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As taquiarritmias na pediatria HAM 6


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HAM 6| Isabella Afonso
As taquiarritmias na pediatria
♡ são ritmos anormais rápidos originários nos átrios ou nos ventrículos do coração.
♡Resposta normal à ansiedade, febre, dor e outros estresses fisiológicos,
♡Podem ser toleradas de forma assintomática por um bom tempo, desde que função
cardíaca não esteja comprometida.
♡podem causar sinais e sintomas inespecíficos, que diferem de acordo com a idade
da criança》 podem incluir palpitações, sensação de desfalecimento e síncope
♡Em bebês em casa, a taquiarritmia pode não ser detectada por longos períodos (p.ex.,
horas ou dias) até que o débito cardíaco fique significativamente comprometido. quando.
então. o bebé desenvolve sinais de insuficiência cardíaca congestiva (ICC).》irritabilidade,
inapetência e respiração rápida.
♡Se uma taquiarritmia se desenvolve em uma criança com má função cardiovascular de
linha de base, os sinais clínicos podem se desenvolver rapidamente e a deterioração pode
ser rápida.
Uma frequência cardiaca aumentada 》 elevação do débito cardiaco até certo ponto》 fração
de ejeção ventricular diminuirá 》 diástole abreviada》 não haverå tempo》o enchimento dos
ventriculos durante a diástole》 débito cardíaco diminuirá》 a perfusão coronária (fluxo
sanguineo para músculo cardiaco) 》 principalmente durante a diástole》 a diminuição na
duração da diástole》 frequência cardiaca muïto alta 》reduz a perfusão coronária
♡ uma frequência cardiaca alta 》aumenta a demanda de 02》pelo miocárdio》 Em bebês,
episódios prolongados 》 frequência cardíaca alta 》taquicardia supraventricular (TSV)》
disfunção miocárdica》 levando a ICC.
♡Em qualquer criança》 uma frequência cardíaca extremamente alta 》 débito cardiaco
inadequado 》 choque cardiogênico.
♡Os sinais de instabilidade hêmodinâmica associada a taquiarritmias 》Hipotensão,
Estado mental alterado, Sinais de choque (perfusão deficiente nos órgãos-alvo) com ou sem
hipotensão, Colapso súbito com pulsos rápidos e fracos e desconforto respiratório.
Tipos
♡A taquicardia e as taquiarritmias são classificadas de acordo com a largura do complexo
QRS;
1. COMPLEXOS QRS ESTREITOS
Taquicardia SUPRAVENTRICULARES
▪ um ritmo anormalmente rápido com origem acima dos ventrículos.
▪Em bebês e crianças, a causa mais comum é um mecanismo de reentrada que
ocorre por meio de uma via acessória ou dentro do nódulo AV.
▪mais comum causadora de comprometimento cardiovascular na infância.
▪Além de uma reentrada por via acessória ou por nódulo AV, outros mecanismos
que podem causar a TSV são o flutter atrial e foco atrial ectópico.
▪São sinais e sintomas comuns de TSV em bebes: irritabilidade, inapetência
respiração rápida, sonolência incomum, vômito e pele de cor pálida, moteada, cinza
ou cianótica.
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▪São sinais e sintomas comuns de TSV em crianças mais velhas: palpitações,
falta de ar, dor ou desconforto torácico,sensação de desfalecimento e desmaio
♡ No ECG
▪Ondas P: ausentes ou anormais (podem aparecer depois do complexo QRS),
▪Intervalo PR: como as ondas P geralmente estão ausentes, o intervalo PR não
pode ser determinado; na taquicardia atrial ectópica, pode-se observar um intervalo
PR curto
▪Intervalo R-R: geralmente constante
▪Complexo QRS: geralmente estreito; o complexo largo é incomum
》》ESTÁVEL
1° Terapia antiarrítmica:
1° dose: Adenosina 0,1mg/kg (máximo 6mg) EV ou IO, com solução salina após;
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2° dose: 0,2 mg/kg (max 12mg): (Bloqueia a condução do nódulo AV
temporariamente,
"Manobras vagais: assoprar canudo estreito, gelo no rosto da criança, massagem
no seio carotídeo
》》INSTÁVEL
Cardioversão sincronizada:
▪Sedação e analgesia
MIDAZOLAM (1MG/ML): 0,1 A 0,2mg/KG/DOSE (PESO X 0,04)
FENTANYL (50MCG/ML): 1-3MCG/KG/MIN = DILUIDO EM 3ML AD (PESO X
0,02 OU PESOX0,06)
▪Pás de mão (usar gel)l ou almofada de eletrodos autoadesivos
▪Desfibrilador manual -LEMBRAR DE COLOCAR NO SÍNCRONO->
1D0SE: 0,5 A 1 J/KG
2 DOSE: 2 J/ KG
♡Amiodarona pode ser considerada nos casos de TSV refratária as manobras
vagais, adenosina e cardioversão.
Taquicardia sinusal
♡A taquicardia sinusal (TS) é uma taxa de despolarização do nódulo sinusal mais
rápida do que a normal para a idade da criança. Normalmente, ela se desenvolve
em resposta à necessidade do corpo de maior débito cardíaco ou transferência de
O2
♡ A TS é uma resposta fisiológica normal e não é considerada uma arritmia
♡São causas comuns de TS: exercício, dor, ansiedade hipóxia tecidual,
hipovolemia (perda hemorrágica e não hemorrágica de fluido).
▪choque, febre, stress metabólico, lesão, toxinas/venenos/drogas e anemia.
▪Tamponamento cardiaco, pneumotórax hipertensivo e tromboembolismo são
causas menos comuns de TS.
♡No ECG
▪Frequência cardíaca : variabilidade de batimento a batimento, com alterações na
atividade ou no nível de stress
▪Normalmente menos de 220/min em bebês
▪Normalmente menos de 180/min em crianças
▪Ondas P: presentes/normais
▪Intervalo PR: duração constante e normal
Intervalo R-R. variável
▪Complexo QRS: estreito (0,09 segundo ou menos)
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FLUTTER ATRIAL
♡O futter atrial é uma taquiarritmia de complexo estreito que pode se desenvolver em bebês
recém-nascidos com corações normais
♡Pode também se desenvolver em crianças com cardiopatia congênita, especialmente após
cirurgia cardiaca》um mecanismo reentrante 》em crianças 》com åtrios aumentados ou
barreiras anatomicas resultantes de cirurgia cardíaca (p. ex., cicatrizes de atriotomia ou
anastomoses, cirúrgicas).
♡ um padrão em "serra dentada" de ondas P no ECG.
♡Um circuito reentrante nos átrios permite que uma onda de despolarização percorra os
átrios em círculo. Como o nódulo AV não faz parte do círculo, a condução AV pode variar.
1. COMPLEXOS QRS LARGOS
》a taquicardia ventricular e a TSV com condução interventricular aberrante
● Taquicardia VENTRICULARES
♡ A maioria das crianças que desenvolve uma TV possui doença cardíaca de fundo (ou
sofreu cirurgia devida a doença cardiaca), síndrome de QT longo ou
miocardite/cardiomiopatia.
♡Pode haver antecedentes familiares de morte súbita sem explicação de crianças ou
adultos jovens, sugestivo de cardiomiopatia ou uma "canalopatia" cardíaca iônica
hereditária.
♡Outras causas de TV sem pulso em crianças incluem distúrbios eletroliticos (p. ex.,
hipercalemia, hipocalcemia, hipomagnesemia) toxicidade medicamentosa (p. ex.,
antidepressivos triciclicos, cocaína, metanfetaminas) e doença sistêmica aguda (p. ex.,
sépsis intensa) ou anomalias da artéria coronária (p. ex. sindrome de Kawasaki) que levam
a isquemia miocárdica
♡No ECG
▪Frequência ventricular: pelo menos 120/min e regular
▪Complexo QRS: largo (maior que 0.09 segundo)
▪Ondas P:frequentemente não identificáveis; quando presentes. podem não estar
relacionadas ao QRS (dissociação AV); a frequências mais baixas, pode ocorrer
despolarização atrial retrógrada, produzindo uma associação ventricular-atial de 1:1
▪Ondas T: normalmente, de polaridade oposta ao QRS
》》Pode ser difícil diferenciar uma TSV com condução aberrante de uma TV. Felizmente, a
condução aberrante está presente em menos de 10% das crianças com TSV. O profissional
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de saúde deve presumir, inicialmente, que um ritmo de complexo largo é uma TV, a não ser
que a criança tenha condução aberrante conhecida ou episódios anteriores de TSV com
complexo QRS largo.
》》ESTÁVEL
▪Chamar cardio sempre que possível;
▪Se ritmo regular e o QRS monomórfico, considere adenosina.
Drogas antiarrítmicas:
▪Amiodarona 5mg/kg ( por 20 a 60 min)EV/IO;
▪Procainamida15mg/kg ( por 30 a 60 min) EV/IO;
》》INSTÁVEL
▪Cardioversão sincronizada:
▪Sedação e analgesia
▪Pås de mão (usar gel)l ou almofada de eletrodos autoadesivos
▪Desfibrilador manual -LEMBRAR DE COLOCAR NO SÍNCRONo-
1D0SE:0,5 A1J/KG
2 DOSE: 2 J/KG
Causas da TV Polimórfica: Sd do QT longo, toxicidade de drogas, hipomagnesemia,
hipocalemia. Complexo QRS: muda a amplitude e polaridade, parecendo girar em torno
da linha isoelétrica do ECG.
● TSV com condução aberrante
Assim que identificar uma taquiarritmia em um bebè ou criança,avalie se ha sinas de
hipotensão, alteração do estado mental, choque (ou seja, perfusão deficiente) ou
instabilidade hemodinâmica potencialmente fatal. As prioridades do tratamento inicial
compreendem:
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》Manter a via aérea patente; auxiliar a ventilação, conforme a necessidade
》Usar um monitor cardíaco para identificar o ritmo e monitorar o pulso.a pressão arterial e a
oximetria.
》Estabelecer o acesso IVIIO
》Fazer um ECG de 12 derivações (mas sem atrasar a intervenção de urgência).
》Obter estudos laboratoriais (p. ex. potássio. glicose, cálcio ionizado. magnésio. gasometria
para avaliar o pH e a causa das alterações do pH). conforme for apropriado.
》Avaliar o estado neurológico.
》Prever a necessidade de medicações. dependendo do tipo de distúrbio do ritmo (isto é,
supraventricular ou ventricular),
》Simultaneamente, tentar identificar e tratar causas reversíveis

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