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Resumo Aleitamento Materno


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P E D I A T R I A
ALEITAMENTO MATERNO
FEVEREIRO/2022
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Aleitamento Materno
PROF. MARIANA
PEGORARO
APRESENTAÇÃO:
/estrategiamedt.me/estrategiamed
Estratégia MED
@prof_marianaped
@estrategiamed
Olá, Estrategista! Como você está?
Meu nome é Mariana Pegoraro e estou aqui hoje 
para guiá-lo por mais um tema muito importante dentro 
da Pediatria e, também, dentro do "mundo das provas do 
Revalida".
É muito difícil imaginar uma prova de Pediatria sem 
"aleitamento materno", não é mesmo? 
Nesse momento, eu imagino que você pode estar 
pensando: "o tempo é curto em relação à quantidade de 
informações a serem memorizadas, até para esse tema!". 
Mas, calma! Nós faremos isso juntos e usando uma boa 
estratégia!
Você já conhece meu objetivo – ajudá-lo(a) a passar 
na tão sonhada prova de Revalidação – e você também 
conhece nossa estratégia aqui no Estratégia MED: nós 
focaremos no estudo daquilo que é mais prevalente nas 
questões. Assim, o conteúdo mais importante estará 
“fresquinho” em sua cabeça no dia da prova.
Porém, antes de começarmos a estudar esse tema, 
que eu particularmente adoro, vou me apresentar para 
você: sou médica formada pela Universidade Federal do 
Paraná, em 2012, e fiz Residência Médica em Pediatria no 
Hospital Israelita Albert Einstein e Residência em Terapia 
Intensiva Pediátrica na Universidade de São Paulo. Este é 
aquele momento em que você pode estar se perguntando: 
"uma intensivista vai escrever sobre aleitamento materno?". 
Agora, vem uma outra curiosidade a meu respeito: fiz 
Mestrado com Enfoque em Desenvolvimento Infantil e 
também estudo muito sobre Pediatria geral, porque adoro! 
Eu até já realizei cursos de consultoria em amamentação, 
acredita? Pronto! Agora está explicado (risos...).
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https://www.facebook.com/estrategiamed1
https://t.me/estrategiamed
https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw
https://www.instagram.com/prof_marianaped/
https://www.instagram.com/prof.alexandremelitto/
https://www.instagram.com/estrategiamed/
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Aleitamento Materno
Bom... depois dessa breve apresentação, vamos, então, começar nosso estudo conhecendo a importância do tema 
dentro das provas do Revalida?
Aleitamento materno é o décimo tema mais cobrado em provas do Revalida, correspondendo a cerca de 5% de tudo 
o que foi perguntado nos últimos anos. Não é tão pouco assim, Estrategista! Esse cálculo corresponde, em média, a uma 
questão por prova. Preciso frisar que esse tema também já apareceu em prova prática. Vamos, agora, analisar a forma como 
o tema é abordado: 
Com base nesse gráfico de distribuição de questões, percebemos que nossa estratégia será focar os tópicos mais 
prevalentes em prova:
• Complicações e dificuldades relacionadas ao aleitamento materno.
• Contraindicações do aleitamento materno.
• Técnicas de armazenamento do leite materno ordenhado.
• Composição do leite materno em comparação com o leite de vaca.
• Benefícios do aleitamento materno.
Preciso, ainda, agregar a essa estatística uma estação prática envolvendo orientação da técnica correta de amamentação.
Juntos, esses tópicos mencionados acima abrangem praticamente 100% do que já foi cobrado sobre o tema nas provas 
do Revalida. Durante nosso percurso, eles serão os mais detalhados. Passaremos de forma mais rápida pelos tópicos menos 
prevalentes, apenas com os conceitos mais importantes, para estabelecermos nosso raciocínio.
Eu estou animada para este desafio! E você, está pronto? Então, vamos lá!
0 10 20 30 40 50
Complicações no 
aleitamento
Contra-indicações do 
aleitamento
Armazenamento 
do leite
Composição do leite
Benefícios 
do aleitamento
Aleitamento materno no Revalida
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4Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO AO TEMA 6
1.1 A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO 6
1.2 O QUE É PRECONIZADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE 9
1.3 ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES 9
1.4 O INCENTIVO AO ALEITAMENTO 10
2.0 O INÍCIO DO ALEITAMENTO MATERNO 11
2.1 UM POUCO SOBRE FISIOLOGIA 11
2.2 A TÉCNICA CORRETA DA AMAMENTAÇÃO 14
2.3 O ESTABELECIMENTO DO ALEITAMENTO MATERNO 16
3.0 OS PROBLEMAS RELACIONADOS À AMAMENTAÇÃO 19
3.1 INGURGITAMENTO MAMÁRIO 20
3.2 MASTITE LACTACIONAL 22
3.3 CANDIDÍASE MAMÁRIA 24
3.4 TRAUMAS MAMILARES (FISSURAS) 25
3.5 O "POUCO LEITE" 27
4.0 CONTRAINDICAÇÕES AO ALEITAMENTO MATERNO 28
4.1 CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS 28
4.2 SITUAÇÕES QUE REQUEREM INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DA AMAMENTAÇÃO 29
4.3 SITUAÇÕES EM QUE O ALEITAMENTO É LIBERADO 30m
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5Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
5.0 O RETORNO DA MÃE AO TRABALHO E O ALEITAMENTO MATERNO 31
5.1 ORDENHA E ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO 32
5.2 A OFERTA DE LEITE ORDENHADO AO LACTENTE 33
6.0 A COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 34
6.1 AS CARACTERÍSTICAS DO LEITE MATERNO 35
6.2 LEITE MATERNO X LEITE DE VACA 37
7.0 LISTA DE QUESTÕES 39
8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 41
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6Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
1.0 INTRODUÇÃO AO TEMA 
Vamos começar, Estrategista! Nosso primeiro capítulo abrangerá tópicos menos cobrados, mas cujo 
entendimento nos dará bagagem para os assuntos mais "quentes" para as provas do Revalida. Esses temas são aquela 
fundação de nossa "construção do conhecimento", que formará os alicerces para uma compreensão mais completa. 
CAPÍTULO
1.1 A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO
Sabemos que o acesso à alimentação adequada é considerado um direito básico do ser humano. Mas qual seria 
o alimento ideal para a criança nos primeiros anos de vida, Estrategista? A resposta, aqui, é unânime: o leite materno! 
Ele é único, inigualável e totalmente adaptado às necessidades da criança, como veremos no decorrer deste livro. 
Além de seu incrível valor nutricional, o leite materno confere proteção ao lactente e ainda contém os substratos 
necessários para auxiliar no desenvolvimento em uma fase em que ele acontece de uma maneira muito acelerada.
É exatamente por isso que reservei este espaço aqui no livro para falarmos sobre a importância do aleitamento 
materno. E já adianto, Estrategista, que os benefícios não se resumem ao lactente. 
O aleitamento materno traz benefícios:
1. Ao bebê;
2. À mãe;
3. Ao binômio mãe-bebê.
 Vamos começar com os benefícios para o lactente:
Por que amamentar é importante para o lactente? Repare comigo nesta tabela:
REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL
Vários fatores protetores presentes no leite materno 
reduzem o risco de morte.
REDUÇÃO DO RISCO DE DIARREIA
Quando ocorrem, os quadros diarreicos tendem a ser 
menos graves e há menos chances de desidratação.
REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇAS 
RESPIRATÓRIAS
Há menores riscos de OMA, pneumonia, bronquiolite 
e sibilância recorrente.
REDUÇÃO DO RISCO DE ALERGIAS
Há menos chances de atopia, incluindo dermatite 
atópica, alergia à proteína do leite de vaca e asma.
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7Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇAS 
CRÔNICAS
Há redução de risco de diabetes, 
hipercolesterolemia, hipertensão, sobrepeso e 
obesidade.
MELHORA DODESENVOLVIMENTO 
COGNITIVO
A composição do leite materno favorece o 
desenvolvimento cognitivo.
MELHORA DO DESENVOLVIMENTO 
OROFACIAL
O desenvolvimento da cavidade oral com a sucção 
propicia o desenvolvimento da musculatura que será 
importante para a fala e a mastigação. Também é 
importante para a adequada oclusão dentária e o 
alinhamento dos dentes.
VALOR NUTRICIONAL
O leite materno é um alimento completo e adaptado 
às necessidades do lactente.
 E para a mãe, você consegue pensar nos benefícios? Repare comigo na tabela a seguir:
É ECONÔMICO
Além de ser o melhor alimento para o bebê, é totalmente 
gratuito.
PERMITE ESPAÇAR 
GESTAÇÕES
Mães que amamentam de forma exclusiva têm menos chances de 
ovulação.
PREVINE CONTRA ALGUNS 
TIPOS DE CÂNCER
Reduz o risco de câncer de mama, bem como de ovário e útero.
REDUZ O RISCO DE ALGU-
MAS DOENÇAS CRÔNICAS
Confere proteção contra diabetes tipo 2, obesidade, 
hipercolesterolemia, hipertensão e doença coronariana, além de 
doenças osteoarticulares.
 E, para finalizar, vamos falar do grande benefício para o binômio:
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8Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
O aleitamento materno promove e fortalece o vínculo entre 
mãe e filho. 
 Consegui convencer você de como o aleitamento materno é importante, Estrategista? Então, agora, vamos ver 
como esse tópico já foi abordado em prova!
 CAI NA PROVA
(INEP – REVALIDA – 2011) Ao atender uma mulher, com 24 anos de idade, você observa grande resistência dela para 
continuar o aleitamento materno de seu filho de dois meses. Além dos inquestionáveis benefícios para a criança, você 
orienta a paciente sobre os benefícios que o aleitamento materno traz para a mulher que amamenta, entre os quais 
figuram, a proteção contra o câncer de mama e contra:
A) o câncer de colo uterino.
B) o câncer de endométrio.
C) os tumores da vulva.
D) o desenvolvimento de miomas.
E) o câncer de ovário.
COMENTÁRIO:
 Então vamos lá, Estrategista! Repare que essa questão é um pouco antiga, mas cobra exatamente os benefícios 
do aleitamento materno para a mãe. 
Como vimos acima, o aleitamento materno confere proteção contra os cânceres de mama, ovário e também de útero, 
além de outros benefícios, tais como: evitar uma nova gravidez, prevenir contra doenças crônicas e obesidade, além 
dos menores custos envolvidos.
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9Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Vamos analisar as alternativas:
Incorreta a alternativa A. O câncer de colo uterino tem relação com a infecção pelo HPV, e a amamentação não 
confere proteção.
Incorreta a alternativa B. Não há relação entre proteção contra câncer de endométrio e aleitamento materno.
Incorreta a alternativa C. Não há relação entre proteção contra tumores de vulva e aleitamento materno.
Incorreta a alternativa D. Não há relação entre proteção contra miomas e aleitamento materno.
Correta a alternativa E: Como vimos, o aleitamento confere redução de risco contra câncer de ovário.
1.2 O QUE É PRECONIZADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Vamos, agora, querido(a) Revalidando(a), recordar o que é preconizado pelo Ministério da Saúde em termos de 
duração do aleitamento materno. Esse é um conceito que também "despenca" em provas e a que precisamos estar 
atentos.
É preconizado o aleitamento materno de forma exclusiva até os 6 meses de vida. Após, a 
alimentação complementar deve ser introduzida, mas mantendo o aleitamento materno até no mínimo 
2 anos de idade.
Essas são recomendações tanto do Ministério da Saúde quanto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, 
também, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
1.3 ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES
 Falamos muito em aleitamento materno exclusivo, não é mesmo, Estrategista? Chegou o momento de 
definirmos algumas expressões que usamos com frequência quando falamos em aleitamento materno. Repare na 
tabela a seguir:
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10Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
ALEITAMENTO MATERNO 
EXCLUSIVO
Quando a criança recebe única e exclusivamente o leite materno, 
diretamente da mama ou por ordenha, e nenhum outro líquido ou 
alimento, com exceção de medicamentos.
ALEITAMENTO MATERNO 
PREDOMINANTE
Quando a criança recebe, além do leite materno, outros líquidos, 
tais como água, chás, sucos, etc., mas não recebe outro tipo de 
leite.
ALEITAMENTO MATERNO
Quando a criança está recebendo leite materno, 
independentemente de estar ou não recebendo outros líquidos ou 
alimentos.
ALEITAMENTO MATERNO 
COMPLEMENTADO
Quando, além do leite materno, a criança já iniciou a dieta 
complementar.
ALEITAMENTO MATERNO 
MISTO
Quando a criança recebe o leite materno e também outros tipos 
de leite, como fórmulas lácteas.
Essas definições não foram cobradas diretamente em nenhuma prova do Revalida, mas tais termos podem 
aparecer em enunciados.
1.4 O INCENTIVO AO ALEITAMENTO
 O incentivo ao aleitamento materno e sua promoção começam já no pré-natal. 
O ambiente da maternidade, por outro lado, está entre os mais importantes para seu 
estabelecimento, justamente por ser o momento em que o aleitamento está, de fato, sendo 
iniciado. É justamente por isso que existe a estratégia "Iniciativa Hospital Amigo da Criança".m
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11Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Trata-se de um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde a hospitais que cumprem dez passos em 
prol do aleitamento materno. Esses passos não foram cobrados diretamente em nenhuma prova do Revalida, mas, em 
razão de sua importância, faremos uma "pequena paradinha" aqui. Vamos a eles:
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a 
equipe do serviço. 
2. Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar essa norma. 
3. Orientar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo da amamentação. 
4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê. 
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus 
filhos. 
6. Não dar, a recém-nascidos, nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que 
tenha indicação médica. 
7. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia. 
8. Encorajar a amamentação sob livre-demanda. 
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas às crianças amamentadas. 
10. Encaminhar as mães, por ocasião da alta hospitalar, para grupos de apoio ao aleitamento materno na 
comunidade ou em serviços de saúde.
CAPÍTULO
2.0 O INÍCIO DO ALEITAMENTO MATERNO 
2.1 UM POUCO SOBRE FISIOLOGIA
Muita calma nesta hora, Estrategista! Não 
conversaremos incansavelmente sobre anatomia 
e fisiologia neste momento. Meu intuito é apenas 
relembrar com você como é o processo da lactogênese 
e enfatizar os grandes estímulos para a produção e a 
ejeção do leite materno. Então, vamos lá!
Vamos iniciar com uma imagem, mas não se 
assuste com ela, não, querido(a) Revalidando(a)! Ela é 
apenas para mostrar a você duas estruturas sobre as 
quais falaremos aqui: os ductos lactíferos e os lóbulos.m
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12Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Veja como está organizado o processo:
Crescimento mamário, 
proliferação de ductos 
e crescimento
 glandular
Lactogênese1
Na gestação Após o parto
Lactogênese 2
Lactogênese 3 ou 
galactopoiese
Você sabia que a lactogênese já se inicia mesmo antes do parto, Estrategista? Vamos, agora, relembrar cada 
etapa e seus controles.
1. LACTOGÊNESE 1: nessa fase, a mama está 
sendo preparada para a lactação, ainda no período 
gestacional. Os hormônios, aqui, têm papel fundamental: 
o estrogênio (atuando na ramificação de ductos 
lactíferos) e a progesterona (atuando na formação dos 
lóbulos). Outros hormônios envolvidos são o lactogênio 
placentário, a prolactina e a gonadotrofina coriônica. 
A produção de colostro inicia-se na 16ª semana de 
gravidez, mas sua excreção ainda está inibida nessa 
fase.
2. LACTOGÊNESE 2: logo após o nascimento, 
com a retirada da placenta, há queda importante 
da progesterona, liberando a ação da prolactina. 
A ocitocina também tem seu papel nessa fase, 
promovendo a ejeção do leite. Será nesse momento 
que acontecerá a apojadura ou descida do leite, até o 
3º ou 4º dia após o parto. Repare que, nesse momento, 
o controle ainda é endócrino.
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13Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
3. LACTOGÊNESE 3: essa fase é autócrina, ou seja, não é tão dependente de hormônios, mas, sim, da sucção e 
do esvaziamento da mama. 
 Outra informação importante para você tomar nota é a seguinte, Estrategista:
PROLACTINA = PRODUÇÃO do leite. 
OCITOCINA = EJEÇÃO do leite. Essa ejeção é dependente da sucção, mas também 
de outros estímulos, como cheiro ou até mesmo sons produzidos pelo bebê. É lindo, não é 
mesmo?
Portanto...
 É importante entender que as mamas não são "reservatórios" de leite, mas, sim, contínuas "fábricas", 
pois a maior parte do leite está sendo produzida conforme o estímulo que a criança produz e a mãe recebe.
 Encerramos a parte mais árdua deste livro, Estrategista. Repare que a fisiologia não costuma cair em provas 
em sua forma pura e direta, mas certamente você já viu questões envolvendo baixa produção láctea relacionada ao 
estresse materno ou à menor frequência de mamadas. Agora, você já consegue entender o porquê de isso ocorrer. 
Vamos encerrar com uma curiosidade?
Muito se fala sobre o uso de galactogogos, que seriam substâncias que têm o intuito de aumentar os níveis de 
prolactina (como a domperidona e a metoclopramida). Agora que você já é um entendedor de fisiologia de lactação, 
fica fácil entender que o uso desse tipo de medicação de nada adianta se não for realizado o esvaziamento efetivo da 
mama pelo bebê. A sucção é o maior estímulo para a ejeção de leite.
 Agora é aquele momento de prestar toda a atenção, Estrategista! Questões envolvendo o tópico a seguir já 
apareceram em prova prática do Revalida.
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14Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Vamos começar com o posicionamento adequado:
• Corpo do bebê próximo à mãe.
• Tronco do bebê voltado para a mãe.
• Bebê alinhado e adequadamente apoiado.
• Nariz do bebê à altura do mamilo.
2.2 A TÉCNICA CORRETA DA AMAMENTAÇÃO
"Ninguém nasce sabendo" é uma boa frase para iniciar este tópico. Isso quer dizer que o início da amamentação 
requer uma adaptação por parte da mãe e do bebê. O ato de sugar é um ato reflexo, mas a retirada de leite da mama 
de forma eficiente requer aprendizado. Não é à toa que a primeira consulta de puericultura tem boa parte de seu 
tempo dedicado a orientações acerca da amamentação.
Eu vou começar com duas imagens e um exercício. Gostaria que você reparasse nas diferenças observadas entre 
essas duas técnicas de amamentação:
Figura 1: Fonte Shutterstock Figura 2: Fonte Shutterstock
Você conseguiu perceber como a boca do lactente da figura 1 está bastante fechada, englobando apenas o 
mamilo? Pois é... essa é uma das maiores causas de traumas mamilares. Por outro lado, repare como o lactente da 
figura 2 está mamando tranquilamente, com uma técnica adequada. 
Tendo em mente a figura 2, vamos nos recordar dos pilares de uma técnica adequada de amamentação. 
A técnica adequada dependente de:
• Um correto posicionamento
• Uma boa pega
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15Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
1. Nariz afastado da mama.
2. Boca bem aberta com lábio inferior evertido.
3. Queixo tocando a mama.
Vamos, agora, nos concentrar na pega:
• O bebê deve abocanhar a maior parte da aréola possível, e não apenas o mamilo.
• A boca deve estar bem aberta.
• Os lábios do bebê devem estar confortavelmente evertidos.
• O queixo deve tocar a mama.
• O nariz deve estar longe da mama.
• Deve haver mais aréola visível acima da boca do bebê.
Está pronto para esquematizar? Repare comigo na figura a seguir:
Você reparou que o trígono da pega correta se assemelha a um pinheirinho de Natal invertido?
Dessa forma, fica mais fácil deduzirmos juntos o que são sinais de alerta para uma pega inadequada:
Fonte: Shutterstock
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16Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
• Mãe com dor ou com mamilos machucados/deformados.
• Bochechas do bebê encovadas a cada sucção.
• Ruídos durante a mamada.
• Bebê extremamente irritado ou desinteressado.
• Ausência de pausas para deglutição, apenas sucções rápidas e inefetivas.
Para encerrarmos esse tópico, eu preciso contar a você como foi a estação prática do Revalida. Além de realizar 
uma consulta clássica de puericultura, o candidato deveria orientar a atriz (mãe do paciente) sobre o posicionamento 
e a pega corretas, corrigindo a técnica de amamentação, que estava incorreta.
2.3 O ESTABELECIMENTO DO ALEITAMENTO MATERNO 
Agora que já revisamos a técnica de amamentação, conversaremos sobre o estabelecimento do aleitamento 
materno nos primeiros dias de vida do bebê; isto é, o que podemos esperar quanto ao peso, à diurese e às evacuações.
Como já frisamos anteriormente neste livro, o início da amamentação é um processo de aprendizado para a mãe 
e para o bebê, por isso os primeiros dias de vida são fundamentais. Toda orientação e todo apoio nessa fase têm um 
grande impacto no sucesso da amamentação.
Sem dúvida alguma, um dos tópicos mais abordados em provas sobre este capítulo refere-se ao ganho de peso 
do bebê em aleitamento materno exclusivo. Repare comigo na tabela a seguir:
Todo recém-nascido apresenta uma perda fisiológica de peso de cerca de 10%, com recuperação do 
peso de nascimento por volta do décimo dia de vida.
A média do ganho ponderal esperado para os lactentes com o passar dos meses é: 
• 1º mês – ganho de 30 g/dia. 
• 2º mês – ganho entre 25 e 30 g/dia. 
• 3º mês – ganho de 20 a 25 g/dia.
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17Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Recém-nascidos em aleitamento materno exclusivo podem demorar um pouco além do 10º dia de vida para 
recuperar o peso de nascimento, mas isso constitui sinal de alerta para que a técnica da amamentação seja reavaliada 
e reorientada e para que um retorno breve seja agendado com o pediatra.
Apesar de a presença de evacuações nas primeiras semanas de vida ser um dos indícios de bom aporte lácteo, 
lembre-se de que a frequência e o aspecto das evacuações dos lactentes em aleitamento materno exclusivo são 
muito variáveis. Com o reflexo gastrocólico exacerbado, é comum que, nas primeiras semanas de vida, os lactentes 
evacuem praticamente após toda mamada, mas lembre-se de que um lactente em aleitamento maternoexclusivo 
pode também ficar até 7 dias sem evacuar (pseudo-obstipação do lactente). 
E a diurese, professora Mariana, pode ser mais fidedigna para avaliação do aporte hídrico nessa fase? A resposta 
é SIM! Pouca diurese está associada ao baixo aporte hídrico e desidratação em lactentes. O ideal é cerca de 6 fraldas 
com diurese clara em 24 horas. 
E mais uma pergunta clássica: sobre o choro do bebê. “Será que é fome? Será 
que o leite é fraco?”.
Não existe leite fraco, Estrategista! O leite produzido pela mãe é exatamente 
“na medida” do que o bebê precisa. É o alimento mais completo e exclusivo para essa 
fase da vida.
Sobre o choro, é importante frisar que nem todo choro é fome, e pode 
refletir uma adaptação à vida extrauterina. Outros dados precisam ser levados em 
consideração antes de concluirmos sobre baixa oferta (ex.: peso, diurese, saciedade, 
etc.).
No momento de orientar as mamadas, nunca se esqueça deste conceito que “adora” aparecer em provas:
As mamadas devem acontecer no regime de livre-demanda, sem rigidez de horários!
Vamos ver agora como esse tópico já foi cobrado na prova? 
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18Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
CAI NA PROVA
(UFMT – REVALIDA – 2021) Menino, de 15 dias de vida, foi levado a UESF para consulta de puericultura pela mãe e a 
avó paterna. Mãe relata que seu leite é fraco, que não sustenta o filho, ele chora muito, acha que tem muitas cólicas. 
Há uma semana vem oferecendo água (que ele não aceita), chás de erva-doce e de camomila sem açúcar. Há 5 dias a 
avó comprou leite em pó e está complementando à noite com uma mamadeira de leite + 1 colher de chá de Maizena e 
ofereceu chupeta, ele passou a dormir melhor. AF: mãe 18 anos, G1P1AO, solteira, não fez pré-natal, parto cesariana. 
PN: 3.100 g, C= 49 cm, PC: 34 cm, Apgar 8 e 9. Vacinas BCG e Hepatite B. Peso atual: 3.180 g. Exame físico sem alteração. 
Após, o médico pediu para colocar a criança para sugar e observou que a mãe faz uso de protetores (intermediários) de 
mamilos, diz que é para diminuir a dor e evitar o trauma dos mamilos. Porém, chorou de dor quando o filho começou 
a sugar. Pediu permissão para examinar as mamas da mãe: estavam túrgidas, distendidas, os mamilos pouco protusos 
com fissuras perimamilares bilateralmente, à expressão manual saída de leite fluido. O médico percebeu que o risco 
de desmame precoce é alto e a sua prevenção é muito importante. Analise as orientações seguintes:
I – Retirada da mamadeira e da chupeta.
II – Amamentação com técnica adequada (posicionamento e pega adequados).
III – Manter o uso de protetores (intermediários) de mamilos para diminuir a dor e evitar o trauma mamilar.
IV – Amamentação em livre-demanda – a criança é colocada no peito assim que dá os primeiros sinais de que quer 
mamar.
V – A higiene dos mamilos antes da amamentação com produtos como sabões e álcool gel protege o mamilo e evita 
infecção.
Quais são as orientações adequadas a fim de permitir a continuidade da amamentação e evitar o desmame precoce 
da criança?
A) I, II e III, apenas.
B) III, IV e V, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
D) I, II, III, IV e V.
COMENTÁRIO:
 Então, vamos lá, Estrategista! Repare que essa é uma clássica questão de primeira consulta de puericultura 
e intercorrências da amamentação.
 Temos um recém-nascido de 15 dias de vida, com erro alimentar (recebendo chá e leite engrossado), e 
uma mãe com dor ao amamentar, na presença de ingurgitamento mamário e fissuras. Conversaremos sobre essas 
complicações mais para frente em nosso livro. Elas são quentíssimas para a prova do Revalida!
Mas o que quero focar agora são outros aspectos dessa questão:
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19Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
- a técnica inadequada de amamentação;
- o erro alimentar;
- o ganho de peso do RN, que está limítrofe (repare que ele já recuperou o peso de nascimento esperado até o 10º dia, 
mas ainda não está ganhando o equivalente a 30 g/dia). 
O mais importante nessa consulta é orientar a técnica correta da amamentação, enfatizar o aleitamento materno 
exclusivo em livre-demanda e marcar um retorno breve para a reavaliação do peso. O próprio ingurgitamento materno 
e a fissura materna podem ser melhorados com a correção da técnica e a ênfase à livre-demanda.
Correta a orientação I. A retirada dos bicos artificiais é medida importantíssima para a proteção do aleitamento 
materno, evitando a “confusão de bicos”.
Correta a orientação II. Esse é o principal pilar de orientação nessa consulta.
Incorreta a orientação III. O principal é a adequação da técnica. Veremos posteriormente que o uso de intermediários de 
silicone pode propiciar um ambiente úmido, com maior maceração e redução da barreira natural da pele, favorecendo 
o aparecimento de candidíase mamária e novas fissuras. Somente a adequação da técnica é suficiente nesse caso.
Correta a orientação IV. O regime em livre-demanda é o orientado pelo Ministério da Saúde. Com o esvaziamento 
adequado das mamas, reduz-se a probabilidade de ingurgitamento mamário.
Incorreta a orientação V. O uso abusivo de gel e sabonete retiram a proteção natural da pele, favorecendo o 
aparecimento de fissuras.
Gabarito: alternativa C.
Depois que fizemos um "aquecimento" sobre o tema com a questão anterior, chegou a hora de falarmos sobre os 
"queridinhos de prova" – as intercorrências relacionadas à amamentação. 
3.0 OS PROBLEMAS RELACIONADOS À 
AMAMENTAÇÃO 
CAPÍTULO
Chegamos, agora, no tópico campeão de abordagem nas provas do Revalida sobre o tema 
aleitamento materno. Esse é aquele momento em que vale a pena lavar o rosto ou tomar um 
cafezinho, pois precisamos de toda sua atenção neste tópico. Vamos lá? 
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20Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
3.1 INGURGITAMENTO MAMÁRIO
No ingurgitamento mamário, há 3 componentes básicos:
• Aumento da vascularização da mama (congestão).
• Retenção do leite nos alvéolos.
• Edema.
Nessa condição, os ductos lactíferos encontram-se comprimidos, havendo grande dificuldade de saída de leite 
dos alvéolos. 
O principal fator de risco envolvido no ingurgitamento é a drenagem ineficaz das mamas, por meio de mamadas 
pouco frequentes. Outros fatores de risco, como início tardio da amamentação, restrição da duração das mamadas, 
mamadas em horários predeterminados e sucções ineficazes também podem ser mencionados. 
Não podemos nos esquecer de que a estase láctea pode futuramente cursar com infecção bacteriana, 
evoluindo para mastite. 
Clinicamente, ele manifesta-se com dor, hiperemia difusa, aparência brilhante, aumento do tamanho das mamas 
e achatamento dos mamilos, dificultando a pega pelo lactente.
Os aspectos mais cobrados em provas sobre esse tema são a prevenção e o manejo. Intuitivamente, já podemos 
inferir que o tratamento e a prevenção terão como pilares principais o esvaziamento das mamas, por meio do 
aleitamento em livre-demanda. Repare no quadrinho a seguir:
PREVENÇÃO TRATAMENTO
Aleitamento materno em livre-demanda
Ordenha manual antes da pega, tornando 
o complexo areolomamilar mais flexível e 
acessível ao bebê
Início da amamentação o quanto antes Mamadas frequentes, em livre-demanda
Massagem nas mamas, para facilitar a 
drenagem
Uso de analgésicos/anti-inflamatórios
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21Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Suporte das mamas com alças largas e firmes
Compressas frias
Ordenha manual ou com bomba de extração
É importantediferenciarmos o ingurgitamento patológico, que acabamos de ver, da apojadura, chamada por 
alguns autores de ingurgitamento fisiológico. Neste último, ocorrem sintomas em menor magnitude e há correlação 
com a "descida do leite" entre o 3º e o 4º dia após o parto.
Eu mencionei que o Revalida simplesmente "ama" cobrar esse assunto. Vamos ver esta 
questão:
CAI NA PROVA
(INEP – REVALIDA – 2014) Puérpera no quinto dia após o parto normal, retorna à Unidade Básica de Saúde para 
reavaliação. Na consulta, paciente e recém-nascido apresentam-se em bom estado geral. No exame físico materno, 
mamas ingurgitadas, dolorosas à palpação, edemaciadas, com saída de leite à expressão. No decorrer da consulta, 
a paciente queixa-se de que o bebê “chora muito” e acredita que seu leite é muito “fraco” para ele. A puérpera 
demonstra preocupação e dúvidas sobre os benefícios da amamentação. A conduta nessa situação deve ser:
A) Substituir o leite materno pelo leite artificial, para satisfação do bebê e melhora da ansiedade materna.
B) Encorajar a amamentação e orientar a expressão manual do leite, para evitar o ingurgitamento.
C) Suspender a amamentação pelo quadro clínico de mastite e prescrever antibióticos via oral.
D) Alternar o leite artificial com o leite materno, para a complementação nutricional do bebê.
COMENTÁRIO:
Vamos lá, querido(a) Revalidando(a)! Repare que essa questão aborda vários conceitos que já vimos no decorrer 
deste livro. Chegou o momento de revisá-los:
• Os primeiros dias a semanas após o parto são o momento em que o aleitamento materno está se 
estabelecendo, tanto mãe quanto bebê estão em processo de aprendizagem.
• Já vimos que “leite fraco” é fake news. Apesar de precisarmos sempre ter a possibilidade de baixa ingesta 
no radar, é importante frisar que o bebê pode chorar por outros motivos além de fome.
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22Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Além disso, o examinador descreve um quadro de ingurgitamento mamário – mamas edemaciadas, dolorosas e que 
podem tornar o mamilo ainda menos acessível ao bebê. 
A conduta nós já sabemos, não é mesmo? Incentivar a drenagem das mamas por meio de aleitamento materno em 
livre-demanda. A ordenha manual e as massagens podem ajudar a tornar o complexo areolomamilar mais acessível 
ao bebê.
Incorreta a alternativa A. Não há qualquer indicação de suspender o aleitamento materno; muito pelo contrário, 
a conduta correta abrange orientação acerca do correto esvaziamento da mama e aleitamento em livre-demanda.
Correta a alternativa B. Como vimos, o aleitamento ajudará na drenagem eficaz das mamas ingurgitadas, e 
a ordenha manual antes da mamada facilita a pega do bebê. 
Incorreta a alternativa C. O quadro clínico descrito é de ingurgitamento, e não de mastite. Além disso, em nenhum 
dos casos é preconizada a suspensão do aleitamento. 
Incorreta a alternativa D. Não há indicação de complementação, mas, sim, de promoção do aleitamento materno, 
correção da técnica e avaliação periódica de ganho de peso.
3.2 MASTITE LACTACIONAL
A mastite é um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama, que pode evoluir para infecção 
bacteriana secundária. Ela geralmente é unilateral e o quadrante mais acometido é o superior esquerdo.
O período mais comum de acontecimento é na 3ª semana após o parto, e o evento deflagrador, você já sabe, 
é a estase láctea. Geralmente, são as lesões mamilares (fissuras) que constituem a porta de entrada para a infecção 
secundária, geralmente por Staphylococcus aureus.
Clinicamente, manifesta-se por calor, rubor, edema e dor unilaterais. Quando há infecção, costuma haver febre, 
calafrios e mal-estar. Repare, na figura esquemática a seguir, o aspecto da mastite:
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23Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Como prevenção, destaca-se o aleitamento materno em livre-demanda, para evitar a estase láctea, bem como 
a técnica adequada de amamentação, prevenindo as fissuras mamárias.
Agora, querido(a) Estrategista, vamos ao assunto mais cobrado em provas em relação à mastite: seu tratamento! 
Você já sabe a origem de tudo – a estase láctea –, então é fácil concluir que o tratamento englobará também a correção 
desse aspecto.
• Esvaziamento adequado das mamas: esse é o principal pilar do tratamento da mastite. Esse 
esvaziamento deve ser realizado de preferência pelo lactente.
• Antibioticoterapia: indicada na presença de sintomas graves desde o início do quadro, fissura 
mamilar ou ausência de melhora dos sintomas após 12-24 horas de ordenha efetiva.
• Analgesia/anti-inflamatórios.
Na ausência de melhora do quadro em 48 horas com antibioticoterapia adequada, a hipótese 
de abscesso mamário deve ser aventada. Nesse caso, além da dor local, febre e calafrios, pode haver 
flutuação à palpação no local afetado. No caso de abscessos, a drenagem cirúrgica está indicada. 
Quanto à amamentação, sua continuidade na mama acometida depende das condições clínicas e da 
dor da lactante. 
Veja como cai na prova:
CAI NA PROVA
(INEP – REVALIDA – 2020) Um lactente com 1 mês de vida, nascido a termo de parto normal sem intercorrências, em 
aleitamento materno exclusivo, retornou à Unidade Básica de Saúde para consulta de puericultura. A mãe começou a 
apresentar febre (temperatura axilar = 38 °C) há 2 dias e encontra-se em bom estado geral. Apresenta dor, calor, edema 
e rubor em quadrante superior esquerdo da mama direita, sendo indicado tratamento domiciliar com cefalexina e 
ibuprofeno. Nesse caso, o aleitamento materno deverá:
A) ser mantido em ambas as mamas como parte da terapêutica materna.
B) ser mantido, oferecendo somente a mama esquerda e preservando a mama afetada.
C) ser suspenso pelo risco de contaminação do lactente pelas bactérias presentes no leite.
D) ser suspenso devido ao uso materno de medicamentos incompatíveis com a amamentação.
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24Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
COMENTÁRIO:
 Vamos lá, querido(a) Revalidando(a)! Repare que essa questão aborda justamente a conduta com relação à 
amamentação na mastite.
 Como vimos, o principal elemento fisiopatológico é a estase láctea, e a base do tratamento é justamente a 
drenagem eficaz das mamas. A maneira mais eficaz de drenagem é justamente a amamentação, que, portanto, deve 
ser mantida.
Correta a alternativa A. Alternativa perfeita. A amamentação (drenagem das mamas) faz parte do tratamento 
da mastite.
Incorreta a alternativa B. A amamentação (drenagem das mamas) faz parte do tratamento da mastite.
Incorreta a alternativa C. Apesar de poder haver passagem de bactérias pelo leite, não há indicação de interrupção 
da amamentação. 
Incorreta a alternativa D. A antibioticoterapia preconizada não é incompatível com a amamentação.
3.3 CANDIDÍASE MAMÁRIA
A infecção da mama por Candida sp. é comum no puerpério. Os fatores de risco principais são: presença de 
umidade, lesões mamilares, uso de corticoides, uso de contraceptivos. Em grande parte dos casos, é a própria criança 
que apresenta monilíase oral e transmite o fungo. Não raro, é possível observar placas esbranquiçadas orais no bebê.
Clinicamente, a infecção fúngica manifesta-se com coceira, ardência e sensação de "agulhada" dos mamilos, 
que persiste mesmo após a mamada. A pele na região dos mamilos pode estar irritada, avermelhada, brilhante ou ter 
uma descamação. 
A prevenção baseia-se em manter os mamilos secos e arejados, além de exposição à luz. 
O tratamento da candidíase mamária abrange o tratamento da mãe e do bebê.
Além do tratamento tópico com antifúngicos e do tratamento oral do bebê,há necessidade de correta 
higienização e fervura de bicos artificiais (mamadeiras e chupetas). 
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25Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
3.4 TRAUMAS MAMILARES (FISSURAS)
Os traumas mamilares costumam estar sempre presentes em provas, Estrategista! Então, vamos tratar esse 
tópico com todo carinho.
Quando falamos em traumas mamilares, é imprescindível lembrar de sua relação com 
a técnica inadequada de amamentação.
Outras causas que podem ser citadas são:
• Mamilos desfavoráveis (planos ou invertidos)
• Disfunções orais do bebê
• Freio de língua curto
• Interrupção inadequada da sucção ao retirar do peito
• Uso de cremes ou óleos que propiciem reações alérgicas
• Uso de protetores de mamilo
• Uso incorreto de bombas de extração de leite
As questões adoram cobrar a prevenção e o tratamento dos traumas mamilares, ou as famosas fissuras. Vamos 
lá!
PREVENÇÃO TRATAMENTO
Orientação da técnica correta de 
amamentação.
Orientar o início da mamada pela mama 
menos afetada.
Cuidados para que os mamilos se mantenham 
secos, expondo-os ao ar livre ou à luz, sem 
uso de protetores/intermediários de silicone, 
sempre que possível.
Uso de diferentes posições para amamentar, 
variando os pontos de pressão.
Não uso de produtos que retirem a proteção 
natural (cremes, sabões, gel, etc.).
Prevenção do atrito da área machucada com a 
roupa.
Mamadas frequentes, evitando o 
ingurgitamento mamário.
Uso de analgésicos/anti-inflamatórios.
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26Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Ordenha manual antes da mamada se a mama 
estiver ingurgitada, o que permite uma pega 
adequada.
Introdução do dedo no canto da boca do 
bebê, se for preciso interromper a mamada, 
antes de a criança ser retirada do seio.
Apesar de haver muitos tratamentos para traumas mamilares disponíveis, eles carecem de respaldo científico 
quanto a sua eficácia na literatura. Isso ocorre com os agentes tópicos. Há recomendação de que, se os mamilos 
estiverem com fissuras, sejam enxaguados com água limpa após cada mamada, a fim de evitar infecção. Antibióticos e 
antifúngicos apenas são indicados se houver evidência de infecção.
Tratamentos "a seco" com banho de luz solar, apesar de presentes em alguns protocolos, não estão sendo mais 
recomendados, em razão do risco de queimaduras. 
CAI NA PROVA
(INEP – REVALIDA – 2012) Uma mãe comparece à primeira consulta de Pediatria após 15 dias do nascimento do seu 
primeiro filho. A gestação correu sem intercorrências e o parto foi vaginal, a termo. O bebê nasceu com 3.500 g, Apgar 
de 9 e 10, tendo recebido alta com a mãe em 2 dias. No momento, a mãe mostra-se muito ansiosa e insegura quanto à 
amamentação e tem apresentado dificuldades para amamentar seu filho. Relata que as mamas estão repletas de leite, 
dolorosas e têm fissuras e sangramento frequentes. Além disso, o bebê chora muito e fica irritado pela dificuldade em 
mamar. O pediatra observa que a criança está em excelente estado geral e já superou o peso de nascimento. 
Tendo em vista as vantagens do aleitamento materno, a mãe deve ser estimulada a mantê-lo, a despeito dessas 
dificuldades iniciais, com a recomendação de
A) lavar as mamas a cada mamada, para evitar infecções, e fazer aplicação tópica de creme de corticosteroide.
B) limitar o tempo de mamada a 20 minutos e, caso a criança chore, oferecer complemento com fórmula infantil.
C) oferecer complemento com fórmula infantil a cada 3 horas, para compensar a dificuldade nas mamadas, e usar 
protetor de seio materno.
D) expor a mama ao sol de 10 a 15 minutos, duas vezes ao dia, visando evitar as rachaduras e, consequentemente, 
sangramento no bico do seio.
E) estabelecer horários fixos de mamadas a cada 3 horas, de modo a disciplinar a criança, evitando que ela mesma 
tenha horários aleatórios para alimentação.
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27Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
COMENTÁRIOS:
 Vamos lá, Estrategista! Temos, aqui, uma questão antiga, mas que nos permite revisar alguns conceitos. 
Nessa questão, temos a queixa clássica da primeira consulta de puericultura – as dificuldades relacionadas à 
amamentação e a presença de fissuras. Nosso papel será reorientar a técnica correta, as medidas de tratamento e a 
prevenção das fissuras mamilares e do ingurgitamento, bem como proteger o aleitamento materno exclusivo nessa 
fase da vida. Repare que o lactente está em bom estado geral e já recuperou o peso de nascimento!
 Vamos analisar as alternativas:
Incorreta a alternativa A. Não há nenhuma indicação de uso de cremes de corticoide nesse contexto. Eles podem 
inclusive prejudicar a barreira natural da pele dos mamilos e favorecer mais fissuras.
Incorreta a alternativa B. A ideia é justamente a oposta: promover o aleitamento materno exclusivo em livre-
demanda e, assim, prevenir o ingurgitamento mamário.
Incorreta a alternativa C. O lactente está com bom ganho ponderal. A ideia é justamente a oposta: promover o 
aleitamento materno exclusivo em livre-demanda e, assim, prevenir o ingurgitamento mamário. O uso de protetores 
também é deletério e pode propiciar o aparecimento de fissuras.
Correta a alternativa D. Apesar de presente em manuais do Ministério da Saúde como estratégia de prevenção 
de fissuras, precisamos ter bastante cuidado com relação à exposição solar e sua relação com queimaduras. É essencial 
que os mamilos se mantenham secos e arejados como estratégia preventiva, mas, em lesões já estabelecidas, o 
tratamento “a seco” tem sido cada vez menos indicado para promover a cicatrização de lesões existentes.
Incorreta a alternativa E. A ideia é justamente a oposta: promover o aleitamento materno exclusivo em livre-
demanda e, assim, prevenir o ingurgitamento mamário.
3.5 O "POUCO LEITE"
Já conversamos que, na maioria das vezes, a percepção materna de “pouco leite” ou “leite fraco” está equivocada. 
A imensa maioria das mulheres tem condições biológicas de produzir leite para atender às demandas de seu filho.
Existem, no entanto, alguns indícios que apontam para uma ingesta hídrica insuficiente:
• O bebê que não está saciado após a mamada ou permanece extremamente irritado.
• Redução do número de diureses (abaixo de 6-8 ao dia, em menor quantidade ou urina concentrada).
• Evacuações infrequentes, com fezes em pequena quantidade.
• Ganho de peso insuficiente.
Repare que é um conjunto de fatores que precisam ser analisados de forma objetiva. Sem dúvida, a má pega, 
com remoção deficiente de leite, está bastante associada a essa intercorrência. Além dela: mamadas em horários 
predeterminados, uso de complemento ou bicos artificiais ou até mesmo sucção deficiente pelo bebê (disfunções 
orais, hipotonia, etc.) podem ser citados como causas.
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28Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Além da abordagem caso a caso, são medidas iniciais:
• Melhorar a técnica da mamada e a pega do bebê.
• Aumentar a frequência das mamadas.
• Oferecer as duas mamas a cada mamada, dando tempo suficiente para drenagem.
• Evitar o uso de mamadeiras, chupetas e intermediários de silicone.
 Vamos falar um pouquinho da "polêmica chupeta"?
O principal problema relacionado ao uso de chupetas é sua relação com o desmame precoce, por meio 
da chamada "confusão de bicos". Além de interferir na amamentação, o uso de chupeta está associado à 
maior ocorrência de: candidíase oral, otite média aguda e alterações do palato e da arcada dentária.
Portanto,se chupeta estiver em alguma alternativa de sua questão sobre aleitamento materno, pode 
eliminar prontamente esse item!
4.0 CONTRAINDICAÇÕES AO ALEITAMENTO MATERNO 
CAPÍTULO
Estrategista, agora, chegamos a um tópico também muito cobrado em provas do Revalida! Então, venha comigo 
para ter esse assunto "na ponta do lápis" na hora de assinalar a resposta correta em sua prova teórica! 
4.1 CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS
As contraindicações absolutas do aleitamento materno são raras, por isso é necessário que você saiba na ponta 
da língua:
• Filhos de mães infectadas pelo HIV.
• Filhos de mães infectadas por HTLV I e HTLV II.
• Lactente portador de galactosemia.
• Uso materno de medicamentos incompatíveis com a amamentação: antineoplásicos, radiofármacos, 
amiodarona, lítio, ergotaminas, alguns imunossupressores e alguns antimicrobianos.
Repare, Estrategista, que a única condição do bebê que contraindica de forma absoluta a amamentação é a 
galactosemia.
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29Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
4.2 SITUAÇÕES QUE REQUEREM INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DA 
AMAMENTAÇÃO
Agora, nós falaremos daquelas situações que requerem interrupção temporária ou apresentam alguma ressalva 
ou restrição. Venha comigo!
 ✓ VARICELA: se a mãe apresentar vesículas cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, há 
necessidade de isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. O recém-nascido 
deverá receber a imunoglobulina em até 96 horas. A mãe poderá ordenhar o leite e este poderá ser 
oferecido ao RN.
 ✓ INFECÇÃO HERPÉTICA: se a mãe tiver lesões ativas na pele da mama, o aleitamento deverá continuar 
apenas na mama sadia.
 ✓ DOENÇA DE CHAGAS: na doença ativa ou no sangramento mamilar evidente.
 ✓ DROGAS DE ABUSO: a Academia Americana de Pediatria contraindica o aleitamento se há consumo 
de anfetaminas, cocaína, heroína, maconha e fenciclidina. O Ministério da Saúde orienta que mães 
que usam essas substâncias por períodos curtos devem considerar a possibilidade de evitar, apenas 
temporariamente, a amamentação. Existem recomendações, por alguns autores, de tempo de interrupção. 
Entretanto, há sempre a orientação de evitar tais substâncias e avaliar individualmente risco da droga x 
benefício de manter o aleitamento. Drogas lícitas (álcool e tabaco) também devem ser evitadas durante a 
amamentação, mas as nutrizes tabagistas são orientadas a manter a amamentação, em razão do benefício 
superior ao risco.
 ✓ PSICOSE PUERPERAL GRAVE E DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS: deve-se sempre ponderar o risco ao bebê e a 
possibilidade de mamadas supervisionadas.
 ✓ VACINA PARA FEBRE AMARELA: há a recomendação de interrupção do aleitamento materno por 10 dias 
caso a mãe de bebê com idade inferior a 6 meses precise ser vacinada.
Vamos ajudar com um mnemônico? “Vida, por favor!”.
V = VARICELA
I = INFECÇÃO HERPÉTICA
D = DOENÇA DE CHAGAS
A = ABUSO
Por = PSIQUIATRIA
Favor = FEBRE AMARELA (VACINA)
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30Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
4.3 SITUAÇÕES EM QUE O ALEITAMENTO É LIBERADO
 Chegamos, agora, às situações que caem bastante em prova, Estrategista: aquelas situações em que o 
aleitamento materno pode continuar, com ou sem algum cuidado específico, e constituem falsas contraindicações. 
Vamos a elas:
 ✓ TUBERCULOSE: essa talvez seja a campeã 
deste tópico em provas do Revalida. É 
recomendado que as mães que ainda não 
iniciaram o tratamento, ou ainda sejam 
bacilíferas, amamentem usando máscara. 
Repare que não existe contraindicação à 
amamentação. Não há transmissão pelo 
leite materno. 
 ✓ HEPATITE B: não há contraindicação ao 
aleitamento materno. Com o uso da vacina 
e da imunoglobulina, é praticamente zerado 
o risco de transmissão pelo leite materno.
 ✓ HEPATITE C: não há contraindicação 
ao aleitamento materno, pois não há 
comprovação de transmissão pelo leite. 
Deve-se tomar cuidado com a presença de 
fissuras que possam propiciar o contato do 
bebê com o sangue materno.
 ✓ HANSENÍASE: não há contraindicação ao 
aleitamento materno, pois a transmissão 
depende de contato íntimo e prolongado 
com bacilífero sem tratamento. A 
orientação é manter o aleitamento e iniciar 
o tratamento.
 ✓ CITOMEGALOVIROSE: apesar da excreção 
do vírus no leite, não há contraindicação ao 
aleitamento materno em recém-nascidos 
termos. Deve-se considerar a pasteurização 
do leite para bebês prematuros com < 32 
semanas de idade gestacional e/ou peso de 
nascimento < 1.500 gramas, que podem vir 
a desenvolver sintomas da doença. 
 ✓ RESFRIADO COMUM E COVID-19: não há 
contraindicação ao aleitamento materno. 
No caso específico da covid-19, há 
recomendação de que a mãe amamente 
utilizando máscara e evitando contato 
próximo com o recém-nascido fora desses 
momentos.
 ✓ ERROS INATOS DO METABOLISMO: há 
necessidade de avaliação caso a caso em 
conjunto com especialista e nutricionista. 
No caso da fenilcetonúria, por exemplo, o 
aleitamento materno pode ser mantido, 
mas não de forma exclusiva.
Veja como isso cai na prova:
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31Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
CAI NA PROVA
(UFMT – REVALIDA – 2019) Carolina, com diagnóstico recente de Tuberculose Pulmonar já há uma semana, em 
tratamento com o esquema RIPE, mãe do RN Afonso, quer amamentar o bebê. Qual é a orientação a ser dada, em 
relação à amamentação e à doença?
A) Não amamentar e iniciar o esquema tríplice ao RN.
B) Não amamentar e esperar até que a mãe se torne não contagiante.
C) Iniciar isoniazida no RN e amamentar com máscara.
D) Aplicar BCG no RN e amamentar com máscara.
COMENTÁRIO:
 Vamos lá, querido(a) Revalidando(a)! Como vimos, a tuberculose, mesmo bacilífera, não constitui 
contraindicação ao aleitamento materno. A mãe deve ser orientada a amamentar utilizando máscara. Quanto ao 
bebê, ele não recebe BCG após o nascimento e inicia isoniazida por 3 meses.
Incorreta a alternativa A. A amamentação não é contraindicada. O RN iniciará isoniazida e não receberá BCG.
Incorreta a alternativa B. A amamentação não é contraindicada, mesmo em mãe bacilífera. Ela deve amamentar 
utilizando máscara. 
Correta a alternativa C. A amamentação deve ser mantida com o uso de máscara. O bebê não receberá BCG e 
iniciará isoniazida. 
Incorreta a alternativa D. A amamentação deve acontecer com máscara, mas o RN não deverá receber a BCG ao 
nascimento.
5.0 O RETORNO DA MÃE AO TRABALHO E O 
ALEITAMENTO MATERNO 
Esse, Estrategista, é mais um tema que já foi cobrado em prova teórica do Revalida e é também um tópico 
“bastante quente” para aparecer em estações práticas. 
Sabemos que o momento em que a mãe retorna ao trabalho pode ser um obstáculo/dificultador da manutenção 
do aleitamento materno. É justamente por isso que as orientações dadas pela equipe da saúde se tornam tão 
importantes para a proteção da continuidade do aleitamento.
Como vimos, apesar do retorno da mãe ao trabalho:
A recomendação é que o aleitamento materno se mantenha de forma exclusiva até o sexto mês de vida 
do bebê.
CAPÍTULO
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32Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
5.1 ORDENHA E ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO
 A primeira orientação deve ser dada antes da programação de retorno ao trabalho. E por quê? Porque a mãe 
precisa começar a preparar o estoque de leite materno ordenhado a tempo!
É recomendado que o estoque de leite materno ordenhado seja iniciado 15 dias antes do retornoda 
mãe ao trabalho.
 Além dessa orientação preciosa, algumas outras orientações são importantíssimas nesse período:
• A mãe deve ser orientada a amamentar com frequência quando estiver em casa com a criança.
• A mãe também deve ser estimulada a esvaziar frequentemente as mamas quando estiver no 
trabalho. Lembre-se de que as mamas são verdadeiras fábricas, e o leite é produzido conforme existe 
o esvaziamento.
• Sempre que possível, bicos artificiais (chupetas, mamadeiras), que sabidamente prejudicam o 
processo de amamentação, devem ser evitados.
E como deve ser a ordenha do leite materno? Atenção aqui: nós usaremos como fonte as orientações do 
Ministério da Saúde neste momento. Entidades internacionais têm outras orientações, mas que não são cobradas na 
prova. Acompanhe comigo as dicas no quadrinho a seguir:
 ✓ A ordenha deve preferencialmente ser feita com a técnica manual.
 ✓ Deve ser realizada a higienização adequada das mãos no momento da ordenha. Não há necessidade 
de lavagem dos seios com frequência.
 ✓ Devem ser utilizados frascos preferencialmente de vidro e com tampa plástica. Eles devem ser 
submetidos à higienização e fervura por pelo menos 20 minutos.
 ✓ Cada frasco deverá ser etiquetado com a data e a hora da coleta.
 ✓ Caso o frasco não fique totalmente cheio durante a coleta, ele pode ser completado no mesmo 
dia. Mas atenção: deve sempre ser considerado o horário da primeira coleta para contar o tempo para uso 
do leite ordenhado nesse frasco.
Uma vez ordenhado, precisamos lembrar de como esse leite deve ser armazenado. Esse é o tópico mais cobrado 
nas provas.
 Vamos, agora, às principais orientações a serem dadas à mãe:
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33Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
 ✓ Após terminada a coleta, o frasco deve ser fechado e guardado imediatamente no congelador ou no 
freezer se não for oferecer para a criança.
 ✓ O frasco deve permanecer na posição vertical e não deve permanecer na porta da geladeira, pois 
esse local sofre maior instabilidade térmica.
E quanto tempo dura o leite materno ordenhado? Essa informação você precisa gravar!
Em temperatura ambiente: durabilidade fugaz, no máximo 1-2 horas.
Em geladeira: durabilidade de 12 horas.
 No freezer: durabilidade de 15 dias.
Vamos ajudar com um mnemônico?
AR – GELA12 – FREEZA15 = em temperatura ambiente é rápido; em geladeira, 12 horas; em freezer, 15 dias!
5.2 A OFERTA DE LEITE ORDENHADO AO LACTENTE 
Não é difícil imaginar que a oferta do leite 
materno ordenhado ao bebê também necessite de 
alguns cuidados, não é mesmo?
O primeiro deles é: o leite materno ordenhado 
deve ser descongelado e aquecido em banho-maria, 
nunca em micro-ondas ou diretamente no fogo. 
Outra regra de ouro: uma vez descongelado, caso não 
seja utilizado todo o volume, o leite não poderá ser 
novamente congelado!
E agora, Estrategista, a “cereja do bolo” para as 
provas: o leite materno ordenhado deve ser oferecido 
ao lactente preferencialmente em copo, xícara ou 
colher, evitando bicos artificiais (mamadeira). 
X
Veja como esse assunto já caiu em prova do Revalida:
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34Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
CAI NA PROVA
(INEP – REVALIDA – 2016) Uma lactente com 4 meses de vida é atendida em consulta de Puericultura na Unidade 
Básica de Saúde. A mãe, que a está amamentando exclusivamente ao seio, não apresenta nenhuma queixa e informa 
que voltará a trabalhar em 15 dias, já tendo sido orientada quanto à ordenha. Por ter bastante leite, a mãe pretende 
estocá-lo para que seja ofertado a sua filha no período em que estiver trabalhando. Nessa situação, a mãe deve ser 
informada de que o leite pode ser armazenado em:
A) A Freezer, por até 15 dias.
B) B Freezer, por até 30 dias.
C) C Geladeira comum, por até 48 horas.
D) D Geladeira comum, por até 72 horas.
COMENTÁRIO:
Vamos lá, Estrategista! Essa questão é clássica e bastante direta sobre a durabilidade do leite materno ordenhado. 
Aqui vale o mnemônico AR – GELA12 – FREEZA15 para acertar qualquer questão desse tipo.
Correta a alternativa A. Como vimos, a durabilidade do leite materno ordenhado em freezer é de 15 dias.
Incorreta a alternativa B. A durabilidade em freezer é de 15 dias. 
Incorreta a alternativa C. A durabilidade em geladeira é de 12 horas. 
Incorreta a alternativa D. A durabilidade em geladeira é de 12 horas.
CAPÍTULO
6.0 A COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
Como está a leitura até aqui, futuro(a) Revalidado(a)? Foi um longo percurso, mas eu tenho uma boa notícia: 
chegamos ao último tópico deste livro. Apesar de último, ele é bastante importante, e preciso de toda sua atenção para 
finalizarmos esse assunto com maestria!
Vamos conversar, agora, sobre a composição do leite materno, suas propriedades, e o que faz com que ele seja 
tão especial. Está pronto?
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35Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
6.1 AS CARACTERÍSTICAS DO LEITE MATERNO
O primeiro conceito interessante é que, apesar de diferenças culturais e de alimentação, a composição do leite 
materno é bastante similar a todas as mulheres do mundo. Para que haja uma sensível alteração na composição do 
leite em situações de desnutrição, por exemplo, é necessário que seja uma desnutrição grave.
A composição do leite materno varia conforme os dias passam em relação ao nascimento. Observe:
Colostro Leite 
de transição
Leite 
maduro
 O colostro é o primeiro leite secretado após o nascimento. É o leite que vem antes da apojadura. Ele é 
riquíssimo em proteínas e fatores imunológicos, sendo considerado a "primeira vacina do bebê". Por outro lado, ele 
é pobre em gorduras. O leite de transição é aquele secretado após a apojadura e mantém-se até a segunda semana de 
vida do bebê. Já o leite maduro é aquele presente após a segunda semana de nascimento.
 Vamos analisar, na tabela a seguir, as diferenças entre o colostro e o leite maduro:
COLOSTRO LEITE MADURO
CALORIAS ↓ ↑
LIPÍDEOS ↓ ↑
PROTEÍNAS ↑ ↓
LACTOSE ↓ ↑
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36Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
Além de ser rico em proteínas, para a prova, você precisa lembrar que o 
colostro é rico em fatores imunológicos, vitaminas e minerais. 
 ATENÇÃO! É importante também que você saiba que o leite materno altera em sua composição dentro de 
uma mesma mamada. O leite anterior é mais rico em água e proteínas, e o leite posterior é mais rico em lipídeos e 
calorias, dando saciedade ao bebê.
Agora é aquele momento de você checar comigo como esse conteúdo é cobrado nas 
provas!
CAI NA PROVA
(UFMT – REVALIDA – 2013 ) O leite humano, além de alimento de qualidade inquestionável, possui ação de proteção 
contra infecções. Para tanto, contém uma série de elementos, alguns já perfeitamente identificáveis, como os fatores 
de defesa solúveis e insolúveis. É considerado fator solúvel específico:
A) Fator bífido.
B) Imunoglobulina.
C) Lactoferrina.
D) Lisozima.
Você já ouviu falar das propriedades imunológicas do leite materno?
A IgA secretória é o principal anticorpo do leite, correspondendo a mais de 90% dele. Além dos anticorpos, o 
leite materno contém outros fatores de proteção, tais como células vivas (macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T), 
proteínas (lactoferrina e lisozima), além do fator bífido, um prebiótico natural. O fato bífido, por sua vez, promove o 
crescimento do Lactobacillus bifidus, que dificulta a instalação de bactérias que causam diarreia.
 Atenção a mais um detalheque pode aparecer em provas: esses fatores de proteção podem ser totalmente 
ou parcialmente destruídos pelo calor. A pasteurização do leite, por exemplo, faz com que ele perca essas propriedades 
imunológicas, mas, mesmo assim, é procedimento essencial para a oferta de leite a prematuros.
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37Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
COMENTÁRIO:
Difícil essa questão, não é mesmo? Talvez não difícil, mas um pouco confusa! Repare que todas as alternativas contêm 
fatores de proteção presentes no leite materno. O mais abundante, sem dúvida, é a IgA secretória. Esses anticorpos 
presentes no leite humano são reflexos dos antígenos com que a mãe já teve contato (pelo trato respiratório ou 
gastrointestinal), proporcionando proteção à criança. São considerados específicos. 
Incorreta a alternativa A. A IgA está presente em maior quantidade e é específica.
Correta a alternativa B. A IgA está presente em maior quantidade e é específica.
Incorreta a alternativa C. A IgA está presente em maior quantidade e é específica.
Incorreta a alternativa D. A IgA está presente em maior quantidade e é específica.
6.2 LEITE MATERNO X LEITE DE VACA
 Já vimos como o leite materno é importante e 
como seus fatores bioativos são fundamentais para o 
desenvolvimento saudável do lactente.
 O leite materno é único e direcionado para 
as necessidades do bebê. O leite de mães de recém-
nascidos pré-termos tem composição diferente do leite 
de mães de recém-nascidos termos, por exemplo. Isso 
nos permite compreender como o leite é fabricado 
“sob medida” para o bebê e, por mais que a indústria 
alimentícia tente, criar um produto igual ao leite 
materno é impossível.
 As fórmulas lácteas presentes hoje no 
mercado são modificadas para tornar o leite o mais 
próximo possível do leite materno em sua composição, 
mas sabemos que nunca serão iguais. Repare, na tabela 
a seguir, como o leite de vaca é diferente, em sua 
composição, do leite materno:
LEITE MATERNO LEITE DE VACA
PROTEÍNAS
Rico em proteínas do soro 
(lactoalbumina), com melhor 
digestibilidade.
Em grande quantidade e rico 
em caseína, de difícil digestão.m
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38Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
LEITE MATERNO LEITE DE VACA
LIPÍDEOS
Rico em ácidos graxos essenciais 
(linoleico e alfalinolênico) e de ácidos 
graxos de cadeia longa (ômega 3 e 
ômega 6), com importante papel na 
formação e maturação do sistema 
nervoso central e da retina. 
Deficiente em ácidos graxos 
essenciais e não apresenta 
lipase.
CARBOIDRATOS
Rico em lactose, que deixa as fezes 
mais amolecidas e o pH intestinal mais 
ácido, aumentando a absorção de cálcio 
e exercendo uma importante função 
no desenvolvimento da microbiota 
intestinal. 
Pobre em lactose.
MINERAIS Quantidade adequada.
Excesso de sódio, cálcio, 
fósforo, cloro e potássio.
FERRO
Não é rico, mas tem uma alta 
biodisponibilidade.
Pouca quantidade e baixa 
biodisponibilidade.
VITAMINAS Rico e bem absorvidas. Deficiente e mal absorvidas.
PREBIÓTICOS Rico em oligossacarídeos específicos. Deficiente.
PROBIÓTICOS Rico em Lactobacillus. Deficiente.
FATORES IMUN-
OLÓGICOS
Rico. Ausente.
Muito bem, Estrategista! Assim, concluímos nosso livro de aleitamento materno. Como você pôde observar 
após esta jornada juntos, é um assunto que cai com frequência nas provas do Revalida, portanto ele merece um 
estudo com muito carinho. Quando possível, reveja com calma as questões e faça revisões para a fixação dos temas. 
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39Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
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40Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. MANUAL DE ALIMENTAÇÃO DA INFÂNCIA À ADOLESCÊNCIA – 4ª 
EDIÇÃO REVISADA E AMPLIADA – Departamento Científico de Nutrologia Sociedade Brasileira de Pediatria 2018, 
Brasil.
2. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. 
Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da 
criança: aleitamento materno e alimentação complementar. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias. 2ª edição, 2014. 
5. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Collaborative study team on the role of breastfeeding on the prevention of 
infant mortality: effect of breastfeeding on infant and child mortality due to infectious diseases in less developed 
countries: a pooled analysis. Lancet, v. 355, p. 451-455, 2000.
6. PASSANHA, A. et al. Elementos protetores do leite materno na prevenção de doenças gastrointestinais e 
respiratórias. Journal of Human Growth and Developement, 2010.
7. BOCCOLINI, S. et al. Breastfeeding during the first hour of life and neonatal mortality. Jornal de Pediatria, 2012.
8. VICTORIA, C. G. et al. Pacifier use and short breastfeeding duration: cause, consequence, or coincidence? 
Pediatrics, v. 99, p. 445-453, 1997.
9. WORLD HEALTH ORGANIZATION, United Nations Children's Fund (UNICEF). Baby-Friendly Hospital Initiative. 
Revised, updated and expanded for integrated care Geneva: WHO; 2009.
10. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Nota de alerta: Aleitamento materno em tempos de COVID-19 – 
recomendações na maternidade e após a alta, 2020. 
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41Prof. Mariana Pegoraro | Pediatria | Fevereiro 2022
Aleitamento Materno
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Querido(a) Estrategista,
Chegamos juntos ao final de um capítulo muito importante para sua preparação para a prova de Revalidação. 
Questões abrangendo este tema totalizam cerca de 5% de tudo o que foi cobrado em Pediatria no INEP e na UFMT 
nos últimos 10 anos. Existe grande chance de, em ao menos uma questão de sua prova, algum dos conceitos que 
estudamos hoje ser cobrado.
Minha sugestão agora é que você revise e faça questões envolvendo principalmente estes 5 tópicos:
• Complicações e dificuldades relacionadas ao aleitamento materno;
• Contraindicações do aleitamento materno;
• Técnicas de armazenamento do leite materno ordenhado;
• Composição do leite materno em comparação com o leite de vaca;
• Benefícios do aleitamento materno.
Preparei uma lista de questões para auxiliá-lo nessa revisão. 
Estou aqui para ajudá-lo e tirar suas dúvidas sobre este e os demais temas da Pediatria.
Um abraço,
Professora Mariana Pegoraro.
CAPÍTULO
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	1.0 INTRODUÇÃO AO TEMA 
	1.1 A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO
	1.2 O QUE É PRECONIZADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE
	1.3 ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES
	1.4 O INCENTIVO AO ALEITAMENTO
	2.0 O INÍCIO DO ALEITAMENTO MATERNO 
	2.1 UM POUCO SOBRE FISIOLOGIA
	2.2 A TÉCNICA CORRETA DA AMAMENTAÇÃO
	2.3 O ESTABELECIMENTO DO ALEITAMENTO MATERNO 
	3.0 OS PROBLEMAS RELACIONADOS À AMAMENTAÇÃO 
	3.1 INGURGITAMENTO MAMÁRIO
	3.2 MASTITE LACTACIONAL
	3.3 CANDIDÍASE MAMÁRIA
	3.4 TRAUMAS MAMILARES (FISSURAS)
	3.5 O "POUCO LEITE"
	4.0 CONTRAINDICAÇÕES AO ALEITAMENTO MATERNO 
	4.1 CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS
	4.2 SITUAÇÕES QUE REQUEREM INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DA AMAMENTAÇÃO
	4.3 SITUAÇÕES EM QUE O ALEITAMENTO É LIBERADO
	5.0 O RETORNO DA MÃE AO TRABALHO E O ALEITAMENTO MATERNO 
	5.1 ORDENHA E ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO
	5.2 A OFERTA DE LEITE ORDENHADO AO LACTENTE 
	6.0 A COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
	6.1 AS CARACTERÍSTICAS DO LEITE MATERNO
	6.2 LEITE MATERNO X LEITE DE VACA
	7.0 Lista de questões
	8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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