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Economia Açucareira no Brasil


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A economia açucareira 
nordestina nos séculos 
XVI e XVII
Furtado: capítulos 3 a 12
Sumário
• Introdução
• Mercado de açúcar 
• Cana no Brasil
• Produção e tecnologia
• Mão-de-obra
• Renda, rentabilidade e dinâmica da 
economia açucareira
Introdução
• Povoamento do Brasil: além do extrativismo
• Colonização agrícola: desafio
• Açúcar: demanda crescente
• Primórdios: Algarve e Ilha da Madeira
• Elementos embrionários: 
– escravos - propriedades reduzidas
– engenho real - capitais flamengos e florentinos
– senhores de engenho e lavradores de cana
14 engenhos e 209 proprietários em 1494
Mercado de açúcar
• Do luxo a massa: crescimento da oferta  
preços ainda no século XV e início XVI
elevação do consumo mais popular: doces e confeitos
• Expansão do mercado: distribuição – Evaldo
portugueses não tinham grande frota marítima
• Flamengos no século XVI  Holandeses no XVII
• Cristãos-novos portugueses
• Refino do açúcar: Antuérpia  Amsterdã
em 1595 3 a 4 refinarias  25 em 1620 e 50 em 1662
• Investimentos elevados: financiamento
compras e vendas a crédito: açúcar e importados
Usura: juros limitados
“Somente os mercadores estavam autorizados a auferir juros em 
empréstimos, mas com taxas limitadas a 12% ao ano e que não 
ultrapassassem o ganho que pudessem granjear comerciando 
com o valor emprestado. A Inglaterra seguiu a mesma política, e 
Henrique VIII fixou um limite de 10%, que, depois de revogado 
por seu filho, foi restaurado por Elisabeth I em 1571, para ser 
reduzido a 8% em 1624.[...] Os juros de mercado para 
empréstimos a mercadores teriam caído de cerca 8% em 1596 
para cerca de 7% em 1610, e abaixo de 5,5% no final da década, 
segundo Oscar Gelderblom e Joost Jonker, ou, de acordo com 
Pit Dehing, de cerca de 10%, entre 1600 e 1604, para 6,5%, em 
média, entre 1610 e 1614.{B}/[nota 8] Em Portugal, como 
veremos, admitiam-se taxas de até 12% ao ano nas letras de 
câmbio. (STRUM, 2012, p. 341)
Cana-de-açúcar no Brasil
• Primeiras mudas e engenho de cana em São 
Vicente (1533) – Martim Afonso de Souza –
financiamento flamengo: engenho dos Erasmos
• Duarte Coelho em PE: preocupação com a 
distribuição, financiamento e diversificação
falece em 1554 e a capitania tem 5 engenhos
• Governo Geral (1548): reativa a Bahia
jesuítas em 1549: catequese indígena 
• Expansão na segunda metade do século XVI, 
principalmente após 1570
• Não há restrição de terras, solo e clima favorável
Produção da Madeira, São 
Tomé e Brasil
Dízimo imposto sobre 10% do valor da produção
Primeiros relatos
• Pero de Magalhães Gandavo, escrevendo 
possivelmente na sexta década do século XVI, 
relaciona os engenhos do Brasil:
Itamaracá: um engenho e dois em construção 
Pernambuco: 23 engenhos, dos quais 3 ou 4 em construção
Bahia de Todos os Santos: dezoito engenhos 
Ilhéus: oito engenhos
Porto Seguro: cinco engenhos
Espírito Santo: um engenho
São Vicente: quatro engenhos
Total de 62 engenhos de açúcar, sendo 5 ou 6 em construção
• Ambrósio Fernandes Brandão, autor dos "Diálogos das Grandezas
do Brasil" (1618), afirma-nos: “É necessário que tenha 50 peças de
escravos de serviço bons, 15 ou 20 juntas de bois com seus carros
necessários aparelhados, cobres bastantes e bem concertados,
oficiais bons, muita lenha, formaria, grande quantidade de dinheiro,
além de serem muito liberais em darem a particulares dádivas de
muita importância.”
Produção e tecnologia - I
• Cana própria e dos lavradores
lavradores: livres, obrigados e arrendatários
• “Uma máquina e fábrica incrível” (Pe 
Fernão Cardim, 1583-90)  Antonil 
• Regadio na Europa e Ilhas  fábrica
• Etapas da produção: cultivo, moagem, 
cozimento e purga - complexidade
• Variáveis chaves: tempo, jornadas longas, 
especialização e qualificação - mestre
• Escala: grande número de braços – 50 a 60
Antonil
MOEM-SE AS CANAS metendo algumas delas, limpas da palha e da lama 
(que para isso, se for necessário, se lavam), entre dous eixos, aonde, 
apertadas fortemente, se espremem, metendo-se na volta que dão os eixos, 
os dentes da moenda nas entrosas, para mais as apertar e espremer entre os 
corpos dos eixos chapeados, que vêm a unir-se nas voltas; e, depois delas 
passadas, torna-se de outra parte a passar o bagaço, para que se esprema 
mais, e de todo o sumo, ou licor que conserva. E este sumo (ao qual depois 
chamam caldo) cai da moenda em uma cocha de pau, que está deitada 
debaixo da ponte dos aguilhões, e daí corre por uma bica a um parol metido 
na terra, que chamam parol do caldo, donde se guinda com dous caldeirões 
ou cubos para cima, com roda, eixo e correntes, e vai para outro parol, que 
está em um sobradinho alto, a quem chamam guinda, para daí passar para a 
casa das caldeiras, aonde se há de alimpar. 
No espaço de vinte e quatro horas, mói-se uma tarefa redonda de vinte e 
cinco até trinta carros de cana, e em uma semana das que chamam solteiras 
(que vem a ser, sem dia santo) chegam a moer sete tarefas, e o rendimento 
competente é uma forma ou pão de açúcar por fouce, a saber, quanto corta 
um negro em um dia. Nem o fazer mais açúcar depende de moer mais cana, 
Produção e tecnologia - II
• Incentivos da Coroa: controle da tecnologia
• Restrição da moagem: força hidráulica 
• Engenho de Entrosas: inovação ±1610 
– Três rolos na vertical, A. B. Castro
• Engenhos mais eficientes e movido a tração 
animal  expansão canavieira
• Cresce a produção média dos engenhos
• Melhor participação aos lavradores na renda
Ilha da Madeira desloca-se para a vinicultura
Antonil
Quem chamou às oficinas, em que se fabrica o açúcar, engenhos, acertou 
verdadeiramente no nome. Porque quem quer que as vê, e considera com 
a reflexão que merecem, é obrigado a confessar que são um dos 
principais partos e invenções do engenho humano, o qual, como pequena 
porção do Divino, sempre se mostra, no seu modo de obrar, admirável. 
Dos engenhos, uns se chamam reais, outros, inferiores, vulgarmente 
engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de 
que se compõem e de todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande 
número de escravos, com muitos canaviais próprios e outros obrigados à 
moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com água, à 
diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos 
e aparelhados; ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das 
oficinas necessárias e com pouco número de escravos, para fazerem, 
como dizem, o engenho moente e corrente. 
Mão-de-obra – I 
• Escravidão: escassez populacional na Europa 
e abundância de terras na colônia
• Trabalho no engenho “insuportável” ao 
europeu, só por curto período nas Antilhas
• Indígenas: dificuldade do trabalho excedente, 
além da subsistência
– Mortalidade e epidemias
– resistência e fugas
– Relegado às áreas mais pobres  índio administrado
– Reduções jesuítas no NO e Sul
Além das doenças: Guerras do gentio
Proibições à escravidão indígena
Mão-de-obra – II
• Africano: “são as mãos e os pés do senhor” Antonil
– Já empregado na Madeira e em Portugal desde 1441
– Tráfico amplia acumulação - Novais
• Associação com povos locais facilitou a oferta 
africana regular de braços
• Escravos ocuparam até mesmo as funções mais 
qualificadas
• Assalariados também trabalhavam em menor número
• Diferenciação entre senhores e lavradores
• Sistema do Brasil: concessão de roças aos escravos
adotado no Caribe: brecha camponesa na escravidão?
Mão-de-obra qualificada
Stuart Schwartz (1977, p. 73)
Caso de um engenho na Bahia em 1789:
“Em um determinado número de pontos fica claro que os
escravos estavam acostumados a criarem o seu próprio
sustento. As demandas por dois dias livres, de
responsabilidade para o senhor do Engenho, com o direito
de pescar, plantar arroz, e de cortar lenha indicam um certo
grau de independência econômica e de auto–suficiência. O
fato de que estes escravos eram capazes de produzir um
excedente comercializável é sublinhado pela sua exigênciade que o proprietário da plantação deveria lhes emprestar
um grande barco para transportar os seus produtos para o
mercado em Salvador e libertá–los dos habituais custos de
transporte.”
Elione Guimarães (2009)
Mar de Espanha (MG) em 1870:
Costa Fonseca, o primeiro administrador, relatou que
pouco após assumir a gerencia dos bens:
Diversos escravos apareceram logo reclamando o
pagamento do que o falecido Casimiro lhes ficou a dever
de mantimentos que plantaram e colheram em dias
santificados, e eu depois de me informar dos empregados
e pessoas da casa sobre a veracidade das dividas e tendo
em vista diversos assentos em tiras de papel que me
apresentaram os mesmos escravos e calculando que
pouco poderia exceder de [espaço em branco] não
duvidei a fazer o pagamento reclamado.
Piastras: 8 reales Felipe II – Sergovia
Escudo de Portugal 
27 gramas de prata e 4 cm
Monopólio e desarticulação
• Quase monopólio da produção de açúcar desde o 
final do século XV
• Espanha afluxo dos metais preciosos, geração de um 
excedente  G militares e corte  déficit 
comercial  saída de prata
Decadência não levou a expansão da produção de açúcar
• União Ibérica (1580-1640)
morte de D. Sebastião (1578)  D. Henrique 
Aceitação de Felipe II (Habsburgo) como rei
Solução distinta da Revolução de Avis – havia alternativa
Interesse da burguesia, ligações da nobreza e as tropas 
espanholas
União Ibérica 
• Consequências
fim de Tordesilhas  desbravar o interior
avanço na foz do Amazonas: Belém 1616
comércio no Prata – Peru: prata
fornecimento de escravos africanos para os espanhóis: 
asiento para portugueses desde 1583
Ordenações Filipinas de 1603 
Tribunal da Relação na Bahia em 1609
retração das relações com a Holanda
• comércio “livre” com os holandeses: 1580-1605
crescente pirataria: caravelas  naus
urcas e fluits na exportação do açúcar: maior porte
trégua de 1609 a 1622 entre Espanha e Províncias Unidas
Concorrência crescente
• Ingleses e Holandeses ao final do século XVI
redução de riscos do comércio: seguro
• Criação de companhias
sociedade em cada viagem: lucro de até 400% pimenta
EIC (1600) e VOC (1602): fortes perdas no Oriente
Império português concentra-se no Atlântico
• Companhias vantagens:
– privada e aval do Estado: monopólio de comércio asiático
– sociedade por ações (Bolsa em 1610) e registro contábil
– demanda inelástica e oferta elástica: controlar a oferta
– capital permanente
mais recursos e melhor diluição dos riscos: longo prazo
EIC VOC
1600-10 17 76
1610-20 77 117
1620-30 58 141
1630-40 59 157
1640-50 75 164
Dividendos 10% depois 1630
Companhia das Índias Ocidentais
• Conflitos crescentes com Habsburgos
• Constituída em 1621 por refugiados de Antuérpia
• Invasão da Bahia em 1624
sem sucesso
• Pernambuco (1630) e depois África
– Ocupação conjunta América e África: tráfico
– Conquistar os produtores: açúcar e alimentos
– Financiamento aos produtores
Recife 
holandês
1639
Restauração portuguesa (1640-68)
• Afluxo de prata reduziu-se após 1620
menores ganhos aos comerciantes portugueses
• Desinteresse pelos territórios ultramarinos portugueses 
 descontentamento com a União
• Nova dinastia de Bragança – 1640
Reconquista com apoio Francês: conflito longo e 
reconhecimento difícil 
 retomada de Angola em 1648 e PE em 1654
• Guerra e custos elevados da reconquista portuguesa
inspirado nos dízimos da Igreja criou-se a décimas da 
Coroa (1641-1668)
• Política de neutralidade dos conflitos europeus
Holanda e a concorrência
• Holandeses levam a técnica para o Caribe 
menor distância da Europa e grandes recursos
sistema de plantation: GBR, FRA e HOL
• Mantém o tráfico de escravos para América 
Espanhola: assiento 1667
• Concorrência  quebra do monopólio
↓ P açúcar 1650 3$500
1668 2$400
1688 1$300
• Retração das exportações portuguesas
levantar a moeda  quebrar 6 vezes entre 1640-88 e 
desvalorizar em 243%
última desvalorização da moeda: 20% em 1688
valores das dívidas mantiveram-se: favorecendo devedores
Carrara, 2011, p. 16
Reação portuguesa
• Crise colonial
• Medidas do Conde de Ericeira: 1686 a 1687
incentivo à exportação para o Brasil de manufaturas 
portuguesas  proteção as fábricas portuguesas
construção de navios: Marques de Fronteira
crescimento da vinicultura
tráfico de escravos para Espanha continua: asiento
aproximação da Inglaterra – acordos 1642, 1654 e 1661
• Companhia Geral do Brasil em 1649
sistema de comboio: frotas para proteção e exclusivo
fornecimento regular de escravos
companhia não foi bem sucedida, fim do exclusivo em 1658
mas frotas de retorno a Portugal continuam até 1765
Caribe
• Caribe: disputa GBR e FRA
início pequena propriedade e mão-de-obra branca
sucesso comercial: fumo  plantation escravista
Furtado: açúcar “incompatível com o sistema da pequena 
propriedade”
Demanda: bens de subsistência da América do Norte
Falta de recursos hídricos e madeira
• EUA: liberdade de comerciar as Antilhas francesas
conflitos entre as potências no século XVIII
grande fornecedor de produtos: abastecimento do Caribe
rum para o comércio com os escravos
Capitalização e Renda 
Furtado, cap. 8-9
• Indústria do açúcar: características
 Investimento e escala grande: equipamentos e 
escravos importados
 Capital variável pequeno - 1/5 do fixo 
 escravos capital variável ou fixo?
 elevada lucratividade  reinvestimento
 larga escala de produção
 mão-de-obra especializada
 economia reflexa: dependência Y = f(X)
“Economia primária exportadora”
Capitalização e Renda: Furtado
• 120 engenhos: capital de 1,8 milhões £
• 15 mil cativos no setor açucareiro: 375 mil £
• X = 2,5 milhões no final do século XVI
• Renda líquida exportada = 1,5 milhões 
fretes, tributação, juros e comerciantes = 1 milhão
• Hipótese: Export. = 0,75 Renda
• Renda total = 2 milhões para 30 mil livres
• Riqueza da colônia: renda per capita elevada
Fluxo de renda: Furtado
• Gastos monetários da economia açucareira 
Renda líquida da colônia 1,5 milhões £
serviços internos: frete/armazém (5%)
salários (2%), gado e lenha (3%) -0,15 
Proprietários recebem 90% 1,35
Reposição dos fatores externos -0,15
Lucro dos produtores coloniais 1,2
Gastos de bens de consumo importado -0,6
Capital de 1,8, mas apenas 1,2 monetário
Lucro de 50%  duplicação em dois anos
• Despesa interna restrita: gado e lenha, 
transporte/armazém e salários = 10% da renda
Fluxo de renda e rentabilidade
• Reduzido efeito multiplicador da renda
– Elevado coeficiente de importação
– Concentração da renda
• Negócio nobre
rentabilidade extraordinária
• Possibilidade quase ilimitada de expansão, 
esterilizada por meio de gastos conspícuos 
renda de não residentes enviada ao exterior: comerciantes
• Potencial não realizado, evitando queda dos preços
administra a oferta para evitar perda de receita?
Stuart Schwartz
• Phd Columbia em 1968: 
Tribunal da Relação da Bahia 1609-1751
• Segredos internos: engenhos e escravos na 
sociedade colonial 1550-1835 (1985 e 1988)
• Professor de História da Universidade de Yale
“O que falta em Casa Grande & Senzala é aquela gama de pessoas que 
não eram nem senhores e nem escravos. O mundo dos engenhos era 
cheio de vários grupos sociais. Eu acho que a minha contribuição 
principal é essa: o reconhecimento dos lavradores de cana, as pessoas 
livres que viviam às margens dos engenhos, artesãos, carreiros, 
ferreiros, ex-escravos que viviam também no mundo dos engenhos. 
Tudo isso é bastante ausente no livro de Gilberto Freyre. Ele trata do 
mundo do senhor e do escravo como se essa fosse a única relação 
naquela época.”
Recôncavo baiano
• Schwartz e Barickman: novas fontes para 
sociedade açucareira: inventários e livros 
contábeis
• Lucratividade de 5% a 10% no século XVIII
• Taxa de juros de 5% a 6% ao ano entre 1680-1715
• Engenho não era um enclave: 
fortes encadeamentos internos, importância dos 
alimentos, como farinha
1666-Albernaz-Engenhos
Capital e despesas - Schwartz• Importância das terras e escravos no capital
animais no máximo de 15,4% em 1716
• Equipamentos menores gastos
no máximo 13,5% em 1741
• Diferença de senhores e lavradores
lavradores + concentrados em escravos e – em 
terras, equipamentos e edifícios
• Gastos do Engenho: não era um enclave
Salários = Escravos = Lenha ≈ 20%
Alimentos = equipamentos ≈ 10%
% Ativo na riqueza 
Terras Escravos
1716 28% 36%
1741 30% 42%
1816 53% 19%
Lucro dos Engenhos - Schwartz
• Beneditinos (1652-1780)
Retorno 40,3% em 1652-56 e 10,3% em 1663-67
8,6% em 1700-03
• Engenho Sergipe do Conde (1611-1754)
Retorno líquido de 565 mil réis a 1:578
Capital estimado do engenho 46:800
Retorno = 1,2% a 3,4%
• Engenho Santana (1730-1750)
Retorno de 2% a 4%
• Antilhas Britânicas
Lucro de 5% a 10%
Estimativa de Lucro 
na Economia Açucareira Bahiana
• 1758
158 engenhos, capital médio de 24 contos de réis
Lavradores de cana / engenho = 4
Lavrador de cana, capital médio de 4 contos
Engenhos= 180x24= 4.320 Lavouras=180x4x4=2.880
Capital total = 7.200 Exportação = 450 
Retorno = 450/7200 = 6,25%
• Taxa bruta – taxa de juros oficial = líquida
Retorno estimado de 3%
Renda melado e aguardente + 1% a 2%
Post - 1651
Modesto Brocos - 1892
Mercado Interno - I
• Dois setores: exportação e mercado interno
• Subsistência X mercado interno
não monetário: “um mercado de ínfimas 
dimensões” - Furtado
• Especialização conduziu a fomes
• Lei obriga a plantar mandioca a partir de 1642, reeditada 
em 1688, 1690, 1701 e até 1798: 500 covas por escravo
Holandeses também recorreram a tal prática e ao confisco
• Escassez  preços elevados dos alimentos 
Açúcar 1.760 réis por @ em 1637 
Carne 312 réis por @ em 1682
Mandioca 192 réis por alqueire em 1674
Escravo 50.000 réis em 1636-37
Manuel Ferreira da Câmara
• Senhor de engenho rico e ilustrado na Bahia
• “não planto um só pé de mandioca, para não 
cair no absurdo de renunciar a melhor cultura 
do país pela pior que nela há” (1807)
• “O certo é que nunca se vendeu o açúcar pelo 
preço que se compra hoje a farinha; e que o 
líquido produto deste não tem chegado a 
ninguém para se sustentar, e aos escravos.” 
(1834)
Preço real da 
farinha
(preços por meio cesta 
de bens)
e
Preço do açúcar 
branco em 
farinha
Mercado interno - II
• Três possibilidades de abastecimento
produção própria: autoconsumo na propriedade
brecha camponesa: terra e tempo para os escravos 
 autoconsumo X excedentes
compra de outros produtores
• Beneficiamento mais simples: 
raspar, lavar, ralar, prensar, peneirar e torrar
• Demanda rural e urbana
senhores que preferem comprar a farinha de mandioca e gado do 
que produzir ou dar pequenos lotes
população das cidades demandavam alimentos
• Divisão do espaço entre grande lavoura e mercado interno
Grande lavoura: açúcar
Lavoura de abastecimento: mandioca, fumo e gado associado
Pecuária extensiva: distante do litoral
Delimitação do espaço
• “o decreto deixa transparecer uma política definida: a 
de limitar em áreas próprias e resguardar as três 
paisagens que passarão a configurar a economia rural 
da Colônia, isto é, a grande lavoura com seus campos 
definidos, incluída a área industrial, a lavoura de 
abastecimento que atendia aos interesses de 
consumidores urbanos e comerciantes de Salvador, 
devendo incluir a criação controlada de animais de tiro 
necessários ao transporte das mercadorias ao porto e, 
por fim, a pecuária extensiva na fronteira móvel, a 
cargo de sesmeiros e arrendatários, último elo 
fundamental de um macro-modelo agrário.” (Linhares, 
1996, p. 106)
Mercado interno - III
• Pecuária
projeção da economia açucareira
extensiva e itinerante: pequeno investimento (primeiros animais)
densidade econômica muito reduzida
Prado Jr: “a única, afora as destinadas aos produtores de 
exportação, que tem alguma importância”
dificuldade de criação no litoral e até proibição em 1701 a 10 léguas 
da costa  caatinga
restrição era o sal, mas havia afloramentos próximos ao São Francisco
• civilização do couro
roupas, móveis e utensílios
• Escravidão na pecuária?
absenteísmo e sistema da quarta: crias
• Dinâmica própria da pecuária: permanente expansão
sem fatores limitativos a expansão: pastos naturais abundantes
produtividade e especialização reduzida
expansão vegetativa: renda média diminui
Capistrano de Abreu - Capítulos
Mercado: oferta regular e numerosos produtores
Furtado: total de 650 mil cabeças na BA e PE no início do XVII
Antonil: estimativa de um estoque de 1,5 milhões em 1711
Bahia 500 mil, Pernambuco 800 mil, RJ 60 mil e SP 140 mil
só na Bahia matança anual de 55 mil cabeças
Furtado: fluxo de 50 mil cabeças consumidas
Demais bens de mercado interno
• Outros bens agrícolas típicos de mercado interno
milho, feijão, arroz, banana – pequenos produtores
convívio com a produção de exportação
• Madeiras
lenha, construção de casa, móveis e navios
• Olarias, ferreiros, latoeiros, tecelã e fiadora
telhas, tijolos, ferraduras, tachos, tecidos e fios etc.
• Sal
importado por contrato de estanco e produzido localmente
• Produtos vendidos no interno e externo
gado no interno e couros no externo
açúcar no externo e aguardente no interno e África
• Comércio entre colônias
Brasil e África e Prata
Dinâmica da Economia - I
• Escravidão não impossibilitou o mercado interno
• Relação positiva: não rival
economia interna e de exportação – crescimento conjunto 
• Crescimento extensivo  +terra +cativos nos dois setores
fronteira aberta ≠ Caribe
• Quase monopólio português quebrado no início do XVII
deslocamento da produção para Antilhas  declínio dos 
preços na segunda metade do século XVII 
• Flutuação dos preços do açúcar  ∆ Rentabilidade
• Oferta inelástica de produção a curto prazo
preservação da estrutura produtiva: capacidade ociosa
Complexo Nordestino
• Pecuária setor amortecedor dos choques externos
• Manutenção da produção açucareira: 
custos fixos e interação com a subsistência
• Complexo Nordestino
• Retração: reduzida pressão de custos monetários
assalariados  escravos
postergação da reposição externa: mão-de-obra e 
equipamentos
• Economia resistente a redução de preços
Dinâmica da Economia - II
• Sem pressão social por mudança da sociedade
• Absorção dos excedentes populacionais do 
litoral pela subsistência
• Involução econômica: 
↓ renda per capita e da produtividade
Crescimento populacional e animal: endógeno
• Tendência: lento processo de atrofiamento até hoje
• Conjuntura favorável em certos momentos
crise em outros produtores das Antilhas
Considerações finais
• Sucesso da colonização
• Expansão açucareira até meado do século XVII, 
após mantido o patamar de produção
• Elementos: escravidão africana, articulação com o 
setor interno  condicionamento mútuo
• Controle e melhora da tecnologia: monopólio
• Riqueza considerável para a metrópole e colônia, 
mas lucros não tão fabulosos
• Economia de dois setores: exportador e interno
formação do Complexo Nordestino
Crise econômica e expansão territorial
• Mercado mais concorrencial
diferentes produtores  ↓ P açúcar  interiorização
• Portugueses controlam a foz do Amazonas
atividade econômica
• Maranhão: açorianos em 1619
Pará em 1667 e depois em Macapá em 1751
conflitos com os jesuítas para escravizar indígenas
Companhia Geral do Maranhão em 1682
revolta de Beckman em 1684: expulsão dos jesuítas e conflitos com a 
companhia  outras no período: Palmares, mascates
• Pará prospera no século XVIII
exportação de produtos da floresta: cacau, canela, cravo, baunilha
dispersão faz depender dos indígenas na extração
colaboração dos jesuítas em manter estruturas comunitárias
• São Vicente e São Paulo
açúcar não prospera também e dificuldade com os escravos indígenas
Colônia de Sacramento em 1680: escravos mercadoria importante
1740 – Albrizzi
Comércio do Rio da Prata
“No Rio da Prata tal foi a atração exercida pelo comércio de 
escravos que os governadores solicitavam ao Rei seus saláriosem 
licenças de escravos; os juízes que funcionavam nos arremates de 
escravos, preferiam receber em escravos negros o terço que lhes 
cabia.” (Canabrava, 1984, 140).
“Importante lembrar que parte dos africanos desembarcados no Brasil 
foi, legal ou ilegalmente, reembarcada para Buenos Aires, de onde 
seguiam para as minas de Potosi. Foi em troca desses escravos que os 
portugueses tiveram acesso à prata espanhola. Referindo-se ao Brasil, 
o viajante Pyrard de Laval, que passou pelo Brasil em 1610, declarou 
nunca ter visto uma terra onde a prata circulasse tão livremente. 
Depois de 1621 esse circuito de contrabando foi atacado pelas ações 
do governo no Rio da Prata e por uma mudança geral na economia 
atlântica, mas, mesmo em menor escala do que desejavam os 
moradores de Buenos Aires e os comerciantes do Brasil, o 
contrabando de escravos e prata continuou.” (Schwartz, 2008, p. 217).
Sociedade Bandeirante
• Bandeiras apresamento indígena Monções no Rio 
Tietê para Cuiabá
• Antônio Alcântara Machado (1929):
Vida e morte do bandeirante
• Inventários dos Séculos XVI e XVII (1578-1700)
• “Assim completos e minudenciosos, os inventários 
constituem depoimentos incomparáveis do teor da vida 
e da feição das almas na sociedade colonial.” (p. 34). 
• 450 inventários, apenas vinte denotam alguma 
abastança (p. 41).
• “Ora, a fortuna que vem da agricultura e da pecuária 
é lenta e difícil.” (p. 38)
• Visão: Bandeirante pobre e analfabeto, grosseiro de 
modos e de haveres parcos
Almeida 
Junior - 1897
Tropeiros no 
Tietê
Século XVIII
Debret - 1827
Fonte: Inventários e Testamentos
• Relaciona os herdeiros, descreve bens e dívidas e 
partilha os bens e suas avaliações
fonte para os que tem posses
• Testamento: vontades e desejos
• Disponível para todo o território brasileiro e desde o 
século XVI até hoje
• Muito utilizado nas pesquisas para o RJ e MG
• Análise da realidade econômico-social da época até 
mesmo a história dos costumes (objetos, livros)
Ex: Inventário de Damião, sapateiro, de 1578 
outro de 1826 em Serra (ES): partilha
Relacionada na partilha, uma escrava de 
Damião foi leiloada na praça da vila de 
São Paulo do Campo, ainda pertencente à 
Capitania de São Vicente. Um morador 
arrematou a coitada, tratada no 
documento como “uma escrava velha”, 
por “cinco mil e duzentos” réis – a serem 
pagos à viúva em açúcar, e no janeiro 
seguinte. Um tinteiro também foi 
leiloado: 200 réis em dinheiro. Mais 
adiante, no decorrer do processo, aparece 
um outro escravo, homem, avaliado em 
20 mil réis.
Sociedade bandeirante
• Escassez de moeda metálica  substitutos
pagamento em produto: açúcar, pano, cera, couro etc.
• Preços relativos
espingarda vale mais que uma fazenda
fazenda de tecido importado mais que uma casa
falta de cama  redes
• Crédito forma reduzir a demanda por moeda
venda da fazenda “fiada pelo tempo que bem lhe parecer, 
visto ter vindo muitas vezes nesta praça sem se vender 
nada” (p. 143)
Alcântara Machado: Preço relativo
“Porque não possuem dinheiro de prata nem ouro, e não
lavram ouro nem prata, ou por não haver dinheiro na terra,
ou pelo pouco dinheiro que nela há, mandam os testadores
que as esmolas e os legados sejam pagos em cousas que
valham, em fazenda a preço de dinheiro, em fardas, gêneros,
gado vacum, em drogas e cousas da terra, naquilo que houver
e correr pela terra, no que houver por casa, na fazenda que se
achar em casa, ou que a terra tem, nas cousas que houver
por casa, naquilo que a terra dá (p. 143).
“Ao passo que se dá o valor de cinco mil réis às casas da vila, 
um colchão velho é estimado em mil e duzentos, e em cinco 
mil réis se avalia uma saia do reino de Londres” (p. 43)
Alcântara Machado: Mão-de-obra
“É em 1607 que aparece pela primeira vez um negro de 
Guiné. Estimam-no em quarenta mil réis, soma exorbitante 
para a época. O valor das peças da Índia, ou da Angola, ou 
fôlegos vivos, aumenta de tal sorte com o decorrer dos 
anos...” (p. 183)
“Por muito pobrezinho que seja, não há espolio em que se 
não conte um exemplar do gentio. Representam as peças a 
propriedade mais proveitosa nesta terra. Nelas está o 
remédio principal que nesta terra os órfãos tem, e por isso 
morrerem os pais por os adquirir para seus filhos.” (p. 181)
Alcântara Machado:
“Escravidão” indígena
“Poucos, a princípio, os índios assim classificados. Mas
o número deles vai crescendo, dia a dia, em progressão
vertiginosa, ao passo que vai minguando paralelamente o
dos escravos. Antes de iniciado o segundo quartel do
século XVII a escamoteação está consumada. Somem-se
das avaliações os cativos de gentio brasílico, e aparece
marcado como gente forra, almas ou gente do Brasil,
serviços obrigatórios, peças forras serviçais, todo o
rebanho humano que opulenta os acervos. Depois os
indígenas oprimidos passam a chamar-se administrados
do inventariado ou servos de sua administração. Simples
mudança de rótulo, sem consequências.” (p. 170)
Credores na colônia
• Moeda nas mãos de poucos  comércio e crédito
• Atuação dos capitalistas e comerciantes
contabilidade: livros de razão 
• Outras instituições antes dos bancos
Irmandades, santa casa e ordens religiosas
Juiz de Órfãos: cofre da caixa
• Instrumentos utilizados para o crédito
livros de conta corrente: débitos e créditos 
declaração obrigando os “bens havidos e por haver”
confiança: palavra sem documento: “sem clareza”
Conta corrente
Débito e crédito
Passivo e Ativo
Antonil importância da confiança 
para o crédito
“O CRÉDITO de um senhor de engenho funda-se na sua verdade, isto é, na
pontualidade e fidelidade em guardar as promessas. E, assim como o hão de
experimentar fiel os lavradores nos dias que se lhes devem dar para moer a sua cana, e
na repartição do açúcar que lhes cabe, os oficiais nas pagas das soldadas, os que dão a
lenha para as fornalhas, madeira para a moenda, tijolos e formas para a casa de purgar,
tábuas para encaixar, bois e cavalos para a fábrica, assim também se há de acreditar
dom os mercadores e correspondentes na praça, que lhe deram dinheiro, para comprar
peças, cobre, ferro, aço, enxárcias, breu, velas e outras fazendas fiadas.” (ANDREONI,
1982, p. 35).
Controle social dos devedores e até religioso: ações de alma
Santa Casa da 
Misericórdia da Bahia
• Recebia doações e heranças
• Disponibilidade de recursos elevados
• Preferência por moeda a imóveis
• Empréstimos a 6,25% a a. nos séculos XVII e XVIII
“A Misericórdia era ativa nesse campo, aplicando 
teoricamente os juros na assistência social. Na verdade, 
não apenas a irmandade freqüentemente não recebia os 
juros como perdia, também, o investimento de capital. 
Os regulamentos estritos sobre garantias de 
empréstimos não eram observados. Muitos devedores 
descobriam que a melhor maneira de ocultar suas 
deficiências no pagamento de dívidas era serem eleitos 
para a Mesa.” (RUSSELL-WOOD, 1981, p. 82)
Condições dos empréstimos
• Crédito destinado aos escravos a senhores
• Juros, em geral, não superiores a 8% ao ano
casos excepcionais de 40% e até 50%
• Prazos, em geral, curtos até um ano
até uma festa religiosa
“à volta do sertão” ou “quando vier das minas”
• Restrições da coroa e da Igreja
execuções dos senhores de engenho em 1663 e as 
vezes lavradores de cana, como em 1681
Usuras excessivas em 1757 depois do terremoto
Execuções e usura: limitações
Alvará de 23/12/1663
“Proíbe que se arrematem os engenhos de açúcar no Brasil pelas dívidas de seus donos,
devendo pagar-se os credores pelos rendimentos dos mesmos, mediante ação judicial;”
Alvará de 26/2/1681
“haver concedido, por provisão de 27/10/1673, aos moradores da capitania do Rio de Janeiro,
que por tempo de outros seis anos não fossem executados, nem se pudesse fazer execução, nas
fábricas de seus engenhos e das lavoura de açúcar, por seus credores, e que somente se pudesse
fazer execução nos rendimentos dos engenhos e lavouras, com declaração que as fábricas
ficariam obrigadas aos credores (...) tanto que se acabaramos seis anos referidos, se fizeram
logo execuções, de qualidade, que se desfabricaram dois engenhos, e se ia continuando com
elas, de sorte que estavam as cadeias cheias de escravos dos moradores, e desfabricariam
muitos mais (...) hei por bem prorrogar ...
Alvará de 17/01/1757
“sendo-me presente as excessivas usuras que algumas pessoas costumam levar do dinheiro que
emprestam a juros e a risco para fora do Reino, com os afetados pretextos de lucro cessante,
dano emergente, câmbio marítimo e outros semelhantes, de que resulta grave prejuízo ao
comércio interior e exterior (...) Sou servido ordenar, que nestes Reinos, e seus domínios, se
não possa dar dinheiro algum a juro, ou a risco, para a terra, ou fora dela, que exceda o de cinco
por cento ao ano, proibindo o abuso praticado por alguns homens de negócio, de darem e
tomarem dinheiro de empréstimo com o interesse de um por cento a cada mês. (...) Porém as
sobreditas proibições não haverão por ora lugar no comércio, que se faz destes Reinos para a
Índia Oriental” (Ordenações Filipinas, aditamentos, livro IV, p. 1044).
Necessidade de juros maiores
Em 1810:
“era por extremo útil ao aumento do comércio
marítimo o determinar-se que fosse lícito a qualquer
ajustar o premio que pudesse conseguir em todas as
negociações marítimas; por que desta maneira não só
entrariam no giro do comércio muitos cabedais
estagnados, sendo impraticável que aos proprietários
deles fosse proveitoso dá-los a risco pela módica
quantia de 5%, quando por essa mesma taxa os
podiam dar a juro com segurança de penhores e
hipotecas;” (BRASIL, 1891, p. 100).
Bibliografia
• Barickman, Bert J. Um contraponto baiano; açúcar, fumo,
mandioca e escravidão no Recôncavo, 1780-1860. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
• Cardim, Padre Fernão. Tratados da terra e gentes do Brasil. 3ª 
ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional/INL, 1978.
• Castro, Antonio Barros de. Brasil, 1610: mudanças técnicas e 
conflitos sociais. Rio de Janeiro: Pesquisa e Planejamento 
Econômico. Vol. 10, nº 3, p. 679-712, dez. 1980.
• Furtado, Celso M. Formação econômica do Brasil. 17ª ed. São 
Paulo: Nacional, 1980.
• Mello, Evaldo Cabral de. Uma questão de nuança. São Paulo: 
Folha de São Paulo, 23 de janeiro de 2000.
• Novais, Fernando A. Portugal e Brasil na Crise do Antigo
Sistema Colonial. São Paulo: HUCITEC, 1979.
• Schwartz, Stuart B. Segredos Internos: engenhos e escravos na
sociedade colonial. São Paulo: Cia das Letras/CNPq, 1988.
Franz Post – Pernambuco 1667
Franz Post – Pernambuco 
Eckhout - Mandioca

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