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PRO-VITORIAL-001-MEMORIAL DE CÁLCULO

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PRO-VITORIAL- 001- MEMORIAL DE CÁLCULO
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	MEMORIAL DE CÁLCULO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO	4
2.1	DIMENSIONAMENTO DA FOSSA SÉPTICA	4
2.2	DIMENSIONAMENTO DO SUMIDOURO	6
2.3	DIMENSIONAMENTO DO CAIXA DE GORDURA	7
3.	CONCLUSÃO	8
4.	FOLHA DE ASSINATURAS	10
5.	REFERÊNCIAS	11
1. INTRODUÇÃO
O sistema de esgoto sanitário, embora seja composto principalmente por água (99,9%), contém uma pequena porcentagem de impurezas sólidas (0,1%), que pode causar poluição nos corpos d'água receptores e também transmitir doenças. Portanto, é crucial adotar medidas de saneamento básico para garantir o bem-estar e a saúde da população. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010), apenas 30% da população urbana no Brasil tem seus esgotos tratados por estações de tratamento.
A falta de saneamento básico compromete a qualidade de vida, pois resulta na poluição da água. Para enfrentar esse desafio, muitas comunidades adotaram a construção de fossas sépticas e unidades complementares. Essas soluções ajudaram a reduzir a liberação inadequada de resíduos, minimizando os impactos ambientais causados pela ausência de uma rede coletora de esgoto (IBGE, 2010).
Conhecida também como decanto-digestor ou tanque séptico, a fossa séptica é um método individual de tratamento de esgoto, especialmente utilizado em áreas urbanas com consumo relativamente baixo de água e que carecem de uma rede coletora pública de esgoto sanitário (ÁVILA, 2005). Ela é projetada para receber despejos domésticos, como os provenientes de cozinhas, lavanderias, banheiros e ralos de pisos. Geralmente, é essencial incluir caixas de gordura conectadas à canalização da cozinha para reter a gordura antes de chegar à fossa séptica (JORDÃO; PESSOA, 1995).
A eficiência das fossas sépticas varia entre 40% e 70% na remoção de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e entre 50% e 80% na remoção de Sólidos Suspensos Totais (SST). Essa eficácia depende de vários fatores, como carga hidráulica, carga orgânica volumétrica, geometria, arranjo das câmaras, temperatura e condições de operação.
Embora a construção das fossas sépticas seja relativamente simples, muitas vezes é realizada de forma negligente. Além disso, a falta de manutenção regular, com a remoção do lodo apenas quando a fossa apresenta problemas, é uma preocupação comum. A NBR 7229 (ABNT, 1993) fornece procedimentos construtivos e detalhes para garantir a implementação adequada do sistema (ANDRADE NETO, 1997). As fossas sépticas podem ser construídas em concreto armado ou em peças pré-fabricadas, desde que atendam satisfatoriamente à vazão de entrada, ao armazenamento de lodo e permitam uma manutenção econômica, fácil e segura (BORGES, 2009).
2. MEMORIAL DE CÁLCULO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Para efeitos de cálculos, consideraremos uma ocupação de 7 pessoas na residência unifamiliar. Essa estimativa foi ajustada para um número maior a fim de prevenir possíveis complicações futuras relacionadas ao sistema de esgoto.
2.1 DIMENSIONAMENTO DA FOSSA SÉPTICA
Segundo a ABNT – NBR 7229/93, o volume útil da fossa séptica de uma câmara pode ser calculado por:
Onde:
 V = volume útil, em litros; 
N = número de pessoas = 7 
C = contribuição dos despejos, em l/pessoa x dia = 70
 T = período de detenção, em dias, segundo NBR 7229/93 = 1,0
 K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco, segundo NBR 7229/93 = 65 
Lf = contribuição de lodo fresco, em l/pessoa x dia, segundo NBR 7229/93 = 0,3
A profundidade útil mínima e máxima é estabelecida de acordo com o volume útil, conforme pode ser observado na tabela a seguir.
Para cálculo de área, temos: 
Logo, as dimensões ficam: 
Conclui-se o tamanho da fossa séptica, tendo, profundidade de 1,50 m largura de 1,00 m comprimento de 2,00 m.
2.2 DIMENSIONAMENTO DO SUMIDOURO
Considerando o coeficiente de infiltração, o tipo de solo e também a vazão diária estimada em litros, dimensionou-se o sumidouro de acordo com a fórmula. Assim, a área de infiltração necessária em m2 para sumidouro é calculada pela fórmula: 
Af m2 (área de infiltração) 
Ve (volume de contribuição) = 7 x 70 = 490,00 litros 
Ci (Coeficiente de infiltração) = 63,14 l/m2/dia.
Para o cálculo da profundidade do sumidouro em forma cilíndrica, usa-se a fórmula:
Adotar-se-á uma unidade de sumidouro para a fossa séptica dimensionada de forma retangular por questão arquitetônica, sendo 2,00m x2,00m com profundidade de 2,50m. 
O sistema adotado, conforme a NBR 13.969/1997 pode alcançar eficiência de até 75% na remoção de DBO e 70% na remoção de DQO.
2.3 DIMENSIONAMENTO DO CAIXA DE GORDURA
Dimensionamento da caixa de gordura:
O volume da câmara de retenção de gordura é obtido pela fórmula: 
V = 2N + 20 
onde:
N = nº de pessoas servidas na cozinha; 
V = volume em litros;
Considerando um valor majorado de 7 pessoas na cozinha, temos:
V = 2 x 7 + 20 
V = 14 + 20 
V = 34 litros
Considerando os dados da NBR 8160, temos o valor mínimo para a quantidade litros em diâmetro interno: 0,30m e parte submersa de 0,20m, para este projeto, adotaremos 0,35m de diâmetro interno e 0,30m para a parte submersa. 
3. CONCLUSÃO
Certamente, ao considerar a citação sobre a implantação da fossa séptica e seus acessórios, é crucial ressaltar a importância de observar rigorosamente os requisitos estabelecidos pelas normas técnicas brasileiras pertinentes a esse contexto. As normas NBR-7229/93 e NBR-13969/97 desempenham um papel fundamental, pois fornecem diretrizes específicas para o dimensionamento, instalação e operação adequada de sistemas de tratamento de esgoto, incluindo fossas sépticas.
A NBR-7229/93 estabelece as diretrizes para o projeto, construção e operação de fossas sépticas, contemplando aspectos como capacidade volumétrica, dimensionamento dos compartimentos, vedação adequada e critérios para a descarga dos efluentes tratados. Já a NBR-13969/97 aborda os requisitos para a instalação e funcionamento de sistemas de tratamento do esgoto sanitário compreendendo fossas sépticas, unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes tratados.
Além do estrito cumprimento das normas mencionadas, é fundamental considerar outros fatores no processo de implantação, como a seleção adequada dos equipamentos e acessórios. A escolha dos materiais, a correta execução do processo de instalação e a manutenção periódica são aspectos cruciais para assegurar a eficácia do sistema ao longo do tempo.
Outro ponto relevante é a verificação e conformidade com as legislações ambientais locais, estaduais e federais, uma vez que a instalação de sistemas de tratamento de esgoto está intrinsecamente ligada à preservação do meio ambiente e à saúde pública. A obtenção de licenças ambientais e a consulta aos órgãos reguladores são etapas indispensáveis para garantir a conformidade legal.
Em síntese, a implantação da fossa séptica e seus acessórios demanda uma abordagem integrada, considerando não apenas as normas técnicas, mas também os aspectos legais, ambientais e operacionais. Ao seguir essas diretrizes de forma abrangente, é possível assegurar um sistema eficiente e sustentável, contribuindo para a preservação do meio ambiente e para o cumprimento das regulamentações vigentes.
4. FOLHA DE ASSINATURAS
_____________________________________________________
Nataly
Proprietária do projeto
_____________________________________________________
John Vitor B. da Silva
Responsável técnico
5. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13.969:1997 tanques sépticos – unidades de tratamento complementar e disposição dinal dos efluentes líquidos – projetos construção e operação. Rio de Janeiro, 1997. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7229:1993 projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de Janeiro, 1993.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8160:1999 Sistema prediais de esgoto sanitário – Projetoe execução. Rio de Janeiro, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).NBR 7229: 1993. Projeto, construção e operação de sistema de tanques sépticos. Rio de Janeiro, 1993.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/bibliotecacatalogo?view=detalhes&id=245351>. Acesso em: 27 jan. 2024.
ÁVILA, Renata Oliveira de. Avaliação do desempenho de sistemas tanque sépticofiltro anaeróbio com diferentes tipos de meio suporte. 2005. 166 f. Tese (Mestrado em ciências em engenharia civil) - Curso de mestrado em Engenharia Civil. UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
JORDÃO, Eduardo Pacheco. PESSOA, Constantino Arruda. Tratamento de esgotos domésticos. 3. ed. Rio de Janeiro: ABES, 1995.
ANDRADE NETO, Cícero Onofre de. Sistemas simples para tratamentos de esgotos sanitários: experiência brasileira. Rio de Janeiro: ABES, 1997.
BORGES, Nayara Batista. Caracterização e pré-tratamento de lodo de fossas e de tanques sépticos. 2009. 150f. Dissertação (Mestrado em hidráulica e saneamento) – Curso de mestrado em hidráulica e saneamento. USP, Universidade de São Paulo, São Carlos.
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