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2ª EDIÇÃO – REVISTA E ATUALIZADA
2020
N E U Z A I T I O K A
A N A R I B E I R O
T H I A G O B A E T A
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 4 . . 5 .
 APRESENTAÇÃO 6
 SOBRE A COLETÂNEA 9
CAP 1 . A BATALHA ESPIRITUAL E A CURA INTERIOR 12 
CAP 2 . O MINISTÉRIO DA CURA INTERIOR 20
CAP 3 . A CONDIÇÃO DA MENTE HUMANA NO PECADO 28
CAP 4 . DISCERNIMENTO ESPIRITUAL E EMOCIONAL 40
CAP 5 . A CURA ATRAVÉS DO PERDÃO GENUÍNO 50
CAP 6 . CURA DOS SENTIMENTOS QUE MATAM 62
CAP 7 . A CURA EMOCIONAL DE QUEM SOFREU DIVERSOS ABUSOS 74
CAP 8 . CURA DO SENTIMENTO DE ORFANDADE 88
CAP 9 . A CURA DAS MEMÓRIAS 102
CAP 10 . CURA DOS COMPLEXOS DA ALMA 114
CAP 11 . A CURA DO MEDO 130
CAP 12 . A CURA DA AUTOIMAGEM 136
CAP 13 . COMO SAIR DA PRISÃO EMOCIONAL E MENTAL? 146
CAP 14 . A GLÓRIA DE DEUS 158
 UMA PALAVRA FINAL 166
 COMPILADO 168
 BIBLIOGRAFIA 172
 SOBRE OS AUTORES 173
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 6 . . 7 .
Nós vivemos numa era globalizada, o que nos aponta para um 
avanço tecnológico. As pessoas tornaram-se virtuais, suas emo-
ções trancadas dentro si, onde não há espaço para o arrependimento. 
O que antes pregávamos “arrependimento”, infelizmente 
hoje, alguns têm pregado “relativismo”. Não há relativismo e acompa-
nhamento para hábitos pecaminosos, e sim, a cruz de Cristo. A nossa 
vida emocional está ficando atrofiada, às vezes até culpamos as trevas, 
porém, as escolhas partem do nosso livre arbítrio. 
Precisamos compreender que a vida ressurreta e espiritual 
culmina em sermos conformados com a morte de Jesus. A nossa vida 
espiritual e emocional ficará saudável quando nos rendermos a mor-
te de Cristo; para que o poder da sua Ressurreição venha nos avivar. 
Essa redenção é uma escolha, onde ressurgiremos para mergulhar na 
imagem e semelhança do Criador. Ao entendermos essa verdade, vive-
remos de forma livre diante de Deus. Quem de fato nasceu no Espírito, 
vai entender que a primeira revelação é a do Senhor crucificado, como 
Aquele que carrega os nossos pecados, as nossas abominações, as mal-
dições, as enfermidades emocionais e sentimentais. O resultado desta 
compreensão é a nossa transformação.
Na cruz, morremos para o eu: o orgulho, a confiança própria, 
a justiça própria, morremos para áreas emocionais doentias. 
O resultado dessa morte para o mundo é a manifestação do 
poder da ressurreição de Cristo em nossa vida. Assim veremos Jesus 
vivendo através de nós. 
Em sua aula sobre A Conformidade com a morte de Cristo, a 
Dra. Neuza Itioka diz que através da oração e comunhão com Jesus, 
entenderemos que Ele vence o pecado por nós; é Ele quem vence o dia-
bo por nós; é Ele quem nos afasta das tentações do mundo; é Ele quem 
nos ajuda a manifestar o caráter de Deus Pai, e a mansidão; é Ele quem 
nos faz reconhecer o pecado e nos quebranta de verdade.
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 8 . . 9 .
Quando nós compreendemos e vivemos a conformidade 
da morte de Cristo, de forma contínua, a verdadeira vida renasce. 
As nossas emoções e pensamentos serão sadios e vivos. Como funcio-
na na prática? – Simples, uma vida voltada à direção das coisas do alto, 
onde Jesus vive, nos fará compreender e entender sobre essa morte. 
Morrer para si: negar as coisas que mais gostamos, apreciamos e ama-
mos, quando Deus pedir.
A Batalha Espiritual não desqualifica a obra da Cruz, e nem 
da ênfase nas obras das trevas como eixo da existência humana, pelo 
contrário, essa Batalha é real, o Evangelho de Cristo tem um inimigo 
que nos persegue 24h por dia, sem parar, ele tenta nos tragar. Os pri-
meiros apóstolos alertavam sobre este inimigo, o diabo. Infelizmente, 
ele é real, e tentará nos destruir, minando a nossa fé, usurpando as 
nossas emoções. No entanto, o Evangelho de Cristo anuncia a derro-
ta deste inimigo – e, quando vivemos centrados na Pessoa de Cristo, 
compreenderemos que a graça do nosso Senhor e Salvador muda to-
das as coisas. Timothy Keller diz que a graça muda desde o coração do 
homem até o mundo inteiro, e que a graça é o fator da cura do coração 
do homem. Por isso, devemos colocar toda a nossa estrutura emocio-
nal aos pés de Cristo, e compreender que não existem fórmulas para 
sermos curados, a não ser pela obra de Jesus!
Thiago Baeta Corrêa
Jornalista e editor-chefe
Editora AMAR
SOBRE A COLETÂNEA
“BATALHA ESPIRITUAL”
A coletânea Batalha Espiritual terá dois volu-
mes, o primeiro volume é sobre Cura Interior, 
o segundo será Como Manter a Libertação. Essa 
coletânea foi escrita pela Dra. Neuza Itioka, 
junto com a professora e teóloga Ana Ribeiro, 
e o jornalista e editor-chefe, Thiago B. Corrêa. 
O nosso desejo é que o Espírito Santo traga 
um novo conhecimento sobre o assunto, para 
que a multiforme sabedoria do Pai seja reve-
lada a todos nós. Jesus pode curar as nossas do-
res mais íntimas, Ele é soberano!
No final do livro, no COMPILADO, você 
poderá ver a distribuição dos estudos, como 
também a organização de cada capítulo 
deste volume.
Equipe Editorial AMAR
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 10 . . 11 .
“Às vezes, é uma palavra ou uma obra 
específica de Jesus que penetra no 
coração e começa a despedaçar a dureza 
que obstrui a luz da beleza de Cristo.”
John Piper
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 12 . . 13 .
CAPÍTULO 1
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 14 . . 15 .
Nunca é demais considerar o significado da cruz, o poder do san-
gue do Cordeiro derramado na cruz do Calvário, testemunhan-
do, com a sua boca essa vitória (Ap 12.11). Assim, a pessoa precisa assu-
mir sua posição de filho de Deus, recebendo e exercendo a autoridade 
de Cristo contra os demônios (Ef 6.11); e precisa aprender a resistir a 
satanás, humilhando-se na presença de Deus (Tg 4.7).
Precisamos ter alguns princípios para o ministério de cura in-
terior. Jesus Cristo veio para libertar os cativos de Satanás. Milhares 
de pessoas, que caíram no engodo do inimigo merecem saber da boa 
nova, merecem experimentar a liberdade em Cristo. Ele é o mais inte-
ressado em pôr em liberdade os capturados pelo inimigo. A Igreja de 
Jesus precisa colocar o seu amor e o seu poder à disposição dos que 
estão desesperadamente oprimidos e não têm nenhuma outra alterna-
tiva para se tornarem livres do cativeiro espiritual, emocional e físico 
de um guardião terrível e inescrupuloso. 
O Senhor Jesus veio para destruir a obra do diabo. Ele é o li-
bertador por excelência, e outorgou à sua Igreja o mesmo direito e au-
toridade para lidar com as questões que envolvem o ser humano: bio, 
psico e social, para exercer o papel profético e sacerdotal de libertar os 
oprimidos. Que a igreja possa crescer na percepção do mundo espiritual 
e emocional e aprender a lidar com o poder e a autoridade do Senhor.
“O Espírito do Senhor, está sobre mim, pelo que me ungiu 
para evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos 
cativos e restauração da vista aos cegos; para pôr em liberdade os opri-
midos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” (Lc 4.18-19)
O ministério de libertação não consiste em apenas expulsar 
demônios, mas sim curar a pessoa na sua totalidade emocional, espi-
ritual e física, reintegrando-a na vida da sociedade, através da comu-
nidade cristã. A libertação deve acontecer no contexto da cura total 
do indivíduo, significando a sua recuperação e reintegração integral. 
O objetivo final da cura é a inteireza, ou totalidade, em Cristo, uma 
pessoa preenchida em relação a Deus e aos outros. À vista disso, o 
ministério de libertação e cura interior deve ser realizado em etapas de 
aconselhamento, de cura das memórias, de expulsão de espíritos, e de 
discipulado intenso, no conhecimento da Palavra.
Na minha experiência, há mais de 30 anos atuando neste mi-
nistério, observei alguns princípios, e quero compartilhar com vocês.
O Senhorio de Jesus Cristo
Uma clara orientação básica do senhorio de Jesus Cristo é im-
prescindível. O entendimento emocional de que somos desafiados a 
descobrir a glória de estar debaixo de outro tipo de senhorio, deal-
guém que nos amou tanto, a ponto de morrer por nós, é colocar em 
ordem a nossa vida interior. 
Por muito tempo o indivíduo desenvolveu um padrão de sub-
missão em que foi reduzida e extinta a sua mente e a sua vontade. Por 
longo momento a mente do indivíduo não esteve acostumada a pensar 
por si, pois ele havia se tornado um mero instrumento nas mãos de um 
outro, seja um líder (cristão ou não), chefe, mentor (cristão ou não), na-
morado (a), pais e irmãos. Nós precisamos descobrir o que Deus quer 
que pensemos, e tratar de colocar dentro de nós esses pensamentos.
Nós devemos encher a nossa mente de coisas produtivas, sem-
pre compreender que apesar das aflições da vida, Deus sempre dese-
jará o nosso melhor. Os seus pensamentos para nós, são pensamentos 
de paz, e não de mal. Deus torna real cada pensamento que temos a 
respeito dele, desde que estejam de acordo com o seu caráter e Palavra. 
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o 
que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se 
há algum louvor, nisso pensai.1
A imagem de Deus que consiste em desenvolver a vontade 
e a liberdade humana precisa ser redescoberta, como dons de Deus, 
e a pessoa deve perceber a importância e a sublimidade da vontade 
#1 . A BATALHA ESPIRITUAL E A CURA INTERIOR
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 16 . . 17 .
humana aos olhos de Deus e dos outros seres humanos. Deve aprender 
a interagir saudavelmente com o Senhor, no exercício da sua vontade. 
O fatalismo e a nulificação da vontade própria do antigo padrão de 
pensamento devem ser combatidos e substituídos por uma nova per-
cepção, a de um Senhor que nos trata como filho. 
Direitos e Privilégios de um Filho
Os direitos e privilégios de um filho de Deus, a nova posição 
diante de Deus, dos principados e potestades, de si mesmo e diante da 
nova comunidade; a autoridade espiritual de que ele agora está inves-
tido em Cristo Jesus, assentado com o Senhor (Ef 2.6); os direitos do 
filho de usar o nome do Filho, Jesus Cristo, como herdeiro de Deus e 
coerdeiro juntamente com Cristo, devem ser entendidos e exercitados 
na vida prática (Rm 8.12-17). Isto vai ajudá-lo na descoberta da nova 
identidade em Cristo. 
O Plano de Deus para o Homem como um Todo
As questões básicas da vida cristã e o lugar da Bíblia e seu 
uso devem ser compartilhados tão logo quanto possível. O estudo da 
Palavra, juntamente com sua meditação e memorização é uma área 
que a pessoa precisa desenvolver para disciplinar a mente. O conhe-
cimento da doutrina básica do Cristianismo – a vida de Jesus, a vida 
cristã, a pessoa do Espírito Santo – será fundamental para que tenha 
um quadro completo do significado da nova vida em Cristo. Um bom 
treinamento nas perspectivas bíblicas ajudará a completar a cura nas 
áreas de pensamento e fantasia que tenham sido atingidas pelas pra-
ticas dos pecados. 
A memorização das Escrituras vai ajudá-lo no exercício de 
destruir as fortalezas e os sofismas que a mente dominada por outro 
senhor costumava construir (2Co 10.4).
Caráter e Fruto do Espírito Santo
Outro ponto é aprender a refletir a vida de Cristo, o seu cará-
ter como a manifestação do fruto do Espírito Santo. 
Algumas áreas de nossas vidas não poderão ficar sob controle 
do Espírito Santo de um dia para outro; levará algum tempo. E não 
acontecerá apenas pelo exercício da vontade própria e pela determi-
nação humana. O mais importante é a pessoa experimentar o poder 
do Espírito Santo de Deus intervindo na sua vida por completo. Nada 
é pela nossa força, tudo é pela graça. Precisará lembrar que Jesus veio 
fazer por nós o que não podíamos fazer com nossas forças (Rm 8.3-4).
Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da 
lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, 
visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu 
Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado conde-
nou o pecado na carne; Para que a justiça da lei se cumprisse 
em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o 
Espírito. Porque os que são segundo a carne inclinam-se para 
as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as 
coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas 
a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação 
da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de 
Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na 
carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na 
carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em 
vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal 
não é dele.2
Ética Sexual Bíblica
Para quem viveu uma vida promíscua de imoralidade, somen-
te o entendimento de um plano superior que Deus traçou, desenhando 
e delineando na própria natureza humana, poderá ajudar a recuperar 
#1 . A BATALHA ESPIRITUAL E A CURA INTERIOR
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 18 . . 19 .
uma visão saudável de si e dos outros nessa área. Há uma distorção de 
valores, da imagem do homem e da mulher, quer seja por pecado ou 
pela cruel humilhação sofrida na área sexual, física e psicológica.
Essa área que foi “abusada” terá de ser recuperada, através 
da compreensão do plano de Deus para o ser humano, criado como 
homem e mulher à semelhança e imagem de Deus; plano de Deus que 
criou homem e mulher para desfrutar o sexo dentro dos padrões por 
Ele traçados. Eu escrevi um livro sobre Restauração Sexual3, onde trago 
uma abordagem sobre a sexualidade diante dos olhos de Deus.
O Entendimento Apropriado do Poder
Este poder consiste em colocar-se diante de Deus, como ser 
humano em obediência, para glorificá-lo. É um poder para morrer para 
os intentos pecaminosos do ser humano e descobrir o lugar próprio 
para servir a Deus e à sua Igreja.
A pessoa, o fruto do Espírito Santo e seus dons devem ser clara-
mente ensinados, e a busca de mais excelentes dons deve ser encorajada. 
Entendimento:
Nós vivemos num mundo de conflitos, uma intensa bata-
lha é travada em nosso interior. Estamos inseridos nas tentações de 
um mundo doentio, ao mesmo tempo, temos a promessa de estar-
mos inseridos na família de Deus. Em seu livro sobre mentalidade4, 
Thiago Baeta mostra que é através de uma mentalidade curada, pelo 
Espírito Santo, que o nosso homem interior compreenderá a maravi-
lhosa graça, por intermédio do Senhorio de Jesus, e o seu plano de nos 
salvar do diabo e de nós mesmos. 
Além das hostes espirituais da maldade, nós temos hostes 
dentro do nosso interior, que sairão através do arrependimento e mu-
dança de hábito. Éramos inimigos de Deus, do seu plano original de 
amor, mas, Jesus não teve nojo, Ele quis conhecer a humanidade, e nos 
resgatou. Antes de tudo, havia a Palavra, a Palavra presente em Deus, 
Deus presente na Palavra, a Palavra era Deus. Jesus é a Luz encarnada, 
a Luz que direciona à Vida. A Luz estava no mundo, e o mundo não a 
acolheu. Jesus veio para o seu povo (mundo), mas eles não o quiseram. 
Mas, os que o aceitaram de verdade, pela sua graça são chamados de 
filhos de Deus (Jo 1). 
E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados. 
Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mun-
do, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que 
agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais to-
dos nós também antes andávamos nos desejos da nossa 
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e 
éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. 
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito 
amor com que nos amou. Estando nós ainda mortos em nos-
sas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça 
sois salvos). E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez 
assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus. Para mos-
trar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua 
graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. 
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem 
de vós, é dom de Deus.5– x –
1. Filipenses 4.8
2. Romanos 8.2-9
3. ITIOKA, Neuza. Restauração Sexual, São Paulo (SP), Editora AMAR, 2016.
4. BAETA, Thiago. Mente Profética, São Paulo (SP), Editora AMAR, 2018.
5. Efésios 2.1-8
#1 . A BATALHA ESPIRITUAL E A CURA INTERIOR
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 20 . . 21 .
CAPÍTULO 2
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 22 . . 23 .
O Espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o 
SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; 
enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar 
liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos. 
A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do 
nosso Deus; a consolar todos os tristes. A ordenar acerca dos 
tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de 
gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito 
angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plan-
tações do Senhor, para que ele seja glorificado.1
O ministério de cura interior está relacionado em proclamar 
a obra redentora de Jesus Cristo. Apenas os mansos e humildes pode-
rão receber a cura celestial (Mt 11.28-29). A restauração para o coração 
doente vem da vingança do Senhor contra os inimigos de nossa alma. 
Por meio da sua glória, o Senhor nos cura, tira a poeira de morte, e nos 
coroa com a sua Vida (Is 61.3). Toda angústia é transformada em ado-
ração, pois, entenderemos os propósitos do Senhor. 
Mas como poderemos entender essa verdade espiritual, se a 
Igreja de Jesus está inserida dentro de uma sociedade feiticeira e idóla-
tra; permissiva; e corrupta?
Para que possamos ordenar acerca dos tristes que lhes dê glória 
em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de 
espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do 
Senhor, para que ele seja glorificado; o cristão deve atuar como luz, com 
uma vida integra e verdadeira para que a sua autoridade seja autêntica.
Jesus é a maior autoridade tanto na questão divina, quanto 
na esfera terrena, e essa autoridade Ele entregou aos seus seguidores. 
Quando os onze discípulos partiram para a Galileia e foram 
ao monte que Jesus havia indicado, ao verem Jesus Ressurreto, o ado-
raram. Porém, alguns dos discípulos duvidaram. Jesus se aproximou 
deles e disse: “Toda autoridade no céu e na terra me foi dada”.2 
#2 . O MINISTÉRIO DE CURA INTERIOR
Às vezes como discípulos de Jesus, nós podemos duvidar 
dessa autoridade espiritual, nesta dúvida, nós abrimos espaço para os 
demônios agirem. Nós somos provados ao longo do caminho, a nossa 
situação psicológica e espiritual enfrenta um conflito. Com o auxílio 
do Espírito Santo, nós precisamos buscar colocar em ordem o nosso 
mundo interior: mente, coração e alma. A partir deste eixo, com o agir 
do Espírito Santo dentro de nós, poderemos ver de forma clara e viva 
o Senhor mover o mundo exterior que estamos inseridos e vivemos. 
O mundo atual é dominado por conflitos, o que já havia sido 
profetizado por Jesus “No mundo terei aflições, mas tende bom ânimo, 
pois, eu venci o mundo”.3 
O segredo de vencermos as mazelas que encontramos numa 
era dominada pelas trevas, é focarmos a nossa atenção em Jesus. 
Acima das aflições: físicas, emocionais e espirituais, precisamos ter a 
mente firme em Cristo. Dessa forma, as hostes espirituais da maldade 
não poderão nos afligir, porque estaremos unidos com Jesus. Como um 
bom brasileiro, eu amo café. Certo dia estava no escritório da Editora 
AMAR, e fui levado pelo Senhor a ler o que estava escrito na emba-
lagem da lata do café. Observei no rótulo a palavra ALMA, e o sig-
nificado estava escrito -- “A palavra alma vem do latim “Animu”, ou 
aquilo que nos anima. Quando fazemos algo com alma, despertamos 
o que nós temos de mais inspirador”. Conforme acabei de ler o signifi-
cado de alma, o Espírito Santo ministrou em meu coração - “Filho, foi 
isso que Jesus disse: tende alma, pois eu venci. A sua alma será curada 
quando ela olhar para Jesus, e não para as aflições do mundo que Ele 
já venceu”. 
Enquanto estava na terra, Jesus convidou e chamou os seus 
discípulos para: conviver, andar; orar; chorar; ministrar; enfrentar pro-
blemas e ouvir o Pai com Ele. Além disso, Jesus também os ensinou: a 
perdoar, a suportar e a crer. Dentro do ministério de libertação e cura 
interior, nós precisamos compreender que o discipulado faz parte do 
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 24 . . 25 .
processo do Reino. E que também teremos que auxiliar, pela ajuda do 
Espírito Santo, os nossos irmãos que sofrem na área emocional. Os dis-
cípulos na convivência com Jesus, foram desafiados:
• Se conhecerem mutuamente.
• Se perdoarem mutuamente.
• Se suportarem mutuamente.
• A levarem a carga uns dos outros.
Para que possamos viver de forma sobrenatural e física, deve-
mos compreender que esse desafio apresentado por Jesus, serve para 
nós também. Contudo, precisamos ter a nossa vida emocional curada, 
e testemunhar essa cura interior. Assim, saberemos que amar não é 
competir, e sim, colaborar, respeitar e doar. Viveremos numa comu-
nidade sadia e avivada. Quando estamos emocionalmente saudáveis, 
iremos orar, crescer e edificar ao próximo. A edificação não vem pelo 
conhecimento humano, mas, através do amor que tudo suporta – 
“O saber ensoberbece e o amor edifica”.4 
Acima da Fraqueza Emocional
Em seus estudos sobre o Evangelho de João, a Dra. Neuza 
Itioka analisa que a vida do filho de Deus, deve refletir a glória do Pai. 
Essa era a obra de Jesus, revelar a Glória do Pai. Um cristão que não 
tem sua vida interior em ordem, não poderá viver a plenitude da glória 
de Deus. Apenas aquele que nasceu de novo, que é cheio do Espirito 
Santo, maduro na vida espiritual e emocional, poderá ser aberto à vida 
que Deus nos propõe, por meio de Jesus Cristo.
O diabo pode nos tentar, o adversário de Deus atacará as nos-
sas fraquezas. O príncipe do mal tentou Jesus. 
Em sua vida na terra, Jesus foi tentado a cair, a pecar contra 
Deus. Após um período de jejum, Jesus esteve vulnerável, e na sua 
fraqueza, o diabo questionou a identidade do Filho de Deus. Todavia, 
Jesus tinha a convicção de quem era (Mt 4.1-11). 
É importante que nossas fraquezas estejam escondidas em 
Deus. Jesus foi tentado em tudo, porém, Ele não pecou (Hb 4.14-16). 
A identidade está relacionada com as nossas emoções também, e, 
uma vida emocional. E, uma vida emocionalmente ferida nunca com-
preenderá o real amor de Deus.
O Homem Interior
O nosso homem interior precisa fugir da aparência do mal: 
dinheiro, poder e vida depravada. Não podemos desistir, porém, 
resistir e fugir do mal. Ainda que por fora (homem natural) pareça 
que tudo está se acabando, por dentro, onde Deus está criando uma 
nova vida (homem interior), a sua graça é revelada. É dentro da nos-
sa casa interior que Jesus disse “não deis lugar ao diabo”. É de den-
tro para fora que o Espírito Santo age revelando a sua maravilhosa 
Presença. – “Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso ho-
mem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em 
dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós 
um peso eterno de glória mui excelente”.5 Devemos nos renovar in-
teriormente – viver uma vida santa e coerente, viver o perdão, ora 
perdoando, ora sendo perdoado.
Um Discípulo Maduro 
A maturidade é para todas as áreas: emocional, espiritual 
e física. Emocionalmente devemos ter a consciência de que a cura 
não está em nossas qualidades e faculdades intelectuais, pelos nossos 
esforços e virtudes humanas, muito menos pelas nossas experiências 
e estudos, e sim, que a cura vem da cruz. É a partir do verdadeiro ar-
rependimento dos nossos pecados, que encontraremos o Reino apre-
sentado por Jesus.
Através de uma consciência espiritualmente madura, sabe-
remos que Deus nos usa apesar de nossas falhas, pela sua graça 
e misericórdia.
#2 . O MINISTÉRIO DE CURA INTERIOR
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 26 . . 27 .
Um verdadeiro discípulode Jesus, com seu emocional cura-
do, não busca a sua própria glória, não crê que seja mais espiritual do 
que o próximo, mas, consegue amar sem vaidade. O discípulo que tem 
a sua identidade firmada na Rocha (Jesus), não se enfurece quando 
é acusado injustamente, nem se ira quando é tratado de forma cruel. 
A sua carne e o seu ego são crucificados.6 
A vida interior do discípulo maduro, tem a consciência de que 
depende do Espírito Santo, que a sua confiança está nele, e que a sua 
vida e ministério aqui na terra é cooperar com o Pai. O filho ouve a voz 
do Pai, como também, a voz do Bom Pastor, e é guiado por Ele.
A graça é o meio que o Espírito Santo usa para nos curar, a sua 
paciência em nos amar e desenvolver em nós o que havíamos perdido 
como filhos segundo à imagem e à semelhança de Deus Pai. A graça é 
o vínculo com a cruz de Cristo que nos conduz a consciência de que o 
pecado nos afasta da presença de Deus. Através da Palavra de Deus, 
nós podemos ter uma ideia de como devemos pensar, o que devemos 
sentir e cultivar dentro de nós – alegria, mansidão, amor, paz, pureza, 
domínio próprio e vida. A cura interior é um meio para compreender-
mos o que Jesus faz com o nosso homem interior, cura e transforma, 
para que possamos alcançar a sua plenitude de glória em glória. 
Os lugares escuros do nosso mundo interior podem ser vi-
sitados pela Luz. Quando nos abrimos para Jesus, Ele pode trazer à 
tona tudo aquilo que escondemos do mundo exterior. Quando o Es-
pírito Santo coloca em ordem o nosso mundo interior, a nossa ótica a 
respeito do agir de Deus no mundo exterior é alterada para o louvor 
da sua glória.
Entendimento:
A cura interior começa pelo arrependimento. Quando confes-
samos os nossos pecados, o apóstolo Tiago ensina que somos curados.7 
Não é possível uma cura completa na área emocional e mental caso 
não reconheçamos a nossa necessidade da obra de Cristo. A verdadeira 
cura vem quando nos relacionamos com Deus, é a partir desse rela-
cionamento que a nossa verdadeira identidade fluirá. Pois, viemos de 
Deus, e para Ele, restaurados em Cristo, voltaremos. 
Na cura interior quem trabalha é a Graça de Deus, e não quem 
ministra. Quanto mais nos relacionamos com Deus, mais viveremos de 
forma sadia e madura. 
Quando nos humilhamos debaixo das poderosas mãos de 
Deus, a humilhação vira honra, pois, reconheceremos a Soberania do 
Senhor8. Quando vivemos de forma dependente de Deus, a sua mão 
cuida de nós. A sua mão esmaga o nosso orgulho. A nossa dependência 
de Deus lança fora todo medo e preocupação. Como filhos saberemos 
que Ele cuida de nós.
– x –
1. Isaías 61.1-3
2. Mateus 28.19
3. João 16.33
4. 1 Coríntios 8.1-3
5. 2 Coríntios 4.16-17
6. 1Coríntios 3.1-9, Gálatas 2:19-20, Gálatas 5.24, Gálatas 6.14. 
7. Tiago 5.16
8. 1 Pedro 5.6-7
#2 . O MINISTÉRIO DE CURA INTERIOR
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 28 . . 29 .
CAPÍTULO 3
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 30 . . 31 .
Após a sua Queda, o ser humano ficou suscetível ao erro e a uma 
mentalidade maldosa, tudo que era contra Deus e a sua Glória o 
homem e a mulher começaram a pensar. Quando a raça humana come-
çou a aumentar em número, nasciam cada vez mais filhas (mulheres), 
e os filhos de Deus perceberam que as filhas dos homens eram bonitas. 
Então, passaram a prestar atenção nelas e a escolher àquelas mulheres 
como esposas. Deus disse “Por causa da malignidade do ser humano mor-
tal, o Espírito que lhe dei não permanecerá nele para sempre; portanto, ele não 
viverá além dos cento e vinte anos”. (Gênesis 6.3 BKJ).
Deus viu que a maldade do homem estava fora de controle, 
o ser humano estava entregue a uma mentalidade depravada e escu-
ra, pois, ele não caminhava mais com Deus para extrair dele a vida. 
Os pensamentos sujos tomaram conta do coração humano. “Contudo, 
o Senhor observou que a perversidade do ser humano havia crescido muito na 
terra e que toda a motivação das ideias que provinham das suas entranhas era 
sempre e somente inclinada à prática do mal.” (Gênesis 6.5 BKJ).
Paulo nos expõe a sua ideia sobre essa condição da mente 
humana: “porquanto, mesmo havendo conhecido a Deus, não o glorificaram 
como Deus, nem lhe renderam graças; ao contrário, seus pensamentos passa-
ram a ser levianos, imprudentes, e o coração insensato deles tornou-se trevas”. 
(Romanos 1.21 BKJ).
O que Paulo mostra é que a razão da loucura da mente hu-
mana está voltada pela sua desobediência a Deus, e que toda a huma-
nidade é indesculpável sobre a revelação da Soberania de Deus e os 
seus atributos revelados na criação. E que Deus trouxe o juízo para o 
homem e sua pecaminosidade, o entregando aos seus próprios dese-
jos: “Além do mais, considerando que desprezaram o conhecimento de Deus, 
Ele mesmo os entregou aos ardis de suas próprias mentes depravadas, que os 
conduz a praticar tudo que é reprovável”. (Romanos 1.28 BKJ).
A mente humana sem a revelação de Deus está inserida na es-
curidão, no caos completo, sem forma e sem vida. O Espírito Santo tem 
o papel de iluminar a nossa mente para que possamos experimentar a 
boa, a perfeita e a agradável vontade de Deus em todos os sentidos de 
nossas vidas. 
Não adianta brigarmos para que o ser humano venha aceitar a 
Cristo, se ele não for convencido do seu pecado, ou seja, da sua própria 
vontade e desejo de estar no barro. Para Deus existem somente dois 
tipos de seres: os “vivos” e os “mortos”. Aqueles que estão no barro 
sem o fôlego de vida, e os que aceitaram a Vida. 
Não fazemos ideia do que se passa na mente de cada ser hu-
mano, até que nos deparemos com a Mensagem do Evangelho, que nos 
transforma de dentro para fora. 
A Condição da Mente Humana no Pecado
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. 
(Romanos 3.23 ACR).
A condição do ser humano é o pecado, isto é pela escolha da 
sua natureza. Além de compreendermos quem é Jesus de Nazaré, pre-
cisamos entender quem nós somos. 
Jesus de Nazaré é apontado como o Senhor do céu (divindade), 
mas também é reconhecido como o Salvador dos pecadores. O que nos 
revela a sua totalidade como Deus e como homem. A missão de Jesus 
foi realizar sinais e maravilhas a favor de pessoas necessitadas por um 
Caminho de Verdade, como de Vida. 
John Stott diz que “Somente depois de contemplarmos claramente 
quem somos teremos condições de perceber a beleza do que Ele fez por nós e 
está pronto a nos oferecer”1.É fato, precisamos compreender quem nós 
somos, para que tenhamos uma ação de transformação. A realidade 
humana é pecaminosa, não podemos fugir dessa condição, a não ser 
reconhecer a dependência de um Salvador.
#3 . A CONDIÇÃO DA MENTE HUMANA NO PECADO
https://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/3/23
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 32 . . 33 .
O pecado é uma realidade presente na vida do homem, des-
de a sua queda, o ser humano está entrelaçado a nascer no pecado e 
iniquidade. O rei Davi escreveu uma oração, reconhecendo a sua limi-
tação, quando o profeta Natã o confrontou, depois que o rei cometeu 
adultério com Bate-Seba. Davi orou: “Reconheço que sou pecador desde o 
meu nascimento. Sim, desde que me concebeu minha mãe”2. 
A nossa mente está sujeita ao pecado, devemos entender 
que tanto a nossa mente como coração precisam da obra de Cristo. 
Não adianta pensarmos nas coisas do alto, se o nosso coração não esti-
ver também lá. O nosso íntimo não tem força para lutar contra o peca-
do, somente pela graça de Deus, encarnada em Cristo. Davi continuou 
a sua oração “Pois no meu íntimo reconheço as minhas transgressões, e trago 
sempre presente o horror do meu pecado”3. 
Quando reconhecemos a nossa condição e dependência de 
um Salvador, o véu é tirado da nossa mente e coração, e assim clama-
remos pela graça de Deus, que é a nossa força contra o mal que está 
dentro de nós. 
Davi reconheceu a sua condição “pequei contra ti, contra ti so-
mente, e pratiquei o mal que tanto reprovas”4. Por mais que ele tenha sido 
conhecido como o homem segundo o coraçãoe Deus, Davi teve de se 
humilhar, para ter a presença de Deus novamente. O pecado nos leva 
a ofender a Deus, como também ao próximo. O que Deus mais deseja 
é a verdade de dentro para fora.
R. C. Sproul expõe que; “Quando contemplarmos a face de 
Deus, todas as memórias de dor e sofrimento desaparecerão. Nossas 
almas serão totalmente curadas”. Nós fomos criados num mundo onde 
tudo parece ser sobre nós, pois, focamos tanto em nossos problemas, 
dores, passado e pensamentos ansiosos, que não compreendemos a be-
leza da cura, por meio de Cristo, que tudo é sobre Ele, e não sobre nós. 
O deus deste mundo nada tinha em Cristo, porque o tudo de Cristo 
estava na Glória de Deus Pai.
O Homem e o seu Pecado
Pela aceleração da ciência e da tecnologia, nós podemos ver 
que a abertura ao conhecimento presente tem apontado para muitos 
que o problema do mal da sociedade está no próprio homem, e não 
somente na sociedade que o homem vive. 
O pecado é algo universal, quase todos os escritores dos livros 
da Bíblia apontaram esse fato. O rei Salomão disse: “Na verdade que não 
há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque”5. O apóstolo 
João nos ensinou: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós 
mesmos, e não há verdade em nós”6. 
Da mesma forma que Davi sabia sobre a maldade que havia 
dentro da natureza humana, Jesus declarou que somente Deus (o Divino) 
era bom. Jesus lhe disse: “por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão 
um, que é Deus”7. Mesmo sendo homem-Deus, Jesus apresentou a sua 
condição humana, sabendo que estava dentro de uma esfera terrena, e 
que por conta disso, estava sujeito à tentação, como ao pecado. Porém, 
Ele tinha sua mente e coração voltados ao Pai. 
Não temos um Sacerdote que não experimentou fraqueza e 
provações, pelo contrário, Jesus conheceu a nossa realidade humana, 
Ele viveu entre os pecadores e doentes, e disse que para esses Ele se fez 
carne, para salvá-los de sua realidade humana. “Pois não temos um sumo 
sacerdote que não seja capaz de compadecer-se das nossas fraquezas mas temos 
o Sacerdote Supremo que, à nossa semelhança, foi tentado de todas as formas, 
porém sem pecado algum”. (Hebreus 4.15 BKJ).
“E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfân-
dega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. 
E ele, levantando-se, o seguiu. E aconteceu que, estando ele 
em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e peca-
dores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. 
E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: 
Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? 
#3 . A CONDIÇÃO DA MENTE HUMANA NO PECADO
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 34 . . 35 .
Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico 
os sãos, mas, sim, os doentes”. (Mateus 9.9-12 ACR)
Jesus mostrou que veio oferecer misericórdia aos pecadores 
de fora, pois, os fariseus já conheciam a religião, e tampavam a sua na-
tureza pecaminosa com o conhecimento arrogante da Lei. Jesus disse: 
“Portanto, ide aprender o que significa isto: “Misericórdia quero, e não sacri-
fícios”. Pois não vim resgatar justos e sim pecadores”8. 
Jesus estava trazendo uma nova forma de pensar, sem barrei-
ras e demagogias, Ele estava revelando sobre uma mentalidade sem 
preconceitos e julgamento, pois, todos os homens estavam debaixo da 
mesma forma de vida “pecaminosa”. O teólogo Eugene H. Peterson 
transcreveu algo interessante que Jesus disse, no livro de Mateus 7.1-5:
“Não bombardeiem de críticas as pessoas quando elas come-
tem um erro, a menos que queiram receber o mesmo trata-
mento. O espírito crítico é como um bumerangue. É fácil ver 
uma mancha no rosto do próximo e esquecer-se do feio riso 
de escárnio no próprio rosto. Vocês têm o cinismo de dizer: 
‘Deixe-me limpar o seu rosto’, quando o rosto de vocês está 
distorcido pelo desprezo?”. 
O que é Pecado?
Precisamos entender que no panorama bíblico existem três eras: 
• QUEDA: o afastamento do homem da presença de Deus, 
e abertura ao pecado na vida humana. Onde inclui nossa 
esfera biológica, psicológica e social. O que hoje reflete o 
distanciamento de uma vida sadia e equilibrada. Concen-
trando em Deus a inspiração de existência, e a sua comu-
nhão em nosso cotidiano.
• RECONCILIAÇÃO: O ponto de início da obra de Cristo, 
onde Deus se fez homem, e através da sua obra reconci-
liou com Ele todas as coisas, entre o Céu e a Terra, as esfe-
ras visíveis e invisíveis, sejam tronos ou soberanias. Tudo 
foi reconciliado na cruz.
• REDENÇÃO: Onde o homem vive com Cristo, a partir do 
momento que ele aceita crer no Filho de Deus, é batizado 
e tem uma vida separada da pecaminosidade. O homem 
recebe o Espírito da Verdade, que testifica dentro dele que 
é filho de Deus. E que toda sua vida humana está sendo 
restaurada através da redenção de Jesus o Cristo.
Para que tudo isso fique claro, o homem que ainda não está 
em Cristo, e não tem o seu entendimento renovado e vivificado, não 
poderá compreender a sua condição de pecador.
A palavra “pecado”, na Bíblia, tem uma característica negati-
va, segundo John Stott – Quando considerado de forma negativa, o pecado 
é entendido como falha ou defeito, identificado por algumas palavras como 
lapso, deslize ou erro. Também é retratado como fracasso ou falha ao tentar 
atingir um alvo. Outras vezes na Bíblia, a palavra pecado é identifica-
da como maldade que vem de dentro, Sott diz “uma disposição interna 
para o mal”9. 
O pecado é transgressão, o que pode ser descrito como o ato 
de transpor um limite, transgredir a lei ou violar a justiça. Foi esse ato 
que Adão pecou, Deus disse: “Eis que agora o ser humano tornou-se como 
um de nós, conhecendo o bem e o mal. Não devemos permitir que ele também 
estenda a sua mão e tome do fruto da árvore da vida e comendo o possa viver 
para sempre”10. 
Para que tudo isso fique claro, o homem que 
ainda não está em Cristo, e não tem o seu 
entendimento renovado e vivificado, não poderá 
compreender a sua condição de pecador.
#3 . A CONDIÇÃO DA MENTE HUMANA NO PECADO
https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/9/9-12
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 36 . . 37 .
Aquele que sabe fazer o bem, mas não o faz, é pecador! Um dos 
exemplos de transgredir é quando quebramos os mandamentos, mes-
mo que resumidos por Jesus. Quando Jesus estava ensinando, alguns 
líderes religiosos estavam observando o seu discurso. E um deles fez 
uma pergunta: “Qual é o mais importante de todos os mandamentos?”. 
Jesus de prontidão respondeu: “O primeiro mandamento é: Ame o Senhor 
seu Deus com toda a paixão, toda a fé, toda a inteligência e todas as forças. 
O Segundo é: Ame o próximo como a você mesmo”11.
Jesus nos mostrou a importância de vivermos nesses manda-
mentos. A transgressão de amar a Deus é quando colocamos algo ou 
alguém em primeiro lugar em nossos pensamentos e em nossos cora-
ções, em vez do Senhor. John Stott resume que “pecado é fundamental-
mente a exaltação do eu à custa de Deus”12. 
John Stott instrui que Jesus prezou em nos conduzir a guardar 
esse mandamento de amar a Deus acima de todas as coisas, com todo o 
nosso coração, com toda a nossa alma e com todo o nosso entendimen-
to, para que a sua vontade fosse o nosso guia e a sua glória o nosso alvo 
de estar. Colocar Deus em primeiro lugar em nossos pensamentos, pa-
lavras e atos; no trabalho e nos prazeres da vida, como na amizade e 
relacionamento, no uso dos recursos financeiros, em nosso tempo e 
gasto de talentos, é amá-lo. Para nós que somos seres limitados é di-
fícil, porém para Jesus Cristo de Nazaré era prazeroso. Em tudo que 
fazia, Jesus incluía Deus, e Deus incluía Jesus nos resultados.
Mas, com a nossa mente focada nas coisas da terra, no coti-
diano e suas dificuldades, acabamos transgredindo contra Deus, no 
sentido de amá-lo. A quebra desse mandamento nos levará a praticar 
algo que Deus abomina: a idolatria de imagens de esculturas. 
A Idolatria Mental
Muitos de nós nunca fizemos imagens para adoração, po-
rém,por não dependermos de Deus, a nossa mente projeta em quem 
colocaremos a nossa confiança. Então, quantas imagens a nossa mente 
não acumula? A idolatria brota na corrupção do nosso interior, o após-
tolo Paulo escreveu em suas cartas aos Romanos: “Trocaram a glória 
do Deus imortal por imagens confeccionadas conforme a semelhança do ser 
humano mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis”13. 
Recentemente escrevi um livro sobre a aceleração da porno-
grafia dentro da Igreja cristã contemporânea, com o título “Da Cultura 
Pornográfica à Alegria da Salvação”, e tenho recebido alguns convi-
tes para palestrar nas igrejas sobre o tema; infelizmente jovens, adul-
tos, solteiros, casados, homens, mulheres e crianças têm projetado a 
imoralidade sexual como fuga. É o pecado silencioso, que muitos in-
titularam: “Mas não tem problema, é uma coisa que está no mundo”. 
Pois então, este é o fato, a pornografia virou padrão mundano de se 
pensar. As imagens ficam registradas em nosso campo de memória, 
e somos levados a pecar mentalmente, com os pensamentos impuros. 
Por conta da idolatria a si mesmo e ao próximo, o espírito de 
prostituição e fornicação tem entrado nas mentes, e tirado a atenção 
de pensarmos em Deus. Paulo argumentou sobre a decadência huma-
na, que o fato estava na ira de Deus, pelo abandono do homem à sua 
vontade: “Por esse motivo, Deus entregou tais pessoas à impureza sexual, 
segundo as vontades pecaminosas do seu coração, para a degradação de seus 
próprios corpos entre si. Porquanto trocaram a verdade de Deus pela mentira, 
e adoraram objetos e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para 
sempre. Amém!”14.
A nossa imaginação faz parte de uma das faculdades do nosso 
campo mental, e se não voltarmos a pensar nas coisas que são do alto, 
seremos conduzidos ao padrão de um mundo sem Deus. Paulo escre-
veu um alerta aos romanos: “E não vos moldeis ao sistema deste mundo, 
mas sede transformado pela renovação das vossas mentes”15.
#3 . A CONDIÇÃO DA MENTE HUMANA NO PECADO
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 38 . . 39 .
Mente em Deus
Como cristãos e filhos de Deus, precisamos compreender que 
a nossa caminhada com Ele é um processo. Não adianta escondermos 
das pessoas, e abafarmos a nós mesmos, tentando crer que não temos 
pecado, seremos mentirosos. O amor de Deus precisa penetrar os cam-
pos da nossa alma e mente, para que possamos experimentar a sua 
boa, agradável e perfeita vontade. 
Deus nos revela o seu amor, que traz vida em sua totalidade. 
O nosso maior campo de batalha é a nossa mente, que nos conduz às 
vontades contaminadas pela maldade da Queda. Não será do dia para 
a noite que essa transformação virá, no entanto, é uma transformação 
gradativa, de glória em glória, em nossa caminhada diária. 
Por mais que estejamos rodeados de problemas, não podemos 
entregar a nossa mente a isso – por mais que não saibamos o que fazer 
e como fazer, a nossa obrigação como filhos de Deus é de entregarmos 
a situação atual que vivemos nas mãos do Pai, e crermos que Ele não 
nos abandonou. Podemos cair, mas não ficarmos prostrados, e nem 
permitir que o diabo e suas hostes da maldade nos arrastem para a 
margem daquilo que o Pai tem para nós. 
“Mas todos nós, que com a face descoberta contemplamos, 
como por meio de um material espelhado, a glória do Senhor, 
conforme a sua imagem estamos sendo transformados com 
glória crescente, na mesma imagem que vem do Senhor, que 
é o Eterno”. (2 Coríntios 4.18 BKJ).
Há muito mais do que podemos ver, o que poderá nos levar a 
crer que “aquele que iniciou a boa obra em vós, há de conclui-la até o Dia de 
Cristo Jesus”16.
Nós vivemos numa esfera de enfermidade emocional, mental 
e espiritual, que nos aterroriza de forma gritante; à vista disto, não 
devemos andar como se não tivéssemos foco, pois cremos que na cruz 
Deus iniciou uma obra de restauração que é gradativa. Caso a nossa 
mente nos conduza para níveis marginais, temos de olhar para cima, 
de onde vem a Salvação. 
O rei Davi em suas guerras e angustias, sabia que a sua Sal-
vação vinha do alto, ele não olhava para o terror das batalhas, mas 
mantinha a sua mente e olhos em Deus:
“Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o 
meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a 
terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não 
tosquenejará”. (Salmo 121:1-3 ACR)
– x –
1. STOTT, John. Cristianismo básico. Viçosa (MG): Ed. Ultimato, 2007. p. 7
2. Salmo 51.5 BKJ
3. Salmo 51.3 BKJ
4. Salmo 51.4 BKJ
5. Eclesiastes 7.20 ACR
6. 1 João 1.8 ACR
7. Lucas 18.19 ACR
8. Mateus 9.13 BKJ
9. Ibd., p. 83.
10. Gênesis 3.23 BKJ
11. Marcos 12.30-31 MENSAGEM
12. Ibd., p. 85.
13. Romanos 1.23 BKJ
14. Romanos 23-25 BKJ
15. Romanos 12.2 BKJ
16. Filipenses 1.16 BKJ
#3 . A CONDIÇÃO DA MENTE HUMANA NO PECADO
https://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/121/1-3
https://www.bibliaonline.com.br/acf/ec/7/20
https://www.bibliaonline.com.br/acf/1jo/1/8
https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/18/19
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 40 . . 41 .
CAPÍTULO 4
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 42 . . 43 .
O ministério de cura interior precisa ser acompanhado do dom de 
discernimento espiritual, pois, as hostes espirituais do mal sem-
pre tentarão nos enganar. 
Neste capítulo, nós veremos a definição e a necessidade 
desse dom, ainda mais, porque vivemos num país dominado pela 
prática mística. 
No livro “Deuses da Umbanda-implicações teológicas e pas-
torais”1, a Dra. Neuza Itioka traz um estudo mais profundo, neste 
momento, vamos apenas mostrar a importância de pedirmos este 
dom a Deus.
Discernimento: Definição e Necessidade
Tanto o povo hebreu no Antigo Testamento quanto a igreja 
primitiva nos dias dos doze apóstolos tiveram de estar atentos para 
discernir as fontes dos milagres. 
A igreja primitiva vivia num contexto místico e mágico, a 
presença dos espíritos imundos era algo comum; milagres e profecias 
faziam parte da sua vida. Assim, essa igreja tinha de desenvolver o 
discernimento para julgar o verdadeiro do falso. O exercício da habili-
dade de discernimento pela comunidade era algo fundamental para a 
sua sobrevivência.
Era muito importante a igreja andar harmoniosamente com o 
Espírito Santo. Para considerar o discernimento, temos de estabelecer 
alguns postulados. De acordo com a cosmovisão bíblica, estamos pres-
supondo o reconhecimento da existência de um mundo espiritual que 
interfere na nossa vida cotidiana. Isto é, vivemos num mundo anima-
do, de anjos (Hb 2.14) e espíritos malignos, todos eles, em última ins-
tância, sujeitos a Jesus Cristo (Cl 2.10), bem presente e atuante através 
do Espírito Santo.
Outro pressuposto importante é o reconhecimento de que os 
milagres acontecem, como nos dias da igreja primitiva, e a Igreja de 
Jesus Cristo é chamada para reproduzir o seu ministério de ensino, de 
pregação, bem como de cura (Mc 3.14-15; Mt 10.1).
O Antigo Testamento usa a palavra discernimento em deter-
minadas ocasiões. Uma delas é quando Salomão ora a Deus pedindo 
capacidade para julgar o povo – Dá, pois, ao teu servo coração compreen-
sivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem 
e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo? (1Rs 3.9 – grifo 
da editora)
O texto de Isaías 11.3 fala sobre a qualidade de discernimento 
ou capacidade de julgamento do rebento de Jessé, Jesus Cristo, que – 
deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a vista dos seus 
olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos. A tradução 
“deleitar-se-á” é bastante diferente do original, pois o seu significado é 
“o fará sagaz” no temor do Senhor, isto é, “ter capacidade aguçada em 
cheirar ou perceber”.
Essa capacidade pode incluir dons espirituais. Este propósito 
é peculiarmente aplicável à pessoa de Jesus, a saber, muito além do que 
o religioso ou pio (piedoso) fosse capaz de conceber, Ele é dotado de 
discernimento perspicaz para governar o seu povo.O autor de Hebreus 
afirma que a capacidade de discernimento é para os adultos na fé:
“Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, 
pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discer-
nir não somente o bem, mas também o mal.”2
Então o discernimento tem a ver com saber fazer diferença 
entre o que é certo e o que está errado. É perceber o sacrifício verdadei-
ro e agradável a Deus. É saber fazer uma escolha correta, tomar uma 
decisão sábia. Colocar em ordem as emoções e sentimentos, à luz da 
Palavra de Deus, para que o mal não encontre espaço para distorce a 
nossa realidade interior.
#4 . DISCERNIMENTO ESPIRITUAL E EMOCIONAL
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 44 . . 45 .
Paulo, além de apresentar o dom de discernir em 1 Corín-
tios 12.8-11, em sua lista de dons espirituais, em outro trecho dessa 
carta ele também emprega o verbo “discernir” – Ora, o homem natural 
não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não 
pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente3. 
O Interpreter’s Bible4 diz que o verbo “discernir”, aqui, além 
de significar “julgar”, também significa “examinar” ou “investigar”. 
O homem natural não pode discernir os dons do Espírito, pois ele não 
é habitado pelo mesmo doador para fazê-lo entender.
O Espírito Santo desempenha um papel importantíssimo para 
capacitar o cristão a lidar com a esfera espiritual e física. Jesus confron-
tou-se com o diabo e começou o seu ministério ensinando, curando e 
expulsando demônios, somente após ser cheio do Espírito Santo (Mt 4; 
Lc 4; Mc 1). Jesus teve autoridade tanto no âmbito espiritual, quanto 
no âmbito físico, com suas emoções e convicções alicerçadas na Pala-
vra de Deus.
Os Dons do Espírito Santo
Embora os próprios dons do Espírito Santo tenham de ser 
provados e testados, eles podem fazer parte dos critérios de discerni-
mento. Devem estar dentro do contexto do discernimento que leva em 
conta a Trindade. Os nove dons alinhados no capítulo 12 da primeira 
epístola aos Coríntios podem ser classificados como: 
• Dons de revelação (palavra de sabedoria, palavra de co-
nhecimento e discernimento de espíritos); 
• Dons de poder (fé, milagres e curas); 
• Dons de inspiração (profecia, diversidade de línguas e in-
terpretação de línguas).
Lembremo-nos de que os dons do Espírito Santo são muito 
mais do que esses que acabei de citar. Contudo, para o estudo sobre 
o discernimento, que estamos fazendo aqui, vamos analisar apenas 
alguns deles.
Os dons podem ser entendidos como a capacidade sobrena-
tural, concedida por Deus, para ministrar o Corpo de Cristo, seja para 
encorajar, exortar, curar, interceder, liderar, socorrer, pregar, profetizar 
e diferenciar os espíritos. Os dons de revelação operam muitas vezes 
juntos, tendo uma íntima conexão, completando um ao outro, para 
cumprir o propósito de Deus na vida do Corpo de Cristo.
James Dunn5 diz que, quando Paulo usa a palavra “revela-
ção”, ele aponta para o evento escatológico de Cristo, revelando o 
mistério do propósito final de Deus (Rm 16.25ss; Ef 3.3ss; Cl 1.26). 
Isso não se relaciona apenas com Jesus no seu passado histórico, mas 
em todas as vezes em que Ele se revela e esteja presente na atualida-
de. Todos os dons apontam, em última instância, para Cristo, por ser 
ELE o mistério a ser revelado e apresentado à humanidade como o 
plano salvífico de Deus.
Os cristãos de Corinto orgulhavam-se de ter um tipo especial 
de conhecimento e sabedoria para alcançar a salvação, como se ela fos-
se algo a ser atingido através do conhecimento (gnose) e da sabedoria 
(sophia), fruto do esforço humano – ao que Paulo se opôs veemente. 
Todos os dons têm de apontar para Jesus Cristo, e assim acontece com 
o próprio dom de discernir espíritos, distinguindo as fontes da origem 
da inspiração.
Gordon Lindsay6 diz que o dom de discernir espíritos possui 
um campo de atuação muito maior do que geralmente a ele se atribui. 
Um dos propósitos desse dom, diz ele, é capacitar os servos de Deus a 
perceber o mundo espiritual, além de discernir os espíritos imundos, o 
mal e a hipocrisia no meio do povo de Deus.
Outro propósito desse dom é discernir os espíritos maus do 
Espírito Santo de Deus, e dos anjos do Senhor. Os espíritos sedutores 
muitas vezes estão no meio do povo de Deus, fazendo-se passar como 
#4 . DISCERNIMENTO ESPIRITUAL E EMOCIONAL
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 46 . . 47 .
Espírito Santo. De acordo com Gordon Lindsay, Jesus enfrentou espí-
ritos imundos que tentaram passar por bons espíritos, pretendendo 
adorá-lo para poderem permanecer na pessoa onde habitavam, por 
muito tempo. Mas Jesus, sendo portador de todos os dons do Espírito, 
os desmascarava e os expulsava. O dom de discernir espíritos nos 
habilita a detectar instantaneamente a presença de um espírito enga-
nador e sedutor.
Caso uma pessoa não tenha passado pelo novo nascimento, 
ela poderá ser influenciada pelo mal, toda a sua parte emocional estará 
sujeita aos espíritos malignos, pois, não se abriu para que Jesus pu-
desse curá-la. Os filhos de Deus precisam sujeitar todas as suas áreas 
interiores ao Senhorio de Jesus!
Motivações Doentes
No Novo Testamento, o apóstolo Pedro usará desse dom. 
Um homem chamado Ananias, com a conivência da esposa, Safira, 
vendeu uma propriedade e guardou parte do valor da venda para si. 
Em seguida, entregou o restante aos apóstolos, como oferta. Mas, ines-
peradamente, Pedro lhe disse: “Ananias, como você permitiu que Satanás 
o levasse a mentir ao Espírito Santo, escondendo parte do dinheiro da venda 
da propriedade? Antes de vendê-lo tudo era seu; depois que a vendeu, poderia 
ter gastado o dinheiro como quisesse. Como foi cair nessa armadilha? Você não 
mentiu aos homens, mas a Deus”.7
Pedro detectou que a motivação do casal estava enferma. 
Que por conta disso, Satanás os conduziu ao engano. Foi assim com o 
primeiro casal da história, Adão e Eva. O adversário de Deus poderá 
nos levar à mentira, destruindo a nossa área emocional, e se não hou-
ver uma intervenção direta de Deus, cairemos no engano. 
Outro aspecto do dom de discernimento é detectar a fonte de 
milagres. Tomemos como exemplo a capacidade profética, cujo propó-
sito é exortar, confortar e edificar o povo de Deus. A profecia pode ser 
de origem divina, genuinamente inspirada pelo Espírito Santo, mas 
também pode ser psicológica (fruto da alma humana), e pode ter ori-
gem demoníaca. Muitas das condenações das palavras proféticas do 
Antigo Testamento não eram endereçadas contra as profecias demoní-
acas, mas, sim, contra as profecias provenientes da alma, do subcons-
ciente, tentando agradar os ouvintes.
As nossas emoções precisam estar alinhadas ao propósito de 
Deus, para que não erremos no uso dos dons. 
Frutos do Espírito e a Maturidade em Cristo
Os frutos do Espírito descritos em Gálatas 5.22 – amor, ale-
gria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, man-
sidão e domínio próprio – são considerados qualidades pessoais da 
pessoa do Senhor Jesus Cristo. Pois ninguém jamais foi tão cheio do 
Espírito como Jesus foi. Ele era tão pleno do Espírito que os frutos do 
Espírito eram uma expressão natural do seu ser.
Jesus restaurou toda à nossa maneira de sentir, amar e viver. 
Além de nos abrir o Caminho para um relacionamento vivo com o Pai. 
O nosso caráter será transformado, a partir do momento que a nossa 
relação com Deus for autêntica.
Não estaria Mateus 7.15-23 considerando que os verdadeiros 
discípulos de Jesus Cristo reproduziriam o seu caráter, isto é, os frutos 
do Espírito, pelo conhecimento e pela comunhão que teriam desenvol-
vidos com o seu Senhor? Que, por conhecer o Senhor e desenvolver 
uma comunhão com Ele, os cristãos devem reproduzir as qualidades 
pessoais de Jesus? 
O fruto do Espírito é o resultado natural da presença do 
Espírito Santo na vida da pessoa, mas os dons são dados. O fruto do 
Espírito dá testemunho e prova a presença inegável da terceira pessoa 
da Trindade, masnem sempre os “dons” são uma prova segura e ine-
gável da presença do Espírito Santo. Os dons podem ser contrafeitos 
#4 . DISCERNIMENTO ESPIRITUAL E EMOCIONAL
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 48 . . 49 .
e imitados por Satanás, mas o fruto nunca será, pela sua natureza in-
trínseca de reproduzir o próprio caráter de Deus, de Jesus Cristo e do 
Espírito Santo. 
Uma pessoa que não tem suas emoções no centro da vonta-
de de Deus, não poderá ter suas emoções curadas. Ela será imatura e 
doente, o que poderá ser um caos para a comunidade que faz parte. 
Pessoas com suas emoções transtornadas pelo diabo, serão usadas 
para o mal, e não para o bem. Onde a Presença de Deus está, existe 
maturidade nos relacionamentos e vida.
As organizações e as lideranças que não apresentam os aspec-
tos que caracterizam o fruto do Espírito devem ser seriamente questio-
nadas, pois isso significa que a pessoa mais importante está ausente, 
isto é, Jesus Cristo, através do Espírito Santo. 
O fruto do Espírito Santo está intimamente ligado com a ma-
turidade cristã, maturidade esta compreendida como um estágio de 
comunhão, conhecimento, crescimento e aprofundamento nos valores 
do Reino de Deus. Não depende do tempo de fé, pois muitos perma-
necem na infantilidade por muito tempo. Ela depende da devoção e 
do compromisso com os valores do Reino de Deus, pois os neófitos, 
apesar do zelo e do entusiasmo, podem estar sujeitos ao erro e à falta 
de discernimento, por sua pouca experiência. 
A fé testada e provada trará perseverança, e a perseverança 
deve ter ação completa para que os cristãos sejam perfeitos, íntegros e 
em nada deficientes, conforme diz Tiago (1.2-4). O tempo, a provação, 
a experiência são importantes ingredientes de uma maturidade cristã. 
A oração do apóstolo Paulo pelos efésios foi que Cristo habitasse no 
coração deles, que eles fossem tomados da plenitude de Cristo. Paulo 
desejava ardentemente que aqueles cristãos estivessem arraigados em 
amor, e que pudessem compreender a largura, o comprimento, a altura 
e a profundidade do amor de Deus (Ef 3.17-19), porque o apóstolo que-
ria que aqueles cristãos crescessem e se tornassem maduros em Cristo.
A maturidade do cristão está intimamente ligada com o co-
nhecimento do caráter de Deus, através da vida de comunhão e expe-
riência com Ele. Se falamos do Espírito Santo, não podemos deixar de 
considerar os seus dons. 
Entendimento: 
Watchaman Nee disse que sobretudo, no final dos tempos, as 
forças malignas redobrarão seus esforços para impedir que os crentes 
sirvam ao Senhor, fazendo-os estar angustiados e aflitos com muitas coi-
sas. Isso tem a ver com nossas emoções. Nesses últimos tempos, as tre-
vas têm trazido uma onda de destruição mental e emocional. Precisamos 
agir dependentes do Espírito Santo, para que não sejamos enganados. 
A Igreja de Jesus precisa caminhar de forma urgente para um 
novo nível de maturidade não mais conduzida pelo príncipe deste mun-
do, e sim, pelo Príncipe da Paz que coloca em ordem a nossa vida espiri-
tual e emocional. 
– x –
1. ITIOKA, Neuza. Deuses da Umbanda-implicações teológicas e pastorais, 
São Paulo (SP), Editora AMAR, 2016.
2. Hebreus 5.14
3. 1 Coríntios 2.14
4. BUTTRICK, George A. The interpreter’s dictionary of the Bible. 
Nova York: Abingdon Press, 1962.
5. DUNN, James D. G. Jesus and the spirit. Philadelphia: 
The Westminster Press, 1975.
6. GUILLET, Jacques. Discernment of spirits. (S. L.): Liturgical Press, 1983.
7. Atos 5.3-4
#4 . DISCERNIMENTO ESPIRITUAL E EMOCIONAL
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 50 . . 51 .
CAPÍTULO 5
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 52 . . 53 .
Jesus apresenta um segredo importante sobre o perdão. Deus apre-
senta determinadas condições e espera o nosso posicionamento 
e ações para Ele agir a nosso favor. Jesus nos ensina que não haverá 
perdão para nós, se não perdoamos os nossos ofensores e devedores. 
Nós temos de obedecer às suas leis e os seus mandamentos, do contrá-
rio, estaremos separados de Deus – “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim 
como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos conduzas à tentação; 
mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. 
Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai 
celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas 
ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”1. 
Pessoas que foram humilhadas, abusadas e envergonhadas 
em todos os níveis, terão que passar pelo processo de perdão. Além 
de terem que trilhar o caminho do arrependimento genuíno, essas pes-
soas precisam viver a decisão de perdoar. O Evangelho de Cristo é 
uma cultura constante sobre o perdão. Deus nos perdoou em Cristo, e 
através de Cristo, nós podemos perdoar e sermos perdoados. 
O que Significa Perdão
No original hebraico e grego, temos três palavras que signifi-
cam perdão:
Nasa = este termo significa levantar. 
O sentido de perdoar, neste contexto, é tirar da pobreza e le-
vantar à riqueza: “Assim direis a José: Perdoa, rogo-te, a transgressão de 
teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, rogamos-te que 
perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando 
eles lhe falavam”. (Gn 50:17,18)
Buscar o perdão para permanecer com vida e ter a graça de 
Deus, no entendimento de se levantar a favor: “Pelo que o Faraó convo-
cou a toda pressa Moisés e Arão e declarou: Pequei contra, o Senhor, vosso 
Deus, e contra vós. Mas agora perdoai-me ainda esta vez o meu pecado, e 
orai ao Senhor, vosso Deus que leve esta praga mortal para longe de mim e 
do meu povo”. (Êx 10.16-18).
Interceder a favor do perdão. Para que Deus pudesse levantar 
o seu povo da escravidão e da pobreza à riqueza e prosperidade das 
bênçãos de Deus: “E disse Moisés ao Senhor: Assim os egípcios o ouvi-
rão; porquanto com a tua força fizeste subir este povo do meio deles”. 
“Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a grandeza da tua miseri-
córdia; e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui. 
E disse o Senhor: Conforme à tua palavra lhe perdoei”. (Nm 14:13,19,20)
Kaphar = Este termo significa cobrir. 
“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo 
pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Se-
nhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. 
Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. 
Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e 
tu perdoaste a maldade do meu pecado”. (Sl 32.1-5)
Reconhecer a condição de pecador, confessando as transgres-
sões para ser perdoado: “Perdoaste a iniquidade do teu povo; cobriste todos 
os seus pecados”. (Sl 85.2) 
Aphíemi = Este termo significa deixar ir.
Deixar partir e libertar: “E depois foram Moisés e Arão e disseram 
a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que 
me celebre uma festa no deserto”. (Êx 5.1)
Libertar, fazer levantar e sair: “E aconteceu que, quando Faraó 
deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que 
estava mais perto; porque Deus disse: Para que porventura o povo não se arre-
penda, vendo a guerra, e volte ao Egito”. (Êx 13:17)
Soltar e deixar sair: “Por isso o reino dos céus pode comparar-se 
a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; E, começando a fazer 
#5 . A CURA ATRAVÉS DO PERDÃO GENUÍNO
https://www.bibliaonline.com.br/acf/nm/14/13
https://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/5/1
https://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/13/17
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 54 . . 55 .
contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; E, não tendo ele 
com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem 
vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então 
aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para 
comigo, e tudo te pagarei. Então o Senhor daquele servo, movido de íntima 
compaixão, soltou-oe perdoou-lhe a dívida”. (Mt 18.23-27)
A Importância do Perdão
Não haverá libertação e cura interior sem o perdão. É impos-
sível acontecer libertação presos nas pessoas que nos feriram e nos 
ofenderam. Jesus nos ensina muito sobre o perdão. Perdoar significa 
que a pessoa se arrependeu da mágoa, ressentimento, acusação aos 
ofensores; se dispuser a abrir o coração para permitir Deus, através do 
Espírito Santo capacitar a perdoar os devedores. É tirar a água suja e 
deixar o rio do Espírito fluir do nosso interior. Perdoar é uma escolha, 
assim como amar! 
O ser humano não tem capacidade de perdoar, sem a ajuda 
de Deus; sem a ação do Espírito Santo. “E, quando ele vier, convencerá o 
mundo do pecado, e da justiça e do juízo”2.
Quem é capaz de perdoar? Aquele que é cheio do Espírito 
Santo. Como filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança, 
devemos pedir para que tenhamos o mesmo coração dEle, compas-
sivo e misericordioso – “Bem aventurados os misericordiosos, porque 
alcançarão misericórdia”3. 
Nós, cristãos, só podemos declarar uma nova vida, pelo per-
dão de Cristo que nos resgatou, nos levantou, cobriu os nossos pecados 
e nos livrou do opressor “diabo”. O perdão é a justificação da nossa fé. 
Perdão é um mandamento de Jesus: “Porque, se perdoardes aos 
homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, 
porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não 
perdoará as vossas ofensas”4.
Quem perdoa, recebe o favor de Deus. Jesus foi o único ho-
mem a revelar a importância do perdão, e do amor a Deus. Ele se preo-
cupou com o nosso bem-estar social e emocional. O perdão abre espaço 
para a manifestação do Reino de Deus.
A Bíblia apresenta o pecado como: quebra de uma lei, um des-
vio, uma falta, rebeldia, errar o alvo e sujeira. Tudo isso estava em nós, 
era a nossa divida para com Deus, e Jesus nos perdoou. Por esta razão, 
nós também devemos perdoar. “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim 
como nós perdoamos aos nossos devedores”5. 
Somos Pecadores Perdoados
Jesus intercedeu por nós na cruz, assim como Moisés interce-
deu para o povo de Israel. Fomos reconciliados com Deus, por causa 
do perdão dos nossos pecados – Porque todos pecaram e destituídos estão 
da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, median-
te a redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para 
propiciação por meio da fé, pelo seu sangue, proclamando a evidência da sua 
justiça. Por sua misericórdia, havia deixado impunes os pecados anteriormen-
te cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e 
justificador daquele que deposita toda a sua fé em Jesus6.
Por que devemos confessar os nossos pecados, se Jesus já os 
venceu na cruz? Quando confessamos os nossos pecados, nossas dores 
emocionais e mentais, estamos expressando o nosso arrependimen-
to, diante de Deus. Estamos recebendo o sacrifício de Jesus por nós. 
O verdadeiro arrependimento traz a mudança integral.
A Consequência da Falta de Perdão
Jesus foi bem claro nessa questão, que a falta de perdão con-
duz à tentação:
“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos 
aos nossos devedores; e não nos conduzas à tentação; mas 
livra-nos do mal”. (Mt 6.12,13)
#5 . A CURA ATRAVÉS DO PERDÃO GENUÍNO
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https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/6/12,13
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
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Logo após orar a frase sobre perdão, Jesus segue com a ideia da 
tentação. A oração do Pai Nosso percorre uma ordem, apontando a vida 
cristã como uma conduta que expressa intimidade e comunhão com 
Deus. O perdão é uma chave mestra para a conduta cristã. Jesus ensinou 
o caminho para não cairmos em tentação: perdoa-nos as nossas dívidas, 
assim como nós perdoamos os nossos devedores, e não nos conduza a tentação, 
mas livra-nos do mal. Devemos observar claramente os aspectos até Jesus 
falar tentação e livramento do mal, o segredo está antes “perdoa-nos e 
perdoamos”. Os demônios são agentes do mal para nos atormentar a 
mente, quando não perdoamos de fato uma pessoa, ficamos cativos nos 
aspectos: espiritual, emocional e físico. Dessa forma, seremos conduzi-
dos para o mal, pois, não cumpriremos aquilo que Jesus ensinou...
Fatos reais: 
Em uma ministração de libertação e cura interior; eu esta-
va orando por uma pessoa e ela não sabia o motivo de suas quedas. 
Todos os dias ela caia no vício do pecado sexual. Estávamos cansados 
de orar e nada acontecer. Até que o Espírito Santo nos ministrou sobre 
o perdão e a tentação. Então, disse para o irmão orar, pedindo perdão 
pelos seus pecados e em seguida para ele orar liberando perdão para 
as pessoas de quem ele tinha magoa e a quem ele havia ferido. Ele fez 
uma lista com doze nomes, e depois outra com dezoito nomes. O resul-
tado foi imediato. Jesus entrou nas cenas tirando esse irmão dos ciclos 
de pecados sexuais.
Assim, ministrei outras vidas que estavam presas no ciclo de 
pecados sexuais, e não conseguiam fugir da tentação, utilizamos a re-
velação do Espírito Santo, e houve cura e libertação. Pastores e líderes 
foram libertos e curados. Glória a Deus!. 
A falta de perdão conduz à enfermidade:
Muitas doenças físicas e psicológicas são causadas pela amar-
gura, que resultam da falta de perdão. 
O ser humano é composto por corpo, alma e espírito. Os três 
podem ficar enfermos por causa do pecado, que é o que traz a decom-
posição do homem.
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de 
nenhum de seus benefícios. Ele é o que perdoa todas as 
tuas iniquidades, que sara todas as tuas enfermidades, que 
redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade 
e de misericórdia”.7 
Não confessando os nossos pecados e não perdoando os ou-
tros, Deus permite que o mal venha sobre nós, pois estaremos longe 
da sua graça. O rei Davi sabia disso – Bem-aventurado aquele cuja trans-
gressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem 
o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. Quando eu 
guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. 
Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou 
em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não enco-
bri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a 
maldade do meu pecado. (Sl 32:1-5)
Quando guardamos em silêncio os nossos pecados, o peso e o 
jugo pesado vão exigir de nós a enfermidade nos nossos ossos. Para o 
rei Davi, a única solução seria confessar as suas transgressões e faltas, 
pois a mão do Senhor esmaga as regiões que o pecado atua. O nosso 
humor também fica seco, pois, carregamos a culpa do pecado. 
A artrose: A artrose, conhecida também como osteoartrite, é 
uma doença que ataca as articulações originando o desgaste da cartila-
gem que recobre as extremidades dos ossos, que também danifica ou-
tros componentes articulares como os ligamentos entre diversas partes. 
A cartilagem articular tem por função promover o deslizamento, sem 
atrito, entre duas extremidades ósseas durante o movimento de uma 
articulação. Seu comprometimento pode gerar dor, inchaço e limitação 
#5 . A CURA ATRAVÉS DO PERDÃO GENUÍNO
https://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/32/1-5
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 58 . . 59 .
funcional. Embora possa danificar qualquer junta do corpo, a artrose 
afeta mais comumente as articulações das mãos, da coluna, dos joelhos 
e quadris. A artrose piora gradativamente com o tempo e não tem cura.
Ao confessarmos os nossos pecados, recebemos o perdão de 
Deus, e a sua graça vem sobre nós.
O apóstolo Tiago entendeu a importância do perdão e nos ins-
trui – Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem 
sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o 
doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão per-
doados. Confessai as vossasculpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para 
que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. (Tg 5:14-16)
A confissão dos pecados traz a cura e o jugo é quebrado pela 
unção – E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o 
seu jugo do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção. (Is 10:27)
Fatos reais: 
Um rapaz tinha sérios problemas nos ossos e nas juntas. Uma 
forte dor em seu joelho pelo desgaste na cartilagem. Ele não sofreu ne-
nhum acidente ou lesão, e os médicos não sabiam do motivo. O rapaz 
sofria sozinho, desejos compulsivos e perversos, ele precisava confes-
sar para alguém sem ser julgado. Passou muito tempo ocultando seus 
pecados. Ele era filho de líderes, sua família era muito influente na 
igreja, por isso carregava o medo da reação dos seus pais. Após confes-
sar seu pecado, ele prontamente aceitou conversar com seus pais. Jesus 
entrou de fato na vida desse irmão. Hoje ele está liberto e curado. É um 
homem de Deus!
Deus continua a nos revelar que a falta de perdão acu- 
mula enfermidades.
“Tenha já fim a malícia dos ímpios; mas estabeleça-se o 
justo; pois tu, ó justo Deus, provas os corações e os rins”. 
“Examina-me, Senhor e prova-me; esquadrinha os meus rins 
e o meu coração”. (Sl 26:2)
“Assim o meu coração se azedou, e sinto picadas nos meus 
rins”. (Sl 73:21)
Vesícula e Rins: doenças como cólica renal e pedra nos rins e na 
vesícula estão ligadas com a emoção, onde a raiva e o ódio ficam alojados. 
Devemos estar limpos por dentro e por fora. Sabemos da im-
portância do bom funcionamento dos rins, porque eles são os que filtram 
todas as impurezas e as eliminam através da urina. Devemos nos dispor 
para sermos examinados, ter uma vida saudável por dentro e por fora. 
Fatos reais:
Uma mulher estava agoniada porque descobriu que havia pe-
dras em seus rins. Os médicos a deixaram assustada. Em uma reunião 
de oração, o seu filho estava presente e pediu oração pela mãe. Assim 
fizemos. Passaram-se uns dias, descobri que ela tinha raiva acumulada 
por diversas traições em sua vida, e que após liberar perdão, ela foi 
totalmente curada!
O Processo Perdão
Não podemos enganar a Deus – Nada, em toda a criação, está 
oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos da-
quele a quem havemos de prestar conta8. Deus nos sonda completamente, 
Ele sabe quando perdoamos de verdade ou fingimos que perdoamos 9. 
Nós precisamos compreender que algumas pessoas terão di-
ficuldades em perdoar, caso o fator que a deixou magoada ainda esteja 
latente em sua vida. A pessoa precisará ter em sua consciência:
• Eu preciso perdoar. Mas, não consigo.
• Preciso da ajuda de Deus. Eu escolho perdoar. 
Eu quero perdoar.
#5 . A CURA ATRAVÉS DO PERDÃO GENUÍNO
https://www.bibliaonline.com.br/acf/tg/5/14-16
https://www.bibliaonline.com.br/acf/is/10/27
https://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/26/2
https://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/73/21
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 60 . . 61 .
• Se Jesus estivesse no meu lugar, o que ele diria? 
Faço o mesmo.
• Depois, eu tomo posse do que declarei. 
Níveis de Falso Perdão
• O da justiça: Perdoei, mas Deus é justo, creio que o fula-
no (a) pagará por isso!
• Perdão por fachada: Diz que perdoou, mas ainda tem má-
goa e rancor. Não liberou a pessoa, e fica pensando no pro-
blema o tempo todo. Ficou preso!
• O perdão perdoado: A pessoa diz “Eu no meu canto, e a 
pessoa no canto dela”. Isso mostra que não houve perdão. 
Ainda está presa. 
• O perdão todos saberão: Esse é o tipo de perdão que a 
pessoa precisa contar para todo mundo o que aconteceu, e 
depois falar “Mas, eu perdoei, é lógico”. 
• O perdão em trocas: A pessoa não perdoou no passado, 
mas sente remorso quando fere alguém no presente. Por 
isso, ela dá presentes para “retribuir” os seus erros. Dizen-
do que somente o perdão poderá curá-la.
• O perdão e a culpa: A pessoa perdoa a situação, porém, 
ela mesma não consegue se perdoar. Isso traz vergonha e 
raiva de si mesma. Não podemos nos sentir superiores a 
Deus, pois Ele nos perdoou primeiro, e devemos nos per-
doar também.
Ministrar o perdão: Somente quem perdoa é perdoado. Apren-
demos com Jesus que devemos nos dispor a perdoar a todos os nossos 
devedores e ofensores. Isso não é por obras, mas por meio da fé.
Entendimento:
Arrependimento: mudança de atitude, clamar por miseri-
córdia e perdoar. Trocar o coração de pedra pelo coração de carne e 
permitir que o Espírito Santo venha ministrar. Os que vivem o perdão 
de Deus devem imitá-lo.
Passos para o Perdão:
• Pedir para Deus trazer à memória as partes da vida que a 
pessoa viveu um trauma.
• Orar saindo de cada área do trauma.
• Falar sobre a dor que sentiu e ainda sente.
• Expor os sentimentos presentes.
• Liberar perdão para o agressor, abusador, pessoas que fe-
riram entre outras.
• Se esvaziar da dor, assim como Jesus se esvaziou de si.
• Promover a cura pelo ato da cruz.
• Reconciliação.
• Orar para que o fluir das águas limpas possam fluir 
do interior.
• Encher-se do Espírito Santo.
– x –
1. João 16.8
2. Mateus 5.7
3. Mateus 6.14-15
4. Mateus 6.12
5. Romanos 3.23-26
6. Salmos 103.2-4
7. Hebreus 4.13
8. Salmos 139
#5 . A CURA ATRAVÉS DO PERDÃO GENUÍNO
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
. 62 . . 63 .
CAPÍTULO 6
CURA INTERIOR E A BATALHA ESPIRITUAL
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Sentimentos venenosos que nosso coração é capaz de abrigar podem 
nos matar emocionalmente.
Deus nos fez com sentimentos e emoções. E tudo que o Senhor 
faz é bom. Mas, com a queda do homem, nossos sentimentos ficaram 
susceptíveis a contaminações. 
Naturalmente nascemos com o desejo de sentir felicidade, 
pois esse foi o desejo de Deus desde o momento em que fomos con-
cebidos. Cada um de nós é a expressão do carinho de Deus. Na infi-
nita criatividade divina fomos feitos seres únicos, com características 
próprias que se revelam em nossa personalidade e temperamento. 
O pecado afetou o equilíbrio dessas características, e por isto muitos de 
nós não conseguem sentir a plenitude de vida, a alegria de viver. 
Somos diferentes uns dos outros, tanto no físico quanto no 
temperamento e na personalidade. Embora haja outras linhas de estu-
do sobre o tema, adotei aqui a teoria apresentada por Hipócrates1 para 
falar um pouco sobre temperamentos.
Algumas pessoas têm o temperamento introvertido, outras 
são extrovertidas. Todo temperamento tem qualidades e defeitos, e 
quando dirigidos pelo Espírito Santo, são bênçãos, fazem da pessoa 
um verdadeiro portal para a entrada do Rei da Glória (Sl 24.7).
Meu objetivo é falar dos sentimentos nocivos. Os autores 
COELHO (2001), LAHAYE (1978) e SIQUEIRA (s.d.) falam detalhada-
mente sobre os temperamentos, em seus livros você poderá encontrar 
ricas informações.
De um modo geral, podemos dizer que certo tipo de tempe-
ramento leva as pessoas a sentirem ira e raiva com mais intensidade 
que outras pessoas. Há tipos de temperamento cuja intensidade emo-
cional está fixada no medo e insegurança. Vemos essas características 
se manifestarem tanto nos temperamentos extrovertidos quanto nos 
introvertidos, porém, de forma diferente. 
Somente o Espírito Santo é capaz de transformar efetivamente 
nossos pensamentos e sentimentos, e impactar nosso temperamento e 
personalidade, imprimindo neles Sua marca.
Quando Paulo nos diz para renovarmos a nossa mente 
(Rm 12.2), nos faz entender que essa renovação deve abranger o inte-
lecto, a emoção e os sentimentos também.
Entendo que os principais sentimentos que adoecem o indiví-
duo, levando-o a um caminho de morte, são a ira e o medo. Desses dois 
sentimentos muitos outros derivam. 
Portanto, para prosseguirmos obedecendo os princípios eter-
nos que levam à vida abundante, precisamos deixar sob controle esses 
sentimentos.
IRA
“Quando vocês ficarem irados, não pequem”. Apaziguem a 
sua ira antes que o sol se ponha.” (Ef 4.26)
O Senhor já sabia que seríamos expostos a situações que nos

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