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Aula 00
Técnicas Laboratoriais Bioquímicas p/ UNIFESP (Biomédico - Análises Clínicas)
Professor: Denise Rodrigues
Técnicas Laboratoriais p/ UNIFESP (Biomédico/Análises Clínicas) 
Teoria e exercícios comentados 
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AULA 00: Imunologia 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 01 
2. Estrutura do Curso 02 
3. Conceitos Básicos 04 
4. Imunidade Inata 07 
5. Imunidade Adquirida 12 
6. Tipos de Imunidade Adquirida: imunidade Humoral e 
imunidade Celular 
16 
7. Sistema Complemento 21 
8. Anticorpos 26 
9. Lista de Questões 39 
10. Gabarito 43 
11. Referências Bibliográficas 44 
 
Apresentação 
Olá, caros alunos! Como vão? Espero que estejam bem, estudando 
e seguindo firme no propósito: alcançar a sua aprovação no concurso da 
UNIFESP!  Eu sou a professora Denise Rodrigues e meu objetivo com 
esse curso é auxiliá-los no estudo sobre Técnicas Laboratoriais 
Bioquímicas e Imunológicas Aplicadas ao Diagnóstico, as quais 
abrangem vários tópicos exigidos como conhecimento específico para o 
cargo de biomédico, na área de análises clínicas. 
Antes de iniciar nossa Aula 00 (aula demonstrativa), vamos 
conferir os conteúdos que estão previstos em nosso curso. 
 
 
 
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Estrutura do Curso 
 
Aula 00 
Imunologia 
Tópico do Edital: base teórica para o estudo de 
técnicas imunológicas. 
Conteúdo previsto: conceitos básicos, funções de 
células, tecidos e órgãos linfoides, tipos de resposta 
imune (imunidade inata e adquirida-imunidade celular e 
imunidade humoral), mecanismos da resposta imune 
(contra diferentes tipos de agentes, inflamação etc..), 
sistema complemento, anticorpos e suas funções, 
reações antígeno-anticorpo. 
Aula 01 
Imunologia Clínica e 
Métodos Imunológicos 
Tópico do Edital: controle de qualidade em técnicas 
imunobiológicas; técnicas laboratoriais para o 
diagnóstico das doenças autoimunes. 
Conteúdo previsto: técnicas Imunológicas – 
introdução e controle de qualidade, doenças auto-
imunes-fundamentos, resposta imune e diagnóstico. 
Aula 02 
Imunologia Clínica e 
Métodos Imunológicos II 
Tópico do Edital: técnicas laboratoriais para o 
diagnóstico de mononucleose infecciosa; Técnicas 
laboratoriais para o diagnóstico das hepatites virais; 
Técnicas laboratoriais para o diagnóstico da síndrome de 
imunodeficiência adquirida. 
Parte I - conteúdo previsto: HIV/AIDS-fundamentos, 
resposta imune e diagnóstico. 
Parte II - conteúdo previsto: mononucleose-
fundamentos, resposta imune e diagnóstico; hepatites 
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virais--fundamentos, resposta imune e diagnóstico. 
Aula 03 
Bioquímica Clínica e 
Métodos Bioquímicos 
Tópico do Edital: controle de qualidade em técnicas 
bioquímicas; técnicas laboratoriais para o diagnóstico de 
diabetes mellitus; técnicas laboratoriais para o 
diagnóstico das hepatites virais; técnicas laboratoriais 
para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. 
Conteúdo previsto: introdução à Bioquímica Clínica, 
aspectos do controle de qualidade das análises, técnicas 
laboratoriais para o diagnóstico de diabetes mellitus; 
técnicas laboratoriais bioquímicas para o diagnóstico das 
hepatites virais; técnicas laboratoriais para o diagnóstico 
de infarto agudo do miocárdio. 
Aula 04 
Bioquímica Clínica e 
Métodos Bioquímicos 
Tópico do Edital: técnicas laboratoriais para a 
avaliação das disproteinemias; aplicação de 
espectrometria de massas no laboratório clínico. 
Conteúdo previsto: lipoproteínas: classificação e 
avaliação laboratorial; proteínas: classificação e 
métodos de dosagem; aplicação de espectrometria de 
massas no laboratório clínico. 
Aula 05 
Biologia Molecular no Laboratório Clínico 
Tópico do Edital: aplicação de técnicas de biologia 
molecular no laboratório clínico. 
Conteúdo previsto: aplicação de técnicas de biologia 
molecular no laboratório clínico. 
 
Devemos sempre estudar tudo que está previsto no edital, mas é 
importante saber quais conteúdos são exigidos com maior frequência e 
conhecer de que maneira esses conteúdos costumam ser abordados nas 
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provas. Isso é estudar com estratégia e ter o foco voltado para a 
aprovação em concursos! Por isso vamos treinar bastante resolvendo 
muitas questões de concursos para biomédico. Entretanto, como nem 
sempre há muitas questões disponíveis e para oferecer mais oportunidades 
de exercitar o que foi aprendido, vamos também resolver questões que 
foram aplicadas para cargos afins, tais como biólogo, farmacêutico e 
técnico. 
Além da teoria e da resolução de exercícios (com comentários) 
disponíveis na aula em pdf, vocês também têm acesso ao fórum de 
dúvidas e assim podem fazer perguntas, comentários ou sugestões sobre 
o conteúdo e a aula. Essa é uma forma de estreitar nossa comunicação e 
realmente estabelecer uma parceria de estudos, de modo que você 
chegue preparado e seguro no dia da sua prova. Contem comigo! 
Primeiramente, nesta Aula 00, vamos revisar a Imunologia básica, 
cujos conhecimentos acabam sendo cobrados de forma implícita na sua 
prova. Essa base também possibilitará um melhor aproveitamento ao 
iniciarmos o estudo sobre técnicas imunológicas. 
Agora sim, tudo esclarecido! Vamos começar!?  
 
Conceitos Básicos 
 
A imunologia é o estudo da imunidade, bem como dos eventos 
celulares e moleculares dos organismos frente à micro-organismos e 
outras macromoléculas estranhas. 
Mas o que é imunidade? De maneira ampla, podemos definir 
imunidade como sendo proteção/resistência às doenças, mais 
especificamente as doenças infecciosas. 
As células, tecidos, moléculas e mecanismos responsáveis pela 
imunidade são chamados conjuntamente de sistema imunológico ou 
sistema imune. 
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A atuação coletiva e coordenada das células e moléculas do sistema 
imune em resposta a agentes infecciosos ou estranhos é conhecida como 
resposta imunológica. 
 
 
 
A função fisiológica primordial do sistema imunológico é a 
defesa contra micro-organismos infecciosos. 
 
No entanto... 
 
 
 
Ao analisar essa função principal, podemos perceber que é possível 
decompor a mesma e identificar outras funções subjacentes (aquilo que 
jaz ou está por baixo) a esta. Quais são essas funções: 
1) Reconhecimento imunológico: o sistema imune dispõe de 
mecanismos para detectar a presença de um agente estranho e 
potencialmente agressor (pode ser um micro-organismos infeccioso, mas 
também macromoléculas, como as proteínas ou polissacarídeos, dentre 
outros). 
2) Efetuação da resposta imune: é a utilização de diversos 
mecanismos para conter o agente infeccioso ou substância estranha e, se 
possível, eliminá-lo. 
3) Regulação da resposta: capacidade do sistema imune se 
autorregular para evitar respostas exacerbadas ou inapropriadas, o que 
pode levar a alergias e doenças autoimunes, por exemplo. 
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4) Memória imunológica: capacidade de reconhecer um patógeno com 
o qual já tenha entrado em contato anteriormente e desencadear uma 
resposta mais rápida e efetiva. 
 
 
As moléculas capazes de serem reconhecidas e desencadear a 
produção de anticorpos são chamadas de antígenos. 
 
Antígeno: toda partícula ou molécula capaz de se ligar a anticorpo, 
podendo desencadear ou não uma resposta imune. Quando o antígeno for 
capaz de produzir uma resposta imune pode ser chamado também de 
“imunógeno”. Os antígenos podem ser moléculas simples ou complexas, 
muitas vezes possuindo diversos epítopos (determinantes antigênicos). 
Imunógeno: é quando o antígeno é capaz de desencadear ativação do 
sistema imune. 
Epítopo ou Determinante Antigênico: é a área específica da molécula 
do antígeno que é reconhecida e se liga aos receptores de superfície de 
um linfócito T (TCR) e aos anticorpos. 
Anticorpo: também chamados de imunoglobulinas, os anticorpos são 
glicoproteínas capazes de fazer o reconhecimento específico de antígenos. 
 
Vamos praticar? 
 
 
 
1. (UFMT/2014/UFMT/ Técnico de Laboratório - Análises Clínicas) Todas as 
substâncias apresentadas a um organismo através das vias parenteral, 
cutânea, digestiva, aérea, ocular são capazes de estimular uma resposta 
específica dirigida à substância indutora. O trecho refere-se a: 
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A) Anticorpo. 
B) Células sanguíneas. 
C) Antígeno. 
D) Proteínas séricas. 
Comentário: de todas as alternativas, a que melhor se encaixa é sem 
dúvida a letra “C”, antígeno. Acabamos de ver que os antígenos são 
reconhecidos por anticorpos e podem desencadear resposta imune 
(embora nem sempre, como erroneamente cita o enunciado). 
Gabarito: C. 
 
 
 
Tipos de Resposta Imune 
 Os mecanismos de defesa do organismo são constituídos por dois 
tipos diferentes de imunidade: imunidade inata e imunidade 
adquirida. 
 
a) Imunidade Inata 
A imunidade inata é responsável pela proteção inicial contra as 
infecções, sendo também chamada de imunidade natural ou nativa. 
são os mecanismos de defesa celulares e bioquímicos que já estão 
naturalmente presentes nos indivíduos em condições saudáveis 
(daí o termo inata), antes mesmo de surgir qualquer agente microbiano. E 
caso surja, estão sempre preparados para impedir a entrada de micro-
organismos ou eliminar rapidamente aqueles que conseguem entrar 
nos tecidos do hospedeiro. 
A primeira linha de defesa da imunidade natural é fornecida pelas 
barreiras epiteliais, células e antibióticos naturais presentes nos 
epitélios, que bloqueiam a entrada dos micro-organismos. Se ainda 
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assim esses patógenos conseguirem penetrar no epitélio e adentrar os 
tecidos ou circulação, serão atacados pelos fagócitos ou células 
fagocitárias (células dendríticas, monócitos, macrófagos e 
neutrófilos) e pelas células NK ou sofrerão ação de proteínas 
plasmáticas (principalmente as proteínas do Sistema 
Complemento). 
Atenção: os mecanismos da imunidade inata reconhecem e reagem 
apenas contra micro-organismos (e aos produtos das células 
lesadas) e respondem essencialmente da mesma maneira contra a 
maioria dos agentes infecciosos (resposta pouco específica) e da 
mesma forma em sucessivas infecções pelo mesmo agente 
(ausência de geração de “memória imunológica”). 
As principais respostas imunes inatas protetoras a diferentes 
tipos de micro-organismos são as seguintes: 
• Bactérias extracelulares e fungos são combatidos principalmente por 
meio de resposta inflamatória aguda, na qual neutrófilos e monócitos são 
recrutados ao local de infecção e também pelo sistema do complemento. 
• A defesa contra bactérias fagocitadas e intracelulares é mediada por 
macrófagos, que são ativados por receptores TLR e outros sensores, bem 
como por citocinas. 
• A defesa contra vírus requer a participação das células NK e interferons 
tipo 1, principalmente. 
Podemos então resumir que as principais reações do sistema imune 
inato que atuam para eliminar micro-organismos são: 
(1) a resposta inflamatória aguda; e 
(2) os mecanismos de defesa antiviral; 
 
(1) Resposta Inflamatória Aguda 
A inflamação é induzida por citocinas (p. ex., fator de necrose 
tumoral - o TNF - e a interleucina 1 - IL-1) e outras moléculas produzidas 
por macrófagos, células dendríticas, mastócitos e outras células nos 
tecidos em resposta aos produtos microbianos e às células danificadas do 
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hospedeiro. Esses mediadores aumentam a permeabilidade dos vasos 
sanguíneos, levando à entrada de proteínas plasmáticas (p. ex., proteínas 
do complemento) nos tecidos, e promovem o movimento dos leucócitos 
do sangue para o local de infecção/lesão tecidual, onde os leucócitos 
destroem os micro-organismos, removem restos celulares e promovem 
mais inflamação e reparo. 
Resumo de inflamação: é induzida pelo reconhecimento de 
patógenos ou dano celular e mediada por citocinas (por exemplo 
TNF e IL-1), consiste em múltiplas etapas, incluindo o 
recrutamento de leucócitos (principalmente neutrófilos e também 
monócitos) e o vazamento de proteínas plasmáticas através dos 
vasos sanguíneos, a ingestão de micro-organismos e restos 
celulares por fagócitos e sua destruição. É importante saber que a 
inflamação, que normalmente é uma resposta de proteção contra 
as infecções, pode também causar lesão tecidual. 
Dois tipos de fagócitos circulantes, os neutrófilos 
(principalmente!!!) e os monócitos, estão entre as células 
sanguíneas recrutadas para locais de infecção, onde irão reconhecer 
e ingerir micro-organismos para que sejam destruídos dentro de vesículas 
intracelulares por substâncias microbicidas. 
Os neutrófilos, também chamados de leucócitos 
polimorfonucleares (PMN), são os leucócitos mais abundantes no 
sangue, totalizando entre 4.000 e 10.000 por milímetro cúbico. Em 
resposta às infecções, a produção dos neutrófilos na medula óssea cresce 
rapidamente, e seu número pode aumentar para 20.000 por mL de 
sangue. A produção de neutrófilos é estimulada pelas citocinas, sendo o 
neutrófilo o primeiro tipo celular a responder à maioria das 
infecções, particularmente às infecções bacterianas e fúngicas e, 
portanto, é a célula dominante na inflamação aguda. Os neutrófilos 
ingerem os micro-organismos na circulação e entram rapidamente nos 
tecidos extravasculares nos locais de infecção, onde também ingerem e 
destroem micro-organismos. Essas células também são recrutadas a 
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locais de dano tecidual na ausência de infecção, onde iniciam a depuração 
de detritos celulares. Os neutrófilos vivem por apenas algumas horas nos 
tecidos, sendo, portanto, os primeiros agentes de socorro, mas não 
oferecem defesa prolongada. 
Vamos ver um exemplo recente de como isso foi cobrado em 
prova de concurso? 
 
 
2. (INSTITUTO AOCP/2015/ EBSERH– HC - UFG/Biomédico) “A medula 
óssea tem contribuição fundamental na efetivação do processo 
inflamatório, através da liberação e aumento na produção dos leucócitos” 
(HOKAMA e MACHADO, 1997). Paciente chegou ao pronto atendimento do 
hospital municipal com quadro inflamatório agudo. Considerando - se a 
resposta medular à infecção, na chamada fase inicial, pôde ser observada 
no hemograma presença, principalmente, de qual tipo de leucócitos? 
A) Neutrófilos. 
B) Monócitos. 
C) Eritrócitos. 
D) Trombócitos. 
E) Eosinófilos. 
Comentário: alguns termos no enunciado são “a chave” para resposta. 
Quando se fala em leucócitos, processo inflamatório agudo, fase inicial 
e papel da medula óssea no aumento rápido da produção de leucócitos, 
fica fácil identificar que o leucócito em questão é o neutrófilo! Os 
monócitos chegam posteriormente ao infiltrado inflamatório. 
Gabarito: A. 
 
Os monócitos são leucócitos menos abundantes que os neutrófilos, 
totalizando 500 a 1.000 células por milímetro cúbico de sangue e também 
ingerem micro-organismos no sangue e nos tecidos. Os monócitos que 
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entram nos tecidos extravasculares se diferenciam em macrófagos que, 
diferentemente dos neutrófilos, sobrevivem por longos períodos nesses 
locais. Macrófagos residentes são encontrados no tecido conjuntivo 
saudável e em todos os órgãos do corpo. Os macrófagos 
desempenham vários papéis importantes na defesa do hospedeiro 
– eles produzem citocinas que iniciam e regulam a inflamação, 
ingerem e destroem micro-organismos, além de limpar tecidos 
mortos e iniciar o processo de reparação tecidual. 
Anda no contexto da imunidade inata e inflamação, outro 
granulócito importante é o mastócito. Essas são células derivadas da 
medula óssea, estão presentes na pele e no epitélio mucoso e contém 
grânulos citoplasmáticos em abundancia. Os mastócitos podem ser 
ativados por produtos microbianos como parte da imunidade inata ou por 
um mecanismo dependente de um tipo específico de anticorpo (IgE). 
 
(2) Mecanismos de Defesa Antiviral 
A defesa imunológica inata contra vírus no meio intracelular 
é mediada principalmente por células NK (que reconhecem células 
infectadas e estressadas e respondem destruindo essas células) e 
também por citocinas chamadas interferons. Interferons tipo 1 
induzem a resistência a infecção e replicação virais, chamada de estado 
antiviral. IFN tipo I, que incluem várias formas de IFN-g e um IFN-
┚, são secretados por muitos tipos de células infectadas por vírus. 
Quando ativadas por células infectadas, as células NK esvaziam os 
conteúdos de seus grânulos citoplasmáticos, os quais entram nas células 
infectadas e ativam enzimas que induzem a apoptose. As células NK 
funcionam para eliminar reservatórios celulares e erradicar as infecções 
causadas por micro-organismos intracelulares, como os vírus. 
As células NK também reconhecem e eliminam células 
irreparavelmente lesionadas e células tumorais. 
Além dos mecanismos celulares da resposta inata que acabamos de 
ver, muitas proteínas plasmáticas estão envolvidas na defesa natural do 
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hospedeiro, incluindo as Proteínas do Complemento, as quais podem 
também ser ativadas por micro-organismos (Via Alternativa). Logo mais 
iremos conhecer em detalhes o Sistema Complemento. 
Além da defesa inicial contra as infecções, a resposta imune inata 
estimula a imunidade adaptativa provendo sinais que atuam em conjunto 
com os antígenos e são essenciais para a ativação dos linfócitos B e T. As 
ações combinadas dos mecanismos da imunidade inata podem erradicar 
várias infecções ou manter patógenos sob controle até que a resposta 
imune adquirida seja ativada. 
 
b) Imunidade Adquirida 
A imunidade adquirida se desenvolve mais lentamente e 
proporciona uma defesa mais tardia, porém, mais especializada e eficaz 
contra as infecções. É formada por linfócitos e seus produtos. É também 
chamada de imunidade específica ou imunidade adaptativa, pois 
somente será desencadeada a partir do reconhecimento de antígenos 
estranhos pelos linfócitos, isto é, é uma resposta do organismo em 
adaptação à presença de “invasores”. A resposta imune adquirida será 
iniciada em resposta a patógenos que consigam atravessar as barreiras 
epiteliais, atingir a circulação e alcançar os órgãos linfoides, onde serão 
reconhecidos pelos linfócitos. Os linfócitos então respondem se 
diferenciando e proliferando em células efetoras, cuja função principal é a 
eliminação do antígeno. 
Durante a resposta imune adaptativa também são formadas células 
(linfócitos) de memória. Após a primeira exposição a um determinado 
antígeno, os linfócitos B e T podem proliferar e se diferenciar em células 
efetoras, conforme já comentei, mas também em células de memória que 
poderão ser ativadas em um segundo contato com o mesmo agente, pois 
tem os mesmos receptores antigênicos da célula original. 
A imunidade adquirida possui mecanismos de resposta 
especializados para os diferentes tipos de infecção. Enquanto os 
mecanismos da imunidade inata reconhecem estruturas comuns a 
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classes de micro-organismos, reagindo de maneira semelhante contra 
os agentes de uma mesmo grupo, as células da imunidade adquirida 
(linfócitos) expressam receptores que reconhecem de maneira especifica 
uma variedade muito maior de moléculas produzidas pelos micro-
organismos, assim como reconhece também moléculas não 
infecciosas. 
A fase efetora das respostas da imunidade adquirida requer células 
e moléculas do sistema imunológico inato, tais como o sistema 
complemento, células fagocitárias e resposta inflamatória. Além disso, a 
resposta imune específica emite sinais capazes de amplificar e 
potencializar os mecanismos antimicrobianos da imunidade inata. Ou seja, 
a imunidade adquirida pode se utilizar de “soldados” da imunidade inata 
para combater o “inimigo” e, além disso, fornecer “armamentos” e 
”estratégias” que potencializam o “exército” da imunidade inata. 
Por exemplo, os anticorpos (um componente da imunidade 
adquirida) se ligam a micro-organismos que, quando revestidos, serão 
ligados com maior avidez pelas células fagocitárias (um componente da 
imunidade inata), as quais serão ativadas e irão ingerir e destruir o 
agente infeccioso. 
 
 
 
 
RESUMO: os mecanismos da imunidade inata são responsáveis 
pela defesa inicial contra as infecções. Alguns mecanismos (p. ex., 
barreiras epiteliais, pH, epitélio ciliado, lisozima) previnem as 
infecções e outros mecanismos (p. ex., fagócitos, células NK e o 
sistema do complemento) eliminam os micro-organismos. A 
resposta imunológica adquirida se desenvolve mais tarde, sendo 
mediada pelos linfócitos e seus produtos, como os anticorpos. 
 
 
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Tipos de Resposta Imune e Seus Participantes 
Imunidade Inata Imunidade Adquirida 
Barreiras físicas e químicas: 
epitélio, muco, epitélio ciliado, pH 
ácido, enzimas como a lisozima 
presente na lágrima e muco etc... 
Células: linfócitosCélulas Fagocitárias (neutrófilos e 
macrófagos) e células NK; 
Produtos secretados: anticorpos e 
citocinas 
Proteínas do sangue incluindo 
proteínas do sistema complemento 
e outros mediadores inflamatórios; 
 
Citocinas: proteínas que regulam e 
coordenam várias ações da 
imunidade natural; 
 
 
Comparação entre Imunidade Inata e Adaptativa 
Inata Adaptativa 
Presente desde o nascimento Mais tardia, leva algum tempo para 
reagir após detecção do agente 
agressor 
Receptores/ligantes conservados, 
com repertório limitado, “receptores 
de Reconhecimento de Padrão” 
Receptores/ligantes diversos 
Reage de forma similar a uma 
variedade de micro-organismos, 
reconhecendo padrões 
moleculares que são comuns 
a grupos de patógenos (os 
chamados padrões moleculares 
Reconhecimento específico para 
cada antígeno, reagindo somente 
contra o organismo indutor da 
resposta 
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associados aos patógenos (PAMPs) 
Sem memória imunológica, grau de 
resposta não varia em sucessivas 
infecções 
Geração de memória imunológica e 
modulação da resposta em uma 
nova infecção pelo mesmo tipo de 
agente 
 
 
 
Imunidade 
Ativa 
Natural: desenvolvida 
pelo organismo como 
resposta ao 
contato/invasão por 
agente infeccioso. Ex: 
imunidade após ter tido 
catapora (varicela). 
 
Artificial: desenvolvida 
pelo organismo após 
estímulo por vacina. Ex: 
vacina contra hepatite B. 
 
Passiva 
Natural: recebimento de 
anticorpos produzidos por 
outro organismo. Ex: 
recebimento de anticorpos 
pelo leite materno. 
 
Artificial: recebimento de 
anticorpos produzidos por 
outro organismo que foi 
estimulado. Ex: 
recebimento de soro 
antiofídico produzido em 
 
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equinos. 
 
Tipos de Imunidade Adquirida 
 
Existem dois tipos de imunidade adquirida: 
 
a) Imunidade humoral; 
b) Imunidade celular; 
Esses subtipos da imunidade adquirida são mediados por células e 
moléculas diferentes. 
A imunidade humoral fornece a defesa contra micro-organismos e 
toxinas microbianas presentes fora da célula do hospedeiro, no sangue 
e no lúmen dos órgãos mucosos, como os tratos gastrointestinal e 
respiratório, por exemplo. Esse tipo de resposta gera anticorpos como 
moléculas efetoras e é mediada pelos linfócitos B que se transformam 
em plasmócitos. Os anticorpos são proteínas capazes de ligar 
especificamente ao antígeno, neutralizando-o. Eles são liberados na 
circulação sanguínea e nas secreções das mucosas, onde reconhecem os 
antígenos microbianos, neutralizam o potencial infeccioso do agente e os 
preparam para serem eliminados por diversos mecanismos efetores. 
Os linfócitos B quando ativados por linfocinas poderão seguir duas 
vias: 1) se diferenciar em plasmócitos e secretar anticorpos ou 2) originar 
“células de memória” que reagem rapidamente a uma segunda exposição 
a determinado antígeno. 
Os anticorpos não têm acesso aos antígenos/micro-organismos que 
vivem e se multiplicam dentro de células infectadas. A defesa contra 
esses micro-organismos intracelulares é chamada de imunidade celular, 
sendo realizada por linfócitos T que agem em cooperação com linfócitos 
B e fagócitos. Alguns linfócitos T ativam os fagócitos para destruir os 
micro-organismos ingeridos pelas células fagocitárias nas vesículas 
fagocíticas. Outros linfócitos T destroem qualquer tipo de célula do 
hospedeiro que apresente micro-organismos infecciosos em seu 
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citoplasma, eliminando assim os reservatórios da infecção. Os linfócitos T 
reconhecem, portanto, os antígenos produzidos pelos micro-organismos 
intracelulares. Essa resposta é predominante quando os antígenos são 
vírus, protozoários, fungos e em casos de rejeição a transplantes e células 
tumorais. 
As linfocinas ativam os linfócitos T citotóxicos (também chamados T 
CD8), que secretam substâncias citolíticas que destruirão o antígeno ou 
poderão proliferar-se em células de memória e/ou ativar neutrófilos 
(células brancas do sangue), promovendo uma reação inflamatória. 
 
 
 
Uma diferença importante entre os linfócitos B e T é que a maioria 
das células T reconhece apenas antígenos proteicos, enquanto células B e 
anticorpos são capazes de reconhecer muitos tipos diferentes de 
moléculas, incluindo proteínas, carboidratos, ácidos nucleicos e lipídios. 
 
 
 
 
 
RESUMO: na imunidade humoral, os linfócitos B secretam 
anticorpos que podem impedir as infecções ou promover a 
neutralização/inativação e eliminação de micro-organismos 
extracelulares, por exemplo, bactérias. Na imunidade celular, 
diferentes tipos de linfócitos T recrutam e ativam os fagócitos 
para destruir os micro-organismos ingeridos ou eliminam 
diretamente células infectadas. É a resposta de célula para célula, 
que leva a erradicação de agentes intracelulares. 
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Resposta Imune Adquirida 
Imunidade Humoral Imunidade Celular 
Mediada por anticorpos: proteínas 
presentes no sangue e nas 
mucosas e que são produzidos por 
linfócitos B; 
Mediada por ação direta de 
linfócitos T; 
Reconhecimento dos antígenos 
pelos anticorpos; 
Reconhecimento dos antígenos 
pelos receptores de células T 
(TCR); 
Neutralização do infectividade dos 
micro-organismos e preparação 
para eliminação; 
Destruição do micro-organismo 
intracelular ou das células 
infectadas; 
Ação contra micro-organismos 
extracelulares e toxinas; 
Defesa contra micro-organismos 
localizados intracelularmente; 
 
Agora vamos listar as propriedades da resposta imune adquirida que 
pudemos identificar: 
 
Resposta Imune Adquirida 
Propriedades Implicações 
Especificidade Ativação de resposta específica 
para cada antígeno; 
Diversidade Capacidade de reconhecer e reagir 
a uma imensa variedade de 
antígenos; 
Memória Resposta mais rápida, aumentada e 
eficaz a uma nova exposição a um 
mesmo antígeno; 
Expansão Clonal Elevação do número de linfócitos 
que expressam receptores 
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antígeno-específicos (pertencem a 
um clone) para acompanhar o 
aumento do número de micro-
organismos; 
Especialização Geração de resposta mais 
adequada de acordo com cada tipo 
específico de micro-organismo; 
Contração e homeostasia Resposta cessa após eliminação do 
antígeno e ocorre retorno ao estado 
basal (homeostase), após 
eliminação do antígeno os linfócitos 
envolvidos sofrem apoptose 
Não reatividade ao “próprio” Tolerância a antígenos próprios, 
evita danos ao hospedeiro durante 
resposta a antígenos estranhos 
 
Células do Sistema Imunológico Adaptativo 
 
As células do sistema imunológico adaptativo consistem em 
linfócitos, células apresentadoras de antígeno, que capturam e 
apresentam antígenos microbianos, e células efetoras (que incluem 
linfócitos ativados e outras células, particularmenteoutros leucócitos), 
que eliminam micro-organismos. 
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Tipo de 
Células 
Funções 
Principais 
Subtipos e Funções 
Linfócitos 
 
Reconhecimento 
de antígenos 
Linfócito B: mediadores da resposta 
humoral, através da produção de 
anticorpos; 
Linfócitos T: mediadores da 
imunidade mediada por célula; 
Células NK: atuam na resposta inata; 
Células 
apresentadoras 
de antígenos: 
 
Capturam 
antígenos e 
apresentam aos 
linfócitos; 
 
 
Células dendríticas: iniciam respostas 
de células T; 
Macrófagos: atuam na apresentação 
de antígenos da fase efetora da 
imunidade mediada por célula; 
Células dendríticas foliculares: 
apresentam antígenos aos linfócitos B 
na resposta imunológica humoral; 
Células 
Efetoras: 
Eliminação dos 
antígenos 
Linfócitos T: linfócitos T auxiliares ou 
Linfócitos T citotóxicos; 
Macrófagos e monócitos: fagocitose, 
células do sistema fagocitico 
mononuclear; 
Granulócitos: neutrófilos e eosinófilos; 
 
Agora vamos treinar a resolução de questões! 
 
 
 
 
 
3. (UFV-JULHO/2007) Na espécie humana, a defesa contra agentes 
patogênicos e substâncias que superam as barreiras externas de proteção 
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é função realizada pelo sistema imunitário. Com relação a este sistema, é 
CORRETO afirmar que: 
A) a imunidade celular é mediada por uma molécula efetora chamada de 
anticorpo. 
B) a imunidade humoral é mediada por uma célula efetora, o linfócito T 
citotóxico. 
C) os antígenos são as moléculas estranhas que provocam uma reação 
imunitária. 
D) a resposta imunológica é desprovida de mecanismos de autorregulação 
e memória. 
Comentário: uma questão fácil, hein? A imunidade celular corresponde à 
ação direta de linfócitos T e a resposta imune humoral corresponde à ação 
dos anticorpos produzidos pelos linfócitos B sobre os antígenos, o que 
invalida as alternativas “A” e “B”. O sistema imune dispõe sim de 
mecanismos de autorregulação e memória, portanto, letra “D” está 
errada. Finalmente, um antígeno é toda partícula ou molécula capaz de 
ser reconhecida pelo sistema imune, podendo desencadear uma resposta 
imunológica. 
Gabarito: C. 
 
Sistema Complemento 
O sistema complemento é um conjunto de proteínas circulantes e de 
membrana celular que desempenham papéis importantes na defesa do 
hospedeiro contra micro-organismos e na lesão tecidual mediada por 
anticorpos. O sistema complemento pode ser ativado pelos micro-
organismos na ausência de anticorpos (Via Alternativa) como parte da 
resposta imune inata à infecção e pelos anticorpos ligados aos micro-
organismos (Via Clássica), como parte da imunidade adquirida. 
A ativação das proteínas do complemento envolve a clivagem 
(proteólise) sequencial dessas proteínas (uma reação em cascata/uma 
cascata enzimática) e leva à geração de moléculas efetoras que 
participam de diferentes maneiras na eliminação dos micro-organismos. 
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Vias de Ativação do Complemento 
Duas das três principais vias de ativação do complemento, a Via 
Alternativa e a Via da Lectina, são iniciadas por micro-organismos 
na ausência de anticorpo. A terceira, chamada Via Clássica, é iniciada 
por alguns isotipos de anticorpos ligados aos antígenos. A proteína do 
complemento mais abundante no plasma, chamada de C3, desempenha 
um papel central nas três vias de ativação. 
O resultado líquido das três etapas iniciais da ativação do 
complemento é que os micro-organismos adquirem um 
revestimento de C3b ligado por interação covalente. As vias de 
ativação diferem em seu início, mas, depois que são desencadeadas, as 
etapas seguintes são as mesmas. 
As etapas posteriores da ativação do complemento são iniciadas 
pela ligação de C5 a C5 convertase, e pela proteólise de C5, que dá 
origem a C5b. Os componentes restantes, C6, C7, C8 e C9 ligam-se na 
sequência a um complexo nucleado pelo C5b. A proteína final na via, C9, 
polimeriza-se para formar um poro na membrana celular, permitindo a 
passagem de água e íons, o que causa a morte do micro-organismo. Este 
poli-C9 é o componente-chave do Complexo de Ataque à membrana 
(MAC, do inglês, membrane attack complex), e sua formação é o 
resultado final da ativação do complemento. 
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Veja abaixo uma figura que resume as etapas das vias de 
ativação do Sistema Complemento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções do Sistema Complemento 
O sistema complemento desempenha um papel importante na 
eliminação de micro-organismos durante as respostas imunes inatas e 
adaptativas. A ativação do complemento resulta na produção de várias 
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moléculas biologicamente ativas que contribuem para a resistência, 
anafilaxia e inflamação e tem significância biológica e patofisiológica. 
Vejamos abaixo a descrição das principais funções efetoras do sistema 
complemento de acordo com o produto gerado: 
 
Produção de Cinina 
C2b é uma procinina gerada durante a via clássica da ativação do 
Complemento que se torna biologicamente ativa após alteração 
enzimática pela plasmina que faz sua clivagem e libera cinina, que resulta 
em edema. 
 
Lise Celular 
O Complexo de Ataque à membrana (MAC) pode induzir a lise 
celular osmótica. A lise induzida por MAC é efetiva somente contra micro-
organismos que têm paredes celulares finas e pouco ou nenhum 
glicocálice, como, por exemplo, bactérias do gênero Neisseria. 
 
Anafilotoxinas e Fatores Quimiotáticos 
C4a, C3a e C5a (em ordem crescente de atividade) são todas 
anafilotoxinas que causam degranulação celular de basófilos/mastócitos e 
contração de células da musculatura lisa. Efeitos indesejáveis desses 
peptídios são controlados pela carboxipeptidase B (C3a-INA). Esses 
pequenos fragmentos de peptídeos de C3, C4 e, sobretudo, C5, são 
quimiotáticos para neutrófilos, estimulam a liberação de mediadores 
inflamatórios de diversos leucócitos e agem nas células endoteliais para 
aumentar o movimento dos leucócitos e das proteínas plasmáticas nos 
tecidos. Dessa forma, os fragmentos do complemento induzem reações 
inflamatórias que também servem para eliminar os micro-organismos. 
C5a e MAC (C5b67) são ambos quimiotácticos. C5a é também um 
potente ativador de neutrófilos, basófilos e macrófagos e causam indução 
de moléculas de adesão nas células endoteliais vasculares. 
 
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Opsoninas 
C3b e C4b na superfície de micro-organismos se encaixam no 
receptor do Complemento Tipo 1 (CR1) expresso em células fagocitárias e 
promovem fagocitose. Assim, C3b funciona comouma opsonina. 
 
A opsonização é provavelmente a função mais importante do 
complemento na defesa contra micro-organismos. 
 
Veja abaixo uma figura que resume as principais funções 
efetoras de produtos do Sistema Complemento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. (CESPE/2013/SESA-ES/Biólogo) O sistema composto de proteínas que 
funcionam de maneira integrada na defesa do organismo contra infecções 
e na produção de quadros inflamatórios, apresentando como funções 
principais a indução e a liberação de mediadores inflamatórios, 
opsonização, promoção de fagocitose e lise bacteriana é denominado: 
A) Sistema proteico plasmático de reparação. 
B) Sistema complemento. 
C) Sistema de coagulação. 
D. Sistema humoral. 
E. Sistema ABO. 
Comentário: após ter estudado as principais funções do sistema 
complemento, essa questão se torna fácil. Não tem erro! 
Gabarito: B 
 
Anticorpos 
Os anticorpos existem em duas formas, como receptores de 
antígenos ligados à membrana das células B ou como proteínas 
secretadas. Anticorpos secretados estão presentes no sangue e nas 
secreções das mucosas, onde eles agem para neutralizar e eliminar 
micro-organismos e toxinas. Lembrando que os anticorpos são 
também chamados de imunoglobulinas (Ig), por possuírem função na 
imunidade e, ao mesmo tempo, características de mobilidade 
eletroforética lenta das globulinas. 
Anticorpos têm diferentes funções em diversos estágios na resposta 
da imunidade humoral: anticorpos ligados à membrana nas células B 
reconhecem antígenos e iniciam a resposta imunológica humoral, e 
anticorpos secretados neutralizam e eliminam os antígenos e suas toxinas 
na fase efetora dessa resposta. 
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Todas as moléculas de anticorpos são semelhantes estruturalmente. 
Apesar disso, podem ser separadas em classes e subclasses, em razão de 
diferenças quanto a características físico-químicas como tamanho, 
solubilidade e comportamento frente a antígenos. 
Uma molécula de anticorpo consiste em quatro cadeias 
polipeptídicas, sendo duas cadeias leves (L) idênticas e duas 
cadeias pesadas (H) idênticas, unidas por pontes dissulfídricas 
formando uma proteína globular em forma de “Y”. Tanto as cadeias 
pesadas quanto as leves são formadas por uma região variável e uma 
região constante. A região variável (V) é a porção que reconhece o 
antígeno e a região constante (C) promove estabilidade estrutural e, no 
caso das cadeias pesadas, media também as funções efetoras dos 
anticorpos. 
A haste do “Y” é denominada porção/fragmento Fc (de Fragment 
crystallizable) e é responsável pela atividade biológica dos 
anticorpos. Os “braços” da molécula em “Y” são denominados 
porção/fragmento Fab (de Fragment antigen binding ou fragmento de 
ligação ao antígeno) e constituem a região de ligação ao antígeno. Cada 
“braço” é formado pela região V de uma cadeia pesada e de uma cadeia 
leve que, em conjunto formam o local de ligação ao antígeno. Veja as 
figuras abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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As moléculas de imunoglobulinas apresentam diferenças na 
sequência de aminoácidos nas porções Fab. A porção Fab é a que forma 
uma superfície complementar ao epítopo (presente no antígeno) e 
determina a especificidade do anticorpo. A diversidade existente nesses 
sítios de ligação ao antígeno é o que garante que haja um repertório 
quase ilimitado de especificidades de anticorpos. 
 
Resposta mediada por Anticorpos 
Resposta primária: ocorre após o primeiro contato com o imunógeno. 
Tem como uma de suas características principais a necessidade de um 
tempo maior para a produção de anticorpos. A primeira exposição leva a 
produção de baixos níveis de imunoglobulinas, geralmente de classe IgM 
e, como a produção de anticorpos é lenta nessa fase e depende de muitos 
fatores, há um período variável (de dias a semanas e meses) antes do 
aparecimento de anticorpos na circulação, o qual nós chamamos de 
“janela imunológica”. Esse período varia de dias a várias semanas e até 
meses, dependendo do tipo e da dose do antígeno, da via de introdução, 
de características imunológicas do indivíduo e do método usado para 
detectar os anticorpos. As células de memória são geradas ainda na 
resposta primária. 
 
 
 
 
O que é janela imunológica? 
Janela imunológica é o período entre a infecção e o início da 
formação de anticorpos específicos contra o agente causador. 
 
Importância 
Se uma pessoa for doar sangue ou mesmo fazer um exame para 
saber se tem alguma infecção durante o período de janela 
imunológica, os resultados poderão ser negativos, mesmo que ela 
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já esteja infectada. Isso porque a maioria dos testes é baseada na 
pesquisa de anticorpos produzidos pelo sistema de defesa do organismo 
em resposta ao agente infeccioso e não na pesquisa direta do agente. E, 
como já sabemos, após contato com o agente infeccioso, a resposta 
imune adaptativa humoral levará um determinado tempo para acontecer, 
o que explica, portanto, a existência da janela imunológica. 
 
Resposta secundária: ocorre após a segunda exposição a um mesmo 
antígeno. Principais características: período reduzido até a produção de 
altos níveis de anticorpos, com predominância de IgG e detectáveis dentro 
de um a três dias após contato. As células de memória clonadas 
proliferam rapidamente em linfócitos efetores. Os anticorpos produzidos 
em uma resposta secundária têm maior avidez pelo antígeno e sua 
produção pode ser estimulada a partir da exposição a uma “dose” menor 
do antígeno. A resposta secundária pode ser acionada mesmo após 
muitos anos do contato e resposta primária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classes dos anticorpos 
A classe de um anticorpo é definida pela estrutura de sua cadeia 
pesada. Sendo que algumas classes possuem ainda subtipos de acordo 
com a atividade funcional. 
Anticorpos que contêm diferentes cadeias pesadas pertencem a 
diferentes classes ou isotipos. As cinco classes principais de 
imunoglobulinas (Ig) são: IgM, IgD, IgG, IgA e IgE. Essas 
imunoglobulinas diferem, por exemplo, em tamanho, cargas elétricas, 
composição de aminoácidos, ou seja, diferem nas suas propriedades 
físicas e também biológicas e efetoras. Vamos agora verificar as principais 
características e funções de cada isotipo de Ig: 
 
IgM: esta Ig é expressa na superfície das células B (funcionando como 
receptor para antígenos) ou pode ser secretada. Geralmente se apresenta 
como molécula pentamérica, 900.000 dáltons, está localizada 
principalmente no meio intravascular e corresponde a aproximadamente 
10% do total de imunoglobulinas. As cinco cadeias são ligadas entre si por 
pontes dissulfeto e por uma cadeia polipeptídica inferiorchamada de 
cadeia J. Tem grande capacidade de ativar o sistema complemento 
e promover lise celular, mas não atravessa a barreira placentária. 
Sua porção Fc é também capaz de ser ligada por receptores de frações Fc 
em células fagocitárias. É geralmente denominado anticorpo “frio”, pois a 
fixação desse anticorpo ao antígeno é máxima a baixas temperaturas, 
como 4°C, é mais fraca a 25ºC e praticamente nula a 37ºC. 
Classicamente, é o anticorpo da resposta primária, o primeiro anticorpo a 
ser produzido. Os anticorpos IgM ficam presentes por um curto período de 
tempo, normalmente desaparecendo de três a seis meses após uma 
infecção. Portanto, a presença de anticorpos IgM é um indicativo de 
infecção aguda ou recente. Anticorpos IgM também podem ser detectados 
na reinfecção ou reativação de processos infecciosos. 
IgG (possui subclasses IgG 1, 2 , 3 e 4): molécula monomérica, 
160.000 daltons, é a principal imunoglobulina no soro, chega a cerca de 
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75% do total de Ig do organismo. Está igualmente distribuída nos 
compartimentos extracelulares e é a única com a importante 
propriedade de atravessar a barreira placentária. Algumas 
subclasses têm boa capacidade de ativar complemento, como a IgG 1 e 
IgG 3, exceto a IgG 4, ocasionando amplificação de resposta inflamatória, 
a qual já estudamos. Provoca também a opsonização da célula-alvo e 
possibilita maior aderência e melhor ingestão do antígeno por células 
fagocitárias (monócitos, macrófagos e polimorfonucleares). Em 
comparação à IgM, a IgG é a que surge mais tardiamente no curso de 
uma infecção e também a que é produzida em uma resposta secundária, 
ou seja, segunda exposição a determinado antígeno. A capacidade de 
ligação dos anticorpos IgG (avidez) é diretamente proporcional ao tempo 
de infecção. Geralmente IgG é denominada anticorpo “quente”, pois a 
fixação do anticorpo se dá de maneira ótima a 37°C. 
 
IgD: corresponde a menos de 1% do total das imunoglobulinas 
plasmáticas. A IgD, juntamente com IgM, está presente na superfície dos 
linfócitos B. Participa na diferenciação das células B, porém, sua função 
biológica ainda precisa ser melhor esclarecida. 
 
IgA: é a imunoglobulina predominante nas secreções mucosserosas como 
a saliva, lágrima, colostro, leite, secreções nasais, traqueobronquiais e 
geniturinárias, na secreção presente no lúmen do intestino delgado e 
outras. É muito resistente às enzimas proteolíticas, por isso consegue 
atuar nas secreções sem sofrer inativação pelas enzimas ali presentes. 
Está em pequenas quantidades na circulação sanguínea. A IgA secretada 
é um dímero. 
 
IgE: em baixas concentrações no soro, é encontrada principalmente nas 
membranas superficiais de mastócitos e basófilos. A IgE desempenha 
papel importante na imunidade contra os helmintos (com participação de 
eosinófilos) e em reações alérgicas por ação dos mastócitos. A interação 
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de antígenos com moléculas de IgE ligadas a mastócitos resulta na 
liberação de grânulos contendo aminas vasoativas, como a histamina, que 
causam vasodilatação e aumento da permeabilidade dos capilares, bem 
como enzimas proteolíticas que podem matar bactérias ou toxinas 
microbianas inativas. Os mastócitos também sintetizam e secretam 
mediadores lipídicos (p. ex., prostaglandinas) e citocinas (p. ex., TNF), 
que estimulam a inflamação. Os produtos dos mastócitos estão envolvidos 
nos sintomas das doenças alérgicas e também oferecem defesa contra 
helmintos. Esses mediadores podem produzir broncoespasmo, 
vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, contração de 
músculo liso e quimioatração de outras células inflamatórias (eosinófilos, 
por exemplo). Os eosinófilos também têm receptores de alta afinidade 
para a porção Fc de IgE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação dos anticorpos de acordo com a origem 
Heteroanticorpos: anticorpos produzidos contra antígenos advindos de 
indivíduos de espécies diferentes. Por exemplo: produção de soro 
antiglobulina humana por meio da imunização de coelhos por anticorpos 
humanos (que, nesse caso, são reconhecidos como antígenos pelo 
sistema imune do animal); 
Aloanticorpos: são os anticorpos produzidos contra antígenos 
reconhecidos como “não próprios” do indivíduo, porém, provenientes de 
um organismo da mesma espécie. Um exemplo seria a imunização que 
pode ocorrer por transfusão sanguínea. 
Autoanticorpos: produzidos contra antígenos do próprio indivíduo. 
Ocorre, por exemplo, nas doenças auto-imunes. 
 
Classificação dos anticorpos de acordo com o estímulo 
Imunes: são formados por ativação do sistema imune ao reconhecer 
antígeno “não próprio”. Exemplo: anticorpos formados após transfusão ou 
gravidez. 
Naturais: são formados mesmo sem contato prévio com o antígeno. 
Como exemplo primordial, temos os anticorpos no sistema ABO. As 
bactérias que começam a colonizar o trato gastrointestinal a partir do 
nascimento possuem açúcares nas paredes celulares, os quais, por 
similaridade estrutural com os antígenos A e B, acabam por estimular a 
formação de anticorpos anti-A e anti-B. O estímulo também pode vir da 
alimentação, exposição à poeira e etc... 
Regulares: quando a presença do anticorpo já é esperada. Exemplo: 
caso dos anticorpos ABO. 
Irregulares: sua ocorrência não é esperada. Exemplo: anticorpos 
formados após aloimunização por transfusão. Ou seja, a menos que 
ocorra o evento imunizador, não se espera encontrar esses anticorpos no 
indivíduo. 
 
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Classificação dos anticorpos de acordo com o comportamento em 
testes imuno-hematológicos 
Completos: promovem aglutinação de hemácias em meio salino. 
Exemplo: anticorpos IgM. 
Incompletos: reagem com o antígeno, porém não produzem aglutinação 
das hemácias. Precisam de um meio artificial que promova a aglutinação 
para tornar “visível” a reação antígeno-anticorpo. Exemplo: anticorpos 
IgG. 
A maioria dos anticorpos completos e naturais é da classe IgM, e os 
incompletos e imunes, da Classe IgG ou IgA. 
A força com a qual uma superfície de ligação de antígeno de um 
anticorpo se liga a um epítopo de um antígeno é chamada de afinidade 
de interação. A afinidade é frequentemente expressa pela constante de 
dissociação (Kd), que é a concentração molar requerida de um antígeno 
para ocupar metade das moléculas de anticorpo disponíveis em solução; 
quanto menor a Kd, mais alta é a afinidade. A maioria dos anticorpos 
produzidos em uma resposta imunológica primária possui uma Kd entre 
10−6 e 10−9 M, mas com a repetida estimulação antigênica (p. ex., em 
uma resposta imunológica secundária) a afinidade aumenta para uma Kd 
entre 10−8 e 10−11 M. Esse aumento na força de ligação do antígeno é 
chamado de maturação da afinidade. 
Lembram que cada molécula em “Y” de um anticorpo IgG, IgD e IgE 
tem dois sítios de ligação de antígeno, correto? A IgA secretada é um 
dímero, e dessa forma possui quatro sítios de ligação ao antígeno, e a IgM 
secretadaé um pentâmero, com 10 sítios de ligação ao antígeno. 
Portanto, cada molécula desses anticorpos pode ligar dois a 10 epítopos 
de um antígeno, ou epítopos em dois ou mais antígenos próximos. A 
força total de ligação é muito maior do que a afinidade de um único 
antígeno ligado a um anticorpo, e é chamada de avidez de uma 
interação. 
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Atenção: avidez é a força da interação entre o anticorpo presente 
numa amostra e os diferentes epítopos de um antígeno polivalente 
(ou seja, a avidez da ligação antígeno-anticorpo). A avidez 
aumenta no decorrer de uma infecção. 
Anticorpos produzidos contra um antígeno podem ligar outros 
antígenos estruturalmente similares. A ligação a epítopos similares 
denomina-se reação cruzada. 
O conhecimento sobre a produção e manipulação de anticorpos, 
como, por exemplo, a produção de anticorpos monoclonais, representa 
um dos mais importantes avanços tecnológicos em imunologia, com 
implicações grandiosas para a clínica médica e a pesquisa. Atualmente, os 
anticorpos monoclonais são amplamente utilizados como terapêuticos e 
reagentes para o diagnóstico de muitas doenças em humanos. Na 
próxima aula do nosso curso, estudaremos os métodos imunológicos e 
suas aplicações. 
Atenção! Os anticorpos e suas funções é um dos assuntos de 
imunologia mais cobrados em provas de concurso, de forma direta 
ou indireta. Vale a pena se dedicar a esse tópico! Vamos verificar o 
aprendizado: 
 
 
 
5. (INSTITUTO AOCP/2015/HE-UFSCAR/EBSERH/Técnico em Laboratório 
de Patologia Clínica) Imunoglobulinas são responsáveis pela resposta 
humoral. São exemplos de imunoglobulinas humanas: 
A) IgA, IgG e IgM. 
B) IgA, IgB e IgV. 
C) IgA, IgB e IgC. 
D) IgX, IgY e IgC. 
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E) IgI, IgII e IgIII. 
Comentário: a única alternativa que lista imunoglobulinas que acabamos 
de estudar é a letra “A”. 
Gabarito: A 
 
6. (INSTITUTO AOCP/2013/Enfermeiro) Os exames pré-natais que a 
gestante realiza, são de extrema importância para prevenção e 
tratamento de diversas doenças. Sobre a interpretação do resultado e 
conduta do exame de toxoplasmose, preencha a lacuna e assinale a 
alternativa correta. Recomenda-se, sempre que possível, a triagem 
para toxoplasmose por meio da detecção de anticorpos da classe 
__________ (Elisa ou imunofuorescência). Em caso de positividade, 
significa doença ativa e o tratamento deve ser instituído. 
A) IgA 
B) IgE 
C) IgG 
D) IgO 
E) IgM 
Comentário: o enunciado da questão fala em “doença ativa”, portanto 
devemos pensar logo em IgM! A presença de anticorpos IgM é um 
indicativo de infecção aguda ou recente. Também podem ser detectados 
na reinfecção ou reativação de processos infecciosos. 
Gabarito: E. 
 
7. (FADESP/2012/Prefeitura Municipal de Castanhal – PA/Biomédico) 
Quanto aos conceitos de "Janela Imunológica" na AIDS é correto afirmar 
que corresponde ao (à) 
A) possibilidade de um indivíduo não contrair a doença após ter sido 
exposto. 
B) tempo compreendido entre a infecção e a soroconversão. 
C) período em que ainda não se sabe se houve ou não uma contaminação 
pelo vírus. 
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D) período em que o organismo não mais produz anticorpos contra o 
vírus. 
Comentário: janela imunológica é o intervalo de tempo entre a infecção 
por um vírus ou outro agente infeccioso e o início da produção de 
anticorpos contra esse agente infecioso, os quais são detectáveis por 
exames de sangue. Os exames sorológicos, em geral, são baseados na 
pesquisa de anticorpos produzidos pelo sistema de defesa do 
organismo em resposta ao agente infeccioso e não na pesquisa direta do 
agente. E como os anticorpos são produzidos como parte da resposta 
imune humoral, um braço da resposta imune adaptativa, levará um tempo 
entre o contato inicial com o agente infeccioso (antígeno) e a geração dos 
anticorpos. Isso explica, portanto, a existência do período de “janela 
imunológica”. 
Gabarito: B. 
8. (CESPE/UNB/2014/INCA/Técnico 1 – Área: Hematologia e 
Hemoterapia) Com relação a noções básicas de imunologia, julgue o item 
abaixo: 
As respostas imunes fagocítica, de anticorpos e celular são meios de o 
organismo se defender quando invadido ou atacado por bactérias, vírus 
ou outros patógenos. 
ERRADO CERTO 
Comentário: questão fácil e bem geral sobre imunidade, está correta. 
Observe que são utilizados termos um tanto quanto diferenciados para 
resposta imune inata, humoral e celular. 
Gabarito: CERTO. 
 
9. (CESPE/UNB/2014/INCA/Técnico 1 – Área: Hematologia e 
Hemoterapia) Antígenos são moléculas que podem ser reconhecidas pelo 
organismo como não próprias e gerar o aparecimento de anticorpos, 
sendo qualquer substância que pode se ligar especificamente a anticorpos 
ou a um receptor de linfócito T. Substâncias que compõem as membranas 
das células ou fragmentos celulares do sangue (eritrócitos e plaquetas), 
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como proteínas, carboidratos e lipídios são considerados antígenos. Com 
relação à imunologia e genética, julgue os próximos itens. 
I) Os antígenos que possuem imunogenicidade têm a capacidade de 
estimular a produção de anticorpos, enquanto que os antígenos 
tolerógenos são os têm a propriedade de tolerância imunológica pelo 
sistema imune. 
ERRADO CERTO 
Comentário: está correto, a tolerância a antígenos próprios é importante 
para evitar danos ao próprio organismos durante resposta a antígenos 
estranhos. 
Gabarito: CERTO. 
II) Epítopo é o sítio de ligação do antígeno com a imunoglobulina ou 
receptor de linfócito T. Cada antígeno possui apenas 1 epítopo. 
ERRADO CERTO 
Comentário: um antígeno pode conter inúmeros epítopos. 
Gabarito: ERRADO. 
III) Anticorpos são substâncias produzidas a partir da ativação de 
linfócitos B, que se diferenciam em plasmócitos e secretam anticorpos, 
em resposta à introdução de um dado antígeno (imunógeno). 
ERRADO CERTO 
Comentário: não tem muito o que ser comentado, está correta a 
descrição. 
Gabarito: CERTO. 
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Caros alunos, chegamos ao fim de nossa Aula 00, em que vimos 
um conteúdo introdutório! Nesse primeiro contato, estabelecemos a base 
para os conteúdos que ainda virão, por isso, não deixem de tirar todas as 
suas dúvidas por meio do fórum. 
Em nossa próxima aula teremos um número bem maior de 
questões. Vamos saber o que realmente cai sobre técnicas laboratoriais 
para o diagnóstico das doenças autoimunes e controle de qualidade em 
técnicas imunobiológicas. 
Bons estudos! 
Até a próxima aula! 
Denise Rodrigues 
 
Lista de Questões 
 
1. (UFMT/2014/UFMT/ Técnico de Laboratório - Análises Clínicas) Todas as 
substâncias apresentadas a um organismo através das vias parenteral, 
cutânea, digestiva, aérea, ocular são capazes de estimular uma resposta 
específica dirigida à substância indutora. Otrecho refere-se a: 
A) Anticorpo. 
B) Células sanguíneas. 
C) Antígeno. 
D) Proteínas séricas. 
 
2. (IINSTITUTO AOCP/2015/ EBSERH – HC - UFG/Biomédico) “A medula 
óssea tem contribuição fundamental na efetivação do processo 
inflamatório, através da liberação e aumento na produção dos leucócitos” 
(HOKAMA e MACHADO, 1997). Paciente chegou ao pronto atendimento do 
hospital municipal com quadro inflamatório agudo. Considerando - se a 
resposta medular à infecção, na chamada fase inicial, pôde ser observada 
no hemograma presença, principalmente, de qual tipo de leucócitos? 
A) Neutrófilos. 
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B) Monócitos. 
C) Eritrócitos. 
D) Trombócitos. 
E) Eosinófilos. 
 
3. (UFV-JULHO/2007) Na espécie humana, a defesa contra agentes 
patogênicos e substâncias que superam as barreiras externas de proteção 
é função realizada pelo sistema imunitário. Com relação a este sistema, é 
CORRETO afirmar que: 
A) a imunidade celular é mediada por uma molécula efetora chamada de 
anticorpo. 
B) a imunidade humoral é mediada por uma célula efetora, o linfócito T 
citotóxico. 
C) os antígenos são as moléculas estranhas que provocam uma reação 
imunitária. 
D) a resposta imunológica é desprovida de mecanismos de autorregulação 
e memória. 
 
4. (CESPE/2013/SESA-ES/Biólogo) O sistema composto de proteínas que 
funcionam de maneira integrada na defesa do organismo contra infecções 
e na produção de quadros inflamatórios, apresentando como funções 
principais a indução e a liberação de mediadores inflamatórios, 
opsonização, promoção de fagocitose e lise bacteriana é denominado: 
A) Sistema proteico plasmático de reparação. 
B) Sistema complemento. 
C) Sistema de coagulação. 
D) Sistema humoral. 
E) Sistema ABO. 
 
5. (INSTITUTO AOCP/2015/HE-UFSCAR/EBSERH/Técnico em Laboratório 
de Patologia Clínica) Imunoglobulinas são responsáveis pela resposta 
humoral. São exemplos de imunoglobulinas humanas: 
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A) IgA, IgG e IgM. 
B) IgA, IgB e IgV. 
C) IgA, IgB e IgC. 
D) IgX, IgY e IgC. 
E) IgI, IgII e IgIII. 
 
6. (INSTITUTO AOCP/2013/Enfermeiro) Os exames pré-natais que a 
gestante realiza, são de extrema importância para prevenção e 
tratamento de diversas doenças. Sobre a interpretação do resultado e 
conduta do exame de toxoplasmose, preencha a lacuna e assinale a 
alternativa correta. Recomenda-se, sempre que possível, a triagem 
para toxoplasmose por meio da detecção de anticorpos da classe 
__________ (ELISA ou Imunofluorescência). Em caso de positividade, 
significa doença ativa e o tratamento deve ser instituído. 
A) IgA 
B) IgE 
C) IgG 
D) IgO 
E) IgM 
 
7. (FADESP/2012/Prefeitura Municipal de Castanhal – PA/Biomédico) 
Quanto aos conceitos de "Janela Imunológica" na AIDS é correto afirmar 
que corresponde ao (à) 
A) possibilidade de um indivíduo não contrair a doença após ter sido 
exposto. 
B) tempo compreendido entre a infecção e a soroconversão. 
C) período em que ainda não se sabe se houve ou não uma contaminação 
pelo vírus. 
D) período em que o organismo não mais produz anticorpos contra o 
vírus. 
 
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8. (CESPE/UNB/2014/INCA/Técnico 1 – Área: Hematologia e 
Hemoterapia) Com relação a noções básicas de imunologia, julgue o item 
abaixo: 
As respostas imunes fagocítica, de anticorpos e celular são meios de o 
organismo se defender quando invadido ou atacado por bactérias, vírus 
ou outros patógenos. 
ERRADO CERTO 
 
9. (CESPE/UNB/2014/INCA/Técnico 1 – Área: Hematologia e 
Hemoterapia) Antígenos são moléculas que podem ser reconhecidas pelo 
organismo como não próprias e gerar o aparecimento de anticorpos, 
sendo qualquer substância que pode se ligar especificamente a anticorpos 
ou a um receptor de linfócito T. Substâncias que compõem as membranas 
das células ou fragmentos celulares do sangue (eritrócitos e plaquetas), 
como proteínas, carboidratos e lipídios são considerados antígenos. Com 
relação à imunologia e genética, julgue os próximos itens. 
I) Os antígenos que possuem imunogenicidade têm a capacidade de 
estimular a produção de anticorpos, enquanto que os antígenos 
tolerógenos são os têm a propriedade de tolerância imunológica pelo 
sistema imune. 
ERRADO CERTO 
II) Epítopo é o sítio de ligação do antígeno com a imunoglobulina ou 
receptor de linfócito T. Cada antígeno possui apenas 1 epítopo. 
ERRADO CERTO 
III) Anticorpos são substâncias produzidas a partir da ativação de 
linfócitos B, que se diferenciam em plasmócitos e secretam anticorpos, 
em resposta à introdução de um dado antígeno (imunógeno). 
ERRADO CERTO 
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1-C 
2-A 
3-C 
4-B 
5-A 
6-E 
7-B 
8-CERTO 
9-I-CERTO; II-ERRADO; III-CERTO 
 
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Referências Bibliográficas 
 
- IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR Abbas, A.; Lichtmann, A.; Pillai, 
S. Editora Elsevier 8a edição/2015. 
 
- IMUNOLOGIA BÁSICA Abbas, A.; Lichtmann, A.; Pillai, S. Editora 
Elsevier 4a edição/2013. 
 
- FUNDAMENTOS DA IMUNO-HEMATOLOGIA ERITROCITÁRIA Girello, A.L.; 
Kuhn, T.I. B.B. Editora SENAC São Paulo 3a edição/2012. 
 
- SISTEMA IMUNITÁRIO: PARTE I. FUNDAMENTOS DA IMUNIDADE INATA 
COM ÊNFASE NOS MECANISMOS MOLECULARES E CELULARES DA 
RESPOSTA INFLAMATÓRIA, Cruvinel, W.M., Mesquita Junior, D., Araújo, J. 
A.P., Catelan T.T.T., Sousa, A.W.S., Silva, N.P., Andrade, L.E.C. Rev Bras 
de Reumatol 2010; 50: 434-447. 
 
- SISTEMA IMUNITÁRIO – PARTE II - FUNDAMENTOS DA RESPOSTA 
IMUNOLÓGICA MEDIADA POR LINFÓCITOS T e B, Mesquita Júnior, D., 
Araújo, J. A. P., Catelan, T. T.T, Souza, A.W.S., Cruvinel, W.M., Andrade, 
L.E.C., Silva, N. P. Rev Bras Reumatol 2010; 50(5): 552-80.

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