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unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia (HALL, 1999, 
p.13)
Homi Bhabha (1998), na introdução de O local da cultura, destaca 
que a pós-modernidade tem como uma de suas características a perda da 
hegemonia das ideias eurocêntricas', isto é, da cultura europeia branca, 
expandindo os limites enunciativos e dando lugar a outras vozes e outras 
histórias de diversas minorias e povos, muitas das quais dissonantes e até 
mesmo dissidentes. Essa é a perspectiva dos Estudos Culturais.
Segundo o E-Dicionário de termos literários: 
De uma forma geral, chamamos Estudos Culturais à disciplina que se 
ocupa do estudo dos diferentes aspectos da cultura, envolvendo, por 
exemplo, outras disciplinas como a história, a filosofia, a sociologia, a 
etnografia, a teoria da literatura, etc. Trata-se de uma disciplina 
académica, cujas origens é possível determinar, sendo habitual ligar essa 
origem ao próprio desenvolvimento do pós-modernismo e às suas 
celebrações contra a alta-cultura e as elites sociais, aos seus debates sobre 
multiculturalismo que têm tido particular expressão nos Estados Unidos, à 
sua ênfase nos estudos sobre pós-colonialismo, que ajudaram a criar uma 
nova disciplina dentro dos Estudos Culturais, e às suas manifestações 
sobre cultura popular urbana, por exemplo. (CEIA, 2012)
Embora a fundação do Centro de Estudos Culturais, da Universidade de 
Birmingham (Inglaterra), em 1964, seja indicado como um marco do início 
dos Estudos Culturais, é consenso que estes, na verdade, surgiram antes sob 
a influência de três importantes obras: Uses of Literacy (1957), de Richard 
Hoggart (primeiro diretor do Centro de Birmingham), Culture and Society: 
1780-1950 (1958), de Raymond Williams, e The Making of the English 
Working Class (1963), de E. P. Thompson. 
Estes estudos mudaram o modo de ver e estudar a cultura; pois, 
democratizando o seu entendimento, abriram espaço para o "estudo da 
multiplicidade cultural dentro das sociedades, inclusive das periferias, 
surgindo novas áreas de interesse e observação." (AUGEL, 2007, p.32). Estas 
perspectivas espraiaram-se pela Europa e Estados Unidos incorporando uma 
gama de enfoques por meio das ideias de Stuart Hall, Louis Althusser, de 
Antonio Gramsci, de Walter Benjamin, de Jacques Lacan, de Roland Barthes, 
de Pierre Bourdieu e também dos chamados "filósofos da descolonização": 
Claude Lévi-Strauss, Michel Foucault, Jacques Derrida e Gilles Deleuze.
OLHANDO DE PERTO
Atenção: Veja os vídeos sobre Estudos Culturais:
1) Estudos Culturais (Vídeo 1). [1]
Nesta edição do Programa Espaço Online o assunto é cultura e 
comunicação. Leandro Andrade recebe nos estúdios do Portal Jovem Pan 
Online Tatiana Amendola Sanches, mestre em comunicação e cultura pela 
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