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Apostila Imunizações


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P E D I A T R I A
IMUNIZAÇÕES
FEVEREIRO/2022
P R O F . H E L E N A S C H E T I N G E R
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Imunizações
PROF. HELENA 
SCHETINGER
APRESENTAÇÃO:
/estrategiamedt.me/estrategiamed
Estratégia MED @estrategiamed
Olá, meu querido colega, neste capítulo, vamos 
entrar em uma área que eu, particularmente, gosto muito: 
imunizações! 
Imunizar é prevenir, é cumprir o juramento que 
fizemos de cuidar das pessoas, mas antes mesmo que elas 
adoeçam! É por isso que esse tema é tão interessante e tão 
importante para sua vida profissional. 
Além disso, é um assunto que os examinadores 
adoram e que pode estar presente em qualquer área da sua 
prova, da pediatria até a cirurgia. Responder corretamente 
a uma questão sobre esse assunto pode fazer a diferença 
para sua aprovação. 
Apesar de termos poucas questões de provas 
anteriores, em torno de 30, as imunizações caíram em 
todas as provas até então, com pelo menos uma questão! 
Eu sei que temos, aqui, um mundo muito vasto de 
conhecimento , então, para facilitar, eu trago o que mais 
tenho visto ser cobrado e, claro, aquelas pegadinhas 
clássicas de provas. 
Neste capítulo, quero que conheça os conceitos 
gerais das imunizações, os calendários vacinais e 
particularidades de cada vacina individualmente. Ao longo 
do livro, vou chamando sua atenção para o que é mais 
“queridinho” das bancas, combinado?
Especialmente para o Revalida, vamos utilizar o 
Ministério de Saúde e seus calendários vacinais como fonte. 
Então, venha comigo explorar este maravilhoso 
mundo da prevenção.
@drahelenaschetinger
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3Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
SUMÁRIO
1.0 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI) 6
2.0 CONCEITOS 6
2.1 IMUNIZAÇÃO PASSIVA 6
2.2 IMUNIZAÇÃO ATIVA 7
3.0 AS VACINAS 7
3.1 VACINAS VIVAS ATENUADAS 8
3.2 VACINAS INATIVADAS 8
3.3 COADMINISTRAÇÃO 9
3.4 VACINAS X IMUNOBIOLÓGICOS 11
3.5 VACINAS X ANTITÉRMICOS 11
3.6 ESQUEMA VACINAL 11
3.7 IMUNIDADE DE REBANHO 12
3.8 CONTRAINDICAÇÕES DAS VACINAS 12
3.8.1 FALSAS CONTRAINDICAÇÕES A VACINAS 13
3.9 REAÇÕES ADVERSAS DAS VACINAS 13
4.0 CALENDÁRIOS VACINAIS 14
4.1 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES 14
4.2 CALENDÁRIOS ESPECIAIS 17
4.2.1 CALENDÁRIO DAS GESTANTES 17
4.2.2 CALENDÁRIO DOS PREMATUROS 19
4.2.3 CALENDÁRIO DOS CRIES 20
5.0 ATUALIZAÇÕES 20
6.0 BCG 21
6.1 EVOLUÇÃO DA LESÃO 21
6.2 PREVENÇÃO 22
6.3 IDADE 22
6.4 REVACINAÇÃO 22
6.5 SITUAÇÕES ESPECIAIS 22
6.6 REAÇÕES ADVERSAS 25
7.0 HEPATITE B 26
7.1 PREVENÇÃO 26
7.2 IDADE 26
7.3 IMUNOGLOBULINA ANTI-HEPATITE B 27
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4Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
8.0 FAMÍLIA DTP 29
8.1 PREVENÇÃO 30
8.2 DTPw – TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL DE CÉLULAS INTEIRAS 30
8.3 DTPa - TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL ACELULAR 30
8.4 DT – DUPLA BACTERIANA INFANTIL 31
8.5 dT – DUPLA BACTERIANA ADULTA 31
8.6 dTpa – TRÍPLICE BACTERIANA ADULTA ACELULAR 31
8.7 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 33
8.8 TÉTANO ACIDENTAL 34
9.0 VACINAS CONTRA POLIOMIELITE 37
9.1 PREVENÇÃO 37
9.2 IDADE 37
9.3 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 37
9.4 HISTÓRIA DA DOENÇA E DA VACINAÇÃO 38
10.0 VACINA CONTRA ROTAVÍRUS 38
10.1 PREVENÇÃO 39
10.2 IDADE 39
10.3 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 39
11.0 VACINAS PNEUMOCÓCICAS 40
11.1 PREVENÇÃO 40
11.2 PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE 40
11.3 PNEUMOCÓCICA 13-VALENTE 40
11.4 PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE 40
11.5 PACIENTES ESPECIAIS 40
12.0 VACINAS MENINGOCÓCICAS 42
12.1 PREVENÇÃO 42
12.2 MENINGOCÓCICA C 42
12.3 MENINGOCÓCICA ACWY 42
12.4 MENINGOCÓCICA B 43
13.0 VACINA CONTRA FEBRE AMARELA 43
13.1 PREVENÇÃO 43
13.2 IDADE 43
13.3 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 44
14.0 VACINA CONTRA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA 44
14.1 PREVENÇÃO 44
14.2 VACINA TRÍPLICE VIRAL 45
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5Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
14.3 VACINA TETRAVIRAL 45
14.4 VACINA VARICELA ISOLADA 45
14.5 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 46
14.6 CONDUTA PÓS-EXPOSIÇÃO 47
15.0 VACINA CONTRA HEPATITE A 50
15.1 PREVENÇÃO 50
15.2 IDADE 50
16.0 VACINA CONTRA HPV 50
16.1 IDADE 51
17.0 VACINA INFLUENZA 52
17.1 PREVENÇÃO 52
17.2 IDADE 52
17.3 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 53
18.0 PALIVIZUMABE 53
18.1 PREVENÇÃO 53
18.2 INDICAÇÕES 54
19.0 VACINA E SORO CONTRA RAIVA 54
19.1 PREVENÇÃO 54
19.2 INDICAÇÕES 54
20.0 LISTA DE QUESTÕES 57
21.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58
22.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 59
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6Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
1.0 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES 
(PNI)
Criado em 18 de Setembro de 1973, o Programa 
Nacional de Imunizações é referência mundial em 
imunizações e tem como princípio a vacinação gratuita 
para toda população, de acordo com os calendários 
infantil, do adolescente, adulto, idoso, de gestantes e 
indígenas. 
Abrindo parênteses aqui, meu caro colega, 
esse conceito de vacinação gratuita para toda 
população esbarra no custo dessa ação. Seria inviável 
financeiramente ofertar tudo a todos, pensando 
nisso, os calendários foram criados baseados em 
epidemiologia das doenças, vacinando os mais afetados 
nas idades de maior risco. 
Mesmo assim, hoje, pelo Programa, são 
ofertadas 19 vacinas de rotina, que protegem contra 
18 doenças, isso sem contar as vacinas para públicos e 
situações especiais e as novidades contra o coronavírus. 
Ao longo dos anos, obteve-se êxito em diminuir a 
incidência de doenças que antigamente elevavam a 
morbimortalidade da população brasileira, porém a 
baixa cobertura vacinal para algumas delas e o aumento 
do número de “antivacinas” trouxe de volta o risco de, 
novamente, padecermos de doenças antes controladas, 
como foi o caso do sarampo, como você bem deve se 
lembrar de ter visto nas notícias. 
Mas, sem delongas, vamos começar a explorar 
alguns conceitos sobre vacinas que você precisa saber. 
2.0 CONCEITOS
CAPÍTULO
Imunizar é definido no dicionário como “tornar ou ficar imune a determinado agente patogênico, a uma 
doença infecciosa”. Ou seja, é o ato de proteger-se de determinada patologia. E como isso funciona? Há dois tipos de 
imunização, vamos conhecê-los. 
2.1 IMUNIZAÇÃO PASSIVA
É a introdução de anticorpos já prontos no 
organismo. 
Vantagens: proteção imediata, não depende da 
resposta imune do indivíduo.
Desvantagens: é transitória e não promove 
memória imunológica. 
Estão contemplados, nesse grupo, as 
imunoglobulinas, os anticorpos de origem animal, 
anticorpos monoclonais, anticorpos maternos 
transferidos via placenta (IgG) ou pelo leite materno 
(IgA). 
CAPÍTULO
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7Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
• IgG – atravessa a barreira placentária.
• IgA – adquirido pelo leite materno.
• IgM – M de Materno, não ultrapassa a barreira placentária.
As principais indicações desse grupo são prover 
imunidade em situações que necessitam de proteção 
imediata e resguardar indivíduos imunodeprimidosou 
que não conseguem produzir seus próprios anticorpos, 
os imunodeficientes. 
Um exemplo do uso da imunização passiva é a 
exposição à hepatite B de um profissional de saúde não 
imunizado. Ele precisa de proteção imediata! 
2.2 IMUNIZAÇÃO ATIVA 
A imunização ativa ocorre quando há um 
estímulo para produção de anticorpos próprios, por 
meio dos antígenos. 
Ela pode ocorrer de forma natural, pela exposição 
à doença, ou artificial, por meio das vacinas.
Vantagem: produz memória imunológica. 
Desvantagem: os anticorpos demoram de 10 a 
14 dias para serem produzidos, então a proteção não 
é imediata. 
Vamos explorar mais este tópico! 
CAPÍTULO
3.0 AS VACINAS
As vacinas são microrganismos inteiros ou 
parte deles injetados no corpo para prevenção de 
doenças infecciosas. Apesar de a maioria induzir uma 
boa proteção contra infecções, a resposta imune dos 
indivíduos é geneticamente determinada, portanto as 
respostas às vacinas não são iguais. Isso explica por que 
temos reações adversas diferentes entre os indivíduos e 
afirmamos que nenhuma vacina tem 100% de eficácia. 
Lembre-se de que, infelizmente, nenhuma vacina protege 100%, mas elas 
podem diminuir a gravidade da doença, fazendo com que o indivíduo afetado tenha 
uma forma branda de infecção.
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8Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Elas são divididas em dois grandes grupos: vivas atenuadas e inativadas.
3.1 VACINAS VIVAS ATENUADAS
São vacinas que contêm os patógenos, 
entretanto, de uma forma enfraquecida, em que eles 
perderam a capacidade de produzir a doença em 
imunocompetentes. 
3.2 VACINAS INATIVADAS 
As vacinas inativadas não contêm o patógeno 
vivo, portanto não têm capacidade de produzir a 
doença. 
São elas: tríplice e dupla bacteriana, 
meningocócicas, pneumocócicas, hepatites A e B, 
Haemophilus influenzae tipo B, pólio inativada, HPV, 
influenza, raiva e as vacinas contra o coronavírus.
Exatamente por não conterem o patógeno, 
elas têm como vantagem serem seguras para 
imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes. 
A maioria delas é aplicada via intramuscular. 
O quadro abaixo traz a distribuição das vacinas 
virais e bacterianas entre os grupos. 
São elas: BCG, rotavírus, pólio oral, tríplice viral, 
tetraviral, varicela isolada, dengue e herpes-zóster. 
A maioria delas é de aplicação subcutânea. 
Vivas atenuadas Inativadas
Bacterianas BCG
Difteria
Tétano
Coqueluche
Meningocócicas C, B e ACWY
Pneumocócicas 7, 10, 13 e 23 valente
Haemophilus influenzae tipo B
Virais
Rotavírus
Febre amarela
Sarampo
Caxumba
Rubéola
Varicela
Pólio oral
Dengue
Herpes-zóster
Hepatites A e B
HPV
Pólio inativada
Raiva
Influenza
Coronavírus
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9Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Para lembrar sem decorar, a maioria das vivas atenuadas é viral, a exceção é a BCG. Já a maioria das inativadas 
é bacteriana, as exceções são as hepatites, HPV, pólio inativada, raiva e influenza. 
Dúvidas? Apite: “PRIHH” e lembre quais são as virais inativadas!
TODAS AS VACINAS LICENCIADAS ATÉ ENTÃO CONTRA O CORONAVÍRUS SÃO VIRAIS 
INATIVADAS. 
*O pessoal da infectologia irá explorar esse tema com você! 
3.3 COADMINISTRAÇÃO 
É seguro e eficaz coadministrar vacinas no mesmo dia. Vacinas inativadas e inativadas e vivas podem ser 
administradas no mesmo dia ou com qualquer intervalo de tempo. Vacinas vivas, se não administradas no mesmo dia, 
precisam de 4 semanas de intervalo entre si. 
Vamos resumir!
Pólio inativada
Raiva
Influenza
Hepatites
HPV
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10Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Inativada x inativada Administrar no mesmo dia 
ou com qualquer intervalo de tempo
Inativada x viva Administrar no mesmo dia 
ou com qualquer intervalo de tempo
Viva x viva Administrar no mesmo dia 
ou com 4 semanas de intervalo entre elas
Há uma exceção e você precisa saber dela!
As vacinas que contêm sarampo – tríplice ou tetraviral - com a febre amarela em crianças menores 
de 2 anos não podem ser administradas no mesmo dia. Deve ser respeitado um intervalo mínimo de 15 dias 
entre elas, 30 dias idealmente. Estudos mostraram que há perda de imunogenicidade quando aplicadas juntas.
Imagine duas pessoas 
mortas (inativadas) , elas 
podem brigar?
Uma pessoa morta 
(inativada) e uma viva 
podem brigar?
Duas pessoas vivas podem 
brigar?
Pode fazer as vacinas no 
mesmo dia, com qualquer 
intervalo de tempo!
Pode fazer as vacinas no 
mesmo dia, com qualquer 
intervalo de tempo!
Faça no mesmo dia, ou com 
4 semanas de intervalo!
É para decorar! 
Mas pode aproveitar esta associação, que fica fácil:
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11Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
3.4 VACINAS X IMUNOBIOLÓGICOS 
A coadministração de vacinas vivas atenuadas 
e de imunoglobulinas não é indicada. Pense 
comigo: quando injetamos imunoglobulina, estamos 
introduzindo anticorpos já prontos no organismo. A 
vacina viva atenuada contém o patógeno enfraquecido, 
com o objetivo de induzir a formação de anticorpos 
próprios. Se juntarmos a vacina com a imunoglobulina, 
os anticorpos exógenos irão combater os patógenos 
e impedir a produção dos endógenos. Portanto, a 
indicação é esperar, no mínimo, 3 meses entre uma e 
outra. No caso da imunoglobulina antivaricela-zóster, 
o tempo recomendado é de 5 meses. 
A administração de vacinas após transfusão de 
sangue também segue o mesmo princípio e deve ser 
obedecido um intervalo mínimo de 5 meses, de acordo 
com o Ministério da Saúde. 
3.5 VACINAS X ANTITÉRMICOS
Os estudos mostraram que há perda de 
imunogenicidade quando administramos antitérmicos 
antes ou imediatamente após a vacinação, portanto 
eles são CONTRAINDICADOS. A única exceção é a vacina 
meningocócica B, que está liberada para ser aplicada 
com o antitérmico paracetamol, mas essa vacina não 
está disponível no sistema público de saúde. 
3.6 ESQUEMA VACINAL
O esquema vacinal depende de cada vacina e é 
definido como o número de doses que deve ser feito 
para atingir a imunidade ideal. 
Pacientes vacinados com um número de doses 
menor do que o ideal podem apresentar a doença ou 
uma forma branda dela. 
Quando o esquema vacinal estiver incompleto, 
devemos sempre completá-lo com as doses que faltam, 
não há necessidade de reiniciar a vacinação para 
nenhuma vacina. Exemplo: se um adulto aplicou duas 
doses da vacina da hepatite B na infância, deve aplicar 
mais uma dose agora para completar o esquema de três 
doses. 
Segue a frase utilizada pela Sociedade Brasileira 
de Imunizações que define muito bem o caso:
“DOSE DADA NÃO É DOSE PERDIDA”
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12Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
3.7 IMUNIDADE DE REBANHO
Preste bem atenção nesse conceito, pois temos 
ouvido muito falar nele ultimamente!
Ocorre quando temos dois grupos de pessoas em 
uma mesma comunidade:
1) Imunizados para determinada doença: 
precisam ser a maioria. 
2) Não imunizados para a tal doença: precisam 
ser a minoria. 
O primeiro grupo, protegido, não irá se infectar com a doença e, assim, não será fonte de infecção para o 
segundo grupo. É como se fizéssemos um casulo de proteção contra a doença naquele indivíduo não imunizado. 
Agora, muita atenção! Isso só vale para doenças com transmissão interpessoal! 
3.8 CONTRAINDICAÇÕES DAS VACINAS
As vacinas têm poucas contraindicações 
absolutas.
Anafilaxiaem dose anterior e alergia grave a 
algum dos componentes contraindicam a vacina a que 
o paciente apresenta alergia. 
Imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes 
não devem aplicar vacina viva atenuada sob o risco de 
infectarem-se. As vacinas inativadas são seguras para 
esses pacientes. 
Doença febril aguda contraindica a vacina no 
momento da doença, devendo ela ser aplicada após 
a resolução do quadro. Agora, o que é doença febril 
aguda? O Ministério da Saúde não explica! Então, 
vamos de acordo com nossa prática clínica: seria aquela 
criança com febre alta e importante queda do estado 
geral. 
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS DAS VACINAS ANAFILAXIA EM DOSE ANTERIOR
 ALERGIA GRAVE A ALGUM COMPONENTE
CONTRAINDICAÇÕES A VACINAS VIVAS IMUNODEPRIMIDOS
 GESTANTES
CONTRAINDICAÇÃO PONTUAL DOENÇA FEBRIL AGUDA GRAVE
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13Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
3.8.1 FALSAS CONTRAINDICAÇÕES A VACINAS
Muitas vezes, o examinador irá colocar uma das situações abaixo para confundi-lo, mas Estrategista não cai 
nessa, elas não contraindicam a vacinação. 
 ✓ Uso de corticoesteroides: apenas são contraindicados se utilizados em doses imunossupressoras. 
Corticoides inalatórios ou tópicos não impedem a vacinação. 
DOSE IMUNOSSUPRESSORA DOS CORTICOIDES 
> 2 mg/kg/dia ou 20 mg/dia de prednisona ou equivalente por 14 dias ou mais
 ✓ Doenças agudas afebris: resfriados, gripes, diarreias não contraindicam a vacina se o paciente não estiver 
febril. 
 ✓ Uso de antibiótico, desde que não esteja em vigência de febre. 
 ✓ História familiar de alergias e crises convulsivas. 
 ✓ Dermatites: apenas devemos cuidar para não aplicar a vacina em cima do rash cutâneo. 
 ✓ Choro e febre persistentes pós-vacinação prévia. 
 ✓ Desnutrição: os desnutridos mantêm sua capacidade imune e são mais suscetíveis a adoecerem, portanto 
devem obrigatoriamente serem vacinados. 
 ✓ Filhos de mães HIV positivo: a criança exposta ao HIV vertical deve ser vacinada com todas as vacinas 
do calendário até que se prove laboratorialmente ou clinicamente a imunodepressão. Vacinas inativadas 
podem ser feitas independente do estado imune do paciente. 
Veremos mais contraindicações quando explorarmos cada vacina individualmente. 
3.9 REAÇÕES ADVERSAS DAS VACINAS
As reações adversas variam de acordo com cada indivíduo. A maioria das vacinas apresenta apenas reações 
leves: 
Locais: dor no local da aplicação, edema, enduração, eritema. 
Sistêmicas: febre, mal-estar, dor no corpo. 
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14Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
As reações graves são raras e serão vistas quando falarmos individualmente em cada vacina. É importante saber 
que qualquer reação grave ou que ocorra em surtos, isto é, um número de reações maior do que o esperado para 
aquela população ou óbitos pós-vacinais, deve ser notificada ao sistema de vigilância epidemiológica em até 24 horas. 
CAPÍTULO
4.0 CALENDÁRIOS VACINAIS
4.1 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES
Caro aluno, para a prova do Revalida, iremos focar no conhecimento dos Calendários do Programa Nacional de 
Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. 
Ele pode ser dividido em calendário da criança, do adolescente, do adulto e do idoso. Os indígenas também 
apresentam calendário próprio para cada faixa de idade, mas não o vimos ser cobrado em provas. É fundamental 
decorar os calendários para que você responda às questões, e você deve encontrar a melhor maneira de fazer isso. 
 Uma dica pessoal: desenhe o calendário em cada questão que você for responder. Vai facilitar a 
visualização e estimular sua memória. 
CALENDÁRIO VACINAL DAS CRIANÇAS DO PNI
VACINAS
Ao
nascer
2 
meses
3
meses
4 
meses
5 
meses
6 
meses
9
meses
12
meses
15 
meses
4 a 6
anos
BCG
Dose 
única
Hepatite B
Dose 
única
Pentavalente 
(difteria, tétano, 
coqueluche,
 hepatite B, 
Haemophilus 
influenzae
 tipo B)
1ª dose
(2ª 
dose da 
hepatite 
B)
2ª dose
(3ª 
dose da 
hepatite 
B)
3ª dose
(4ª 
dose da 
hepatite 
B)
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15Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Pólio inativada 
(VIP/Salk)
1ª dose 2ª dose 3ª dose
Rotavírus 1ª dose 2ª dose
Pneumocócica
 10-valente
1ª dose 2ª dose Reforço
Meningocócica C
1ª 
dose
2ª 
dose
Reforço
Febre amarela
1ª 
dose
Reforço 
(4 anos)
Tríplice viral 
(sarampo, 
caxumba, 
rubéola)
1ª dose
Tetraviral
 (sarampo, 
caxumba,
 rubéola,
 varicela)
2ª dose 
sarampo, 
caxumba
e 
rubéola;
1ª dose 
varicela
DTP (difteria, 
tétano, 
coqueluche)
Reforço Reforço
Pólio oral (VOP/
Sabin)
Reforço Reforço
Hepatite A
Dose 
única
Varicela isolada
2ª dose 
varicela
Vamos fazer uma pausa e resolver uma questão de calendário vacinal pediátrico? 
VACINAS
Ao
nascer
2 
meses
3
meses
4 
meses
5 
meses
6 
meses
9
meses
12
meses
15 
meses
4 a 6
anos
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16Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
CAI NA PROVA
(REVALIDA – INEP – 2021) Lactente, com 6 meses de idade, está sendo atendido na Estratégia da Saúde para 
puericultura. A médica identifica o registro no cartão apenas da vacina Influenza, que foi feita na rede particular de 
imunização. As demais vacinas a serem administradas até o 5.° mês estavam todas registradas na caderneta. 
Nesse caso, quais são as vacinas recomendadas para a idade conforme o Programa Nacional de Imunização? 
A) Pentavalente (DTP+Hib+Hep B) e Vip (vacina inativada para poliomielite). 
B) Pentavalente (DTP+Hib+Hep B) e Pneumocócica 10.
C) Pentavalente (DTP+Hib+Hep B), Pneumocócica 10 e Rotavírus.
D) Pentavalente (DTP+Hib+Hep B), VIP (vacina inativada para poliomielite) e Pneumocócica 10.
COMENTÁRIOS
O enunciado dessa questão está um pouco confuso, mas o que o examinador quis dizer é que o lactente de 6 
meses realizou todas as vacinas até o 5º mês de vida, além disso, ele também aplicou a vacina contra influenza no 
sistema particular. Quais são as vacinas que devem ser feitas nesse momento?
As vacinas dos 6 meses! Pentavalente e pólio inativada.
Correta a alternativa A. 
Incorretas as alternativas B e D: pneumocócica 10 é aplicada aos 2, 4 e 12 meses. 
Incorreta a alternativa C: rotavírus é aplicada aos 2 e 4 meses de idade. 
CALENDÁRIO VACINAL DOS ADOLESCENTES – 10 AOS 19 ANOS - DO PNI
VACINAS DOSES
HPV
Meninas de 9 a 14 anos
Meninos de 11 a 14 anos
Duas doses
Meningocócica ACWY 11 a 12 anos
Dose única
Hepatite B Três doses,
se não tiver o esquema completo anteriormente
Dupla bacteriana adulto (dT)
Uma dose de reforço a cada 10 anos
Três doses, se não tiver o esquema
completo anteriormente
Febre amarela Dose única, se não tiver vacinação prévia
Tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola)
Duas doses,
se não tiver o esquema completo anteriormente
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17Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
CALENDÁRIO VACINAL DO ADULTO – 20 AOS 59 ANOS – PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES
VACINAS DOSES
Hepatite B
Três doses,
se não tiver o esquema completo anteriormente
Dupla bacteriana adulto (dT)
Uma dose de reforço a cada 10 anos
Três doses, se não tivero esquema completo anteriormente
Febre amarela Dose única, se não tiver vacinação prévia
Tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola)
Duas doses, se não tiver o esquema
completo anteriormente até os 29 anos
Dose única dos 30 aos 59 anos
CALENDÁRIO VACINAL DO IDOSO – MAIOR DE 60 ANOS – DO PNI
VACINAS DOSES
Hepatite B
Três doses,
se não tiver o esquema completo anteriormente
Dupla bacteriana adulto (dT)
Uma dose de reforço a cada 10 anos
Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente
Influenza Dose única anual
Pneumocócica 23-valente
Uma dose para acamados ou moradores
de instituições fechadas
4.2 CALENDÁRIOS ESPECIAIS
Além desses, temos duas situações que você precisa conhecer, pois são muito cobradas em provas. O calendário 
das gestantes e o dos prematuros. 
4.2.1 CALENDÁRIO DAS GESTANTES
CALENDÁRIO VACINAL DA GESTANTE DO PNI
Ele é composto por 4 vacinas, sendo: 
- Duas delas dependentes do calendário vacinal anterior – dT e hepatite B. 
- Duas vacinas que devem ser feitas em cada gestação, independentemente das doses anteriores: 
influenza e dTpa. 
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18Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Observe: 
VACINAS DOSES
Influenza Uma dose anual
Hepatite B Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente
Dupla bacteriana adulto (dT)
Duas doses se não tiver o esquema completo 
anteriormente. Completar o esquema de três doses com 
uma dose de dTpa.
Tríplice bacteriana acelular (dTpa)
Uma dose a partir da 20ª semana de gestação até 45 dias do 
pós-parto
 As gestantes não devem utilizar vacinas vivas sob o risco de contraírem a doença. 
Veja como isso já foi cobrado pelo Revalida. 
CAI NA PROVA
(REVALIDA – UFMT – 2019) Mayara, 28 anos, gestante em pré-natal de baixo risco, com acompanhamento no PSF-
Santa Efigênia. Em idade gestacional de 28 semanas, segundo filho, sendo seu último parto há 4 anos. Seu exame 
obstétrico é compatível com a idade gestacional, traz cartão de vacinas com esquemas vacinais completos. Observou-
se que a última vacina administrada foi uma dose de reforço de dt, ainda na outra gestação. Com base nesse caso, 
considerando o Programa Nacional de Imunização e a atual situação vacinal da gestante, qual é a conduta adequada 
a ser tomada?
A) Vacinação de dtpa imediata.
B) Não necessita de prescrição de vacina.
C) Administrar até a 30ª semana gestacional a dose de reforço de dtpa.
D) Prescrever vacinação de dtpa antes de 15 dias da data prevista do parto.
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19Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
COMENTÁRIOS
Mayara, gestante de 28 semanas, com calendário vacinal completo, ou seja, as vacinas dependentes do 
calendário prévio, dT e hepatite B, não precisam ser aplicadas. 
Agora, as independentes devem: influenza e dTpa. Como ela já tem mais de 20 semanas, a dTpa pode ser 
aplicada de imediato. 
Correta a alternativa A. 
4.2.2 CALENDÁRIO DOS PREMATUROS
Aqui, caro aluno, o que você tem que ter em mente é que os prematuros devem ser vacinados na idade 
cronológica. Não corrigir a idade gestacional! 
PREMATUROS – VACINAR NA IDADE CRONOLÓGICA! 
Então, a maioria das vacinas deve ser dada na mesma idade das crianças nascidas a termo. Porém, algumas 
particularidades devem ser levadas em conta, são elas: 
CALENDÁRIO ESPECIAL DO PREMATURO DO PNI
VACINAS INDICAÇÃO
BCG Realizar apenas em bebês com mais de 2.000 g
Hepatite B
Realizar obrigatoriamente 4 doses
Podendo ser utilizado o esquema de vacinar ao nascer e aos 2, 
4 e 6 meses ou ao nascer e com 1, 2 e 6 meses. 
DTP
Utilizar de preferência a DTPa (acelular), especialmente em RNs 
internados em UTI neonatal. 
Rotavírus e pólio oral Não utilizar em ambiente hospitalar
Palivizumabe
Aplicar nos meses de maior circulação do vírus sincicial 
respiratório para pacientes selecionados.
*veremos suas indicações mais à frente
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20Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
4.2.3 CALENDÁRIO DOS CRIES
Bateu o desespero depois de ver todos esses calendários? 
Calma, relaxe, há muita coisa em comum entre eles e você não precisa decorar todos! Ao longo 
do capítulo, vamos pontuar as diferenças para facilitar!
CRIEs – Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais são centros pertencentes ao Ministério da Saúde 
que disponibilizam vacinas e imunoglobulinas gratuitas para populações especiais. 
Vamos conhecer, ao longo do capítulo, a atuação dos CRIEs nas imunizações dos pacientes. 
CAPÍTULO
5.0 ATUALIZAÇÕES
Os calendários vacinais mudam a cada ano e você precisa estar atualizado, pois os examinadores adoram cobrar 
as novidades em prova! Fique sempre ligado no Estratégia MED e fique em dia com o calendário vacinal!
Em 2020/2021, as seguintes mudanças aconteceram:
• Febre amarela: introduzida uma dose de reforço aos 4 anos para vacinados com uma dose antes dessa 
idade e disponibilizada em todo território nacional. Antes, era obrigatória apenas para áreas de risco. 
• Tríplice viral: ampliada a faixa etária para adultos até 59 anos no sistema público. Antes, disponível 
apenas até 49 anos. 
• Meningocócica ACWY: os adolescentes recebiam uma dose de meningocócica C dos 11 aos 14 anos. 
Em 2020, ela foi substituída pela meningocócica ACWY na faixa etária de 11 a 12 anos, em dose única. 
Maiores de 13 anos portadores de hemoglobinúria paroxística noturna em uso de eculizumabe também 
passam a receber a vacina no esquema de duas doses com reforço a cada 3 anos. 
• A dose zero da vacina contra o sarampo foi retirada do calendário dos estados brasileiros em que não há 
mais surto da doença. 
• Ampliação da idade máxima para aplicação da vacina contra HPV em mulheres portadoras de HIV, 
transplantadas ou oncológicas em terapia imunossupressora. Agora, pode ser feita dos 9 aos 45 anos. 
Para homens, permanece de 9 a 26 anos. 
Agora, vamos explorar alguns detalhes de cada vacina individualmente, dando ênfase ao que é mais cobrado 
em prova. 
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21Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
CAPÍTULO
6.0 BCG
BCG é uma vacina viva atenuada composta pela bactéria de origem bovina Mycobacterium bovis (atenção, a 
BCG não é produzida com Mycobacterium tuberculosis!). 
A administração é intradérmica em deltoide direito. 
6.1 EVOLUÇÃO DA LESÃO
A lesão provocada pela vacinação evolui em 6 a 12 semanas após a aplicação, tornando-se crosta e, depois, 
cicatriz. Observe o quadro abaixo. 
TEMPO TIPO DE LESÃO
3 a 4 semanas Nódulo
4 a 5 semanas Pústula
5 a 6 semanas Úlcera
6 a 12 semanas Crosta
Após 6 a 12 semanas Cicatriz
Pústula Crosta
Fonte: Shutterstock.
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22Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
6.2 PREVENÇÃO
Guarde essa informação! A vacina não protege contra a infecção, nem contra o desenvolvimento da tuberculose 
pulmonar, porém resguarda contra as formas graves da doença: tuberculose miliar (disseminada) e meningoencefalite 
tuberculosa. 
6.3 IDADE
A BCG deve ser aplicada ao nascer, em todos os 
bebês maiores de 2.000 gramas. A recomendação do 
Ministério da Saúde é não ultrapassar 4 anos 11 meses 
e 29 dias. Caso o recém-nascido não tenha esse peso, é 
necessário adiar a vacinação até ele o atingir.
Além disso, crianças maiores, adolescentes e 
adultos com situação vacinal desconhecida e sem 
cicatriz em deltoide direito devem receber uma dose. 
6.4 REVACINAÇÃO
ATENÇÃO, CARO COLEGA! Tema queridinhode examinadores! 
 Antigamente, quando a criança não apresentava cicatriz vacinal aos 6 meses, a vacina era 
aplicada novamente. Desde 2019, isso mudou! 
Não há necessidade de revacinar crianças sem cicatriz vacinal nem de realizar exames, 
simplesmente considere a criança como imune. 
6.5 SITUAÇÕES ESPECIAIS
 ¾ Bebês de mães HIV positivo, independentemente do tratamento materno, devem receber a vacina ao 
nascer, pois ainda não temos comprovação clínica nem laboratorial de imunossupressão. Crianças mais 
velhas só devem ser vacinadas se não forem imunodeficientes. 
 ¾ Filhos de mãe com tuberculose bacilífera ativa no momento do parto ou contactantes domiciliares de 
bacilíferos não devem ser vacinados ao nascer. Devem iniciar isoniazida na dose de 10 mg/kg/dia e 
manter a medicação por 3 meses. Após, realizar PPD e, se não reativo, vacinar. Se reativo, não vacinar e 
manter a isoniazida por mais 3 meses. Observe o fluxo abaixo. 
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23Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
� NÃO vacinar com BCG ao nascer
� Iniciar isoniazida 10 mg/kg/dia 
Realizar PPD
3 meses
RN filho de mãe bacilífera
� Manter isoniazida por mais 3 meses.
� Não vacinar.
REATIVO
� Suspender isoniazida
� Vacinar com BCG
NÃO REATIVO
A amamentação desses RNs está liberada, desde que a mãe utilize máscara durante o contato da amamentação. 
 ¾ Contactantes de hanseníase. Maiores de um ano que tenham contatos intradomiciliares com portadores 
de hanseníase devem se vacinar com uma dose a mais de BCG. 
LEMBRETE! 
FILHOS DE MÃES HIV POSITIVAS: vacinar ao nascer. 
FILHOS DE MÃE COM TUBERCULOSE BACILÍFERA: não vacinar ao nascer. 
Vamos responder duas questões para fixar o conteúdo? m
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24Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
CAI NA PROVA
(REVALIDA – INEP – 2021) Um recém-nascido com 20 dias de vida é levado à consulta de puericultura em Unidade Básica 
de Saúde. A mãe foi diagnosticada com tuberculose pulmonar após o parto e já iniciou tratamento medicamentoso. 
Ela nega qualquer sintoma na criança. Gestação sem intercorrências. Ao exame, o recém-nascido mostra-se em bom 
estado geral, corado, hidratado e ativo. Os aparelhos cardiovascular e respiratório apresentam-se normais, assim como 
o abdome. Considerando a história acima descrita, assinale a alternativa que contém a conduta indicada para esse 
recém-nascido em relação ao seu tratamento e aleitamento.
A) Manutenção do aleitamento materno com uso de máscara por parte da mãe e uso profilático de isoniazida até o 
3° mês de vida, quando o teste tuberculínico deverá ser realizado.
B) Interrupção do aleitamento materno por parte da mãe e uso profilático de isoniazida até o 3° mês de vida, quando 
o teste tuberculínico deverá ser realizado.
C) Manutenção do aleitamento materno com uso de máscara por parte da mãe e uso profilático de isoniazida até o 
6° mês de vida, quando o teste tuberculínico deverá ser realizado. 
D) Interrupção do aleitamento materno por parte da mãe e uso profilático de isoniazida até o 6° mês de vida, quando 
o teste tuberculínico deverá ser realizado.
COMENTÁRIOS
Volte ali em cima rapidinho e observe nosso fluxograma. Temos, aqui, um RN contactante de mãe com 
tuberculose e, apesar de ele não nos trazer o tempo de tratamento, devemos considerá-la bacilífera. Sendo assim, 
o RN não pode aplicar a vacina BCG. Ele deverá iniciar isoniazida e manter a medicação por 3 meses, quando, então, 
fará o teste tuberculínico para definir se será vacinado ou se a medicação será mantida por mais 3 meses. E quanto ao 
aleitamento? Está liberado, desde que com máscara. 
Correta a alternativa A. 
(REVALIDA – UFMT – 2021) RN saudável, sexo masculino, com três semanas de vida é levado à Unidade Básica de 
Saúde para vacinação. A mãe refere que ele recebeu a vacina da hepatite B no hospital. Não administraram a BCG, 
não sabe o porquê. A mãe é HIV positivo, não está amamentando o filho. Faz uso de leite de fórmula que recebeu no 
hospital. Não refere queixas ou sinais de imunodeficiência na criança. Qual é a conduta correta em relação à vacinação 
com a BCG nesse paciente?
A) Vacinar hoje.
B) Vacinar com 3 meses.
C) Vacinar com 6 meses.
D) Vacinar após os 18 meses.
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25Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
COMENTÁRIOS
Filhos de mãe HIV positivo, até que se prove imunodeficiência clínica ou laboratorial, devem receber todas as 
vacinas indicadas no calendário, vivas ou inativadas. Portanto, aplicamos a BCG já nessa consulta. 
Correta a alternativa A. 
6.6 REAÇÕES ADVERSAS
São pouco frequentes na vida real, mas bastante 
frequentes em provas! 
A mais comum é o enfartamento ganglionar 
único ou múltiplo, localizado em região axilar, supra ou 
infraclavicular homolateral à vacina. Ele é móvel, indolor 
e mede até 3 cm de diâmetro, não é acompanhado de 
sintomas sistêmicos e não necessita de tratamento. 
Pode ocorrer também disseminação 
hematogênica do bacilo, mas isso é raro. Nesses casos, 
precisamos pesquisar imunodeficiências. 
TABELA: EVENTOS ADVERSOS DA VACINA BCG
Evento adverso Conduta
Úlcera maior do que 1 cm 
Notificar e observar. Se não cicatrizar até 12 semanas, utilizar 
isoniazida até a regressão da lesão. 
Abscessos subcutâneos frios Notificar. Utilizar isoniazida até a regressão da lesão. 
Abscessos subcutâneos quentes Notificar. Considerar o uso de antimicrobianos. 
Linfadenopatia maior de 3 cm sem 
supuração
Notificar e observar. Não puncionar. 
Linfadenopatia maior de 3 cm com 
supuração
Notificar.
Iniciar isoniazida 10 mg/kg/dia até a regressão da lesão.
Queloide Expectante
Reação lupoide
Notificar
Iniciar esquema tríplice: isoniazida 10 mg/kg/dia, rifampicina 
10 mg/kg/dia, etambutol 25 mg/kg/dia por dois meses. 
Seguido de isoniazida e rifampicina por mais 4 meses. 
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26Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
CAPÍTULO
7.0 HEPATITE B
A vacina para hepatite B é inativada. A administração é intramuscular. 
7.1 PREVENÇÃO
A vacina protege contra infecção pelo vírus da hepatite B, que pode causar cirrose e câncer de fígado. 
7.2 IDADE
Ela é a única vacina que está disponível para todas as faixas etárias. O esquema completo para a maior parte 
da população é de três doses, sendo o intervalo entre as doses de um mês da primeira para a segunda e de 6 meses 
entre a primeira e a terceira (0-1-6 meses). 
 Agora, atenção! No calendário da criança do PNI, estão indicadas quatro doses das 
vacinas. A primeira para todas as crianças ao nascer, independentemente de idade gestacional 
e peso, e as outras três aos 2, 4 e 6 meses dentro da vacina combinada pentavalente, que 
iremos conhecer a seguir. 
HEPATITE B NO PNI: ao nascer, 2, 4 e 6 meses.
PACIENTES ESPECIAIS
- Transplantados de órgãos sólidos, com neoplasia em tratamento imunossupressor e pacientes renais crônicos 
fazem obrigatoriamente 4 doses, com a dose dobrada. 
SOROLOGIA
A sorologia NÃO é obrigatória após a imunização, exceto para casos especiais, como hepatopatas, 
imunodeprimidos, diabéticos, renais crônicos e profissionais da saúde. 
O tempo ideal para coleta de sorologia é de 30 a 60 dias após a última dose da vacina. É considerado imunizado 
aquele que apresenta anti-Hbs maior do que 10 UI/mL. 
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27Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
7.3 IMUNOGLOBULINA ANTI-HEPATITE B
É a imunizaçãopassiva para indivíduos suscetíveis pós-exposição à doença em casos de:
 ¾ RNs filhos de mãe HBsAg positivas; 
 ¾ Vítimas de acidentes com material biológico;
 ¾ Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B;
 ¾ Vítimas de violência sexual;
 ¾ Imunodeprimidos mesmo que previamente vacinados. 
ATENÇÃO, ESTRATEGISTA!
TÓPICO MUITO RECORRENTE EM PROVAS DO REVALIDA!
 ¾ RNs filhos de mães HBsAg positivo 
Nesse caso, está indicada, ao nascer, além da vacina contra hepatite B, uma dose de imunoglobulina anti-
hepatite B em até 12 horas após o parto, em dose única. Elas devem ser aplicadas em grupos musculares diferentes, 
ou seja, se uma for aplicada na coxa direita, a outra será aplicada na coxa esquerda. 
MÃES HBsAg POSITIVO VACINA + IMUNOGLOBULINA 
 EM ATÉ 12 HORAS APÓS O PARTO
Agora, preste muita atenção, em 2020, o Revalida INEP cobrou a tabela que eu trago abaixo em uma questão 
extremamente maldosa! Digo isso porque essa tabela é extensa, difícil de decorar, nunca havia sido cobrada (nem no 
Revalida nem em provas de Residência Médica!) e foi publicada em um manual específico de 2010! Difícil de engolir, 
não é mesmo? Na minha opinião, ela não será cobrada novamente nas próximas provas, mas, nunca se sabe o que irá 
sair de cabeça de examinador....então, dê uma olhada nela! 
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28Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Situações vacinal e 
sorológica de crianças 
e adolescentes vítimas 
de violência
Autor da violência
HBsAg reagente HBsAg não reagente
HBsAg desconhecido 
ou não testado
Não vacinado
IGHAHB + iniciar 
vacinação
Iniciar vacinação Iniciar vacinação*
Com vacinação 
incompleta
IGHAHB + completar 
vacinação
Completar vacinação Completar vacinação*
Previamente vacinado
• Com resposta vacinal 
conhecida e adequada 
(≥ 10mUI/mL)
Nenhuma medida 
específica
Nenhuma medida 
específica
Nenhuma medida 
específica
• Sem resposta vacinal 
após a 1ª série (3 
doses)
IGHAHB + 1ª dose da 
vacina contra hepatite 
B ou duas doses de 
IGHAHB com intervalo 
de 30 dias entre 
elas**
Iniciar nova série de 
vacinação (3 doses)
Iniciar nova série de 
vacinação (3 doses)*
• Sem resposta vacinal 
após 2ª série de vacina
Duas doses de 
IGHAHB com intervalo 
de 30 dias entre 
elas**
Nenhuma medida 
específica
Duas doses de 
IGHAHB com intervalo 
de 30 dias entre 
elas**
Com resposta vacinal desconhecida: testar a vítima de violência***
Se resposta vacinal 
adequada
Nenhuma medida 
específica
Nenhuma medida 
específica
Nenhuma medida 
específica
Se resposta vacinal 
inadequada
IGHAHB + 1ª dose da 
vacina contra hepatite
Fazer segunda série 
de vacinação
Fazer segunda série de 
vacinação
Retirado de: Linha de cuidado para atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violência- MS 2010.
Vamos à polêmica questão...
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29Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
(REVALIDA – INEP – 2020) Uma escolar com 7 anos de idade foi levada para atendimento no pronto-socorro após 
episódio de violência sexual. A criança, no dia anterior, foi deixada aos cuidados do primo com 18 anos de idade 
para que os pais pudessem trabalhar. No dia seguinte, pela manhã, a mãe notou que a criança estava chorosa e com 
presença de sangue em roupas íntimas e de ferimento em região anal. Durante o atendimento, a criança informou 
que o seu primo introduziu o pênis em seu orifício anal e que isso tem acontecido há 1 ano. A caderneta de vacinação 
da criança encontra-se completa. Durante o exame físico, a criança mostra-se em bom estado geral, mas bastante 
assustada, com sinais vitais estáveis e presença de laceração em região anal. Após o atendimento inicial, são realizados 
exames laboratoriais e o resultado do anti-HBs da criança é negativo. O primo da criança encontra-se foragido. Segundo 
a linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças em situação de violências, para a profilaxia para hepatite 
B, recomenda-se realizar
A) nova série de vacinação anti-hepatite B (3 doses).
B) acompanhamento clínico, sem medidas específicas.
C) duas doses de imunoglobulina humana anti-hepatite B.
D) uma única dose de imunoglobulina humana anti-hepatite B.
CAI NA PROVA
COMENTÁRIOS
Temos uma criança, vítima de violência sexual, com a caderneta de vacinação completa, portanto ela está 
previamente vacinada com três doses. Porém, sua resposta sorológica está ausente e ela enquadra-se na linha “sem 
resposta vacinal após a 1ª série (3 doses)”. Falta, então, sabermos a condição do autor da violência. O examinador 
relata que ele está foragido, portanto, última coluna, “HbsAg desconhecido ou não testado”. Com isso, o protocolo 
orienta iniciarmos nova série de vacinação (3 doses). 
Correta a alternativa A.
CAPÍTULO
8.0 FAMÍLIA DTP
As vacinas contra difteria, tétano e coqueluche 
(pertússis) andam juntas, em vacinas combinadas 
inativadas, administradas por via intramuscular, que 
chamamos de “família DTP”. Elas contêm toxoide 
diftérico, toxoide tetânico, bactérias Bordetella pertussis 
mortas ou antígenos da coqueluche. 
As vacinas que contêm esses componentes serão 
estudadas a seguir, são elas: DTPw, DTPa, DT, dT e dTpa. 
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30Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
8.1 PREVENÇÃO 
Difteria (crupe): doença causada pela bactéria 
Corynebacterium diphtheriae, que causa febre e 
pseudomembrana em orofaringe, que pode se estender 
para vias aéreas e dificultar a respiração, além de 
linfonodomegalia cervical. Suas toxinas também podem 
se disseminar e causar paralisia muscular e miocardite. 
Tétano: doença causada pelas toxinas da bactéria 
Clostridium tetani. Pode causar o tétano neonatal, que 
é quando o neonato se infecta por meio de bactérias 
presentes no coto umbilical, ou o tétano acidental, 
causado por uma porta de entrada cutânea. Os sintomas 
são crises convulsivas e contraturas musculares, que 
podem levar à insuficiência respiratória e ao óbito. 
Coqueluche: infecção respiratória aguda causada 
pela bactéria Bordetella pertussis que causa tosse 
persistente, que pode estar associada à hipoxemia, 
insuficiência respiratória e levar a óbito lactentes jovens. 
Agora, vamos desenrolar a “sopa de letrinhas” 
da família DTP.
8.2 DTPw – TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL DE CÉLULAS INTEIRAS
É uma vacina inativada que contém toxoides 
diftérico, tetânico e bactérias Bordetella pertussis 
inativadas (mortas). Por conter a Bordetella inteira, ela 
é chamada de DTP de células inteiras (w = whole cells/
células inteiras) 
 Está presente no Programa Nacional de 
Imunizações dentro da vacina pentavalente, também 
chamada de Penta Brasil (DTPw + hepatite B + 
Haemophilus influenzae tipo B).
A pentavalente está indicada no esquema de três 
doses, aos 2, 4 e 6 meses. 
Os reforços são aplicados aos 15 meses e 4 a 6 
anos com a DTPw. 
Sua idade máxima de aplicação é de 7 anos. 
PENTAVALENTE = DTPw + HEPATITE B + HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B
Aplicada aos 2, 4 e 6 meses.
REFORÇO COM DTPw
Aplicada aos 15 meses e 4 anos.
8.3 DTPa - TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL ACELULAR
Vacina inativada que contém os toxoides diftérico, tetânico e antígenos inativados da Bordetella Pertussis: 
toxoide pertussis, pertactina e hemaglutinina filamentosa. Pela ausência do microrganismo inteiro, é chamada de 
DTP acelular. 
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31Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Está disponívelno sistema privado de imunizações ou nos CRIEs para pacientes especiais, os mais cobrados em 
provas são:
 ¾ Pacientes que apresentaram eventos adversos graves, com a aplicação da vacina pentavalente com 
componente de células inteiras: 
• Convulsões nas primeiras 72 horas pós-vacinação.
• Episódio hipotônico-hiporresponsivo nas primeiras 48 horas após vacinação.
 ¾ Crianças com risco aumentado de desenvolvimento de eventos graves à vacina pentavalente com 
componente de células inteiras:
• Bebês internados em UTI neonatal. 
8.4 DT – DUPLA BACTERIANA INFANTIL 
Vacina inativada que apresenta apenas toxoides diftérico e tetânico, sem o componente da coqueluche. Indicada 
para pacientes que não podem receber a DTPw ou a DTPa por terem apresentado encefalopatia em até 7 dias após 
essas vacinas. 
Disponível apenas nos CRIEs para menores de 7 anos.
8.5 dT – DUPLA BACTERIANA ADULTA
Vacina inativada que apresenta toxoide diftérico 
em menor volume do que as anteriores (preste atenção 
em como o “d” está em minúsculo!) e toxoide tetânico. 
Indicada como reforço a cada 10 anos após a 
última dose de DTPw, o que ocorre geralmente dos 4 
aos 6 anos. 
Indicada para maiores de 7 anos. 
Caso o paciente não tenha sido vacinado 
anteriormente ou não tenha comprovação vacinal, 
devemos aplicar 3 doses, com intervalos de 2 meses 
entre a primeira e a segunda e de 4 meses entre a 
primeira e a terceira (0-2-4m). 
Disponível no PNI para maiores de 7 anos. 
8.6 dTpa – TRÍPLICE BACTERIANA ADULTA ACELULAR 
Vacina inativada que apresenta toxoide diftérico em menor volume do que as infantis, toxoide tetânico e 
componente acelular da coqueluche. Indicada para maiores de 7 anos. 
No PNI, está indicada para gestantes, da 20ª semana de gravidez até os 45 dias após o parto em dose única, e 
para profissionais de saúde que atuam em salas de parto a cada 10 anos.
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32Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Ficou confuso? Vamos descomplicar! 
Resumindo a família DTP
Até 7 anos Maiores de 7 anos
DTPw
PNI: 2, 4, 6 meses. Reforços com 15 meses e 4 
anos.
dT
PNI: reforço a cada 10 anos ou três doses para 
não vacinados.
DTPa
CRIEs: pacientes especiais: que apresentaram 
episódio hipotônico-hiporresponsivo, crise 
convulsiva após a dose anterior ou internados 
em UTI neonatal. 
dTpa
PNI: Gestantes a partir de 20 semanas até 45 
dias do puerpério.
DT
CRIEs: pós-encefalopatia com as vacinas 
anteriores.
Para lembrar:
Tudo que tem LETRA GRANDE
é para gente pequena
Para lembrar:
Tudo que tem letra pequena é
para GENTE GRANDE
CAI NA PROVA
(REVALIDA – UFMT – 2015) A coqueluche (tosse comprida) é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório. Essa 
doença acontece no mundo todo e afeta todas as faixas etárias, podendo adquirir caráter grave nas crianças pequenas 
e não imunizadas. Sobre o assunto, responda: qual é a vacina que pode prevenir o aparecimento dessa doença?
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33Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
COMENTÁRIOS
A prevenção da coqueluche deve ser feita com a DTPw (componente da pentavalente) aos 2, 4 e 6 meses. 
Também podemos utilizar a DTPa para pacientes especiais e a dTpa para gestantes a partir das 20 semanas de 
gestação. 
8.7 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES
PARE! RESPIRE FUNDO E PRESTE BEM ATENÇÃO AQUI!
1. Febre e choro persistentes: caracterizada por irritabilidade após algumas horas da aplicação da vacina. O 
choro é inconsolável e a febre persiste mesmo com administração de medicamentos. Apesar de ser um 
evento dramático e preocupante para a maioria dos pais, é benigno e autolimitado a algumas horas. Não 
contraindica doses subsequentes da vacina. 
2. Episódio hipotônico-hiporresponsivo: ocorre em até 48 horas após a vacina e caracteriza-se por 
hipotonia muscular, pouca responsividade a estímulos externos, cianose e palidez. Também é benigno e 
autolimitado, porém contraindica a vacinação com DTPw e indica a DTPa em doses subsequentes. 
3. Convulsões tônico-clônicas generalizadas: ocorrem em até 72 horas após vacina e podem, ou não, estar 
acompanhadas de febre. Contraindicam a vacinação com DTPw e indicam a DTPa em doses subsequentes. 
4. Encefalopatia pós-vacinal: ocorre em até 7 dias e caracteriza-se por paralisias motoras, deficiências 
sensitivas e crises convulsivas focais ou generalizadas. Contraindica a aplicação do componente pertússis, 
então indica-se o uso de DT. 
O grande “vilão” da família DTP é o componente da coqueluche! Ele não é o único, mas é 
o principal responsável pela maioria dos eventos adversos da vacina!
Apesar de a maioria das reações ser branda, como dor, edema e vermelhidão locais, febre 
e mal-estar, temos quatro situações que você precisa conhecer relacionadas à vacina DTP de 
células inteiras e, consequentemente, à vacina pentavalente do PNI. 
RESUMINDO PARA FACILITAR! 
SITUAÇÃO INDICAÇÃO
Febre ou choro persistentes. Não contraindica a vacinação.
Episódio hipotônico-hiporresponsivo até 48h após. Utilizar a vacina DTPa em doses subsequentes. 
Crise convulsiva até 72h após. Utilizar a vacina DTPa em doses subsequentes. 
Encefalopatia até 7 dias após. Utilizar a vacina DT em doses subsequentes. 
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34Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
8.8 TÉTANO ACIDENTAL
O tétano acidental pode levar a uma alta 
morbimortalidade do paciente. Apesar da recomendação 
de aplicarmos a vacina dT a cada 10 anos para a 
prevenção da doença, quando nos deparamos com um 
paciente ferido, temos que analisar sua situação vacinal 
para indicarmos apenas cuidados locais, vacinação de 
reforço ou imunoglobulina antitetânica. 
Observe o esquema a seguir, trazido pelo 
Ministério da Saúde. 
História de vacinação prévia 
contra tétano
Ferimentos com risco mínimo 
de tétanoa 
Ferimentos com alto risco de 
tétanob
Vacina 
SAT/
IGHAT
Outras 
condutas
Vacina 
SAT/
IGHAT
Outras 
condutas
Incerta ou menos de 3 doses Simc Não
Limpeza e 
desinfecção, 
lavar 
com soro 
fisiológico e 
substâncias 
oxidantes ou 
antissépticas 
e desbridar 
o foco de 
infecção
Simc Sim Desinfecção, 
lavar com soro 
fisiológico e 
substâncias 
oxidantes ou 
antissépticas e 
remover corpos 
estranhos 
e tecidos 
desvitalizados 
Desbridamento 
do ferimento e 
lavagem com 
água oxigenada
3 doses ou mais, sendo a 
última dose há menos de 5 
anos
Não Não Não Não
3 ou mais doses, sendo a 
última dose há mais de 5 
anos e menos de 10 anos
Não Não
Sim
(1 reforço)
Nãod
3 ou mais doses, sendo a 
última dose há 10 ou mais 
anos
Sim Não
Sim
(1 reforço)
Nãod
3 ou mais doses, sendo a 
última dose há 10 ou mais 
anos em situações especiais
Sim Não
Sim
(1 reforço)
Sime
a Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados.
b Ferimentos profundos ou superficiais sujos; com corpos estranhos ou tecidos desvitalizados; queimaduras; feridas puntiformes ou por armas 
brancas e de fogo; mordeduras; politraumatismos e fraturas expostas.
c Vacinar e aprazar as próximas doses, para complementar o esquema básico. Essa vacinação visa proteger contra o risco de tétano por outros 
ferimentos futuros. Se o profissional que presta o atendimento suspeita que os cuidados posteriores com o ferimento não serão adequados, deve 
considerar a indicação de imunização passiva com SAT (soro antitetânico) ou IGHAT (imunoglobulina humana antitetânica). Quando indicado o 
uso de vacina e SAT ou IGHAT, concomitantemente, devem ser aplicados em locais diferentes. 
d Para paciente imunodeprimido, desnutrido grave ou idoso, além do reforço com a vacina, está também indicadaIGHAT ou SAT.
e Se o profissional que presta o atendimento suspeita que os cuidados posteriores com o ferimento não serão adequados, deve considerar a 
indicação de imunização passiva com SAT ou IGHAT. Quando indicado o uso de vacina e SAT ou IGHAT, concomitantemente, devem ser aplicados 
em locais diferentes.
Fonte: Guia de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. 2017 
Por fim, vamos falar de outro tema também queridinho das bancas, a profilaxia do tétano acidental. 
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35Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Parece confuso e difícil de decorar, não é mesmo? Então, vamos facilitar! 
1) Quando o paciente apresenta um esquema vacinal completo e a última dose tiver sido aplicada há menos de 
5 anos, não há necessidade de vacina ou imunoglobulina. 
2) Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados são chamados de “ferimentos 
com risco mínimo de tétano” e devem ser lavados, desinfectados e desbridados. Não utilizamos imunoglobulina 
nesses casos. Aplicamos vacina se:
- Esquema vacinal desconhecido. Aplicar 3 doses. 
- Esquema vacinal incompleto. Completar o esquema. 
- Última dose da vacina há mais de 10 anos. Aplicar 1 dose de reforço. 
3) Ferimento profundo, superficial, sujo, com corpos estranhos, tecidos desvitalizados, queimaduras, ferimentos 
puntiformes, ferimentos por armas brancas ou de fogo, mordeduras, politraumas ou fraturas expostas são chamados 
de “ferimentos com alto risco de tétano” e irão utilizar vacina (exceto se última dose há menos de 5 anos, conforme 
falamos em cima) e imunoglobulina se: 
- Esquema vacinal desconhecido. 
- Esquema vacinal incompleto. 
- Última dose da vacina há mais de 5 anos em situações especiais: imunodeprimidos, desnutrido grave, idoso. 
- Última dose há mais de 10 anos e o médico julgar que o ferimento não será cuidado apropriadamente. 
ALTO RISCORISCO MÍNIMO
TOMOU VACINA HÁ MENOS DE 5 ANOS:
NÃO APLIQUE VACINA NEM IMUNOGLOBULINA
� Não utilizar imunoglobulina
� Vacina se:
� Desconhecido
� Incompleto
� > 10 anos
� Vacina
� Imunoglobulina se:
� Paciente de alto risco com
vacina > 5 anos
� Esquema incompleto
� Desconhecido
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36Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
(REVALIDA – INEP – 2015) Dois irmãos de, respectivamente, 10 anos e 17 anos de 
idade deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), trazidos por seus pais, 
com história de estarem praticando ciclismo radical em um parque da cidade, quando 
se acidentaram e caíram ao chão. O irmão mais novo apresentava ferimentos corto-
contusos profundos em membros superior e inferior direitos, contaminados por terra 
e, que necessitaram de limpeza exaustiva e suturas. O irmão mais velho apresentava 
escoriações em ambos os membros superiores, que necessitaram apenas de limpeza 
e curativo para proteção. Os pais foram questionados sobre a situação vacinal contra o 
CAI NA PROVA
tétano e informaram que seus filhos haviam recebido a última dose da vacina antitetânica aos seis anos de idade. Em 
relação à imunização contra o tétano, qual é a orientação correta nesse caso?
A) A vacinação não é necessária para nenhum dos filhos.
B) A vacinação deve ser feita apenas para o filho mais novo.
C) A vacinação deve ser feita apenas para o filho mais velho.
D) A vacinação deve ser feita igualmente para os dois filhos.
COMENTÁRIOS
Vamos começar pela situação vacinal: os dois tem o esquema completo e tomaram a última dose da vacina aos 
6 anos, ou seja, há 4 e 11 anos, respectivamente. Só com essa informação, já sabemos que o irmão de 10 anos não irá 
precisar de vacina nem de imunoglobulina. 
Vamos analisar o de 17 então. Ele apresenta ferimento com risco mínimo para tétano e a última dose da vacina 
há mais de 10 anos....ou seja, ele precisa apenas de uma dose de reforço. 
Reposta: apenas cuidados com os ferimentos para o mais novo e uma dose de vacina para o mais velho. 
Correta a alternativa C. 
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37Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
9.0 VACINAS CONTRA POLIOMIELITE
A poliomielite é a única doença contra a qual há dois tipos de vacinas: 
 ¾ Vacina inativada contra poliomielite (VIP ou Salk): composta por poliovírus 1, 2 e 3 mortos. Administração 
intramuscular. Tem como vantagem ser inativada e não causar reações adversas graves. 
 ¾ Vacina oral viva atenuada contra poliomielite (VOP ou Sabin): composta por poliovírus 1 e 3. 
Administração oral. Tem como vantagem ser de menor custo e fácil aplicação. É excretada pelas fezes, 
então tem a capacidade de causar imunidade de rebanho aos não vacinados, ao competir com o vírus 
selvagem no intestino. Como desvantagem, pode causar poliomielite associada à vacina. 
CAPÍTULO
9.1 PREVENÇÃO
A vacina protege contra infecção pelo poliovírus, causadora da poliomielite, também chamada de paralisia 
infantil. 
9.2 IDADE
No calendário da criança do PNI, estão indicadas cinco doses das vacinas:
 ¾ Aos 2, 4 e 6 meses, na forma inativada. 
 ¾ Aos 15 meses e 4 anos, na forma oral.
Além disso, o governo tem feito campanhas de vacinação com doses extras da vacina oral para crianças maiores 
de 1 ano a menores de 5 anos.
PÓLIO INATIVADA (VIP/SALK): 2, 4 e 6 meses.
PÓLIO ORAL (VOP/Sabin): 15 meses, 4 anos e nas campanhas de vacinação.
9.3 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES
A pólio inativada é bem tolerada, as reações mais comuns são as locais, febre e mal-estar. 
Já a pólio oral, por ser viva atenuada, não deve ser aplicada em imunodeficientes, assim como em crianças 
expostas ao HIV que ainda aguardem definição diagnóstica. 
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38Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Os vírus vacinais são excretados nas fezes dos 
imunizados durante 4 a 6 semanas, portanto ela 
também não pode ser aplicada em comunicantes de 
imunodeficientes e em ambiente hospitalar. Nesses 
casos, utilizar a vacina inativada em substituição. 
O evento adverso mais severo que poderá ocorrer 
após a administração da VOP é a poliomielite associada 
à vacina, que pode acontecer no próprio imunizado ou 
em seus contactantes. 
Agora, você deve estar se perguntando "por que 
há duas vacinas diferentes para a mesma doença?". 
Venha comigo, vamos finalizar falando de história! 
9.4 HISTÓRIA DA DOENÇA E DA VACINAÇÃO
A poliomielite era uma doença muito prevalente 
no mundo e no Brasil, você deve conhecer alguém mais 
velho com sequelas da doença. Quando a vacina foi 
introduzida no calendário vacinal, houve redução no 
número de casos e, em 1989, ocorreu o último registro 
da doença no Brasil. Em 1994, a circulação do vírus 
selvagem foi considerada erradicada das Américas. 
Mas, o vírus vacinal continuava circulando e causando, 
mesmo que raramente, poliomielite associada à vacina. 
Por isso, a Organização Mundial de Saúde 
recomendou, a longo prazo, a troca da vacina oral pela 
inativada, e é isso que o Brasil tem feito. A vacina oral 
foi mantida no calendário pelo menor custo e por ser de 
mais fácil aplicação. Além disso, ela promove imunidade 
de rebanho, ao impedir a propagação do vírus selvagem 
no intestino, ideal para proteção de uma possível 
reintrodução desse mesmo vírus trazido por viajantes 
de outros países. 
Todos os esforços para erradicação da 
poliomielite têm surtido efeito. O poliovírus selvagem 
tipo 2 foi considerado erradicado globalmente em 
2015, a repercussão no Brasil foi a troca da vacina oral 
trivalente (poliovírus 1,2 e 3) pela bivalente (1 e 3). 
CAPÍTULO
10.0 VACINA CONTRA ROTAVÍRUSVacina monovalente composta de vírus vivos 
atenuados. 
A administração é por via oral e a absorção inicia 
já na mucosa oral, portanto não revacinamos se a 
criança não engolir a vacina. 
ATENÇÃO! 
Se a criança cuspir, regurgitar ou vomitar, 
NÃO repetimos a dose da vacina!
Fonte: Shutterstock.
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39Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
10.1 PREVENÇÃO
A vacina protege contra infecção pelo rotavírus, que, até a chegada da vacina, era a principal causa de 
hospitalizações e óbitos por doença diarreica aguda em crianças menores de 5 anos. A vacina do PNI, apesar de ser 
monovalente, apresenta proteção cruzada contra os outros sorotipos. 
10.2 IDADE
No calendário da criança do PNI, estão indicadas duas doses das vacinas. Aos 2 e 4 meses.
A vacina do rotavírus tem idades limites para ser aplicada e isso é muito cobrado em 
provas do Revalida!
Primeira dose Idade mínima: 1 mês e 15 dias
 Idade máxima: 3 meses e 15 dias
Segunda dose Idade mínima: 3 meses e 15 dias
 Idade máxima: 7 meses e 29 dias
10.3 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES
A presença de diarreias, vômitos e criança 
com alergia à proteína do leite de vaca não são 
contraindicações à vacinação. 
Apesar de os vírus vacinais serem excretados 
nas fezes, diferente da vacina contra poliomielite, ela 
mostrou-se segura e pode ser feita em contactantes 
de imunodeprimidos, porém, é contraindicada em 
ambiente hospitalar. 
A vacina é contraindicada em casos 
de imunodepressão, malformações do trato 
gastrointestinal, história de invaginação intestinal e 
enterocolite necrosante. 
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40Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
CAPÍTULO
11.0 VACINAS PNEUMOCÓCICAS
Vacinas inativadas compostas por sorotipos do 
pneumococo administradas por via intramuscular. 
Atualmente, temos três vacinas disponíveis. 
As pneumocócicas 10 e 13 valentes são conjugadas 
a proteínas, e a pneumocócica 23-valente é 
polissacarídea. A vacina pneumocócica 7-valente foi 
retirada de circulação. 
11.1 PREVENÇÃO
A vacina protege contra infecção pelo pneumococo, causador de meningite, pneumonia, otites e doença 
disseminada. 
11.2 PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE 
Vacina presente no PNI, a qual contém 10 sorotipos de pneumococo. 
Indicada aos 2 e 4 meses, com reforço aos 12 meses. 
11.3 PNEUMOCÓCICA 13-VALENTE
Pneumocócica 13-valente. Presente nos CRIEs. Contém 13 sorotipos de pneumococo.
11.4 PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE
Vacina polissacarídea composta de 23 sorotipos 
de pneumococo. 
Indicada no PNI para maiores de 60 anos 
que sejam acamados ou moradores de instituições 
fechadas em dose única.
Disponível também nos CRIEs para pacientes 
especiais. 
11.5 PACIENTES ESPECIAIS
O esquema de vacinação para pacientes especiais, aplicado pelos CRIEs, é composto pelas vacinas pneumo 13 
e pneumo 23. Observe: 
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41Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Esquema vacinal para menores de 5 anos. 
INDICAÇÕES PNEUMO 13 PNEUMO 23
Portadores de HIV
Oncológicos
Transplantados de órgãos sólidos
1 dose 1 dose + 1 dose 5 anos após
Transplantados de medula óssea 3 doses 1 dose + 1 dose 5 anos após
Esquema vacinal para maiores de 5 anos. 
INDICAÇÕES PNEUMO 13 
Portadores de HIV
Oncológicos
Transplantados de órgãos sólidos
1 dose de pneumo 23
1 dose de pneumo 13 um ano após. 
1 dose de pneumo 23 5 anos após a primeira dose. 
Pacientes aptos a receberem uma dose da pneumo 23 pelos CRIEs, após o esquema completo com a pneumo 
10, no PNI: 
• Asplênicos.
• Portadores de fístula liquórica. 
• Implantados de cóclea. 
• Imunodeficientes congênitos
• Nefropatas crônicos, em hemodiálise ou portadores de síndrome nefrótica. 
• Pneumopatas crônicos, exceto asma intermitente ou persistente leve. 
• Portadores de fibrose cística 
• Cardiopatas crônicos
• Hepatopatas crônicos
• Portadores de doenças neurológicas crônicas incapacitantes. 
• Portadores de trissomias. 
• Diabéticos 
• Portadores de doenças de depósito. 
Vamos resumir para simplificar? 
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42Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
RESUMO!
Pneumo 7-valente Não está mais disponível
Pneumo 10-valente Indicada no PNI aos 2, 4 e 12 meses de idade
Pneumo 13-valente Presente nos CRIEs para pacientes especiais
Pneumo 23-valente
Indicada no PNI para idosos acamados e moradores de instituições 
fechadas. Disponível no CRIE para pacientes especiais.
CAPÍTULO
12.0 VACINAS MENINGOCÓCICAS
Vacinas inativadas compostas por sorotipos do meningococo administradas por via intramuscular. 
Atualmente, temos três vacinas disponíveis: meningocócica C, meningocócica ACWY e meningocócica B. 
12.1 PREVENÇÃO
A vacina protege contra infecção pelo meningococo, causador de meningite, meningococcemia ou da associação 
das duas. Tem uma alta mortalidade e pode deixar sequelas graves, como amputações de membros e surdez. 
Atualmente, estão identificados 5 sorotipos principais causadores de doença: A, B, C, W135 e Y. 
12.2 MENINGOCÓCICA C 
Vacina conjugada presente no PNI. 
Contém o sorotipo C. 
Indicada aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses. 
12.3 MENINGOCÓCICA ACWY 
ATENÇÃO, ATUALIZAÇÃO!
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43Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Em 2020, o Ministério da Saúde introduziu essa vacina para dois novos grupos:
• No PNI, para adolescentes de 11 a 12 anos em dose única;
• Maiores de 13 anos portadores de hemoglobinúria paroxística noturna em uso de eculizumabe no 
esquema de duas doses com reforço a cada 3 anos. 
12.4 MENINGOCÓCICA B
Disponível apenas no sistema privado de imunizações. 
CAPÍTULO
13.0 VACINA CONTRA FEBRE AMARELA
Vacina viva atenuada composta por vírus da febre amarela enfraquecido, aplicada via subcutânea. 
13.1 PREVENÇÃO
A vacina protege contra o vírus da febre amarela, 
transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. 
Antigamente, a doença era endêmica de algumas 
regiões do Brasil e a vacina estava indicada apenas para 
moradores dessas áreas ou para quem fosse viajar a 
essas regiões, mas, ultimamente, temos vivido um surto 
em todo território nacional, que levou o governo, em 
2019, a tornar a vacina obrigatória para todo Brasil. 
13.2 IDADE
A vacina é indicada a partir dos 9 meses de idade. 
Desde 2020, as crianças que receberam a primeira dose antes dos 4 anos de idade devem 
fazer um reforço ao completarem essa idade. 
Quem inicia a vacinação com mais de 4 anos, deve receber apenas uma dose para vida toda. 
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44Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
13.3 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES
Fique atento, pois esse tópico é bastante presente 
em provas! 
A vacina da febre amarela é contraindicada para 
mulheres que amamentam até o bebê completar seis 
meses de vida. Se a vacinação for indispensável, deve-
se suspender o aleitamento materno por 10 a 14 dias 
e utilizar fórmula infantil ou leite do banco de leite 
materno. 
FEBRE AMARELA – NÃO VACINAR MÃES QUE AMAMENTAM ATÉ O 6º MÊS
A vacina também contém traços de proteínas do ovo, portanto ela não deve ser feita, apenas, em pacientes com 
histórico de anafilaxia a esse alimento; histórico de reações leves não contraindica a vacinação. 
Lembrete!Alérgicos graves a ovo.
Febre amarela: contraindicada em paciente com anafilaxia prévia.
CAPÍTULO
14.0 VACINA CONTRA SARAMPO, CAXUMBA, 
RUBÉOLA E VARICELA
Vacinas vivas atenuadas compostas por vírus enfraquecidos do sarampo, caxumba, rubéola e varicela. 
14.1 PREVENÇÃO
Sarampo: doença exantemática que causa febre, tosse, conjuntivite e exantema morbiliforme e pode levar a 
óbito por complicações como pneumonia e encefalite. 
Rubéola: doença exantemática que causa febre, adenomegalia, exantema maculopapular róseo. Pode causar 
a síndrome da rubéola congênita em mulheres grávidas, caracterizada por aborto, óbito fetal, cardiopatias, catarata e 
surdez.
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45Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Caxumba: doença transmitida por gotículas de saliva. A maioria dos casos é assintomática, porém pode causar 
inflamação da parótida, orquite, ooforite, encefalite, podendo levar à infertilidade e surdez como sequelas. 
Varicela: doença que causa exantema polimórfico, podendo levar à encefalite, pneumonia e infecção secundária 
de pele. 
14.2 VACINA TRÍPLICE VIRAL
Essa vacina é composta pelas primeiras doses de 
proteção contra sarampo, caxumba e rubéola e está 
indicada pelo PNI para ser aplicada aos 12 meses. 
Para crianças, adolescentes e adultos até 29 
anos não vacinados, a indicação é: realizar duas doses 
com intervalo mínimo de 30 dias; em adultos de 30 a 59 
anos, aplicar dose única. 
Para contactantes de sarampo, caxumba e 
rubéola imunocompetentes, a vacina de bloqueio está 
indicada até 72 horas após exposição. É importante 
ressaltar que essa vacina é independente e não substitui 
nenhuma dose do esquema. 
RESUMÃO DA TRÍPLICE VIRAL
Crianças: doses aos 12 e 15 meses. 
Até 29 anos: necessário ter duas doses. 
Dos 30 aos 59 anos: necessário ter uma dose. 
Contactantes suscetíveis: vacinação de bloqueio até 72 horas pós-exposição.
14.3 VACINA TETRAVIRAL
É composta pelas segundas doses de proteção contra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral), pela primeira 
dose contra a varicela e está indicada aos 15 meses pelo PNI. 
14.4 VACINA VARICELA ISOLADA
Composta pela segunda dose de proteção contra varicela, indicada aos 4 anos pelo PNI.
Também é indicada para contactantes suscetíveis de varicela maiores de 9 meses, imunocompetentes, em 3 a 
5 dias após exposição. 
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46Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
RESUMÃO DA TETRAVIRAL E VARICELA
Crianças: tetraviral aos 15 meses e varicela isolada aos 4 anos. 
Contactantes suscetíveis à varicela: vacinação de bloqueio para maiores de 9 meses, até 3 a 5 dias pós-
exposição.
CAI NA PROVA
(REVALIDA – INEP – 2020) Uma mãe leva seu filho com 2 anos de idade para consulta na Unidade de Saúde da Família 
(USF) relatando que a criança apresenta febre não aferida e lesões vésico-pústulo-crostosas em tronco há 2 dias. 
Segundo o Programa Nacional de Imunização, o calendário de vacinação esteve completo somente até os 6 meses de 
idade, pois a mãe disse que deixou de vacinar a criança porque passou a trabalhar em turno integral, não tendo como 
levá-la à USF. Quais são a vacina que preveniria a atual doença e a idade para a sua administração?
A) Vacina tetraviral; 12 meses.
B) Vacina tetraviral; 15 meses.
C) Vacina tríplice viral; 12 meses.
D) Vacina tríplice viral; 15 meses.
COMENTÁRIOS
De que doença estamos falando? Varicela! Ela é caracterizada por febre e lesões polimórficas difusas. As vacinas 
que protegem contra a doença são a tetraviral, aplicada aos 15 meses, e a varicela isolada, aos 4 anos. Pela idade da 
criança, ela teria que ter aplicado a tetraviral para sua prevenção. 
Correta a alternativa B. 
14.5 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES
As vacinas tríplice e tetraviral, assim como a da febre amarela, contêm traços de proteínas do ovo, porém elas 
não estão contraindicadas nesses casos, apenas há a ressalva de aplicá-las em ambiente hospitalar. 
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47Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
Lembrete! Alérgicos graves a ovo.
Febre amarela: contraindicada em paciente com anafilaxia prévia.
Tríplice e tetraviral – não são contraindicadas, aplicar em ambiente 
hospitalar. 
14.6 CONDUTA PÓS-EXPOSIÇÃO
Após a exposição do indivíduo suscetível ao 
sarampo ou à varicela, devemos tomar medidas de 
profilaxia pós-exposição com vacina ou imunoglobulina. 
Sabemos que a vacina é melhor do que a imunoglobulina, 
pois produz imunidade duradora; agora, temos certo 
grupos de pessoas que não podem utilizá-la, e essas 
pessoas receberão a imunoglobulina.
Agora, é importante lembrar que as doses 
de vacina pós-exposição NÃO substituem as doses 
habituais do calendário vacinal. 
Observe os quadros abaixo: 
CONDUTA EM CONTACTANTES:
CONTACTANTES DE SARAMPO
VACINA
• Maiores de 6 meses 
imunocompetentes
Até 72 horas após exposição
IMUNOGLOBULINA
• Menores de 6 meses
• Imunodeprimidos
• Gestantes
Até 6 dias após exposição
Veja como isso já foi cobrado:
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48Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
CAI NA PROVA
(REVALIDA – INEP – 2020) Uma lactente com 10 meses de idade é levada à Unidade Básica de Saúde pela mãe, a qual 
demonstra preocupação pelo contato da filha com um tio que, no dia anterior, chegou de viagem do exterior com 
sintomas respiratórios e manchas no corpo. Ele procurou atendimento no pronto-socorro e foi diagnosticado como 
caso suspeito de sarampo. A conduta médica indicada para a lactente é administrar a vacina
A) tetraviral em até 48 horas após o contato com o caso suspeito, sendo essa a dose 1, seguida da segunda dose aos 
12 meses.
B) tetraviral em até 72 horas após o contato com caso suspeito, sendo essa a dose 1, seguida da vacinação habitual 
aos 12 meses.
C) tríplice viral em até 48 horas após o contato com o caso suspeito, sendo essa a dose zero, seguida da segunda dose 
aos 12 meses.
D) tríplice viral em até 72 horas após o contato com o caso suspeito, sendo essa a dose zero, seguida da vacinação 
habitual aos 12 meses.
COMENTÁRIOS
Temos, aqui, um lactente suscetível ao sarampo, visto que a primeira dose de proteção contra a doença será feita 
apenas aos 12 meses, com a tríplice viral. Então, ele precisa de profilaxia pós-exposição. Por ser imunocompetente, 
maior de 6 meses, ele deve ter a vacina aplicada em até 72 horas após a exposição, seguida da prescrição habitual do 
calendário vacinal. 
Correta a alternativa D. 
CONTACTANTES DE VARICELA
VACINA • Maiores de 9 meses imunocompetentes
Até 3 a 5 dias 
após exposição
IMUNOGLOBULINA
• Imunodeprimidos 
• Gestantes
• Menores de um ano em contato hospitalar com o vírus
• RNs de mães que desenvolveram a doença 5 dias antes 
ou 2 dias após o parto 
• Prematuros > 28 semanas cuja mãe nunca teve varicela
• Prematuros < 28 semanas independentemente da 
história materna de varicela
Até 96 horas após 
exposição
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49Prof. Helena Schetinger | Pediatria | Fevereiro 2022
Imunizações
É importante salientar que o bloqueio dos contactantes não inclui o uso de antivirais, eles são apenas tratamento. 
PARA LEMBRAR SEM DECORAR!
O paciente exposto tem alguma contraindicação à vacina? 
Não? Vacine!
Sim? Use imunoglobulina!
CAI NA PROVA
Vamos treinar sobre a profilaxia pós-exposição da varicela agora. 
(REVALIDA – INEP – 2015) Na Unidade de Saúde da Família, uma criança com 4 anos de idade é

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