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Definição e critério de pé diabético pt


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S U P L E M E N T O A UM A R T I G O 
Definições e critérios para a doença do pé diabético
Jaap J. van Netten 1,2,3 | Sicco A. Bus1 | Jan Apelqvist4 | Benjamin A. Lipsky5,6 | Robert 
J. Hinchliffe7 | Frances Game8 | Gerry Rayman9 | Peter A. Lazzarini10,11 | Rachael O. 
Forsythe12,13 | Edgar J.G. Peters14,15 | Eric Senneville16 |
Prashanth Vas17 | Matilde Monteiro-Soares18 | Nicolaas C. Schaper19 em nome do Grupo de 
Trabalho Internacional sobre o Pé Diabético
1Amsterdam UMC, Departamento de Medicina de Reabilitação, Centro Médico Académico, Universidade de Amesterdão, Meibergdreef 9, Amesterdão, Países Baixos
2School of Clinical Sciences, Queensland University of Technology, Brisbane, Queensland, Austrália3 
Diabetic foot Clinic, Department of Surgery, Ziekenhuisgroep Twente, Almelo, Países Baixos4 
Department of Endocrinology, University Hospital of Malmö, Suécia
5Departamento de Medicina, Universidade de Washington, Seattle, WA
6Green Templeton College, Universidade de Oxford, Oxford, Reino Unido
7Centro de Investigação Cirúrgica de Bristol, Universidade de Bristol, Bristol, Reino Unido
8Departamento de Diabetes e Endocrinologia, University Hospitals of Derby and Burton NHS Foundation Trust, Derby, Reino Unido
9Diabetes Centre and Research Unit, East Suffolk and North East Essex Foundation Trust, Colchester, Reino 
Unido10 School of Public Health and Social Work, Queensland University of Technology, Brisbane, Queensland, 
Austrália11 Allied Health Research Collaborative, The Prince Charles Hospital, Brisbane, Austrália
12Fundação Britânica do Coração, Universidade de Edimburgo, Edimburgo, Reino Unido
13Centro de Ciências Cardiovasculares, Universidade de Edimburgo, Edimburgo, Reino Unido
14Amsterdam UMC, Vrije Universiteit Amsterdam, Amesterdão, Países Baixos
15Departamento de Medicina Interna, Secção de Doenças Infecciosas, Amsterdam Movement Sciences, Amesterdão, Países Baixos
16Hospital Gustave Dron, Tourcoing, França
17Clínica do Pé com Diabetes, King's College Hospital, Londres, Reino Unido
18MEDCIDES: Departamento de Medicina da Comunidade Informaç~ao e Decis~ao em Saúde & CINTESIS-Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, 
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
19Divisão de Endocrinologia, MUMC+, Instituto CARIM e CAPHRI, Maastricht, Países Baixos
Correspondência
Jaap J. van Netten, Amsterdam UMC, 
Departamento de Medicina de Reabilitação, 
Centro Médico Académico, Universidade de 
Amesterdão, Amesterdão, Países Baixos. 
Correio eletrónico: 
j.j.vannetten@amsterdamumc.nl
Recebido:1 de maio de 2019 Aceite:1 de 
agosto de 2019 DOI: 10.1002/dmrr.3268
Resumo
Várias disciplinas estão envolvidas na gestão da doença do pé diabético, e um 
vocabulário comum é essencial para uma comunicação clara. Com base nas 
revisões sistemáticas da literatura que constituem a base das Directrizes do Grupo 
de Trabalho Internacional sobre o Pé Diabético (IWGDF), o IWGDF desenvolveu 
um conjunto de definições e critérios para a doença do pé diabético. Este 
documento descreve essas definições e critérios. Sugerimos que estas definições 
sejam utilizadas de forma consistente tanto na prática clínica como na investigação 
para facilitar uma comunicação clara entre os profissionais.
Subscribe to DeepL Pro to translate larger documents.
Visit www.DeepL.com/pro for more information.
mailto:j.j.vannetten@amsterdamumc.nl
https://orcid.org/0000-0002-6420-6046
https://www.deepl.com/pro?cta=edit-document&pdf=1
Diabetes Metab Res Rev. 2020;e3268. wileyonlinelibrary. com/journal/dmrr© 2020 John Wiley & Sons 
Ltd1 of 6 
https://doi.org/10.1002/dmrr.3268
http://wileyonlinelibrary.com/journal/dmrr
https://doi.org/10.1002/dmrr.3268
2 de 
10 
VAN NETTEN ET AL.
1 | INTRODUÇÃO 
Várias disciplinas estão envolvidas na gestão da doença do pé 
diabético e o tratamento interdisciplinar é a pedra angular da sua gestão e 
prevenção. Com todas estas disciplinas envolvidas, é essencial um 
vocabulário comum para efeitos de comunicação clínica clara. Para 
efeitos de investigação, são necessárias definições claras e inequívocas 
para que a metodologia de estudo seja comparável entre estudos e 
repetível em diferentes contextos. Desde a sua criação em 1999, o 
International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF) criou um 
conjunto de definições fundamentais relacionadas com a doença do 
pé diabético, os seus diagnósticos e intervenções. Estas definições 
foram publicadas online ou como adenda às revisões sistemáticas.1 
Para além disso, as "Normas de comunicação de estudos e artigos 
sobre a prevenção e gestão de úlceras do pé s na diabetes"2 também 
referem
que estas definições devem ser utilizadas para facilitar uma 
comunicação uniforme.
Neste artigo, fornecemos uma atualização de todas as 
definições e critérios para a doença do pé diabético com base nas 
revisões sistemáticas da literatura que constituem a base das 
Directrizes IWGDF de 2019.3-9 Sempre que possível, mantivemos 
as definições das versões anteriores1 para facilitar a comparação 
consistente com estudos mais antigos . Só fizemos alterações 
quando a evidência exigiu actualizações de definições mais antigas. 
Quando nenhuma definição anterior estava disponível, 
desenvolvemos uma definição baseada nos resultados da literatura. 
Para indicar as alterações nesta lista de definições e critérios, 
assinalámos as novas definições com um asterisco (*) e as 
definições actualizadas com um obelisco († ).
O presente documento limita-se a definições e critérios gerais 
para o diagnóstico de diabetes
doença do pé. Outras definições específicas também podem ser 
encontradas no glossário das directrizes da IWGDF de 2019, tais 
como nas directrizes de prevenção e descarga.4,5 Não fornecemos 
definições sobre diabetes ou outras doenças (crónicas), a menos que 
sejam especificamente relevantes para o tópico (por exemplo, para 
definições relacionadas com a doença arterial periférica [DAP]). Por 
último, é de salientar que as definições apresentadas neste 
documento são limitadas pelo facto de se basearem principalmente 
na opinião de peritos, não tendo sido utilizada qualquer metodologia 
formal no desenvolvimento destas definições.
Sugerimos que as definições deste documento sejam utilizadas 
de forma consistente, tanto na prática clínica como na investigação, 
para facilitar uma comunicação clara entre os profissionais.
2 | PÉ DIABÉTICO DEFINIÇÕES 
RELACIONADAS COM A DOENÇA 
2.1 |Pé diabético
Infeção, ulceração ou destruição dos tecidos do pé de uma pessoa 
com diabetes mellitus atual ou previamente diagnosticada, 
normalmente acompanhada de neuropatia e/ou DAP na 
extremidade inferior.
2.2 |Neuropatia diabética
A presença de sintomas ou sinais de disfunção do nervo numa 
pessoa com (uma história de) diabetes mellitus após exclusão de 
outras causas.
VAN NETTEN ET AL. 3 de 
10 2.3 |Perda da sensação de proteção
Um sinal de neuropatia diabética, caracterizado por uma 
incapacidade de sentir uma pressão ligeira, por exemplo, aplicada 
com um monofilamento de Semmes-Weinstein de 10 g.
2.4 |Neuro-osteoartropatia (pé de Charcot)
Destruição não infecciosa do(s) osso(s) e da(s) articulação(ões) 
associada à neuropatia, que, na fase aguda, está associada a 
sinais de inflamação.
2.5 |Pessoa em risco*
Uma pessoa com diabetes que está em risco de desenvolver uma 
úlcera no pé por ter minimamente neuropatia diabética ou DAP.
3 | DEFINIÇÕES RELACIONADAS COM OS 
PÉS 
3.1 | Antepé*
A parte anterior (distal) do pé, ou seja, composta pelos ossos 
metatarsais, as falanges e as estruturas de tecidos moles 
associadas.
3.2 | Pés médios*
A parte do pé que é composta pelos ossos cuboide, navicular e 
cuneiforme e pelas estruturas de tecidos moles associadas.
3.3 |Pé traseiro ou retropé*
A parte posterior (proximal) do pé que é composta pelo tálus e pelo 
calcâneo e pelas estruturas de tecidos moles associadas.
3.4 |Superfície plantar do pé*.
A parte inferior ou a superfície de apoio do pé.
3.5 |Superfíciedo pé não plantar
Todas as outras superfícies do pé não definidas como superfície 
plantar do pé.
3.6 |Superfície dorsal do pé*.
A parte superior do pé, oposta à superfície plantar do pé.
4 de 
10 
VAN NETTEN ET AL.
3.7 | Deformidade do pé
Alterações ou desvios da forma normal ou do tamanho do pé, tais 
como dedos em martelo, dedos em malho, dedos em garra, hallux 
valgus, cabeças metatarsais proeminentes, pes cavus, pes planus, 
pes equinus, ou resultados de neuro-osteoartropatia de Charcot, 
traumatismos, amputações, outras intervenções cirúrgicas no pé ou 
outras causas.
3.8 | Mobilidade articular limitada
Mobilidade reduzida das articulações do pé, incluindo o tornozelo, 
causada por alterações nas articulações e nos tecidos moles 
associados.
3.9 | Calo
Hiperqueratose causada por uma carga mecânica excessiva .
3.10 |Pressão plantar*
A distribuição de forças sobre uma determinada superfície plantar 
do pé, definida matematicamente como "força dividida por a área de 
contacto". Muitas vezes expressa como pressão de pico ou integral 
pressão-tempo.
4 | DEFINIÇÕES RELACIONADAS COM A 
ÚLCERA DO PÉ 
4.1 |Úlcera do pé†
Uma rutura da pele do pé que envolve no mínimo a epiderme e 
parte da derme.
4.2 |Úlcera do pé diabético
Úlcera do pé em pessoa com diabetes mellitus atual ou previamente 
diagnosticada e geralmente acompanhada de neuropatia e/ou DAP 
na extremidade inferior.
4.3 |Úlcera de pé curada
Pele intacta, ou seja, epitelialização completa sem qualquer 
drenagem de uma úlcera anterior do pé.
4.4 |Pé em remissão
Pele intacta e ausência de infeção do pé completo após a 
cicatrização de qualquer úlcera do pé.
VAN NETTEN ET AL. 5 de 
10 4.5 |Lesão pré-ulcerativa
Lesão do pé que tenha um risco elevado de evoluir para uma 
úlcera do pé, como uma hemorragia intra-cutânea ou subcutânea, 
uma bolha ou uma fissura cutânea que não penetre na derme 
numa pessoa em risco.
4.6 |Lesão do pé
Qualquer anomalia associada a lesões da pele, unhas ou tecidos 
profundos do pé.
4.7 | Primeira úlcera no pé†
Uma úlcera do pé que ocorre numa pessoa que nunca teve uma úlcera do 
pé.
4.8 |Úlcera recorrente do pé
Nova úlcera do pé numa pessoa com antecedentes de ulceração 
do pé, independentemente do local e do tempo decorrido desde a 
úlcera do pé anterior.
4.9 |Úlcera superficial do pé†
Uma úlcera do pé que não penetra em nenhuma estrutura mais 
profunda do que a derme.
4.10 | Úlcera profunda do pé†
Uma úlcera do pé que penetra abaixo da derme em estruturas 
subcutâneas, como fáscia, músculo, tendão ou osso.
4.11 |Dias de sobrevivência sem úlcera*
Dias em que uma pessoa está viva e sem uma úlcera no pé.
5 | DEFINIÇÕES RELACIONADAS COM O 
BLOCO 
5.1 |Doença arterial periférica
Doença vascular aterosclerótica obstrutiva com sintomas clínicos, 
sinais ou anomalias na avaliação vascular não invasiva ou invasiva, 
resultando numa circulação perturbada ou prejudicada numa ou 
mais extremidades.
5.2 | Claudicação
Dor na coxa ou na barriga da perna que ocorre durante a marcha e 
é aliviada pelo repouso e é causada por DAP.
6 de 
10 
VAN NETTEN ET AL.
5.3 | Dores de repouso
Dor grave e persistente localizada no pé causada por DAP que 
pode ser aliviada colocando o pé numa posição dependente.
5.4 | Angioplastia†
Uma técnica endovascular utilizada para restabelecer a 
permeabilidade de uma artéria através de procedimentos 
transluminais percutâneos ou subintimais.
5.5 |Úlcera neuro-isquémica do pé†
Uma úlcera na presença de neuropatia diabética e DAP.
6 | RELACIONADAS COM A INFECÇÃO 
DEFINIÇÕES 
6.1 | Infeção
Estado patológico causado pela invasão e multiplicação de 
microorganismos nos tecidos do hospedeiro, acompanhado de 
destruição dos tecidos e/ou de uma resposta inflamatória do 
hospedeiro.
6.2 | Infeção superficial
Uma infeção da pele que não se estende a qualquer estrutura mais 
profunda do que a derme.
6.3 |Infeção profunda
Uma infeção que se estende mais profundamente do que a derme e 
que pode incluir abcesso, artrite séptica, osteomielite, tenossinovite 
séptica ou fasceíte necrosante.
6.4 | Erisipela*
Infeção da parte superior da pele (epiderme e derme, não 
hipoderme) manifestada por uma ou mais das seguintes 
manifestações: endurecimento, eritema, calor, dor ou sensibilidade.
6.5 | Celulite†
Uma infeção da pele (epiderme, derme e hipoderme [gordura 
subcutânea e tecido conjuntivo]) que se manifesta por um ou mais 
dos seguintes sintomas: endurecimento, eritema, calor, dor ou 
sensibilidade.
6.6 | Artrite séptica*
Uma infeção da articulação e da cápsula articular.
6.7 | Osteomielite
Uma infeção do osso com envolvimento da medula óssea.
6.8 | Agente patogénico*
Um microrganismo que se considera estar a causar uma infeção, em 
vez de colonizar ou contaminar um tecido.
7 | DEFINIÇÕES RELACIONADAS COM A 
AMPUTAÇÃO 
7.1 | Amputação
Ressecção de um segmento de um membro através de um osso ou 
de uma articulação.
7.2 |Amputação maior
Qualquer ressecção proximal ao tornozelo.
7.3 |Maiores níveis de amputação
TT = amputação transtibial: amputação através da tíbia e do perónio 
(frequentemente referida como "amputação abaixo do joelho").
KD = desarticulação do joelho: amputação através do joelho 
(frequentemente referida como "amputação através do joelho").
TF = amputação transfemoral: amputação através do fémur 
(frequentemente referida como "amputação acima do joelho").
7.4 |Amputação menor
Qualquer ressecção através ou distal ao tornozelo.
7.5 |Níveis de amputação menores
1. Amputação do dedo do pé
2. Desarticulação metatarso-falângica
3. Amputação transmetatarsal distal
4. Amputação transmetatarsiana proximal
5. Desarticulação tarso-metatarsiana
6. Desarticulação do metatarso
7. Desarticulação do tornozelo
VAN NETTEN ET AL. 7 de 
10 
8 | DEFINIÇÕES DIVERSAS 
8.1 |Equipa clínica interdisciplinar (ou 
multidisciplinar)*
Um grupo de pessoas de disciplinas clínicas relevantes, cujas 
interacções são orientadas por funções específicas da equipa e 
processos para alcançar resultados favoráveis definidos pela equipa 
e pelo próprio indivíduo. (Baseado em Moore et al10 :).
8.2 | Necrose
Tecido desvitalizado (morto).
8.3 | Gangrena†
Condição que ocorre quando o tecido do corpo morre devido a 
fornecimento insuficiente de sangue, infeção ou lesão. Sem infeção, 
isto resulta geralmente em tecido seco e negro, frequentemente 
designado por gangrena seca; quando o tecido está infetado, com 
putrefação e celulite circundante, é frequentemente designado por 
gangrena húmida.
8.4 |Edema do membro inferior
Inchaço da perna ou do pé causado pelo aumento do líquido 
intersticial.
8.5 | Eritema†
Uma descoloração cor-de-rosa ou vermelha que embranquece até 
certo ponto à compressão, causada pelo aumento do fluxo 
sanguíneo para o tecido envolvido.
8.6 | Desbridamento†
A remoção de calos ou de tecido morto que pode ser cirúrgica 
("cortante") ou não cirúrgica (por exemplo, abrasão, química).
8.7 | Descarregamento
O alívio da tensão mecânica (pressão) de uma região específica do 
pé.
8.8 |Intervenção de descarregamento
Qualquer intervenção realizada com a intenção de aliviar o stress 
mecânico (pressão) de uma região específica do pé (inclui
técnicas de descarga cirúrgica, dispositivos de descarga, calçado e 
outras técnicas de descarga).
9 | CRITÉRIOS PARA A DOENÇA 
DO PÉ DIABÉTICO 
9.1 |Risco de úlcera do pé diabético
Os critérios para o risco de úlcera do pé em pessoas com diabetes 
estão definidos no sistema de estratificação de risco da IWGDF; 
consulte a Diretriz de Prevenção da IWGDF para conhecer estes 
critérios e os seus pormenores.4
9.2 |Doença arterial periférica
Os critérios para o diagnóstico de doença arterial periférica em 
pessoas com diabetes e úlcera no pé estão definidos na PAD 
Guideline; consulte a IWGDF PAD Guideline para obter estes 
critérios e os seus pormenores.6
9.3 | Infeção do pé
Os critérios para o diagnóstico de infeção do pé em pessoas com 
diabetes estão definidos no sistema de classificação de infecçõesdo pé da IWGDF/IDSA; consulte a Diretriz de Infeção da IWGDF 
para conhecer estes critérios e os seus pormenores.7
CONFLITO DE INTERESSES 
A produção das Directrizes IWGDF 2019 foi apoiada por subsídios 
sem restrições da Molnlycke Healthcare, Acelity, ConvaTec, Urgo 
Medical, Edixomed, Klaveness, Reapplix, Podartis, Aurealis, SoftOx, 
Woundcare Circle e Essity. Estes patrocinadores não tiveram 
qualquer comunicação relacionada com as revisões sistemáticas da 
literatura ou com as directrizes com os membros do grupo de 
trabalho durante a redação das directrizes e não viram qualquer 
diretriz ou documento relacionado com as directrizes antes da sua 
publicação.
Todas as declarações individuais de conflito de interesses dos 
autores desta diretriz podem ser consultadas em 
https://iwgdfguidelines.org/about-iwgdf- guidelines/biographies/.
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer a William Jeffcoate (perito externo 
independente) pela sua revisão do manuscrito. O trabalho de 
Matilde Monteiro- Soares foi financiado pelo Projeto "NORTE-01-
0145-FEDER- 000016" (NanoSTIMA) que é financiado pelo 
Programa Operacional Regional do Norte (NORTE 2020), ao abrigo 
do Acordo de Parceria PORTU- GAL 2020, e através do Fundo 
Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
ORCID
Jaap J. van Netten https://orcid.org/0000-0002-6420-6046
https://iwgdfguidelines.org/about-iwgdf-guidelines/biographies/
https://orcid.org/0000-0002-6420-6046
https://orcid.org/0000-0002-6420-6046
8 de 
10 
VAN NETTEN ET AL.
Como citar este artigo: van Netten JJ, Bus SA, Apelqvist J,
et al. Definições e critérios para a doença do pé diabético. 
Diabetes Metab Res Rev. 2020;e3268. https://doi.org/10.
1002/dmrr.3268
REFERÊNCIAS
1. Conselho Editorial do IWGDF. Definições e critérios da IWGDF. 
2019; Disponível em: https://iwgdfguidelines.org/definitions-criteria/. 
Acedido em 23 de abril de 2019.
2. Jeffcoate WJ, Bus SA, Game FL, et al. Reporting standards of 
studies and papers on the prevention and management of foot 
ulcers in dia- betes: required details and markers of good quality. 
Lancet Diabetes Endocrinol. 2016 Sep;4(9):781-788.
3. Schaper NC, Van Netten JJ, Apelqvist J, Bus SA, Hinchliffe RJ, 
Lipsky BA. IWGDF Practical Guidelines on the prevention and 
management of diabetic foot disease. Diabetes Metab Res Rev; no 
prelo.
4. Bus SA, Lavery LA, Monteiro-Soares M, Rasmussen A, Raspovic A, 
Sacco ICN, et al. IWGDF Guideline on the prevention of foot ulcers 
in persons with diabetes. Diabetes Metab Res Rev; no prelo.
5. Bus SA, Armstrong DG, Gooday C, Jarl G, Caravaggi CF, 
Viswanathan V, et al. IWGDF Guideline on offloading foot ulcers in 
persons with diabetes Diabetes Metab Res Rev; no prelo.
6. Hinchliffe RJ, Forsythe RO, Apelqvist J, Boyko EJ, Fitridge R, Hong 
JP, et al. IWGDF Guideline on the diagnosis, prognosis and 
management of peripheral artery disease in patients with a foot ulcer 
and diabetes. Diabetes Metab Res Rev; no prelo.
7. Lipsky BA, Senneville E, Abbas ZG, Aragón-Sánchez J, Diggle M, Embil J, 
et al. IWGDF Guideline on the diagnosis and treatment of foot 
infection in persons with diabetes. Diabetes Metab Res Rev; no prelo.
8. Rayman G, Vas PR, Dhatariya K, Driver VR, Hartemann A, Londahl 
M, et al. IWGDF Guideline on interventions to enhance healing of 
foot ulcers in persons with diabetes. Diabetes Metab Res Rev; no 
prelo.
9. Monteiro-Soares M, Russell D, Boyko EJ, Jeffcoate WJ, Mills JL, 
Morbach S, et al. IWGDF Guideline on the classification of diabetic 
foot ulcers. Diabetes Metab Res Rev; no prelo.
10. Moore Z, Butcher G, Corbett LQ, McGuiness W, Snyder RJ, van 
Acker K. Explorar o conceito de uma abordagem de equipa ao 
tratamento de feridas: gerir as feridas como uma equipa. J Wound 
Care 2014 maio;23 Suppl 5b: S1-S38.
https://doi.org/10.1002/dmrr.3268
https://doi.org/10.1002/dmrr.3268
https://iwgdfguidelines.org/definitions-criteria/

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