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Básico em Punção 
Venosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema venoso, uma parte crucial do sistema circulatório, consiste em 
uma intrincada rede de veias que transportam sangue desoxigenado de 
volta ao coração. As veias variam em tamanho, desde as pequenas vênulas 
até as veias maiores, e estão presentes em todo o corpo, correndo 
paralelamente às artérias. O sistema venoso é composto por duas divisões 
principais: o sistema venoso superficial, que está próximo à superfície da 
pele, e o sistema venoso profundo, que é encontrado mais profundamente 
nos tecidos. 
 
As veias possuem válvulas unidirecionais que ajudam a manter o fluxo de 
sangue em direção ao coração, prevenindo refluxos. A anatomia venosa 
varia em diferentes partes do corpo, adaptando-se às necessidades locais, 
como nos membros inferiores, onde as veias das pernas têm válvulas 
adicionais para enfrentar a gravidade. 
 
O conhecimento da anatomia do sistema venoso é fundamental para 
procedimentos médicos, como punções venosas e cateterizações, 
garantindo que as veias apropriadas sejam selecionadas e manuseadas com 
segurança. Além disso, a compreensão das vias venosas ajuda na 
identificação de possíveis obstruções ou problemas circulatórios, 
auxiliando no diagnóstico e tratamento de condições médicas. 
 
 
A punção venosa desempenha um papel fundamental na prática médica, 
permitindo o acesso seguro e direto ao sistema circulatório para diversas 
finalidades. É crucial para a coleta de amostras de sangue para análises 
laboratoriais, diagnóstico de doenças e monitoramento do estado de saúde. 
Além disso, a punção venosa viabiliza a administração precisa de 
medicamentos, fluidos intravenosos e nutrientes, garantindo uma terapia 
eficaz e rápida. A capacidade de realizar punções venosas de forma 
competente é uma habilidade essencial para profissionais de saúde, 
assegurando tratamento adequado, redução de complicações e bem-estar do 
paciente. 
 
 
 
 
A punção venosa é indicada em uma variedade de cenários médicos, como 
coleta de amostras sanguíneas para diagnóstico, monitoramento da função 
renal, hepática e metabólica, além de administrar fluidos, medicamentos e 
transfusões. Em situações de emergência, é essencial para reestabelecer a 
estabilidade hemodinâmica. 
 
No entanto, algumas contraindicações devem ser consideradas. Infecções 
locais, trombose ou flebite na área de punção, distúrbios de coagulação e 
edema grave podem dificultar ou impedir a realização da punção. Além 
disso, em locais com lesões ou fraturas, e em pacientes com 
hipersensibilidade à agulha, a punção deve ser evitada. A avaliação 
criteriosa das indicações e contraindicações garante a segurança do 
paciente e a eficácia do procedimento. 
 
 
Existem diversos tipos de agulhas e cateteres venosos utilizados em 
procedimentos médicos para acesso ao sistema circulatório. As agulhas 
variam em calibre e comprimento, sendo as mais finas indicadas para veias 
delicadas, como as encontradas em crianças e idosos. Já os cateteres, que 
são tubos flexíveis, podem ser curtos para acesso periférico ou mais longos 
para acesso central. 
 
Os cateteres podem ser classificados em periféricos, que são inseridos em 
veias superficiais, e centrais, que são introduzidos em veias maiores e 
profundas, permitindo a administração de maiores volumes de fluidos e 
medicamentos. Os cateteres centrais incluem os cateteres de Hickman, 
cateteres de Groshong e cateteres PICC (Cateter Central de Inserção 
Periférica). A escolha do tipo de agulha ou cateter depende da finalidade do 
procedimento, das características do paciente e da experiência do 
profissional de saúde, visando sempre a segurança e o conforto do paciente. 
 
 
 
 
 
 
A seleção adequada do equipo de infusão é essencial para garantir a 
administração segura e eficaz de fluidos e medicamentos. O equipo é 
escolhido com base na viscosidade do líquido a ser infundido, na taxa de 
infusão necessária e na natureza do tratamento. Equipos macrogotejadores 
são ideais para volumes maiores, enquanto microgotejadores são indicados 
para doses precisas. O tipo de conexão também é crucial, devendo ser 
compatível com o cateter e o frasco. A avaliação cuidadosa desses fatores 
contribui para a prevenção de complicações e assegura a terapia adequada 
ao paciente. 
 
 
A preparação meticulosa do paciente e da área de punção é fundamental 
para garantir a segurança e o sucesso do procedimento de punção venosa. O 
paciente deve ser informado sobre o processo, suas finalidades e os 
possíveis desconfortos associados. É importante obter o consentimento 
informado e avaliar histórico médico, alergias e medicações. A área de 
punção é limpa com técnicas assépticas, seguindo princípios rigorosos de 
higiene. A utilização de luvas estéreis é essencial para evitar a 
contaminação cruzada. A preparação adequada minimiza o risco de 
infecções e assegura a experiência positiva do paciente. 
 
 
Os princípios de assepsia e antissepsia desempenham um papel crítico na 
prevenção de infecções durante procedimentos médicos, como a punção 
venosa. A assepsia refere-se à criação e manutenção de um ambiente livre 
de microorganismos patogênicos, enquanto a antissepsia envolve a 
aplicação de agentes antimicrobianos na pele e nas mucosas para reduzir a 
flora bacteriana transitória. 
 
A assepsia começa com a lavagem adequada das mãos, seguida do uso de 
luvas estéreis e roupas de proteção. Superfícies e materiais também devem 
ser esterilizados ou desinfetados, e o campo de trabalho deve ser 
delimitado. A antissepsia envolve a escolha de agentes seguros e eficazes, 
como o álcool 70% ou iodopovidona, aplicados na pele antes da punção. 
 
 
 
Esses princípios combinados ajudam a minimizar o risco de introdução de 
microorganismos indesejados, garantindo a segurança do paciente e a 
integridade do procedimento. 
 
A higienização das mãos é um procedimento fundamental na prevenção de 
infecções em ambientes de cuidados de saúde. Os passos para uma 
higienização eficaz incluem: 
 
1. **Molhar as mãos:** Comece por molhar completamente as mãos com 
água corrente. 
 
2. **Aplicar sabão:** Aplique uma quantidade adequada de sabão nas 
mãos. 
 
3. **Esfregar as palmas:** Esfregue as palmas das mãos uma na outra, 
criando uma espuma. 
 
4. **Lavar os espaços entre os dedos:** Lave os espaços entre os dedos, 
onde muitas vezes os germes se acumulam. 
 
5. **Esfregar as costas das mãos:** Esfregue as costas das mãos com 
movimentos circulares. 
 
6. **Lavar os polegares:** Lave os polegares esfregando-os com a outra 
mão. 
 
7. **Esfregar as unhas:** Esfregue as unhas na palma da mão para 
remover sujeira e germes. 
 
8. **Enxaguar:** Enxague bem as mãos com água corrente. 
 
 
 
9. **Secar:** Seque as mãos com uma toalha limpa ou papel-toalha 
descartável. 
 
10. **Desligar a torneira:** Feche a torneira usando o papel-toalha para 
evitar o contato direto. 
 
A higienização das mãos, quando realizada corretamente, é uma medida 
simples e eficaz para reduzir a disseminação de infecções, protegendo tanto 
os profissionais de saúde quanto os pacientes. 
 
 
A preparação cuidadosa da área de punção é crucial para evitar infecções e 
complicações durante procedimentos médicos. Começa com a escolha da 
veia a ser puncionada, considerando a veia de tamanho adequado e a 
condição da pele. A pele deve ser limpa com uma solução antisséptica, 
como o álcool 70%, em movimentos circulares de dentro para fora, criando 
um campo estéril. 
 
Após a antissepsia, é importante permitir que a área seque naturalmente 
para garantir a eficácia do processo. A aplicação de um campo estéril ou 
um adesivo transparente sobre a área preparada ajuda a manter a 
esterilidade durante o procedimento. Garantir que os materiais estejam 
organizados e prontos para uso é fundamental para evitar contaminações.A 
preparação adequada da área de punção não apenas minimiza o risco de 
infecções, mas também promove a confiança do paciente na competência 
do profissional de saúde.

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