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Guia Brasileiro de Recursos e Reservas

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GUIA BRASILEIRO DE DECLARAÇÃO 
DE RECURSOS E RESERVAS
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
22/02/2021 - 26/02/2021
CURSO INTERNO ANM
09:00 – 09:10: Abertura
Palavra do Diretor Executivo ADIMB – Prof. Roberto Perez Xavier
Palavra do Presidente CBRR - Júlio Cesar Nery Ferreira.
09:10 – 10:45: Thomas Brenner - Nexa, Comitê Técnico CBRR e Representante CRIRSCO
Contexto da Mineração Brasileira
CRIRSCO: Comitê para padronização de declarações internacionais de reservas minerais
Códigos e padrões internacionais
CBRR: Comissão Brasileira de Recursos e Reservas
11:00 – 12:15: Celeste Queiroz – Vale S.A. e Vice-Presidente da CBRR
O Guia Brasileiro de Recursos e Reservas da CBRR
Definições e conceitos: Resultados de Exploração e Potencial 
Exploratório / Recursos e Reservas Minerais
12:15 – 12:30: Debate
Conteúdo Programático
09:00 – 10:30: João Felipe - Professor UFRGS e membro do Comitê Técnico CBRR
Celeste Queiroz - Vale S.A. e Vice-Presidente da CBRR
Estimativa e classificação de Recursos Minerais
10:45 – 12:15: Rodrigo Peroni - Professor UFRGS e membro do Comitê Técnico CBRR
Ruy Lacourt – Re Metallica e Vice-Presidente do Comitê Técnico CBRR
Estimativa e classificação de Reservas Minerais
Conversão de recursos em reservas minerais - Fatores modificadores
12:15 – 12:30: Debate
Dia 1
09:00 – 10:30: Miguel Nery - Ger. Executivo ABPM e Membro do Conselho Diretor da CBRR
Walid Daoud - Titanium Min. e Membro do Conselho Diretor CBRR
Contexto regulatório nacional/ Sistema Brasileiro de Certificação de Rec. e Res. Minerais
Bolsa de Toronto e Perspectiva para B3
10:45 – 12:15: Alessandro Medeiros - Anglogold Ashanti e Membro do Conselho Diretor CBRR
Tadeu Veiga - Geos e Membro do Comitê de Registro CBRR
Os princípios fundamentais: transparência, materialidade e competência
O papel do Profissional Qualificado
Como aplicar para Profissional Qualificado no Brasil
12:15 – 12:30: Debate
Dia 2
09:00 – 10:30: Leonardo F Faria – Vale S.A. e Presidente do Comitê Técnico CBRR
Roteiro para declarações (Tabela 1 CBRR – Parte 1)
Dados Projeto, interpretação e classificação Recursos
10:45 – 12:15: Ruy Lacourt – Re Metallica e Vice-Presidente do Comitê Técnico CBRR
Roteiro para declarações (Tabela 1 CBRR – Parte 2) 
Extração, Infraestrutura, M. Ambiente, Social, Viab. Econômica e Riscos 
12:15 – 12:30: Debate
Dia 3
Dia 4
Dia 5
09:00 – 10:30: Ruy Lacourt – Re Metallica e Vice-Presidente do Comitê Técnico CBRR
Giorgio de Tomi - Professor USP e membro do Comitê Técnico CBRR
Declarações públicas: estudo de casos
10:45 – 12:15:Thomas Brenner - Nexa, Comitê Técnico CBRR e Representante CRIRSCO
Ruy Lacourt – Re Metallica e Vice-Presidente do Comitê Técnico CBRR
O processo de declaração: estudo de casos
12:15 – 12:30: Debates e Considerações finais.
Programação – 25/02/2021 – Parte 7
Estimativa e classificação de Reservas Minerais
Conversão de recursos em reservas minerais - Fatores modificadores
DINÂMICA DO CURSO:
• Apresentação 1 h e 15 min (Parte 7) + 15 minutos para dúvidas e esclarecimentos
• Perguntas encaminhadas por escrito no chat (seja sucinto) 
• Microfone desligado
• No final de cada dia teremos quinze minutos adicionais para fechamento 
Apresentador: Ruy Lacourt
Engenheiro de Minas Consultor
MSc em Engenharia Mineral, Economia Mineral, UFOP
MBA em Gestão Estratégica de Negócios, FIA/USP
Associate in Management, University of Cape Town
Engenheiro de Minas, Escola de Minas de Ouro Preto
Qualified Person, Registered Member da SME, EUA e Profissional Qualificado da CBRR
Mais de 30 anos de experiência em desenvolvimento de projetos de mineração, 
planejamento e operação de mina
Qualified Person com experiência consolidada com os códigos de reportagem do 
CRIRSCO (JORC, NI 43-101, SME, CBRR e outros), desenvolvendo a compliance, 
respondendo, realizando e acompanhando dezenas de auditorias. Membro ativo da 
CBRR
Experiência multicultural significativa, desenvolvendo projetos de mineração, no 
Brasil, Canadá, EUA, México, Colômbia, Peru, Chile, Argentina, África do Sul, Austrália 
e Nova Caledônia
www.remetallica.com
Apresentador: Prof. Rodrigo de Lemos Peroni
Engenheiro de Minas, UFRGS, 1994
MSc. PPGEM/UFRGS, 1998
Dr. Eng. PPGEM/UFRGS 2002
Pós-Doutorado UFSC 2016
Prof. Associado IV DEMIN UFRGS 2006 – atual
Prof. Permanente PPGEM – 2009 – atual
Chefe do DEMIN/UFRGS 2020 - atual
25 mestres e 5 Doutores formados
Experiência em estimativa de recursos e reservas, planejamento de lavra e 
projeto de minas a céu aberto em substâncias como – Ouro, Cobre, Minério 
de Ferro, Fosfato, Carvão, Níquel, agregados, rochas ornamentais.
Membership
Membro Comitê Técnico CBRR (representante IBRAM) desde 2016
AUSIMM 2004 a 2016
SAIMM 2010 a 2016
CREA
Estrutura da Apresentação
1. Introdução e apresentação
2. Definição de Reservas
3. Definição de Relatórios técnicos e seus diferentes níveis
4. Relação com Riscos
5. Fatores Modificadores
6. Exemplos
Reservas Minerais
Reserva Mineral é a porção legal/ambiental/social e economicamente lavrável
de um Recurso Mineral Medido e/ou Indicado
▪ Inclui diluição e perdas que podem ocorrer quando o material é lavrado ou extraído e é
suportada por estudos de Pré-Viabilidade ou de Viabilidade que contemplam a aplicação
de Fatores Modificadores
Os estudos têm de demonstrar que, no momento da declaração, a extração pode ser justificada
▪ É necessário declarar o ponto de referência no qual as Reservas são definidas
Normalmente é o ponto onde o minério é entregue na planta de beneficiamento
Em qualquer situação em que o ponto de referência seja diferente, tal como para um produto
vendável, que informações detalhadas garantam que o leitor seja totalmente informado sobre o
que está sendo declarado
Reservas Minerais - Definição
A expressão ‘economicamente lavrável’
implica que a extração de uma Reserva
Mineral demonstra ser viável sob
premissas financeiras razoáveis
O significado do termo ‘realisticamente
assumidas’ poderá variar de acordo
com o tipo de depósito, o nível de
estudo que tenha sido desenvolvido e
parâmetros financeiros de cada
entidade. Por esse motivo, não existe
uma definição rígida para o termo
‘economicamente lavrável’.
Entretanto, espera-se que as entidades
busquem alcançar um retorno aceitável
sobre o capital investido e que os
retornos aos investidores no projeto
sejam competitivos considerando
investimentos alternativos de riscos
equivalentes.
http://www.vale.com/brasil/PT/investors/information-market/annual-reports/20f/Paginas/default.aspx
Figura 1 
Relação Geral entre Resultados de Exploração, Recursos e Reservas Minerais
A expressão ‘Reservas Minerais’ não significa necessariamente que as instalações da mina
estejam construídas ou em operação, ou que todas as aprovações ou contratos de vendas
tenham sido feitos.
Entretanto, significa que existem expectativas razoáveis de tais aprovações e contratos
O Profissional Qualificado deve considerar a materialidade de qualquer assunto pendente que
dependa de terceiros ao qual a extração possa estar subordinada
http://www.vale.com/brasil/PT/investors/information-market/annual-reports/20f/Paginas/default.aspx
Reserva Mineral Provável é a parte economicamente lavrável de um Recurso Mineral Indicado
e, em algumas circunstâncias, de um Recurso Mineral Medido
A confiabilidade nos Fatores Modificadores aplicados a uma Reserva Mineral Provável é mais
baixa do que nos fatores aplicados a uma Reserva Mineral Provada
O estilo de mineralização ou outros fatores podem significar que a categoria ‘Reserva Mineral Provada’
não é alcançável em alguns depósitos
Os Profissionais Qualificados devem estar cientes das consequências de declarar material de categoria
de maior confiabilidade antes de estarem satisfeitos de que todos os parâmetros relevantes ao recurso e
os Fatores Modificadores tenham sido estabelecidos com um igual alto nível de confiabilidade
A escolha da categoria adequada de Reserva Mineral é determinadainicialmente pelo nível relevante de
confiabilidade no Recurso Mineral e após considerar a incerteza associada aos Fatores Modificadores.
Reserva mineral Provável - Definição
Uma Reserva Mineral Provada é a parte economicamente lavrável de um Recurso Mineral
Medido. Uma Reserva Mineral Provada implica em um alto grau de confiança nos Fatores
Modificadores
Uma Reserva Mineral Provada representa a categoria de mais alta confiança de estimativa de
Reservas Minerais.
Reserva mineral Provada - Definição
A aplicação da categoria ‘Reserva Mineral Provada’ implica no maior grau de confiabilidade na estimativas
e as consequentes expectativas do leitor do relatório
O Guia não requer necessariamente a declaração de Reservas Minerais Provadas
Pode haver situações em que as Reservas Minerais Prováveis por si só possam ser suficientes para
justificar a extração, como, por exemplo, ocorre com alguns depósitos de estanho, diamante e ouro
aluviais. Essa é uma questão a ser julgada pelo Profissional Qualificado
Topografia
Furos de Sondagem
Modelo Geológico
Classificação de 
Recursos
Estimativa de recursos
Medidos
Indicados
Inferidos
Estimativa de reservas
Provadas
Prováveis
Conversão de Recursos para Reservas - Esquemático
Conversão de Recursos para Reservas - Real
Preço de Venda –
Depende do mercado
Teor de Corte –
Depende do preço
de venda, custos 
oper. e eficiência do 
processo de benef
Diluição - Depende do 
método de lavra, tipo
de equipamentos, 
complexidade
geológica, tecnologia
embarcada
Mine Call Factor -
Depende da 
eficiência da 
operação em 
realizar o planejado
Recuperação Metalúrgica -
Depende da eficiência do 
processo de beneficiamento que 
está relacionada com o 
conhecimento do depósito
A Declaração de Reservas
O que foi 
reportado na 
declaração no ano 
anterior
O que foi 
reportado na 
declaração do ano 
vigente
Fatores
Modificadores
• Depleção
• Exploração
• Metodologia
• Preço
• Custos
• Geotecnia
• Metalurgia
• Fator de benefício
• Outros
• Aquisições/Vendas
Categoria de 
recursos
Massa 
(Mt)
Teor 
(g/t)
Conteúdo 
Metálico 
(t e Moz)
Origem do 
recurso
SOMA MÉDIA POND. PRODUTO UNIDADE CONVERTIDA
Categoria de 
reservas
Massa 
(Mt)
Teor 
(g/t)
Conteúdo 
Metálico 
(t e Moz)
Conversão
do recurso
para 
reserva
por 
projeto
SOMA MÉDIA POND. PRODUTO UNIDADE
CONVERTIDA
O Guia fornece uma relação direta entre Recursos Minerais Indicados e Reservas
Minerais Prováveis e entre Recursos Minerais Medidos e Reservas Minerais Provadas
• Os Recursos Minerais Inferidos são sempre
adicionais às Reservas Minerais
• O nível de confiabilidade geológica para as Reservas
Minerais Provadas é equivalente àquele exigido para
determinar os Recursos Minerais Medidos.
• O nível de confiabilidade geológica para as Reservas
Minerais Prováveis é equivalente àquele exigido para
a determinação dos Recursos Minerais Indicados
O Guia também fornece uma relação de mão dupla entre os Recursos Minerais Medidos e as
Reservas Minerais Prováveis
Isso contempla uma situação em que as incertezas associadas a quaisquer dos Fatores
Modificadores considerados ao converter Recursos Minerais em Reservas Minerais podem
resultar em um menor grau de confiança nas Reservas Minerais do que nos Recursos Minerais
correspondentes
não significa redução no nível de 
confiabilidade e conhecimento 
geológico.
Uma Reserva Mineral Provável derivada de um Recurso Mineral Medido pode ser convertida em
uma Reserva Mineral Provada se as incertezas nos Fatores Modificadores forem removidas
Nenhuma confiança nos Fatores Modificadores para converter um Recurso Mineral em uma
Reserva Mineral pode superar o nível mais alto de confiança no próprio Recurso Mineral
Sob nenhuma circunstância um Recurso 
Mineral Indicado pode ser convertido 
diretamente em uma Reserva Mineral 
Provada.
Essa seta não existe na FIGURA1X
Estimativas de Reserva Mineral não são cálculos precisos. A declaração das tonelagens e de
teores deve refletir uma incerteza relativa da estimativa por arredondamento a números
significativos adequados
A fim de enfatizar a natureza de uma Reserva Mineral, o resultado final deve ser sempre
mencionado como uma estimativa e não como um cálculo
Os Profissionais Qualificados são encorajados, sempre que adequado, a discutir a exatidão relativa e/ou a
confiabilidade das estimativas da Reserva Mineral.
A demonstração deve especificar se ela se refere a estimativas globais (reserva total) ou locais (um
conjunto da reserva para o qual a exatidão e/ou a confiabilidade pode diferir do todo da reserva), e, se
local, reportar a tonelagem ou o volume relevante.
Reserva mineral - Diretrizes
▪ Declarações Públicas de Reservas Minerais devem especificar uma ou ambas as categorias
‘Provada’ e ‘Provável’
▪ As categorias não devem ser relatadas de forma combinada como Reserva Mineral Provada
ou Provável a menos que também sejam fornecidos números relevantes para cada
categoria
Os relatórios não devem apresentar números de conteúdo metálico ou mineral a menos que
forneçam também números de tonelagens e categorias correspondentes
Reserva mineral - Diretrizes
As Reservas Minerais podem incorporar material (diluição) que não faça parte do Recurso Mineral
original. É essencial que essa diferença fundamental entre Recursos Minerais e Reservas Minerais seja
lembrada e exercida com cautela ao tentar tirar conclusões da comparação entre as duas
Quando as revisões de declarações de Reserva Mineral e de Recurso Mineral são publicamente
declaradas, elas devem vir acompanhadas por reconciliação com demonstrações prévias
▪ Em situações em que os números, tanto para Recursos Minerais, quanto para Reservas
Minerais são declarados, um esclarecimento deve ser incluído no relatório que indique
claramente se os Recursos Minerais já incluem ou são adicionais às Reservas Minerais
▪ Uma estimativa de Reserva Mineral não deve ser adicionada às Estimativas de Recursos
Minerais para declarar um único número combinado.
Em determinadas situações pode haver motivos para declarar Recursos Minerais adicionais às Reservas 
Minerais e em outras para declarar Recursos Minerais totais
Deve-se deixar claro qual forma de declarar está sendo adotada
As formas adequadas de esclarecer as demonstrações podem ser:
“Os Recursos Minerais Medidos e Indicados são adicionais às Reservas Minerais”
ou
“Os Recursos Minerais Medidos e Indicados incluem Recursos Minerais modificados para 
gerar as Reservas Minerais”
Reserva mineral - Diretrizes
Recursos minerais adicionais ou inclusos
Inferido Indicado Medido
Provável Provada
Os Recursos Minerais Medidos e Indicados são adicionais (EXCLUSIVE) às Reservas Minerais:
Inferido Indicado Medido
Provável Provada
Inferido Indicado Medido
Provável Provada
Os Recursos Minerais Medidos e Indicados incluem (INCLUSIVE)Recursos Minerais modificados para gerar as Reservas Minerais
http://www.riotinto.com/investors/results-and-reports-2146.aspx
http://www.glencore.com/investors
Relatórios Técnicos
A fim de atender ao nível de confiabilidade exigido para a definição dos
Recursos Minerais e dos Fatores Modificadores, são necessários
estudos de Pré-Viabilidade ou de Viabilidade, conforme apropriado,
para determinação das Reservas Minerais
Os estudos têm de atender aos parâmetros legais, ambientais e
sociais e definir um plano de lavra que seja tecnicamente possível e
economicamente viável a partir do qual as Reservas Minerais possam
ser derivadas.
Diversas técnicas de estimativa estão disponíveis e,
geralmente, a sofisticação das mesmas também acompanha as
etapas em que a exploração se encontra e, consequentemente,
do nível de detalhamento dos corpos de minério.
Estudo Acuracidade
Conceituais ± 30%
Preliminares ± 20%
Viabilidade ± 10%
Estudo Acuracidade
Conceituais ± 30%
Preliminares ± 20%
Viabilidade ± 10%
Um Estudo de Escopo é um estudo 
técnico e econômico de ordem de 
magnitude da viabilidade potencialdos Recursos Minerais que inclui 
avaliações apropriadas de Fatores 
Modificadores presumidos de 
forma realista, juntamente com 
quaisquer outros fatores 
operacionais relevantes que são 
necessários para demonstrar no 
momento de relatar esse progresso 
para que um estudo de Pré
‐viabilidade possa ser 
razoavelmente justificado
Estudo Acuracidade
Conceituais ± 30%
Preliminares ± 20%
Viabilidade ± 10%
Um estudo de pré viabilidade é um um
estudo detalhado de uma gama de opções 
para a viabilidade técnica e econômica de 
um projeto mineral que já tenha avançado a 
um estágio onde um método de lavra 
preferencial, no caso de de minas 
subterrâneas, ou a configuração de cava 
no caso de mina a céu aberto esteja 
estabelecido e um método de 
processamento mineral esteja 
determinado. Inclui análise econômica 
baseada em premissas razoáveis sobre os 
FATORES MODIFICADORES e a Avaliação 
de quiasquer outros fatores que permitam 
que o professional qualificado julgue 
necessário para determiner que todo ou 
parte do recurso mineral seja convertido 
para reserva. 
Estudo Acuracidade
Conceituais ± 30%
Preliminares ± 20%
Viabilidade ± 10%
Um Estudo de Viabilidade é um estudo 
técnico e econômico abrangente sobre 
opção de desenvolvimento selecionada 
para um projeto mineral que inclui 
avaliações detalhadas dos Fatores 
Modificadores aplicáveis, juntamente com 
quaisquer outros fatores operacionais 
relevantes e análises financeiras 
detalhadas que são necessárias para 
demonstrar no momento do relatório que a 
extração é razoavelmente justificada 
(economicamente lavrável). Os resultados 
do estudo podem servir de base razoável 
para a decisão final de um proponente ou 
instituição financeira de prosseguir ou 
financiar o desenvolvimento do projeto. O 
nível de confiança do estudo será superior 
ao de um estudo de pré-viabilidade.
Riscos em Projetos de Mineração 
(e Estimativas de Recursos e Reservas)
Reserva Mineral = Fatores Modificadores [Recursos 
Minerais]
E [Fatores Modificadores ]
Riscos (Reserva Mineral ) = 
f [Riscos (Fatores Modificadores ), Riscos (Recursos)]
[Visão por Fatores Modificadores mais adiante - Rendu]
35
ALVARÁ DE PESQUISA
Guia de Utilização
Obter LO
Avaliação de Impacto 
Ambiental
Relatório Final de Pesquisa (Jazida aprovada) 
CONCESSÃO DE 
LAVRA
ANM
Obter LP
Estudo e Relatório de 
Impacto Ambiental
EIA/RIMA
Obter LI
Plano de Controle 
Ambiental - PCA
Início/Continuidade da 
Lavra
Obter LO
Atender Condicionantes da 
LI
Obter Renovação LO
Atender Condicionantes da 
LO
Órggão Ambiental 
(FEPAM)
Pesquisa 
Prospectiva
Pesquisa c/
extração
mineral
TABLE 2 – GUIDELINE FOR TECHNICAL STUDIES
Item Estudo Conceitual Estudo de pré-viabilidade Estudo de Viabilidade
Categoria de Recursos Majoritariamente inferidos Majoritariamente indicado Medido e indicado
Categoria de reservas Nenhum Majoritariamente Provável Provado e provável
Método de lavra e restrições 
geotécnicass
Conceitual Alternativas preliminares Detalhado e otimizado
Projeto de Mina Nenhum ou ainda apenas 
conceitual
Plano de lavra e 
sequenciamento preliminares
Plano de mina e sequenciamento 
detalhado
Sequenciamento
Aproximação Anual Trimestral a anual
Mensal para a maioria do prazo de 
payback
Processamento Mineral Ensaios metalúrgicos Opções preliminares Detalhado e otimizado
Licenciamento - (water, power, 
mining, prospecting & 
environmental)
Lista de licenças requeridas Submissões preliminares
Engajamento de autoridades, 
submissões definitivas 
Licença social para operar
Contato inicial com as 
comunidades locais
Estruturas formais de 
comunicação e modelos de 
engajamento em vigor
Contratos / acordos em vigor com as 
comunidades e municípios locais 
(governo local)
Tolerância ao risco Alto Médio Baixo
Item Estudo Conceitual Estudo de pré-viabilidade Estudo de Viabilidade
Base da estimativa de capital
Civil / estrutural, arquitetônico, tubulação / 
HVAC, elétrica, instrumentação, mão de obra 
de construção, produtividade de mão de obra 
de construção, volumes / quantidades de 
materiais, material / equipamentos, preços, 
infraestrutura
Ordem de magnitude com base em 
dados históricos ou fatoração. 
Engenharia <5% concluída.
Estimado a partir de fatores 
históricos ou porcentagens e 
cotações de fornecedores com base 
em volumes de material. Engenharia 
em 5 a 25% concluída.
Detalhado da engenharia em 20% a 
50% concluído, quantidades estimadas 
de retirada de material e cotações de 
vários fornecedores
Empreiteiros
Incluído no custo unitário ou como 
uma porcentagem do custo total
Porcentagem do custo direto por 
área para empreiteiros; histórico 
para subcontratados
Cotações por escrito do contratante e 
subcontratados
Engenharia, aquisição e gestão de construção 
(EPCM)
Porcentagem do custo de construção 
estimado
Parâmetros principais, porcentagem 
do custo de construção detalhado
Estimativa detalhada
Custos do proprietário
Fatorado, benchmark, banco de dados 
ou estimativa histórica
Cotações orçadas em parâmetros-
chave e estimativas de experiência, 
fatoradas de projeto semelhante
Estimativa detalhada
Conformidade ambiental / Custo de 
fechamento
Fatorado a partir da estimativa 
histórica
Estimativa com base na experiência, 
baseada em projeto semelhante
Estimativa preparada a partir do 
orçamento detalhado de base zero para 
engenharia de projeto e requisitos de 
licença específicos
Escalation Não considerado
Com base na porcentagem do 
orçamento atual da entidade
Com base na área de custo com risco
Faixa de precisão (ordem de magnitude) ± 25-50% ± 15-25% ± 10-15% 
Faixa de contingência (provisão para itens não 
especificados no escopo que serão 
necessários)
± 30% 15-30%
10% - 15% (real a ser determinado com 
base na análise de risco)
Item Estudo Conceitual Estudo de pré-viabilidade Estudo de Viabilidade
Base de Custos Operacionais
Custos Operacionais
Ordem de magnitude com base em 
dados históricos ou fatoração.
Estimado a partir de fatores 
históricos ou porcentagens e 
cotações de fornecedores com base 
em volumes de material.
Estimativas detalhadas
Operating quantities Geral
Estimativas específicas com algum 
fatoração
Estimativas detalhadas
Custos unitários
Com base em dados históricos para 
fatoração
Estimativas de mão-de-obra, 
energia e consumíveis, alguns 
fatores
Propostas de fornecedores; 
fatoração mínima
Faixa de precisão ± 25-50% 15% - 25% 10% - 15%
 Exemplo – Sumário de Relatório Técnico.
Lista de critérios de avaliação e declaração
Riscos
O que são riscos? / Conceito / Definição
– Risks: upsides & downsides
(oportunidades e ameaças) 
– Objetivo: previsibilidade / confiabilidade/ mitigação 
de riscos 
Vai até a operação... ( até o fechamento de mina, na verdade...)
– Previsibilidade vs. nível de confiança / perfil de 
confiabilidade / remete à classificação dos 
recursos
Previsibilidade e risco
Classificação e amostragem, principalmente, calibrado através da 
reconciliação
42
http://www.scielo.org.za/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
S2225-62532015001100015
https://www.researchgate.net/figure/Hypothetical-risk-curve-
with-three-statistical-measures-standard-deviation-
s_fig1_317550866
Avaliação e Reportagem de Riscos
– Matriz de Avaliação de Riscos
Base comum para avaliação dos riscos em 
diferentes áreas / ponderação / equilíbrio 
(equalização)
– Controles: riscos pré- e pós-controles 
para mitigação
– Falhas/Armadilhas comuns (pitfalls)
Avaliação das probabilidades (mais delicada) e 
consequências 
(Olhar local vs. visão do bosque / cada um 
“defende o seu” / algo como “mentalidade de 
silo”)
43
Fatores de risco dependentes da localização e 
dependentes do tempo (evoluem / mais complexos)
Rendu (2017)
AusIMM. (2014). Mineral Resource and Ore Reserve Estimation - The AusIMM 
Guide to Good Practice - Monograph 30. AusIMM - The Australasian Institute of 
Mining and Metallurgy.Probabilidade
Consequência
44
estéril 
para a 
planta
minério 
para 
bota-fora
estéril 
para 
bota-fora
minério para planta
Pitard, F. (2001, 2014). A Strategy to Minimise Ore Grade Reconciliation Problems between the Mine and the Mill. In Mineral 
Resource and Ore Reserve Estimation - The AusIMM Guide to Good Practice - Monograph 30 (pp. 749-754). AusIMM - The 
Australasian Institute of Mining and Metallurgy.
SME Transactions 000-990-015-444 / N A Schofield, J Moore and J T Carswell; Mine to Mill Reconciliation 
– Three Case Studies in: International Mine Management Conference / Melbourne, Vic, 20 - 21 November 
2012
Riscos em Mineração
Nem tudo acontece como previsto… Curvas de Recuperação
Rendu, J.-M. (2017). Risk management in evaluating mineral deposits. Englewood, Colorado: SME (Society for Mining, Metallurgy & Exploration Inc.)45
Riscos em Mineração
Curvas de Recuperação vistas pela ótica de projetos
É muito difícil “acertar na mosca”
[mas dá prá fazer um bom trabalho... 
de-risking]
O desempenho do projeto, uma vez 
concluído, é uma das possíveis 
realizações da combinação das 
estimativas (Rendu, 2017)
Conversão de recursos em 
reservas minerais e 
Fatores Modificadores
22 A 26 de Fevereiro de 2021
Métodos de Lavra a Céu Aberto
• Lavra em Cava
– Características e porte dos 
equipamentos
• Lavra de Encosta – Semi-
encosta
• Lavra em Tiras 
– Variações – Terrace mining, área 
mining, contour mining
• Lavra sob lâmina de água
• Lavra de rochas ornamentais
Métodos de Lavra a Céu Aberto
Lavra em Cava (Open pit mining) 
• Variações ocorrem em função de características dos depósitos 
e capacidade de investimento 
• Lavra Seletiva x “Bulk Mining”
• Diluição e perdas
• Recuperação do depósito
Lavra: Métodos de Lavra Subterrâneos e aspectos operacionais
(Equipamentos, estabilidade e estruturas de contenção, diluição, seletividade etc)
49
Top down
▪ Menor desenvolvimento (não tem 
X-cuts, FW drives)
▪ Alta Flexibilidade
▪ Alta simulataneidade (nos painéis)
▪ Controles simples para a limpeza
▪ Requer perfuração ascenedente 
(menos precisa / menos segura)
▪ Controle de vão 
problemático/complexo
▪ Tem potencial para mais 
desplacamentos
▪ Potencial para air blats
▪ Recuperação de Lavra de 76% a 82%
▪ Potencial para cable bolting para 
spans maiores
1
2
3
Sequencia de 
Lavra
Métodos de Lavra Subterrâneos – Método dos Subníveis em layout 
longitudinal com sequencia descendente
Operação / Controle de Qualidade do Minério
Integração
Geologia e Estimativa
Planejamento de Mine e Engenharia 
de Rocha
Operadores
Manuteção
Planta
Segurança
…
Desde a perfuração até a reconciliação
Adiante: Gometalurgia
Diagnose => Acompanhamento
Mercado / Economia / Análise Financeira 
O papel das Bolsas de 
Metais como Mercados 
Terminais / LME
Preços de commodities, análise histórica, oferta e demanda, ciclicidade do setor mineral
https://www.mining.com/web/london-metal-exchange-to-delay-ban-on-tainted-metal-until-2025-sources/?utm_source=Daily_Digest&utm_medium=email&utm_campaign=MNG-
DIGESTS&utm_content=london-metal-exchange-to-delay-ban-on-tainted-metal-until-2025--sources
Série de preços/estoques/uso – Longo prazo
53
Fluxo de vendas de cobre refinado
International Copper Study Group. (2019). The World Copper Factbook
Série de preços - Longo Prazo e Previsão
54
International Copper Study Group. (2019). The World Copper Factbook PCF Resources Thermometer August 2020
Fatores governamentais
• Políticas de estado
• Incentivos
• Empregos
• Desenvolvimento regional
• Minerais estratégicos
• Dependência x auto suficiência / soberania nacional
• Participação no mercado internacional
• Políticas estatizantes vs. privatizantes
• Royalties
Meio Ambiente e
Licença Social
Relação com a comunidade, transparência, comunicação
56
ESG é o tema mais importante/que 
define o licenciamento
Exemplos
Ombu 
open pit
Grade shell 
old model
Grade shell 
new model
SG open pit
Técnicos
SG open pit
US$1200/oz 
SG current pit
Técnicos
Técnicos
Técnicos
Técnicos
Técnicos
Técnicos
Econômicos
Econômicos
Econômicos
Base Case
US$1000/oz
Sens1
US$800/oz
Sens2
US$1200/oz
Econômicos
Técnicos
unipampa/block_model.gvp
Tecnológicos
Ambientais
Ambientais
Ambientais
Técnicos - Seletividade
–Remoção
–Siltito
–Remoção
–Argila
–RK 430
–CAT 345
–D10
R
–LIB 964
–RK 628
–CAT 345
–A
va
n
ço
–d
a 
La
vr
a
–OPERAÇÃO DE LAVRA A CÉU ABERTO
–Remoção
–Siltito
–Remoção
–Argila
–RK 430
–CAT 345
–D10
R
–LIB 964
–RK 628
–CAT 345
–A
va
n
ço
–d
a 
La
vr
a
–OPERAÇÃO DE LAVRA A CÉU ABERTO
Técnicos - Seletividade
Técnicos - Seletividade
Ambientais
Sociais
Legais
RECURSOS
Métodos de 
classificação
RESERVAS
FATORES MODIFICADORES
RECURSOS
Econômicos
Técnicos
Binghan Canyon – 2012
Técnicos
Técnicos
Técnicos
Binghan Canyon – 10 abr 2013
Técnicos
Binghan Canyon – 10 abr 2013
Técnicos
Binghan Canyon – 10 abr 2013
Técnicos
Binghan Canyon – 10 abr 2013
Técnicos
Binghan Canyon – 10 abr 2013
Técnicos
Ambientais
Samarco – Novembro 2015
Ambientais
Samarco – Novembro 2015
Ambientais
Samarco – Novembro 2015
Ambientais
Samarco – Novembro 2015
Ambientais
Samarco – Novembro 2015
Gratos pela atenção!
Rodrigo Peroni – peroni@ufrgs.br
Ruy Lacourt - ruy.lacourt@remetallica.com
mailto:peroni@ufrgs.br
mailto:ruy.lacourt@remetallica.com

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