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IMIGRAÇÃO POLONESA NO MUNICÍPIO DE SANTA TEREZINHA -SC: USOS E POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS
EDSON ANUAR OKOPNIK
Graduação em História
Faculdade Campos Elíseos
2024
Especialista em Teologia pela Faculdade UNIGRAN (2022)
Professor de Ensino Fundamental II na área de Ensino Religioso- na EEB Padre João kominek – Santa Terezinha -SC
RESUMO
O presente trabalho visa construir usos e possibilidades pedagógicas para o ensino de História, a contar da temática “Imigração Polonesa”, a qual se faz presente no município de Santa Terezinha – SC, pois a localidade constitui-se essencialmente com este grupo de imigrantes étnicos, vindos de diversas áreas da Polônia. Sendo assim, buscou-se trabalhar uma metodologia visando a inserção dos estudantes na história dos seus antepassados, através de suas experiências vividas, possibilitando conscientizar sobre a historicidade do seu povo. Assim, necessitou-se dos conceitos de identidade e memória para o desenvolvimento do trabalho, pois pela memória é possível desenvolver a identidade individual ou coletiva, embora, possa ser uma referência sofre transformações ao longo do tempo. Assim, buscou-se compreender a memória dos mais velhos, para entender a contribuição dos mesmos na constituição da sociedade. O trabalho é apoiado na referência bibliográfica de alguns autores como: Mazurek (2016), Molar (2011), Michalzechen (2015) entre outros e documental, assim, foi possível construir uma metodologia que abarcasse possibilidades no ensino de História. Almejou-se, com esta proposta pedagógica mostrar como o ensino de História seja possível, tendo como temática a identidade, a memória e a História do local, propiciando que o estudante possa ver o seu espaço de vivência historicamente, analisando seu passado e entendendo o presente.
Palavras-chave: Imigração; Ensino de História; História Local; Memória, Identidade. 
INTRODUÇÃO
 A pesquisa em foco visa construir usos e possibilidades pedagógicas para o ensino de História, utilizando a questão da imigração Polonesa no município de Santa Terezinha – SC. Pois a região é constituída especialmente por este grupo étnico, provenientes de diversas áreas do país Polônia.
 A temática para o ensino de História é relevante na região em que a escola está situada e para os estudantes que a frequentam, pois ainda hoje, a região possui cerca de 60% de colonizadores Poloneses e muitos dos costumes e tradições são seguidas ainda hoje.
 Assim, o trabalho teve origem justamente, pelas inquietações relacionadas a saber o quanto e até que ponto os estudantes sabem ou conhecem sobre a história do local que pertencem. Estas reflexões suscitadas, propiciaram que lembranças da adolescência viessem à tona, pois foram importantes na formação da nossa identidade. Sendo que fazemos parte destes colonizadores, descendemos de Poloneses. 
 Sendo assim, a pesquisa se justifica, pela forte presença de colonizadores poloneses na comunidade em que a escola está inserida. Então, estudar a história local suscita diversas fontes para o estudo, propicia que os estudantes revivam os caminhos percorridos pelos imigrantes e compreendam que fazem parte na construção da comunidade. 
 E crendo que estas inquietações possam contribuir para o reavivamento da história local e que este conhecimento possa fazer parte da história de outras pessoas da comunidade, especialmente dos educandos, que estariam compreendendo melhor a importância do ensino de História, a partir da perspectiva do lugar que moram. 
 Então, é possível ensinar História a partir das vivências dos seus antepassados, e fazendo entendê-los que existe uma conexão entre eles. Possibilitando-lhes a notabilidade de suas inter-relações com os aspectos religiosos, políticos, sociais, econômicos, ambientais e etc. Neste contexto, vê-se que a partir do momento que aos estudantes é possibilitado o entendimento e a tomada de consciência sobre a historicidade, estes conseguem entender sobre sua própria vida e dos quais ele convive. 
 Para que fosse possível desenvolver este trabalho, foram selecionadas duas turmas do 9ª ano do Ensino Fundamental da EEB Padre João Kominek, no município de Santa Terezinha – SC, sendo que neste grupo de estudantes havia 26 do sexo masculino e 23 do sexo feminino, possuindo uma faixa etária de 13 a 14 anos. 
 Assim, a pesquisa perpassou pelas seguintes fases: pesquisa do conteúdo, pesquisa de campo, explanação do conteúdo na escola e apresentação do conhecimento adquirido na escola e para a sociedade. 
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
1 A IMIGRAÇÃO POLONESA
1.1 A IMIGRAÇÃO COMO CAMPO DA PESQUISA
 Desde os primórdios dos tempos as pessoas deslocavam-se de um lugar para outro, por diversos motivos, dentre estes estavam as fugas motivadas pelas guerras, perseguições religiosas e política, pela intenção de conquistar lugares menos desbravados e busca por crescimento econômico. 
 Estes deslocamentos, podem ser através de fluxos de trânsito, isto é, de uma região para outra, ou dentro de um mesmo país, denominadas “migrações internas”, já as movimentações entre países diferentes ou até continentes, como foi o caso dos Poloneses do continente europeu, vieram para a América do Sul, são comumente designados de imigrantes, já se vão embora do país de origem para outro são chamados de emigrantes. 
 Contudo, a imigração nem sempre se efetiva de modo fácil, e vai além da mudança de um local para outro, pois o imigrante passa pelo processo de aceitação e inclusão, e buscar novas oportunidades nem sempre é fácil, perpassando por desafios, como o contato com uma nova cultura, com diferentes costumes, aprender uma língua nova, bem como inserir-se no mercado de trabalho.
 Assim, estudar a imigração perpassa por diversas possibilidades de trajetos disciplinares e de métodos de pesquisa, permitindo que todos os campos das ciências sociais, oportunizem diversos debates acerca da dificuldade que se instala nos países, quando da grande saída ou vinda de pessoas.
 Nestes estudos, das diversas áreas sociais, urge que se discutam aspectos importantes da relação que se estabelece entre a questão da migração e cultura, as trajetórias dos deslocamentos, as questões das fronteiras, a memória cultural, a mudança da identidade pelas gerações, a identidades do povo, os contatos transacionais, as questões das fronteiras, as situações da diferença cultural e o hibridismo, a utilidade das novas tecnologias e sua função entre as culturas e sobre as histórias da migração, são todos estes aspectos relevantes para serem discutidos neste contexto das ciências sociais. 
 Assim, entender sobre a maneira como os imigrantes vivem no local que escolheram, neste caso específico os poloneses em terras brasileiras, então compreender como um modo de vida foi sendo construído, por estes imigrantes e todos os enfrentamentos com que eles se depararam, então, é um campo de estudo cheio de possibilidades que possibilita a adoção de novas maneiras de efetivar a pesquisa, de acordo com Weber (2013, p.18), ”tradicional e amplo, e ainda com muito fôlego, o campo de estudos de imigração tem incorporado novas metodologias de pesquisa, novas problemáticas e novas discussões conceituais, o que tem contribuído para sua renovação”.
 Sendo assim, ao estudar a temática o pesquisador ou os estudantes perpassam por uma experiência de verificação e análise das inter-relações, perpassadas pelas pessoas que imigram. 
 Que de acordo com Alistair Thompson, 
A história da imigração está interessada nos processos pelos quais os imigrantes, individual e coletivamente, se estabelecem em uma nova região ou país, e pelas maneiras em que as redes de trabalho e os estilos de vida do local de origem são recriados e modificados no novo mundo. Evidentemente, a experiência de um grupo étnico particular no local de destino é um elemento necessário à história da imigração. (2002, p 342).
 Neste contexto, a temáticada imigração possui inúmeros campos possíveis de exploração, como destaca Abdelmalek Sayad (2010, p. 258) (apud Núncia Santoro de Constantino), a imigração, é um campo fértil de estudos, pois, “é um fenômeno social completo e os deslocamentos dos emigrantes no tempo e nos espaços podem representar um ponto de encontro entre a história, a demografia, a economia, a linguística, o direito, a psicologia e a antropologia”.
 E neste capítulo objetiva-se efetuar anotações acerca das motivações que fizeram o povo polonês imigrar para o Brasil, indicando alguns estudos no Brasil, mas especialmente em algumas localidades do estado de Santa Catarina.
1.2 ALGUNS REFERENDAMENTOS SOBRE A IMIGRAÇÃO POLONESA
 Existe pouca referência sobre a historiografia dos imigrantes poloneses, mesmo em estados como os do Sul do país que receberam grande número destes imigrantes. Contudo, existem pesquisas regionais ou locais que trazem algumas informações sobre a etnia polonesa, sendo esta a terceira maior população que migrou da Europa para o Brasil. 
 Então, a maior referência existente está na Região Sul, com locais destinados a preservação de objetos, artesanato feito em algumas localidades, pratos tipos que são elaborados pelos descendentes, o mais popular é o “pirogue” (um pastel com recheio de queijinho com batatas), grupos de dança típica e a língua ainda foi repassada pelos mais velhos, então é comum um descendente de polonês falar a língua portuguesa e também a língua polonesa. 
 Efetuar o resgate sobre a colonização polonesa, vinda ao Brasil é um tanto quanto desafiador, pois um pesquisador necessita de diversas fontes, que fundamentem bem, pois meramente dizer a quantidade de imigrantes, não basta para fundamentar a existência dos poloneses no país. Assim, é necessário pesquisar documentos de embarque, listas de passageiros dos navios, relatórios oficiais de chegada, censos demográficos entre outros.
 Mas para os pesquisadores a temática da imigração torna-se difícil, pois perdeu-se muitas fontes de pesquisa e os processos de chegada dos imigrantes demoraram demais, assim perdeu-se muitas fontes de informação por diversos motivos, seja pelo desconhecimento do valor histórico destes documentos e especialmente no período grande parte tinha medo de ser identificado como sendo parte da etnia, pois poderia sofrer perseguições. 
 Então, estes são alguns entraves para a dificuldade em ter muitas referências acerca destes imigrantes poloneses no Brasil. Assim, para compreendermos como o imigrante polonês estabeleceu se no país e criou um novo modo de vida no Brasil e especialmente no sul do país.
1.3 O QUE EXISTE SOBRE A IMIGRAÇÃO POLONESA
 Os trabalhos existentes sobre a imigração polonesa concentram-se na região Sul, isto é, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde estão a maior parte dos imigrantes poloneses.
 Como mencionado, poucos são os escritos sobre a colonização polonesa, é mais fácil encontrar de outras etnias, e nas pesquisas voltadas à imigração polonesa temos os estudos do gaúcho Emundo Gardolinski (1959), um dos principais pesquisadoesr da imigração polonesa na década de 1950, ele revela sua uma grande preocupação com a transmissão da história dos imigrantes poloneses e de seus descendentes, pois nota-se que esta, em pouco tempo parece estar esquecida e pergunta o motivo de os descendentes não possuírem elementos precisos sobre este período histórico.
 A história do grupo étnico polonês, no Estado do Rio Grande do Sul, para ser estudada e descrita, ainda que esquematicamente, ou em largas pinceladas, constitui uma tarefa muito difícil do que poderia parecer à primeira vista. Cerca de cem anos nos separam da época em que foi iniciada a imigração polonesa; e, no entanto, neste curto espaço de tempo, desapareceram ou foram esquecidos, muitos elementos importantes para se reconstituir, hoje, a verdadeira história destes heroicos pioneiros de raça eslava. (...) ocorre-nos, portanto, desde logo, a seguinte pergunta: porque razão os descendentes dos primeiros imigrantes poloneses não possuem elementos precisos sobre a imigração e colonização, desde que ela foi iniciada no Brasil, como aliás ocorreu com outros grupos étnicos? (1959, p.3).
 Já no início da década de 1970, foram publicados em Curitiba, os Anais da Comunidade Brasileiro-Polonesa (1970-1977). Nestes textos sobre a imigração polonesa no Brasil e no Paraná, vários estudiosos do tema compõem a bibliografia: Alberto Victor Stawinski, Ruy Christovam Wachowicz, Powel Nikodem, Mariano Hessel, Pe. João Pitón, Mariano Dranka, Romão Wachowicz, etc.
 O autor Romão Wachowicz (1907-1991) é um dos mais intensos escritores polaco-brasileiro nascido no Brasil. Professor das escolas polonesas e incentivador da vida cultural, escreveu peças para teatros poloneses, livros históricos e romances sobre a vida do imigrante, sendo Polskie korzenie uma de suas melhores obras, cuja tradução para o português foi recentemente publicada sob o título Homens da terra.
 Já na década de 1990, consolidam-se as pesquisas em História Cultural, e entre os temas abordados está a alimentação. Para Carlos Roberto Antunes dos Santos (1997), a gastronomia passou a ser compreendida não apenas como conhecimento das técnicas culinárias e ingredientes inerentes ao espaço da cozinha, mas como importante objeto de estudo e reflexão nas ciências humanas.
 E pautados no contexto historiográfico, valendo-se destas abordagens, então foi viabilizada esta pesquisa dos aspectos cotidianos da sociedade e dos usos e potencialidades pedagógicas possíveis a partir da colonização dos imigrantes poloneses vindos à Santa Terezinha – SC.
2. A IMIGRAÇÃO POLONESA EM SANTA TEREZINHA – SC
 A imigração de europeus para as américas e para o Brasil entre os séculos XIX e XX, motivados por crises sociais, por questões econômicas, políticas, pois era um período turbulento na Europa (Período da Revolução Industrial e Burguesa), que promoveram profundas mudanças as questões econômicas e sociais da população, especialmente os camponeses e as pessoas pobres dos centros urbanos. Então, essas transformações socioeconômicas, juntamente com as dificuldades, por causa das invasões entre as nações, motivando ao fenômeno da imigração, das pessoas de países europeus para o Continente Americano. 
 A imigração polonesa no Brasil, se deu especialmente quando o país foi invadido pela Alemanha, chegando aqui se espalharam essencialmente pelos três estados do Sul, estes imigrantes normalmente vinham em porões de navio e adentravam pelo porto de Paranaguá, no estado de Paraná.
 E assim muitos ficaram no estado do Paraná, mas outros vieram a Santa Catarina e ao município de Santa Terezinha – SC. Aqui, existia poucos habitantes e muita terra sem cultivo, a terra pertencia ao Padre João Kominek, que ia distribuindo conforme uma família que chegava necessitava. 
 Santa Terezinha é considerado um dos principais núcleos da colonização eslava de Santa Catarina, sendo assim, foi colonizada por descendentes ucranianos e poloneses, e hoje alguns costumes são vivenciados nesta comunidade, no idioma, nos ritos religiosos, nas danças típicas, comidas, o prato típico mais popular da cultura polonesa é o pierogue (pastel com recheio de batata e queijo), nas artes (pintura, bordado e etc). Assim acontecem algumas festividades anuais, como as noites culturais, é possível apreciar os atrativos das etnias, marcas da cultura Polonesa e também Ucraniana presente no município.
2.1 IMIGRAÇÃO POLONESA NA ESCOLA
 Elementos da cultura polonesa se fazem presentes no município de Santa Terezinha, na comida, no sotaque de muitos moradores, na arquitetura das casas e das igrejas quando se anda pelas ruas, entre outras coisas.
 Para muitas pessoas, essas características mencionadas passam despercebidas, pois convivem com essas referências em seu dia a dia e são absorvidas naturalmenteessas características, sem levantar hipóteses sobre sua origem e como estão fazendo parte desta sociedade.
 Na sala de aula, o professor direciona os indivíduos a ativarem os valores e a vivencias individuais que cada um possui, o que proporciona leituras com significados distintos, pois em uma localidade com uma porcentagem expressiva dos atuais moradores que são descendentes dos primeiros descendentes que a formaram.
 As diversas gerações que formaram a comunidade de Santa Terezinha- SC, interagem de modo diferenciado, em relação a todas as memórias dos imigrantes poloneses, mas os estudantes tem a possibilidade de interagir com ambos os descendentes e explorar ainda mais todos os conhecimentos existentes na comunidade.
 Então, o trabalho pedagógico esteve pautado na História local, apontando o quanto esses elementos presentes na sociedade dizem sobre a identidade de seu grupo social, e as mudanças e permanências presentes no dia a dia de sua localidade no transcorrer de sua história. 
 Assim, trabalhando com os estudantes da EEB Padre João Kominek de Santa Terezinha – SC, sobre a imigração polonesa e desenvolvendo atividades com inúmeras fontes locais, pretendeu-se mostrar apontar aos estudantes o quanto estes elementos dizem sobre a identidade do grupo ao qual pertencem, para que eles percebessem as mudanças e permanências existentes no cotidiano da sua comunidade e no transcorrer de sua história. 
 Então, possibilitamos um trabalho mais interessante e transformador. Vendo por este aspecto, foi elaborado um trabalho com cronograma, fazendo a relação à ideia de os estudantes terem conhecimento da história de onde eles vivem, com o intuito de compreenderem a si mesmos e todos que o cercam. Assim o planejamento pautou-se na proposta de estudo da História Local, abrangendo questões da identidade e da memória.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 A pesquisa tem fundamentação bibliográfica, pois muniu-se de uma base de dados para o desenvolvimento do trabalho, é qualitativa, pois teve foco na interpretação dos eventos históricos, possibilitou que houvesse flexibilidade em efetuar a investigação e grande interesse por apresentar os resultados e descritiva, pois descreveu as características 
descrever as características de determinadas populações ou fenômenos.
 Esta pesquisa teve como aportes dos trabalhos de Weber (2013); Thompson (2002) Sayad; (2010), Gardolinski (1959); Wachowicz (1907-1991) que abordam as temáticas ou questões sobre a assunto ou tema em questão discutido neste artigo.
 Como há poucas referências a principal fonte utilizada nesta pesquisa foi analisada especialmente a tese de Marizete Kasiorowski Kolinski (2018), que discorre sobre a colonização no Paraná e em uma região específica também, levando um grupo de crianças as investigar sobre os antepassados, suas tradições, sua língua, enfim sua identidade.
 Para desenvolver as atividades, buscou-se levar o projeto a EEB Padre João Kominek, onde envolveu-se os estudantes do Ensino Médio, efetuando primeiramente a apresentação do projeto, aos estudantes e gestores escolares.
 Então, estabeleceu-se que fariam pesquisa juntamento com os moradores de mais idade na comunidade, pesquisando sobre como vieram e estabeleceram se aí, quais os costumes que cultivam, as lembranças, a culinária entre outros aspectos. Depois da coleta de informações na sociedade, retornou-se para a escola para o estudo do material coletado, junto a população. 
 Na escola, fez-se grupos, para aprofundarem o estudo acerca da identidade dos colonizadores poloneses na região e formulassem material para apresentado para estudantes de outras turmas e comunidade em geral.
 Encerrou-se o projeto na escola com um grande evento, onde foram compartilhados os conhecimentos construídos com os estudantes do Ensino Médio da escola que está inserida no meio da comunidade com os descendentes poloneses.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Com este trabalho foi possível, ter uma experiência a mais de sala de aula, sendo que como trabalhei somente com estudantes do Ensino Fundamental, os educandos dos Ensino Médio me proporcionaram uma experiência diferente, mais intensa e profunda. 
 Com esta experiência foi possível ver o quanto de informações são encontradas em uma comunidade, especialmente por serem descendentes de imigrantes e neste caso poloneses, são inúmeros aspectos que podem ser suscitados, pois são muitas histórias relacionadas ao país de origem, neste caso a Polônia, a aventura de saírem do país e entrarem em outro, lembranças boas e ruins dos imigrantes, como se deu a adaptação no Brasil, os costumes que são preservados ainda hoje.
 Então, são inúmeras questões que podem ser suscitadas na pesquisa, é possível efetuar um grande e vasto trabalho pedagógico em uma sala de aula tendo como tema a imigração polonesa a nível local e ou em âmbito estadual e nacional.
 A pesquisa teve a possibilidade de ir em busca da identidade de um povo, fazer um resgate da memória e acima de tudo levar uma geração de estudantes da atualidade a irem em busca da história de seu povo.
 Viu-se quão útil tornou-se o conteúdo para a aplicação no ambiente escolar, assim a proposta inicial do trabalho, em utilizar a imigração polonesa no contexto escolar foi motivador a todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem acerca da temática. 
 
 
REFERÊNCIAS 
WEBER, Regina. WENCZENOVICZ, Thaís J. Historiografia da imigração polonesa: avaliação em perspectiva dos estudos sobre o Rio Grande do Sul. História Unisinos 16(1):159-170, Janeiro a Abril 2012. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/165076/000850534.pdf?sequence=1>. Acesso em: 22 de janeiro de 2024.
WACHOWICZ, R. Chistovam. Documentos dos arquivos brasileiros referentes às colônias Pilarzinho e Abranches. Separata dos anais da Comunidade-Brasileiro – Polonesa V, VII: Livro de Registro da Correspondência relativa a Terras e Colonização – 1869-1871. APEP. Curitiba: Gráfica Vitória, 1973.
SANTOS, Carlo Roberto Antunes dos. Por uma história da alimentação. História: Questões e Debates. n. 26/27, Curitiba, 1997, p. 154-171.

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