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Fotografia - apostila


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Prévia do material em texto

Professor(a) Esp. Aleksa Marques
FOTOGRAFIA
REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença 
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto 
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
 Caroline da Silva Marques 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
 Hugo Batalhoti Morangueira
 Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira 
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos
 Kauê Berto
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 Thassiane da Silva Jacinto 
 
FICHA CATALOGRÁFICA
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
M357f Marques, Aleksa
 Fotografia / Aleksa Marques. Paranavaí: EduFatecie, 2023.
 69 p.: il. Color.
 
 1. Fotografia. 2. Fotografia na historiografia. 3. Fotografias como
 recursos de informação. I. Centro Universitário UniFatecie. II.
 Núcleo de Educação a Distância. III. Título. 
 
 CDD: 23. ed. 778.9
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas dos bancos de imagens 
Shutterstock .
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
3
Professor(a) Esp. Aleksa Marques
• Formada em Comunicação Social - Jornalismo (Unopar)
• Especialista em Criação e Produção Audiovisual (Pitágoras)
• Pós-graduanda de MBA em Comunicação e Mídias Digitais (UniFatecie)
• Professora de Fotografia EAD (UniFatecie)
Trabalhou com produção de cinema entre 2016-2019 e produção e coordenação de 
TV entre 2019-2022. 
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/6071843806766202
AUTOR
4
Olá, Aluno (a). Seja bem-vindo!
Fico extremamente feliz em saber que você está cursando essa disciplina. Conhe-
cimentonunca é demais, não ocupa espaço e serve para você se inteirar e descobrir mais 
sobre o mundo estudado.
A fotografia está presente em nossas vidas desde muito antes de sabermos o que 
ela é. E se você ainda não sabe, não se preocupe, ficará sabendo. Nessa disciplina, você 
entrará no mundo da fotografia como forma de escrita, de registro histórico e comunicação.
A Unidade I tem o objetivo de contextualizar e conceituar o que é a fotografia. Des-
cobriremos como ela surgiu, qual seu propósito no início, ao longo de seu desenvolvimento 
e como se deu a evolução desta captura.
A Unidade II mostrará a foto como tática de arte e venda. O ser humano é permeado 
pelo desejo: seja de cultura, de compra, do belo ou do prestígio. E a imagem sendo bem 
utilizada, aguça o olhar de diversas maneiras e eles serão abordados neste capítulo. 
E se você não sabe fotografar ou desconhece as técnicas para fazer isso, a Uni-
dade III é para você. Vamos passear pelos tipos de câmera, suas funcionalidades e como 
fazer uma foto utilizando as técnicas dos fotógrafos profissionais. Neste módulo, faremos 
também uma análise das composições fotográficas e como usá-las a nosso favor. 
Para concluir, faremos uma abordagem da fotografia nos dias atuais e como as redes 
sociais influenciam nosso modo de utilização. A Unidade IV traz uma forma simples de captar 
a essência dos momentos, mesmo sendo com seu smartphone, na palma de suas mãos. 
 Bom estudo!
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
SUMÁRIO
UNIDADE 1
Introdução à Fotografia
UNIDADE 2
A Importância da Fotografia
UNIDADE 3
Fotografando
UNIDADE 4
Da Fotografia ao Smartphone
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Plano de Estudos
• Conceitos e Definições de Fotografia e sua evolução;
• Fotografia e história como forma de linguagem.
Objetivos da Aprendizagem
• Contextualizar e conceituar a fotografia;
• Entender sua importância histórica;
• Descobrir como utilizar a linguagem fotográfica.
1UNIDADEUNIDADE
INTRODUÇÃO À INTRODUÇÃO À 
FOTOGRAFIAFOTOGRAFIA
Professor(a) Esp. Aleksa Marques
INTRODUÇÃO
Oi, como você está? Cada vez melhor? Espero que sim! Quero que aproveite e aprecie 
cada aprendizado que terá a partir daqui e que se sinta abraçado por todas as informações. Hoje to-
dos somos um pouco fotógrafos por conta da disseminação dos smartphones e das redes sociais. 
 Mas, com o conteúdo que preparei para você, quero que aperte o “gatilho” de uma 
forma diferente, carregado de conhecimento e teoria aplicada na prática. Quero que sua 
fotografia seja não somente uma foto, mas um registro. 
O tempo não para. A todo minuto, incontáveis fatos acontecem em todo o planeta 
(e fora dele também). Alguns irão marcar nossas vidas, outros se perderão na imensidão 
obscura de nossos neurônios. Outros ainda ficarão imortalizados em um único segundo: 
aquele em que você irá apertar um botão e fazer uma foto. 
Desde os primórdios, o ser humano busca formas de imortalizar momentos. A câ-
mera escura surgiu exatamente dessa necessidade: deixar para a posteridade a situação 
presente. Hoje em dia é muito mais fácil, não precisamos de chapas de cobre ou flashes 
nocivos à saúde. Basta tirar o smartphone do bolso e pronto, temos uma ou mil capturas. 
Mas o que é uma boa foto? Eu digo que depende. A fotografia sempre foi e sempre 
será muito pessoal. Cada fotógrafo enxerga omundo de um jeito e o espectador, vendo aquele 
momento, tem suas interpretações. O importante aqui é passar alguma mensagem e isso 
pode ser feito de muitas maneiras. Não se preocupe, vamos abordar isso em nossa disciplina. 
Quem nunca passou horas com aquela velha caixa de sapato na sala da casa 
da vó vendo as fotografias reveladas e relembrando ou descobrindo fatos vivenciados? A 
fotografia desperta sentimentos, vontades, desejos e, porque não, lágrimas (de alegria ou 
tristeza). É sobre isso: emoção com conteúdo. Quero que você enxergue o mundo de forma 
diferente. Aconchegue-se e prepare-se para viajar no tempo. 
“Bora” lá?!
UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO 7
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De acordo com o Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa (2022), fotografia signifi-
ca “Arte ou processo de reproduzir, pela ação da luz ou de qualquer espécie de energia radian-
te, sobre uma superfície sensibilizada, imagens obtidas mediante a uma câmara escura.” Do 
grego phosgraphein, que é literalmente “marcar a luz”, “registrar a luz” ou “desenhar na luz”. 
 Justamente por isso, o berço da fotografia surgiu com objetivo de estudo da óptica, 
um campo da física que estuda luz e visão e data de 400 a.C. Os primeiros estudos bus-
cavam observar a incidência da luz em pequenas superfícies, sendo uma delas a câmera 
escura, objeto de extrema importância para o desenvolvimento da fotografia.
FIGURA 1 - ILUSTRAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE UMA CÂMERA ESCURA
Fonte: JONES, Patrícia. CÂMARA Escura. Medium. 2015. Disponível em: https://medium.com/@patricia.jones/
hist%C3%B3ria-da-fotografia-27ec90487381. Acesso em: 02 ago. 2022.
UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
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 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE 
FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
TÓPICO
8
A câmera escura era um dispositivo que consistia em uma caixa ou sala escura 
com uma abertura em um dos lados que permitia a entrada de luz de uma fonte externa. 
Do outro lado, a imagem invertida era projetada e “queimada” em alguma superfície. O 
conhecimento de seus princípios se atribui a Aristóteles (cerca de 350 anos a.C), ele a 
usava para observar eclipses e ajudar nos desenhos de Giovanni Baptista Della Porta.
A primeira foto que se tem registro foi feita por Joseph Nicéphore Niépce, em 1826. 
Ele conseguiu uma imagem inalterada, produzida pela ação direta da luz exposta durante 8 
horas por seu aparelho técnico primitivo. Trata-se de uma fotografia da janela do sótão de 
sua casa, em Châlon-sur-Saône, na França, feita a partir de um sistema heliográfico. Nada 
mais era do que uma placa de prata coberta com um derivado de petróleo fotossensível. 
FIGURA 2 - PRIMEIRA FOTOGRAFIA QUE SE TEM CONHECIMENTO
NIÉPCE, Joseph. Vista de Le Gras a partir de uma Janela. 1826. 
Fonte: ALENCAR, Valéria Peixoto de. FOTOGRAFIA - Como a técnica foi inventada. EDUCAÇÃO UOL. 2014. Disponível 
em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/fotografia-1-como-a-tecnica-foi-inventada.htm. Acesso em: 02 
ago. 2022. 
Mas, segundo Louis Daguerre (BUSSELLE, 1977, p. 30), “esse sistema não era 
adequado”. Utilizando uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata, 
ele fez a exposição necessária e a guardou em um armário. No dia seguinte, percebeu que 
a ação do vapor de mercúrio vindo de um termômetro quebrado tinha revelado a imagem, 
se tornando o agente revelador da época. Nasceu assim o daguerreótipo que foi o primeiro 
equipamento fotográfico fabricado em escala comercial da história. 
Com o tempo, alguns ajustes foram feitos. Entre eles, o brometo de prata que 
aumentava a sensibilidade das chapas, a posição das fotos foi corrigida com o acréscimo 
de prismas à objetiva e um tom violáceo-escuro foi inserido à imagem quando o ouro foi 
9UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
introduzido ao processo de fixação. Em 1839, o governo da França declarou o invento 
como domínio público, tendo sido utilizado até o final da década de 1890.
Após anos de estudo, William Henry Fox Talbot fez os primeiros negativos em 1835, 
sendo o exemplo mais antigo a janela de rótula de sua casa, situada em Lacock Abbey, no 
Reino Unido. Mas, somente cinco anos depois, ele percebeu que o iodeto de prata reduzia 
drasticamente o tempo de exposição. Assim, ele revelou e copiou seu primeiro calótipo 
(mais tarde talbótipo), no dia 23 de setembro de 1840. 
Após as primeiras experiências na fotografia, houve uma corrida entre os estudiosos 
para desenvolver materiais e instrumentos cada vez mais sofisticados à época, para que 
fotografias fossem tiradas e reveladas. Desde então, tirar fotos se tornou algo corriqueiro e 
parte da história de toda a humanidade. 
1.1 A EVOLUÇÃO DA MÁQUINA FOTOGRÁFICA 
O aperfeiçoamento da máquina fotográfica se deve ao constante desejo do homem 
de deixá-la menor, mais econômica e de fácil transporte. Construída por André Giroux, a 
primeira câmara para daguerreótipos a ser vendida era composta por dois estojos que se 
encaixam, um dentro do outro, para focalizar a lente na tela de vidro na parte de trás. Um 
simples disco de metal na frente da objetiva era o obturador. A lente tinha uma distância 
focal de 38 cm e uma abertura útil de foco 14.
FIGURA 2- EXEMPLO DE DAGUERREÓTIPO FEITO POR ANDRÉ GIROUX 
Fonte: Reprodução: Westlicht Auction (2010). 
A Brownie e a Leica, feitas anos depois, caberiam facilmente na palma de uma das 
mãos, enquanto a Giroux teria 50,8 cm aberta. Embora o plástico desempenhe um papel 
muito importante na fabricação das câmeras, todas as armações de tamanho grande já 
tinham sido superadas quando a Leica surgiu, em 1913.
10UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
1.2 A era dos retratos
Imagine você ter que ficar estático por mais de 10 horas, ou muitas vezes durante 
dias, para que um pintor desenhasse um retrato seu ou de sua família. A possibilidade de 
tirar retratos fiéis com rapidez e poucos gastos, foi o segredo da popularização da fotografia 
e, em especial, dos processos do daguerreótipo e das chapas molhadas.
Busselle (1977) descreve um fato histórico curioso. Em 1849, o poeta 
francês Charles Baudelaire disse “Nossa sociedade sórdida, pois induz os Nar-
cisos à uma exultação unânime sobre suas imagens banais, gravadas sobre um 
pedaço de metal”, dando a entender que a fotografia seria uma forma egoísta de 
exibicionismo. Não satisfeito, posou para um retrato, tirado por Étienne Carjat, dei-
xando a sociedade eufórica e fazendo-lhe sátiras ao fotógrafo e seus métodos. 
 Depois disso, o universo fotográfico se difundiu ainda mais. Por volta de 1850, havia 
71 galerias de retratos em Nova Iorque e um número quase igual em Londres. Em 1854, 
André Disderi patenteou um sistema para tirar até dez retratos em uma única chapa. A 
carte-de-visite, já um excelente negócio, transformou-se em uma verdadeira mania a partir 
de 1859, quando Napoleão Ill, ao conduzir suas tropas para fora de Paris a fim de lutar 
contra os austríacos, parou à porta do estúdio de Disderi, pois desejava um retrato múltiplo. 
No auge dessa moda, as cartes das celebridades vendiam-se às milhares. Disderi 
abriu filiais em Madri e Londres, mas morreu cego, surdo e na miséria, em 1890. É nesta 
década também que surge a cor nas fotografias atravésde vários inventores. Por volta de 
1884, Marey e Muybridge estudaram o movimento através das fotos e, em 1895, surge o 
cinema com os irmãos Lumière.
Como vemos, o surgimento da fotografia não é mérito somente de uma pessoa, mas 
sim do trabalho coletivo feito ao longo dos séculos. Foram diversos colaboradores como cien-
tistas e inventores que, ao seu tempo e suas áreas de estudo, contribuíram para o surgimento 
de uma das mais incríveis invenções humanas: a criação de imagens através da luz.
11UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
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Desde sempre, a fotografia mostrou seu imenso potencial de uso. A produção de fotos 
separadamente, de coletâneas, álbuns ou até mesmo fotos posadas, já abrangia um imenso le-
que de atividades inseridas em nosso cotidiano que mostravam sua capacidade de documentar. 
A fotografia propicia ao historiador uma excelente fonte de pesquisa. Ele pode 
acrescentar ao seu estudo diferentes interpretações da sociedade, por exemplo, dependen-
do da roupa utilizada na época, costumes, alimentação, etc. A partir da leitura de todos os 
elementos, ele tem uma maior compreensão do caráter simbólico, expresso por sistemas 
de atitudes relacionados à representações sociais. E é justamente essas representações e 
representatividades que veremos agora. 
Segundo Kossoy (1998, apud FELIPE e PINHO, 2018, p. 44) “toda fotografia é 
objeto do passado, pois cada momento é único e sem repetição”. O ser humano é incapaz 
de vivenciar o mesmo momento duas vezes exatamente da mesma forma, e isso acontece 
também com a fotografia. 
Além disso, ele afirma que “a fotografia funciona em nossas mentes como uma 
espécie de passado preservado, lembrança imutável de certo momento e situação, de uma 
certa luz, de um determinado tema, absolutamente congelado contra a marca do tempo”. 
Ou seja, você pode esquecer das emoções vividas em determinado momento, mas 
ao ver a foto tirada, a captura daquele instante desperta dentro de você a experiência 
vivida, te faz recordar a história e as pessoas. 
Nesse contexto sentimental, Le Goff (2003, apud FELIPE e PINHO, 2018, p. 44) diz 
que a “fotografia revolucionou a memória humana, trazendo em si uma verdade que nunca 
UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
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 2 FOTOGRAFIA E HISTÓRIA 
COMO FORMA DE 
LINGUAGEM
TÓPICO
12
poderá alcançar nenhum outro tipo de representação imagética, além dessa que permite a 
conservação do tempo.” Sendo assim, o autor aponta ainda a fotografia como um objeto de 
preservação da história e da identidade de um povo.
A fotografia traz consigo informações sobre o passado para que ele seja constante-
mente atualizado e readequado ao presente. Analisando uma imagem, diversos aspectos 
podem ser observados e vão muito além de explicações escritas ou narradas. A foto captu-
ra e congela determinado momento e cada fotógrafo faz isso à sua maneira, trazendo uma 
construção social, material e de fonte histórica. 
2.1 INTENCIONALIDADE DE COMUNICAÇÃO DO FOTOJORNALISMO 
As fotografias são cheias de intencionalidade, cheias de sentido, informação ou valor. 
Especialmente no fotojornalismo são produzidas e existem para transmitir algo a alguém, seja 
uma mensagem, um sentimento ou uma sensação. Como a própria origem da palavra diz, 
elas “escrevem com a luz” e, por essa razão, podemos dizer que as fotos podem ser lidas. 
A linguagem fotográfica é composta por códigos abertos e contínuos e, diferente 
do idioma, eles não são pré-determinados. A palavra “hospital”, por exemplo, sempre irá 
significar “hospital”, mas cada pessoa interpreta de uma forma, dependendo de suas expe-
riências e vivências. (BONI, 2011).
Sontag (2004. p. 33) define a interpretação fotográfica como
Toda foto tem múltiplos significados; de fato, ver algo na forma de uma foto 
é enfrentar um objeto potencial de fascínio. A sabedoria suprema da imagem 
fotográfica é dizer: ‘aí está a superfície. Agora, imagine - ou, antes, sinta, in-
tua - o que está além, o que deve ser a realidade, se ela tem esse aspecto’. 
Fotos que em si mesmas nada podem explicar, são convites inesgotáveis à 
educação, à especulação e à fantasia. (apud BONI, 2011, p. 29).
Então é impossível ler uma imagem? Não. Pensando na relação de quem a vê, a 
possibilidade de leitura é imensa e inacabável, dependendo do repertório cultural, social 
e histórico da pessoa. Isso acontece porque a mensagem que a fotografia transmite não 
depende apenas do objetivo de quem captura a foto, mesmo que ela tenha uma intenção 
específica. A fotografia é um convite a um conjunto de símbolos a serem decifrados de 
diversas maneiras pelo receptor. 
Ainda segundo Boni (2011, p. 31) existem formas de o fotógrafo manifestar sua 
intenção de comunicação na fotografia, ou seja, “existem formas de se escrever essa cap-
tura”. Mas isso não significa que o leitor irá ler da forma que ele gostaria. Além disso, o autor 
cita o filósofo Vilém Flusser (p. 30) e chama atenção para um ponto importante: ele diz que 
a fotografia é resultado da união de duas intencionalidades: a do emissor e a do receptor. 
O fotógrafo, que é conhecedor dos recursos da linguagem, quando captura o mo-
mento, intenciona seu leitor a determinada leitura. Dessa forma, uma mesma fotografia 
13UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
pode ser lida por pessoas de diferentes culturas, com diferentes resultados como comenta-
do anteriormente. Por isso, ela é considerada democrática. 
Devemos analisar fatores diversos em uma fotografia. São alguns fatores constru-
tivos: ângulos, cores, perspectivas, planos de tomada, foco, nuances, contrastes, texturas 
e exposição. Cada um passa uma mensagem ao interceptor e aplica uma descrição meto-
dológica da intenção do fotógrafo no instante do registro. 
Boni (2000) propõe que os recursos fotográficos definem como o fotógrafo manifesta 
sua forma de pensar. Ele ainda classifica como um tipo de vocabulário utilizado para traduzir 
para o leitor aquilo que o fotógrafo queria transmitir antes de apertar o botão. No jornalismo, 
essa intenção é ainda mais intensa, pois seu objetivo é noticiar e contar uma história.
 
Transformada em instrumento de propaganda militar, a fotografia começa a ser 
usada em propagandas militares. A crença em sua fidelidade é tão grande que 
Mathew Brady chega a afirmar que: ‘a câmera fotográfica é o olho da história’. 
Mas a questão é bem mais complexa, como comprova a análise da documen-
tação da Guerra da Crimélia, realizada por Roger Fenton, embora suas cartas 
retratem os horrores do conflito, suas imagens estáticas e tranquilas - planos 
gerais posados, mesmo quando parecem instantâneos de uma ação - dão con-
ta de uma guerra limpa, incruenta. (FABRIS, 1995, p.24 apud BONI, 2011, p. 32)
Como é o caso de uma das mais emblemáticas fotos, tirada pelo fotógrafo Kevin 
Carter em 11 de março de 1993. 
FIGURA 3 - FOTOGRAFIA QUE RENDEU O PRÊMIO PULITZER AO FOTOJORNALISTA KEVIN CARTER
Fonte: Café História. 2012. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/o-abutre-e-a-menina-a-historia-de-
uma-foto-historica/. Acesso em: 02 ago. 2022.
14UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
https://www.cafehistoria.com.br/o-abutre-e-a-menina-a-historia-de-uma-foto-historica/
https://www.cafehistoria.com.br/o-abutre-e-a-menina-a-historia-de-uma-foto-historica/Segundo Carvalho (2012), a Organização das Nações Unidas (ONU), no começo 
dos anos de 1990, começou a fazer diversas campanhas para sensibilizar o mundo sobre 
o drama vivido pela população sudanesa. Assim, convidaram dois fotojornalistas para fazer 
parte: Kevin Carter e João Silva, internacionalmente famosos pelo trabalho que realizavam. 
Eles faziam parte do grupo do “Clube do Bangue-Bangue”, apelido dado pela im-
prensa aos quatro fotojornalistas sul-africanos que se destacavam pela cobertura de lutas 
e tensões radicais na África do Sul. 
Suas fotos eram compradas por diversas agências e tinham inúmeros prêmios pelo 
mundo por seus trabalhos. Certo dia, quando a ONU foi levar guarnição ao local, os fotó-
grafos viram uma ótima oportunidade para bons cliques. João foi para uma clínica médica 
e Carter ficou a céu aberto. Neste momento, ele se deparou com uma menina e um abutre, 
fez vários cliques e foi mostrar para o colega o momento decisivo que tinha capturado. 
A foto virou notícia no mundo inteiro e o sucesso foi imediato. Carter ganhou maior 
visibilidade, a fome no Sudão se tornou conhecida e a ONU conseguiu arrecadar milhares 
de doações. Tanta foi a repercussão que, em 1994, Kevin Carter levou um dos prêmios 
mais reconhecidos em sua área: o prêmio Pulitzer de Fotografia. 
Mas, tudo tem uma consequência. Logo em seguida, as pessoas começaram a 
ligar nas redações dos jornais perguntando o que havia acontecido com a menina da foto 
e se o fotógrafo tinha a ajudado. Esse bombardeio de questões começou a afetar Carter. 
Sobre o fato, ele contou duas histórias diferentes: a primeira dizia que ele tinha es-
pantado o animal e sentado na sombra de uma árvore para chorar. A segunda versão dizia 
que a menina tinha se levantado e caminhado até a clínica médica. Mas isso não deixava 
a população satisfeita: o mundo queria saber o que tinha acontecido com a menina da foto. 
A foto é mesmo impactante. Aos olhos do fotógrafo, inicialmente, uma imagem que 
dizia muito sobre o momento. Para os receptores, um desastre sem dimensão acontecendo 
a uma criança indefesa e desprotegida, prestes a ser devorada por um abutre. Isso tudo foi 
muito perturbador e gerou um debate público sobre a atuação de diversos fotojornalistas da 
época e reverbera até os dias atuais. 
Depois da foto do abutre, Carter continuou trabalhando em zonas de guerra. Mas, 
no dia 27 de julho de 1994, aos 33 anos, levou seu carro até um local comum à sua infância 
e, com uma mangueira, levou o monóxido de carbono do escapamento para dentro do 
veículo fazendo-o ficar sem oxigênio, cometendo suicídio. 
Esse exemplo diz muito sobre a importância de uma imagem e de como a fotografia 
provoca as pessoas de formas diferentes e inesperadas.
15UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
Photoshop das antigas
Se você acha que alterar ou editar fotos é uma exclusividade do século XXI, está enganado. Já no início dos 
tempos, as pessoas alteravam as fotografias manualmente. Algumas pessoas faziam como forma de diver-
são e colagens, outras, para propaganda política.
Na antiga União Soviética, o ditador Josef Stalin criou uma força tarefa para editar algumas de suas fotos 
para retirar “inimigos e traidores”. O exemplo mais emblemático é a foto em que seu rival Leon Trotsky foi 
simplesmente apagado através de colagens e alteração de cor. 
Fonte: Guia do estudante (2020).
Você já parou para pensar qual é a intenção de suas fotos? Seja no trabalho, para a família ou em 
suas redes sociais, tudo o que você clica é reflexo do que quer passar. Da próxima vez, analise antes 
de apertar o “gatilho”. 
Fonte: TERRATACA, Eliane. O que você pensa antes de fotografar? FÓS GRAFÊ. 2021. Disponível em: 
https://www.fosgrafe.com/sobre-fotografia/artigos/o-que-voce-pensa-antes-de-fotografar/. 
Acesso em: 02 ago. 2022.
16UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, o surgimento da fotografia foi feito a incontáveis mãos e surgiu da 
necessidade do estudo da luz. Desde os primórdios, o ser humano sentia a necessidade 
de retratar os acontecimentos do dia a dia para que as futuras gerações entendessem e 
vissem o período vivido. 
Mais tarde, no período dos retratos com a possibilidade de inúmeras chapas quei-
madas ao mesmo tempo, passamos a desenvolver um pouco o egocentrismo e o narcisismo. 
Foi também onde a fotografia passou a se disseminar pelo mundo, cada vez mais, levando 
os estudiosos a desenvolver câmeras pequenas e compactas, para que todos pudessem 
ter acesso de uma forma mais barata e menos prejudicial à saúde. 
Com isso, as diferentes formas de se retratar a realidade e a forma como as pessoas 
interpretavam as imagens. Dependendo da posição, do ângulo e perspectiva, por exemplo, 
a linguagem transmitida ao receptor poderia ser lida de um jeito ou de outro. Ela ser uma 
foto boa ou não é muito subjetivo e depende do que você procura e espera.
Logo, surge a necessidade do fotógrafo imprimir sua objetividade na imagem 
capturada para que o leitor a entendesse da forma mais próxima àquela desejada. O que 
pudemos observar é que isso é muito difícil de acontecer, já que cada pessoa tem uma 
carga de vivências e cultura diferente da outra. 
O importante é se ter em mente que a fotografia é sim um objeto de estudo histó-
rico. Seja uma foto de um grande acontecimento para o mundo ou a fotografia que você 
tirou com seu smartphone de um encontro familiar: ela registrou um momento que jamais 
acontecerá novamente. 
Por isso, devemos usar com sabedoria e discernimento e saber que, a todo mo-
mento que apertamos o botão, estamos registrando um pedaço da história, que será visto, 
analisado e (talvez) reproduzido por nossos sucessores. O que você quer deixar para seus 
filhos e netos? É o que eles verão em suas fotografias.
UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO 17
LEITURA COMPLEMENTAR
Livro: O instante certo 
Autor: Dorrit Harazim 
Resenha: O livro traz uma das fotografias mais inesperadas, impactantes e impor-
tantes da história, sob o olhar sensível e astuto da renomada jornalista Dorrit Harazim. Com 
um olhar menos interessado em aspectos técnicos do que em aspectos humanos, Dorrit 
enxerga para além de jogos de luz e sombra, ela mira em narrativas que as fotografias 
revelam e, por vezes, ocultam. Para quem gosta de saber a história e os bastidores por trás 
da fotografia, esse é o livro. 
Fonte: HARAZIM, Dorrit. O instante certo. 1ª Edição - São Paulo: Companhia das Letras. 2016. 
UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO 18
MATERIAL COMPLEMENTAR
• Título: Da minha terra à Terra
• Autor: Sebastião Salgado
• Editora: Paralela
• Sinopse: Em 2013, depois de oito anos de reportagens, Salgado 
expôs pela primeira vez o celebrado Projeto “Gênesis”, que deu 
origem ao livro de mesmo nome. Em uma jornada fotográfica 
por lugares intocados, onde o homem convive em harmonia com 
a natureza, o fotógrafo pôde declarar seu amor à Terra, em sua 
grandeza e fragilidade.
• Título: Leia isto se quer tirar fotos incríveis
• Autor: Henry Carroll
• Editora: Editora Gustavo Gili
• Sinopse: Nada de gráficos assustadores. Nada de diagramas 
técnicos. Nada de jargão fotográfico. Leia isto se quer tirar fotos 
incríveis orienta o leitor ao longo dos fundamentos da composição, 
exposição, luz, lentes e da importante arte de ver sem ficar sufoca-
do com detalhismo técnico. Ideal para usuários de DSLR, câmeras 
compactas e câmeras compactas avançadas, este livro está re-
pleto de dicas que irão transformar suas fotos instantaneamente. 
Henry Carroll explica muitas imagens icônicas feitas por fotógrafos 
aclamados, o que irá inspirar o leitor a pegar sua câmera e colo-
car tudo isso em prática. 50 grandes fotógrafos, incluindo: Henri 
Cartier-Bresson, Martin Parr, Sebastião Salgado, Nadav Kander, 
Daido Moriyama, Elaine Constantine, Ansel Adams,Guy Bourdin, 
Dorothea Lange, Bill Brandt.
UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO 19
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME
• Título: Henri Cartier Bresson: The Impassioned Eye
• Ano: 2003
• Sinopse: O jornalista Heinz Bütler entrevista um dos mais im-
portantes fotógrafos do mundo, Henri Cartier-Bresson, que faleceu 
um ano após a produção. Cartier-Bresson faz observações sobre 
a profissão, mas principalmente sobre seu modo peculiar de ver a 
vida e os momentos efêmeros que passam diante de suas lentes. 
SÉRIE
• Título: Tales by Light
• Ano: 2015.
• Sinopse: Fotógrafos e cinegrafistas viajam pelo mundo captu-
rando imagens incríveis de pessoas, lugares, criaturas e culturas 
de ângulos jamais vistos.
SÉRIE
• Título: Tales by Light
• Ano: 2015.
• Sinopse: Fotógrafos e cinegrafistas viajam pelo mundo captu-
rando imagens incríveis de pessoas, lugares, criaturas e culturas 
de ângulos jamais vistos.
UNIDADE 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOTOGRAFIA E SUA EVOLUÇÃO 20
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Plano de Estudos
• O que é fotografia artística, como surgiu e sua finali-
dade; 
• Fotografia como propaganda e tática de venda.
Objetivos da Aprendizagem
• Contextualizar a importância da fotografia artística;
• Compreender a finalidade da fotografia nas artes;
• Estabelecer a importância da fotografia para as vendas.
2UNIDADEUNIDADE
A IMPORTÂNCIAA IMPORTÂNCIA
DA FOTOGRAFIADA FOTOGRAFIA
Professor(a) Esp. Aleksa Marques
INTRODUÇÃO
Olá! Que bom que está aqui para começarmos mais uma unidade. 
A partir de agora, vamos estudar os conceitos do belo, do atraente e do desejo que 
move o mundo. Somos rodeados o tempo inteiro pela arte: seja na música, nos quadros, no 
cinema ou em uma simples fotografia de um catálogo de vendas. Tudo é arte. E é justamen-
te isso que estudaremos nos tópicos desta unidade: como a arte é utilizada nas fotografias, 
sua importância e finalidade e de como podemos desfrutar disso tudo para vender. 
Vou te dar um exemplo do dia a dia. Quando você quer pedir uma pizza, você logo 
procura o site ou as redes sociais da empresa, certo? E qual a finalidade disso? Ver (a partir 
das fotos) se a pizza é boa, bem feita, se tem bastante recheio... enfim, saber o que você 
está desejando comprar. Se a foto é atrativa, pronto: você decide seu pedido. Mas se a foto 
não é das mais atraentes, você busca outra empresa para satisfazer seu desejo. 
Conseguiu identificar um dos pontos da importância de se ter uma foto bem tira-
da, analisada, pensada e, artisticamente falando, atraente? Esse é o poder da fotografia 
artística. Não somente em comidas, mas em catálogo de vendas de roupas, joias, carros, 
quadros, casas, mensagens… em tudo. E não somente a imagem em si, precisamos de 
técnicas para atingir nosso público alvo. 
No primeiro tópico, descobriremos um pouco mais sobre fotografia artística e en-
tender como ela surgiu. Mostrarei exemplos reais de como aplicá-la na prática, até mesmo 
para você incrementar em suas fotografias diárias. 
Na sequência, falaremos sobre desejo e estímulos visuais para chamar a atenção 
do cliente com base em fotografias. Quer vender mais pela internet? Aposte em fotografias 
bem feitas. E vou te mostrar que não precisa de um estúdio com cenários caros e câmeras 
de última geração. Com cartolinas e seu smartphone, é possível fazer muitas criações. 
Chega de conversa, vamos ao que interessa!
Boa leitura!
UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA 22
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À semelhança da música, a fotografia é uma arte universal, pois fala com seu receptor 
de uma forma mais incisiva e de forma mais direta, sem precisar de uma palavra sequer. Entre-
tanto, se quisermos obter o máximo de impacto na comunicação, é preciso entender alguns de 
seus princípios básicos e o que queremos dizer com ela. Um exemplo é a fotografia artística. 
Vimos anteriormente que a fotografia em seu princípio era utilizada somente como 
técnica de documentação histórica. Mas começaram a surgir fotógrafos que queriam ir 
além e deram início a era dos retratos: fotos posadas de pessoas e suas famílias. Logo, a 
fotografia e a arte começaram a se fundir. 
O sueco Oscar Gustav Rejlander é considerado o pai da fotografia artística por ter 
sido um dos primeiros a expor seus trabalhos fotográficos ao lado de pinturas e esculturas 
artísticas. Resultado de uma composição de 30 negativos, a foto “Os dois caminhos da 
vida”, de 1857, fez tanto sucesso que foi comprada pela Rainha Victoria. Mas não foi aceita 
assim de forma tão fácil e eu vou explicar o porquê.
FIGURA 1 - REJLANDER, OSCAR GUSTAV. OS DOIS CAMINHOS DA VIDA, 1857
Fonte: LUZ, FOCO E MEMÓRIA. 2015. Disponível em: https://luzfocoememoria.wordpress.com/2015/04/10/dois-
modos-de-vida-o-g-rejlander-1857/. Acesso em: 09 ago. 2021.
UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
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 1 O QUE É FOTOGRAFIA 
ARTÍSTICA, COMO SURGIU 
E SUA FINALIDADE
TÓPICO
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Como vemos na imagem, não se trata de uma cena do cotidiano vitoriano: há pes-
soas nuas (foi alvo, mas na época era comum por conta das esculturas), jovens que não 
respeitam o ancião, mulheres sendo o centro do desejo e do pecado. Mas não foi isso que 
chamou mais atenção, foi a forma de concepção da obra. 
A maior polêmica ao redor dessa fotografia foram as 30 fotos necessárias para ela 
ser feita. Cada uma com seu elemento específico para que o quadro pudesse ser finalizado. 
As acusações foram as mesmas de hoje em dia para os artistas que usam programas de 
edição de forma exagerada. Para as pessoas da época, não se tratava de uma fotografia e 
sim de uma “colcha de retalhos” que não representava a vida real. 
Mas o artista tinha suas mensagens para passar. Sueco, nascido em 1813, nasceu em 
meio aos estudos da arte e da pintura em Roma e logo se mudou para a Inglaterra e se debruçou 
na fotografia. Logo, viu que poderia unir os dois e criar novos mundos como “Os dois caminhos da 
vida”. E assim o fez. Ele não queria registrar o momento como ele foi, ele queria criar o seu próprio. 
Soulages (2010, p. 79) concorda com Oscar. “A fotografia não é mais citação da 
realidade, mas história encenada. O autor não quer captar um acontecimento que ocorreu 
em um dado instante, mas contar uma aventura que se desenvolve durante certo tempo”. 
Ou seja, a partir da visão da arte, os fotógrafos passaram a criar e não somente 
registrar. Para alguns, uma libertação. As fotos passaram a ter toques de vivências e expe-
riênciasde forma mais explícita. 
Suas características podem ser definidas por alguns pontos. Ela tem o objetivo de 
expressar a emoção ou a ideia de quem fotografou. Ela não tem a obrigação de retratar a 
realidade e por isso tem um enorme caráter subjetivo, podendo ser interpretada de diversas 
maneiras. Aqui conta muito o estilo do autor, sua criatividade, percepção e técnicas utilizadas. 
FIGURA 2 - BOURILHON, VICENTE. O CAMINHO PARA PARIS
Fonte: VINCENT BOURILHON. Disponível em: https://www.vincent-bourilhon.com/work#21. Acesso em: 09 ago. 2022.
24UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
1.1 TIPOS DE FOTOGRAFIA ARTÍSTICA
A fotografia artística é criada no imaginário do fotógrafo, pode ser tirada de diversos 
ângulos e passar mensagens diferentes. Recursos digitais ou analógicos são muito utilizados 
para transformar a cena ou o ambiente, por exemplo, além de ter um forte senso estético. 
Há alguns tipos diferentes de fotografia artística, por exemplo a fotomontagem. Ela 
conta com a colagem de diversos elementos na edição da foto. É utilizada por artistas que 
desejam unir imagens contrastantes ou apenas construir um cenário que só era possível, 
até então, somente em seu imaginário. 
O nu artístico na fotografia tem sido considerado uma forma de empoderamento 
ou estímulo para a aceitação de todos os tipos de corpos e é muito comum na fotografia 
artística. A nudez faz parte da arte desde seus primórdios e geralmente está atrelada ao 
erotismo. Cabe então ao fotógrafo representar e transformar as relações sociais de forma 
mais expressiva ou sutil, dependendo da visão do artista. 
Já pensou fazer uma fotografia sem precisar de uma câmera? Parece impossível, 
mas é possível por conta da ideia do fotograma. Na técnica citada, a imagem é capturada 
através do registro gravado em um papel sensível à luz. 
Dependendo de como o fotógrafo dispõe as cenas e os objetos, as fotos saem 
completamente diferentes umas das outras. É uma técnica que exige criatividade e era 
muito utilizada na época da revelação analógica. Por exemplo, se você coloca uma folha de 
árvore em uma papel sensível, você terá traços mais escuros no caule e em suas nervuras, 
por estarem em evidência na hora da exposição. 
Outro exemplo bastante utilizado hoje em dia é o Stop motion. A técnica consiste 
em unir uma sequência de fotos de uma pessoa ou um objeto em diferentes posições, 
dando vida e movimento àquilo, base dos filmes de animação nos dias atuais. 
O ilusionista e cineasta George Mélis (1861-1938) foi um dos precursores do Stop 
Motion com uma cena do filme de ficção científica “Viagem à lua” de 1902. Em uma cena, 
havia apenas uma cadeira, na seguinte os espectadores se depararam com duas. Uma 
verdadeira revolução à época. 
 Há incontáveis formas de se fazer uma fotografia artística. Cabe ao fotógrafo esco-
lher a melhor técnica para seu trabalho, tendo em mente sua finalidade e passar sua men-
sagem ao público. Seja para consumo próprio, diversão ou para exposição em uma galeria 
de artes: a fotografia artística tem como base a liberdade de expressão e a criatividade.
25UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
Imagine a seguinte situação. Você está com fome e decide pedir uma pizza. Você 
procura empresas da cidade em que mora para escolher entre as opções disponíveis. Você 
entra na rede social de um deles e analisa as fotos das pizzas, já que você não conhece e 
não sabe se as pizzas são ou não saborosas. As fotos estão escuras, um pouco desfocadas 
e não valorizaram o produto. Vamos para a próxima. 
Na rede social de outra pizzaria você se depara com fotos bem feitas, iluminadas, 
com um cenário adequado, dando ênfase ao produto: a pizza. Entre as duas empresas, 
qual você escolheria: a foto tirada sem um intuito claro ou aquela com o queijo derretendo? 
Fica claro a importância de instigar o desejo no cliente. 
Para discorrer um pouco mais sobre propaganda e tática de vendas, recorreremos ao 
Marketing. No Marketing, a venda está focada nas necessidades do vendedor e, o marketing, 
nas do comprador. O vendedor quer converter seu produto em dinheiro e o marketing está 
preocupado em satisfazer seu cliente por meio do produto. Autores afirmam que venda e 
marketing não são sinônimos, mas os dois sempre andarão juntos, pois haverá sempre uma 
pessoa querendo vender e outra querendo comprar. O modo como isso é feito é o diferencial. 
O Marketing analisa diversos conceitos para estabelecer um projeto ou enfoque. 
“Dessa ótica, o marketing deixa de ser apenas parte da organização para compactuar com 
a gestão sistêmica, tendo a função de interligar e integrar todos os processos da empresa” 
(LUPETTI, 2009, p.12).
Além disso, aprendemos que o tripé mercadológico se baseia em: necessidades, 
desejos e demandas. Eles são considerados conceitos essenciais para o desenvolvimento 
das atividades de marketing e para boas vendas.
UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
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 2 FOTOGRAFIA COMO 
PROPAGANDA E 
TÁTICA DE VENDA
TÓPICO
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“Também fica evidenciado que o criar, comunicar e ofertar carrega em si uma carga 
comunicativa responsável pelo intangível que compõe hoje o maior legado que um produto ou 
serviço possa ter. Afinal ambos estão cada vez mais comoditizados” (GALINDO, 2012, p. 2).
Sobre isso, podemos afirmar que os detalhes fazem a diferença. Um fotógrafo ob-
servador é capaz de encontrar fotos dentro das fotos. Ao tirar uma fotografia de um edifício, 
por exemplo, ele pode pegar ele inteiro, depois somente uma parte, depois as janelas e por 
aí vai. Às vezes, os detalhes revelam mais sobre o tema do que a imagem inteira. 
Da mesma forma, esse olhar funciona para a venda. Voltamos ao exemplo da pizza. 
Uma foto tirada de perto do queijo derretido, por vezes chama mais atenção e aguça mais 
o desejo do cliente do que ela propriamente dita. Para vender, precisamos aguçar o desejo 
do leitor da imagem e o segredo está e como fazer isso. 
Hoje em dia, os consumidores estão em busca de soluções para satisfazer seus 
desejos ou seu anseio de fazer do mundo um lugar melhor. Assim, cada vez mais os consu-
midores transferem essa necessidade para as empresas que oferecem produtos e serviços 
ao mercado compatíveis com o que procuram.
2.1 DESPERTANDO O DESEJO DE COMPRA ATRAVÉS DA FOTO 
Qual a diferença entre necessidade e desejo? Necessidade nada mais é do que 
precisar de algo e desejo é você querer, mesmo sem precisar. Por exemplo, eu NECESSITO 
comer mas eu QUERO um hambúrguer. Como o cliente resolverá o problema identificado 
cabe a ele, mas o bom vendedor, o que instiga e utiliza boas fotos para captar o desejo, será 
o vencedor. A expectativa gerada através da necessidade deve ser um desejo atendido.
Estamos cada vez mais conectados à internet. O dono de uma empresa precisa 
despertar em você conexão, desejo e compatibilidade. Como ele faz isso sem poder falar 
com você? Através de fotos. Para vender seu produto, você usa a fotografia para mostrar as 
características, os detalhes e até mesmo os bastidores da produção. Assim, você humaniza 
seu negócio e pode criar uma conexão ainda mais real com seu possível comprador. 
No digital, você necessita criar um relacionamento com seu público, saber de suas 
necessidades e desejos e, dessa forma, satisfazê-lo. Mais uma vez utilizando o Marketing, você 
deve conhecer seu público, saber quem são seus clientes, o que gostam e transformar em dinhei-
ro. Quais problemas ele precisa resolver? O queele está passando? Como você pode ajudar? 
Por isso, uma estratégia muito bem traçada e definida pode aumentar e muito as 
vendas de sua empresa. Público definido, é hora das fotos. Supomos que você vende 
doces gourmets e os faz em sua própria casa, em seu ateliê. Um brigadeiro isolado pode 
render uma boa foto se bem feita. Darei alguns exemplos práticos. 
27UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
Com cartolinas coloridas, você pode desenvolver cenários e não deixar apenas 
a parede branca de fundo. Fuja do óbvio. Você pode escolher cores diferentes para dar 
contraste e fazer uma montagem com elas, deixando o brigadeiro ao meio sustentado por 
um pequeno prato branco. Crie texturas, coloque granulados jogados ao lado, raspas de 
chocolate ou até mesmo uma colher para dar vida à cena. 
Quer levar seu brigadeiro à piscina sem sair de casa? Coloque uma cartolina azul 
de fundo, pegue uma travessa transparente e encha de água. Deixe sua mão dois palmos 
acima para criar profundidade, use jogo de luz e peça para alguém movimentar a água como 
se estivesse com ondas. Tira fotos de diferentes ângulos, desfoque o fundo e brinque com o 
brigadeiro: dê uma mordida e devolva ele ao mesmo lugar criando uma sequência divertida. 
Assim, você desperta o desejo, a curiosidade de quem vê e pensa que estava real-
mente em uma piscina, transporta o cliente para momentos felizes e interliga seu produto a 
situações especiais. Lembre-se de estar sempre em um local iluminado, claro, com o fundo 
organizado e sem desfoques na câmera. Detalhes fazem a diferença. 
Mas como despertar a criatividade? Busque, veja, assista filmes, procure inspira-
ções na natureza, no dia a dia, na internet. Há milhares de empresas vendendo doces, qual 
o seu diferencial? Seja ousado, capture momentos legais da produção, fotografe crianças 
comendo seus doces, faça montagens. Abuse da criatividade. Vamos a mais um exemplo. 
Você, fotógrafo, vai atender a um cliente que vende flores pela internet. Quantas fotos 
de flores você já viu? Inúmeras, certo? Mas você precisa pensar diferente e aguçar o desejo e a 
curiosidade de seu possível comprador. Certo. A natureza tem um campo tão vasto de curiosida-
des e peculiaridades que nenhum fotógrafo seria capaz de dominar e explorar todas as técnicas. 
Flores, botões e folhas podem facilmente ser reproduzidas em seu habitat natural. À 
luz do sol, na sombra, captadas na natureza, ao balanço do vento. “Apesar de o movimento 
representar um obstáculo, via de regra ele pode ser contornado: basta escorar a flor com 
um arame escondido, ou protegê-la com uma caixa triangular.” (BUSSELLE, 1977, p. 150)
Quantas vidas podem existir dentro de um botão de flor? Estude um pouco antes 
de fotografar a natureza e se inspire em suas silhuetas, diferentes formatos, curiosidades, 
espinhos, sementes e até mesmo os insetos que vivem ao redor. Desperte o desejo de seu 
comprador pelo diferente, mostre texturas de plantas, ângulos inusitados, ressalte as cores 
naturais, aproveite o clima, as gotas de água, o tempo adverso. 
Uma simples folha, uma das manifestações mais comuns da natureza, é capaz de 
transmitir uma sensação totalmente diferente se iluminada por trás e fotografada no início da 
manhã de inverno, por exemplo. O desenho de suas nervuras pode estar emoldurado por go-
tículas de água transformadas levemente em gelo que se transforma em uma orla cintilante. 
28UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
Com a câmera apontada diretamente para o centro do cacho de orquídeas, Michael 
Kenna surpreende ao revelar detalhes da flor em preto e branco. Ela adquiriu uma forma 
quase abstrata e artificial, além de textura delicada, matrizes combinantes, nuances mais 
intensas e formato inusitado.
FIGURA 3 - KENNA, MICHAEL. ORCHID OFFERINGS, BUT THAT PAGODA, BAK NINH, 
VIETNAM. 2019
Fonte: MICHAEL KENNA. Disponível em: http://www.michaelkenna.net/gallery2.php?id=11. Acesso em: 09 ago. 2022.
Outro fotógrafo que nos traz inspirações fascinantes é o Richard Haughton. Ele encon-
tra na música, nas performances, nos produtos e nos alimentos formas nunca vistas antes. A 
criatividade aflora e ele consegue de uma simples maçã, fazer uma cena épica quase romântica. 
Imagine um fundo totalmente preto. As mãos do chef estão em evidência com as 
mangas de seu uniforme branco arregaçadas. A faca, totalmente afiada, desliza sobre 
a pele da maçã com maestria. Ao centro, a fruta em evidência mostrando sua bela cor 
vermelha, enquanto o profissional desliza sua ferramenta criando assim um encanto visual 
despertando a vontade no espectador. 
Ou então quando a simples cocção de um molho de tomate se transforma em um 
verdadeiro espetáculo de cores, formas e texturas. Isso é diferente, aguça sentidos, fome, 
29UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
vontade, desejo, admiração de quem vê. Sai da caixa, pense alto, haja de formas diferentes 
e você verá o mundo de um jeito novo.
FIGURA 4 – HAUGHTON, RICHARD. BOUILLON OF TOMATO, OLIVE, LEMONGRASS BY 
NUAD DONCKELE
Fonte: THE ART OF PLATING. Disponível em: http://theartofplating.com/editorial/the-eye-of-richard-haughton/. 
Acesso em: 09 ago. 2022.
Enfim, a internet está repleta de sites, links e inspirações. Faça seu produto voar 
pelo cenário, tire fotos de ângulos inimagináveis e veja seu faturamento ou de seu cliente 
crescer. A fotografia precisa ser pensada, analisada e tratada. Muitas vezes, ela é sua única 
chance de conquistar seu possível comprador. Use e abuse sem medo.
30UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
31UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
Sua estética super colorida, saturada e um universo demasiadamente exagerado tornaram David LaCha-
pelle um ícone da fotografia artística a partir da década de 1990. Trabalhou em diversas exposições, foto-
grafou inúmeros artistas famosos misturando referências clássicas, barrocas e cultura pop. Uma verdadeira 
mistura de fotografia clássica com o modernismo das artes. Vale a pena dar uma olhadinha. 
Fonte: David Lachapelle: o Fotógrafo Mais Influente da Cultura Pop. ABRA. Disponível em: https://abra.
com.br/artigos/david-lachapelle-o-fotografo-mais-influente-da-cultura-pop/. Acesso em: 28 nov. 2022.
“O outono, assim como a primavera, desvenda a natureza nos momentos mais fascinantes. Os dias vão se 
encurtando e, à medida que o sol baixa em direção ao norte, vai perdendo seu brilho intenso e ofuscante 
de verão. É comum a luz do outono também ser clara e incisiva, mas com cor mais alaranjada, que combina 
com os vermelhos e dourados das folhas mortas. As paisagens podem ficar ardentes ou suavemente 
delicadas.” (COMPANY, 1980, p. 56)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensar de forma inusitada, colorida, preta e branca ou detalhada. O importante 
é instigar, sair do óbvio e cativar o cliente. A fotografia artística é uma arte universal que 
não tem certo ou errado. Tem formas e jeitos diferentes de ser utilizada, dependendo do 
propósito buscado e do impacto desejado. 
No início, feita a partir de montagens e considerada exagerada pela comunidade da 
época. Hoje, utilizada para mostrar o novo, o inusitado, além de chamar a atenção de quem 
a procura. O pensamento do fotógrafo foi mudando: de um simples registro histórico para 
cenas de criação do sobrenatural e do imaginário. 
Seja retratos de pessoas, artistas, comidas ou produtos: você precisa ter seu dife-
rencial para se destacar no mundo das vendas. Cuide do seu cenário, pense no enquadra-
mento, fuja de ângulos comuns, brinque com as luzes e cores, mostre detalhes. 
A fotografia artística busca expressar emoções e o fato de não ter a obrigação de 
simplesmente retratar a realidade deixa o fotógrafo livre para fazer o que quiser. Utilizar 
elementos da culinária em um cenário de diversão, por exemplo, desloca o interlocutor para 
um lugar repleto de fantasias e desejos. E é justamente isso o esperado. 
Você pode alterar o ponto de vista de suas fotografias simplesmente mudando a 
posiçãode sua câmera. Um ponto de vista na altura dos olhos dá a sensação de realidade, 
como estamos acostumados a ver. Já quando visto de baixo, pessoas e objetos parecem 
debruçar-se sobre o espectador, evocando domínio e poder. 
Ou seja, você precisa ter em mente a mensagem que deseja passar e como fará 
isso. Quer vender mais doces? Faça fotos mostrando a textura e suculência de seus produ-
tos com fotos fechadas mostrando detalhes, por exemplo. Deseja enaltecer seus retratos? 
Foque nas qualidades da pessoa, leve para um espaço aberto e crie situações. A criativida-
de aqui é livre para ser usada. Não tenha medo, teste tudo o que tiver em mente.
UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA 32
LEITURA COMPLEMENTAR
Livro: Sem medo do flash 
Autor: José Antônio Fernández
Resenha: Sucesso no mundo inteiro, esta obra ensina como tirar proveito de todas 
as possibilidades do flash, seja em modo manual, automático ou em TTL, independente-
mente se você fotografa em estúdio ou em locações externas. De forma simples e objetiva, 
o autor explica conceitos como número guia, lei inversa do quadrado, sincronismo em 
primeira e segunda cortina, uso do flash na sapata da câmera ou fora dela, exposição, 
entre outros. Para facilitar o entendimento de cada conceito, o livro apresenta dezenas de 
exemplos para obter imagens com precisão e qualidade em qualquer situação, seja de dia 
ou de noite. A leitura deste livro é obrigatória para todo fotógrafo que deseja evoluir na arte 
da iluminação com flashes dedicados. Essa obra se transformará no seu guia de consulta 
permanente para a produção das suas fotografias.
Fonte: FERNÁNDEZ, José Antônio. Sem medo do flash. 2ª Edição - iPhoto Editora. 2016.
UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA 33
MATERIAL COMPLEMENTAR
• Título: Fotografia Digital: Uma introdução
• Autor: Tom Ang
• Editora: Senac - São Paulo
• Sinopse: O Senac São Paulo contribui para o aprimoramento da 
atividade fotográfica com a edição brasileira deste guia desenvolvi-
do pelo especialista Tom Ang, que explica os princípios da fotografia 
digital em linguagem acessível a todos os públicos. Um livro repleto 
de dicas que esclarecem desde os tipos de câmera adequados 
a uma situação até como transferir as imagens para a internet. E 
mais: mostra as principais características das câmeras digitais, 
dos acessórios e dos softwares; oferece sugestões práticas para o 
aprimoramento da técnica; explica os elementos básicos de edição 
de imagem, do ajuste fino aos efeitos especiais; e apresenta ideias 
que permitem explorar todas as possibilidades das imagens digitais.
• Título: A alma da fotografia
• Autor: David Duchemin
• Editora: Alta Books
•Sinopse: Em A Alma da Fotografia: O Fotógrafo Como Artista Cria-
dor, David explora o que significa fazer fotografias melhores. Ilus-
trado com uma coleção de belas imagens em preto e branco, cada 
capítulo trata de temas como técnica, especialização, perspectiva, 
público, disciplina, história e autenticidade. A Alma da Fotografia é 
um livro pessoal e profundamente pragmático que, de forma sere-
na, mas poderosa, desafia a ideia de que nossas câmeras, lentes e 
configurações são algo mais do que ferramentas inertes. É o fotó-
grafo, não a câmera, que pode e deve aprender a fazer fotografias 
melhores - capazes de transmitir nossa perspectiva, conectar-se 
com outras pessoas e, em sua essência, conter nossa humanidade. 
A Alma da Fotografia nos ajuda a fazer exatamente isso.
34UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
MATERIAL COMPLEMENTAR
• Título: Janela Indiscreta
• Ano: 1958
•Sinopse: Um dos maiores clássicos de Alfred Hitchcock conta a 
história de Jeffries, um fotógrafo profissional confinado em seu apar-
tamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não 
tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com 
um binóculo, quando vê alguns acontecimentos que o faz suspeitar 
que um assassinato foi cometido. O suspense traz ângulos inusita-
dos e, não por acaso, é uma lição de boa fotografia para os amantes 
do cinema. Com Grace Kelly, James Stuwart, Wendell Corey.
35UNIDADE 2 A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA
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Plano de Estudos
• Descobrindo sua câmera: diafragma, obturador e ISO;
• Composição fotográfica, regra dos terços e proporção áurea.
Objetivos da Aprendizagem
• Descobrir as funções da câmera;
• Compreender os tipos de fotografia;
• Aprender sobre composição fotográfica.
3UNIDADEUNIDADE
FOTOGRAFANDOFOTOGRAFANDO
Professor(a) Esp. Aleksa Marques
INTRODUÇÃO
Uma vez que você dominou uns poucos princípios básicos, fotografar se torna 
fácil. Mas ter um olhar fotográfico não é tão fácil assim. Para isso, você precisa estar em 
alerta constante. Hoje em dia tudo é entediante e vivemos o tédio, por isso devemos usar 
nossa “janela aberta”, a câmera, para mostrar um mundo diferente daquele que estamos 
acostumados. Essa é a moldura que disciplina a visão. 
Fotografar bem, portanto, é apenas um passo para enxergar e usufruir melhor das 
coisas sem sua câmera. Por meio da fotografia você irá aprender a avaliar linhas, formas e, 
principalmente, as cores. Estes elementos irão te mostrar um novo conceito de harmonia e 
desequilíbrio, beleza e ritmo, o outro lado da moeda e o que está escancarado. 
Entender sobre a quantidade de luz, como tirar uma boa foto em um plano mais escuro 
ou até como enquadrar seus objetos na cena faz parte de um bom profissional. Entender a sua 
câmera e os motivos da composição fotográfica, por exemplo, auxilia muito na hora de fotografar. 
A tríade da fotografia é o componente básico para saber atuar no seu equipamento. Saber 
dominar o diafragma, o obturador e a sensibilidade (ISO) são essenciais para escrever com a luz. 
Nesta Unidade, estudaremos isoladamente cada um deles, o que são, como funcionam 
e para que servem. Aprenderemos também a fazer fotografias de uma bela cachoeira deixando 
a água estática ou fluída, dependendo do seu objetivo. Tudo isso utilizando os recursos básicos. 
Além deles, vamos falar sobre composição fotográfica, importantíssima na hora 
de enquadrar seu cenário. Há uma infinidade de opções e estilos de enquadramento, mas 
você verá os mais importantes: a regra dos terços e a proporção áurea muito utilizada nas 
artes, nas fotos e pela natureza. 
Desejo uma boa leitura e que você aproveite os estudos! 
Que bom que chegou até aqui. Vamos começar. 
UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO 37
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Há uma infinita variedade de câmeras, lentes, equipamentos e marcas. Não existe 
uma discrepantemente melhor dentro de suas equiparações, mas sim aquela que você se 
adapta. Cada empresa trabalha de uma forma, com configurações e traços diferentes e 
cabe ao fotógrafo escolher. 
Quase 200 anos depois da invenção da câmera fotográfica, um inimigo surgiu: a 
fotografia digital. A imagem digital ameaçou abolir o filme, tornar desnecessário o laboratório 
fotográfico eacabar de vez com a habilidade específica necessária para tirar fotos. 
Os fotógrafos contemplavam a novidade com medo, mas aderiram às novas 
tecnologias ao cotidiano e usufruíram de suas vantagens: novas lentes, infinitas poses, 
revelações mais práticas e edição de imagem. A união das técnicas fotográficas com o 
avanço da tecnologia resultou em um boom no meio artístico e os fotógrafos rapidamente 
se renderam à nova era. E é dela que vamos tratar aqui. 
Hoje, o percurso da fotografia começa pelo registro digital da imagem. A princípio, é 
necessário tirar a foto ou capturá-la e então passar o arquivo para o computador, por exemplo. 
Com a evolução dos smartphones, o mercado oferece câmeras que produzem 
imagens com uma qualidade enorme. Isso significa que você precisa saber manipulá-la e 
conseguir extrair o que ela tem de melhor. Mas existem incontáveis tipos e tamanhos, então 
qual saber qual a ideia? Vamos conferir agora algumas diferenças e como usá-las. 
CÂMERA PROFISSIONAL 
Apesar de serem comumente relacionadas ao tipo DSLR, há câmeras profissionais 
que são semelhantes às câmeras compactas. Um dos diferenciais dela é sua durabilidade 
UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
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 1 DESCOBRINDO SUA 
CÂMERA
TÓPICO
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e resistência. Mesmo que pareçam iguais, o corpo de uma câmera profissional terá um 
material muito melhor do que uma câmera amadora. Nela também você consegue ajustar 
manualmente as regulagens e tirar a foto da forma que deseja. 
Outro ponto é o tamanho do sensor, muito útil e extremamente necessário para 
poder visualizar as fotografias que está tirando. Além disso, as câmeras profissionais ga-
rantem ao profissional fotos em diferentes formatos, o que ajuda na hora de fechar ou 
confeccionar os mais diversos trabalhos. 
CÂMERAS SEMIPROFISSIONAIS 
Quando comparada às câmeras compactas, a semiprofissional apresenta um nú-
mero maior de recursos e você não precisa de um grande conhecimento técnico. Por ser 
semiprofissional, ela regula muitas funções de forma automática, não necessitando assim 
pensar muito na hora de fotografar. 
CÂMERAS COMPACTAS
São as famosas câmeras de bolso. Se você pretende só tirar fotos em casa, de 
momentos em família ou registrar aquela viagem para o álbum de fotografias, essa é a 
sua câmera. Ela não oferece um sensor muito bom, geralmente ele é bem menor que as 
câmeras semiprofissionais ou profissionais. Por isso, não oferece uma grande quantidade 
de pixels e pode entregar uma impressão não tão boa. 
A luz é a matéria-prima necessária para podermos realizar uma fotografia com qual-
quer dispositivo. Na câmera, a luz atravessa vários elementos que, segundo o tipo de con-
figuração, deixam passar mais ou menos luz com o objetivo de fazer a exposição desejada. 
O diafragma situado na lente e o obturador situado em frente ao sensor regulam o 
fluxo de luz. Por último, há a variação de sensibilidade do sensor (ISO) que se encarrega 
de administrar a luz que entrou, podendo deixá-la maior ou menor.
Fernandéz (2016) utiliza uma metáfora muito fácil para mostrar como tudo isso 
funciona na prática. 
Pensemos no ato de encher um copo de água embaixo de uma torneira, na 
cozinha de nossa casa, podemos abrir mais ou menos essa torneira; também 
podemos deixá-la aberta mais ou menos tempo, e ainda podemos utilizar um 
copo maior ou menor. Afinal, o que interessa é enchê-lo de água. Um copo 
que se enche com mais água do que é necessário transbordará e, pelo con-
trário, um copo onde não cai água suficiente ficará meio vazio. Se mudarmos 
água por luz, e o fato de encher o copo pelo de obter uma fotografia com uma 
exposição correta, o ato de abrir a torneira para produzir um fluxo de água 
maior ou menor será similar ao ato de modificar a abertura de nossa câmera; 
deixar mais ou menos tempo a água caindo será igual a modificar o tempo 
de obturação; e, por último, utilizar um copo pequeno será muito parecido 
com selecionar níveis de sensibilidade altos (um ISO elevado). Um copo que 
transborda água é uma fotografia superexposta, e um copo meio vazio é uma 
fotografia subexposta. (FERNANDÉZ, 2016, p. 20).
39UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
Ou seja, é fundamental entender que estes três fatores são fundamentais para 
determinar nossa exposição fotográfica. Vamos ver agora separadamente cada um deles: 
velocidade do obturador, abertura do diafragma e ISO. 
1.1 DIAFRAGMA 
O diafragma está situado na lente da câmera. Seu mecanismo consiste em lâminas 
em forma de íris que se abrem e fecham em uma posição determinada para deixar passar 
mais ou menos luz numa superfície sensível, seja um sensor ou filme.
O funcionamento do diafragma é parecido com a pupila dos nossos olhos. Por 
exemplo: em um dia de sol ao ar livre, nossas pupilas diminuem para a entrada menor de luz 
para que fique, de certa forma, mais confortável de enxergar. Ao entrar em um lugar escuro, 
elas se abrem ao máximo para captar a maior quantidade de luz possível para poder ver. 
A abertura do diafragma é controlada pela câmera atribuindo um número “F” e é ele 
quem determina a quantidade de luz que entra. Os valores são inversamente proporcionais. Um 
número “F” menor representa um diafragma mais aberto e uma quantidade maior de luz na cena. 
Lembrando ainda que ele não implica somente na entrada ou não da luz; quanto 
mais fechado, maior a profundidade de campo na imagem que veremos na sequência. 
Confira na imagem. 
FIGURA 1 - DIAFRAGMA 
Fonte: BELLO, Erica Dal. PHOTOPRO. O que é diafragma na fotografia. Disponível em: https://www.photopro.com.
br/tutoriais-gratis/o-que-e-diafragma-fotografia/. Acesso em: 23 ago. 2022.
Como vimos, a abertura do diafragma também determina a profundidade de cam-
po, ou seja, a quantidade de planos focados em uma fotografia. Fundo desfocado significa 
baixa profundidade de campo. Uma foto com profundidade de campo alta é a que tem mais 
itens nítidos e focados. 
A profundidade de campo é definida então pelo tamanho da abertura e pela distân-
cia focal (zoom): quanto maior a abertura e maior a distância focal, mais desfocado será o 
fundo. Mas não é tão simples assim. Ao fazer essas alterações de abertura numa cena com 
mesma iluminação, você precisa compensar o obturador (velocidade) ou pelo ISO. E é isso 
que veremos a seguir. 
40UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
1.2 OBTURADOR 
O obturador é um mecanismo situado no corpo da câmera em frente ao sensor. O 
obturador é composto por duas espécies de cortinas que se abrem e fecham. Semelhante ao 
diafragma, o obturador define a quantidade de luz que entra na cena em mais ou menos tempo 
e não via abertura. É com ele que você pode congelar a ação ou criar efeitos de movimento. 
Cada vez que diminuímos pela metade o tempo do obturador, estamos deixando 
entrar a metade da luz e, cada vez que aumentamos duas vezes, deixamos entrar o dobro de 
luz. Por exemplo, ao realizar uma foto a 1/125 de segundo o sensor receberá a metade de luz 
de quando está programado a 1/60 e o dobro de 1/250. Da mesma forma que acontece com a 
regulagem do diafragma, esses saltos para posições inteiras são chamados de pontos de luz. 
Vamos usar um exemplo básico que todos já devem ter visto. Fotos de cachoeira 
parecendo um “véu de noiva” e, outras, parecendo que a água parou só para ser fotografada. 
Isso é possível graças à velocidade do obturador aliado à exposição correta de luz (diafrag-
ma) e à sensibilidade (ISO). Consegue ver como um depende do outro? Vamos entender. 
Tenha em mente que não existeuma velocidade correta que se aplique a todas as 
cachoeiras. Cada caso é um caso e você deverá analisar e fazer testes antes da captura 
perfeita. Uma boa regra para as fotos com a água “passando” é começar fotografando com 
a velocidade 1/15, que é para deixar essa abertura mais lenta, pois significa 15 partes de um 
segundo. Se quiser fazer “congelar” a água, tente deixar a abertura em 1/500 ou seja, 500 
partes de um segundo. Isso significa uma abertura extremamente rápida. Veja no exemplo: 
FIGURA 2 - IMAGEM DO LIVRO “FOTOMETRIA SIMPLES – VOCÊ NO CONTROLE DA LUZ” – SIMXER
Fonte: OS Segredos para Tirar Fotografias Impressionantes de Cachoeiras com qualquer DSLR. FOTOS DICAS BRASIL. 
Disponível em: https://fotodicasbrasil.com.br/os-segredos-para-tirar-fotografias-impressionantes-de-cachoeiras-
com-qualquer-dslr/. Acesso em: 23 ago. 2022.
41UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
A forma mais precisa para conseguir imagens sem um borrão é deixar sua câmera 
estabilizada em um tripé ou algo parecido. 
1.3 SENSIBILIDADE: O VALOR ISO
O valor ISO determina a sensibilidade à luz do sensor. Na fotografia digital, podemos 
mudar essa sensibilidade em cada foto variando o seu valor. Por exemplo, quanto maior for 
a sensibilidade, menor o tempo de exposição para uma boa fotografia. 
Aumentar a sensibilidade ajuda a disparar a velocidades mais rápidas em condições 
de luz mais baixas, mas isso acarretará ruído à sua foto, como pequenos pontinhos. Mas para 
nomear as diferentes sensibilidades, utilizaremos como sistema mais padronizado o valor ISO.
Um valor de ISO alto, por exemplo 1600, implica uma maior sensibilidade à luz, 
mas também o surgimento dos ruídos e uma qualidade inferior. Ao contrário do diafragma 
e do obturador, o ISO não modifica a entrada de luz, mas varia a exposição da fotografia. 
Assim como acontece com os dois anteriores, cada vez que alteramos pontos 
inteiros na escala, obtemos a metade ou o dobro de exposição à luz em relação à expo-
sição anterior. Dessa forma, se tirar uma foto com o ISO 100, a imagem terá a metade da 
exposição se fosse feito a ISO 200. 
Agora que você já conhece um pouco mais as funções de sua câmera e para que 
serve cada ferramenta, é hora de entender um pouco mais sobre a composição das fotos, 
ou seja, os elementos que a compõem, como utilizá-los a seu favor.
42UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
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Muitos conselhos sobre composição fotográfica tendem a ser como uma “receita 
de bolo” como “centralize sua imagem” ou então “não centralize e utilize a regra dos terços” 
para se obter a melhor imagem. Mas não é bem assim. 
Qualquer composição fotográfica funciona se o arranjo dos elementos estiver bem 
estruturado e passar uma mensagem ao observador. Em geral, o modo mais efetivo de se 
conquistar um bom clique é levar em consideração os principais elementos da cena para, 
só depois, posicionar sua câmera e ajustar os controles de exposição. 
Se você estiver iniciando no mundo da fotografia, é melhor se atentar primeiramen-
te ao todo, ao geral da cena, para depois pensar nos detalhes que tem uma importância 
secundária neste momento. Uma dica é fechar um pouco os olhos e avaliar o cenário, isso 
ajuda a destacar a estrutura principal. E para auxiliar ainda mais, vamos estudar separada-
mente alguns dos elementos da composição fotográfica. 
2.1 REGRA DOS TERÇOS
Um dos princípios fundamentais, esta regra permite que você centralize os objetos 
em cena para uma melhor composição. A regra dos terços divide a cena em nove partes 
iguais resultando em quatro pontos de intersecção que são os pontos chaves. 
UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
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 2 COMPOSIÇÃO 
FOTOGRÁFICA
TÓPICO
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FIGURA 3 - REGRA DOS TERÇOS 
Fonte: MCA PHOTOGRAFIA. Entenda a Regra dos Terços. Disponível em: https://mcaphotografia.com.br/regra-dos-
tercos/. Acesso em: 23 ago. 2022.
Nas câmeras e também nos celulares, já é possível habilitar a função da grade para 
facilitar a visualização. É indicado seguir a regra colocando o assunto principal de sua foto 
em algum destes pontos: 
Pontos de intersecção: onde as grades se cruzam;
Linhas verticais: podem ser usadas para equilibrar a cena e é muito utilizada para 
fotografia de arquitetura;
Linhas horizontais: basicamente dá destaque a linha do horizonte de sua foto;
Quadros: você pode definir um dos nove quadros como sendo o principal ou utilizar 
mais de um deles na mesma sequência;
Terços: a combinação de três quadros verticais ou horizontais pode ser utilizada 
para destacá-lo dos demais elementos e do plano de fundo. 
Não é uma regra fixa, você pode fazer testes e enquadrá-lo da maneira que achar 
mais viável para captar o seu objetivo na imagem. Faça testes, tire fotos de ângulos maiores 
e menores e tente capturar a mesma paisagem utilizando todos os pontos. 
2.2 GOLDEN RATIO OU PROPORÇÃO ÁUREA 
Embora a regra dos terços seja a regra de composição mais conhecida, há um 
outro princípio que desempenha um papel mais interessante no mundo da fotografia, na 
natureza e nas artes. É a proporção áurea ou golden ratio. 
Ela é em sua origem um número que é encontrado através de uma linha ou forma. 
Após divisões e cálculos matemáticos, chega-se ao seu número perfeito e sua base com 
uma proporção de 1 a 1.618. 
44UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
O responsável por essa descoberta foi o italiano Leonardo Fibonacci no final do sé-
culo 12. Dispondo essa sequência numérica, chega-se a uma forma geométrica em espiral 
agradável aos olhos e utilizada em toda a natureza como conchas, caracóis, plantas e até 
mesmo a Via Láctea. Observe: 
FIGURA 4 - PROPORÇÃO ÁUREA
Fonte: MXCURSOS. O que é Proporção Áurea. Disponível em: https://www.mxcursos.com/blog/o-que-e-proporcao-
aurea/. Acesso em: 23 ago. 2022.
Essa técnica diz que, ao invés de centralizarmos o foco da fotografia entre os es-
paços da regra dos terços, devemos montar nossa cena de forma que o início do espiral 
representa o foco da imagem e, conforme o espiral de desenrola, outros objetos vão sendo 
revelados para finalizar a composição. 
Ou seja, você pode observar que existem diversas maneiras de se comunicar atra-
vés da fotografia. Basta você definir sua linguagem, o que quer transmitir, como irá tirar a 
foto e colocar em prática todos os conceitos estudados nesta unidade.
45UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
Antes de tirar uma fotografia você deve se perguntar: que quantidade de luz eu preciso? É claro que não 
podemos diminuir a quantidade de luz emanada pelo sol, mas podemos regular nossa câmera para captar 
somente o necessário. Basta ter em mente o que você quer e colocar o equipamento para trabalhar. 
Fonte: FERNANDÉZ, José Antônio. SEM MEDO DO FLASH. 2ª edição. Santa Catarina. iPhoto Editora, 2012.
46UNIDADE 3 FOTOGRAFANDO
Você pode utilizar alguns recursos simples para tirar fotos criativas com elementos que tem em casa. Por 
exemplo, você pode acrescentar um flare em sua composição fotográfica, que nada mais é do que aquele 
pequeno feixe de luz entrando de algum dos lados da imagem utilizando um CD ou um palito de fósforo. 
Basta enquadrar o seu objeto na cena, colocar o palito de fósforo próximo à lente de sua câmera e disparar. 
O efeito visual é incrível. 
Fonte: ALMANAQUE SOS. 13 Gambiarras Simples para Criar Efeitos Incríveis em Fotos e Vídeos. 2017. 
Disponível em: https://www.almanaquesos.com/13-gambiarras-geniais-para-criar-efeitos-incriveis-nas-

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