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BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL 
“É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais , do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”
FUNDAMENTOS DA EMBIOLOGIADesenvolvimento humano Início do desenvolvimento humano: Fertilização de um ovócito da mulher por um espermatozoide do homem. 
Ocorre uma série eventos sucessivos que culminam com a formação do zigoto e finalmente um ser multicelular. 
· Divisão celular 
· Migração celular 
· Morte celular programada
· Diferenciação celular 
· Crescimento e rearranjo celular
Fases do desenvolvimento humano
 ▪ Período pré-natal: antes do nascimento.
 ▪ Período pós-natal: após o nascimento.4
 Período pré-natal: 
▪ Período embrionário – terceira à oitava semana de desenvolvimento. o período em que ocorre a maioria das modificações visíveis.
 ▪ Período fetal – a partir da nona semana de desenvolvimento.
Gestação – Nove meses da gestação, divididos em 3 trimestres, sendo que o primeiro trimestre – período embrionário e início do fetal – abrange a fase mais crítica do desenvolvimento. 
• Grande parte dos abortos espontâneos. • Vulnerabilidade do embrião aos fatores do meio ambiente. • Malformações mais graves durante esse período.
Embriologia é a ciência que estuda o desenvolvimento pré-natal de embriões e fetos – mudanças estruturais que ocorrem desde a fecundação até a formação do feto. 
 Teratologia – divisão da embriologia que estuda o desenvolvimento anormal – estudo dos defeitos do nascimento
Importância da embriologia:
 ▪ Ponte entre o desenvolvimento pré-natal e a obstetrícia, medicina perinatal, pediatria, e anatomia clínica. ▪ Desenvolve conhecimentos sobre o início da vida e as modificações que ocorrem durante o desenvolvimento pré-natal. ▪ Auxilia a compreensão das causas de variações na estrutura humana. ▪ Evidencia a anatomia e explica como as relações normais e anormais se desenvolve. ▪ Apoia pesquisas e aplicação de células-tronco para tratamento de doenças crônicas.
Histórico Embriologia: Teoria celular e embriologia (1839): 1. O organismo humano é composto por células e produtos celulares. 2. O embrião se desenvolve a partir de uma célula – o zigoto. 3. O zigoto passa por várias divisões celulares, formando então o embrião.
Histórico Embriologia: Teoria celular e embriologia (1839): 1. O organismo humano é composto por células e produtos celulares. 2. O embrião se desenvolve a partir de uma célula – o zigoto. 3. O zigoto passa por várias divisões celulares, formando então o embrião.
Nos seres humanos são 46 cromossomos – 2 conjuntos (2n) – um conjunto materno (n) e outro conjunto paterno (n). 
• As células de um indivíduo são chamadas de somáticas por possuírem 2 conjuntos de cromossomos – todas são 2n.
Para manter esse número constante, as células germinativas (ovócito e espermatozoide) somente possuem metade do número, isto é, um conjunto (n). 
• Durante sua formação, as células que dão origem às células germinativas passam por várias divisões celulares em que o número de cromossomos é reduzido a um conjunto. O nome dessa divisão é meiose.
Quando o espermatozoide (n) fertiliza o ovócito (n) o padrão é reestabelecido – 2n. A partir daí, outro tipo de divisão celular se inicia – a mitose – que será responsável pelo crescimento em número de células do embrião e do feto.
CONSTITUIÇÃO TECIDUAL TECIDOS -> COMBINAÇÕES ESPECÍFICAS ENTRE CÉLULA E MATRIZ EXTRACELULAR
São agrupados em quatro grande grupos: ◦ Tecidos Epiteliais ◦ Tecidos Musculares ◦ Tecido Nervoso ◦ Tecidos Conjuntivos
Tecidos epiteliais de revestimento: ◦ Resistentes à tração mecânica ◦ Proteção 
 Tecidos epiteliais glandulares ◦ Produtores de secreção (endócrinas ou exócrinas)
TECIDOS CONJUNTIVOS - Possuem capacidade de preenchimento e conexão com outros tecidos. ◦ Tecido conjuntivo próprio ◦ Tecido conjuntivo ósseo ◦ Tecido conjuntivo cartilaginoso ◦ Tecido conjuntivo adiposo ◦ Tecido conjuntivo hematocitopoiético 
TECIDOS MUSCULARES Possuem capacidade de contração ou relaxamento ◦ Tecido muscular liso – contração involuntária ◦ Tecido muscular estriado – músculo esquelético – contração voluntária ◦ Tecido muscular estriado cardíaco
TECIDO NERVOSO Possuem capacidade de transmissão de impulsos nervosos: ◦ Transmissão de impulsos elétricos ◦NeurotransmissoresTECIDO NERVOSO Possuem capacidade de transmissão de impulsos nervosos: ◦ Transmissão de impulsos elétricos ◦Neurotransmissores
TIPOS DE MICROSCOPIA MICROSCOPIA DE LUZ Observação de preparações coradas através de iluminação comum que atravessa a amostra Possui 3 sistemas de lentes: condensador, objetiva e ocular. Poder de resolução – menor distância observável entre duas estruturas Para a microscopia de luz – 0,2µm
Aumento da lente ocular: 10x Objetivas: 4x, 10x, 40x, 100x (necessário o uso de óleo de imersão) Observação da lâmina microscópica = (aumento da lente objetiva x aumento da lente ocular) Ex: Observação de tecido epitelial em objetiva de 40x = Aumento de 400 vezes o tamanho da amostra.
MICROSCOPIA DE LUZ Tipos de amostras observáveis: indentificação de tipos celulares, conformação de tecidos, arquitetura de órgãos, vasos sanguíneos, etc. Não é possível observar e diferenciar organelas celulares e filamentos proteicos.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA ◦ Interação da amostra com feixes de elétrons ◦ Resolução de aproximadamente 3nm – aumento de aproximadamente 300.000 vezes ◦ Utiliza preparações diferentes de amostras, especialmente o uso de metais pesados que interagem com os feixed de elétrons emitidos pelo microscópio ◦ Permite observação de organelas e estruturas proteicas
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA Neste tipo de microscópio, o feixe de elétrons não atravessa a estrutura, apenas incide sobre sua superfície e é refletido, formando uma imagem tridimensional de sua superfície; Possui poder de resolução de 10ƞm, o que permite a visualização da superfície das células e tecidos com alta fidelidade e riqueza de detalhes
PREPARO DE LÂMINAS HISTOLÓGICAS Observação – microscopia óptica (ou microscopia de luz) A maioria dos tecidos deve ser seccionada para observação (não necessariamente corados) – utilização de micrótomos Preparação de uma lâmina ideal – deve reproduzir as mesmas condições do tecido no humano.
ETAPAS DO PREPARO DAS LÂMINAS ◦ Fixação – os tecidos são colocados em soluções que ligam as proteínas, evitando sua degradação e inativam as enzimas autolíticas. Ex: formol 37% ◦ Desidratação - os tecidos são submetidos a banhos de álcool com concentrações crescentes, removendo assim a água da amostra.
◦ Clarificação ou diafanização – remoção do álcool com solventes que têm afinidade tanto pelo álcool quanto pela parafina. Ex: Xilol ◦ Inclusão – As amostras são incluídas em parafina derretida (Previamente aquecida em estufa a 56°C – 60ºC). Após retirado da estufa, o tecido se torna rígido. ◦ Corte – secção das amostras em parafina para visualização no microscópio óptico – Micrótomo. Secções de aproximadamente 3-10 µm. ◦ LÂMINAS DE VIDRO
PARA MICROSCOPIA ELETRÔNICA – processo semelhante, exceto pela utilização de solventes específicos e inclusão em resina epóxi. Corte – secções menores que 1µm
COLORAÇÃO A maioria das células e estruturas da matriz extracelular são incolores, e para estudo, devem ser coradas. Os corantes são em sua maioria seletivos, e se comportam de acordo com a basicidade das estruturas celulares. Componentes como os ácidos nucleicos, são menos básicos (ácidos), tendo afinidade por corantes básicos, sendo denominadas estruturas basofílicas. Componentes mais básicos, possuem afinidade por corantes ácidos, sendo denominadas estruturas acidofílicas.
COLORAÇÃO Coloração de hematoxilina-eosina (HE) – mais comumente utilizada. A Hematoxilina cora o DNA no núcleo da célular, porções ricas em RNA no citoplasma das células e matriz cartilagiosa, produzindo umacoloração azul escura ou arroxeada. A eosina cora outras estruturas localizadas no citoplasma e as fibras colágenas. Coloração Ácido Periódico-Schiff – auxilia na coloração de glicoproteínas, evidenciando-as. Outras tipos de coloração: Giemsa, impregnação por metal (coloração por prata)
Concurso UFMA – Laboratório de histologia (2016). Acerca das técnicas de coloração que são necessárias para as análises citológicas e histológicas, assinale a alternativa correta.
 A) A eosina é um corante básico que tem afinidade por regiões básicas celulares. 
B) A eosina tem a mesma função do corante azul de metileno. 
C) A hematoxilina tem maior afinidade por compartimentos celulares basofílicos.
 D) A hematoxilina tem afinidade a moléculas de glicogênio citoplasmático.
 E) A hematoxilina e o azul de metileno são corantes ácidos.
Concurso UFRPE – Laboratório de histologia (2014). Quais os processos necessários para a confecção de um bloco de amostra biológica embebida em parafina? 
A) Desidratação, clarificação e impregnação.
 B) Desidratação, clarificação e parafinização. 
C) Clarificação, fixação e parafinização.
 D) Clarificação, impregnação e fixação.
 E) Fixação, desidratação e impregnação.
Aparelho reprodutor masculino CONSTITUIÇÃO: • Testículos; •Ductos genitais; •Glândulas acessórias; •Pênis.
Testículos: Cada testículo é envolvido por uma cápsula fibrosa denominada de túnica albugínea. Desta, partem septos incompletos para o interior do testículo formando cavidades –Lóbulos. Os lóbulos são ocupados por cordões chamados de túbulos seminíferos. Estão localizados dentro da bolsa ou escroto – temperatura menor que o corpo.
Túbulos seminíferos: São estruturas enoveladas que se iniciam em fundo cego e terminam em curtos tubos chamados de retos que comunicam-se com a rede testicular. São constituídos por uma parede chamada de epitélio germinativo onde irá ocorrer a produção dos gametas sexuais masculinos.
Epitélio germinativo: Corte histológico de testículo evidenciando túbulos seminíferos e tecido conjuntivo ao redor.
Túbulos seminíferos: As células de Leydig (intersticiais) estão localizadas no espaço entre os túbulos seminíferos. Essas células são estimuladas pelo hormônio luteinizante (LH) por volta da puberdade e passa a produzir: testosterona, androstenediona e dehidroepiandrosterona (DHEA). Durante a gravidez essas células são ativadas pelo hormônio gonadotrópico da placenta e produzem andrógenos responsáveis pela diferenciação embrionária da genitália masculina.
Epitélio germinativo Separado do espaço intersticial por uma bainha de tecido conjuntivo e uma lâmina basal.
Espermatogênese Dentro do epitélio germinativo existem duas células: • Células de Sertoli • Células da linhagem espermatogênica
Células de Sertoli
 • São piramidais e envolvem parcialmente as células da linhagem espermatogênica. • Dão suporte, proteção e suprimento nutricional aos espermatozoides em desenvolvimento. • Fagocitam o excesso de citoplasma durante a espermiogênese. • Secretam continuamente um fluido carreador dos espermatozoides.
Produzem o hormônio antimülleriano – regressão dos ductos de Müller e indução de estruturas derivadas dos ductos de Wolf. Desenvolvimento do sexo masculino. • Formação da barreira hematotesticular. • São estimuladas pelo hormônio testosterona das células de Leydig
Epidídimo : Enovelado de túbulos localizado sobre o testículo; Nele, ocorre o término da maturação dos espermatozoides que ficam armazenados até sua eliminação durante o ato sexual.
Canais deferentes: São dois tubos musculosos que partem dos epidídimos e sobem para o abdome, contornando a bexiga urinária. Forma o cordão espermático juntamente com: • Artéria espermática; • Plexo pampiniforme; • Nervos.
Glândulas acessórias : Vesículas Seminais • Próstata • Glândulas bulbouretrais
Vesícula seminal : Produzem secreção amarelada rica em: frutose, citrato, inositol, prostaglandina e proteínas – fonte de energia para os espermatozoides. Constitui 70% do volume seminal. Sua função é regulada pela testosterona.
Próstata 
Sua secreção é liberada durante a ejaculação e sua função é controlada pela testosterona. Secreção leitosa e alcalina responsável pela ativação da motilidade dos espermatozoides e neutralização do pH das secreções vaginais.
Glândulas Bulbouretrais (Cowper) Acredita-se que sua secreção clara atue como lubrificante e para a limpeza da uretra antes da ejaculação.
Pênis 
Formado pela uretra e 3 corpos cilíndricos de tecido erétil: • Dois corpos cavernosos – corpo cavernoso dorsal do pênis. • Um corpo cavernoso da uretral ou corpo esponjoso – na sua extremidade distal se dilata e forma a glande do pênis. Ao longo da uretra peniana se encontram as glândulas de Littré – secretam muco.
Ereção – Quando os corpos cavernosos se enchem de sangue. A glande é rica em terminações nervosas e sensível à estimulação sexual.
Aparelho reprodutor feminino
 Genitália externa ◦ Vulva: 2 grandes lábios e 2 pequenos lábios. ◦ Clitóris: rico em terminações nervosas e órgão receptor de estímulos.
 Órgãos reprodutores femininos internos: vagina, útero, tubas uterinas e ovários.
Vagina 
Órgão de cópula feminino Entrada de espermatozoides e saída do bebê (parto normal). Bactérias da flora metabolizam o glicogênio e produzem ácido lático responsável pelo pH baixo da vagina – proteção.
Citologia Esfoliativa
 Observação dos tipos celulares formam o tecido da vagina e do colo do útero. • Estado hormonal da paciente. • Observação de células cancerosas.
Genitália externa ou Vulva Composta por: ◦ Clitóris; ◦ Grandes lábios: ◦ Pequenos lábios. Glândulas de Bartholin – são homólogas às glândulas bulbouretrais. Secretam muco.
Útero
 • Corpo ou fundo do útero; • Colo do útero ou cérvix;
Endométrio 
Subdividido em duas camadas: • Camada basal – adjacente ao miométrio, possui a porção inicial das glândulas uterinas e tecido conjuntivo. • Camada funcional – formada por tecido conjuntivo, porção final e desembocadura das glândulas e epitélio superficial. 
A camada funcional prolifera durante a fase proliferativa ou estrogênica.
Fases do ciclo menstrual Fase proliferativa: inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura).
Fase secretória ou lútea: se inicia após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm).
Fases do ciclo menstrual Fase menstrual: se não houver implantação o corpo lúteo entra em atresia e deixa de produzir progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região
Se houver implantação do embrião no útero, as células trofoblásticas (embrião) produzem gonadotrofina coriônica que estimula o corpo lúteo a continuar produzindo progesterona. Reação decidual ou da decídua – os fibroblastos da lâmina própria acumulam glicogênio e passam a exibir características de células produtoras de proteínas.
Tuba uterina ou ovidutos São tubos musculares de grande mobilidade. O infundíbulo é a sua extremidade aberta para a cavidade peritoneal próximo ao ovário. O infundíbulo possui as fímbrias (franjas) que auxiliam a captação do ovócito no momento da ovocitação. As células que revestem internamente possuem cílios que auxiliam o transporte do ovócito/embrião até o útero. É o local onde ocorre a fertilização do ovócito
Ovários 
Síntese de estrógenos e progesterona. Maturação dos ovócitos e ovocitação – formação dos folículos ovarianos (córtex ovariano).
Folículos ovarianos • Antes puberdade: Folículos primordiais. • Puberdade: os folículos primordiais passam a folículos primários – completam a primeira fase da meiose. • Secreção de líquido folicular pelas células da granulosa – cavidade – crescimento. •Folículos secundários.
Ciclo menstrual O crescimento folicular é induzido pelo hormônio folículo estimulante (FSH) produzido pela hipófise. À medida que os folículos maturam, as células foliculares iniciam a conversão do hormônio androstenediona em estrógenos – também induzido pelo FSH.
Ovocitação Ruptura da parede do folículo maduro com a liberação do ovócito. Ocorre quando o hormônio hipofisário LH (hormônio luteinizante) atinge o seu pico. Após a ovocitação as células restantes do folículo irão se transformar em corpo lúteo pela ação do LH. Passarão, então, a secretar progesterona.
Ruptura da parede do folículo maduro com a liberação do ovócito. Ocorre quando o hormônio hipofisário LH (hormônio luteinizante) atinge o seu pico. Após a ovocitação as células restantes do folículo irão se transformar em corpo lúteo pela ação do LH. Passarão, então, a secretar progesterona.
Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino O ciclo menstrual na mulher adulta possui uma média de 28 dias, podendo variar entre 25 e 35 dias. Importante ressaltar que as modificações que ocorrem no útero e que levam a descamação do endométrio (período menstrual) são regidas pelas alterações que ocorrem nos ovários – ciclo ovariano. • Ciclo ovariano – período entre duas ovulações sucessivas. • Ciclo uterino – alterações no útero que acompanham o ciclo ovariano para que haja implantação do embrião
Os ovários são constituídos de: • Córtex – Folículos em diferentes estágios de desenvolvimento e células hilares (semelhantes a de Leydig). • Medula – Células estromais, células hilares, fibras de músculo liso, vasos e nervos. • Hilo – Onde penetram vasos e nervos
Compreende 3 fases: 
• Fase folicular – pré-ovulatória (9 a 23 dias). Desenvolvimento final do folículo ovariano. Predomínio do estrogênio. 
• Fase ovulatória – ocorre pico dos hormônios LH e FSH e ocorre a ovulação (1 a 3 dias). 
• Fase lútea – se inicia após a ovulação em que predomina a progesterona (14 dias) e termina com a menstruação
Desenvolvimento folicular Inicia-se na vida embrionária com a migração de células primordiais que se diferenciam em ovogônias. Entre as 6ª e 8ª semana embrionária as ovogônias entram em várias divisões mitóticas e aumentam em número. Entre as 11ª e 24ª semanas elas entram em um ciclo de divisões meióticas dando origem ovócitos primários cuja divisão fica interrompida na prófase I. Os ovócitos ficam quiescentes até a ovocitação. Esses ovócitos possuem um envoltório formado de células fusiformes do estroma e lâmina basal – Esse conjunto é dado o nome de folículo primordial. Ao nascimento existem em torno de 2 milhões de folículos primordiais que não mais se dividem.
Hormônios do ciclo Gonadotrofinas – hormônios produzidos pelo eixo hipotálamo e hipófise (SNC). O hipotálamo produz o hormônio estimulante da gonadotrofina (GnRH) que estimula a hipófise a produzir os hormônios gonadotrópicos: • LH – hormônio luteinizante. • FSH – hormônio folículo estimulante.
Ações do FSH – hormônio folículo estimulante Estimula o crescimento dos ovários. Atua estimulando as células da granulosa dos folículos, induzindo: • Maturação dos folículos. • Produção de estrógenos.
Ação do LH – hormônio luteinizante Atua induzindo a ovocitação – liberação do ovócito do folículo. Estimula a formação do corpo lúteo – produção de progesterona.
Controle da produção de LH e FSH. Os hormônios LH e FSH são produzidos pela hipófise, que está localizada no SNC. Está ligada ao hipotálamo. O hipotálamo juntamente com a hipófise forma o eixo de controle de várias funções corporais. O hipotálamo controla a produção dos hormônios da hipófise através dos hormônios estimulantes. O GnRH é o hormônio estimulante de gonadotropina produzido pelo hipotálamo.
Crescimento folicular A partir da puberdade, a cada ciclo, um grupo de folículos primordiais começa o processo de crescimento folicular que é estimulado pelo FSH. O ovócito cresce em volume e número de organelas e as células foliculares e fibroblastos que o circundam também crescem. Folículo primário unilaminar – as células foliculares se dividem formando uma camada de células cuboides.
As células foliculares continuam proliferando formando várias camadas – células da granulosa – folículo multilaminar. Zona pelúcida – camada espessa composta de várias glicoproteínas
As células da granulosa continuam a aumentar em número. Começa a ocorrer um acúmulo de líquido folicular entre essas células formando um espaço entre as células – antro folicular. O líquido folicular é rico em progesterona, estrogênio e andrógenos.
Crescimento folicular As células ao redor da camada granulosa são influenciadas pelo LH e dão origem às células da TECA. As células da TECA interna produzem androstenediona que é transportada para as células da granulosa que possuem a enzima aromatase. A aromatase, presente nas células granulosas, converte a androstenediona em estrógeno.
As células da granulosa formam o cúmulos oophorus – apoio para o ovócito e a corona radiata – envolve o ovócito. Essas estruturas são ovocitadas juntamente com o ovócito.
Crescimento folicular Quando um dos folículos recrutados alcança o estágio de folículo de Graaf os outros folículos em crescimento entram em atresia. O ovócito e as células granulosas morrem e são fagocitadas. Fibroblastos invadem a área e produzem colágeno.
É estimulada por um pico de LH estimulado pelos altos níveis de estrogênio circulante. Ocorre ruptura de parte da parede do folículo e o ovócito é liberado. A primeira divisão meiótica é completada pouco antes da ovocitação (primeiro corpúsculo polar), porém é interrompida na segunda divisão na fase de metáfase II. As células da granulosa e da TECA interna que permaneceram no ovário sofrem ação do LH e formam o corpo Lúteo. O corpo lúteo é considerado uma glândula endócrina temporária produtora de progesterona
 Corpo Lúteo
Produz progesterona e estrógenos. Dura em média 10 a 12 dias se não houver fertilização do ovócito – atresia – corpo amarelo ou albicans. Sofre fagocitose. Se entre em atresia, os níveis de progesterona diminuem e outro ciclo com aumento de FSH começa. Se o ovócito é fertilizado as células trofoblásticas sintetizam o hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG) – mantém o corpo lúteo pelos 4 meses iniciais da gravidez.
O ciclo ovariano pode se resumir: • Crescimento do ovócito; • Desenvolvimento dos folículos (primordiais, primário, multilaminar, pré-antral e maduro – Graaf); • Degeneração de folículos (atresia folicular) ou ovulação – ruptura do folículo e liberação do ovócito; • Formação do corpo lúteo – regiões remanescentes do folículo rompido; • Degeneração de corpo lúteo (quando não ocorre a fertilização).
Ciclo Menstrual Ocorre durante o período reprodutivo, a partir da puberdade até a menopausa. Processo cíclico decorrente da secreção alternada dos hormônios: LH, FSH, estrogênio e progesterona. O primeiro dia de menstruação é considerado o primeiro dia do ciclo – são consequência dos eventos ovarianos. Quando ocorre o recrutamento dos folículos primordiais para a maturação. Esses eventos produzem modificações estruturais cíclicas no útero.
Ciclo Menstrual - fases O Endométrio está dividido em camada basal e funcional. • Fase proliferativa ou folicular ou estrogênica: Inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). • Fase secretória ou luteal: Inicia-se após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm). • Fase menstrual: Se não houver implantação o corpo lúteo, entra em atresia e deixa de produzir progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região
Com o fim do corpo lúteo,o suporte hormonal para o endométrio declina. As alterações vasculares ocorridas no endométrio resultam de inflamação ou de hipóxia e isquemia local, com consequente liberação de citocinas, morte celular e extravasamento de sangue para dentro da cavidade uterina resultando em sangramento vaginal.
Gametogênese Masculina e Feminina 
Gametogênese É o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas – os gametas (Moore, 2012, p.14). O desenvolvimento embrionário se inicia quando um ovócito é fertilizado por um espermatozoide, formando uma célula – ZIGOTO. O Zigoto possui 46 cromossomos (2n) dispostos em 23 pares. Formação de gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (ovócitos ou oócitos).
Divisão celular: Mitose x meiose
 A meiose envolve dois processos de divisão celular: • A primeira divisão meiótica é classificada como reducional, pois envolve a redução pela metade, do número de cromossomos. (2n → n) Diploide para haploide. • A segunda é equacional, isto é, mantém o número de cromossomos
Importância da meiose
 Possibilita a constância do número de cromossomos de geração a geração pela redução do número de diploide para haploide – gametas haploides. Possibilita o arranjo ao acaso dos cromossomos materno e paterno. Reposiciona os segmentos dos cromossomos através de cruzamentos dos segmentos cromossômicos – crossing-over.
Espermatogênese Sequência de eventos pelos quais as células germinativas primitivas se transformam em espermatozoides. Início na puberdade quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona – intensa produção até a velhice. Ocorre no interior dos túbulos seminíferos. As células-tronco chamadas de espermatogônias são transformadas em espermatozoides.
Espermatogênese • Espermatogônias • Espermatócito primário • Espermatócito secundário • Espermátides • Espermatozoides
Espermatogênese As espermatogônias ficam quiescentes até a puberdade quando são estimuladas a se proliferarem e crescerem. Dão origem aos espermatócitos primários (2n). Os espermatócitos primários entram na primeira divisão meiótica dando origem aos espermatócitos secundários (n). Os espermatócitos secundários entram na segunda divisão meiótica e dão origem às espermátides (n). Ao final, cada espermatogônia (2n) dará origem a 4 espermátides (n)
Fases da gametogênese masculina • Aumento das células germinativas por mitose; • Crescimento das espermatogônias; • Redução do material germinativo por meiose; • Maturação estrutural e funcional.
Espermiogênese A série de transformações que as espermátides sofrem até adquirirem formato de espermatozoides: A. Formação do acrossomo; B. Condensação do núcleo; C. Formação do colo, parte média e cauda; D. Eliminação da maior parte do citoplasma.
Os espermatozóides, após sua produção no testículo são transportados passivamente até o epidídimo. Funções: • Armazenamento dos espermatozoides; • Reabsorção do fluido testicular e de espermatozoides “velhos”; • Maturação dos espermatozoides: motilidade progressiva e aptidão para fertilizar o ovócito. • Inserção de glicoproteínas na superfície celular e perda da gota citoplasmática.
Capacitação dos espermatozoides Ocorre durante a passagem dos espermatozoides pelas secreções do trato reprodutor feminino (muco cervical e fluido folicular). Desprendimento da cobertura superficial de glicoproteínas secretadas no epidídimo e de proteínas oriundas do líquido seminal; Aumenta a motilidade e ativa as proteínas que o ligam à zona pelúcida do ovócito.
Controle hormonal da espermatogênese Ainda no embrião, já se inicia a produção de testosterona pelas células de Leydig e que é importante para o desenvolvimento dos caracteres sexuais primários e secundários. Por volta da puberdade, ocorre a maturação das células hipofisárias e se inicia a produção dos hormônios do eixo hipotálamo e da hipófise.
Controle hormonal da espermatogênese O hipotálamo inicia a produção do hormônio estimulante das gonodotrofinas (GnRH), que vai estimular a hipófise a produzir os hormônios LH e FSH – hormônios gonadotrópicos. LH – hormônio luteinizante Estimula as células de Leydig a produzir mais testosterona. FSH – hormônio folículo estimulante O FSH e a testosterona ativam as células de Sertoli que, por sua ve,z estimulam as espermatogônias a iniciarem a espermatogênese.
Tem início no embrião quando células indiferenciadas migram do saco vitelino para as gônadas em desenvolvimento e se diferencial em ovogônias. As ovogônias se proliferam (mitose) durante a fase fetal. Antes do nascimento, algumas se diferenciam em ovócitos primários enquanto que as demais degeneram. Os ovócitos primários ficam parados na prófase I (meiose I). As células do estroma do ovário envolvem o ovócito primário formando o folículo primordial. A cada ciclo, vários folículos primordiais são recrutados pelos hormônios LH e FSH e iniciam a maturação
Gametogênese Feminina Ovocitogênese Processo que abrange a formação dos gametas femininos. Inicia-se ainda no período pré-natal e termina depois do fim da maturação sexual (puberdade). As células-tronco são as ovogônias que migraram do saco vitelino ainda no período embrionário e interrompem sua divisão celular na fase de prófase da meiose I. Dentro de cada folículo primordial existe um ovócito primário. No sétimo mês de desenvolvimento fetal, as ovogônias degeneram. A partir dessa fase não há mais formação de folículos
Ovocitogênese Ao contrário do aparelho reprodutor masculino em que uma espermatogônia dará origem a 4 espermatozoides, uma ovogônia dará origem a um ovócito. O ovócito é uma célula grande – recebe uma grande quantidade de citoplasma. Durante a formação do ovócito serão formados 4 corpúsculos polares.
No início, ocorrem pequenos pulsos de FSH e LH que recrutam um grupo de folículos primordiais – maturação. À medida que esses folículos maturam iniciam a produção de estrogênio. Um dos folículos matura primeiro provocando a atresia dos outros folículos. O estrogênio provoca um surto de LH e FSH o que causa a ovocitação. O LH, então, provoca a luteinização das células foliculares.
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