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09/07/2013 1 Fisiopatologia da Nutrição Obesidade Profa MSc. Gilmara Péres Definição de Obesidade • Distúrbio da composição corporal definido pelo excesso de gordura corporal com várias manifestações clínicas. • É uma epidemia mundial. Aspectos sociais e psicológicos • Descriminação e preconceito com o obeso ▫ Só é gordo quem quer????? ▫ A sociedade “cria os obesos e não os tolera”!!! ▫ O Universo da estética ▫ Lipofobia: uma característica da nossa época ▫ Crianças obesas preguiçosas, feias, burras, sujas e mentirosas? Aspectos sociais e psicológicos • Itália, 1976: 33% dos homens e 47 % das mulheres queriam emagrecer (Fischler, 1995) • EUA, 1992: 33% das mulheres preferiam perder peso a qualquer outro objetivo (Wolf, 1992) • Brasil, 1997 (Porto Alegre): 45,8% das mulheres queriam perder peso. • Por quê perder peso é tão importante, principalmente para as mulheres? Evolução da Obesidade ??? Aspectos históricos • A obesidade já foi associada a beleza. • Momento da vidara : 1890 a 1910 (EUA e França) • Século XIX – Associação negativa entre obesidade e beleza. ▫ O Brasil sofreu influência dos ingleses. • Século XX – a magreza passou a ser positivamente avaliada e representante principalmente da beleza feminina (Europa e EUA). ▫ Já haviam formas milagrosas para combater a obesidade. • Século XXI ... 09/07/2013 2 Aspectos Epidemiológicos Aspectos epidemiológicos • Divulgado em 16/05/2012, o relatório “Estatísticas Mundiais de Saúde 2012”, da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a obesidade é a causa de morte de 2,8 milhões de pessoas por ano. “Hoje, 12% da população mundial é considerada obesa”, disse o diretor do departamento de estatísticas da OMS, Ties Boerma. • O relatório 2012 mostra que no continente americano 26% dos adultos são obesos, sendo a região com maior incidência do problema. No extremo oposto está o Sudeste Asiático, com apenas 3% de obesos. Baseado em dados de 194 países, o departamento de estatísticas da OMS afirma que em todas as regiões do mundo a obesidade duplicou entre 1980 e 2008. • Os dados divulgados alertam, em síntese, para o aumento das doenças não contagiosas ligadas à obesidade: diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares. Elas representam 2/3 das mortes no mundo. O assunto será um dos principais a serem tratados na Assembléia Mundial de Saúde, que acontece de 21 a 26 de maio, em Genebra, Suíça. Fonte: www.abeso.org.br Aspectos epidemiológicos - EUA 09/07/2013 3 09/07/2013 4 09/07/2013 5 E no Brasil? • Inversão de problemas nutricionais. • Transição demográfica (1960 a 1980) • 80 % da população residindo em cidades. • O pais se tornou essencialmente urbano • Desnutrição e fome x Obesidade Aspectos Epidemiológicos 09/07/2013 6 Sedentarismo Socioeconômicos Hereditariedade Elevada Densidade Energética SBD, 2009. Padrão Alimentar Comportamentais Psicológicos Medicamentos Causas Diagnóstico • Avaliação do padrão ouro: ▫ Ressonância magnética ▫ Tomografia computadorizada ▫ DEXA – Absorciometria de raios-x de dupla energia ▫ Ultrassonografia ▫ Bioimpedância ▫ Prega cutânea Diagnóstico • Medidas antropométricas ▫ Massa corporal Peso isolado Peso ajustado à altura ▫ Distribuição de gordura corporal ▫ Combinação Classificação Classificação IMC (Kg/m2) Risco de comorbidades Baixo peso < 18,5 Baixo Normal 18,5 – 24,9 Médio Sobrepeso 25 – 29,9 - Obesidade > 30 Aumentado Classe I 30 -34,9 Moderado Classe II 35 – 39,9 Grave Classe III > 40 Muito grave IMC = peso (kg) estatura (m2) Limitações do IMC • Não distingue massa adiposa de massa magra ▫ Indivíduos mais velhos ▫ Indivíduos musculosos • Não reflete a distribuição de gordura corporal ▫ Gordura visceral x gordura subcutânea x gordura total 09/07/2013 7 Massa adiposa e distribuição de gordura • Pregas cutâneas • Bioimpedância • Ultrassonografia • Tomografia computadorizada • Ressonância magnética • Relação cintura/quadril (H: 0,90 e M: 0,85) • Medida da circunferência abdominal Circunferência abdominal Diferentes grupos étnicos Avaliação combinada Crianças e adolescentes Diagnóstico • Deve-se considerar causas endógenas e exógenas • Curva de peso para a idade • Curva de estatura para a idade • Circunferência abdominal e gordura corporal ▫ C. Abdom > 71cm e %GC > 33% - Alto risco de doenças cardiovasculares ▫ C. Abdom < 61 e %GC < 20% risco mínimo Crianças e adolescentes Diagnóstico • Relação Peso/Estatura ▫ Peso encontrado / peso ideal para altura x 100 90% P/E < 110% - eutrofia 110% P/E < 120% - sobrepeso P/E 120% - obesidade • IMC ▫ CDC – Centers for Disease Control and Prevention (www.cdc.gov/growthcharts) – 2000 Referencial americano ▫ Cole e cols. 2000- Referencial internacional http://www.cdc.gov/growthcharts 09/07/2013 8 Crianças e adolescentes Fatores de risco • Situações associadas a frequência da obesidade: ▫ Obesidade dos pais ▫ Sedentarismo ▫ Peso ao nascer ▫ Aleitamento materno Quanto a distribuição • Andróide ou abdominal • Ginóide ou glútea Causas da Obesidade • Genéticas • Nutricionais • Estilo de vida Etiologia • Idade ▫ Influências pré-natais ▫ Amamentação ▫ Infância ▫ Adolescência ▫ Mulheres adultas ▫ Gravidez ▫ Contraceptivos orais ▫ Menopausa ▫ Homens adultos Etiologia • Estilo de vida sedentário • Dieta • Abandono do tabagismo • Ganho de peso induzido por medicamentos • Fatores étnicos, socioeconômicos e culturais • Fatos psicológicos • Obesidade neuroendócrina • Causas genéticas Conseqüências do sobrepeso e da obesidade para saúde • Diabetes Melito tipo 2 • Hipertensão • Hiperlipidemia e dislipidemia • Cardiopatia aterosclerótica e AVC • Doenças da vesícula biliar • Osteoartrite • Câncer 09/07/2013 9 Fisiopatologia E o que ocorre no tecido adiposo com a obesidade? Tamanho dos adipócitos Número de adipócitos X Adipogênese Tecido Adiposo como tecido endócrino • Na obesidade = aumenta tecido adiposo e aumenta a concentração de adipocinas no sangue, exceto adiponectina • Produção de adipocinas maior na obesidade visceral RESIST. INS HIPERT. ART. HIPERLIPIDEMIA LEPTINA ADIPONECTINA TNF IL6 PCR RESISTINA FATORES DE CRESCIMENTO IL-6 TNF-α PCR Níveis elevados de Proteína C Reativa podem prever a ocorrência de doença cardiovascular Baixo risco PCR<1,0 mg/L; Médio risco ≥ 1,0 e ≤ 3,0 mg/L e Alto risco ≥ 3,0 mg/L IL-8 Aumenta respiração celular e produção de EROs (O2-, H2O2, OH-, NO- ) Macrófagos Leptina Elevada concentração das enzimas óxido nítrico sintase e NADPH oxidase. Estado Inflamatório Sistêmico 09/07/2013 10 Leptina e Obesidade •Hormônio da SACIEDADE • Regula a ingestão alimentar em função das reservas energéticas •Homem: maiores taxas em obesos (contrário animais) ▫ 2 hipótese: Perde seu papel regulador Resistência a leptina Questões • É o índice mais recomendado para o gerenciamento do controle de peso em adultos: ▫ A) IMC ▫ B) % gordura ▫ C) relação cintura quadril ▫ D) Peso/Estatura Questões • Qual é o referencial internacional do IMC de crianças publicado em 2000? ▫ A) NHANES/PED ▫ B) CDC ▫ C) Cole e cols. ▫ D) OMS Questões • Medida antropométrica mais utilizada para estimar percentagem de gordura: ▫ A) peso ▫ B) circunferências ▫ C) altura ▫ D) pregas cutâneas Questões • Qual dos hormônios abaixo é considerado o hormônio da saciedade? ▫ A) Cortisol ▫ B) Insulina ▫ C) Leptina ▫ D) Adiponectina Questões • Dos hormônios abaixo, qual está relacionado com o controle do apetite? ▫ A) ghrelina ▫ B) leptina ▫ C) insulina ▫ D) colecistocinina ▫ E) todos acima e mais alguns09/07/2013 11 O apetite e seu controle • Em condições normais: equilíbrio ingestão gasto energia 02 estímulos anabólicos regulam o início de uma refeição: • FOME: necessidade de ingerir alimentos • APETITE: desejo por alimentos agradáveis, nem sempre necessários. Mecanismos voluntários e involuntários 02 estímulos anabólicos regulam o início de uma refeição: • VOLUNTÁRIOS: vontade de cada pessoa • INVOLUNTÁRIOS: controle do sistema nervoso e hormonal 02 estímulos catabólicos regulam o término de uma refeição: • SATISFAÇÃO: expressa a sensação de fartura que encerra uma refeição; • SACIEDADE: sensação metabólica preeminente, uma vez que expressa a ausência interprandial de qualquer desejo de iniciar uma nova refeição. Fome • É o nome que se dá à sensação fisiológica que o corpo percebe quando necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à vida. • Em casos crônicos, pode resultar em mau desenvolvimento e funcionamento do organismo • Aparece 4 a 6 horas após comer. Mecanismos Controladores da Fome • Influências Ambientais: disponibilidade, clima; • Sistema Nervoso Central: em diferentes partes do hipotálamo e outras áreas do cérebro; 09/07/2013 12 Mecanismos Controladores da Fome • Enfermidades: obesidade, anorexia nervosa, bulimia, doenças mentais, diabetes; • Preferências e Aversões: experiências anteriores, receio de novos alimentos, desejo de determinados alimentos; Mecanismos Controladores da Fome • Influências Sociais: cultura, religião; • Fatores Emocionais: estresse, humor; • Outros Sistemas Corporais: fígado, tecido adiposo, hormônios, estômago; • Efeitos Farmacológicos: drogas supressoras do apetite, medicamentos. Fatores que afetam a Fome: • Desencadeada por mensageiros químicos originados e atuantes no cérebro Hipotálamo • Forte estimulador do apetite Neuropeptídeo Y • Tamanho e Composição da Refeição precedente Refeição Fatores que afetam a Fome: • Calor = reduz a fome • Frio = aumenta a fome Clima • Efeito anorexígeno • Efeito orexígeno Doenças Consequências da Ingestão de Alimentos: Fome excessiva em alguns dias Diminuição da fome em pouco tempo (adaptação) Após algum tempo, a fome leva a surtos de comer em excesso Capacidade de adaptação do estômago Apetite • Desejo psicológico de comer • Motivação aprendida • Sensação positiva que acompanha a visão, odor ou o pensamento de alimentos atraentes 09/07/2013 13 Apetite Apetite • Intensifica a fome • Fome sem apetite Fatores que afetam o Apetite • Preferências, aversões e horários aprendidos • Condições ambientais • Apetites inatos (preferências por doce, salgado...) • Estado de doenças • Drogas Estruturas Controladoras • Ingestão alimentar • Gasto energético • Hipotálamo 09/07/2013 14 Controle Neural Central Sinais Periféricos Estado de Energia e Adiposidade Hipotálamo Ingestão ou Gasto de Energia Orexígenos e Anorexígenos • Nos núcleos hipotalâmicos, especialmente no núcleo arqueado, existem 02 populações de neurônios: • Neurônios orexígenos = ingestão de alimentos • Neurônios anorexígenos = ingestão de alimentos Orexígenos e Anorexígenos • Neurônios orexígenos = neuropeptídeo Y (NPY) e o peptídeo agouti (AgRP) • Neurônios anorexígenos = hormônio alfa-melanócito estimulador (α- MSH) e o transcrito relacionado à cocaína e à anfetamina (CART). Interação: Neurônios Neuropeptídeos Sinais Periféricos Controle da Ingestão e Gasto Energético Fatores Intestinais • A absorção ou mesmo a presença de alimentos no TGI, contribui para modulação do apetite e regulação de energia • Células secretoras de peptídeos • Regulam o processo digestivo combinado a outros sinais • Atuam no SNC fome e saciedade Fatores Intestinais • Secretina, Grelina, Colecistoquinina K são hormônios gastrointestinais 09/07/2013 15 Grelina • Secretada pelas células A/X da mucosa gástrica • Um dos mais importantes sinalizadores para o início da ingestão alimentar • Concentração elevada nos períodos de jejum e nos que antecedem as refeições Grelina • Concentração diminui imediatamente após a alimentação controle neural • Estimula neurônios orexígenos • Diminui o gasto energético • Estimula as secreções digestivas e a motilidade gástrica Grelina • Infusão de grelina exógena pode aumentar em 30% a ingestão alimentar Suprimir a saciedade pós- prandial Colecistoquinina K • Descoberta no início dos anos 1970 • Peptídeo que atua na promoção da saciedade prandial • Liberada pelas células I do TGI, em resposta à presença de gordura e proteína • Sinal de saciedade relacionada à alimentação Colecistoquinina K • Desencadeia o término da ingestão • Inibe a ingestão alimentar • Efeito indutor sobre a secreção biliar e pancreática • Induz a contração da vesícula biliar e o esvaziamento gástrico Colecistoquinina K • Juntamente com a secretina, aumenta a contração do esfíncter pilórico, impedindo o refluxo gastroduodenal 09/07/2013 16 Colecistoquinina K • É responsável pelo relaxamento do esfíncter de Oddi (segunda porção do duodeno) • O aumento de sua secreção ocorre pela presença de aminoácidos aromáticos no duodeno Peptídeo YY (PYY) • Secretado principalmente no íleo e no cólon • Expresso pelas células da mucosa intestinal • Diminui a motilidade intestinal e • Aumenta a saciedade Inibe a ingestão Peptídeo YY (PYY) • Regulação neural seus níveis plasmáticos aumentam quase que imediatamente após a ingestão alimentar • Obesos = apresentam menor elevação dos níveis de PYY pós-prandial • Especialmente em refeições noturnas • Aumenta a ingestão calórica ! Peptídeo YY (PYY) • Em ratos = O PYY parece diminuir a ingestão alimentar em 40% Diminui a concentração de grelina Oxintomodulina (OXM) • Supressor da ingestão alimentar a curto prazo • Secretado na porção distal do intestino • Age diretamente nos centros hipotalâmicos: Diminuir o apetite e ingestão calórica Diminuir os níveis séricos de grelina Oxintomodulina (OXM) • Atua principalmente após condições especiais Após a cirurgia bariátrica • A longo prazo a administração reduz a ingestão alimentar e o ganho de peso • Seu uso em humanos reduz o consumo energético em 25% • Potente terapia anti-obesidade 09/07/2013 17 Fatores Endócrinos e Adipocitários • A homeostase energética é controlada por um sistema neuro- humoral que minimiza os impactos das pequenas flutuações no balanço energético • A leptina e a insulina são elementos críticos desse controle • São secretadas em proporção à massa adiposa Leptina • Produzida no tecido adiposo branco = função endócrina dos adipócitos • Atua nos receptores do hipotálamo para promover saciedade e regular balanço energético Leptina • Elevação no plasma = inibição da ingestão energética • Atua no SNC através de mediadores como o NPY e o AgRP • Também pelo hormônio liberador de corticotropina (CRH), o hormônio estimulador dos melanócitos (MSH), a colecistoquinina K (CKK) etc Leptina • Os níveis circulantes refletem o balanço e a reserva energética do organismo • Os níveis variam durante o dia • Podem diminuir sem qualquer alteração na massa adiposa Leptina • Sabe-se que: tecido adiposo: aumenta a leptina circulante tecido adiposo: diminui a leptina circulante Leptina • Porém, em obesos: Resistênciaà ação da leptina SACIEDADE O obeso continua a ingerir alimentos 09/07/2013 18 Leptina • O aumento da concentração de grelina diminui a concentração de leptina e vice-versa Leptina Grelina Insulina • Produzida pelas células beta do pâncreas • Concentração sérica tbm proporcional à adiposidade • Efeito anabólico: • captação de glicose • glicemia Estímulo ao apetite Insulina • Por outro lado, experimentos evidenciam: Função essencial no SNC para incitar a saciedade, aumentar o gasto energético e regular a ação da leptina ! • Interfere na secreção de entero-hormônios como o glucagon-like- peptide (GLP 1) Insulina • Aumenta GLP 1 inibe o esvaziamento gástrico Sensação de saciedade prolongada Insulina • Em obesos: Resistência à ação da insulina SACIEDADE O obeso continua a ingerir alimentos Tratamento da Obesidade • Devemos administrar hormônios que promovam a saciedade, como a insulina e a leptina? 09/07/2013 19 Tratamento da Obesidade NÃO: • Resistência à ação dos hormônios • Fome rebote e aumento dos estoques de gordura Neurotransmissor = SEROTONINA • É uma indolamina, produto da hidroxilação e carboxilação do aminoácido triptofano • É um neurotransmissor e serve para conduzir a transmissão de um neurônio a outro • Também denominada de 5-HT Neurotransmissor = SEROTONINA • Secretada por neurônios serotonérgicos e age em receptores de neurônios pós-sinápticos • Suas concentrações no cérebro estão relacionadas a alterações de comportamento e humor, ansiedade, agressividade, depressão, sono, fadiga e supressão do apetite Neurotransmissor = SEROTONINA • Alterações nos níveis de 5-TH (baixos níveis ou problemas na sinalização com o receptor) Aumentam o desejo de comer doces e carboidratos Neurotransmissor = SEROTONINA • Quantidades normais A pessoa atinge mais facilmente a saciedade Maior controle na ingestão de açúcares Neurotransmissor = SEROTONINA • Níveis adequados no cérebro DEPENDEM: Ingestão alimentar de triptofano (aminoácido precursor da serotonina) e de carboidratos Leite e iogurte desnatado, Queijo branco, Nozes, castanha, soja Banana, abacate Arroz, batata, Feijão, lentilha, Legumes, Mel 09/07/2013 20 Neurotransmissor = SEROTONINA • Sistema serotonérgico tem sido alvo para o controle de peso • Medicamentos que inibem a recaptação de 5-HT são cada vez mais utilizados para emagrecer • Intensificam o poder da saciedade na pós-ingestão e pós-absorção de alimentos Cascata de Regulação Escores de saciedade dos alimentos Participação dos Minerais na Obesidade • Participam: Metabolismo energético Secreção e ação da insulina • Estão mal distribuídos nos tecidos de animais obesos • A obesidade está associada à diminuição drástica de minerais em vários tecidos. Cálcio (Ca) • Baixa ingestão de Ca: Problema Mundial Associa-se com Doenças Crônicas (osteoporose, hipertensão arterial, câncer de cólon e mama...) • Elevada ingestão de Ca: Diminuição do risco de tais doenças Associa-se com menor peso corporal (KAMICHEVA et al, 2002; VASKONEN, 2003) 09/07/2013 21 Ca Resistência à Insulina Obesidade Hipertensão (VASKONEN, 2003) Fator de Ligação Regulação do [Ca 2+]i • Pessoas obesas têm concentrações maiores de [Ca 2+]i • Regulação parcial pelos hormônios calcitrópicos, por sua vez controlados pelo Ca dietético • Vitamina D e Paratormônio aumentam a [Ca 2+]i em culturas de adipócitos humanos • [Ca 2+]i regula a lipogênese e a lipólise (PARIKH e YAHOVSKI, 2003; VASKONEN, 2003) PTH adipócito Ca A Lipólise Fosfodiesterase 3B AMPc Lipase Hormônio Sensível Lipogênese Ácido Graxo Sintase PTH adipócito Ca A Lipólise Fosfodiesterase 3B AMPc Lipase Hormônio Sensível Lipogênese Ca Ca Ca Ca Ca Suplementação “Regulação da adiposidade pelo cálcio dietético” (ZEMEL, MB et al. FASEB, v.14, p. 1132-8, 2000) • Análise de camundongos transgênicos • Modelo normal de expressão da leptina • Atividade semelhante a encontrada em humanos • Duração: 6 semanas I II III IV Dieta basal Dieta basal Dieta basal enriquecida em Dieta basal enriquecida em Sacarose (única fonte de CHO) suplementada com laticínios. 25% da proteína laticínios. 50% da proteína Gordura (25% do VET) CaCO3 foi substituída por Leite em pó sem gordura foi substituída por Leite em pó sem gordura Nível subótimo de Ca (0,4%) Nível de Ca da dieta (1,2%) Nível de Ca da dieta (1,2%) Nível de Ca da dieta (2,7%) “Regulação da adiposidade pelo cálcio dietético” (ZEMEL, MB et al. FASEB, v.14, p. 1132-8, 2000) 09/07/2013 22 I II III IV Ganho de Peso Aumentado em 24% Reduzido em 26% Reduzido em 29% Reduzido em 39% Atividade da Ácido Graxo Sintase Aumentado em 2,6 x Atenuado Atenuado Atenuado Lipólise Redução de 67% Estimulada em 3,4 x Estimulada em 4,1 x Estimulada em 5,2 x • Dietas ricas em Ca: Causaram redução de 36% do tecido adiposo abdominal, perirrenal, subescapular e do epidídimo. Resultados Relação entre consumo de laticínios e composição corporal de crianças de 2 a 5 anos (CARRUTH e SKINNER, 2001) Recordatório de 24 hs Medidas de peso e altura 6 meses Relação entre maior ingestão de Ca (mg/dia), maior número de porções diárias de laticínios e menor conteúdo de gordura corporal Avaliação de adultos com idade entre 20 e 65 anos (235 homens e 235 mulheres) (JACQMAIN et al, 2003) A (<600 mgCa/d) B (600-1000 mgCa/d) C (>1000 mgCa/d) Nas mulheres: peso, % gordura, massa gorda, IMC. Circunferência da cintura e área do tecido adiposo foram significativamente mais altos no grupo A. Pesquisas em Humanos Obrigada !!! gilmara.peres@hotmail.com