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Política Monetária em Moçambique

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Universidade Aberta ISCED 
Departamento de Ciências de Educação 
Curso de Licenciatura em Administração Publica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 POLÍTICA MONETÁRIA EM MOÇAMBIQUE 
 
 
Juscelina Manuel Manjaze : Código do estudante: 31231428 
 
 
 
 
Xai-Xai, Maio, 2024 
 
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Universidade Aberta ISCED 
Departamento de Ciências de Educação 
Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 POLÍTICA MONETÁRIA EM MOÇAMBIQUE 
Trabalho de Campo a ser submetido na 
Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino 
de Geografia do ISCED. 
Tutor: Mestre. 
 
 
 
Juscelina Manuel Manjaze : Código do estudante: 31231428 
 
 
Xai-Xai, Maio, 2024. 
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ÍNDICE 
0.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4 
1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 5 
1.2.Descricao da politica monetária moçambicana ......................................................................... 5 
2.CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 8 
3.BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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0.INTRODUÇÃO 
O trabalho em referência enquadra-se no âmbito avaliativo na disciplina de Noções de economia, 
cadeira ministrada no curso de Administração Publica 2º ano. O referido tem como temática 
“POLÍTICA MONETÁRIA EM MOÇAMBIQUE” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
1.2.Descricao da politica monetária moçambicana 
 A actual crise económica evidencia as limitações que a estrutura da economia de Moçambique 
impõe à eficácia e consistência da actuação da política monetária no que respeita à expansão do 
acesso a capital a baixo custo. O contexto mostra como a conjugação do objectivo principal da 
política monetária com o carácter afunilado e poroso da economia não só limita a eficácia da 
própria política como leva a que esta alimente as condições estruturais por detrás da sua 
inconsistência. 
A gestão da política monetária em Moçambique tem como principal objectivo o controlo do 
nível de preços. Este objectivo é estipulado num contexto em que a maior parte dos produtos que 
fazem parte do cabaz básico de consumo são importados, a economia sofre de défice crónico da 
balança de transacções correntes e as fontes de receitas de moeda externa da economia ão 
concentradas e voláteis (cerca de 90% das exportações provêm de nove produtos primários e de 
recursos naturais cujos preços no mercado internacional são voláteis). 
Uma forma simples de fazer enquadramento da discussão sobre o alcance da política monetária é 
olhar de forma clássica para a composição da actividade económica de uma economia, ou seja, 
olhando para a composição do Produto Interno Bruto (PIB). Na óptica da despesa, o PIB, 
considerado como um dos principais indicadores da dinâmica de uma economia, é constituído 
por consumo, investimento, gastos públicos e exportações líquidas de importações. Na essência, 
as opções de política macroeconómica visam influenciar estes agregados de forma a atingir os 
diferentes objectivos que os fazedores de política propõem alcançar, seja altos níveis de emprego 
ou crescimento económico, estabilidade do nível de preços, estabilidade da taxa de câmbio, 
estabilidade do sector financeiro, entre outros (Blanchard 2005; Samuelson & Nordhaus, 2009; 
Mankiw, 2014). 
Um requisito fundamental da política macroeconómica é a análise da composição de cada um 
destes agregados e a sua interacção, pois tal determina a escolha da política assim como as suas 
implicações. Assim, é aqui feita uma breve discussão da composição dos quatro principais 
agregados macroeconómicos que compõem o PIB, nomeadamente do consumo, investimento, 
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gastos públicos e exportações líquidas. 
A descrição do percurso da política monetária em Moçambique mostra como a estrutura 
vulnerável da economia, impede a perseguição do objectivo estratégico de baixas taxas de juros e 
aumento da competitividade do sector financeiro, com vista a aumentar a disponibilidade de 
recursos para financiamento da actividade económica. Nota-se que as autoridades monetárias 
tentam tomar medidas expansionistas, mas são constantemente interrompidas por choques que 
forçam mudanças para posturas restritivas. 
A dívida Pública continua sendo composta maioritariamente pela dívida externa, que representa 
80% do total da dívida pública, correspondente a 63% do PIB e pela dívida interna que 
representa 20% da dívida pública total e 16% do PIB. Assim sendo, nos últimos anos, 
Moçambique foi classificado como um país em situação de sobre endividamento (debt distress), 
uma vez que, os resultados dos indicadores da sustentabilidade encontrarem-se acima dos limites 
recomendados (Rosário, 2020). 
Os resultados da Análise de Sustentabilidade da Dívida demonstram a necessidade de 
fortalecimento dos indicadores macroeconómicos para o reforço da estabilidade, como seja, a 
recuperação e diversificação da economia, o aumento das receitas das exportações e o 
fortalecimento do processo de selecção, avaliação, implementação e monitorização de projectos 
de investimento público financiados por via da dívida. 
A Economia do país tem estado a abrandar nos últimos anos (2016-2020), reflectindo os vários 
choques externos e internos e os constrangimentos ao crescimento potencial da economia 
moçambicana, nomeadamente a baixa produtividade dos sectores produtivos, o crescimento 
demográfico e o fraco investimento, que não tem estado a contribuir para repor o stock de capital 
e o rácio do investimento no PIB (Rosário, 2020). 
Os constrangimentos acima referidos têm conduzido a economia para uma situação em que se 
verifica um baixo contributo das exportações líquidas e a moderação da expansão da procura 
interna, em particular do consumo privado que tem um peso significativo no PIB. No entanto, a 
trajectória das projecções indica que a médio prazo a economia vai convergir para o seu 
potencial de crescimento entre 6% a 7% PIB. 
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Tendo em conta o acima exposto, a gestão de Finanças Públicas deverá no médio prazo (2010-
2030), manter o processo de consolidação fiscal em curso (aumentando os níveis de arrecadação 
de receita e racionalização da despesa pública, melhorando a qualidade da despesa) e reduzir a 
dívida pública para níveis próximos e/ou inferiores a 100%, de modo a que o peso da despesa no 
PIB seja feito num quadro de um crescimento económico crescente, sem colocar em causa os 
programas sociais e o financiando ao investimento e ao desenvolvimento do país (Rosário, 
2020). 
É importante referir que o cenário macroeconómico apresentado neste documento foi feito num 
contexto em que o cenário internacional é marcado por um conjunto amplo de incertezas de 
natureza económica relacionados aos impactos do COVI-19 o que tornam qualquer exercício de 
projecção particularmente difícil, sendo Moçambique um país vulnerável aos choques externos. 
Deste modo os dados aqui apresentados estão sujeitos a actualizações (Rosário, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.CONCLUSÃO 
A Economia do país tem estado a abrandar nos últimos anos (2016-2020), reflectindo os vários 
choques externos e internos e os constrangimentos ao crescimento potencial da economia 
moçambicana, nomeadamente a baixa produtividade dos sectores produtivos, o crescimento 
demográfico e o fraco investimento, que não tem estado a contribuir para repor o stock de capital 
e o rácio do investimento no PIB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.BIBLIOGRAFIA 
 Rosário, C. A. (2020) Cenário Fiscalde Médio Prazo 2021 – 2023. Maputo 
 Angélico, J. (1994) Contabilidade Pública.8ª edição. São Paulo: Atlas 
 Kohama, Heilio. Contabilidade pública: Teoria e Prática.8ª edição. São Paulo: Atlas, 
2001. 
 Moçambique. Ministério do Plano e Finanças (1997) Classificação económica das 
despesas públicas. Instruções. Maputo

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