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Resenha crítica sobre a viabilidade da maremotriz em algumas regiões litorâneas do nordeste do Brasil (1)

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Resenha crítica sobre a viabilidade da maremotriz em algumas regiões litorâneas do nordeste do Brasil
Já faz muito tempo que tanto o Brasil quanto o resto do mundo procuram formas de energias sustentáveis e limpas para o planeta, de modo a diminuir a emissão de gases poluentes que contaminam nossa camada de ozônio e aumentam efeito estufa.
Com os níveis de poluição aumentando a cada ano, há uma procura mais elevada por fontes energéticas limpas e inesgotáveis, visto que com a demanda atual no planeta Terra e a finitude dos recursos, caso não seja adotada uma nova conduta, não será possível manter o abastecimento.
Dito isso, uma das fontes renováveis mais interessantes para se investir, é a Maremotriz, que visa explorar o potencial energético das marés através da energia cinética.
Porém, ainda que o Brasil tenha interesse, essa é uma alternativa que apresenta suas dificuldades. Além de ser um projeto financeiramente custoso, tanto pra instalação quanto para manutenção, é uma energia que depende quase exclusivamente da região em que está alocada.
Por conta disso, diversos fatores são imprescindíveis na consideração do local de instalação, se destacando quatro: as mudanças nas características naturais do bioma pelos efeitos diretos do ecossistema; a corrosão dos equipamentos por conta da solução salina presente na água do mar; as plantas aquáticas que devem ser preservadas para o equilíbrio da fauna e flora marinha, além de serem prejudiciais para os motores e gerarem manutenção; e a altura mínima de 5 metros da maré para operabilidade do maquinário.
Tais exigências reduzem consideravelmente as possíveis localidades capazes de aderir com sucesso a energia Maremotriz, sobrando apenas três estados brasileiros qualificados: Maranhão, Pernambuco e Bahia. De forma que, apesar de interessante, essa fonte não é de ampla acessibilidade, mesmo num país tomado por costas marítimas como o Brasil.
Além dos contratempos já mencionados, o projeto também se encontra em fase de testes no país, o que diminui a confiabilidade da operação, que somado com os custos, passa a ser um investimento muito alto.
Apesar disso, por ser uma fonte nova, inesgotável e não poluente, é de alto grau de importância que continuem os testes e os estudos para que se possa evoluir e aprimorar a tecnologia. De maneira que, no futuro, a barreira de entrada de instalação se torne mais baixa, quem sabe com equipamentos capazes de operar de forma rentável em marés menos cheias, o que tornaria mais acessível para outras regiões costeiras. Assim, reduzindo a poluição sem quebrar o ritmo de abastecimento energético do país e nem aumentando exacerbadamente os custos de operabilidade.

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