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Manual do Caderno de Medicina II

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MANUAL DO CADERNO
MEDICINA II
2
F R E N T E
PORTUGUÊS
Caro(a) leitor(a), 
Este manual é uma importante ferramenta para a utilização dos cadernos de sala 
do Sistema de Ensino Poliedro, voltados para as turmas de 3ª série do Ensino Médio 
e Pré-vestibular.
Nele, descrevemos a estrutura e as seções dos cadernos, fornecendo observa-
ções que auxiliam no trabalho a ser desenvolvido em cada disciplina. Apresenta-
mos, também, as resoluções das questões presentes na seção “Exercícios de sala” 
e dos possíveis exercícios opcionais – os quais servem como uma oportunidade de 
aprofundar e complementar o tempo despendido para as aulas.
Os cadernos possibilitam uma prática efetiva do aprendizado em sala e, quando 
utilizados em consonância com a fundamentação teórica contida nos livros de teo-
ria, oferecem uma formação ainda mais ampla e completa.
Os temas de abertura dos capítulos e os textos da seção “Texto complementar” 
dos livros podem ser usados como ponto de partida para discussões em aula e 
como fonte de conhecimento e curiosidades acerca dos assuntos da teoria.
Indicamos, também, o acesso a diversos recursos disponíveis no portal do Siste-
ma Poliedro (<www.sistemapoliedro.com.br>), os quais complementam o caderno 
e ampliam as possibilidades de aprendizado, tais como:
• Resoluções das questões dos livros;
• Informativo mensal Leia Agora;
• Balcão de Redação PV;
• Balcão de Redação Enem;
• Banco de Questões Enem (para professores);
• Videoaulas dos autores; e
• Aulas-dica do Zoom Poliedro.
Todas essas ferramentas buscam garantir a formação do aluno e o rigor acadê-
mico almejado pelas escolas parceiras. Vale ressaltar que o professor se mantém 
como principal protagonista da prática pedagógica, tendo total autonomia na utili-
zação dos recursos oferecidos.
Esperamos que se explore todo o material disponibilizado e estamos à disposi-
ção para quaisquer esclarecimentos.
Sistema de Ensino Poliedro
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II2
SUMÁRIO
Estrutura geral dos cadernos ....................................................................... 4
Estrutura das aulas ....................................................................................... 6
Exercícios de sala ......................................................................................... 7
Guia de estudo ............................................................................................. 8
Orientações específicas ............................................................................... 9
Orientações: Aula 19
 Resoluções .......................................................................................... 12
Orientações: Aula 20
 Resoluções .......................................................................................... 16
Orientações: Aula 21
 Resoluções .......................................................................................... 20
Orientações: Aula 22
 Resoluções .......................................................................................... 25
Orientações: Aula 23
 Resoluções .......................................................................................... 30
Orientações: Aula 24
 Resoluções .......................................................................................... 35
Orientações: Aula 25
 Resoluções .......................................................................................... 39
Orientações: Aula 26
 Resoluções .......................................................................................... 43
Orientações: Aula 27
 Resoluções .......................................................................................... 47
Orientações: Aula 28
 Resoluções .......................................................................................... 51
Orientações: Aula 29
 Resoluções .......................................................................................... 56
Orientações: Aula 30
 Resoluções .......................................................................................... 61
Orientações: Aula 31
 Resoluções .......................................................................................... 65
Orientações: Aula 32
 Resoluções .......................................................................................... 70
Orientações: Aula 33
 Resoluções .......................................................................................... 74
Orientações: Aula 34
 Resoluções .......................................................................................... 79
Orientações: Aula 35
 Resoluções .......................................................................................... 83
Orientações: Aula 36
 Resoluções .......................................................................................... 87
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 3
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II4
ESTRUTURA GERAL DOS CADERNOS
Os cadernos de sala, usados em conjunto com os livros de teoria, sintetizam e facilitam a compreensão dos 
assuntos estudados. Todas as aulas apresentam os principais tópicos de cada tema abordado e oferecem exercí-
cios que permitem enriquecer a discussão em sala de aula e contribuir para a fixação do aprendizado.
Assim como nos livros, as disciplinas nos cadernos são divididas em frentes, que devem ser trabalhadas pa-
ralelamente. Essa divisão não só facilita a organização dos estudos, mas também permite uma visão ainda mais 
sistêmica dos tópicos abordados em cada disciplina.
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 2018 > PRÉ-VESTIBULAR > CADERNOS DE SALA > CADERNO 1 > MEDICINA 1 / LARGURA: 205 / ALTURA: 275 / ESPIRAL / PAGINAS: 432 / WELLINGTON.PAULO / 11-10-2017 (08:49)
 > 2018 > PRÉ-VESTIBULAR > CADERNOS DE SALA > CADERNO 1 > MEDICINA 1 / LARGURA: 205 / ALTURA: 275 / ESPIRAL / PAGINAS: 432 / WELLINGTON.PAULO / 11-10-2017 (08:49)
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MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 5
PORTUGUÊS INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Prof.: Aula Estudo 
Aulas 1 e 2 ................ 46
Aulas 3 e 4 .................. 49
Aula 5 ....................... 51
Aulas 6 a 8 .................. 53
Aulas 9 e 10 ................ 57
Aulas 11 e 12 .............. 59
Aulas 13 e 14 .............. 62
Aulas 15 e 16 ............ 65
Aulas 17 e 18 .............. 68
Prof.: Aula Estudo 
Aula 1 ....................... 72
Aula 2 ....................... 75
Aula 3 ....................... 78
Aula 4 ....................... 83
Aula 5 ....................... 87
Aula 6 ....................... 91
Aula 7 ....................... 95
Aula 8 ....................... 99
Aula 9 ....................... 104
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1 2Prof.: Aula Estudo 
Aulas 1 e 2 ................ 8
Aulas 3 e 4 .................. 11
Aulas 5 e 6 ................ 16
Aulas 7 e 8 .................. 21
Aula 9 ....................... 25
Aula 10 ....................... 28
Aulas 11 e 12 .............. 31
Aulas 13 e 14 ............ 34
Aula 15 ....................... 37
Aula 16 ..................... 40
Aulas 17 e 18 .............. 42
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Matemática e suas Tecnologias
MATEMÁTICA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo 
Aulas 1 e 2 ................ 108
Aulas 3 e 4 .................. 110
Aulas 5 e 6 ................ 113
Aulas 7 e 8 .................. 116
Aulas 9 e 10 .............. 119
Aulas 11 e 12 ............ 123
Aulas 13 e 14 .............. 126
Aulas 15 e 16 ............ 130
Aulas 17 e 18 ............ 133
Aulas 1 e 2 ................ 136
Aulas 3 e 4 .................. 138
Aulas 5 e 6 ................ 140
Aulas 7 e 8 .................. 143
Aulas 9e 10 .............. 146
Aulas 11 e 12 ............ 149
Aulas 13 e 14 .............. 152
Aulas 15 e 16 ............ 154
Aulas 17 e 18 ............ 157
Aulas 1 e 2 ................ 162
Aulas 3 e 4 .................. 164
Aulas 5 e 6 ................ 166
Aulas 7 e 8 .................. 168
Aulas 9 e 10 .............. 170
Aulas 11 e 12 ............ 173
Aulas 13 e 14 .............. 176
Aulas 15 e 16 ............ 179
Aulas 17 e 18 ............ 182
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
ROTEIRO DO ALUNO
MEDICINA
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-01-2017 (08:50)
Aula Estudo 
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HISTÓRIA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo 
Aulas 1 e 2 ................ 186
Aula 3 ....................... 189
Aulas 4 e 5 ................ 191
Aula 6 ....................... 197
Aulas 7 e 8 .................. 199
Aula 9 ....................... 202
Aula 10 ....................... 205
Aula 11 ..................... 207
Aula 12 ..................... 210
Aulas 13 e 14 .............. 213
Aula 15 ..................... 217
Aula 16 ..................... 220
Aulas 17 e 18 .............. 222
Aulas 1 e 2 ................ 226
Aula 3 ....................... 230
Aula 4 ....................... 233
Aula 5 ....................... 236
Aula 6 ....................... 239
Aula 7 ....................... 241
Aula 8 ....................... 244
Aula 9 ....................... 247
Aula 10 ..................... 250
Aula 11 ..................... 253
Aula 12 ..................... 255
Aula 13 ..................... 257
Aula 14 ..................... 259
Aula 15 ..................... 261
Aula 16 ..................... 264
Aula 17 ..................... 266
Aula 18 ..................... 268
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GEOGRAFIA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo 
Aulas 1 e 2 ................ 272
Aulas 3 e 4 .................. 277
Aulas 5 e 6 ................ 281
Aulas 7 e 8 .................. 286
Aulas 9 e 10 .............. 290
Aulas 11 e 12 ............ 294
Aulas 13 e 14 .............. 299
Aulas 15 e 16 ............ 301
Aulas 17 e 18 ............ 305
Aulas 1 e 2 ................ 310
Aulas 3 e 4 .................. 313
Aulas 5 e 6 ................ 317
Aulas 7 e 8 .................. 320
Aulas 9 e 10 .............. 324
Aulas 11 e 12 ............ 328
Aulas 13 e 14 .............. 331
Aulas 15 e 16 ............ 335
Aulas 17 e 18 ............ 340
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Ciências da Natureza e suas Tecnologias
FÍSICA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo 
Aulas 1 a 3 ................ 476
Aulas 4 a 6 .................. 478
Aulas 7 a 9 ................ 480
Aulas 10 a 12 .............. 483
Aulas 13 e 14 ............ 486
Aulas 15 e 16 ............ 489
Aulas 17 e 18 .............. 492
Aulas 1 a 4 ................ 496
Aulas 5 e 6 .................. 500
Aulas 7 e 8 ................ 504
Aulas 9 a 12 .............. 507
Aulas 13 e 14 .............. 510
Aulas 15 e 16 ............ 513
Aulas 17 e 18 ............ 517
Aulas 1 e 2 ................ 520
Aulas 3 e 4 .................. 522
Aulas 5 e 6 ................ 525
Aulas 7 a 10 ................ 528
Aulas 11 e 12 ............ 531
Aulas 13 e 14 .............. 534
Aulas 15 e 16 ............ 537
Aulas 17 e 18 ............ 539
Aulas 1 a 5 ................ 544
Aulas 6 a 9 ................ 547
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BIOLOGIA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo 
Aulas 1 a 4 ................ 344
Aulas 5 e 6 .................. 352
Aulas 7 a 9 ................ 356
Aulas 10 e 11 .............. 360
Aulas 12 a 15 ............. 364
Aulas 16 a 18 ............. 370
Aula 1 ....................... 378
Aula 2 ....................... 381
Aula 3 ....................... 385
Aulas 4 a 6 .................. 389
Aulas 7 e 8 ................ 396
Aulas 9 e 10 .............. 400
Aulas 11 e 12 .............. 405
Aulas 13 e 14 ............ 409
Aulas 15 e 16 ............ 413
Aulas 17 e 18 ............ 418
Aula 1 a 3 .................. 424
Aulas 4 a 6 .................. 428
Aula 7 e 8 .................. 436
Aula 9 ....................... 439
Aulas 10 e 11 .............. 442
Aulas 12 a 18 ............. 447
Aulas 1 e 2 ................ 458
Aulas 3 e 4 .................. 461
Aulas 5 e 6 ................ 465
Aulas 7 a 9 ................ 469
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QUÍMICA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo 
Aulas 1 a 3 ................ 552
Aulas 4 a 6 .................. 555
Aulas 7 e 8 .................. 559
Aulas 9 a 11 .............. 563
Aulas 12 a 14 ............. 566
Aulas 15 e 16 ............ 570
Aulas 17 e 18 ............ 575
Aulas 1 a 3 ................ 580
Aulas 4 a 6 ................ 583
Aulas 7 a 9 .................. 586
Aulas 10 e 11 ............ 589
Aulas 12 e 13 .............. 592
Aulas 14 a 16 ............. 594
Aulas 17 e 18 ............ 597
Aulas 1 a 4 ................ 600
Aulas 5 a 7 ................ 603
Aulas 8 a 10 .............. 606
Aulas 11 a 13 ............. 608
Aulas 14 a 16 ............. 610
Aulas 17 e 18 ............ 612
Aulas 1 e 2 ................ 616
Aulas 3 a 5 ................ 618
Aulas 6 e 7 ................ 621
Aulas 8 e 9 ................ 623
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Ciências Humanas e suas Tecnologias
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 28-10-2016 (10:28)
O sumário conta com um controle no qual o aluno pode organizar sua rotina de aulas e estudos, tendo uma 
visualização rápida de seu avanço pelos tópicos estudados.
Controle para anotar 
as aulas já dadas e o 
estudo já realizado
ESTRUTURA GERAL DOS CADERNOS
Os cadernos de sala, usados em conjunto com os livros de teoria, sintetizam e facilitam a compreensão dos 
assuntos estudados. Todas as aulas apresentam os principais tópicos de cada tema abordado e oferecem exercí-
cios que permitem enriquecer a discussão em sala de aula e contribuir para a fixação do aprendizado.
Assim como nos livros, as disciplinas nos cadernos são divididas em frentes, que devem ser trabalhadas pa-
ralelamente. Essa divisão não só facilita a organização dos estudos, mas também permite uma visão ainda mais 
sistêmica dos tópicos abordados em cada disciplina.
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 2018 > PRÉ-VESTIBULAR > CADERNOS DE SALA > CADERNO 1 > MEDICINA 1 / LARGURA: 205 / ALTURA: 275 / ESPIRAL / PAGINAS: 432 / WELLINGTON.PAULO / 11-10-2017 (08:49)
 > 2018 > PRÉ-VESTIBULAR > CADERNOS DE SALA > CADERNO 1 > MEDICINA 1 / LARGURA: 205 / ALTURA: 275 / ESPIRAL / PAGINAS: 432 / WELLINGTON.PAULO / 11-10-2017 (08:49)
 > 2018 > PRÉ-VESTIBULAR > CADERNOS DE SALA > CADERNO 1 > MEDICINA 1 / LARGURA: 205 / ALTURA: 275 / ESPIRAL / PAGINAS: 432 / WELLINGTON.PAULO / 11-10-2017 (08:49)
 > 2018 > PRÉ-VESTIBULAR > CADERNOS DE SALA > CADERNO 1 > MEDICINA 1 / LARGURA: 205 / ALTURA: 275 / ESPIRAL / PAGINAS: 432 / WELLINGTON.PAULO / 11-10-2017 (08:49)
ESTRUTURA DAS AULAS
 RESUMO TEÓRICO
Respeitando o Planejamento de aulas disponibilizado no Portal Edros, todas as aulas apresentam um resumo 
esquemático do tópico trabalhado no livro, sintetizando os principais conhecimentos estudados. A organização das 
atividades foi elaborada para aumentar a eficiência do trabalhoem sala.
PORTUGUÊS | MEDICINA I 21
Aulas
7 e 8
Frente 1
Aulas
7 e 8
Frente 1
E�������� � 
�������� �� ��������
Trata-se da segunda parte da morfologia. Estudo dos mor-
femas – elementos que constituem o vocábulo – e de um dos 
processos de formação de palavras – a derivação (prefixal, su-
fixal e parassintética).
Para os exames modernos, o destaque é para o emprego 
dos neologismos (palavras inventadas), sua formação e funcio-
nalidade para o texto. (Sua presença é marcante no Modernis-
mo brasileiro.)
  Morfemas
Além das desinências, do radical, da vogal temática, te-
mos como morfemas os afixos (prefixo e sufixo); são eles que 
possibilitam a formação de novas palavras (morfemas deri-
vacionais). Os afixos que se antepõem ao radical chamam-se 
prefixos; os que se pospõem denominam-se sufixos; os afixos 
possuem uma significação maior que as desinências. Já a vogal 
de ligação e a consoante de ligação são morfemas insignifica-
tivos, servem apenas para evitar dissonâncias (hiatos, encon-
tros consonantais), sequências sonoras indesejáveis. Veja:
Re fazer
Prefixo Radical
Cinz eiro
Radical Sufixo
Cant a r
Radical Vogal
temática
Desinência
Cha l eira
Radical
Consoante
de ligação
Sufixo
Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical, 
diz-se que o grupo é formado de palavras cognatas (pedra/
pedreiro/pedreira); quando as palavras irmanam-se pelo 
sentido, temos a série sinonímica, a família ideológica: 
casa, moradia, lar, mansão, habitação etc.
Radical
O radical é a base significativa da palavra; raiz é o morfe-
ma originário que contém o núcleo significativo comum a uma 
família linguística. 
Prefixo
Os prefixos de nossa língua são de origem latina ou grega. 
Alguns apresentam alteração em contato com o radical. As-
sim, o prefixo an, indicador de privação, transforma-se em a 
diante de consoante. Ex.: amoral, anaeróbico.
Os prefixos possuem mais independência que os sufixos, 
pois se originam, em geral, de advérbios ou preposições, que 
têm ou tiveram vida independente.
Sufixo 
Os sufixos podem ser nominais, verbais ou adverbiais. 
Formam, respectivamente, nomes (substantivos, adjetivos), 
verbos e advérbios (a partir de adjetivos). Ex.: anarquismo, 
malufar, rapidamente.
  Derivação
• Derivação prefi xal: cria-se uma palavra derivada a parti r 
de um prefi xo. Ex.: disenteria. 
• Derivação sufi xal: cria-se uma palavra derivada a parti r de 
um sufi xo. Ex.: doutorado. 
• Derivação parassintéti ca: cria-se uma palavra derivada 
por meio do acréscimo simultâneo de um prefi xo e um 
sufi xo. Se reti rarmos qualquer um dos afi xos, não tere-
mos palavra. Ex.: adoçar. 
• Derivação prefi xal e sufi xal: acréscimo não simultâneo de 
prefi xo e sufi xo. Reti rando-se um dos afi xos (ou os dois), 
ainda teremos palavra. Ex.: deslealdade. Obs.: Alguns lin-
guistas não consideram esse ti po de derivação.
► Texto para a questão 1.
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?
Uma organização não governamental holandesa está 
propondo um desafio que muitos poderão considerar im-
possível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no 
Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuá-
rios longe da rede social.
O projeto também é uma resposta aos experimentos 
psicológicos rea lizados pelo próprio Facebook. A diferença 
EXERCÍCIOS DE SALA
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-10-2016 (17:44) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-10-2016 (17:44)
PORTUGUÊS | MEDICINA I 21
 é a base significativa da palavra; raiz é o morfe-
ma originário que contém o núcleo significativo comum a uma 
Os prefixos de nossa língua são de origem latina ou grega. 
Alguns apresentam alteração em contato com o radical. As-
, indicador de privação, transforma-se em a
diante de consoante. Ex.: amoral, anaeróbico.
Os prefixos possuem mais independência que os sufixos, 
pois se originam, em geral, de advérbios ou preposições, que 
têm ou tiveram vida independente.
Os sufixos podem ser nominais, verbais ou adverbiais. 
Formam, respectivamente, nomes (substantivos, adjetivos), 
verbos e advérbios (a partir de adjetivos). Ex.: anarquismo, 
.
• Derivação prefi xal: cria-se uma palavra derivada a parti r 
de um prefi xo. Ex.: disenteria. 
• Derivação sufi xal: cria-se uma palavra derivada a parti r de 
um sufi xo. Ex.: doutorado. 
• Derivação parassintéti ca: cria-se uma palavra derivada 
por meio do acréscimo simultâneo de um prefi xo e um 
sufi xo. Se reti rarmos qualquer um dos afi xos, não tere-
 adoçar. 
• Derivação prefi xal e sufi xal: acréscimo não simultâneo de 
prefi xo e sufi xo. Reti rando-se um dos afi xos (ou os dois), 
ainda teremos palavra. Ex.: deslealdade. Obs.: Alguns lin-
guistas não consideram esse ti po de derivação.
possível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no 
Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuá-
rios longe da rede social.
O projeto também é uma resposta aos experimentos 
psicológicos rea lizados pelo próprio Facebook. A diferença 
MATEMÁTICA | MEDICINA I108
Aulas
1 e 2
Frente 1
Aulas
1 e 2
Frente 1
I��������� 
� ������ ��� ���������
  Conceitos básicos da teoria dos 
conjuntos 
Os entes primitivos da teoria dos conjuntos são: o ele-
mento, o conjunto e a relação de pertinência. O diagrama 
a seguir representa uma situação em que x1 é elemento do 
conjunto A, mas x2 não é.
A
x1 ∈A
x2 ∉A
x1
x2
O conjunto vazio é aquele que não possui elementos: 
A = ∅ ⇔ n(A) = 0.
O conjunto universo é aquele que possui todos os ele-
mentos que podem estar relacionados a um determinado 
conjunto A, tanto aqueles que pertencem ao conjunto A 
quanto aqueles que não pertencem a ele. Para diferenciar 
o conjunto universo dos demais conjuntos em um diagra-
ma, usamos a figura de um retângulo. Esse retângulo deve 
cercar completamente tanto o conjunto A quanto todos os 
demais conjuntos que possam ser estabelecidos em um 
determinado problema. Feito isso, a região exterior ao con-
junto A passa a representar o conjunto complementar de A. 
Há várias opções para a representação do complemen-
tar de um conjunto A em relação ao conjunto universo. 
Todas elas designam o conjunto dos elementos que não 
pertencem ao conjunto A.
A A x U x Ac
U
A= = = = ∈ ∉{ }A
,
|
A
A
U
n(A) + n(A) = n(U)
  Interseção e diferença entre 
conjuntos
Indicada por A ∩ B, a interseção entre os conjun-
tos A e B é o conjunto formado apenas pelos elementos 
que pertencem simultaneamente aos dois conjuntos, 
A e B.
Indicamos por A – B o conjunto dos elementos de A 
que não pertencem ao conjunto B, e por B – A o conjunto 
dos elementos de B que não pertencem ao conjunto A.
A B
A – B B – AA ∩ BU
n(A – B) = n(A) – n(A ∩ B)
n(B – A) = n(B) – n(A ∩ B)
Observação: dois conjuntos A e B são chamados de 
disjuntos quando A ∩ B = ∅. 
  União de conjuntos
Indicada por A ∪ B, a união dos conjuntos A e B é o 
conjunto formado por todos os elementos de A e todos os 
elementos de B.
A B
A ∪ BU
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 21-10-2016 (10:52) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 21-10-2016 (10:52)
Nome da aula
Disciplina e caderno
Frente e número 
de aula
Cada disciplina tem marcação em uma 
posição para melhor manuseio do material
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II6
Além das questões do livro, é apresentada uma seção de exercícios específicos sobre o assunto das aulas, os 
quais possibilitam a fixação dos conteúdos estudados e oferecem preparação adicional aos alunos. 
Em cada aula, há a proposta de o professor resolver as questões com toda a classe ou pedir aos alunos que as 
respondam individualmente. Nesse momento, aspectos relevantes da aula são retomados, dando oportunidade 
ao professor e aos alunos de discutirem possíveis dificuldades. Todos os exercícios têm sua resolução apresentada 
neste manual.
 EXERCÍCIOS DE SALA
As questões são de 
importantes exames 
vestibulares de todo o 
Brasilou autorais, em 
momentos nos quais a 
explicação exige.
EXERCÍCIOS DE SALA
ESTRUTURA DAS AULAS
 RESUMO TEÓRICO
Respeitando o Planejamento de aulas disponibilizado no Portal Edros, todas as aulas apresentam um resumo 
esquemático do tópico trabalhado no livro, sintetizando os principais conhecimentos estudados. A organização das 
atividades foi elaborada para aumentar a eficiência do trabalho em sala.
PORTUGUÊS | MEDICINA I 21
Aulas
7 e 8
Frente 1
Aulas
7 e 8
Frente 1
E�������� � 
�������� �� ��������
Trata-se da segunda parte da morfologia. Estudo dos mor-
femas – elementos que constituem o vocábulo – e de um dos 
processos de formação de palavras – a derivação (prefixal, su-
fixal e parassintética).
Para os exames modernos, o destaque é para o emprego 
dos neologismos (palavras inventadas), sua formação e funcio-
nalidade para o texto. (Sua presença é marcante no Modernis-
mo brasileiro.)
  Morfemas
Além das desinências, do radical, da vogal temática, te-
mos como morfemas os afixos (prefixo e sufixo); são eles que 
possibilitam a formação de novas palavras (morfemas deri-
vacionais). Os afixos que se antepõem ao radical chamam-se 
prefixos; os que se pospõem denominam-se sufixos; os afixos 
possuem uma significação maior que as desinências. Já a vogal 
de ligação e a consoante de ligação são morfemas insignifica-
tivos, servem apenas para evitar dissonâncias (hiatos, encon-
tros consonantais), sequências sonoras indesejáveis. Veja:
Re fazer
Prefixo Radical
Cinz eiro
Radical Sufixo
Cant a r
Radical Vogal
temática
Desinência
Cha l eira
Radical
Consoante
de ligação
Sufixo
Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical, 
diz-se que o grupo é formado de palavras cognatas (pedra/
pedreiro/pedreira); quando as palavras irmanam-se pelo 
sentido, temos a série sinonímica, a família ideológica: 
casa, moradia, lar, mansão, habitação etc.
Radical
O radical é a base significativa da palavra; raiz é o morfe-
ma originário que contém o núcleo significativo comum a uma 
família linguística. 
Prefixo
Os prefixos de nossa língua são de origem latina ou grega. 
Alguns apresentam alteração em contato com o radical. As-
sim, o prefixo an, indicador de privação, transforma-se em a 
diante de consoante. Ex.: amoral, anaeróbico.
Os prefixos possuem mais independência que os sufixos, 
pois se originam, em geral, de advérbios ou preposições, que 
têm ou tiveram vida independente.
Sufixo 
Os sufixos podem ser nominais, verbais ou adverbiais. 
Formam, respectivamente, nomes (substantivos, adjetivos), 
verbos e advérbios (a partir de adjetivos). Ex.: anarquismo, 
malufar, rapidamente.
  Derivação
• Derivação prefi xal: cria-se uma palavra derivada a parti r 
de um prefi xo. Ex.: disenteria. 
• Derivação sufi xal: cria-se uma palavra derivada a parti r de 
um sufi xo. Ex.: doutorado. 
• Derivação parassintéti ca: cria-se uma palavra derivada 
por meio do acréscimo simultâneo de um prefi xo e um 
sufi xo. Se reti rarmos qualquer um dos afi xos, não tere-
mos palavra. Ex.: adoçar. 
• Derivação prefi xal e sufi xal: acréscimo não simultâneo de 
prefi xo e sufi xo. Reti rando-se um dos afi xos (ou os dois), 
ainda teremos palavra. Ex.: deslealdade. Obs.: Alguns lin-
guistas não consideram esse ti po de derivação.
► Texto para a questão 1.
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?
Uma organização não governamental holandesa está 
propondo um desafio que muitos poderão considerar im-
possível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no 
Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuá-
rios longe da rede social.
O projeto também é uma resposta aos experimentos 
psicológicos rea lizados pelo próprio Facebook. A diferença 
EXERCÍCIOS DE SALA
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-10-2016 (17:44) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-10-2016 (17:44)
MATEMÁTICA | MEDICINA I108
Aulas
1 e 2
Frente 1
Aulas
1 e 2
Frente 1
I��������� 
� ������ ��� ���������
  Conceitos básicos da teoria dos 
conjuntos 
Os entes primitivos da teoria dos conjuntos são: o ele-
mento, o conjunto e a relação de pertinência. O diagrama 
a seguir representa uma situação em que x1 é elemento do 
conjunto A, mas x2 não é.
A
x1 ∈A
x2 ∉A
x1
x2
O conjunto vazio é aquele que não possui elementos: 
A = ∅ ⇔ n(A) = 0.
O conjunto universo é aquele que possui todos os ele-
mentos que podem estar relacionados a um determinado 
conjunto A, tanto aqueles que pertencem ao conjunto A 
quanto aqueles que não pertencem a ele. Para diferenciar 
o conjunto universo dos demais conjuntos em um diagra-
ma, usamos a figura de um retângulo. Esse retângulo deve 
cercar completamente tanto o conjunto A quanto todos os 
demais conjuntos que possam ser estabelecidos em um 
determinado problema. Feito isso, a região exterior ao con-
junto A passa a representar o conjunto complementar de A. 
Há várias opções para a representação do complemen-
tar de um conjunto A em relação ao conjunto universo. 
Todas elas designam o conjunto dos elementos que não 
pertencem ao conjunto A.
A A x U x Ac
U
A= = = = ∈ ∉{ }A
,
|
A
A
U
n(A) + n(A) = n(U)
  Interseção e diferença entre 
conjuntos
Indicada por A ∩ B, a interseção entre os conjun-
tos A e B é o conjunto formado apenas pelos elementos 
que pertencem simultaneamente aos dois conjuntos, 
A e B.
Indicamos por A – B o conjunto dos elementos de A 
que não pertencem ao conjunto B, e por B – A o conjunto 
dos elementos de B que não pertencem ao conjunto A.
A B
A – B B – AA ∩ BU
n(A – B) = n(A) – n(A ∩ B)
n(B – A) = n(B) – n(A ∩ B)
Observação: dois conjuntos A e B são chamados de 
disjuntos quando A ∩ B = ∅. 
  União de conjuntos
Indicada por A ∪ B, a união dos conjuntos A e B é o 
conjunto formado por todos os elementos de A e todos os 
elementos de B.
A B
A ∪ BU
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 21-10-2016 (10:52) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 21-10-2016 (10:52)
Nome da aula
Disciplina e caderno
Frente e número 
de aula
Cada disciplina tem marcação em uma 
posição para melhor manuseio do material
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 7
GUIA DE ESTUDO
Química | Livro 1 | Frente 3 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 282 a 284.
II. Faça os exercícios 5 e 6 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 38, de 40 a 42 e de 44 a 46.
Ao final de cada aula, o caderno de sala oferece um guia que orienta o aluno para os estudos que serão reali-
zados em casa. A seção “Guia de estudo” direciona a leitura, no livro de teoria, dos assuntos que foram tratados e 
indica exercícios pertinentes a serem resolvidos, visando consolidar o conhecimento adquirido em sala.
Levando em conta que o tempo de estudo em casa deve ser cumprido de forma satisfatória, esse guia é pensa-
do com bastante cuidado. Ao especificar o número de exercícios a serem feitos, consideram-se o tempo destinado 
à leitura da teoria e também o tempo que será despendido para a resolução das questões. Assim, o resultado é a 
satisfação do aluno, que consegue cumprir suas metas diárias de estudo em um tempo possível.
 GUIA DE ESTUDO
1
3
2
1 32Indicação de disciplina, 
livro, frente e capítulo 
correspondente à aula.
Localização das 
páginas do livro com 
a teoria estudada.
Seleção de 
exercícios.
GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 1 | Frente 1 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 7 a 15.
II. Faça os exercícios de 1 a 3 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 4 a 9
GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 1 | Frente 1 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 12 a 18.
II. Faça os exercícios 10 e 11 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 48, 56, 70, 71, 78, 80, 81 e 83.
GUIA DE ESTUDO
História | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 131 a 134.
II. Faça o exercício 2 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 10, 12, 14, 16 e 19.
GUIA DE ESTUDO
Biologia | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo3
I. Leia as páginas de 117 a 120.
II. Faça os exercícios 1 e de 3 a 5 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 5 a 10.
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II8
GUIA DE ESTUDO
Química | Livro 1 | Frente 3 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 282 a 284.
II. Faça os exercícios 5 e 6 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 38, de 40 a 42 e de 44 a 46.
Ao final de cada aula, o caderno de sala oferece um guia que orienta o aluno para os estudos que serão reali-
zados em casa. A seção “Guia de estudo” direciona a leitura, no livro de teoria, dos assuntos que foram tratados e 
indica exercícios pertinentes a serem resolvidos, visando consolidar o conhecimento adquirido em sala.
Levando em conta que o tempo de estudo em casa deve ser cumprido de forma satisfatória, esse guia é pensa-
do com bastante cuidado. Ao especificar o número de exercícios a serem feitos, consideram-se o tempo destinado 
à leitura da teoria e também o tempo que será despendido para a resolução das questões. Assim, o resultado é a 
satisfação do aluno, que consegue cumprir suas metas diárias de estudo em um tempo possível.
 GUIA DE ESTUDO
1
3
2
1 32Indicação de disciplina, 
livro, frente e capítulo 
correspondente à aula.
Localização das 
páginas do livro com 
a teoria estudada.
Seleção de 
exercícios.
GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 1 | Frente 1 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 7 a 15.
II. Faça os exercícios de 1 a 3 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 4 a 9
GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 1 | Frente 1 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 12 a 18.
II. Faça os exercícios 10 e 11 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 48, 56, 70, 71, 78, 80, 81 e 83.
GUIA DE ESTUDO
História | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 131 a 134.
II. Faça o exercício 2 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 10, 12, 14, 16 e 19.
GUIA DE ESTUDO
Biologia | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 117 a 120.
II. Faça os exercícios 1 e de 3 a 5 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 5 a 10.
O ensino de Língua Portuguesa, como um todo, vem sofrendo paulatina revolução em 
sua abordagem. Começa-se a polêmica a partir de uma pergunta: como chamar o trabalho 
do professor de Português de “ensino” quando seus alunos já a possuem como língua ma-
terna e, linguisticamente, são competentes para se comunicar em português? A resposta a 
essa pergunta vem com uma nova abordagem em relação à língua. Não mais a ensinamos, e 
sim a sistematizamos; nós a aplicamos nos mais diversos contextos comunicativos e, aí sim, 
ensinamos nossos alunos a como lidar com o texto: seja verbal, visual, musical ou sincréti-
co. Daí o porquê de lidar com a Língua Portuguesa como integrante de um universo maior, 
chamado Linguagens e Códigos.
Mas o que é, afinal, linguagem? Linguagem não se resume a determinada língua na-
tural (no caso, o Português), mas a qualquer meio sistemático capaz de comunicar ideias, 
valores e discursos por meio de signos verbais, gestuais, sonoros, gráficos etc. Ou seja, lin-
guagens geram textos. Texto é qualquer todo de sentido – texto é aquilo que significa. Não 
é de se espantar que, não raro, ultimamente, são cobradas comparações entre pinturas e 
textos literários; gráficos e matérias jornalísticas; propagandas e atualidades. Tudo isso é 
texto. Tudo isso significa, e cabe ao aluno/candidato ser capaz de acessar tal significação. 
O material do Sistema de Ensino Poliedro vem ao encontro dessa nova tendência, com 
uma proposta metodológica capaz de responder a contento os questionamentos da nova 
forma de se abordar a linguagem e propiciar o desenvolvimento das competências neces-
sárias para o estudo de Linguagens e Códigos. 
Dividido em duas frentes, o livro de Português do Sistema de Ensino Poliedro traz a 
gramática, contemplada na Frente 1, contextualizada, não mais desenvolvida em sistema de 
exercícios maçantes e fora da realidade do aluno e dos vestibulares. Morfologia, sintaxe, or-
tografia e demais conteúdos tradicionais são introduzidos de maneira inovadora, em abor-
dagem teórica afinada aos mais modernos arcabouços teóricos do estudo da linguagem.
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 9
PORTUGUÊS | MEDICINA II42
Aula
19
Frente 2
Aula
19
Frente 2
A ����� ������������� �� 
J��� �� A������: � ������� 
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• José de Alencar é um dos principais nomes do Roman-
tismo brasileiro, tanto pelo alcance da sua produção, 
que ajudou a popularizar o romance no Brasil, quanto 
pelo comprometimento com a construção da identida-
de nacional.
• Alencar compôs, por meio de sua ficção, diferentes re-
tratos do país. Essa ficção pode ser dividida em três 
fases: primitiva, relacionada às tradições, às lendas e 
aos mitos indígenas; histórica, voltada para a valoriza-
ção do solo nativo e para o período de invasão da terra 
americana pelo europeu; e pós-independência polí-
tica, empenhada na busca dos traços marcantes que 
distinguem a nossa nacionalidade.
• Destaca-se do trabalho literário de Alencar a forma 
como consolidou a figura do índio enquanto herói 
nacional, imprimindo-lhe traços idealizadores ao res-
saltar, no indígena, características nobres, embora a 
construção literária da imagem desses seres míticos 
das matas exuberantes do passado histórico não fosse 
condizente com a vida diária.
• Na ficção de Alencar, o auge do heroísmo do índio está 
na integração com o homem branco, destacando as 
melhores qualidades do nativo, dotando-lhe de habi-
lidades impossíveis para um homem comum, de valor 
reconhecido quando batizado na fé cristã introduzida 
pelos portugueses no Brasil.
• O romance indianista Iracema foi concebido como uma 
narrativa lendária, com o objetivo de contribuir com a 
formação da identidade brasileira. Iracema tem uma 
alta carga simbólica; narrado em terceira pessoa, o ro-
mance pode ser considerado uma prosa poética pelo 
lirismo, pelas inúmeras figuras de linguagem e pela es-
colha e organização lexical.
• Outro romance indianista de Alencar, O guarani, conta 
a história do índio Peri, um “selvagem” com caracterís-
ticas morais e comportamentais dignas de um cavalei-
ro medieval da Idade Média europeia, extremamente 
devotado a uma branca, Cecília (Ceci). Esse romance 
apresenta longas descrições da natureza e da cor local 
brasileira, em um retrato minucioso da fauna e da flora.
Jo
sé
 M
ar
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 d
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(D
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o)
José Maria de Medeiros, Iracema, 1884, óleo sobre tela, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / ELIZETE.FERREIRA / 24-01-2018 (08:43) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / ELIZETE.FERREIRA / 24-01-2018 (08:43)
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II10
PORTUGUÊS | MEDICINA II 43
Aula 19 19
EXERCÍCIOS DE SALA
GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 2 | Frente 2 | Capítulo 6
I. Leia as páginas de 107 a 111. 
II. Faça os exercícios de 1 a 3 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios complementares 1 e 2.
1 Ufal
a) Considerando-se o modo pelo qual Gonçalves Dias e 
José de Alencar retrataram a figura do índio em suas 
obras, é possível afirmar que estavam sendo fiéis aos 
valores do Romantismo? Por quê?
 
 
 
 
 
b) Qual a relação que se pode estabelecer entre a valo-
rização do indianismo, em Gonçalves Dias e José de 
Alencar, e o período histórico em que viveram?
 
 
 
 
 
2 PUC-SP 2017 Verdes mares bravios de minha terra natal, 
onde canta a jandaia na fronde da carnaúba;
Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos 
raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensom-
bradas de coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga im-
petuosa para que o barco aventureiro manso resvale à flor 
das águas.
O trecho acima integra o romance Iracema, sobre o qual 
Machado de Assis se referiu como um verdadeiro poema 
em prosa. Indique, nas alternativas a seguir,aquela que se 
mostra errada quanto ao texto em pauta. 
A Evidencia um proposital trabalho de linguagem, mar-
cada por significativo uso de figuras de estilo, entre as 
quais se põe a comparação. 
B Apresenta musicalidade, ritmo e cadência que o apro-
ximam da poesia metrificada de extração popular. 
C Faz aflorar no tecido poético a força da função conativa 
como apelo para abrandar os elementos e as forças da 
natureza. 
D Utiliza apenas a construção anafórica para dar força ao 
texto, não se valendo de outras figuras que poderiam 
potencializar sua dimensão poética. 
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / ELIZETE.FERREIRA / 24-01-2018 (08:43) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / ELIZETE.FERREIRA / 24-01-2018 (08:43)
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 11
1 a) Ambos retrataram a figura do índio de modo idealizado e exaltaram a pátria. A natureza, em suas obras, ganha valor 
em suas descrições. Os autores tinham um conhecimento da tradição, dos costumes e da língua dos nativos, o que 
contribuiu com as cenas descritas.
 b) Pode-se afirmar que Gonçalves Dias – participante da primeira geração do Romantismo no Brasil – atinge o máximo de 
sua arte no indianismo. Seus versos desenham um índio portador de sentimentos e de atitudes artificiais, extremamente 
europeizado. Ainda assim, o índio de Gonçalves Dias está mais próximo da realidade do que o índio de José de Alencar. 
Este escreveu três obras: O guarani, Iracema e Ubirajara, tornando o índio um símbolo nacional, o herói da pátria e o 
elemento formador de um Novo Mundo. Embora idealizado, Alencar faz questão de firmar o índio como representante 
de nosso passado histórico.
 
2 Alternativa: D.
 O romance é repleto de figuras de linguagem, tais como metáforas e comparações, que potencializam sua dimensão 
poética. No trecho destacado, por exemplo, podemos ver a comparação do brilho dos verdes mares com a “líquida 
esmeralda aos raios do sol nascente”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
  Orientações
Demonstrar, por meio de trechos das narrativas românticas consolidadas no período, o caráter do romance indianista de 
José de Alencar e o compromisso de reconstituir o nosso passado histórico. Mostrar como Alencar elevou o índio ao status de 
herói nacional para destacar a nobreza e a coragem do povo original brasileiro. Comprovar isso fazendo a abordagem de um 
dos romances analisados no capítulo 6 – Iracema ou O guarani.
RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II12
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 13
PORTUGUÊS | MEDICINA II44
Aula
20
Frente 2
Aula
20
Frente 2
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• Os romances urbanos e regionalistas de José Alencar 
eram publicados em folhetins, ou seja, nos jornais. 
Duas técnicas de escrita foram postas em prática para 
vincular fortemente os leitores às narrativas: o suspen-
se ao final de cada capítulo os trechos que relembra-
vam episódios anteriores (flashbacks).
• O romance urbano dava destaque às personagens 
femininas e ressaltava a dimensão humana de forma 
leve, retratando mulheres puras e inocentes. O senti-
mentalismo amoroso era enfatizado para promover a 
identificação das leitoras com os perfis das heroínas 
apresentadas nas obras. Em alguns romances, entre-
tanto, foram expostas personagens femininas fortes, 
altivas e donas do seu destino.
• Esses romances retrataram a elite burguesa do Se-
gundo Reinado, com enredos que envolviam amores 
e segredos. Em alguns, é possível afirmar que existe, 
de certa forma, uma crítica à hipocrisia, à ambição e à 
desigualdade social.
• No romance regionalista (ou sertanista), Alencar de-
monstrava seu interesse pelas regiões mais afastadas 
do Brasil, distantes da influência europeia que predo-
minava na Corte fluminense. Seu objetivo era aliar a 
beleza natural e exótica das terras brasileiras aos cos-
tumes da vida no campo e à cultura popular. 
• As obras sertanistas alencarianas pouco revelam sobre 
a linguagem das pessoas do interior, pois o texto foi 
todo escrito no padrão culto urbano. Entre os roman-
ces regionalistas de Alencar, podemos destacar O ser-
tanejo, Til e O gaúcho.
• A condução das personagens, a descrição dos espaços 
e a caracterização do tempo são instâncias narrativas, 
exemplarmente dominadas por Alencar, que colabo-
ram para a evolução do enredo.
co
m
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on
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rg
Almeida Júnior, Leitura, 1892, óleo sobre tela, 95 x 141 cm, Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil. 
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / ELIZETE.FERREIRA / 24-01-2018 (08:43) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / ELIZETE.FERREIRA / 24-01-2018 (08:43)
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II14
PORTUGUÊS | MEDICINA II 45
Aula 20 20
EXERCÍCIOS DE SALA
GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 2 | Frente 2 | Capítulo 6
I. Leia as páginas de 111 a 113. 
II. Faça o exercício 5 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 13 e 14.
1 UPE 2016 Observe as imagens e relacione-as aos roman-
ces de José de Alencar, conforme os temas sugeridos pelos 
elementos verbais e visuais.
Imagem 1
Imagem 3
Imagem 5
Imagem 2
Imagem 4
Analise as afirmativas a seguir e coloque V nas Verdadeiras 
e F nas Falsas.
 As cinco imagens se relacionam, na sequência, com os 
seguintes temas desenvolvidos por José de Alencar em 
seus romances: indianista, histórico, urbano, sertanista 
e de perfil feminino.
 As imagens 4 e 5 apresentam a mesma temática dos 
romances Senhora e As Minas de Prata, ao passo que 
a imagem 1 retrata os primitivos habitantes do Brasil, 
o que a aproxima dos romances O Guarani, Iracema e 
Ubirajara.
 Os temas das imagens 2 e 3 relacionam-se às histórias 
contidas nos romances urbano e sertanista ou ruralista 
do escritor cearense, enquanto a imagem 4 não se as-
socia a qualquer um dos romances de José de Alencar.
 Os romances Lucíola, Senhora e Diva são denominados 
romances urbanos de perfis femininos. Pode-se afir-
mar, então, que se relacionam às imagens 2 e 4.
 Cinco Minutos, A Viuvinha e A Pata da Gazela são tex-
tos em que Alencar, no seu projeto de desenvolver te-
mas que cobrissem toda realidade cultural nacional, 
traz à tona aspectos urbanos que se fazem presentes 
nas imagens 1, 2 e 3.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta. 
A V - V - V - F - F 
B V - F - F - V - F 
C F - V - F - V - F 
D V - V - F - F - V 
E V - V - V - F - V 
2 UFRGS 2014 Assinale a alternativa que preenche corre-
tamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que 
aparecem.
O projeto literário de __________ consistia em “radiogra-
far” o Brasil em sua totalidade. Assim, narrou o passado 
indígena, em __________, a sociedade burguesa flumi-
nense do século XIX, em __________, e o mundo rural em 
__________. 
A José de Alencar – A Moreninha – Til – Iracema 
B Joaquim Manuel de Macedo – Iracema – Senhora – A 
Moreninha 
C Joaquim Manuel de Macedo – Iracema – A Moreninha 
– Til 
D José de Alencar – Til – A Moreninha – Senhora 
E José de Alencar – Iracema – Senhora – Til 
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MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 15
1 Alternativa: C.
I. Incorreta. As imagens fazem menção a romances, respectivamente: 1 indianista; 2 urbano; 3 regionalista; 4 perfil 
feminino e urbano; 5 histórico. 
II. Correta. A imagem 1 faz referência aos romances indianistas de José de Alencar: O guarani, Iracema e Ubirajara; a 
imagem 4 está relacionada ao romance Senhora, no qual Aurélia tem sua história apresentada; a imagem 5 pode fazer 
referência a As Minas de Prata, romance histórico cuja ação se passa no Brasil Colônia.III. Incorreta. A imagem 4 faz nítida referência a obras voltadas ao perfil feminino, uma das temáticas que mais alcançou 
sucesso entre os leitores de José de Alencar; merecem destaque Senhora, Lucíola, Diva.
IV. Correta. Os três romances citados voltam-se a protagonistas mulheres cujas ações se desenvolvem no meio urbano.
V. Incorreta. As obras citadas realmente são consideradas romances urbanos, portanto as imagens 1 e 3 não estão 
relacionadas a elas. 
2 Alternativa: E.
 A obra de José de Alencar pretende representar a cultura e os costumes de sua época e da história do Brasil, em busca de 
uma identidade nacional através de romances indianistas, urbanos e rurais, como Iracema, Senhora e Til. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
  Orientações
Comprovar, pela leitura de alguns trechos dos romances urbanos de Alencar, como o escritor cria heroínas modelares e, 
ao mesmo tempo, expõe críticas aos costumes sociais. É recomendável a leitura de um trecho do romance Senhora, analisado 
no capítulo 6. Esclarecer a intenção dos romances regionalistas do autor: mostrar a unidade do país, os aspectos geográficos e 
os da vida regional, bem como o homem rural brasileiro heroicizado como bravo e valente.
RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II16
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 17
PORTUGUÊS | MEDICINA II46
Aula
21
Frente 2
Aula
21
Frente 2
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• A importância do Romantismo para a literatura brasi-
leira se deu, entre outros motivos, por ter sido um mo-
mento determinante para o processo de formação de 
nossa identidade cultural. O período foi muito fecundo 
e lançou vários escritores para a carreira literária. Além 
disso, propiciou o surgimento de um verdadeiro públi-
co leitor. 
•  Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) foi um 
dos escritores mais populares do século XIX; é dele o 
primeiro romance urbano do Brasil (A moreninha, de 
1844). Os ingredientes romanescos que atraíam os lei-
tores se repetiam nas obras de Macedo: personagens 
do dia a dia, um cenário urbano, o namoro impossível 
e um final revelador, tudo isso escrito em linguagem 
simples, quase coloquial.
•  Visconde de Taunay (1843-1899) foi um dos principais 
escritores representantes do regionalismo romântico, 
junto com Bernardo Guimarães e Franklin Távora. Seu 
principal romance, de 1872, é Inocência; escrito com 
simplicidade e refinamento, alcançou grande sucesso. 
O enredo é centrado na história de uma jovem de 
18 anos, moradora de uma fazenda no interior do Mato 
Grosso do Sul, que vive um amor proibido escondido 
do pai rígido e violento. O romance promove reflexões 
acerca das questões econômicas e sociais que se 
concretizavam como problemáticas no interior do país. 
• O escritor Bernardo Guimarães (1825-1884) é o autor 
que publicou o primeiro romance regionalista brasilei-
ro, O ermitão de Muquém, embora sua obra de maior 
destaque seja A escrava Isaura, na qual desenvolveu, 
em alguma medida, o tema da escravidão. No entanto, 
ainda que fale sobre a escravidão, devemos conside-
rar como temática central do romance o amor, bem ao 
gosto do leitor da época.
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Henry Koster, A Lady going to visit, 1816, gravura. In: Travels in Brazil. Londres: Longman, Hurst, Rees, Orme and Brown, 1816. p. 188.
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MANUAL DO CADERNO MEDICINA II18
PORTUGUÊS | MEDICINA II 47
Aula 21
EXERCÍCIOS DE SALA
 21
1 Enem PPL 2016 Estas palavras ecoavam docemente pe-
los atentos ouvidos de Guaraciaba, e lhe ressoavam n’alma 
como um hino celestial. Ela sentia-se ao mesmo tempo en-
ternecida e ufana por ouvir aquele altivo e indômito guer-
reiro pronunciar a seus pés palavras do mais submisso e 
mavioso amor, e respondeu-lhe cheia de emoção: — Itajiba, 
tuas falas são mais doces para minha alma que os favos da 
jataí, ou o suco delicioso do abacaxi. Elas fazem-me palpitar 
o coração como a flor que estremece ao bafejo perfuma-
do das brisas da manhã. Tu me amas, bem o sei, e o amor 
que te consagro também não é para ti nenhum segredo, 
embora meus lábios não o tenham revelado. A flor, mes-
mo nas trevas, se trai pelo seu perfume; a fonte do deserto, 
escondida entre os rochedos, se revela por seu murmúrio 
ao caminhante sequioso. Desde os primeiros momentos tu 
viste meu coração abrir-se para ti, como a flor do manacá 
aos primeiros raios do sol.
B. Guimarães. O ermitão de Muquém. Disponível em: 
<www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 7 out. 2015.
O texto de Bernardo Guimarães é representativo da esté-
tica romântica. Entre as marcas textuais que evidenciam a 
filiação a esse movimento literário está em destaque a 
A referência a elementos da natureza local. 
B exaltação de Itajiba como nobre guerreiro. 
C cumplicidade entre o narrador e a paisagem. 
D representação idealizada do cenário descrito. 
E expressão da desilusão amorosa de Guaraciaba. 
►Texto para a questão 2.
Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em ne-
nhum momento é utilizado como crítica à colonização eu-
ropeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela 
resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado 
colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valoriza-
vam a colonização e deviam servir de inspiração moral à 
elite brasileira. [...] Já o africano escravizado demorou para 
aparecer como protagonista na literatura romântica. Na 
segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e 
Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas 
o tema da escravidão. 
Marcos Napolitano; Mariana Villaça. História para o ensino médio. 
São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37. (Adapt.).
2 Puccamp 2016 Passagens muito representativas da ten-
dência literária da segunda metade do século XIX, referida 
no texto, encontram-se em obras de Castro Alves e de Ber-
nardo Guimarães, respectivamente
A nos versos ríspidos das Cartas chilenas e no prefácio a 
Iracema. 
B nas sátiras contra a aristocracia baiana e nos Contos 
fluminenses. 
C nos versos em tom épico de Os escravos e no romance 
A escrava Isaura. 
D nas estrofes líricas de Espumas flutuantes e nos contos 
de Noite na taverna. 
E nos poemas de feição neoclássica e no romance Casa 
de pensão. 
GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 2 | Frente 2 | Capítulo 6
I. Leia as páginas de 113 a 116.
II. Faça os exercícios 1, 2 e 5 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 1, 2, 16 e 17.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / ELIZETE.FERREIRA / 06-02-2018 (11:17)
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 19
  Orientações
Definir, comentando e analisando alguns exemplos de narrativa romântica, as características temáticas marcantes 
das narrativas dos seguintes autores: Joaquim Manuel de Macedo e o seu romance honrado, modelador de comporta-
mentos; Visconde de Taunay e o romance do patriarcado, no qual o homem ainda se orienta por práticas sociais que 
remontam à época colonial; e Bernardo Guimarães e a receita de sucesso do folhetim regionalista romântico.
1 Alternativa: A.
 A estética romântica valoriza os elementos naturais que adquirem significação poética ao associar os estados de espírito do 
personagem à paisagem que o rodeia. As comparações presentes em “tuas falas são mais doces para minha alma que os 
favos da jataí, ou o suco delicioso do abacaxi” ou “como a flor do manacá aos primeiros raios do sol” exemplificam essa 
característica romântica. 
2 Alternativa: C.
 As obras mencionadas nas alternativas a, b, c, d e e pertencem, respectivamente, a: Tomás Antônio Gonzaga e José de 
Alencar; Gregório de Matos e Machado de Assis;Castro Alves e Álvares de Azevedo; o Arcadismo e Aluísio de Azevedo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II20
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 21
PORTUGUÊS | MEDICINA II48
Aula
22
Frente 2
Aula
22
Frente 2 R���������: 
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• Manuel Antônio de Almeida (1831-1861) produziu, 
aos 21 anos, um único livro: o romance urbano Me-
mórias de um sargento de milícias. A obra revela uma 
observação da vida comum de um grupo popular da 
sociedade e suas relações, em um momento específico 
da história. 
• Almeida utiliza uma linguagem simples e direta e tem um 
olhar atento e desencantado, tendo desenvolvido seu ro-
mance com frieza, imparcialidade, cinismo e ironia. 
• Dentre os principais aspectos estruturais do romance, 
destaca-se a construção de personagens que são mais 
importantes como tipos sociais do que como persona-
lidades. Sua narrativa tem movimento constante: é um 
conjunto de cenas e acontecimentos que revelam os 
costumes da época.
• Observemos que o eixo estrutural da obra está na osci-
lação das personagens entre os universos da “ordem” 
e da “desordem”, pois frequentemente cometem atos 
ilícitos com naturalidade, vivendo em um mundo sem 
culpa. Essa banalização do erro das personagens, prin-
cipalmente do protagonista Leonardo, é o que permite 
entender o caráter “malandro” do livro. 
• O teatro do Romantismo expressa o desejo romântico 
de forjar e caracterizar uma arte autônoma que contri-
bua para a consolidação do teatro brasileiro. As comé-
dias de costumes de Martins Pena, como O noviço e 
O juiz de paz da roça, deram vigor à nossa dramaturgia 
e, ainda hoje, são frequentemente encenadas.
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Desenho de Augustus Earle, gravura de Edward Francis Finden, Slave market at Rio Janeiro [sic], c. 1824, gravura. In: Journal of a voyage to Brazil. 
Londres: Longman, Hurst, Rees,Orme, Brown, and Green and J. Murray, 1824, pl. 23.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / ELIZETE.FERREIRA / 31-01-2018 (11:27)
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II22
PORTUGUÊS | MEDICINA II 49
Aula 22
EXERCÍCIOS DE SALA
 22
1 Leia o fragmento a seguir.
XXV – Conclusão feliz
A comadre passou com a viúva e sua tia quase todo o 
tempo do nojo, e acompanhou-as à missa do sétimo dia. 
O Leonardo compareceu também nessa ocasião, e levou a 
família à casa depois de acabado o sacrifício.
Aquele aperto de mão que no dia do enterro de seu 
marido Luisinha dera ao Leonardo não caíra no chão a 
D. Maria, assim como também lhe não escaparam muitos 
outros fatos consecutivos a esse.
O caso é que não lhe parecia extravagante certa ideia 
que lhe andava na mente.
Muitas vezes, ao cair de ave-maria, quando a boa da 
velha se sentava a rezar na sua banquinha em um canto da 
sala, entre um padre nosso e uma ave-maria do seu ben-
dito rosário, vinha-lhe à ideia casar de novo a fresca viuvi-
nha, que corria o risco de ficar de um momento para outro 
desamparada num mundo em que maridos, como José 
Manuel, não são difíceis de aparecer, especialmente a uma 
viuvinha apatacada.
Ao mesmo tempo que lhe vinha esta ideia lembra-
 va-se do Leonardo, que amara a sua sobrinha no tempo da 
criançada, e que era, apesar de extravagante, um bom 
moço, não de todo desarranjado, graças à benevolência do 
padrinho barbeiro.
Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um sargento de milícias, v. 2.
Assinale a alternativa correta.
A A “ideia extravagante” a que se refere o fragmento é 
casar Luisinha com um homem de posses, bem mais 
velho do que ela, preferencialmente Leonardo Pataca.
B “A boa velha” a que se refere o texto é a comadre 
que gostaria de ver casado com a sobrinha de dona 
Maria seu afilhado, o Leonardo Pataca, meirinho e pai 
de Leonardinho.
C “A boa velha” a que se refere o texto é dona Maria, tia de 
Luisinha, que a queria casada com um homem sério, e 
Leonardo, após a morte de José Manuel, não parecia ser 
uma boa escolha para a jovem viúva.
D A “ideia extravagante” a que se refere o fragmento é 
casar Luisinha com Leonardo, agora soldado das milí-
cias, o que o narrador enfatiza posteriormente no texto 
ser “coisa de meter medo”.
E A “ideia extravagante” da tia de Luisinha era casá-la 
com o compadre, o barbeiro, já que ele tinha uma pe-
quena fortuna, embora advinda de comportamento 
escuso (o que, no romance, aparece sob o título “O 
arranjei-me do compadre”).
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MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 23
PORTUGUÊS | MEDICINA II50
Aula 22
GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 2 | Frente 2 | Capítulo 6
I. Leia as páginas de 116 e 117. 
II. Faça os exercícios de 6 a 8 da seção “Revisando”.
III. Faça o exercício proposto 40.
IV. Faça os exercícios complementares 31 e 32.
Aula
►Texto para as questões 2 e 3.
Leia a cena IX da comédia O Juiz de paz da roça, do escritor 
Martins Pena (1815-1848), para responder às questões.
Cena IX
Sala em casa do Juiz de paz. Mesa no meio com papéis; 
cadeiras. Entra o Juiz de paz vestido de calça branca, roda-
que de riscado, chinelas verdes e sem gravata.
Juiz: Vamo-nos preparando para dar audiência. (arranja os 
papéis) O escrivão já tarda; sem dúvida está na venda 
do Manuel do Coqueiro… O último recruta que se fez 
já vai me fazendo peso. Nada, não gosto de presos 
em casa. Podem fugir, e depois dizem que o Juiz rece-
beu algum presente. (batem à porta) Quem é? Pode 
entrar. (entra um preto com um cacho de bananas e 
uma carta, que entrega ao Juiz. Juiz, lendo a carta) 
“Ilmo. Sr. – Muito me alegro de dizer a V. Sa. que a 
minha ao fazer desta é boa, e que a mesma desejo 
para V. Sa. pelos circunlóquios com que lhe venero”. 
(deixando de ler) Circunlóquios… Que nome em bre-
ve! O que quererá ele dizer? Continuemos. (lendo) 
“Tomo a liberdade de mandar a V. Sa. um cacho de 
bananas-maçãs para V. Sa. comer com a sua boca e 
dar também a comer à Sra. Juíza e aos Srs. Juizinhos. 
V. Sa. há de reparar na insignificância do presente; 
porém, Ilmo. Sr., as reformas da Constituição per-
mitem a cada um fazer o que quiser, e mesmo fazer 
presentes; ora, mandando assim as ditas reformas, V. 
Sa. fará o favor de aceitar as ditas bananas, que diz 
minha Teresa Ova serem muito boas. No mais, receba 
as ordens de quem é seu venerador e tem a honra 
de ser – Manuel André de Sapiruruca.” – Bom, tenho 
bananas para a sobremesa. Ó pai, leva estas bananas 
para dentro e entrega à senhora. Toma lá um vintém 
para teu tabaco. (sai o negro) O certo é que é bem 
bom ser Juiz de paz cá pela roça. De vez em quando 
temos nossos presentes de galinhas, bananas, ovos, 
etc., etc. (batem à porta) Quem é? 
Escrivão (dentro): Sou eu. 
Juiz: Ah, é o escrivão. Pode entrar. 
 Comédias (1833-1844), 2007.
2 Unesp 2017 Nesta cena, verifica-se alguma contradição 
na conduta do Juiz de paz? Justifique sua resposta, com 
base no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Unesp 2017 Quais personagens participam da cena? A 
que personagem se refere o pronome “teu” em “Toma lá 
um vintém para teu tabaco.”? Qual a finalidade da carta en-
viada por Manuel André da Sapiruruca?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MANUAL DO CADERNO MEDICINA II24
  Orientações
Fazer uma abordagem do romance Memórias de um sargento de milícias e comentar o perfil de sociedaderetratada 
no livro, demarcando a diferença entre o romance urbano de Almeida e os dos demais autores. Discutir a consolidação 
do teatro brasileiro no período romântico, destacando a contribuição de Martins Pena e o modo como o dramaturgo 
utiliza-se do texto teatral para promover reflexões e críticas acerca de comportamentos comuns à sociedade brasileira.
1 Alternativa: D.
 Dona Maria, após refletir sobre o destino da viuvinha a quem deixaria sua fortuna, acredita que Leonardo, agora integrado 
às milícias de Vidigal, seja uma boa escolha, posto que ambos estiveram apaixonados no passado. Além disso, nos 
capítulos posteriores, o narrador enfatiza que ser das milícias era coisa de meter medo, ou seja, de grande importância 
(imaginar autoridade) na época.
2 A conduta contraditória do Juiz de paz revela-se quando o magistrado aceita um presente de um terceiro – no caso, um cacho 
de bananas oferecido por Manuel André de Sapiruruca –, sendo que, na realidade, por ter o dever de ser imparcial, um juiz 
não deveria aceitar agrados. 
 Além disso, logo no início da cena, o Juiz afirma não gostar de ter presos em sua casa porque “podem fugir, e depois 
dizem que o Juiz recebeu algum presente”. Ou seja, para ele, o problema é as pessoas interpretarem essa fuga como uma 
consequência de suborno, algo que o Juiz não quer que pensem a seu respeito. Apesar disso, ao final da cena, o magistrado 
aceita com satisfação o agrado de Manuel André de Sapiruruca.
3 Da cena, participam o Juiz de paz, um homem preto, que entrega ao Juiz um cacho de bananas, e um escrivão.
 Em “Toma lá um vintém para teu tabaco.”, o pronome “teu” refere-se ao homem preto.
 Quanto à finalidade da carta, pode-se afirmar que seu remetente objetiva informar ao Juiz sua veneração (“a mesma [alegria] 
desejo para V. Sa. pelos circunlóquios com que lhe venero” e “receba as ordens de quem é seu venerador e tem a honra de 
ser”) e persuadi-lo a aceitar o modesto presente, por meio de uma argumentação apoiada na Constituição (“ora, mandando 
assim as ditas reformas [da Constituição], V. Sa. fará o favor de aceitar as ditas bananas”).
 Observação: O contexto sugere que o agrado é uma forma de agradecimento de Manuel por um possível favorecimento que 
lhe fora concedido por parte do Juiz:
I. A conduta contraditória do Juiz, que, inicialmente, revela não gostar de que pensem que ele recebe presentes de presos 
foragidos, mas que, depois, aceita o agrado de Manuel.
II. O substantivo “circunlóquio” (do trecho “Muito me alegro de dizer a V. Sa. que a minha ao fazer desta é boa, e que a 
mesma desejo para V. Sa. pelos circunlóquios com que lhe venero”) faz referência a um discurso verborrágico, isto é, 
um discurso em que há uso excessivo de palavras e que, portanto, não chega a ser claramente expresso (no português 
espontâneo, “encher linguiça”). Ora, se o remetente da carta venera o Juiz por seus circunlóquios, é provável que o Juiz 
o tenha favorecido de alguma forma, por exemplo, fazendo uso de discursos vazios e evasivos, o que vai de encontro 
a uma postura ética e correta que se espera de um magistrado.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 25
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II26
PORTUGUÊS | MEDICINA II 51
Aula
23
Frente 2
Aula
23
Frente 2
R������� �� P�������
• A estética do Realismo preconizava uma literatura que 
fosse engajada nas questões sociais e nos instrumen-
tos de transformação da realidade. As questões con-
cretas passaram a ser abordadas sob a ótica dos méto-
dos científicos de observação das coisas e dos fatos.
• O contexto em que se desenvolve o Realismo coincide 
com o avanço da industrialização, a consolidação do es-
tilo de vida burguês e as transformações sociais e ideo-
lógicas ao longo de todo o século XIX. O cientificismo e o 
laicismo deram ensejo ao surgimento de teorias como o 
racionalismo, o positivismo e o determinismo.
• Os princípios gerais que orientam o estilo realista são: 
objetividade, contemporaneidade, retrato de pessoas 
comuns, determinismo, lei da causalidade e linguagem 
cotidiana.
• O escritor francês Gustave Flaubert (1821-1880) foi 
quem consolidou os elementos da estética realista na 
Europa. Foi a partir da publicação de seu romance Ma-
dame Bovary (1857) que o Realismo passou a ganhar 
adeptos por vários países da Europa e das Américas.
• O Realismo em Portugal ganhou força com o grupo 
conhecido como “Geração de 70”, encabeçado pelos 
jovens acadêmicos de Coimbra. O movimento buscava 
o despertar da consciência entre os portugueses, cri-
ticando a elite letrada e sua cegueira diante dos pro-
blemas sociais e combatendo as atitudes arraigadas na 
cultura nacional, que eles acreditavam ser o entrave 
ao progresso do país. Entre os principais doutrinários 
do Realismo em Portugal estão os escritores Antero de 
Quental, Ramalho Ortigão e Cesário Verde.
• A Questão Coimbrã (1865) foi um embate literário-
-ideológico que colocou os velhos e consagrados escri-
tores românticos de um lado e os jovens e polêmicos 
escritores realistas portugueses de outro. Dessa forma, 
os românticos insistiam em defender um modelo de 
“perfeição poética”, enquanto os realistas eram a favor 
de uma literatura voltada para os problemas sociais e 
de uma escrita com a língua viva do falar cotidiano.
• Eça de Queirós (1845-1900) foi o grande nome do Re-
alismo português. Prosador, escreveu romances e con-
tos que determinaram os traços próprios dessa escola 
literária, ao debater as questões mais cotidianas do 
povo português, sempre com um certo realismo sar-
cástico e zombeteiro, denunciando os “falsos valores” 
protegidos pelo Estado. 
• O primo Basílio é a obra mais conhecida de Eça de 
Queirós. Nesse romance, o escritor critica um dos 
valores mais arraigados na sociedade portuguesa do 
século XIX: a criação romântica das moças. Outros ro-
mances de destaque do autor são: 
– O crime do Padre Amaro, narrativa que desenvolve 
a tese de que o catolicismo é uma das causas da 
decadência dos povos peninsulares; 
– A cidade e as serras, romance em que a temática 
“cidade x campo” é abordada ao revés.
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António Carvalho da Silva Porto, Volta do mercado, 1886, óleo sobre tela, Museu 
Nacional do Chiado, Lisboa, Portugal.
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MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 27
PORTUGUÊS | MEDICINA II52
Aula 23Aula
1 Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.
Tese e antítese
I
Já não sei o que vale a nova ideia,
Quando a vejo nas ruas desgrenhada,
Torva no aspecto, à luz da barricada,
Como bacante após lúbrica ceia...
Sanguinolento o olhar se lhe incendeia;
Respira fumo e fogo embriagada:
A deusa de alma vasta e sossegada
Ei-la presa das fúrias de Medeia!
Um século irritado e truculento
Chama à epilepsia pensamento,
Verbo ao estampido de pelouro e obus...
Mas a ideia é num mundo inalterável,
Num cristalino céu, que vive estável...
Tu, pensamento, não és fogo, és luz!
Antero de Quental. 
a) O texto que você acabou de ler é de Antero de Quen-
tal, poeta português participante da Questão Coimbrã, 
e que deu ensejo ao aparecimento das primeiras rea-
ções realistas em Portugal. Trata-se de um soneto, for-
ma pela qual o autor se notabilizou; é preciso que se 
diga que possui algumas vertentes que o ligam a um 
comportamento de época (a vertente metafísica é um 
exemplo disso), enquadrando-se notadamente como 
realista. Com base em seu conteúdo, aponte dois as-
pectos que indiquem tal definição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Trace uma comparação opositiva entre as palavras 
“ideia” e “pensamento”com base nos versos do sone-
to “Tese e antítese”, de Antero de Quental.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
torva: que apresenta aspecto sombrio; de ar pesado e tristonho; 
pelouro: bala de ferro ou de pedra, esférica, empregada anti gamente 
em peças de arti lharia; 
obus: pequeno objeto de arti lharia usado para lançar.
EXERCÍCIOS DE SALA
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MANUAL DO CADERNO MEDICINA II28
PORTUGUÊS | MEDICINA II 53
Aula 23 23
GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 2 | Frente 2 | Capítulo 7
I. Leia as páginas de 147 a 155. 
II. Faça os exercícios de 1 a 3 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 4 e 5.
2 Fuvest 2016 Leia este texto. 
Mas o meu novíssimo amigo, debruçado da janela, batia 
as palmas como Catão para chamar os servos, na Roma sim-
ples. E gritava: 
— Ana Vaqueira! Um copo de água, bem lavado, da fonte 
velha! 
Pulei, imensamente divertido: 
— Oh Jacinto! E as águas carbonatadas? E as fosfatadas? 
E as esterilizadas? E as sódicas?... 
O meu Príncipe atirou os ombros com um desdém sober-
bo. E aclamou a aparição de um grande copo, todo embaciado 
pela frescura nevada da água refulgente, que uma bela moça 
trazia num prato. Eu admirei sobretudo a moça... Que olhos, 
de um negro tão líquido e sério! No andar, no quebrar da cinta, 
que harmonia e que graça de ninfa latina! 
E apenas pela porta desaparecera a esplêndida aparição: 
— Oh Jacinto, eu daqui a um instante também quero 
água! E se compete a esta rapariga trazer as coisas, eu, de 
cinco em cinco minutos, quero uma coisa!... Que olhos, que 
corpo... Caramba, menino! Eis a poesia, toda viva, da serra... 
O meu Príncipe sorria, com sinceridade: 
— Não! Não nos iludamos, Zé Fernandes, nem façamos 
Arcádia. É uma bela moça, mas uma bruta... Não há ali mais 
poesia, nem mais sensibilidade, nem mesmo mais beleza do 
que numa linda vaca turina. Merece o seu nome de Ana Va-
queira. Trabalha bem, digere bem, concebe bem. Para isso a 
fez a Natureza, assim sã e rija [...].
Eça de Queirós, A cidade e as serras.
a) No período em que Jacinto passa a viver na serra, tor-
nam-se relativamente frequentes, no romance, as refe-
rências à cultura da Antiguidade Clássica. Consideradas 
no contexto da obra, o que conotam as referências que 
o narrador, no excerto, faz a aspectos dessa cultura? 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Considerando-a no contexto em que aparece, explique 
a expressão “nem façamos Arcádia”, empregada por 
Jacinto.
 
 
 
 
 
 
 
► Texto para a questão 3. 
Então o meu príncipe, sucumbido, arrastou os passos 
até ao seu gabinete, começou a percorrer todos os aparelhos 
complementadores e facilitadores da Vida – o seu telégrafo, 
o seu telefone, o seu fonógrafo, o seu radiômetro, o seu gra-
fofone, o seu microfone, a sua máquina de escrever, a sua 
máquina de contar, a sua imprensa elétrica, a outra magné-
tica, todos os seus utensílios, todos os seus tubos, todos os 
seus fios... Assim um suplicante percorre altares donde espe-
ra socorro. E toda a sua suntuosa mecânica se conservou rí-
gida, reluzindo frigidamente, sem que uma roda girasse, nem 
uma lâmina vibrasse, para entreter o seu senhor.
3 Fac. Albert Einstein 2016 O trecho acima é da obra A 
cidade e as serras, de Eça de Queirós, escrita em 1901 e 
que integra a fase pós-realista da produção do autor. Deste 
romance é correto afirmar que 
A compõe um conjunto de obras batizado pelo autor de 
“Cenas da vida portuguesa”, caracterizando um vasto 
painel da sociedade lisboeta, retratada em seus múlti-
plos aspectos.
B analisa a corrupção e a depravação dos costumes numa 
cidade provinciana fortemente influenciada pelo Clero, 
assim como critica a pequena e média burguesia locais.
C retrata a sociedade de Lisboa, ou seja, a alta burgue-
sia, a aristocracia, a diplomacia, artistas e jornalistas, 
criando um quadro da vida romântica como sinônimo 
de comportamento burguês.
D engendra uma oposição entre a industrializada Paris 
e uma pequena aldeia portuguesa, concluindo que a 
verdadeira felicidade só pode ser encontrada na vida 
pura do campo.
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MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 29
  Orientações
Chamar a atenção dos alunos para as imagens que ilustram o capítulo e compará-las com as que estampam os refe-
rentes ao Romantismo, demonstrando os novos encaminhamentos temáticos e estilísticos nas pinturas de cada período.
Propor-lhes a elaboração de um esquema em que sejam pontuados os seguintes tópicos de estudo do Realismo em 
Portugal: contexto histórico, características do estilo de época e de cada autor (recorrendo aos conceitos no capítulo 1, aula 2) 
e correntes filosóficas e científicas que orientaram o pensamento do período.
Explicar em que consistiu a Questão Coimbrã e apontar quais foram os seus desdobramentos. 
Fazer a leitura oral de um trecho do romance O primo Basílio e sintetizar os aspectos da obra analisados no capítulo 7.
1 a) Basta que se leia o título do poema “Tese e antítese“ (raciocínio tipicamente científico-filosófico) e o último verso “Tu, 
pensamento, não és fogo, és luz!”. O pensamento representa os lugares-comuns, luz que ilumina, que faz crescer e 
compreender e que se converte em conhecimento humano. Esse texto está distanciado dos temas metafísicos da busca 
de Deus ou, como em princípio, do elogio aos sentimentos, como amor e desejo.
 b) Para o poeta, a ideia é “deusa de alma vasta e sossegada”, algo cristalizado pelas fúrias de Medeia; o poeta critica 
o século que habita, que confunde “ideia” e “pensamento”; o último terceto, no entanto, esclarece: ideias são para 
estabilidades, mas pensamento é luz absoluta: não consome como o fogo, apenas ilumina os caminhos de quem quer/
deseja seguir adiante.
2 a) Zé Fernandes busca aproximar a vida nas serras de um ideal de civilidade aristocrático e simples, entendido como 
preocupação com o que há de essencial à vida humana. No trecho, essa essência é representada pela água “da fonte 
velha” da serra (por oposição às águas refinadas que consumia em Paris), que, “como Catão”, Jacinto pede aos servos, 
e pela beleza da empregada que os atende, associada pelo narrador a uma “ninfa latina”. O trecho também nos remete 
ao bucolismo do locus amoenus.
 b) Jacinto, ao mencionar “Arcádia”, em seu comentário ao deslumbrado Zé Fernandes, remete-nos ao Neoclassicismo, um 
movimento de inspiração clássica, e à idealização das mulheres que grassa nas produções poéticas desse movimento 
literário. Seu companheiro, fascinado com a beleza de Ana Vaqueira, encontra nela ares de “ninfa latina”, “a poesia, 
toda viva, da serra”. Jacinto contraria esse engrandecimento da figura feminina e dissipa qualquer bruma de mulher 
idealizada. Ainda que lhe reconheça alguns predicados, afirma que “não há ali [nela] mais poesia, nem mais sensibilidade, 
nem mesmo mais beleza do que numa linda vaca turina”, desconstruindo o ideal com o peso do material, do natural.
3 Alternativa: D.
 A temática campo versus cidade é recorrente na obra do autor. Em A cidade e as serras, Eça de Queirós expõe a futilidade 
reinante em Paris, satirizando as ideias positivistas que deslumbravam a juventude intelectual da época e contrapondo essa 
realidade com a da vida pura do campo e uma consequente preservação das suas tradições, que promoveriam o equilíbrio 
necessário à verdadeira felicidade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
RESOLUÇÕES | EXERCÍCIOS DE SALA
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II30
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES
MANUAL DO CADERNO MEDICINA II 31
PORTUGUÊS | MEDICINA II54
Aula
24
Frente 2
Aula
24
Frente 2
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