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Aula 08 Impressão Obesidade Fisiopatologia da Nutrição


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09/07/2013 
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Fisiopatologia da Nutrição 
Obesidade 
Profa MSc. Gilmara Péres 
Definição de Obesidade 
• Distúrbio da composição corporal definido pelo excesso de gordura 
corporal com várias manifestações clínicas. 
• É uma epidemia mundial. 
 
 
Aspectos sociais e psicológicos 
• Descriminação e preconceito com o obeso 
▫ Só é gordo quem quer????? 
▫ A sociedade “cria os obesos e não os tolera”!!! 
▫ O Universo da estética 
▫ Lipofobia: uma característica da nossa época 
▫ Crianças obesas  preguiçosas, feias, burras, sujas e mentirosas? 
 
Aspectos sociais e psicológicos 
• Itália, 1976: 33% dos homens e 47 % das mulheres queriam emagrecer 
(Fischler, 1995) 
• EUA, 1992: 33% das mulheres preferiam perder peso a qualquer outro 
objetivo (Wolf, 1992) 
• Brasil, 1997 (Porto Alegre): 45,8% das mulheres queriam perder peso. 
• Por quê perder peso é tão importante, principalmente para as 
mulheres? 
 
Evolução da Obesidade ??? Aspectos históricos 
• A obesidade já foi associada a beleza. 
• Momento da vidara : 1890 a 1910 (EUA e França) 
• Século XIX – Associação negativa entre obesidade e beleza. 
▫ O Brasil sofreu influência dos ingleses. 
• Século XX – a magreza passou a ser positivamente avaliada e 
representante principalmente da beleza feminina (Europa e EUA). 
▫ Já haviam formas milagrosas para combater a obesidade. 
• Século XXI ... 
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Aspectos Epidemiológicos 
Aspectos epidemiológicos 
• Divulgado em 16/05/2012, o relatório “Estatísticas Mundiais de Saúde 2012”, da Organização 
Mundial de Saúde (OMS) afirma que a obesidade é a causa de morte de 2,8 milhões de pessoas por 
ano. “Hoje, 12% da população mundial é considerada obesa”, disse o diretor do departamento de 
estatísticas da OMS, Ties Boerma. 
 
• O relatório 2012 mostra que no continente americano 26% dos adultos são obesos, sendo a região 
com maior incidência do problema. No extremo oposto está o Sudeste Asiático, com apenas 3% de 
obesos. Baseado em dados de 194 países, o departamento de estatísticas da OMS afirma que em 
todas as regiões do mundo a obesidade duplicou entre 1980 e 2008. 
 
• Os dados divulgados alertam, em síntese, para o aumento das doenças não contagiosas ligadas à 
obesidade: diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares. Elas representam 2/3 das 
mortes no mundo. O assunto será um dos principais a serem tratados na Assembléia Mundial de 
Saúde, que acontece de 21 a 26 de maio, em Genebra, Suíça. 
Fonte: www.abeso.org.br 
Aspectos epidemiológicos - EUA 
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E no Brasil? 
• Inversão de problemas nutricionais. 
• Transição demográfica (1960 a 1980) 
• 80 % da população residindo em cidades. 
• O pais se tornou essencialmente urbano 
• Desnutrição e fome x Obesidade 
Aspectos Epidemiológicos 
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Sedentarismo 
Socioeconômicos 
Hereditariedade 
Elevada Densidade 
Energética 
SBD, 2009. 
Padrão Alimentar Comportamentais 
Psicológicos 
Medicamentos 
Causas 
Diagnóstico 
• Avaliação do padrão ouro: 
▫ Ressonância magnética 
▫ Tomografia computadorizada 
▫ DEXA – Absorciometria de raios-x de dupla energia 
▫ Ultrassonografia 
▫ Bioimpedância 
▫ Prega cutânea 
 
Diagnóstico 
• Medidas antropométricas 
▫ Massa corporal 
 Peso isolado 
 Peso ajustado à altura 
▫ Distribuição de gordura corporal 
▫ Combinação 
 
Classificação 
Classificação IMC (Kg/m2) Risco de comorbidades 
Baixo peso < 18,5 Baixo 
Normal 18,5 – 24,9 Médio 
Sobrepeso 25 – 29,9 - 
Obesidade > 30 Aumentado 
 Classe I 30 -34,9 Moderado 
 Classe II 35 – 39,9 Grave 
 Classe III > 40 Muito grave 
IMC = peso (kg) 
 estatura (m2) 
Limitações do IMC 
• Não distingue massa adiposa de massa magra 
▫ Indivíduos mais velhos 
▫ Indivíduos musculosos 
• Não reflete a distribuição de gordura corporal 
▫ Gordura visceral x gordura subcutânea x gordura total 
 
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Massa adiposa e distribuição de gordura 
• Pregas cutâneas 
• Bioimpedância 
• Ultrassonografia 
• Tomografia computadorizada 
• Ressonância magnética 
• Relação cintura/quadril (H: 0,90 e M: 0,85) 
• Medida da circunferência abdominal 
 
Circunferência abdominal 
 
Diferentes grupos étnicos 
 
Avaliação combinada 
 
Crianças e adolescentes 
Diagnóstico 
• Deve-se considerar causas endógenas e exógenas 
• Curva de peso para a idade 
• Curva de estatura para a idade 
• Circunferência abdominal e gordura corporal 
▫ C. Abdom > 71cm e %GC > 33% - Alto risco de doenças cardiovasculares 
▫ C. Abdom < 61 e %GC < 20% risco mínimo 
 
Crianças e adolescentes 
Diagnóstico 
• Relação Peso/Estatura 
▫ Peso encontrado / peso ideal para altura x 100 
 90%  P/E < 110% - eutrofia 
 110%  P/E < 120% - sobrepeso 
 P/E  120% - obesidade 
• IMC 
▫ CDC – Centers for Disease Control and Prevention 
(www.cdc.gov/growthcharts) – 2000 Referencial americano 
▫ Cole e cols. 2000- Referencial internacional 
http://www.cdc.gov/growthcharts
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Crianças e adolescentes 
Fatores de risco 
• Situações associadas a frequência da obesidade: 
▫ Obesidade dos pais 
▫ Sedentarismo 
▫ Peso ao nascer 
▫ Aleitamento materno 
 
Quanto a distribuição 
• Andróide ou abdominal 
• Ginóide ou glútea 
Causas da Obesidade 
• Genéticas 
• Nutricionais 
• Estilo de vida 
 
 
Etiologia 
• Idade 
▫ Influências pré-natais 
▫ Amamentação 
▫ Infância 
▫ Adolescência 
▫ Mulheres adultas 
▫ Gravidez 
▫ Contraceptivos orais 
▫ Menopausa 
▫ Homens adultos 
Etiologia 
• Estilo de vida sedentário 
• Dieta 
• Abandono do tabagismo 
• Ganho de peso induzido por medicamentos 
• Fatores étnicos, socioeconômicos e culturais 
• Fatos psicológicos 
• Obesidade neuroendócrina 
• Causas genéticas 
Conseqüências do sobrepeso e da obesidade para saúde 
• Diabetes Melito tipo 2 
• Hipertensão 
• Hiperlipidemia e dislipidemia 
• Cardiopatia aterosclerótica e AVC 
• Doenças da vesícula biliar 
• Osteoartrite 
• Câncer 
 
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Fisiopatologia 
E o que ocorre no tecido adiposo com a obesidade? 
 
 Tamanho dos adipócitos 
 Número de adipócitos 
X 
Adipogênese 
 
Tecido Adiposo como tecido endócrino 
• Na obesidade = aumenta tecido adiposo e aumenta a concentração de 
adipocinas no sangue, exceto adiponectina 
 
• Produção de adipocinas maior na obesidade visceral 
RESIST. INS 
HIPERT. ART. 
HIPERLIPIDEMIA 
 LEPTINA 
 ADIPONECTINA 
 TNF 
 IL6 
 PCR 
 RESISTINA 
 FATORES DE 
CRESCIMENTO 
IL-6 
TNF-α 
PCR 
Níveis elevados de Proteína C Reativa podem 
prever a ocorrência de doença cardiovascular 
Baixo risco PCR<1,0 mg/L; Médio risco ≥ 1,0 e ≤ 3,0 mg/L e Alto risco ≥ 3,0 mg/L 
IL-8 
Aumenta respiração celular e produção de EROs 
(O2-, H2O2, OH-, NO- ) 
Macrófagos 
Leptina 
Elevada concentração das enzimas óxido 
nítrico sintase e NADPH oxidase. 
Estado Inflamatório Sistêmico 
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Leptina e Obesidade 
•Hormônio da SACIEDADE 
• Regula a ingestão alimentar em função das reservas 
energéticas 
•Homem: maiores taxas em obesos (contrário animais) 
▫ 2 hipótese: 
 Perde seu papel regulador 
 Resistência a leptina 
Questões 
• É o índice mais recomendado para o gerenciamento do controle de 
peso em adultos: 
▫ A) IMC 
▫ B) % gordura 
▫ C) relação cintura quadril 
▫ D) Peso/Estatura 
Questões 
• Qual é o referencial internacional do IMC de crianças publicado em 
2000? 
▫ A) NHANES/PED 
▫ B) CDC 
▫ C) Cole e cols. 
▫ D) OMS 
Questões 
• Medida antropométrica mais utilizada para estimar percentagem de 
gordura: 
▫ A) peso 
▫ B) circunferências 
▫ C) altura 
▫ D) pregas cutâneas 
Questões 
• Qual dos hormônios abaixo é considerado o hormônio da saciedade? 
▫ A) Cortisol 
▫ B) Insulina 
▫ C) Leptina 
▫ D) Adiponectina 
Questões 
• Dos hormônios abaixo, qual está relacionado com o controle do 
apetite? 
▫ A) ghrelina 
▫ B) leptina 
▫ C) insulina 
▫ D) colecistocinina 
▫ E) todos acima e mais alguns09/07/2013 
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O apetite e seu controle 
• Em condições normais: 
 
equilíbrio 
ingestão gasto 
energia 
02 estímulos anabólicos regulam o início de uma refeição: 
• FOME: necessidade de ingerir alimentos 
• APETITE: desejo por alimentos agradáveis, nem sempre necessários. 
 
 Mecanismos voluntários e 
 involuntários 
02 estímulos anabólicos regulam o início de uma refeição: 
• VOLUNTÁRIOS: vontade de cada pessoa 
 
• INVOLUNTÁRIOS: controle do sistema nervoso e hormonal 
 
 
02 estímulos catabólicos regulam o término de uma refeição: 
• SATISFAÇÃO: expressa a sensação de fartura que encerra uma refeição; 
 
• SACIEDADE: sensação metabólica preeminente, uma vez que expressa a 
ausência interprandial de qualquer desejo de iniciar uma nova refeição. 
 
Fome 
• É o nome que se dá à sensação fisiológica que o corpo percebe quando 
necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à vida. 
• Em casos crônicos, pode resultar em mau desenvolvimento e 
funcionamento do organismo 
• Aparece 4 a 6 horas após comer. 
Mecanismos Controladores da Fome 
• Influências Ambientais: disponibilidade, clima; 
 
• Sistema Nervoso Central: em diferentes partes do hipotálamo e outras 
áreas do cérebro; 
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Mecanismos Controladores da Fome 
• Enfermidades: obesidade, anorexia nervosa, bulimia, doenças mentais, 
diabetes; 
 
• Preferências e Aversões: experiências anteriores, receio de novos 
alimentos, desejo de determinados alimentos; 
Mecanismos Controladores da Fome 
• Influências Sociais: cultura, religião; 
• Fatores Emocionais: estresse, humor; 
 
• Outros Sistemas Corporais: fígado, tecido adiposo, hormônios, 
estômago; 
• Efeitos Farmacológicos: drogas supressoras do apetite, medicamentos. 
Fatores que afetam a Fome: 
• Desencadeada por 
mensageiros 
químicos originados 
e atuantes no 
cérebro 
Hipotálamo 
• Forte estimulador do 
apetite 
Neuropeptídeo Y 
• Tamanho e 
Composição da 
Refeição precedente 
Refeição 
Fatores que afetam a Fome: 
• Calor = reduz a fome 
• Frio = aumenta a fome 
Clima 
• Efeito anorexígeno 
• Efeito orexígeno 
Doenças 
Consequências da Ingestão de Alimentos: 
Fome excessiva em alguns dias 
Diminuição da fome em pouco tempo (adaptação) 
Após algum tempo, a fome leva a surtos de comer em excesso 
Capacidade de adaptação do estômago 
 Apetite 
• Desejo psicológico de comer 
 
• Motivação aprendida 
 
• Sensação positiva que acompanha a visão, odor ou o pensamento 
de alimentos atraentes 
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 Apetite 
 Apetite 
• Intensifica a fome 
 
• Fome sem apetite 
 Fatores que afetam o Apetite 
• Preferências, aversões e horários aprendidos 
• Condições ambientais 
• Apetites inatos (preferências por doce, salgado...) 
• Estado de doenças 
• Drogas 
 
 Estruturas Controladoras 
• Ingestão alimentar 
• Gasto energético 
 
 
 
• Hipotálamo 
 
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Controle Neural Central 
Sinais Periféricos 
Estado de Energia 
e Adiposidade 
Hipotálamo 
Ingestão ou Gasto 
de Energia 
 Orexígenos e Anorexígenos 
• Nos núcleos hipotalâmicos, especialmente no núcleo arqueado, 
existem 02 populações de neurônios: 
• Neurônios orexígenos = ingestão de alimentos 
• Neurônios anorexígenos = ingestão de alimentos 
 
 Orexígenos e Anorexígenos 
• Neurônios orexígenos = neuropeptídeo Y (NPY) e o peptídeo agouti 
(AgRP) 
 
• Neurônios anorexígenos = hormônio alfa-melanócito estimulador (α-
MSH) e o transcrito relacionado à cocaína e à anfetamina (CART). 
 
 Interação: 
 
 
 
 
Neurônios  
Neuropeptídeos 
Sinais Periféricos 
Controle da 
Ingestão e 
Gasto 
Energético 
 Fatores Intestinais 
• A absorção ou mesmo a presença de alimentos no TGI, contribui 
para modulação do apetite e regulação de energia 
• Células secretoras de peptídeos 
• Regulam o processo digestivo combinado a outros sinais 
• Atuam no SNC  fome e saciedade 
 Fatores Intestinais 
• Secretina, Grelina, Colecistoquinina K são hormônios 
gastrointestinais 
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 Grelina 
• Secretada pelas células A/X da mucosa gástrica 
• Um dos mais importantes sinalizadores para o início da ingestão 
alimentar 
• Concentração elevada nos períodos de jejum e nos que antecedem as 
refeições 
 
 Grelina 
• Concentração diminui imediatamente após a alimentação  controle 
neural 
• Estimula neurônios orexígenos 
• Diminui o gasto energético 
• Estimula as secreções digestivas e a motilidade gástrica 
 Grelina 
• Infusão de grelina exógena pode aumentar em 30% a ingestão 
alimentar 
 
 Suprimir a saciedade pós- 
 prandial 
 Colecistoquinina K 
• Descoberta no início dos anos 1970 
• Peptídeo que atua na promoção da saciedade prandial 
• Liberada pelas células I do TGI, em resposta à presença de gordura e 
proteína 
• Sinal de saciedade relacionada à alimentação 
 
 
 Colecistoquinina K 
• Desencadeia o término da ingestão 
• Inibe a ingestão alimentar 
• Efeito indutor sobre a secreção biliar e pancreática 
• Induz a contração da vesícula biliar e o esvaziamento gástrico 
 Colecistoquinina K 
 
• Juntamente com a secretina, aumenta a contração do esfíncter 
pilórico, impedindo o refluxo gastroduodenal 
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 Colecistoquinina K 
• É responsável pelo relaxamento do esfíncter de Oddi (segunda porção 
do duodeno) 
 
• O aumento de sua secreção ocorre pela presença de aminoácidos 
aromáticos no duodeno 
 Peptídeo YY (PYY) 
• Secretado principalmente no íleo e no cólon 
• Expresso pelas células da mucosa intestinal 
• Diminui a motilidade intestinal e 
• Aumenta a saciedade  Inibe a ingestão 
 Peptídeo YY (PYY) 
• Regulação neural  seus níveis plasmáticos aumentam quase que 
imediatamente após a ingestão alimentar 
• Obesos = apresentam menor elevação dos níveis de PYY pós-prandial 
• Especialmente em refeições noturnas 
• Aumenta a ingestão calórica ! 
 Peptídeo YY (PYY) 
• Em ratos = 
 
 O PYY parece diminuir a ingestão alimentar em 40% 
 Diminui a concentração de grelina 
 Oxintomodulina (OXM) 
• Supressor da ingestão alimentar a curto prazo 
• Secretado na porção distal do intestino 
• Age diretamente nos centros hipotalâmicos: 
 Diminuir o apetite e ingestão calórica 
 Diminuir os níveis séricos de grelina 
 Oxintomodulina (OXM) 
• Atua principalmente após condições especiais  Após a cirurgia 
bariátrica 
• A longo prazo a administração reduz a ingestão alimentar e o ganho 
de peso 
• Seu uso em humanos reduz o consumo energético em 25% 
• Potente terapia anti-obesidade 
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 Fatores Endócrinos e Adipocitários 
• A homeostase energética é controlada por um sistema neuro-
humoral que minimiza os impactos das pequenas flutuações no 
balanço energético 
• A leptina e a insulina são elementos críticos desse controle 
• São secretadas em proporção à massa adiposa 
 Leptina 
• Produzida no tecido adiposo branco = função endócrina dos 
adipócitos 
 
 
 
• Atua nos receptores do hipotálamo para promover saciedade e regular 
balanço energético 
 Leptina 
• Elevação no plasma = inibição da ingestão energética 
• Atua no SNC através de mediadores como o NPY e o AgRP 
• Também pelo hormônio liberador de corticotropina (CRH), o 
hormônio estimulador dos melanócitos (MSH), a colecistoquinina K 
(CKK) etc 
 Leptina 
• Os níveis circulantes refletem o balanço e a reserva energética do 
organismo 
 
• Os níveis variam durante o dia 
 
• Podem diminuir sem qualquer alteração na massa adiposa 
 
 Leptina 
• Sabe-se que: 
 tecido adiposo: 
aumenta a leptina 
circulante 
 tecido adiposo: 
 diminui a leptina circulante 
 
 
 Leptina 
• Porém, em obesos: 
 Resistênciaà ação da leptina 
 
 
 
 SACIEDADE 
 
O obeso continua a ingerir alimentos 
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 Leptina 
• O aumento da concentração de grelina diminui a concentração de 
leptina e vice-versa 
 
 
 
Leptina 
Grelina 
 Insulina 
• Produzida pelas células beta do pâncreas 
• Concentração sérica tbm proporcional à adiposidade 
• Efeito anabólico: 
• captação de glicose 
• glicemia 
 
 
Estímulo 
ao apetite 
 Insulina 
• Por outro lado, experimentos evidenciam: 
  Função essencial no SNC para incitar a saciedade, aumentar o gasto 
energético e regular a ação da leptina ! 
• Interfere na secreção de entero-hormônios como o glucagon-like-
peptide (GLP 1) 
 Insulina 
 
 
• Aumenta GLP 1  inibe o esvaziamento gástrico 
 
 
 Sensação de saciedade prolongada 
 
 Insulina 
• Em obesos: 
 Resistência à ação da insulina 
 
 
 
 SACIEDADE 
 
O obeso continua a ingerir alimentos 
 Tratamento da Obesidade 
• Devemos administrar 
hormônios que 
promovam a saciedade, 
como a insulina e a 
leptina? 
 
 
 
 
 
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 Tratamento da Obesidade 
NÃO: 
• Resistência à ação dos 
hormônios 
• Fome rebote e aumento dos 
estoques de gordura 
 
 
 
 
 
 Neurotransmissor = SEROTONINA 
• É uma indolamina, produto da hidroxilação e carboxilação do 
aminoácido triptofano 
• É um neurotransmissor e serve para conduzir a transmissão de um 
neurônio a outro 
• Também denominada de 5-HT 
 
 
 
 
 
 Neurotransmissor = SEROTONINA 
• Secretada por neurônios serotonérgicos e age em receptores de neurônios 
pós-sinápticos 
• Suas concentrações no cérebro estão relacionadas a alterações de 
comportamento e humor, ansiedade, agressividade, depressão, sono, fadiga 
e supressão do apetite 
 
 
 
 
 
 Neurotransmissor = SEROTONINA 
• Alterações nos níveis de 5-TH (baixos níveis ou problemas na 
sinalização com o receptor) 
 
 
Aumentam o desejo de comer 
 doces e carboidratos 
 
 
 
 Neurotransmissor = SEROTONINA 
• Quantidades normais 
 
 
 A pessoa atinge mais facilmente a saciedade 
 Maior controle na ingestão de açúcares 
 
 
 
 Neurotransmissor = SEROTONINA 
• Níveis adequados no cérebro 
DEPENDEM: 
 Ingestão alimentar de triptofano 
(aminoácido precursor da serotonina) 
e de carboidratos 
 
 
 
 
 
 
Leite e iogurte desnatado, 
Queijo branco, 
Nozes, castanha, soja 
Banana, abacate 
Arroz, batata, 
Feijão, lentilha, 
Legumes, 
Mel 
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 Neurotransmissor = SEROTONINA 
• Sistema serotonérgico tem sido alvo para o controle de peso 
• Medicamentos que inibem a recaptação de 5-HT são cada vez mais 
utilizados para emagrecer 
• Intensificam o poder da saciedade na pós-ingestão e pós-absorção de 
alimentos 
 
 
 
 
 
 
 Cascata de Regulação 
 Escores de saciedade dos alimentos 
Participação dos Minerais na Obesidade 
• Participam: 
Metabolismo energético 
Secreção e ação da insulina 
• Estão mal distribuídos nos tecidos de animais obesos 
• A obesidade está associada à diminuição drástica de minerais em vários 
tecidos. 
 
Cálcio (Ca) 
• Baixa ingestão de Ca: 
Problema Mundial 
Associa-se com Doenças Crônicas (osteoporose, hipertensão arterial, câncer de 
cólon e mama...) 
• Elevada ingestão de Ca: 
Diminuição do risco de tais doenças 
Associa-se com menor peso corporal 
 (KAMICHEVA et al, 2002; VASKONEN, 2003) 
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Ca Resistência à 
Insulina 
Obesidade 
Hipertensão 
(VASKONEN, 2003) 
Fator de Ligação Regulação do [Ca 2+]i 
• Pessoas obesas têm concentrações maiores de [Ca 2+]i 
• Regulação parcial pelos hormônios calcitrópicos, por sua vez controlados pelo Ca 
dietético 
• Vitamina D e Paratormônio aumentam a [Ca 2+]i em culturas de adipócitos 
humanos 
• [Ca 2+]i regula a lipogênese e a lipólise 
(PARIKH e YAHOVSKI, 2003; VASKONEN, 2003) 
PTH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 adipócito 
 
 
 
 
 
 Ca 
 
 
 
A 
 
 
 
Lipólise 
Fosfodiesterase 3B 
AMPc 
Lipase Hormônio 
Sensível 
Lipogênese 
Ácido Graxo Sintase 
PTH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 adipócito 
 
 
 
 
 
 Ca 
 
 
 
A 
 
 
 
 Lipólise 
Fosfodiesterase 3B 
AMPc 
Lipase Hormônio 
Sensível 
Lipogênese 
 Ca 
 Ca 
 Ca 
 Ca 
 Ca 
 Suplementação 
“Regulação da adiposidade pelo cálcio dietético” 
(ZEMEL, MB et al. FASEB, v.14, p. 1132-8, 2000) 
• Análise de camundongos transgênicos 
• Modelo normal de expressão da 
leptina 
• Atividade semelhante a encontrada 
em humanos 
• Duração: 6 semanas 
I II III IV 
Dieta basal Dieta basal Dieta basal 
enriquecida em 
Dieta basal 
enriquecida em 
Sacarose (única fonte de 
CHO) 
suplementada 
com 
laticínios. 
25% da proteína 
laticínios. 
50% da proteína 
Gordura (25% do VET) CaCO3 
 
foi substituída por Leite 
em pó sem gordura 
foi substituída por Leite 
em pó sem gordura 
Nível subótimo de Ca 
(0,4%) 
 
Nível de Ca da dieta 
(1,2%) 
Nível de Ca da dieta 
(1,2%) 
Nível de Ca da dieta 
(2,7%) 
“Regulação da adiposidade pelo cálcio dietético” 
(ZEMEL, MB et al. FASEB, v.14, p. 1132-8, 2000) 
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I II III IV 
Ganho de Peso Aumentado em 24% Reduzido em 26% Reduzido em 29% Reduzido em 
39% 
Atividade da Ácido Graxo 
Sintase 
Aumentado em 2,6 x Atenuado Atenuado Atenuado 
Lipólise Redução de 67% Estimulada em 3,4 x Estimulada em 4,1 
x 
Estimulada em 
5,2 x 
• Dietas ricas em Ca: 
  Causaram redução de 36% do tecido adiposo abdominal, perirrenal, subescapular e do 
epidídimo. 
Resultados 
Relação entre consumo de laticínios 
e composição corporal de crianças 
de 2 a 5 anos 
(CARRUTH e SKINNER, 2001) 
Recordatório de 24 hs 
Medidas de peso e altura 
6 meses 
Relação entre maior ingestão de Ca 
(mg/dia), maior número de porções 
diárias de laticínios e menor 
conteúdo de gordura corporal 
Avaliação de adultos com idade 
entre 20 e 65 anos (235 homens e 235 
mulheres) 
(JACQMAIN et al, 2003) 
A (<600 mgCa/d) 
B (600-1000 mgCa/d) 
C (>1000 mgCa/d) 
Nas mulheres: peso, 
% gordura, massa gorda, IMC. 
Circunferência da cintura e área do 
tecido adiposo foram 
significativamente mais altos no 
grupo A. 
Pesquisas em Humanos 
Obrigada !!! 
gilmara.peres@hotmail.com

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