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LISTA DE EXERCÍCIOS - COORDENADAS POLARES Gabarito/Resolução Questão 1 Para resolver a questão como um todo, podemos pensar na rep- resentação gráfica de um ponto P arbitrário em coordenadas polares (r, θ): • r representa a distância do ponto à origem do plano cartesiano, positiva no mesmo quadrante do ângulo; • θ representa o ângulo que a reta que passa pelo ponto P e pela origem O faz com o eixo polar (nesse caso, o eixo das abscissas) positivo se medido no sentido anti-horário. Assim sendo, podemos representar um mesmo ponto P de diversas formas diferentes quanto quisermos, aproveitando das propriedades representadas abaixo: Figure 1: Maneiras diferentes de se representar o mesmo ponto P. Vale ressaltar que os casos b) e c) são gerais, em outras palavras: I) A condição (b) é válida para todo múltiplo ı́mpar de π acrescido ao ângulo polar (inclusive valores negativos): (θ + (2k − 1)π) k ∈ Z; II) A condição (c) é válida para todo múltiplo de 2π acrescido ao ângulo polar (inclusive valores negativos): (θ + (2k)π) k ∈ Z. Vamos fazer os casos para k = 1, que são aqueles presentes figuras: • a) (1,π 2 ) r = 1; θ = π/2 – r > 0 → (1, π/2 + 2π) = (1, 5π/2) – r < 0 → (−(1), π/2 + π) = (−1, 3π/2) 1 • b) (−2,π 4 ) r = −2; θ = π/4 – r > 0 → (−(−2), π/4 + π) = (2, 5π/4) – r < 0 → (−2, π/4 + 2π) = (−2, 9π/4) • c) (3,2) r = 3; θ = 2 – r > 0 → (3, 2 + 2π) – r < 0 → (−3, 2 + π) • d) (2,−π/7) r = 2; θ = −π/7 – r > 0 → (2,−π/7 + 2π) = (2, 13π/7) – r < 0 → (−(2),−π/7 + π) = (−2, 6π/7) Questão 2 Use x = rcos(θ) ; y = rsen(θ) • a) (3, π/2) x = rcos(θ) = 3cos(π/2) = 3 · 0 = 0 y = rsen(θ) = 3sen(π/2) = 3 · 1 = 3 • b) (2 √ 2, 3π/4) x = 2 √ 2cos(3π/4) = 2 √ 2 · (− √ 2/2) = −2 y = 2 √ 2 · sen(3π/4) = 2 √ 2 · ( √ 2/2) = 2 • c) (−1, π/3) x = (−1) · cos(π/3) = (−1) · (1/2) = −1/2 y = (−1)sen(π/3) = (−1) · ( √ 3/2) = − √ 3/2 • d) (4, 3π) x = 4cos(3π) = 4 · (−1) = −4 y = 4sen(3π) = 4 · (0) = 0 Questão 3 tg(θ) = y x r2 = x2 + y2 Além de ter em mente essas relações, também é importante saber em qual quadrante está o ponto para definir θ e r da maneira correta. O exerćıcio também define que r > 0 e 0 ≤ θ ≤ 2π. 2 • a) (1, 1) r = √ 12 + 12 = √ 2 tg(θ) = 1 1 = 1 Como o ponto está no primeiro quadrante (x > 0, y > 0), a função arctan entregará o ângulo θ: θ = tan−1(1) = π/4 . • b) (2 √ 3,−2) r = √ (2 √ 3)2 + (−2)2 = 4 tg(θ) = −2 2 √ 3 = − √ 3 3 Como o ponto está no 4o quadrante (x > 0, y < 0), a função arctan entregará o ângulo negativo associado a θ, para transformarmos em um θ no intervalo pedido, basta somarmos 2π ao valor: θ = tan−1(− √ 3 3 ) + 2π = −π 6 + 2π = 11π 6 • c) (−1,− √ 3) (2 √ 3,−2) r = √ (−1)2 + (− √ 3)2 = 2 tg(θ) = − √ 3 −1 = √ 3 Como o ponto está no 3o quadrante(x < 0, y < 0), arctan entregará o ângulo correspondente no primeiro quadrante, cuja tangente também é igual a √ 3. Para encontrarmos o ângulo no terceiro quadrante, basta somarmos π ao valor: θ = tan−1 √ 3 + π = π 3 + π = 4π 3 Questão 4 3 • a) Podemos calcular as coordenadas cartesianas dos pontos A(x1, y1) e B(x2, y2): x1 = r1cosθ1 = 1cos(π/6) = √ 3/2 y1 = r1senθ1 = 1senπ/6 = 1/2 x2 = r2cosθ2 = 3cos(3π/4) = −3 √ 2/2 y2 = r2senθ2 = 3sen(3π/4) = 3 √ 2/2 E em seguida vamos utilizar que a distância entre dois pontos é o módulo do vetor que liga os dois: −→ AB = (x2 − x1, y2 − y1)→ | −→ AB| = √ (x2 − x1)2 + (y2 − y1)2 Com isso: D = √ (−3 √ 2/2− √ 3/2)2 + (3 √ 2/2− 1/2)2 D = √ 1/4((18 + 6 √ 6 + 3) + (18− 6 √ 2 + 1)) D = √ (40− 6 √ 2 + 6 √ 6) 2 • b) Uma forma alternativa e mais geral de se calcular a distância en- tre dois pontos dados em coordenadas polares é utilizando a lei dos cossenos. Observe o triângulo abaixo: 4 Utilizando a lei dos cossenos no triângulo 4AOB temos: D2 = r21 + r22 − 2r1r2cos(θ2 − θ1) Mas, como cosseno é uma função par, também podemos escrever: D2 = r21 + r22 − 2r1r2cos(θ1 − θ2) E, portanto: D = √ r21 + r22 − 2r1r2cos(θ1 − θ2) = √ r21 + r22 − 2r1r2cos(θ2 − θ1) Questão 5 • a) Sabemos que r2 = x2 + y2, portanto: x2 + y2 = 22 Que descreve a circunferência de raio 2 centrada na origem; • b) Sabemos que x = rcos(θ), portanto: x = rcos(θ) = 1 Que descreve uma reta vertical em x = 1. • c) Multiplicando ambos os lados por r teremos: r2 = 2rsen(θ) + 2rcos(θ) Podemos substituir x = rcosθ e y = rsenθ na expressão acima: r2 = 2x+ 2y Mas r2 = x2 + y2 logo: x2 + y2 = 2x+ 2y → (x2 − 2x) + (y2 − 2y) = 0 Completando quadrados: (x− 1)2 − 1 + (y − 1)2 − 1 = 0 Por fim, chegamos em: (x− 1)2 + (y − 1)2 = 2 Que é a expressão para a circunferência de raio √ 2 e centrada no ponto(1, 1) 5 • d) Reescrevendo: r = tan θ 1 cos θ → r cos θ = tan θ Mas x = r cos θ e tan θ = y x , logo: x = y x → y = x2 Que representa a parábola côncava para cima com vértice na origem. Questão 6 • a) Podemos escrever: x = r cos θ = 3 Logo: r = 3 cos θ = 3 sec θ • b) Podemos escrever: x2 + y2 = r2 = 9 Extraindo a raiz de ambos os lados: r = ±3 • c) Podemos usar x = r cos θ e y = r sin θ para escrever: r cos θ + r sin θ = 9 Isolando o r, teremos, por fim: r(cos θ + sin θ) = 9 r = 9 cos θ + sin θ • d) Usando novamente x = r cos θ e y = sin θ, podemos escrever: r2 cos2 θ − r2 sin2 θ = 1 Colocando o r em evidência, temos: r2(cos2 θ − sin2 θ) = 1 Mas, utilizando a soma de arcos para o cosseno, podemos escrever cos2 θ − sin2 θ = cos 2θ. Logo: r2 cos 2θ = 1→ r2 = 1 cos 2θ = sec 2θ 6 Questão 7 Um bom atalho, e que pode tornar mais rápido o traçado curvas polares é ter em mente as relações de simetria. Além disso, também pode ser útil marcar alguns pontos amostrais, por exemplo, alguns pontos em que θ é um ângulo notável, para conferir se o traçado está correto. • a) O enunciado é uma equação do segundo grau em r cujas ráızes são r = 1 e r = 2, portanto, a curva será composta simplesmente por dois ćırculos com centro na origem e raio igual a 1 e 2, respectivamente: • b) É a circunferência de raio 1 com centro em (0, 1): 7 • c) É uma cardióide simétrica em relação ao eixo polar: • d) É uma espiral! (A calculadora gráfica plota apenas para o intervalo finito 0 ≤ θ ≤ θMAX , mas se teta não estiver limitado, esta espiral seguirá espiralando ad infinitum.) • e) É uma rosácea de 3 pétalas simétrica com relação ao eixo polar. 8 • f) Podemos escrever r2 = 1 θ → r = ± √ 1 θ O que facilita o traçado manual. θ não pode ser um número negativo ( θ ≥ 0). Perceba que se trata de uma curva com um comportamento espiral. Vamos fazer análise começando de um θ muito grande: lim θ→∞ √ 1 θ = 0 Portanto a curva partirá da origem tanto positiva quanto negativa- mente. O valor de r aumentará cada vez mais conforme sáımos do infinito e nos aproximamos do zero de modo que: lim θ→0 + √ 1 θ → +∞ lim θ→0 − √ 1 θ → −∞ Dessa forma, uma perna irá para infinito pelo lado positivo e outra pelo lado negativo, ambas se aproximando da reta θ = 0. Com isso já temos uma ideia do comportamento da curva. 9 Questão 8 Para resolver este exerćıcio podemos podemos fazer a análise de alguns pontos particulares para identificar a curva correspondente à equação polar dada, bem como poderemos, também, usar as relações de simetria. • (1)-III Em r = sin (θ/2) O que se percebe é que θ está confinado em uma função seno, portanto o valor de r estará confinado no intervalo [−1, 1] Com isso, descartamos as opções I, II, IV e VI. Sobrando apenas III e V. Para decidir entre essas duas, podemos comparar os valores para r quando passar sobre o eixo vertical, isto é quando θ = (2k + 1)π/2 k ∈ Z: k = 0→ r(π/2) = sin π 4 = √ 2 2 ≈ 0.7 k = 1→ r(3π/2) = sin 3π 4 = − √ 2 2 ≈ −0.7 Os demais ângulos (demais valores de k) apresentarão respostas semel- hantes. O único gráfico que coincide com estes pontos é o III. • (2)-V Podemos realizar a mesma análise da alternativa anterior, argumen- tando quecomo θ está confinado a uma função seno em r = sin (θ/4), r deve estar no intervalo [−1, 1]. Para diferenciá-lo da alternativa III, tomamos valores para r quando passar sobre o eixo vertical: k = 0→ r(π/2) = sin π 8 ≈ 0.4 10 k = 1→ r(3π/2) = sin 3π 8 ≈ 0.9 estes valores já são suficiente para escolher a alternativa V ao invés da III. • (3)-IV Podemos escrever: r = 1 cos 3θ Sabemos que a função é simétrica com relação ao eixo polar, pois se alterarmos θ por −θ a equação não é alterada, devido à propriedade par da função cosseno, o que já descarta a opção I. Além disso, temos um caso em que a função não é definida se cos 3θ = 0, em outras palavras toda vez que o cosseno se aproximar do valor de 0, a equação polar irá para infinito. Isto equivale dizer que a equação polar tem asśıntotas! O que, de cara, já elimina as opções restantes. Mas, para ter certeza, podemos calcular as candidatas a asśıntotas, pois correspondem aos ângulos que fazem cos 3θ = 0: 3θ = π/2→ θ = π/6 3θ = 3π/2→ θ = π/2 3θ = 5π/2→ θ = 5π/6 Os ângulos tomados dáı para frente entregarão os mesmos resultados. Portanto já identificamos as três asśıntotas da equação polar dada, elas coincidem exatamente com o que aparece no gráfico IV. • (4)-VI Observe que, como aparece um θ multiplicando o seno, o r desta equação não estará limitado. O que elimina os gráficos II, III e V. Além disso, a equaçõ para r não apresenta nenhuma indefinição quanto aos valores que podem ser assumidos por θ, portanto, não tem asśıntotas e eliminamos a opção IV. Podemos encontrar a resposta desse item analisando sua simetria. r é simétrica com relação ao eixo polar, pois: r(−θ) = −θ sin−θ = −θ(− sin θ) = θ sin θ = r(θ) Com isso, eliminamos a alternativa I. A única alternativa restante é a VI. 11 • (5) - II r é simétrica com relação ao eixo polar, pois: r(−θ) = 1 + 4 cos−5θ = 1 + 4 cos 5θ = r(θ) O que elimina a opção I. Como −1 ≤ cos (5θ) ≤ 1 Então: −3 ≤ 1 + 4 cos (5θ) ≤ 5 O que, por si só, elimina as demais opções. • (6) - I Este item é o único que temos de uma espiral. Observe que conforme θ cresce de (0 → +∞) r irá fazer o caminho contrário, pois são in- versamente proporcionais. Isto é, r vem do infinito quando θ = 0 e se aproxima de 0 conforme θ →∞. Talvez esteja se perguntando o porquê de o gráfico não tocar o 0. O fato é que o plot numérico limita um in- tervalo fixo para θ, fazendo com que o valor de θ vá até um θMAX que, numericamente, é menor que infinito. E portanto r estará desenhado até r(θMAX). Questão 9 Utilize a relação: A = ∫ b a 1 2 r2dθ • a) r = √ θ, 0 ≤ θ ≤ π/4 A = ∫ π/4 0 1 2 ( √ θ)2dθ = 1 2 ∫ π/4 0 θdθ = 1 2 · θ 2 2 ∣∣∣∣π/4 0 = 1 4 · ( π2 42 ) = π2 64 • b) r = eθ/2, π ≤ θ ≤ 2π A = ∫ 2π π 1 2 (eθ/2)2dθ = 1 2 ∫ 2π π eθdθ = 1 2 · eθ ∣∣∣∣2π π = e2π − eπ 2 12