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ITCMD - IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE QUAISQUER BENS E DIREITOS PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES. 1. O que é o ITCMD? O ITCMD – Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos, é o imposto de competência estadual, devido por toda pessoa física ou jurídica, que receber bens ou direitos de forma não onerosa, isto é, a título gratuito, seja por herança ou doação. 2. Quando ocorre o fato gerador do ITCMD causa mortis? O fato gerador do ITCMD causa mortis, ocorre no momento da abertura da sucessão hereditária (legítima, testamentária ou provisória), ou seja, na data do óbito. Nota: Nas transmissões “causa mortis”, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros e/ ou legatários. 3. Quando ocorre o fato gerador do ITCMD doação? O fato gerador do ITCMD doação, ocorre no momento: · da celebração do contrato de doação, a qualquer titulo, de bens imóveis, bens móveis, títulos, créditos, e direitos a eles relativos; da transmissão do direito real; · da homologação da partilha ou adjudicação, decorrente de inventário, separação, divórcio, ou dissolução de união estável, em relação ao excedente de meação e quinhão que beneficiar uma das partes; · da lavratura da escritura pública de partilha ou adjudicação extrajudicial, decorrente de inventário, separação, divórcio ou dissolução de união estável, em relação aos excedentes de meação e de quinhão que beneficiar uma das partes; · do arquivamento nos órgãos competentes, na hipótese de transmissão de quotas de participação em sociedade ou do patrimônio de empresário individual. Nota 1: Considera-se doação qualquer ato ou fato em que o doador, por liberalidade, transmite bens, vantagens ou direitos de seu patrimônio, ao donatário que os aceita, expressa, tácita ou presumidamente, incluindo-se as doações efetuadas com encargos ou ônus. Nota 2: Considera-se excedente de meação ou de quinhão, o valor atribuído ao cônjuge, ao companheiro ou herdeiro, superior à fração ideal a qual fazem jus, conforme determinado no Código Civil. Nota 3: Nas doações haverá tantos fatos geradores quantos donatários houver. 4. Qual o procedimento para pagamento do ITCMD? Inicialmente o contribuinte deverá apurar o imposto, uma vez que, o lançamento do ITCMD, conforme previsto na legislação tributária, é do tipo por homologação, que é aquele lançamento cujo dever de apurar e antecipar o pagamento do tributo devido, é atribuído ao sujeito passivo, sem prévio exame da autoridade administrativa (conforme previsto no art.150, caput e §§, do Código Tributário Nacional, combinado com a Portaria SEFAZ/SE n° 078/2014). Após, feita a apuração e, resultando a mesma em pagamento do imposto de transmissão, o contribuinte ou seu representante legal, deverá emitir o DAE (Documento de Arrecadação Estadual), para recolher o imposto devido ao Estado de Sergipe, através do site: www.sefaz.se.gov.br, acessando o PORTAL ITCMD ⇒ TIPO DE PROCESSO. Ressaltamos que, deverão ser emitidos tantos DAE's, quantos herdeiros/ donatários houver. Nota 1: Em se tratando de transmissão causa mortis, ao emitir o DAE, o contribuinte deverá informar no campo "Observação", o nome e o CPF do inventariado. Nota 2: Em se tratando de transmissão inter vivos, não onerosa (doação), ao emitir o DAE, o contribuinte deverá informar no campo "Observação", o nome e o CPF do doador. 5. É possível parcelar o ITCMD? Sim. Nas transmissões “causa mortis” e nas doações de quaisquer bens ou direitos, o pagamento de débitos de ITCMD, juntamente com os seus respectivos consectários, poderá ser parcelado em até 12 (doze) prestações mensais, iguais e sucessivas. 6. Quais os prazos previstos para o pagamento do ITCMD causa mortis? O prazo para pagamento do imposto causa mortis, está previsto na legislação estadual vigente à época do fato gerador (evento morte). 7. Quais os prazos previstos para o pagamento do ITCMD doação? O prazo para pagamento do imposto inter vivos, está previsto na legislação estadual vigente à época do fato gerador (doação). 8. Quem deve pagar o ITCMD? O contribuinte responsável pelo pagamento do ITCMD é: · Nas transmissões causa mortis: o herdeiro ou legatário. · Nas transmissões por doação: o donatário (aquele que recebe os bens ou direitos). · Na cessão a título gratuito: o cessionário · Na transmissão de direitos reais: o beneficiário · Na instituição de fideicomisso: o fiduciário · Na substituição do fideicomisso: o fideicomissário Nota: São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto, inclusive pelos acréscimos legais devidos, todos os elencados no artigo 18 da Lei 7.724 de 08 de novembro de 2013, que dispõe sobre o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos – ITCMD do Estado de Sergipe. 9. Em quais agências bancárias poderá ser efetuado o pagamento do ITCMD? Para efetuar o pagamento do DAE, referente ao ITCMD, o contribuinte deverá utilizar o internet banking ou caixas de auto atendimento dos seguintes bancos: Caixa Econômica Federal; Banco do Brasil; Banese; Santander e Banco do Nordeste. 10. Qual valor deve-se atribuir aos bens transmitidos? A base de cálculo do ITCMD é o valor venal (valor de mercado) do bem ou direito transmitido, expresso em moeda corrente nacional. Nota: As particularidades referentes à base de cálculo, encontram-se normatizada nos arts. 10 ao 13-B da Lei nº 7.724/ 2013. 11. Quais as alíquotas do ITCMD causa mortis? As alíquotas devidas, na transmissão causa mortis, são as alíquotas constantes na lei vigente à época do fato gerador (evento morte): FATOS GERADORES ATÉ 31/12/1981, APENAS SOBRE BENS IMÓVEIS: 2% Base legal: Art. 14, I, “c” da Lei nº 2.070/ 1976. FATOS GERADORES DE 01/01/1982 ATÉ 31/03/1989, APENAS SOBRE BENS IMÓVEIS: 4% Base legal: Art. 14, II, “c” da Lei nº 2.070/ 1976. FATOS GERADORES DE 01/04/1989 ATÉ 10/11/2013, SOBRE TODOS OS BENS: 4% Base legal: Art. 10 da Lei nº 2.704/ 1989. FATOS GERADORES DE 11/11/2013 ATÉ 31/12/2015, SOBRE TODOS OS BENS: 4% Base legal: Art. 14, I da Lei nº 7.724/ 2013. FATOS GERADORES DE 01/01/2016 ATÉ 30/03/2019, SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 2% (acima de 1.000 até 3.500 UFP/ SE); 4% (acima de 3.500 até 7.000 UFP/ SE); 6% (acima de 7.000 até 14.000 UFP/ SE) E 8% (acima de 14.000 UFP/ SE). Base legal: Art. 14, I da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.044/ 2015. FATOS GERADORES DE 31/03/2019 ATÉ 23/04/2019, SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 3% (acima de 200 até 2.417 UFP/ SE); 6% (acima de 2.417 até 12.086 UFP/ SE) E 8% (acima de 12.086 UFP/ SE). Base legal: Caput do Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.498/2018. FATOS GERADORES DE 24/04/2019 ATÉ 31/07/2019, SOBRE TODOS OS BENS: 2% Base legal: Art. 14, §4º da Lei nº 7.724/2013, acrescentado pela Lei nº 8.520/ 2019. FATOS GERADORES DE 01/08/2019 ATÉ 07/11/2019, SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 3% (acima de 200 até 2.417 UFP/ SE); 6% (acima de 2.417 até 12.086 UFP/ SE) E 8% (acima de 12.086 UFP/ SE). Base legal: Caput do Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.498/2018. FATOS GERADORES DE 08/11/2019 ATÉ 30/11/2019, SOBRE TODOS OS BENS: 3% Base legal: §4º do Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, acrescentado pela Lei nº 8.520/ 2019, alterado pela Lei nº 8.594/ 2019. FATOS GERADORES DE 01/12/2019 ATÉ 11/08/2020, SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 3% (acima de 200 até 2.417 UFP/ SE); 6% (acima de 2.417 até 12.086 UFP/ SE) E 8% (acima de 12.086 UFP/ SE). Base legal: Caput do Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.498/2018. FATOS GERADORES DE 12/08/2020 ATÉ..., SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 3% (acima de 200 até 2.417 UFP/ SE); 6% (acima de 2.417 até 12.086 UFP/ SE) E 8% (acima de 12.086 UFP/ SE). Base legal: Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.729/2020. 12. Quais as alíquotas do ITCMD doação? As alíquotas devidas, na transmissão inter vivos não onerosa (doação), são as alíquotas constantes na lei vigenteà época do fato gerador (doação): FATOS GERADORES ATÉ 31/12/1981, APENAS SOBRE BENS IMÓVEIS: 2% Base legal: Art. 14, I, “c” da Lei nº 2.070/ 1976. FATOS GERADORES DE 01/01/1982 ATÉ 31/03/1989, APENAS SOBRE BENS IMÓVEIS: 4% Base legal: Art. 14, II, “c” da Lei nº 2.070/ 1976. FATOS GERADORES DE 01/04/1989 ATÉ 10/11/2013, SOBRE TODOS OS BENS: 4% Base legal: Art. 10 da Lei nº 2.704/ 1989. FATOS GERADORES DE 11/11/2013 ATÉ 30/03/2019, SOBRE TODOS OS BENS: 4% Base legal: Art. 14, II da Lei nº 7.724/ 2013. FATOS GERADORES DE 31/03/2019 ATÉ 23/04/2019, SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 3% (acima de 200 até 2.417 UFP/ SE); 6% (acima de 2.417 até 12.086 UFP/ SE) E 8% (acima de 12.086 UFP/ SE). Base legal: Caput do Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.498/2018. FATOS GERADORES DE 24/04/2019 ATÉ 31/07/2019, SOBRE TODOS OS BENS: 2% Base legal: §4º do art. 14 da Lei nº 7.724/2013, acrescentado pela Lei nº 8.520/ 2019. FATOS GERADORES DE 01/08/2019 ATÉ 07/11/2019, SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 3% (acima de 200 até 2.417 UFP/ SE); 6% (acima de 2.417 até 12.086 UFP/ SE) E 8% (acima de 12.086 UFP/ SE). Base legal: Caput do Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.498/2018. FATOS GERADORES DE 08/11/2019 ATÉ 30/11/2019, SOBRE TODOS OS BENS: 3% Base legal: §4º do Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, acrescentado pela Lei nº 8.520/ 2019, alterado pela Lei nº 8.594/ 2019. FATOS GERADORES DE 01/12/2019 ATÉ 11/08/2020, SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 3% (acima de 200 até 2.417 UFP/ SE); 6% (acima de 2.417 até 12.086 UFP/ SE) E 8% (acima de 12.086 UFP/ SE). Base legal: Caput do Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.498/2018. FATOS GERADORES DE 12/08/2020..., SOBRE TODOS OS BENS. VIDE ESCALONAMENTO DE ALÍQUOTAS: 2% (acima de 200 até 6.900 UFP/ SE); 4% (acima de 6.900 até 46.019 UFP/ SE) E 8% (acima de 46.019 UFP/ SE). Base legal: Art. 14 da Lei nº 7.724/ 2013, alterado pela Lei nº 8.729/2020. 13. Quais os casos de imunidade, isenção ou não incidência do ITCMD? Para conhecer os casos de imunidade, isenção ou não incidência do ITCMD, o contribuinte deverá consultar a lei vigente à época do fato gerador respectivo. 14. O Rol de Lançamento e a Declaração da Prefeitura local, do exercício do pagamento do ITCMD, informando o valor venal do imóvel, são obtidos onde? O Rol de Lançamento é obtido na Secretaria de Finanças da Secretaria Municipal da Fazenda de Aracaju, situada na Pça. General Valadão, nº 341, Centro, nesta Capital (ao lado do Banco do Brasil); já a Declaração da prefeitura local é obtida na Prefeitura onde está localizado o imóvel respectivo. 15. É possível o herdeiro aceitar a herança no inventário e renunciar aos bens sobrepartilhados, na sobrepartilha? Não. Se o herdeiro aceitou a herança no inventário e depois renunciou aos bens sobrepartilhados na sobrepartilha, opera-se na realidade uma transmissão inter vivos, uma vez que, de acordo com o princípio da integralidade da renúncia, a mesma se dá sobre a totalidade dos bens deixados pelo autor da herança, arrolados no inventário e na sobrepartilha, sendo vedada a renúncia parcial (Art. 1.808, caput do CC).