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MHC e apresentacao de antigenos


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Aléxia Mendes – 89 
MHC E APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS 
 
• Estamos passamos agora para a imunidade 
adaptativa, que irá se iniciar pelo 
reconhecimento de antígenos pelos 
receptores dos linfócitos 
• Os linfócitos fazem parte da resposta 
adaptativa 
o São desenvolvidos nos órgãos 
geradores: medula e timo 
o São ativados pelos antígenos nos 
órgãos periféricos: baço e linfonodos 
(locais onde se concentram os 
antígenos introduzidos nos portais 
comuns de entrada) 
 
 
RECIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS: 
• após serem diferenciados, os linfócitos 
passam pelo processo de recirculação, ou seja, 
entrar nos órgão linfóides secundários e saem 
• isso pois são células naive (nunca entraram 
em contato com o antígeno anteriormente) e 
possuem receptores de quimiocinas e de 
adesão apenas para esses órgãos 
• quando entram entram nesses órgãos 
secundários é a maior chance de entrar em 
contato com os antígenos (pois nesses órgãos 
ficam concentrados, aumentando a 
probabilidade de encontro) 
• Lembrar que os linfócitos T naive são todos 
diferentes pois aleatoriamente produzem 
receptores diferentes 
• Caso entre em contato com uma APC, 
encontrando um antígeno, vai mudar os 
padrões de expressão, sendo ativado 
• Os linfonodos coletam antígenos na linfa e 
fazem apresentação de MHC por meio das 
células dendríticas (que só estão presentes na 
linfa) 
• O baço coleta antígenos no sangue e faz 
apresentação de MHC pelos macrófagos e 
linfócito B 
 
MHC 
• Os linfócitos precisam ser ativados, 
reconhecendo o antígeno 
• O receptor do linfócito B é a imunoglobulina 
(reconhece proteínas, polissacarídeos, 
lipídeos, na forma solúvel ou associada a 
superfície celular) 
• O receptor do linfócito T não possui nome 
específico, mas reconhece apenas fragmentos 
peptídicos ligados ao MHC 
• MHC: complexo principal de 
histocompatibilidade, são loci gênicos ligados 
que codificam proteínas envolvidas na 
apresentação de antígenos > cada pessoa 
possui MHCs diferentes! Por isso as pessoas 
respondem de forma diferente às infecções 
• Existem2 classes de MHC: classe I e classe II 
 
• HLA: é o MHC em humanos 
• O linfócito T faz reconhecimento apenas a 
partir do MCH > molécula que realiza o 
processamento do antígeno e o apresenta já 
processado para o receptor da célula T 
• Esse reconhecimento ocorre no dia 1 da 
infecção 
• O MHC de classe II é processado apenas nas 
células APCs (células dendríticas, macrófagos 
e linfócitos B) 
• Normalmente a ativação de linfócitos T é feita 
pelas células dendríticas, pois ela está nos 
portais comuns de entrada e tem mais 
receptores de PAMPs diferentes 
 
PROCESSAMENTO ANTIGÊNICO 
• Etapa que se processa o peptídeo em pedaço 
de peptídeo ligado à fenda da molécula de 
MHC 
• O antígeno proteico pode ser derivado do 
espaço extracelular ou do citosol 
• Se for de origem extracelular usa-se o MHC DE 
CLASSE II, então: 
1) antígeno deve ser interiorizado 
2) clivagem da proteínas em fagolisossomos 
3) ao mesmo tempo a célula dendrítica 
produz polipetídeos para montar o MHC 
de classe 2, por meio de chaperonas 
moleculares 
4) enquanto a proteína MHC esta sendo 
formada a cadeia invariante ajuda na 
montagem da molécula e bloqueia a 
Aléxia Mendes – 89 
fenda (o clipe é a parte que está dentro da 
fenda e a cadeia invariante fica para fora > 
cadeia invariante é proteolisada no 
fagolisossomo por não estar protegida 
pela catepsina S) 
5) Só será liberado o clipe (parte dentro da 
fenda) se tiver polipeptídeos que tenham 
maior afinidade que o clipe (faz uma 
troca) > quem faz a troca é a molécula 
HLA-DM 
 
6) Após ocorrer a troca, o MHC vai ser levado 
para a membrana 
 
 
 
A função de clipe é de que não seja apresentado ao 
MHC um polipeptídeo da própria célula do hospedeiro 
> mecanismo de auto-defesa 
 
➢ MHC de classe II direciona apresentação para 
a célula T CD4 pois ela é a única que 
reconhece esse MHC 
➢ 
 
• Se for um antígeno de origem intracelular 
USA-SE MHC CLASSE I: 
1) o peptídeo do invasor é marcado pela 
ubiquitina e levado ao proteassoma, 
gerando pequenos fragmentos peptídicos. 
2) Esse fragmentos precisam chegar no 
reticulo endoplasmático > TAP 1 e tap 2 
formam um canal para passagem desses 
peptídeos para o retículo 
3) O MHC recém sintetizado fica associado a 
proteína tapasina 
4) Logo que o peptídeo entra pela TAP já se 
liga ao MHC 
5) MHC transportado para o complexo de 
golgi 
6) MHC é levado então até a membrana por 
vesículas de exocitose 
 
➢ MHC de classe I direciona a apresentação 
para a célula T CD8 CITOTÓXICA 
 
Obs: MHC de classe I é expresso em todas as células 
nucleadas, porém apenas as que possuem a 
capacidade de produzir moléculas co-estimuladoras 
vão ter a capacidade de ativar o linfócito. As outras 
células que possuem MHC de classe I as tem para 
sinalizar o linfócito T CD8 já ativado que elas devem 
ser induzidas ao processo de apoptose por estarem 
infectadas 
 
Então: 
• Na classe o I o peptídeo vai até o MHC e na 
classe II o MHC vai ao peptídeo 
• Classe I = antígenos intracelulares > induz 
apoptose para matar esse antígeno dentro da 
célula (T CD8 faz isso) 
• Classe II = antígenos extracelulares > induzir 
fagocitose é bom 
 
 
• São gerados milhares de MHC, que são 
levados para a membrana (para ter uma maior 
chance de reconhecer pelo linfócito) 
Aléxia Mendes – 89 
• Nome dos genes da classe II: DP, DQ e DR (são 
genes codificadores de proteínas para 
produzir MHC diferentes) 
• Alelos de classe II = 10.600 alelos, ou seja, 
podem existir 10.600 MHC diferentes 
• Alelos de classe I = 25.200 alelos, ou seja, 
podem existir 25.200 MHC diferentes 
• Esse números estão sempre aumentando pois 
sempre estão sendo descobertos novos e 
comprovam o polimorfismo dos produtos 
proteicos do MHC > isso é complicado para 
transplante mas bom para a sobrevivência 
humana 
 
MORFOLOGIA DOS MHC: 
• MHC de classe I tem uma fenda pequena e 
fechada, ligando peptídeos de 8 a 11 
aminoácidos 
 
• MHC de classe II tem uma fenda maior e 
possui as extremidades abertas, permitindo a 
ligação de peptídeos maiores (de 10 a 30 
aminoácidos, ou até mais) 
• Apenas alguns aminoácidos interagem com a 
fenda, assim não fica um processo tão 
restritivo, podendo ligar mais de um peptídeo 
diferente por fenda (porém apenas um por 
vez) , dando maior de chance de ativar e ter 
uma resposta eficiente e reconhecer 
peptídeos diferentes 
• Os aminoácidos se encaixam nos pockets 
(bolsos nas fendas) > ligação em pockets 
diferentes faz com que sejam reconhecidos 
antígenos diferentes no mesmo MHC

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