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Documentação 
Comercial – 
Contrato de 
compra e venda
3º Técnico Administrativo EFA
UFCD 
670
António Plaza
CFPIC – S. João da Madeira
Setembro 2010
2
Conteúdo
Conteúdo..............................................................................................................2
 Introdução...........................................................................................................4
Noção....................................................................................................................5
Efeitos...................................................................................................................5
Natureza dos Contratos Compra e venda.........................................................6
Fases do Contrato de compra e venda...............................................................8
 Encomenda..........................................................................................................8
Qualidade da mercadoria...................................................................................9
Quantidade da mercadoria...............................................................................10
Prazo e local de entrega.....................................................................................10
Forma..................................................................................................................10
Data.....................................................................................................................10
Local....................................................................................................................11
Condições de pagamento...................................................................................11
 Documentos da fase de Encomenda................................................................11
 Caso prático......................................................................................................14
 Entrega..............................................................................................................15
 Documentos da fase de Entrega......................................................................15
 Caso prático......................................................................................................18
 Liquidação.........................................................................................................19
 Documentos da fase de Liquidação.................................................................22
 Caso prático......................................................................................................27
 Pagamento.........................................................................................................29
 Documento da fase de Pagamento...................................................................29
Formas de Pagamento.......................................................................................30
Numerário..........................................................................................................30
Cheque................................................................................................................30
Letra....................................................................................................................31
Ordem de transferência....................................................................................32
Débito directo.....................................................................................................33
António Plaza Setembro 2010
3
UFCD 670 – Documentação Comercial – Contrato de Compra e Venda
Este manual foi realizado com o intuito de auxiliar os formandos do 3º 
Técnico(a) Administrativo(a) – EFA, a decorrer no Centro de Formação 
Profissional da Industria de Calçado em S. João da Madeira, a conseguirem 
atingir os objectivos propostos na UFCD 670 – Documentação Comercial – 
Contrato de Compra e Venda.
Não tendo qualquer pretensão em ser um manual exaustivo, pede-se a quem 
queira aprofundar os conhecimentos relativos aos temas abordados que 
consulte a bibliografia indicada no final do manual.
Destinatários:
Formandos inscritos na UFCD 670 – Documentação Comercial – Contrato de 
Compra e Venda, inscritos no CFPIC S. João da Madeira, no 3ª Técnicos 
Administrativos – EFA (secundário)
Duração do módulo
50 horas – repartidas no tempo entre 17/09/2010 e 17/12/2010
Objectivos gerais
No final do módulo os formandos deverão ser capazes de preencher a 
documentação relativa ao contrato de compra e venda
Objectivos específicos
No final do módulo, os formandos deverão ser capazes de:
- Definir contrato de compra e venda e seus efeitos;
- Identificar, correcta e sequencialmente, as fases do processo de 
compra e venda, sem erros;
- Identificar, em grupo, os documentos afectos a cada fase do processo 
de compra e venda;
- Avaliar, sem erros, a existência de todos os campos obrigatórios em 
cada documento abordado;
António Plaza Setembro 2010
Compra e venda é um contrato pelo qual se 
transmite a propriedade de uma coisa, ou outro 
direito, mediante um preço
4
 Introdução
Comprar e vender é um hábito enraizado na nossa sociedade, de tal 
modo que nem nos damos conta que ao comprar, estamos 
efectivamente a efectuar um contrato e de que somos uma das partes 
envolvidas. Esta operação costuma ser tão simples e rápida que não nos 
chegamos a aperceber que ela se efectua por fases distintas umas das 
outras ( a encomenda, a entrega, a liquidação e o pagamento).
Quando as empresas negoceiam umas com as outras estão a realizar contratos 
de compra e venda. Neste caso, as fases do contrato tornam-se perfeitamente 
nítidas e distintas porque se realizam em momentos diferentes, dando origem 
ao preenchimento de documentos específicos que vamos estudar em 
separado.
António Plaza Setembro 2010
Compra e venda é um contrato pelo qual se 
transmite a propriedade de uma coisa, ou outro 
direito, mediante um preço
5
Noção
De acordo com a legislação portuguesa, na redacção do Artigo 874º do 
Código Civil, compra e venda é um contrato pelo qual se transmite a 
propriedade de uma coisa, ou outro direito, mediante um preço. 
Resulta assim, que o contrato de compra e 
venda é um contrato bilateral e oneroso, uma vez 
que o comprador obriga-se a entregar uma certa 
quantia monetária, enquanto o vendedor, se 
compromete a entregar o bem vendido.
Como se constata, o contrato de compra e venda é aquele que 
desempenha a maior e mais importante função económica, aplicando-se a 
ele, além das suas regras próprias, os princípios e preceitos comuns a todos os 
contratos.
Efeitos
Da própria definição de compra e venda dada pelo Artigo 874º do 
Código Civil, é possível identificar com clareza os efeitos essenciais1 da 
compra e venda.
- Efeito real – a transmissão da propriedade da coisa ou da 
titularidade do direito
- Efeitos obrigacionais:
o a obrigação que recai sobre o vendedor de entregar a coisa;
o a obrigação para o comprador de pagar o correlativo preço.
A compra e venda têm sempre um efeito real. Um contrato do qual não 
decorra a transmissão da titularidade de uma coisa ou de um direito não 
poderá nunca qualificar-se como compra e venda, mesmo quando reunidos os 
demais requisitos e efeitos deste contrato. 
1 Vide Art 879º do Código Comercial
António Plaza Setembro 2010
Compra e venda é um contrato pelo qual se 
transmite a propriedade de uma coisa, ou outro 
direito, mediante um preço
6
Contrato de
 Compra e venda
Natureza dos Contratos Compra e venda
Como se pode constatar do nosso dia-a-dia, a maioria dos contratos de 
compra e venda assumem a natureza verbal, não havendo necessidade nem 
obrigatoriedade de passá-los à forma escrita. Exemplos disso são a compra do 
bilhete do transporte público para vir para o CFPIC; a comprade uma revista, 
as compras no hipermercado e todas as demais compras que possamos 
realizar.
No entanto, há contratos de compra e venda que a própria lei obriga a 
assumirem a forma escrita – compra de imóvel ou compra de um automóvel 
ou de um barco - para que sejam revestidos de eficácia jurídica. Outros casos 
poderão assumir esta forma se, as partes envolvidas assim o entenderem e 
vincularem o seu efeito à forma escrita.
Dada a imensidão de contratos de compra e venda que se realizam e 
muitas vezes de natureza distinta, houve necessidade de regular os vários 
contratos de compra e venda de uma forma mais clara e ordenada, 
classificando-os quanto à sua natureza.
Pode-se dizer que os contratos podem ser de:
• Natureza Comercial
• Natureza Civil
São 
considerados 
de natureza 
comercial:
1. As compras de coisas móveis para revender, em 
bruto ou trabalhadas, ou simplesmente para 
alugar;
2. As compras, para revenda, de fundos públicos ou 
de quaisquer títulos de crédito negociáveis;
3. A venda de coisas móveis, em bruto ou 
trabalhadas, e as de fundos públicos e de 
quaisquer títulos de crédito negociáveis, quando a 
aquisição houvesse sido feita no intuito de as 
revender;
4. As compras e revendas de bens imóveis ou de 
direitos a eles inerentes, quando aquelas, para 
estas, houverem sido feitas;
5. As compras e vendas de partes ou de acções de 
sociedades comerciais.
António Plaza Setembro 2010
7
A RETER:
Contrato de
 Compra e venda
1. As compras de quaisquer coisas móveis 
destinadas ao uso ou consumo do comprador ou 
da sua família e as revendas que porventura 
desses objectos se venham a fazer;
2. As vendas que o proprietário ou explorador rural 
faça dos produtos de propriedade sua ou por ele 
explorada e dos géneros em que lhe houverem 
sido pagas quaisquer rendas;
3. As compras que os artistas, industriais, mestres e 
ofícios mecânicos que exercerem directamente a 
sua arte, indústria ou oficio fizerem de objectos 
para transformarem ou aperfeiçoarem nos seus 
estabelecimentos e as vendas de tais objectos 
que fizerem depois de assim transformados ou 
aperfeiçoados;
4. As compras e vendas de animais feitas pelos 
criadores ou engordadores.
São 
considerados 
de natureza 
civil (não 
comercial):
Além da classificação por natureza, define o Código Civil que os contratos de 
compra e venda podem ser escritos ou verbais.
• O contrato de compra e venda é um contrato bilateral e oneroso, 
porque:
- O vendedor obriga-se a entregar uma “coisa” ou algo e,
- O comprador entrega o preço (dinheiro) dessa “coisa” recebida.
• O contrato de compra e venda pode ser de natureza civil ou comercial.
António Plaza Setembro 2010
8
Contrato de
 Compra e venda
Fases do Contrato de compra e venda
Como foi referido no ponto anterior, as compras e vendas só são 
consideradas comerciais quando são efectuadas com o objectivo de satisfazer 
as necessidades inerentes à actividade comercial.
O contrato referido percorre habitualmente quatro etapas essenciais, 
cada uma, com características próprias.
 Encomenda - Fase em que se expressa a intenção de compra por parte do 
comprador.
Entrega - Fase em que se processa o envio das mercadorias pelo vendedor.
 Liquidação - Fase do apuramento e fixação dos preços a pagar pelo 
comprador.
 Pagamento - Fase referente ao cumprimento da obrigação por parte do 
comprador, mediante a entrega total ou parcial da importância atribuída à 
sua compra.
 Encomenda
Na fase de encomenda, o comprador procede à escolha da mercadoria 
que pretende adquirir, a quem pretende adquirir e em que condição pretende 
António Plaza Setembro 2010
Liquidação
Pagamento
Encomenda
Entrega
9
adquirir. Para tal, faz a proposta de compra, da qual constam os seguintes 
aspectos:
♦ Qualidade das mercadorias;
♦ Quantidade de mercadorias;
♦ Prazo e local de entrega;
♦ Condições de pagamento.
Qualidade da mercadoria
A escolha da qualidade das mercadorias é um dos aspectos essenciais à 
obtenção da mercadoria desejada e ao padrão de qualidade exigida. Assim, a 
escolha pode ser efectuada de diversas formas.
Escolha da qualidade:
À vista – O comprador tem à sua disposição as mercadorias que 
pretende adquirir, verificando, no momento, se satisfazem as 
suas necessidades.
Ex: Passagem de modelos para aquisição de vestuário;
Por amostra – O vendedor envia ao comprador pequenas 
quantidades de mercadorias, para que se faça a sua escolha, 
mantendo-se o padrão de qualidade e a textura exigidas.
Ex: Amostras de tecido/madeiras ou perfumes.
Por análise – A mercadoria transaccionada apresenta 
determinada composição, sujeita a ser comprovada por análise.
Ex: Vinho de 12º vol., álcool a 80º, azeite a 0,7º.
Por catálogo – O comprador tem conhecimento das 
características do produto através de um catálogo com as 
respectivas referências.
Ex: Compra através de Internet, compras La Redoutte
Por tipo convencionado – Escolhe-se a mercadoria com 
determinadas características.
Ex: Café de Angola, arroz agulha, ovos classe A.
António Plaza Setembro 2010
10
Por marca – O comprador indica apenas a marca que deseja 
adquirir, depois de conhecer as suas características comerciais.
Ex: Leite “Mimosa”; Carteira de senhora "Cavalinho", Roupa 
“Miguel Vieira”
Quantidade da mercadoria
A quantidade de mercadorias a adquirir deve ser fixada segundo as 
características da mercadoria escolhida. Assim, essa escolha poderá ser 
efectuada por conta, peso e medida ou a esmo, em bloco ou partida inteira.
Por conta, peso ou medida - As mercadorias assim transaccionadas 
são da responsabilidade do vendedor até que o comprador proceda a 
sua pesagem, contagem ou medição. O preço da mercadoria é fixado 
de acordo com a unidade de peso (exemplo: 2 toneladas), a unidade 
de conta (exemplo: 30 computadores) ou unidade de medida 
(exemplo: 5000 pés de pele).
A esmo, em bloco ou por partida inteira - Os bens transaccionados 
não são contados, pesados ou medidos, mas sim avaliados por 
estimativa ou por conhecimento do local onde os mesmos se 
encontram (exemplo: Venda da produção de um pomar)
Prazo e local de entrega
É definido ainda na fase da Encomenda, a forma em que irá ser entregue a 
mercadoria, a data e o local da entrega.
Forma
Quanto a forma, a entrega é feita em diferentes datas preestabelecidas, 
realizando-se do seguinte modo:
Entrega Única - A entrega é efectuada de uma só vez;
Entrega fraccionada - A entrega será efectuada em duas ou mais 
parcelas na data e local a estabelecer pelas partes.
Data
Quanto a data de entrega, consideram-se as seguintes modalidades:
Entrega imediata - Caso o comprador receba a mercadoria no 
momento da sua encomenda.
Entrega a pronto - O comprador recebe a mercadoria nos 15 dias 
António Plaza Setembro 2010
11
seguintes à sua encomenda.
Entrega a prazo - A mercadoria é a entrega dentro de um prazo 
estipulado no contrato, sempre superior a 15 dias.
Local
No que diz respeito ao local de entrega, são utilizadas as modalidades que a 
seguir se apresentam consoante se considere o comercio a retalho ou o 
comercio por grosso.
No comércio a retalho consideram-se os seguintes locais:
Domicilio do vendedor - O comprador é responsável a partir do 
momento da compra, pois a entrega faz-se no local da venda da 
mercadoria.
Domicilio do comprador - O vendedor é o responsável a partir do 
momento da compra das mercadorias, pois efectuara a entrega na loja 
do comprador.
No comércio por grosso, os locais de entrega são os seguintes:
Armazém do Vendedor - o comprador é o responsável pelo transporte 
e despesas a ele inerentes.
Armazém do comprador - Toadas as despesas de frete e seguro são de 
responsabilidade do vendedor.
Condições de pagamento
É também na fase da encomenda que se definem as condições de pagamento, 
nomeadamentepreço, local e moeda de pagamento
 Documentos da fase de Encomenda
António Plaza Setembro 2010
12
Na fase da encomenda o comprador comunica ao vendedor a quantidade, 
qualidade e preço das mercadorias que pretende adquirir e combina as 
condições de pagamento e entrega.
Para isso, faz uma nota de encomenda:
A nota de encomenda, além do número, da data, das identificações e 
assinatura do comprador, tem que especificar a quantidade e a qualidade da 
mercadoria pretendida e, desde logo, definir as condições de entrega e 
pagamento.
É preenchida em duplicado, sendo o original para o vendedor e o duplicado 
para o comprador.
António Plaza Setembro 2010
13
A RETER:
Outros documentos existentes, também na fase da encomenda são:
- Nota de Venda
- Ordem de compra
- Requisição (ver espécime abaixo)
A requisição é um documento idêntico à nota de encomenda e normalmente 
utilizado pelo comércio a retalho. Serve para o comprador poder levar os 
artigos de imediato, do estabelecimento do vendedor.
A requisição deve conter os mesmos elementos da nota de encomenda. E a 
par da nota de encomenda, também deve ser preenchida em duplicado sendo 
o original entregue ao vendedor e o duplicado fica com o comprador.
António Plaza Setembro 2010
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Quando encomendar dever ter atenção a:
Quantidade de mercadoria 
Qualidade da mercadoria
Prazo e local de entrega
Condições de pagamento
 Caso prático
Em 17 de Maio de 2010 o chefe do restaurante “Come-se bem, Lda” pediu ao 
empregado de mesa para ir à padaria e trazer imediatamente 300 pães e 50 
broas. O empregado de mesa acedeu ao pedido do chefe, mas para isso 
precisa da requisição para a padaria “Bom Pão, Lda”.
Assim, o chefe emitiu a requisição com os seguintes elementos:
Requisição nº 157
Entrega – loja do vendedor
Pagamento – a pronto-pagamento
Preço de mercadoria – 0,10€/pão e 1,90€/broa
1 - Preenche o documento em questão de acordo com os dados que se 
seguem:
Come-se Bem - Sociedade Alimentar, Lda.
Rua do Norte, nº 100
3700-245 S. João da Madeira
Tel. 256 015 678
Contribuinte nº 505 164 723
Capital Social: EUR 7 500
Bom Pão – Sociedade Panificadora de SJM, Lda.
Rua do Sampaio, nº 20
3700-312 S. João da Madeira
Tel. 256 068 219
Contribuinte nº 500 716 343
Capital Social: EUR 15 000
2 – Qual a natureza do contrato de compra e venda em questão?
3 – Que aspectos devem constar numa proposta de compra?
António Plaza Setembro 2010
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 Entrega
Na fase da entrega o vendedor executa a nota de encomenda e envia a 
mercadoria para o comprador, tornando-se obrigatório o conhecimento da 
forma, data e local de entrega. Se tudo isto estiver conforme à nota de 
encomenda, a mercadoria é recepcionada. Se se está a falar de mercadoria 
que poderá demorar bastante tempo a conferir, normalmente os artigos são 
recepcionados mas com a reserva de sujeitos a conferência.
Quando mercadoria se encontra em trânsito, isto é, que se encontra a 
percorrer a viagem entre o domicílio do vendedor (origem) e o domicílio do 
comprador (destino), deve viajar sempre acompanhada de documentação, 
para se saber o que é que é transportado, quanto é que é transportado, a 
quem pertence a mercadoria e a quem se destina.
 Documentos da fase de Entrega
A documentação que acompanha a mercadoria na viagem entre a origem e o 
destino está definida e resume-se a:
- Guia de transporte;
- Guia de remessa;
- Talão de recepção.
Excepcionalmente, pode circular a mercadoria acompanhada por outros 
documentos específicos de fases posteriores, como são o caso da factura ou 
Venda a dinheiro.
Mas, debrucemo-nos por agora, nos documentos próprios da fase de entrega.
Guia de remessa
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16
Tem que conter, além das identificações do vendedor e do comprador, data e 
número, valores da mercadoria e do IVA, a designação e as quantidades dos 
bens e seus códigos, local de carga, data e hora do início do transporte e 
ainda a tipografia onde foi impresso o documento.
Serve para o comprador proceder à conferência dos artigos recebidos.
 É emitida em triplicado. O original vai para o cliente, o duplicado segue com 
a mercadoria e destina-se a uma eventual fiscalização durante o transporte, e 
o triplicado fica com o vendedor.
O talão destacável – Talão de recepção – é devolvido ao vendedor 
devidamente assinado pelo comprador e serve de prova da recepção da 
encomenda.
António Plaza Setembro 2010
17
A RETER:
Nos casos em que não há talão de recepção, é preenchida em quadruplicado, 
fazendo esta a função do talão de recepção. É assinada pelo comprador após 
a recepção da mercadoria e devolvida ao vendedor.
Guia de Transporte
A Guia de transporte, quando emitida pelo vendedor, tem exactamente as 
mesmas características da Guia de Remessa.
Existem outros documentos específicos do transporte, sendo esses 
preenchidos pelas próprias companhias que procedem ao transporte, são o 
caso do “Bill of Loading” (caso do transporte marítimo), “Air Way Bill” (no 
caso transporte aéreo), CMR/TIR 2 (no caso de transporte rodoviário) e o 
“CIM” no caso do transporte ferroviário.
2 CMR, são as iniciais de Cargo Movement Requirement que em português significa Requisito 
de movimentação de carga
António Plaza Setembro 2010
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 Caso prático
Considere os factos abaixo indicados:
1º - No dia 7 de Setembro p.p. a Lazer, Lda. encomendou à Sovideo, Lda., 
através da nota de encomenda nº 1403, um videohall nas seguintes condições:
Entrega – Loja do comprador
Pagamento – a 90 dias
Preço de catálogo – 6.000,00€
2º - No dia 13 de Setembro, a Sovideo, Lda. enviou o videohall no valor de 
6.000,00€, com o código de artigo nº 3002, acompanhado da guia de remessa 
nº 4156. A mercadoria foi carregada para expedição no armazém do vendedor 
pelas 10 horas
a) Como se denominam as fases do contrato de compra e venda 
em que ocorreram os factos acima descritos?
b) Caracteriza cada uma dessas fases.
c) Preenche os documentos referidos de acordo com os dados que 
se seguem e diz quem os emitiu.
Dados das empresas intervenientes:
Lazer – Sociedade de Tempos Livres, Lda.
Rua do Norte, nº 100
2800-258 Almada
Tel. 212 755 678
António Plaza Setembro 2010
A mercadoria em trânsito deve sempre ser acompanhada por 
documentos próprios para o efeito..
A Guia de remessa deve ir em duplicado, que se destina a uma 
eventual fiscalização durante o transporte
19
Contribuinte: 500 164 723
Capital social: 7.500,00€
Sovideo – Sociedade Produtora de Vídeo, Lda.
Rua de Sampaio, nº 32
1800-132 Lisboa
Tel. 217 768 219
Contribuinte: 500 716 343
Capital social: 50.000,00€
 Liquidação
Na fase liquidação, o vendedor procede ao cálculo do valor a pagar pela 
mercadoria, de modo a informar o comprador.
O vendedor indica então, ao comprador o montante da transacção em dívida, 
explicitando concretamente o valor:
- das mercadorias;
- dos descontos e abatimentos concedidos;
- das despesas efectuadas por conta do comprador;
- do IVA.
A fixação do preço representa um dado importante para a conclusão de 
qualquer negócio, nomeadamente de uma compra e venda. Por norma, o 
preço é fixado de comum acordo entre o vendedor e o comprador, embora 
isso nem sempre se verifique.
Na fixação dos preços deve fazer-se a identificação da moeda e a quantidade 
de moeda.
Preço
• Identificação da moeda (espécie de moeda) 
• Quantificação de moeda
No que respeita à moeda a utilizar, são de referir as seguintes modalidades, 
consoante se trate de comércio interno ou externo:
- No comércio interno, a escolha recai sobre a moeda do país de 
origem dos contraentes.
António Plaza Setembro 2010
20
- No comércio externo/internacional, a escolha está condicionada 
pelas seguintes situações:
• Moeda de um dos países participantes na compra e 
venda, escolhendo-se, em geral, a mais estável; 
• Moeda de um terceiro pais, sendo escolhidauma que 
goze de estabilidade de cotação; 
• Moeda comum, que é utilizada entre os Estados 
aderentes, como é o caso do Euro na união monetária 
europeia.
Relativamente à quantidade de moeda, a fixação do preço far-se-á tendo em 
consideração os seguintes aspectos:
Preços acordados - O preço resulta da negociação entre o vendedor e 
o comprador.
Preços fixos - O preço é determinado pelo vendedor, sem admitir 
qualquer possibilidade de redução.
Preços tabelados - O preço é fixado em tabelas, oficialmente 
aprovadas e que não permitem ao comerciante qualquer alteração, sob 
risco de ficar sujeito a graves penalidades. É corrente nos produtos de 
primeira necessidade.
Preços correntes - O preço é fixado pelo vendedor, conforme as 
condições de mercado, passíveis de redução.
Preços de concurso público - As entidades que pretendem comprar ou 
vender anunciam, por escrito, o que pretendem, indicando as 
condições da sua realização. Os interessados fornecem, por escrito, os 
preços. O concorrente que oferecer a melhor proposta3 será preferido. 
Este tipo de preços é utilizado nas grandes aquisições do Estado ou de 
grandes empresas.
Preços de leilão ou hasta pública – A fixação do preço corresponde 
ao maior preço oferecido pelos interessados na aquisição. É fixado um 
preço base de licitação, a partir do qual se fazem sucessivas ofertas.
Preços de lota – Os preços de lota são idênticos aos preços de leilão. 
Aqui, o vendedor anuncia, em voz alta, que vende um certo produto a 
3 Esta proposta deve ter o preço mais baixo em idênticas condições de fornecimento
António Plaza Setembro 2010
21
um dado preço e, caso não surjam interessados, ele próprio vai 
baixando sucessivamente esse preço, até que alguém declare que 
aceita comprar mercadoria a esse valor: é o valor mais alto da escala 
dos preços propostos pelo vendedor que encontra quem esteja disposto 
a pagá-lo. É utilizado, geralmente, na venda de peixe por grosso.
Preços de bolsa de cotação – O preço depende das condições de 
mercado ou das operações que foram realizadas na Bolsa para 
produtos de determinada natureza, tais como: acções, obrigações e 
outros títulos, mercadorias, entre outros.
Estas transacções são efectuadas por intermédio de corretores, que se 
encarregam de comprar e vender títulos por conta de terceiros.
Ainda no que diz respeito à quantidade de moeda, muitas vezes são 
concedidos ou obtidos alguns benefícios que se traduzem em descontos 
(redução de preços). Esta pratica tem por objectivo:
• Aumentar o volume de vendas através da captação de novos clientes; 
• Compensar os seus maiores e melhores clientes.
As reduções de preços denominam-se descontos e estes são classificados em 
descontas financeiros ou descontos comercias.
• Descontos financeiros - directamente ligados ao prazo de pagamento
Descontos de pronto pagamento (p.p.) - Quando o comprador 
efectua o pagamento no acto de entrega das mercadorias ou no 
prazo máximo de oito dias.
Desconto de antecipação de pagamento(a.p.) - Concedido ao 
cliente, sempre que este efectua o pagamento antes do prazo 
acordado com o vendedor.
• Descontos comerciais - descontos relacionados directamente com o 
produto e não com a forma de pagamento.
Bom peso - Quantidades de mercadoria fornecida pelo 
vendedor, sem valor, para compensar perdas normais.
Bónus - Abatimento especial, que compensa falta de qualidade 
das mercadorias fornecidas, atraso na entrega ou ainda como 
prémio ao cliente que ultrapasse um certo limite de compras.
António Plaza Setembro 2010
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Rappel - Desconto especial concedido sobre a totalidade das 
compras efectuadas quando ultrapassam um determinado 
montante.
Desconto de revenda - Desconto especial concedido aos 
revendedores para conseguirem margens de lucro mais 
elevadas.
Os descontos serão efectuados após a aplicação da margem comercial, que se 
traduz numa percentagem que vai incidir sobre o preço de aquisição dos 
produtos.
 Documentos da fase de Liquidação
Na fase da liquidação é quando o vendedor indica ao cliente o valor a pagar. 
Para isso, emite a FACTURA que é o documento mais importante do contrato 
de compra e venda. A par com o documento Vendas a dinheiro, são os 
comprovativos oficiais da compra, sendo que apenas um é emitido em cada 
compra e venda.
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A Factura terá que ser emitida até ao 5º dia útil, após a realização da 
operação, por isso pode ou não acompanhar a mercadoria.
É preenchida em duplicado, sendo o original para o comprador e o duplicado 
para o vendedor.
Quando a factura, acompanha a mercadoria, deverá ser preenchida em 
triplicado para que a outra cópia, enviada ao comprador, seja assinada e 
devolvida após a recepção da mercadoria. Neste caso não é necessário emitir 
guia de remessa.
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A Factura, a exemplo dos demais documentos, tem que ter numeração 
sequencial, data de emissão, o nº de contribuinte e identificação detalhada 
dos dois intervenientes.
Além disso, tem que descrever as mercadorias em qualidade e quantidade 
detalhada por códigos de produto, o seu valor unitário e total, indicar a taxa 
de IVA a que cada produto está sujeito, o IVA total da factura, os eventuais 
descontos e despesas e o total da factura.
Tem ainda que conter a assinatura4 do vendedor, referir a data em que a 
mercadoria foi colocada à disposição do cliente e fazer referência à guia de 
remessa que acompanhou a entrega (caso exista), quais as condições de 
pagamento e identificar a tipografia que a imprimiu.
A Venda a Dinheiro
4 Excepto nos casos que se refira expressamente que o documento foi processado por 
computador.
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A venda a dinheiro é um documento em tudo idêntico à factura, contudo tem 
a particularidade de ser emitido sempre que a fase da Entrega, Liquidação e 
Pagamento coincidem, ou seja, a entrega é efectuada contra-pagamento.
A grande diferença entre estes dois documentos reside no facto de, na Venda 
a Dinheiro, a condição de pagamento ser pronto pagamento e não existir Guia 
de remessa.
No caso de emissão de Venda a dinheiro, este documento tem eficácia legal 
como documento de transporte, sendo este efectuado pelo comprador.
Ainda na fase de liquidação, pode ser necessário fazer correcções à factura 
emitida. Estas correcções ocorrem frequentemente quando o comprador 
verifica que a mercadoria recebida não está conforme a sua nota de 
encomenda. 
Neste caso, o cliente pode reclamar e devolver a mercadoria, no prazo de 8 
dias a contar da data da sua recepção.
Este facto, entre outros, dá origem a correcções à factura, que são 
efectuadas através de Nota de Débito ou Nota de Crédito.
A Nota de Débito é o 
documento que corrige 
positivamente o valor da 
factura, isto é, aumenta o seu 
valor.
É emitida pelo vendedor 
quando errou um cálculo, ou 
por lapso não mencionou 
alguma despesa por conta do 
comprador
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As causas mais comuns para a sua emissão são:
- Despesas de transporte por conta do comprador não incluídas na 
factura;
- Valor das embalagens não debitado (caso exista);
- Diferença para menos na factura, nos preços ou nos cálculos;
- Inclusão, na factura, de descontos indevidos.
A Nota de Crédito é o 
documento que rectifica 
negativamente o valor da 
factura, isto é, aumenta o 
seu valor.
É emitida pelo vendedor e 
a causa mais comum é a 
devolução de mercadoria.
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As causas mais comuns para a sua emissão são:
- Devolução de mercadoria pelo comprador, ou embalagens 
indevidamente debitadas ao cliente;
- Não inclusão na factura de descontos acordados ou inclusão por um 
valor inferior;
- Diferença para mais na factura, nos preços ou nos cálculos;
A Nota deDébito e a Nota de Crédito são documentos muito semelhantes quer 
no que respeita ao traçado do documento quer no que respeita aos elementos 
que devem conter.
Como todos os documentos, estas Notas têm de conter a identificação dos 
intervenientes, os NIF, a data e terem numeração sequencial.
Nelas tem que constar ainda a identificação da factura a que se refere a 
correcção e a descrição da rectificação, o valor dessa correcção, valor e taxa 
do IVA, o valor total da nota, a assinatura do vendedor e a identificação da 
tipografia que as imprimiu.
Ambas deverão ser emitidas em duplicado, ou em triplicado se houver 
correcções a fazer ao IVA da factura. Aliás, esta é a situação mais comum, e 
na qual o comprador tem que devolver a Nota devidamente assinada para o 
vendedor confirmar que essas correcções ao IVA foram efectuadas.
 Caso prático
1 - O gerente comercial da ConsumoPC, Lda., recebeu no dia 4 de Outubro 
último uma encomenda de artigos de informática, do seu cliente: 
– Waremática, Lda.
Rua da Muralha, nº 101
4900-252 Valença
Tel. 251 473 624
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Contribuinte nº 500 222 333
Capital Social: EUR 15.000
A ConsumoPC, Lda. tem sede na Rua da Buraca, nº 110, 1400-235 Lisboa. O 
seu NIF é o 500 816 423 e o Capital Social é de EUR 250 000.
Da encomenda constavam os seguintes artigos:
– 20 caixas de CD a 20,00€/cada
– 10 caixas de papel contínuo liso a 10,00€/cada
– 20 caixas de papel listado 2 vias a 27,50€/cada
Os artigos estão sujeitos a IVA à taxa normal
Estes artigos têm respectivamente os códigos de fornecedor C101, P204 e 
P302.
O pagamento deverá ser efectuado até 8 dias após a entrega das mercadorias 
no armazém do comprador.
O vendedor concede um desconto comercial de 3%+2% à Waremática, Lda.
Pede-se que realize as seguintes tarefas:
a) Preenche a Nota de Encomenda que a Infor, S.A. recebeu.
b) Preenche a Guia de Remessa que acompanhou a mercadoria 15 dias após a 
encomenda.
c) Em que fase do contrato de compra e venda é emitida a factura? 
Caracteriza essa fase.
d) Preenche a factura nº 1001 dentro do prazo legal.
2 - Considere que, relativamente à compra e venda descrita acima, o 
vendedor não devia ter concedido o desconto comercial que constava da 
factura. 
a) Como deve ser feita essa correcção? Diga que documento deve ser 
emitido, quem o deve emitir e preenche-o com o nº 101, dois dias após a data 
da factura. 
b) Se, na mesma operação, o comprador reclamasse o desconto de 7% 
que afinal tinha sido o acordado, que documento seria emitido para fazer essa 
correcção? Quem o emitia? Com o nº 102, preenche esse documento dois dias 
após a data da factura.
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 Pagamento
A fase de pagamento, que termina o contrato de compra e venda, consiste na 
entrega pelo comprador, do valor em dívida ao vendedor.
 Documento da fase de Pagamento
Nesta fase, o RECIBO é o documento emitido pelo vendedor para dar quitação 
do pagamento efectuado pelo comprador.
Como nos outros documentos, o recibo além da identificação dos 
intervenientes, do número e data de emissão, tem que conter o valor em 
numerário e por extenso, fazer referência à transacção a que dá quitação e a 
assinatura do vendedor.
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Formas de Pagamento
Para que o comprador possa finalizar o contrato de compra e venda, foram –
lhe colocadas à disposição várias formas de pagamento, que contudo e como 
já vimos anteriormente, carecem sempre do acordo das partes envolvidas no 
contrato.
Assim, as formas mais comuns são:
- Em numerário, vulgarmente chamado em dinheiro;
- Por cheque;
- Por Letra aceite;
- Por ordem de transferência;
- Débito directo.
Numerário
Como o próprio nome indica, é o pagamento efectuado em moeda de 
circulação corrente.
Cheque
É um instrumento de pagamento à vista, que representa uma ordem de 
pagamento de uma quantia certa, que é dada pelo sacador ao sacado a seu 
favor ou a favor de uma terceira pessoa.
É um documento que foi normalizado, como forma de simplificar e 
sistematizar o tratamento do documento entre os vários bancos.
Tem algumas características – muito importantes – essenciais para que possa 
ter eficácia jurídica e possa assim, produzir efeitos como cheque.
Para que o cheque tenha validade legal, nele têm que constar os seguintes 
elementos:
⇒ a palavra “cheque”;
⇒ a ordem de pagar uma quantia certa;
⇒ o nome do banco que a vai pagar (sacado);
⇒ o lugar do seu pagamento;
⇒ o lugar e a data onde foi emitido;
⇒ a assinatura de quem o emitiu (sacador).
À excepção do lugar do seu pagamento e do lugar onde foi emitido, todos os 
demais elementos tem de constar obrigatoriamente no cheque.
Neste caso, considera-se ser o lugar onde o banco tem o seu estabelecimento 
principal.
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Na falta de qualquer outro elemento, que não estas excepções, o documento 
não produz efeito como cheque.
Quanto à emissão, os cheques podem ser:
- Nominativos – contêm o nome do beneficiário;
- Ao portador – é pago a quem o apresentar;
- Cruzados – só pode ser depositado, e portanto não pode ser levantado no 
caixa do banco.
O cheque cruzado pode ser geral, pago a qualquer banco, ou especial se entre 
as linhas se indicar o nome do banqueiro a que tem que ser pago. Se se 
indicar “para crédito em conta” só é liquidado por transferência entre contas. 
O cheque pode ser transmitido por endosso, isto é, o beneficiário original 
transmite o seu direito a um terceiro, identificado ou não. No entanto, 
quando o cheque for emitido “não à ordem” a possibilidade de endosso não é 
permitida.
O endosso deve ser escrito no verso do próprio cheque e consiste na 
autorização de pagamento ao beneficiário designado – endosso completo – ou 
ao portador – em branco - com a assinatura e identificação (BI) do 
beneficiário original.
Existem ainda os cheques visados que garantem ao seu beneficiário a 
existência de provisão. Essa garantia é dada pelo banco sacado que inscreve 
no cheque “visado” ou “bom para pagamento”.
Também existem os “traveller’s cheques” ou cheques de viagem que só são 
pagos pelos correspondentes bancários do banco emissor no estrangeiro e são 
pessoais e intransmissíveis.
Letra
A letra é um título de crédito á ordem, pelo qual uma pessoa – Sacador 
(credor) – ordena a outra – Sacado (devedor) – que lhe pague a si ou a um 
terceiro – tomador (beneficiário) – um certo valor, em determinada data.
Apesar de sujeita a várias formalidades a letra tem uso corrente pois é prática 
comum proceder-se ao desconto bancário antes da data do vencimento.
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O desconto bancário é então o acto em que o beneficiário recebe o valor da 
letra antes da data do vencimento, menos os encargos de desconto, ficando 
depois o sacado obrigado a pagá-la ao banco que fez o desconto, isto é, que a 
pagou. 
Os principais intervenientes na letra são: 
–Sacador – pessoa que saca a letra, ou seja, o credor que dá a ordem de 
pagamento;
–Sacado – é quem aceita a ordem de pagamento, isto é, devedor que se 
responsabiliza por ele;
–Tomador – pessoa a quem o sacador transmite os direitos da letra (é o banco 
no caso do desconto);
–Portador – é que apresenta a letra a pagamento. Pode ser o sacador, o 
tomador ou um endossado;
–Endossado – é a quem o sacador ou endossante transmitiu a letra por meio 
de endosso. 
•Os elementos que a letra deve conter, são os que se encontram em legenda 
à letra exemplificativa.
O aceite é o acto pelo qual o sacado se obriga a pagar a letra, ou seja, assina-
a aceitando o saque. 
O aceite é completo quando se escreve a palavra “aceite” ou “aceito” antes 
da assinatura e data. Se for só a assinatura do sacado diz-se que é um aceite 
incompleto.
O endosso é semelhante ao do cheque, completo ou em branco, consoante 
tenha ou não o nome do endossado (beneficiário)
O sacado, se na datado vencimento não a puder pagar, pode proceder à 
reforma da letra, ou seja, à sua substituição total ou parcial, por outra de 
valor respectivamente equivalente ou inferior (se pagar uma parte), mas a 
vencer em data posterior, e se o sacador concordar com a reforma.
Ordem de transferência
Consiste numa ordem de execução de transferência de uma quantia certa de uma 
conta à ordem titulada pelo ordenante para outra conta à ordem, em nome do 
beneficiário. Essa transferência pode ser realizada para o mesmo banco – intra 
bancária – ou para outro banco diferente, a que se chama interbancária, ou para 
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uma instituição de crédito noutro país – TEI (Transferência para o Exterior 
Interbancária) .
Débito directo
Esta é a modalidade mais recente. Resulta de uma autorização expressa para 
que o banco pague as facturas apresentadas por uma determinada pessoa ou 
entidade.
É um método bastante utilizado para pagamento de facturas periódicas, com 
é o caso da água, luz. Telefone, prestação de algum crédito a pagar por outra 
instituição bancária.
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1. O contrato compra e venda
1.1. Noção
1.2. Efeitos
2. Fases do contrato e documentação comercial
2.1. Encomenda
2.1.1. Noção
2.1.2. Selecção dos produtos
2.1.3. Documentos
2.1.4. Caso prático
2.2. Entrega
2.2.1. Noção
2.2.2. Época de entrega
2.2.3. Local de entrega
2.2.4. Termos comerciais mais usados (Incoterms)
2.2.5. Documentos
2.2.6. Caso prático
2.3. Liquidação
2.3.1. Preço
2.3.2. Descontos e abatimentos
2.3.3. Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)
2.3.4. Reclamação e devolução
2.3.5. Documentos
2.3.6. Caso prático
2.4. Pagamento
2.4.1. Noção
2.4.2. Formas de pagamento
2.4.3. Documentos
2.4.4. Caso prático
3. Preenchimento de uma cadeia documental manualmente
3.1. Caso prático
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	Conteúdo
	Duração do módulo
	Objectivos gerais
	Objectivos específicos
	 Introdução
	Noção
	Efeitos
	Natureza dos Contratos Compra e venda
	Fases do Contrato de compra e venda
	 Encomenda
	Qualidade da mercadoria
	Quantidade da mercadoria
	Prazo e local de entrega
	Forma
	Data
	Local
	Condições de pagamento
	 Documentos da fase de Encomenda
	 Caso prático
	 Entrega
	 Documentos da fase de Entrega
	 Caso prático
	 Liquidação
	 Documentos da fase de Liquidação
	 Caso prático
	 Pagamento
	 Documento da fase de Pagamento
	Formas de Pagamento
	Numerário
	Cheque
	Letra
	Ordem de transferência
	Débito directo

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