de mesoderma, e as células que ficam mais
superficialmente vão formar a ectoderma. Portanto temos três folhetos que derivam do
epiblasto, esse evento é chamado de GASTRULAÇÃO.
Ectoderma- folheto dorsal, posteriormente vai acontecer o dobramento e vai revestir
formando a epiderme.
Endoderma- folheto ventral, vai formar o trato gastrointestinal e os órgãos internos.
Mesoderma- tecidos de sustentação, ossos e músculos são formados a partir da
mesoderma.
Na terceira semana na região do mesoderma forma um bastão de células chamado de
notocorda.
Formação da linha primitiva
A primeira evidência do processo de gastrulação no desenvolvimento humano é a formação da linha
primitiva, no início da terceira semana de desenvolvimento. Esta estrutura corresponde a um
espessamento de células do epiblasto (porção do disco bilaminar evidenciada na segunda semana),
que surge na porção caudal e cresce até a metade do disco embrionário.
O alongamento da linha primitiva se dá como resultado da intensa proliferação celular na
extremidade caudal do futuro embrião. Na extremidade cranial da linha primitiva, a proliferação das
células leva à formação do nó primitivo.
O resultado da formação da linha primitiva é permitir o reconhecimento:
● do eixo céfalo-caudal do concepto;
● das extremidades cefálica e caudal;
● das superfícies dorsal e ventral e dos lados direito e esquerdo.
Com a dinâmica de proliferação celular da porção epiblástica do disco bilaminar em direção a linha
primitiva, surge um novo evento: a interiorização celular em direção ao hipoblasto.
O primeiro conjunto de células que migram pela linha primitiva irá ocupar o espaço das células do
hipoblasto, substituindo e formando assim o endoderma.
Em um segundo momento, ainda na terceira semana, o novo grupo de células que migram,
organizam-se frouxamente entre o epiblasto e o endoderma, formando o mesoderma
o desenho que está ampliada em quadrados representa a 3 semana do desenvolvimento
embrionário.
● Notocorda induz a diferenciação do ectoderma sobrejacente
A linha primitiva se forma da região caudal a região dorsal, ela se estende até o nó primitivo……
Só tem duasregiões que não são revestidos por mesoderma preenchendo. Espaço entre o
ectoderma o endoderma são a origem caudal e origem cloacal
Os animais são devidos em protostomicos (a origem cloacal se rompe primeiro e dá origem
a boca) e deuterostomios ( primeiro se rompea origem caudal e forma o anus e depois se
forma a boca- caso dos seres humanos).
A notocorda é um eixo de sustentação que induz a diferenciação por estímulos da região
dorsal.
A notocorda secreta substancias que são importantes e influencias os eventos ao seu redor,
dois vão sofrer mais a essas secreções são o ectoderma sobrejacente e as células perto do
ectoderma sobrejacente . O ectoderma sobrejacente é influenciado pelas secreções
(morfógenos) da notocorda.
A notocorda (tubo celular) é formada pela derivado do processo notocordal (se estende por
baixo do antigo epiblasto a partir do nó primitivo em direção a região encefálica).
A notocorda se regride ao longo das próximas semanas, mas existe um resquício nos
adultos, entre os vértebras tem os discos vestrebrais, dentro desse disco tem o líquido
bulboso que é o resquício da notocorda.
Nêurula
● Logo após a formação do tubo neural se define o sistema nervos, responsável pelo
grande sucesso da estrátegia de sobrevivência animal, esse estágio é denominado
nêurula.
Neurulação
● Formação da placa e pregas neurais
● Fechamento dessas pregas: tubo neural - através da envaginação e junção do tubo
neural.
● Término da 5 semana
● O tubo neural é o primórdio do sistema nervoso central
● A crista neural dá origem ao sistema nervoso periférico
● Placa neural: espessamento do ectoderma, induzindo pela notocorda
O celoma intraembrionário é importante pois após a sua junção são onde os órgãos são
formados. O celoma intraembrionário é formado na 3 semana.
A partir da 4 semana o celoma intraembrionário vai se juntar e formar uma estrutura que
não seja mais plana e posteriormente vão formar os órgãos.
A formação do tubo neural induzida pela notocorda
Células da placa neural de formato cubóides (distintas das células achatadas da futura
epiderme)—>A linha mediana da placa neural permanece fixado à notocorda e as pregas
neurais passam por processo de elevação e convergência —> com o encontro das pregas
neurais essas fusionam, formando tubo neural, as células da crista neural se separam —>
inicia a migração das células da crista neural.
Nos próximos dias ( depois do 17 dias) a placa neural vai envaginar e as células das
periferia da placa neural é chamada de crista neural, além de formar as pregas neurais ou
sulco neural na região central.
A neurulação e formação de segmentos ocorrem em paralelo no ectoderma e no
mesoderma.
Ao final da 3 semana do desenvolvimento embrionário no embrião humano, as bordas
laterais da placa tornam-se elevadas para formar pregas ou dobras neurais, enquanto um
sulco neural aparece no centro da placa.
O mesoderma paraxial que é o mesoderma que está ao lado da notocorda, as células de
mesoderma vão se agrupar causando o espessamento do mesoderma paraxial e formar
tipo tijolinhos, formando os somitos.
As pregas neurais aproximam-se uma da outra na linha mediana,e se fundem, formando o
tubo neural.
Posteriormente o mesoderma é separado em duas porções:
● Somatopleura= junção da ectoderma + mesoderma separada pelo celoma.
● Esplancnopleura= junção da ectoderma + mesoderma separada pelo celoma.
Todo esse desenvolvimento do fechamento do tubo neural é dependente de uma enzima
chamada folato, derivado do ácido fólico, por isso que é importante a suplementação do
ácido fólico nas gestantes, o ideal mesmo é começar a suplamentação antes de engravidar.
A doença mais comum associada a ausência dessa relação é chamada de espinha….
As aberturas momentâneas do tubo neural ate a 5 semana é chamada de neuropóro neural
e caudal.
O mesoderma é divido em três regiões (é intraembrionário, pois acontece dentro do disco
embrionário trilaminar):
● Mesoderma paraxial
● Mesoderma intermediário
● Mesoderma lateral
O campo cardiogênico é uma área que acontece o espessamento do mesoderma que vão
formar o coração posteriormente.
Todos os somitos não são formados ao mesmo tempo no plano longitudinal , as células dos
somitos depois que a crista neural emigram lateralmente ao tubo neural, essas células
começam a se diferenciar e formar outras células, entre elas:
● Esclerótomo- vão formar os ossos e as cartilagens
● Miótomo- vão formar o músculo esqulético
● Dermátomo- vão formar a derme.
A utilização do álcool na 3 semana do desenvolvimento embrionário funciona como inibidor
Microcefalia- teratogênese por síndrome de alcoolismo fetal (podem atrasar o fechamento
do tubo neural) e decorrente do zika vírus (vírus que tem um tropismo amplo, consegue
infectar um campo amplo de células, no caso da microcefalia, o vírus passa pela placenta e
infecta o desenvolvimento da placa neural, causando um defeito do fechamento do tubo
neural)
● É acusada pela morte celular da placa neural
● Consequências: A diminuição da massa cortical do encéfalo causa a diminuição da
caixa craniana.
● Prevenção: gestantes usarem repelentes a base de acaridina, que repelem o
mosquito aydes egpso.
Rota de migração de células da crista neural
● Matriz extracelular dos somitos determina rota de migração de precursores
neuronais dos gânglios dorsais.
Formação dos gânglios segmentares e da cadeia ganglionar do simpático a partir da crista
neural
Derivados da crista neural:
● Cranial
● Carnal e tronco
● Tronco
Alantóide
● Aleixo que também se estabeleça na 3 semana de desenvolvimento.
● Formato circular, lembra uma salsinha
● É importante pela formação dos vasos do cordão umbilical, é o alantóide que se
projetará para o pendículo do embrião.
● Importante para a comunicaçãoentre os componentes da placenta.
EVENTOS DA QUARTA SEMANA DO DESENVOVIMENTO EMBRIONÁRIO
Diferenciação progressiva do mesoderma paraxial, axial, intermediário, lateral e
extraembrionário.
● Axial: notocorda
● Paraxial: somitos- dá origem a derme esqueleto axial e músculos associados.
● Intermediário: sistema urogenital
● Lateral: somatório e esplancnopleuras e coração
● Extraembrionário: âmnio e córion
Somitogênese no mesoderma paraxial e diferenciação dos derivados
Definição somito
• estrutura segmentar primordial em animais com segmentos (vermes anelídeos, crustáceos
e insetos, cordados e vertebrados)
• na maioria dos casos é estrutura transiente, mas elementar para organização segmentar
• em vertebrados formado a partir de mesoderma paraxial
Somitos surgem por separação sequencial dos blocos de mesoderma paraxial do
mesoderma présomítico. Logo formados, se desfazem.
VOLTANDO PARA EVENTOS IMPORTANTES DA 3 SEMANA DO DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
Celoma
• A região ventral do embrião será também ocupada pelo mesoderma. Aqui, porém, este
tecido embrionário não forma blocos maciços, mas duas camadas celulares delgadas, com
um espaço oco entre elas.
• O surgimento desses espaços cria uma cavidade corporal, o celoma, aonde no futuro os
órgãos ficarão dispostos.
Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular
● Campo cardiogênico
VOLTANDO PARA OS EVENTOS DA QUARTA SEMANA
Acontece o dobramento do embrião, o disco embrionário trilaminar plano passa a ter uma
forma cilíndrica.
Dobramento nos planos mediano e horizontal
Rápido crescimento do embrião.
Aumento rápido do comprimento do disco embrionário.
Vista externa do embrião de 4 semanas
Placóides olfatórios- agrumados de células que dão origem a estrutura nasal.
Placóide cristalino- desenvolverá os olhos
Processo maxilar- dsenvolverá a boca
Tubérculo genital- primordio de um pênis ou clitóris.
Prega urogenital- desenvolvimento do canal vaginal e fechamento do saco escrotal.
VISTA INTERNA DO EMBRIÃO DE 4 SEMANA
Verde representado pelo tubo neural- tem vesículas dilatadas que darão origem as porções
do encéfalo
O que divide a cavidade torácica da cavidade abdominal é o diafragma (músculo)- começa
a se transformar na 4 semana pelos miotómos (derivados dos somitos)
CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
A maior parte dos processos do desenvolvimento depende de uma interação coordenada e
precisa de fatores genéticos e ambientais;
MECANISMO DE CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO
- Interações entre tecidos
- Migração regulada de células e de colônias de células
- Proliferaçãocontrolada e morte celular programada
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO PRINCIPAIS EVENTOS DA 4a À 8a SEMANA
4 semana
24o dia- início da quarta semana
- Início da formação dos arcos faríngeos (branquiais):
● Primeiro par de arcos: dará a origem a mandíbula primitiva
- embrião levemente encurvado;
- saliência cardíaca (a partir da placa protocordal)
26o dia
- curvatura em C característica;
- fosseta ótica (primórdio do ouvido interno)- ouvido pode ser divido em três: ouvido externo,
médio e interno).
27o e 28o dias- final da quarta semana
- Broto dos membros superiores e inferiores
- Placódios do cristalino
- Quatro arcos branquiais são visíveis
● Um arco responsável pela sustentação da mandíbula.
● Os outros três arcos: Sustentação à faringe em formação., formação da face,
cavidades nasais, boca, laringe e pescoço.
5a semana
Pequenas mudanças na forma do corpo- principal diferença é o crescimento do embrião.
- Crescimento da cabeça maior que o das outras regiões
- Face em contato com a saliência cardíaca e formação do seio cervical
- Brotos dos membros superiores em forma de remos
- Brotos dos membros inferiores em forma de nadadeiras
- Rins mesonéfricos- formação dos néfrons primitivos
- Placódios do cristalino
6a semana
Os membros começam a ficar mais alongados, em decorrência acontece:
● desenvolvimento dos cotovelos;
● desenvolvimento das grandes placas das mãos;
● desenvolvimento dos raios digitais;
- movimentos espontâneos- espasmos pela resposta neuromuscular.
- desenvolvimento das saliências auriculares;
- desenvolvimento do meato acústico externo;
- olho bem evidente;
7a Semana
- chanfraduras (pequenas depressões que indicam a separação da membrana entre os
raios digitais das placas das mãos) acontece uma morte celular controlada é necessário
acontecer a apoptose da célula;
- desenvolvimento dos raios digitais;
- começa a ossificação dos membros superiores.
8a semana- última semana do período embrionário
- todas as regiões dos membros são reconhecíveis; - dedos mais compridos e totalmente
separados;
- desaparecimento da cauda;
- mãos e pés aproximam-se ventralmente;
- cabeça ainda desproporcionalmente grande e constitui quase metade do embrião;
- pálpebras mais evidentes;
- aurículas das orelhas externas começam a tomar sua forma final;
Objetivo 02
Ácido fólico
E uma vitamina hidrossolúvel que constitui um dos exemplos mais emblemáticos do crescente
interesse pelas novas
funções das vitaminas. Existe também um grande interesse por sua implicação na redução das
concentrações moderadas/elevadas de homocisteína, consideradas um novo fator de risco
cardiovascular. Outra função atribuída a essa vitamina é sua relação com o câncer colorretal, além
do crescente interesse em seu papel nas doenças neurodegenerativas. O termo ácido fólico se aplica
a toda uma família de vitamínicos com atividade biológica equivalente. Outros termos, como folato e
folacina, também são empregados indistintamente para designar estes compostos. Em alguns casos,
também se utiliza o termo vitamina B9.
"apresenta o AF (ácido fólico) como atuante na prevenção de anemias e possui um papel
fundamental na multiplicação celular, no crescimento da placenta e do feto." A ausência desse
nutriente pode levar a defeitos do tubo neural e espinha bífida. Além de desconformidades na
adequação nutricional. O AF (ácido fólico) também é conhecido como Folato, esse termo é usado
tanto para as formas da vitamina, que ocorrem nos alimentos in natura, quanto para a forma sintética
encontrada em suplementos medicamentosos e alimentos enriquecidos.
A importância do AF, especialmente nos últimos meses que antecedem a gravidez, para o adequado
fechamento do tubo neural do feto é condição bem estabelecida na literatura. Estudos apontam
também para a redução no risco de ruptura da placenta, de restrição do crescimento intrauterino e
parto prematuro, assim como prevenção de doenças respiratórias na infância e da síndrome de
Down. Entretanto, o consumo dietético deste nutriente é, na maioria dos casos, insatisfatório,
especialmente na gestação, quando as necessidades nutricionais se elevam (Barbosa, et al, 2011).
De acordo com os autores citados, a suplementação com AF deve ser iniciada pelo menos 30 dias
antes da data em
que se planeja engravidar para a prevenção da ocorrência de defeitos do tubo neural e deve ser
mantida durante toda a gestação
para a prevenção da anemia, dando continuidade até o terceiro mês no período pós- conceptivo.
A deficiência de AF por consequência da falta de consumo pelas gestantes pode determinar o
acúmulo sérico de
homocisteína, podendo associar-se à síndrome hipertensiva da gestação, ao descolamento
prematuro de placenta, a abortos espontâneos de repetição, a partos prematuros, ao baixo peso ao
nascer, à restrição de crescimento fetal, a algumas doenças crônicas cardiovasculares,
cerebrovasculares, demência e depressão.
Um dos problemas mais graves que a falta de AF pode causar ao feto é os Defeitos de Fechamento
do Tubo Neural (DFTN), essa etiologia ainda não é muito bem esclarecida, é considerada uma
herança multifatorial decorrente da interação entre fatores genéticos e ambientais. Entre os genes
mais estudados no envolvimento desta malformação são os associados ao metabolismo do ácido
fólico, particularmente uma mutação no gene da enzima 5,10 metileno-tetrahidrofolato- redutase
" Folato é de fundamental importância durante a gestação, pois nesta fase, a eritropoiese materna
está aumentada e os tecidos do feto estão se formando rapidamente, portanto, tem-se uma maior
necessidade desta coenzima para a multiplicação celular. No entanto, os estudos sobre a prevenção
de anormalidades cardíacas e orofaciais com base na suplementação com ácido fólico são
controversos, pois possuem multifatoriais. Porém, avaliando-se risco benefício para saúde
materno-fetal, principalmente na prevenção de DTN, é importante realizar a suplementação.
Podemos encontrar fontes de AF em alguns alimentos que precisam ser incluídos na alimentação
para que haja um consumo balanceado no primeiro trimestre de gestação, a fim de evitar o
surgimento de doenças comuns que surgem no período gestacional, como diabetes gestacional e
síndrome
hipertensiva. Dentre esses alimentos destacam-se predominantemente vegetais folhosos
verde-escuros, couve, brócolis, aspargos, espinafre, feijão, lentilha, grão-de-bico, amendoim, ervilha,
milho, morango, kiwi, suco de laranja e fígado.
Objetivo 03
Na 22 semana o feto está perto de meio quilo, ainda muito magrinho, porém muito desenvolvido.
Mede cerca de 26 cm da cabeça aos pés. Os cílios e as sobrancelhas estão agora formados e o
cérebro começa a crescer rápido (um crescimento que dura até os 5 anos de idade após o
nascimento). Se ele é um menino, seus testículos começam a descer da pelve para a bolsa escrotal.
As pernas se aproximam do comprimento proporcional final em relação ao corpo.
Os pulmões do bebê ainda não estão aptos para a vida fora da barriga, mas fazem rápido progresso,
praticando a respiração. O oxigênio e o gás carbônico para os exercícios de respiração vêm do
sangue materno, que chega ao feto através da placenta. Imagine só a diferença que será quando, ao
nascer, o bebê respirar pela primeira vez no ambiente fora do útero. Isso costuma ocorrer, mais ou
menos, 10 segundos após o parto.
Falando em respiração, o bebê consegue ouvir a sua, assim como as batidas do seu coração e os
barulhos do seu estômago. Os olhos estão formados, embora a íris não tenha a pigmentação ainda.
As papilas gustativas da boca passam por uma fase de desenvolvimento destinada a reconhecer o
sabor de alimentos, bebidas e outras substâncias ingeridas. O bebê já consegue identificar se algo
é doce ou amargo.
Ultrassom
O ultrassom morfológico é capaz de detectar uma ampla gama de informações, incluindo a
estrutura de órgãos vitais, batimentos cardíacos, posição da placenta e o volume de líquido
amniótico. Dois achados são considerados mais importantes e são feitos no exame do primeiro
trimestre:
● Condições genéticas:além de descartar malformações, o ultrassom morfológico de
primeiro trimestre possibilita identificar o risco de condições genéticas, como a Síndrome
de Down (entre outras síndromes). Para isso, o exame avalia os chamados “marcadores”,
achados do exame que são encontrados com maior frequência em bebês com problemas
genéticos, como a translucência nucal (mais informações abaixo).
● Pré-eclâmpsia: essa condição afeta cerca de 5% das gestações e é caracterizada pelo
aumento da pressão arterial na segunda metade da gestação. Em alguns casos, é
necessário antecipar o parto para resguardar a saúde de mãe e bebê. Para evitar isso,
https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Saude/noticia/2014/07/ajude-seu-bebe-respirar-melhor.html
https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Parto/noticia/2018/05/bebe-comeca-respirar-dois-minutos-apos-parto-ainda-ligado-ao-cordao-umbilical.html
https://revistacrescer.globo.com/Colherada-Boa/noticia/2013/10/construcao-do-paladar-das-criancas.html
https://revistacrescer.globo.com/Colherada-Boa/noticia/2013/10/construcao-do-paladar-das-criancas.html
https://altadiagnosticos.com.br/saude/sindrome-de-down
https://altadiagnosticos.com.br/saude/sindrome-de-down
durante o ultrassom morfológico de primeiro trimestre, o médico avalia o fluxo sanguíneo
das artérias uterinas que irrigam a placenta, possibilitando calcular o risco de desenvolver
o problema. Com isso, é possível identificar até 90% dos casos graves e prevenir 80%
deles.
Outras malformações, como cardiopatias congênitas, espinha bífida (malformação na coluna) e
hérnia diafragmática, também são detectadas no ultrassom morfológico e podem ser corrigidas
ainda dentro do útero.
O ultrassom morfológico de primeiro trimestre idealmente deve ser realizado em uma fase bem
específica da gestação, com 12 semanas (de 12 semanas e 0 dias a 12 semanas e 6 dias).
Se for necessário, é possível realizar esse exame alguns dias antes (no mínimo com 11 semanas)
ou depois (no máximo 13 semanas e 6 dias) -- mas o desempenho do teste é melhor quando
realizado com 12 semanas.
Já o morfológico de segundo trimestre pode ser realizado entre 20 e 24 semanas.
Por fim, existe ainda o ultrassom morfológico de terceiro trimestre que, quando indicado,
geralmente é realizado entre 26 e 32 semanas.
No ultrassom morfológico de segundo trimestre, o foco é avaliar sistematicamente as estruturas
do bebê -- como os órgãos -- e com mais detalhes, pois o bebê já cresceu bastante e mede cerca
de 20 centímetros da cabeça aos pés.
Vale ressaltar que, se o primeiro ultrassom morfológico foi feito corretamente, é mais difícil de
encontrar algo muito grave e ter uma “surpresa” nesse exame. Estima-se que seja possível
descartar cerca de 80% das malformações e patologias que podem acometer o bebê.
No exame do segundo semestre, as seguintes estruturas são avaliadas com mais precisão:
● Coração;
● Cérebro;
● Face;
● Membros;
● Coluna;
● Órgãos internos.
Objetivo 04
A mielomeningocele é o defeito congênito mais comum envolvendo a medula espinhal. Resulta de uma falha de
fechamento do tubo neural nas primeiras semanas de vida fetal, durante fase embrionária chamada de
neurulação primária. Nesta fase, não só acontece o fechamento do tubo neural como também ocorre a
separação entre o tecido nervoso e a pele. Desta forma, os Defeitos do Tubo Neural (disrafismos) podem se
relacionar a esses dois acontecimentos, sendo classificados como:
- espinha bífida aberta - quando ocorre falha do fechamento do tubo neural, havendo comunicação do tecido
nervoso com o meio ambiente;
- espinha bífida oculta – quando existe falha da separação entre o tubo neural e a pele, sendo a lesão recoberta
por pele, dita oculta.
Assim, a mielomeningocele é considerada um disrafismo aberto, caracterizado pela exposição da placa neural
(placódio) através do defeito ósseo e de pele, sendo óbvia ao nascimento
Diagnóstico
Os defeitos do tubo neural podem ser rastreados por exames de sangue maternos. Entretanto, o diagnóstico
mais acurado e precoce é realizado com ultrassonografia.
Dosagem de alfafetoproteína (AFP) – amostra de sangue materno pode ser colhido e testado para
alfafetoproteína, uma proteína produzida pelo feto. É normal ter uma pequena quantidade de AFP que atravessa
a placenta e entra na corrente sanguínea materna. Níveis anormais de AFP sugerem que o bebê tenha um
defeito do tubo neural, como a espinha bífida aberta. Entretanto, isso pode ocorrer também em outras doenças,
não sendo específico para mielomeningocele. Além disso, a dosagem de AFP deve ser realizada apenas no
segundo trimestre.O ultrassom permite detectar não só o defeito espinhal propriamente dito, como
características particulares cerebrais do feto com mielomeningocele.
Tratamento
O tratamento da mielomeningocele é cirúrgico, podendo ser realizado após o nascimento ou intra-útero.
Independente da técnica, o objetivo do tratamento é a reconstrução dos planos, a liberação do tecido neural, a
prevenção de infecção do Sistema Nervoso Central e manutenção da função neurológica.
Correção cirúrgica pós-natal: Muitos centros preferem a cesariana como via de parto, sendo considerada mais
segura e protetora para o recém-nascido e para o tecido neural exposto. Apesar disso, não há consenso na
literatura sobre a melhor via de parto. Após o nascimento, a correção cirúrgica precoce da mielomeningocele
permanece parte importante do tratamento inicial e é idealmente realizada nas primeiras 48 horas de vida, para
prevenir infecção do Sistema Nervoso Central e deterioração neurológica progressiva. O reparo compreende a
dissecção da placa neural (placódio) da pele circundante, fechamento do tubo neural e das meninges, seguida
de fechamento multicamada da musculatura, tecido subcutâneo e pele.
Cirurgia fetal: o tratamento cirúrgico da mielomeningocele pode ser realizado intraútero. A cirurgia fetal requer o
trabalho de uma equipe multidisciplinar. O procedimento é muito parecido com uma cesariana, no entanto, o feto
não é removido e o cordão umbilical não é tocado. É feita uma incisão no abdômen e no útero da mãe,
suficiente para que o defeito da coluna vertebral seja operado. O tubo neural e outras camadas adjacentes são
cirurgicamente fechadas pelo neurocirurgião. Após o procedimento, as incisões na mãe são fechadas. O reparo
pré-natal de pacientes com MMC deve ocorrer entre 19 e 27 semanas de idade gestacional, em idade materna
de pelo menos 18 anos, com lesões variando entre T1 e S1, e com cariótipos fetais normais. A correção
cirúrgica intra-útero demonstrou redução significativa da incidência de malformação de Chiari II e,
consequentemente, de hidrocefalia. Riscos maternos aumentados são inerentes ao procedimento (como parto
prematuro e morbidade materna) e o uso de anestésicos, tocolíticos, e outros medicamentos podem ser
necessários. Cirurgias minimamente invasivas por técnicas endoscópicas são relatadas na literatura, porém, até
o momento, os resultados não são superiores aos da técnica aberta, principalmente por não permitir o
desancoramento medular, passo crucial na correção da mielomeningocele.
Agenesia renal bilateral
Sirenomelia é um defeito congênito raro com prevalência estimada de 0,98:100.000 nascimentos(7,13). É
definida como defeito caracterizado pela substituição dos membros inferiores, normalmente pareados por um
único membro mediano . Ocorre em torno da terceira semana de vida intrauterina e associa-se a anomalias
gênito-urinárias, incluindo agenesia renal, de ureteres e da bexiga, ânus imperfurado e ausência da genitália
externa, consideradas malformações graves, levando à morte no período perinatal. Aproximadamente, 50% dos
casos estão associados a outros defeitos congênitos não relacionados com o defeito básico da sirenomelia,
como o do tubo neural e os cardíacos e anomalias do trato gastrointestinal superior.
Sirenomelia é considerada um defeito do campo primário do desenvolvimento que afeta múltiplas estruturas
primordiais da linha média(11), podendo ter etiologia variada. Do ponto de vista etiopatogênico,foram aventadas
duas hipóteses para explicar o desenvolvimento anormal dos membros inferiores. A primeira relaciona-se com
erro primário da blastogênese e a segunda, com evento vascular com base no desenvolvimento anormal dos
vasos umbilicais, resultando em aporte sanguíneo insuficiente para suprir a porção caudal do embrião.
Em 1987, Stocker e Heifetz classificaram os casos de sirenomelia, de acordo com a fusão e/ou agenesia dos
ossos dos membros inferiores, em sete tipos.
tipo I - fêmures, tíbias e fíbulas em número habitual;
tipo II - fíbula única fusionada;
tipo III - ausência de fibula;
tipo IV - fêmures parcialmente fusionados e fíbula única;
tipo V - fêmures parcialmente fusionados e fíbula ausente;
tipo VI: fêmur e tíbia únicos;
tipo VIl: fêmur único, tíbia e fíbula ausentes.
Objetivo 05
O Aborto legal é um tema complexo, que causa muita dificuldade de acesso e dúvida nas mulheres,
particularmente nas mulheres mais pobres, mais excluídas da sociedade e que tem menos informações.
O próprio nome diz: aborto legal, ou seja, interrupção da gravidez nos casos previstos em lei. O aborto legal
tem um componente técnico, baseado em protocolos médicos, protocolos assistenciais, de enfermagem, de
assistência social, de psicologia etc. E um outro componente, não menos importante, em razão da
característica deste procedimento, que é a legislação, componente ético-legal.
O Código Penal Brasileiro, de 1940, estabelece os permissivos legais para a interrupção da gravidez nos casos
previstos em lei. O aborto é crime pela legislação brasileira desde 1940, portanto há quase 80 anos. Em dois
incisos no artigo 128, a legislação não pune o médico que realiza o aborto: para salvar a vida da mulher e para
o caso de uma gestação decorrente de estupro, por solicitação e consentimento da mulher. Se a mulher for
menor de idade, deficiente mental ou incapaz, por autorização de seu representante legal.
Mais recentemente, o Superior Tribunal Federal, em 2012, decidiu por ampliar essa permissividade também nos
casos de anencefalia, através de uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), a nº 147.
O que precisa ser dito é que o Brasil está entre os 25% das nações do mundo com legislações mais restritivas
em relação à interrupção da gravidez. E isso traz consequências para os indicadores de saúde materna, como o
aborto inseguro e para a morbimortalidade materna.

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