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PSIQUIATRIA transtornos relacionados ao trauma

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PSIQUIATRIA 
Transtornos Relacionados a Trauma: 
Na infância: 
• Associado a padrões externos de cuidado insuficiente evidenciado por pelo menos um 
dos seguintes aspectos: 
o Negligência ou privação social na forma de ausência persistente do atendimento 
às necessidades emocionais básicas de conforto, estimulação e afeição por parte 
de cuidadores adultos. 
o Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades de formar 
vínculos estáveis. 
o Criação em contextos peculiares que limitam gravemente oportunidades de 
formar vínculos seletivos. 
• Transtorno de Apego Reativo: 
o A criança, quando aflita, raramente busca conforto do cuidador adulto e, quando 
recebe, não responde. 
o Podem ocorrer episódios de irritabilidade, tristeza, tremor inexplicados, 
evidentes até mesmo durante interações não ameaçadoras com cuidadores 
adultos. 
o Excluir TEA. 
o Deve se iniciar antes dos 5 anos. 
o Se não tratado pode persistir por muitos anos. 
o Tratamento: psicoterapia e recuperação por meio de ambientes de cuidado. 
• Transtorno de Interação Social Desinibida: 
o Padrão de comportamento que envolve uma conduta excessivamente familiar e 
culturalmente inapropriada com pessoas estranhas. 
o Discrição reduzida ou ausente. 
o Não é explicada por impulsividade. 
o Ex.: vontade de sair com um adulto desconhecido sem hesitação. 
o Ocorre em 20% das crianças gravemente negligenciadas. 
o Tratamento: psicoterapia e recuperação por meio de ambientes de cuidado. 
Transtorno de Estresse Agudo (até um mês após o trauma) → TEPT 
• Tratamento: 
o Não utilizar benzodiazepínicos. 
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o Quetiapina, trazadona, anti-histamínicos e antipsicóticos de baixa potência 
podem ser utilizados para tratar a insônia. 
o Bloqueio adrenérgico pode reduzir a hiperconsolidação da memória traumática. 
➢ Bloqueador alfa adrenérgico (doxasozina e prasozina) – pode auxiliar nos 
sintomas intrusivos. 
➢ Bloqueador beta adrenérgico (propranolol) – pode auxiliar na hiper-
reatividade. 
Transtorno de Estresse Pós-Traumático: 
- Critérios: 
• Exposição a evento traumático: 
o Vivenciar o evento traumático; 
o Testemunhar o evento traumático ocorrido com outras pessoas; 
o Saber que o evento traumático ocorreu com um familiar ou pessoa próxima; 
o Ser exposto de forma repetitiva ou extrema a detalhes aversivos do evento 
traumático (socorristas/policiais). 
• Sintomas intrusivos: 
o Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento; 
o Sonhos angustiantes recorrentes relacionados ao evento traumático; 
o Reações dissociativas (flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o 
evento traumático estivesse ocorrendo novamente; 
o Sofrimento psicológico intenso à exposição a sinais internos ou externos que 
remetam a algum aspecto do evento traumático; 
o Reações fisiológicas intensas a sinais internos e externos que remetam a algum 
aspecto do evento traumático. 
• Esquiva 
o Evitação ou esforço para evitar lembranças externas (pessoas, lugares, conversas, 
atividades, objetos e situações) que despertem recordações, pensamentos ou 
sentimentos angustiantes acerca de ou associados ao evento traumático. 
• Sintomas de humor e distorções cognitivas: 
o Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento traumático 
(amnésia dissociativa); 
o Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a respeito de si 
mesmo, dos outros e do mundo; 
o Cognições distorcidas sobre a causa ou as consequências do evento, que levam o 
indivíduo a culpar a si mesmo ou os outros; 
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o Estado emocional negativo persistente (medo, pavor, raiva, culpa ou vergonha); 
o Interesse ou participação bastante diminuída em atividades significativas; 
o Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros; 
o Incapacidade persistente de sentir emoções positivas. 
• Hiperreatividade: 
o Comportamento irritadiço e surtos de raiva, geralmente expressos sob a forma 
de agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos; 
o Comportamento imprudente ou autodestrutivo; 
o Hipervigilância; 
o Resposta de sobressalto exagerada; 
o Problemas de concentração; 
o Perturbação do sono. “ 
- Fatores de risco: 
• Adversidades na infância; 
• Transtornos mentais prévios; 
• Traços de personalidade: baixa capacidade de resiliência e poucas estratégias de 
enfrentamento. 
• Ausência de suporte familiar; 
• Gênero feminino; 
• Jovens; 
• Gravidade do evento traumático. 
- Tratamento: 
• Primeira linha: psicoterapia, com correção de sentimento de culpa /vergonha/ 
desconfiança e terapia de exposição para extinguir o medo condicionado. 
• Farmacoterapia: ISRS. 
• Não utilizar benzodiazepínicos, exceto no peritrauma, pois podem impedir o pico de 
cortisol fisiológico causado pelo trauma, o que favoreceria a hiperconsolidação da 
memória traumática no hipocampo. 
Transtornos de Adaptação: 
• Desenvolvimento de sintomas emocionais ou comportamentais em resposta a um 
estressor (es) identificáveis ocorrendo dentro de três meses do início do estressor (es). 
• Um ou mais: 
o Sofrimento intenso desproporcional à gravidade ou à intensidade do estressor. 
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o Prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo. 
• A perturbação relacionada ao estresse não satisfaz os critérios de outro transtorno 
mental e não é meramente uma exacerbação de um transtorno mental preexistente. 
• Os sintomas não representam luto normal. 
• Uma vez que o estressor ou suas consequências tenham cedido, os sintomas não 
persistem por mais de seis meses. 
• Subtipos: 
 
• Tratamento: psicoterapia + rotina + higiene do sono + medicamentos sintomatológicos 
se necessário.

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