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(1985), apresentando um quadro conceitual da gramática funcional (estuda como a língua é usada) apresenta três instâncias de análise: 1. O texto – usado para explicar a linguagem, seja ele escrito ou dito, é um contexto de uso. 2. O sistema – retoma a ideia de articulação de elementos para a produção e a recepção¬ de sentido; organizado em dois eixos, o da atividade (o uso da linguagem) e o da reflexão [melhor dizendo: a relação interpessoal (agir sobre os outros)]. 3. A estrutura linguística – cada elemento da língua é explicado por sua função, uso, dentro do sistema linguístico. Por isso que a visão linguística de Halliday é chamada de sistêmico- funcional, pois busca integrar o binarismo língua/fala, dicotomias já propostas por Saussure e grandes nomes do Formalismo. Leia a charge abaixo: Fonte [2] UMA PROPOSTA DE ANÁLISE FUNCIONAL Veja, a seguir, a proposta de análise funcional da charge. NÍVEL TEXTUAL: A charge é um gênero textual que se caracteriza por uma leitura rápida, estrutura linguística simples, tamanho reduzido, reunião de elementos verbais e não verbais principalmente icônicos; de teor crítico, pendendo quase sempre ao jocoso. Sabemos que nem sempre para esse tipo de texto era possível sua vinculação pública. Ainda hoje, em países de regime político fechado, sua publicação é proibida. Mesmo no Brasil, alguns políticos conseguiram judicialmente que não se relacione sua imagem ou nome à charge, dado que sempre são ironizados, criticados. Veja: analisamos a relação do texto com seu processo histórico. NÍVEL SISTÊMICO E FUNCIONAL (ESTRUTURA LINGUÍSTICA EM ARTICULAÇÃO): 40