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AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE XXX MARIA, brasileira, solteira, [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [informar] e RG nº [informar], residente e domiciliada na [endereço completo], vem, por meio de seu advogado [nome do advogado], inscrito na OAB/[UF] sob o nº [informar], com endereço profissional na [endereço completo do escritório], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente: AÇÃO DE ADOÇÃO em face de MANUELA, brasileira, [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [informar] e RG nº [informar], residente e domiciliada na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos que passa a expor: I. DOS FATOS 1. A Autora, há sete anos, cuida de JÚLIA, uma criança atualmente com oito anos de idade, filha da Ré, MANUELA. 2. A Ré, MANUELA, decidiu viajar para o exterior em busca de um novo relacionamento, deixando JÚLIA aos cuidados da Autora, sem demonstrar qualquer interesse ou preocupação com o bem-estar da criança desde então. 3. Durante todo o período em que esteve ausente, a Ré, MANUELA, nunca enviou notícias sobre JÚLIA nem buscou informações sobre seu desenvolvimento ou estado de saúde. 4. Em virtude dessa ausência prolongada e do abandono afetivo da Ré, MARIA buscou em juízo a guarda legal de JÚLIA, obtendo êxito na concessão desta medida. 5. Ocorre que a Ré, retornou ao Brasil e agora pretende retomar a relação com sua filha, e conviver com ela. 6. Entretanto, Júlia desenvolveu um vínculo afetivo profundo com a Autora, e expressa de forma clara e inequívoca sua vontade de permanecer sob seus cuidados e não viver com a mãe biológica. 7. Cabe ressaltar que no registro de nascimento de Júlia não consta o nome do pai, que nunca teve contato com a criança. II. DO DIREITO Diante do exposto, a adoção de Júlia é a medida mais adequada e benéfica para a criança. Insta salientar que, conforme art. 50 do Estatuto da criança e do adolescente, a adoção pode ser deferida para quem detém a tutela ou a guarda legal da criança maior de 3 (três) anos. Exatamente o caso dos autos! Além disso, deve-se levar em consideração o vínculo afetivo consolidado entre ambas, bem como o completo desinteresse e abandono por parte da mãe biológica, ora Ré. De mesmo modo, o Código civil em seu art. 50, II, preconiza que a mãe que abandona seu filho, perde o poder familiar. Deste modo, inegável o direito da parte autora. III. DO PEDIDO Diante do exposto, requer: 1. A citação da Ré, para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de revelia; 2. A procedência da presente ação, reconhecendo-se o vínculo de filiação socioafetiva entre a Autora, e a criança determinando-se a adoção plena desta pelo Autora; 3. Seja expedido mandado de averbação ao Cartório de Registro Civil competente, para que sejam retificados os registros de nascimento da criança, incluindo o nome da Autora, como mãe; 4. A concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos da Lei nº 1.060/50, em virtude de a Autora não possuir condições de arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo do seu sustento próprio; 5. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial pela produção de prova testemunhal e juntada de documentos. Dá-se à causa o valor de XXX. Nestes termos, Pede deferimento. Local, data. ADVOGADO OAB/UF