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Pós-Graduação_Fundamentos da Ética_Ebook da Unidade - Fundamentos da Ética

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Ética e Direito Imobiliário
Unidade 1
Fundamentos da Ética
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria
CAROLINE TEIXEIRA BARBOSA
AUTORIA
Caroline Teixeira Barbosa
Sou formada em Direito e mestre em Ciências Jurídico-políticas, 
com uma experiência técnico-profissional na área de Direito do Trabalho 
e Direito Civil de mais de quatro anos. Antes de iniciar a vida profissional 
como advogada, já havia atuado como estagiária em alguns órgãos, como 
a Procuradoria Geral do Município, Procon Municipal e Defensoria Pública 
do Estado da Paraíba, oportunidade nas quais obtive uma bagagem 
significativa de experiência. Na advocacia, passei pelo escritório David 
Diniz (ADD), responsável por engrandecer ainda mais minha paixão pela 
profissão. Sou apaixonada pelo que faço, motivo pelo qual busquei no 
Mestrado aprimorar meus conhecimentos para que, assim, pudesse 
compartilhar com outras pessoas. A interação com o outro sempre me 
fascinou, seja como advogada ou dentro da sala de aula. Poder transmitir 
experiências àqueles que estão iniciando suas profissões torna-se um 
desafio ainda mais cativante quando se trata de uma editora sempre 
empenhada em oferecer o seu melhor para os alunos, como é o caso da 
Editora Telesapiens. Assim, fui convidada a integrar seu elenco de autores 
independentes e me sinto feliz e lisonjeada em poder colaborar e ajudar 
você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Ética - construção e trajetória histórica ........................................... 10
Origem histórica da ética ......................................................................................................... 10
Conceitos essenciais ................................................................................................................... 13
Importância da ética na sociedade .................................................................................. 16
Genealogia ética ........................................................................................ 19
Sobre a cidadania .......................................................................................................................... 19
Sobre a justiça ..................................................................................................................................23
Sobre a solidariedade .................................................................................................................25
A ética e a moral .........................................................................................28
Entendendo o que é a moral ................................................................................................28
Ética x moral ..................................................................................................................................... 31
Alguns casos práticos envolvendo a ética e moral ..............................................34
A ética profissional .................................................................................... 37
Conceito e definições ...................................................................................................................37
Ética médica .................................................................................................................................... 40
Ética jurídica .......................................................................................................................................43
7
UNIDADE
01
Ética e Direito Imobiliário
8
INTRODUÇÃO
Você sabe dizer como se deu a construção e trajetória histórica 
da ética? Qual foi a sua origem e o que se entende por ética? A 
importância da ética na sociedade? Afinal, qual a relação existente 
entre elementos como a cidadania, justiça e solidariedade no que se 
refere à ética? Há diferenças entre ética e moral? Qual a importância da 
ética profissional?
Para entender um pouco mais a respeito da história da ética e do 
seu papel fundamental em nossa sociedade, analisaremos os principais 
aspectos que envolvem a ética, discutindo conceitos, definições e, 
inclusive, analisando alguns casos práticos que envolvem a ética e a 
moral, por exemplo. 
Ainda, analisaremos a importância da ética profissional, utilizando 
como exemplo a ética médica e a ética jurídica, como forma de melhor 
delinear o papel exercido pelos códigos de ética específicos para os 
profissionais da área. E então? Animado para aprender um pouco mais 
acerca da história e importância da ética em nossa sociedade? E de 
que maneira ela se apresenta no nosso dia a dia? Está pronto? Vamos 
juntos!
Ética e Direito Imobiliário
9
OBJETIVOS
Olá! Seja muito bem-vindo à Unidade 1 – Fundamentos da ética. 
Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento dos seguintes objetivos de 
aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1. Compreender o conceito e identificar a origem histórica da ética.
2. Definir conceitos como cidadania, justiça, solidariedade e sua 
relação com a ética.
3. Discernir sobre a diferença entre ética e moral.
4. Aplicar o conceito de ética às várias situações e conflitos no 
mundo do trabalho. 
Então? Preparado para dedicar-se aos estudos e entender um 
pouco mais sobre os principais fundamentos da ética? Sintetizaremos 
de maneira didática o conceito e origem da ética, fazendo uma ponte 
com outros conceitos igualmente importantes, a exemplo de conceitos 
como cidadania, justiça e solidariedade. Ainda, analisaremos a diferença 
entre ética e moral e a aplicação da ética nas mais variadas situações 
profissionais no nosso dia a dia. Ao trabalho! Estaremos juntos para 
enfrentar quaisquer desafios e colocar em prática tudo que aprendemos. 
Será divertido! Conto com você!
Ética e Direito Imobiliário
10
Ética - construção e trajetória histórica 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender um 
pouco mais acerca da origem histórica da ética e o papel de 
alguns dos principais filósofos para tal surgimento. Ainda, 
analisaremos alguns dos principais conceitos relativos 
à ética, como forma de melhor compreender do que se 
trata e qual o seu papel em nossa sociedade. Assim, será 
possível compreender a importância da ética na sociedade 
como norteadora das ações e dos comportamentos dos 
indivíduos, na busca por uma convivência harmoniosa e 
equilibrada entre todos. E então? Motivado para conhecer 
um pouco mais da construção e trajetória histórica da 
ética? Vamos lá!
Origem histórica da ética 
Para entendermos os principais fundamentos da ética, é necessário 
que haja uma compreensão da construção e trajetória histórica da ética, 
conhecendo umpouco mais a forma como a ética se originou nas 
sociedades. Assim, no decorrer do nosso estudo, compreenderemos que 
a ética não se resume apenas a um conjunto de regras, por exemplo, mas 
vai muito além, já que a ética engloba princípios norteadores de uma 
sociedade. 
Dessa forma, é imprescindível que se compreenda a importância 
da Grécia para o surgimento da ética, considerando que foi o local de 
nascimento da ética. Inclusive, é comum muitas pessoas acreditarem 
que o tema sobre a ética é recente, mas, ao contrário, o tema sobre ética 
remonta aos primórdios da humanidade. Afinal, desde aquele período era 
necessário criar regras de comportamento que pudessem garantir um 
melhor convívio em sociedade.
Nesse aspecto, os gregos possuem papel relevante, considerando 
que foram os primeiros povos a lidarem com as relações entre as 
pessoas, gerando discussões que envolviam comportamentos do 
Ética e Direito Imobiliário
11
homem, questões religiosas e míticas, por exemplo, bem como o convívio 
em sociedade. Assim, tais discussões permitiram reflexões éticas acerca 
das regras de comportamento que seriam necessárias para que todos 
conseguissem viver em sociedade. 
Por esse motivo, durante o nosso estudo, perceberemos que foram 
os gregos que não somente serviram de berço para o nascimento da 
ética, mas também permitiram moldar e refletir sobre conceitos, termos 
e significados que dizem respeito às relações entre os indivíduos e a 
ética. Assim, para os gregos, o universo precisaria estar em equilíbrio, em 
harmonia, motivo pelo qual as relações humanas precisariam acompanhar 
tal equilíbrio, oportunidade na qual a ética surgiria com papel fundamental.
Alguns pensadores gregos exerceram papel fundamental para o 
surgimento da ética, a exemplo de Sócrates, Platão e Aristóteles. Com 
relação a Sócrates, esse filósofo nasceu em Atenas e é considerado um 
dos grandes pensadores da Grécia Antiga. Esse filósofo sempre foi exemplo 
de bom cidadão e possuía o costume de sempre dialogar e debater com as 
pessoas da sua região, motivo pelo qual, inclusive, dividia seu conhecimento 
e sabedoria em praças públicas e ginásios, por exemplo. 
VOCÊ SABIA?
Atribui-se a Sócrates as famosas expressões “conhece-te a ti 
mesmo” e “sei que nada sei”. Para o filósofo, o conhecimento 
era primordial para que a conduta do ser humano 
pudesse ser pautada na ética. Quando o homem possui 
conhecimento, consequentemente, acaba conhecendo o 
bem e, conhecendo-o, irá praticá-lo. Para ele, as ações do 
homem tinham que ser pautadas na virtude e sabedoria, 
por exemplo, de maneira que tais atitudes deveriam estar 
em equilíbrio com a ética.
Já com relação a Platão, também nasceu em Atenas e foi, inclusive, 
discípulo e admirador de Sócrates. Ainda, a Platão é atribuída a teoria 
das ideias, considerando que, para o filósofo, há dois mundos: o primeiro 
mundo sendo composto de ideias imutáveis e invisíveis; e o segundo 
mundo sendo o mundo “real”, formado por coisas mutáveis e sensíveis. 
Ética e Direito Imobiliário
12
Quando falamos nos dois mundos que Platão tratava, o segundo 
mundo que nos referimos como sendo formado de coisas sensíveis 
é justamente pelo fato de que conhecemos tal mundo por meio da 
sensação, a exemplo da utilização da visão, paladar, olfato, audição ou 
tato. Já no que tange ao mundo das ideias, é justamente constituído de 
ideias que, tal como são, são imutáveis.
Vale salientar que a questão aqui defendida por Platão era 
justamente a de que no mundo real existiriam sombras e os indivíduos 
estão muito mais propícios a viverem de aparências, considerando que se 
cada indivíduo se deixar levar pelos seus sentidos, poderá fazer com que 
cada indivíduo tenha uma ideia distinta e, sobretudo, distorcida das coisas. 
Assim, o mundo das ideias refletia a verdadeira realidade, considerando 
que a razão é o principal elemento utilizado para compreender tal mundo, 
utilizando a razão para a realização do bem. 
Por fim, com relação as contribuições de Aristóteles para a ética, 
ele nasceu na Macedônia e, posteriormente, foi para Atenas para estudar, 
absorvendo aspectos importantes da cultura daquele local. Para esse 
filósofo, a felicidade era o fim pelo qual todo homem buscava para estar 
completamente realizado. Tal felicidade poderia ser alcançada de três 
formas: pela virtude, pela sabedoria e pelo prazer. 
SAIBA MAIS:
Uma ótima maneira de tentar visualizar um pouco a questão 
da teoria dos dois mundos de Platão, é assistir ao filme de 
ficção científica Matrix, de 1999. O filme trata de um sistema 
de computador que manipula a mente das pessoas e acaba 
forjando uma falsa realidade. A trama retrata a luta contra 
esse mundo artificial, na busca por retornar à realidade, 
de maneira que os personagens buscam se libertar desse 
mundo que lhes foi apresentado como real quando, na 
verdade, não era o mundo real. Vale a pena conferir!
Dessa forma, é possível relacionar que todos os filósofos exerceram 
um importante papel para a fomentação de ideias e pensamentos que, 
posteriormente, foram se aperfeiçoando no que diz respeito ao convívio 
Ética e Direito Imobiliário
13
em sociedade e, sobretudo, na utilização da ética para tal convívio ocorrer 
de maneira equilibrada e em harmonia. Como já mencionado, Platão foi 
discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Em outras palavras, apesar 
de algumas diferenças de caráter intelectual e de pensamentos, os três 
filósofos dividiam ideais em comum relativamente a ética.
ACESSE:
Uma forma de melhor compreender os ideais filosóficos 
e de que maneira os filósofos contribuíram para a 
propagação de ideias, que até os dias atuais são estudadas 
por meio de alguns filmes. Assim, o filme O mundo de Sofia 
é fundamentado em um dos mais famosos livros sobre a 
filosofia, motivo pelo qual torna-se uma maneira didática 
e divertida de entender as principais questões filosóficas, 
entre elas questões sobre a ética e moral. A trama do filme 
se desenvolve em cima de questões filosóficas, de maneira 
que o telespectador consegue conhecer e absorver ideias 
e pensamentos de grandes filósofos. Inclusive, permite 
conhecer os conceitos de ética defendidos por Aristóteles 
e de outros grandes filósofos da história ocidental. Por isso, 
vale a pena assistir ao filme e relacionar com o tema em 
estudo!
Dessa forma, ainda que de maneira introdutória, foi possível observar 
que o estudo sobre a ética remonta a períodos muito antigos, surgindo 
na Grécia e se desenvolvendo a partir dos pensamentos e estudos de 
grandes filósofos daquele período. Dando continuidade ao tema, agora 
conceituaremos de maneira mais pormenorizada o que se entende por 
ética. 
Conceitos essenciais 
Depois de analisado um pouco do contexto histórico que deu origem 
à ética, bem como o papel de alguns filósofos que contribuíram para tal 
surgimento, agora nos debruçaremos sobre os principais conceitos que 
definem o que pode ser entendido por ética, para que, assim, seja possível 
compreender de maneira mais completa o tema em estudo. 
Ética e Direito Imobiliário
14
DEFINIÇÃO:
De acordo com o Dicionário Dicio, “ética” possui como 
definição: “o segmento da filosofia que se dedica à 
análise das razoes que ocasionam, alteram ou orientam 
a maneira de agir do ser humano, geralmente tendo 
em conta valores morais” (ÉTICA, 2021, on-line). Ainda, o 
termo “ética” pode ser definido como: “reunião de normas 
de valor moral presentes numa pessoa, sociedade ou 
grupo social: ética parlamentar; ética médica” (ÉTICA, 
2021, on-line). Por fim, apresenta que a palavra ética tem 
origem do latim ethica, pelo grego éthikós. Além disso, a 
palavra ética deriva da palavra grega êthos, que significa 
“caráter moral”, sendo utilizada para descrever conjunto 
de hábitos ou crenças que definem uma comunidade ou 
nação (ETHOS, 2021, on-line).
Considerando a definição acima apresentada, podemos perceber 
que a ética engloba os comportamentosdos indivíduos, suas ações 
e suas formas de agir, por exemplo. Mas não apenas diz respeito a um 
comportamento do indivíduo de maneira isolada, pelo contrário, reveste-
se de um comportamento individual que tem como base justamente um 
código de ética com aplicabilidade geral para todos os indivíduos de uma 
sociedade. 
Assim, a ética buscaria justamente compreender os comportamentos 
dos indivíduos em sociedade, analisando as ações humanas de maneira 
que possam ser diferenciadas entre certas ou erradas. Ou seja, ações que 
são consideradas corretas eticamente falando ou incorretas à luz de um 
código de ética existente, por exemplo. 
Nesse aspecto, podemos entender que a ética se preocupa, 
justamente, com o certo e com o errado, conforme evidencia a Figura 1 
abaixo destacada. Entretanto, apesar de se preocupar com o certo e o com 
o errado, não se consubstancia tão somente em um conjunto de normas de 
conduta, por exemplo, mas procura refletir um verdadeiro estilo de ação em 
que todos os indivíduos em sociedade possam se respeitar e conviver uns 
com os outros, respeitando, como é óbvio, a individualidade de cada um. 
Ética e Direito Imobiliário
15
Figura 1 – Representação do certo e do errado
Fonte: Freepik
Convém destacar que, quando falamos em ética, não devemos 
imaginar que diz respeito a algo que seja utópico, inalcançável. Pelo 
contrário, a ética é algo que enxergamos diariamente em nossa sociedade 
e que, inclusive, precisa estar presente para que exista uma harmonia 
entre os indivíduos. 
Ainda, vale destacar que a ética também está presente em contexto 
religioso. A ética deve nortear as ações dos indivíduos tanto fora quanto 
em contextos religiosos, considerando que não é algo subjetivo, mas, ao 
contrário, é objetivo. 
Assim, quando falamos que um indivíduo deve agir com ética, por 
exemplo, ele não deve agir com base no que ele, de maneira subjetiva e 
individual acha correto, mas deve agir conforme o que é ético e, portanto, 
correto, dentro de um contexto que envolve toda a sociedade e que é 
considerado correto eticamente falando para todos os indivíduos, e não 
somente para ele. 
Inclusive, em tópico próprio, analisaremos que a ética não pode 
ser confundida com a moral, possuindo significados diferentes. Desse 
modo, podemos compreender que a ética diz respeito às ações e aos 
Ética e Direito Imobiliário
16
comportamentos humanos que se relacionam com o que é certo e 
errado, justo e injusto, por exemplo, possuindo caráter universal e se 
fundamentando em princípios. 
Podemos citar como exemplos de ética o respeito e a observância 
para que as leis sejam justas para todos, que as atitudes no ambiente em 
sociedade sejam sempre pautadas com justiça, agindo de maneira justa 
e sem prejudicar outras pessoas, não se apropriando de algo que não 
seja seu, respeitando o convívio social, entre tantas outras atitudes que 
podem representar um agir com ética. 
Inclusive, quando falamos de agir com ética, vale destacar que esse 
agir não se refere apenas a um grupo de indivíduos, por exemplo. Mas, 
como dito anteriormente, tem caráter universal, ou seja, é um tipo de ação 
e/ou comportamento que precisa ser observado por todos os indivíduos, 
valendo para todos, sem distinção. 
Posto isso, restou claro que, após observarmos os principais conceitos 
de ética, podemos concluir que envolvem sobretudo o comportamento e 
as ações humanas que fazem surgir o saber ético, com base justamente 
nesse comportamento humano e em princípios que possam nortear tais 
comportamentos, considerando a necessidade de uma vivência em 
sociedade de forma harmônica, equilibrada, justa e correta. 
Importância da ética na sociedade 
Após a análise de como se deu o surgimento da ética e da 
compreensão de alguns dos principais conceitos alusivos à ética, daremos 
continuidade ao estudo, a fim de compreender um pouco da importância 
da ética na sociedade, considerando a importância do tema em questão. 
Portanto, a ética permite que os indivíduos possam viver de maneira 
harmônica e equilibrada, fornecendo o caminho necessário e adequado 
para que as ações dos indivíduos sejam pautadas em ações corretas e 
justas. Dessa forma, a ética nos permite distinguir o bem do mal e o justo 
do injusto, norteando a maneira como devemos agir em sociedade. 
Sem a ética, a nossa vida em sociedade seria um completo caos. 
Pare um pouco para refletir e se pergunte: por qual motivo eu faço 
Ética e Direito Imobiliário
17
determinada coisa e não outra? Por qual motivo eu busco não prejudicar 
ninguém? O que lhe faz agir dessa maneira? Se refletirmos sobre alguns 
desses questionamentos, será possível enxergar de maneira mais clara 
como a ética está presente em nossa vida e, sobretudo, nas relações dos 
indivíduos em sociedade. 
É claro que existem situações que podem parecer mais fácil agir de 
determinada maneira, como evidencia a Figura 2 abaixo destacada. Mas o 
que a ética procura é justamente nortear o comportamento dos indivíduos 
para que eles possam agir de maneira correta, e não da maneira mais 
“fácil”. A ética não defende que comportamentos ou ações dos indivíduos 
possam prejudicar outras pessoas. 
Ora, vivemos em constante interação com outros indivíduos, em 
sociedade, e, por esse motivo, precisamos saber viver em sociedade, 
caso contrário, não viveríamos como pessoas, mas como animais. 
Considerando que vivemos em sociedade e, constantemente, podemos 
ser influenciados pelo meio em que vivemos quando da tomada de 
alguma decisão, por exemplo, é necessário que a ética norteie as ações 
e os comportamentos humanos, de maneira que as influências do meio 
em que vivemos não nos conduzam ao mau caminho, a comportamentos 
ruins e ações que possam prejudicar outros indivíduos, por exemplo. 
Figura 2 – Representação do agir com ética
Fonte: Freepik
Ética e Direito Imobiliário
18
Dessa maneira, é inegável que a ética exerce papel fundamental na 
sociedade, considerando que norteará a forma como os indivíduos agem 
em sociedade, permitindo um convívio social harmonioso e pautado no 
respeito para com os demais, com base em determinadas normas que 
são estabelecidas pela sociedade na qual vivemos. 
Assim, a ética e, consequentemente, um comportamento ético, são 
necessários não somente na vida pessoal, mas sobretudo na profissional 
também. É necessário um agir ético em todos os quesitos da nossa 
vivência em sociedade.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que viu até aqui? Espero que tenha 
sido possível compreender como surgiu a ética e o papel 
dos grandes filósofos para o nascimento da ética. Ainda, foi 
possível compreender os principais conceitos que norteiam 
a ética como forma de melhor visualizar de que maneira a 
ética está presente no nosso dia a dia e de que maneira 
impacta a vida em sociedade. Por fim, compreendemos um 
pouco mais do papel da ética na sociedade, avaliando a 
importância da ética como norteadora do comportamento 
e das ações dos indivíduos, a fim de garantir um convívio 
harmonioso e equilibrado em sociedade. Vamos continuar 
aprendendo um pouco mais sobre os fundamentos da 
ética. Está preparado? Avante!
Ética e Direito Imobiliário
19
Genealogia ética 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
alguns dos elementos que compõem a genealogia ética, 
a exemplo de elementos como a cidadania, justiça e 
solidariedade. Abordaremos conceitos enformadores de 
tais elementos, enquadramento legal – quando houver – e 
questões importantes pertinentes aos elementos e que se 
relacionam com a ética. Assim, será possível entender não 
somente a relação, mas, sobretudo, a importância de tais 
elementos na construção e existência da ética. Motivado 
para conhecer um pouco mais sobre o tema? Vamos juntos. 
Avante!
Sobre a cidadania 
Para falar sobre cidadania, será necessário entender alguns dos 
sentidos que são empregados ao termo, considerando que, muitas vezes,a palavra cidadania é utilizada em sentidos diversos. Iremos nos ater ao 
sentido da palavra que está previsto em nossa Constituição, considerando 
que cidadania, em essência, significa ter o direito de viver de maneira 
decente. 
Assim, diversos são os direitos inerentes aos “cidadãos”, pois ter 
cidadania implica uma série de direitos e deveres aos indivíduos, como 
veremos mais adiante. São, inclusive, direitos e deveres que, muitas vezes, 
acabam passando despercebidos, considerando que as pessoas acabam 
não associando tais direitos ao fato da cidadania em si. Exemplos desses 
direitos são poder votar em quem quiser, o direito de ser negro ou mulher 
sem ser discriminado, o de praticar uma religião sem ser perseguido, 
entre tantos outros que apresentaremos a seguir. 
Etimologicamente falando, a palavra cidadão deriva da palavra 
civita, que, em latim, significa cidade. De acordo com o Departamento 
de Direitos Humanos e Cidadania (PARANÁ, 2021), na Grécia antiga, 
considerava-se cidadão aquele nascido em terras gregas. Já em Roma, 
Ética e Direito Imobiliário
20
a palavra cidadania era utilizada para indicar a situação política de uma 
pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. 
Dessa maneira, para nós, brasileiros, juridicamente falando, cidadão 
é justamente o indivíduo que goza dos direitos civis e políticos de um 
Estado. Ou seja, cidadania seria justamente a qualidade de ser cidadão e, 
consequentemente, ser sujeito de direitos e deveres. Ainda, corroborando 
com o apresentado, o significado de cidadania, de acordo com o dicionário 
diz respeito à “condição de quem possui direitos civis, políticos e sociais, 
que garante a participação na vida política”; “estado de cidadão, de quem 
é membro de um Estado” (CIDADANIA, 2021, on-line). 
Nesse aspecto, a cidadania constitui um dos fundamentos do 
Estado Democrático de Direito, como dispõe o artigo 1°, inciso II, da 
Constituição de 1988, vejamos: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e 
tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição. (BRASIL, 1988, on-line, grifo 
nosso)
Assim, a cidadania atua como fundamento imprescindível do 
Estado Democrático de Direito, de maneira que cabe aos cidadãos 
respeitar e participar ativamente das decisões da sociedade, no intuito de 
não apenas melhorar o convívio, mas, sobretudo, garantir uma sociedade 
justa e harmônica. Para isso, a nossa Constituição Federal de 1988 também 
elenca, no artigo 5°, direitos e deveres individuais e coletivos, a exemplo 
dos abaixo aqui destacados: 
Ética e Direito Imobiliário
21
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, 
nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei;
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante;
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado 
o anonimato;
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao 
agravo, além da indenização por dano material, moral ou 
à imagem;
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, 
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e 
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto 
e a suas liturgias;
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença 
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as 
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta 
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, 
científica e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença. (BRASIL, 1988, on-line)
Assim, a cidadania representa a qualidade de cidadão de um Estado, 
conferindo direitos e deveres inerentes à participação desse cidadão na 
vida do Estado. Considerando tudo que já estudamos acerca da ética, 
é inegável que cidadania e ética se relacionam, já que a ética implica 
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ações e comportamentos dos indivíduos que precisam estar de acordo no 
plano coletivo, como forma de estabelecer uma convivência harmônica 
em sociedade. Da mesma maneira, a cidadania implica, também, o uso 
responsável dos direitos e deveres que lhe são conferidos, no intuito de 
que a participação ativa no Estado se dê como prescreve a lei. 
Assim, não há cidadania sem ética. Para que um indivíduo possa 
atuar como verdadeiro cidadão, de acordo com os direitos e deveres que 
lhe são conferidos, tal indivíduo precisa agir com ética, contribuindo, assim, 
para o bom funcionamento da sociedade e em prol do bem comum. 
Podemos citar alguns exemplos de como a cidadania precisa 
andar de mãos dadas com a ética. São exemplos do nosso cotidiano, 
que representam alguns dos nossos deveres como cidadãos e que, 
consequentemente, relacionam-se com o fato de agirmos de maneira 
ética. Não oferecer propina ao guarda de trânsito para não ser multado; 
tentar burlar o imposto de renda; furar alguma fila de banco ou 
supermercado; dirigir acima da velocidade permitida; não parar na faixa 
de pedestres; estacionar em uma vaga que seja destinada a portadores 
de necessidades especiais, entre outros. 
Assim, os exemplos aqui citados dizem respeito a atitudes que, 
como cidadão, não devem e nem podem acontecer e, consequentemente, 
estão atreladas a um agir ético por parte do indivíduo, de maneira que tal 
indivíduo deve agir corretamente, fazendo o certo, não sendo injusto e em 
respeito ao que está disposto na lei. 
Posto isso, é possível perceber e identificar de maneira simples 
a presença tanto da responsabilidade como cidadão quanto da 
responsabilidade ética de cada indivíduo. Essas responsabilidades 
precisam andar de mãos juntas, considerando que, ao mesmo tempo 
que a responsabilidade ética lhe cobra como indivíduo pertencente a 
uma sociedade, a responsabilidade cidadã lhe cobre na condição de 
cidadão e pertencente ao Estado. Assim, a ética funciona como elemento 
construtivo da cidadania. 
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Sobre a justiça 
Ultrapassada a análise da relação existente entre cidadania e ética, 
agora compreenderemos um pouco mais da relação também existente 
entre justiça e ética, por meio da análise de alguns conceitos e exemplos 
do dia a dia. 
De forma etimológica, o termo “justiça” vem do latim justitia, sendo 
o princípio básico que mantém a ordem social por meio da preservação 
dos direitos em sua forma legal (JUSTIÇA, 2021). Em outras palavras, 
quando falamos de justiça, queremos nos referir a algo que seja justo e 
correto, respeitando a igualdade de todos os cidadãos e os direitos que 
lhes são inerentes. 
Essa justiça, inclusive, pode se manifestar socialmente falando de 
maneira intuitiva, por exemplo, quando sabemos que determinada ação 
é certa ou errada e, consequentemente, agimos de maneira justa em 
nossas relações sociais, mas também pode se manifestar por meio dos 
tribunais, como será mais bem delineado a seguir.
SAIBA MAIS:
Em Roma, a justiça é representada por uma estátua comolhos vendados, conforme evidencia a Figura 3 abaixo 
destacada, buscando enaltecer que “todos são iguais 
perante a lei” e defendendo que todos tenham iguais 
garantias legais e, portanto, iguais direitos. Assim, a justiça 
não deve olhar de maneira distinta para determinado 
indivíduo em detrimento de outro, mas, ao contrário, 
a justiça deve buscar a igualdade entre todos, sem 
distinção. É por isso que é utilizada a representação da 
estátua com olhos vendados, para que, quando houver 
a análise de ocorrência de injustiça em determinada 
situação, por exemplo, não seja possível fazer distinção 
entre os indivíduos, não dando margem para que ocorra 
discriminação e, consequentemente, uma possível injustiça 
em determinado caso concreto.
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Figura 3 – Representação da justiça
Fonte: Freepik
De acordo com Aristóteles, o termo “justiça” está alinhado com a 
legalidade e a igualdade, visto que, para ser justo, é necessário estar tanto 
de acordo com a lei em sentido estrito quanto também buscar a igualdade 
em sentido universal, sem que haja discriminação, como representa a 
Figura 4 abaixo destacada. Inclusive, nas palavras de Aristóteles: 
A justiça é a forma perfeita de excelência moral porque 
ela é a prática efetiva da excelência moral perfeita. Ela é 
perfeita porque as pessoas que possuem o sentimento 
de justiça podem praticá-la não somente a sim mesmas 
como também em relação ao próximo. (ARISTÓTELES, 
1996, p. 195) 
Figura 4 – Representação de igualdade
Fonte: Freepik
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Dessa forma, a justiça acaba sendo, também, uma constante busca 
por liberdade, felicidade e igualdade. Assim, para a realização de justiça 
não podemos nos ater a convicções religiosas e a crenças particulares, 
por exemplo, pois é necessário que haja uma igualdade entre todos, tanto 
na justiça social quanto na justiça universal. Um juiz, por exemplo, não 
pode se valer de convicções pessoais para decidir determinado caso, 
mas tão somente se ater à lei e aos princípios pertinentes.
Justiça e ética andam de mãos dadas, pois o bem comum precisa 
ser colocado em primeiro plano, como forma de permitir a vida em 
sociedade de maneira harmônica. Até porque, muitas vezes, as pessoas 
podem agir de determinada maneira, achando que estão sendo justos, 
mas não agiram de maneira ética ou vice-versa. Por isso, é necessário que 
a ética e a justiça caminhem de mãos dadas, sendo uma o complemento 
da outra. 
Sobre a solidariedade 
Na continuidade de buscar relacionar alguns elementos importantes 
em nossa sociedade com a ética, trataremos um pouco agora sobre a 
solidariedade. Assim, quando falamos em solidariedade, estamos nos 
referindo à qualidade de alguém ser solidário, ou seja, de se compadecer 
com a situação de outrem, querendo ajudar ou querendo colaborar de 
alguma maneira. 
Etimologicamente falando, a palavra solidariedade tem origem 
no francês solidarité, que também remete para uma responsabilidade 
recíproca (SOLIDARIEDADE, 2021). Assim, quando falamos em uma 
responsabilidade recíproca, pensamos que é justamente o ato de se 
preocupar com os outros, e não somente pensar em si mesmo. Ainda, é 
estar atento às situações pelas quais algumas pessoas podem precisar 
de ajuda e, assim, ser solidário. De maneira geral, atitudes solidárias 
consistem em ajudar pessoas que estejam desemparadas e precisando 
de ajuda de diversas formas. 
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REFLITA:
O ano de 2020 foi, sem sombra de dúvidas, de muitos 
desafios para todas as pessoas ao redor do mundo, 
nomeadamente por causa do grande caos que se instalou 
em virtude da covid-19. Assim, para exemplificar melhor 
as atitudes solidárias, há uma reportagem da Ecoa (2020) 
que traz uma retrospectiva do ano de 2020, apresentando 
algumas redes de solidariedade contra crises. São 
exemplos dignos de serem compartilhados, considerando 
que esses atos solidários ajudaram muitas pessoas e 
famílias em um momento tão difícil. Vamos refletir um 
pouquinho mais sobre esses atos solidários e imaginar 
em qual área da nossa vida precisamos investir mais e 
sermos mais solidários uns com os outros? Caso queira 
se aprofundar no assunto, acesse a reportagem completa 
clicando aqui.
Assim, é possível notar que, quando falamos em solidariedade, 
estamos falando de uma assistência recíproca. Convém ressaltar que 
a solidariedade só pode ocorrer entre as pessoas, considerando que 
vivemos em sociedade e, portanto, por sermos seres racionais, podemos 
agir com solidariedade. Trazendo para o nosso estudo sobre a ética, Pérez 
(1987, p. 24) diz o seguinte: 
A solidariedade humana se embasa na igualdade de 
dignidade de todos os seres humanos, pressupõem, 
portanto, a mediação ética da justiça. Não podemos falar 
de solidariedade humana sem o respeito e a dignidade do 
homem e aos direitos humanos. Ainda que a justiça serve 
de intermédio para a solidariedade, esta vai mais além da 
justiça.
Desse modo, podemos agir com solidariedade em diversos 
âmbitos da nossa vida, seja no âmbito econômico, político, social, cultural 
ou religioso. Quando agimos de maneira não solidária, acabamos indo 
de encontro ao agir com ética, considerando que atitudes solidárias 
contribuem para um convívio mais harmônico e equilibrado em sociedade. 
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Por isso, agir com ética contribui para adquirir virtudes e, entre essas 
virtudes, está a solidariedade, visto que a solidariedade pode ser passada 
de pessoa a pessoa por meio, sobretudo, do exemplo, fazendo com que 
a atitude de uma pessoa possa servir de exemplo para outra, buscando 
sempre se tornar cada vez mais virtuoso e, também, o bem social.
RESUMINDO:
A análise de elementos como cidadania, justiça e 
solidariedade são de suma importância, considerando 
que se constituem como bases sólidas para a promoção 
da ética. Todos os elementos estão interligados entre si, 
considerando que o agir ético pede, sobretudo, a devida 
observância aos direitos e deveres do cidadão, a busca 
por justiça e a realização de atos solidários. Foi possível 
observar que todos se complementam, na busca por um 
bem social e convivência harmônica em sociedade. Assim, 
é imprescindível que tais elementos estejam presentes na 
procura por uma sociedade cada vez mais ética, justa e 
solidária. Mas não para por aqui. Temos ainda um estudo 
acerca da moral e da ética. Está pronto? Avancemos juntos!
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A ética e a moral 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender 
a relação existente entre a ética e a moral, bem como quais as 
principais diferenças entre os dois institutos, considerando 
que é muito comum confundirem e acharem que se trata 
da mesma coisa. Além disso, analisaremos alguns casos 
práticos nos quais podemos vislumbrar a prática da moral 
e da ética como forma de enxergar o papel e a importância 
delas em nossa sociedade. Preparado? Vamos juntos!
Entendendo o que é a moral 
É muito comum que as pessoas confundam ética com moral, 
ponderando que os dois institutos possuem algumas semelhanças. 
Contudo, não podemos e nem devemos confundir ética e moral e, por 
esse motivo, analisaremos alguns conceitos e definições de moral, como 
forma de fazer um contraponto do que já foi visto com relação à ética, 
entendendo as diferenças. 
Assim, a moral se consubstancia em um conjunto de hábitos e 
costumes de uma sociedade. Quando falamos em hábitos e costumes, 
já podemos subentender que a moral de um local não necessariamente 
coincidirá com a moral de outro local, considerando que algumas 
sociedades possuem hábitos e costumes diferentes. 
Inclusive, convém destacar que esses hábitos e costumes podem 
ser influenciados não somente a depender do local, mas também do 
período que está em causa. Ora, se paramos para pensar, na Grécia antiga 
não havia os mesmos costumes e hábitos dos dias atuais. 
Assim, o tempo e olocal vão, naturalmente, alterando alguns 
hábitos e costumes e, consequentemente, a determinada moral de uma 
sociedade, considerando que diversos são os elementos que podem 
influenciar nesse processo. Nesse aspecto, o modo de viver, religiões e 
crenças, por exemplo, também são elementos que influenciam a moral 
Ética e Direito Imobiliário
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de determinada sociedade, pois, dependendo da crença ou religião que é 
seguida por determinada sociedade, existirão coisas que serão permitidas 
ou proibidas nesse local. 
Nesse contexto, é muito comum associarmos a moral às normas 
de proibição e permissão, considerando que, se determinada atitude é 
permitida, é porque respeita a moral daquele local e, do mesmo modo, se 
determinada situação é proibida, é porque pode atentar contra a moral e 
os bons costumes de determinado local.
VOCÊ SABIA?
A novela “Despedida de casado”, escrita por Walter George 
Durst, deveria ter ido ao ar em 1977, possuindo no elenco 
nomes como o de Regina Duarte, Antônio Fagundes e 
Rosamaria Murtinho. Contudo, foi proibida de ir ao ar um 
dia antes de estrear, apesar de já contar com 30 capítulos 
prontos. Referida trama discorria sobre a história de três 
casais, discutindo temas como desgaste no casamento, 
desquite – como era chamado o divórcio, naquele período 
– bem como assuntos sobre outros problemas familiares. 
Naquele período de censura, acreditava-se que novelas 
como essa poderiam contribuir para o desgaste das 
famílias, contribuindo, assim, para conflitos e “atentando 
para a moral e os bons costumes” (ROCHA, 2019, on-line). É 
interessante observar que, em períodos diferentes, a moral 
pode ser enxergada sob óticas diferentes.
Nessa perspectiva, podemos perceber que a moral funciona como 
uma norma de conduta social, indicando se algo é certo ou errado naquela 
sociedade. Como já tratado anteriormente aqui, quando declaramos 
que a moral é uma espécie de conjunto de hábitos e costumes de uma 
sociedade, podemos perceber, portanto, que ela possui um caráter 
cultural e subjetivo, já que, a depender dos costumes e hábitos de 
determinada sociedade em determinado período temporal, algo poderá 
ser considerado moralmente correto ou não. Assim, algo pode ser 
permitido em determinada cultura, enquanto em cultura diversa pode ser 
moralmente mal visto. 
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Podemos citar alguns exemplos de que determinadas situações 
são moralmente aceitas em uma sociedade, enquanto essas mesmas 
situações podem não ser moralmente aceitas em outra sociedade. Ora, 
nem todas as sociedades são construídas da mesma forma, pautada nos 
mesmos valores e costumes, motivo pelo qual, a depender da sociedade, 
o conceito do moralmente permitido ou proibido pode variar. Como 
exemplo, temos as normas de conduta no que se refere ao sexo e à 
sexualidade. 
Em sociedades que têm como base uma religião cristã, é comum 
considerar como pecado a relação sexual que ocorre antes do matrimônio. 
Assim, tal relação não teria a benção divina. Ainda, questões que envolvem 
a homossexualidade são tratadas de maneiras diversas pelas sociedades. 
Na Grécia antiga, por exemplo, a homossexualidade era 
considerada um elemento cultural comum da sociedade, considerando, 
inclusive, que as mulheres tão somente tinham como função o lugar de 
fêmea reprodutora, sem que pudesse oferecer a plenitude do prazer a 
um homem. 
Sobre esse tema, inclusive, Frida Kahlo, conforme evidencia a 
Figura 5 abaixo destacada, foi um exemplo de mulher que lutou contra as 
injustiças de gênero da sua época, questionando diversas normas morais 
daquela sociedade na qual ela estava inserida. Vale a pena uma leitura 
sobre a vida e os feitos dessa mulher que tanto impactou a sociedade de 
sua época, refletindo até os dias atuais. 
Figura 5 – Representação de Frida Kahlo
Fonte: Pixabay 
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Diante de tudo que já foi exposto, é importante destacar a sua 
definição etimologicamente falando, para que não reste dúvidas acerca 
do que se entende por moral. Assim, o termo “moral” tem origem no latim 
morales, cujo significado é justamente “relativo aos costumes”. Ou seja, 
regras que são definidas pela moral e que passam a regular o modo de 
agir das pessoas em determinada sociedade (MORAL, 2021).
Ainda, quando falamos em moral, falamos em costumes e hábitos 
de determinada sociedade, pensando justamente na coletividade. Ou 
seja, tais regras são construídas por um grupo de pessoas, pelo coletivo. 
Tais condutas são formadas pensando no bem-estar da coletividade, 
acreditando que determinados hábitos ou regras poderão melhorar a 
convivência social, tornando-a mais harmoniosa.
ACESSE:
De maneira um pouco mais diferente, podemos também 
analisar a moral a partir de alguns filmes que marcaram 
época, a exemplo do filme Carol, de 2015. O filme retrata 
a década de 1950, em Nova York, na qual uma aspirante 
a fotógrafa acaba vivendo um relacionamento com uma 
mulher mais velha. Contudo, a sociedade daquele período 
era muito machista e conservadora, apresentando o 
que moralmente era considerado correto e, portanto, 
desconstruindo alguns aspectos morais.
Restou claro, assim, o que se entende por moral e de que maneira 
a moral pode ser aplicada ao nosso cotidiano, considerando o conjunto 
de regras que norteiam a sociedade e passam a ser aplicadas e usadas 
por todo cidadão. Daremos continuidade ao estudo, analisando, agora, 
as diferenças e possíveis semelhanças existentes entre ética e moral, 
fazendo um contraponto entre elas. Vamos juntos continuar aprendendo 
um pouco mais! 
Ética x moral 
Agora, analisaremos as principais diferenças e possíveis 
semelhanças entre a ética e a moral, considerando que, muitas vezes, os 
Ética e Direito Imobiliário
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dois termos são confundidos de maneira errônea. Apesar de ambos os 
termos possuírem finalidades semelhantes, seus conceitos e definições 
não se confundem. 
É bem verdade que tanto a ética quanto a moral contribuem no 
sentido de nortear e guiar a conduta dos indivíduos, de maneira que 
as pessoas consigam viver cada vez melhor em sociedade e de forma 
cada vez harmônica e equilibrada, indicando a melhor maneira de se 
comportarem em sociedade, priorizando, sobretudo, o bem comum e o 
bem-estar social. 
Contudo, é preciso compreender que a ética não pode se confundir 
com a moral. Enquanto a ética busca compreender as ações do homem 
justamente considerando os valores morais que orientam essas ações, 
definindo-as como certas ou erradas, conforme evidencia a Figura 6 
abaixo destacada, a moral tem como base os costumes, hábitos, crenças 
e modos de pensar que são construídos em determinada sociedade. 
Ou seja, a ética independe de práticas culturais, enquanto a moral leva 
em consideração práticas culturais para a formação do que pode ser 
considerado moralmente aceito ou não. 
Figura 6 – Representação do dilema ético
Fonte: Freepik
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Outro ponto que é importante destacar é que a ética se relaciona 
mais com questões individuais das pessoas, enquanto a moral leva em 
consideração o processo coletivo, pois representa costumes e hábitos 
de uma coletividade, de uma sociedade. Assim, podemos destacar que a 
ética é, justamente, uma reflexão moral acerca da ação. 
Quando dizemos que a ética pode ser considerada uma reflexão 
moral acerca da ação, precisamos compreender que algumas ações 
moralmente éticas podem não se enquadrar na moral de determinada 
sociedade. Vamos exemplificar para clarificar mais o entendimento. 
Se, em determinada sociedade, a exemplo da sociedade islâmica, 
uma mulher comete um adultério, essa mesma mulher pode ser 
condenada à morte por apedrejamento, considerando que tal conduta 
faz parte da moral dessa sociedade. Apesar de ser moralmente aceito 
que essa condenação aconteça, não pode ser considerado eticamente 
correta. Desse modo, se determinada pessoa impede queessa mulher 
seja apedrejada, ela estará atentando contra a moral dessa sociedade, 
apesar de estar agindo de maneira correta, eticamente falando. Por isso, é 
importante distinguir ética da moral. 
Nesse contexto, uma pessoa terá um comportamento moral ou 
imoral a depender da escolha que tomar, da reflexão ética que fizer, 
partindo da convicção íntima da pessoa que decidirá se cumprirá ou não 
com as normas morais estabelecidas em determinada sociedade. Logo, 
a pessoa que decide seguir os códigos morais pode ser considerada uma 
pessoa moral, enquanto uma pessoa que resolva desobedecer a tais 
regras será considerada uma pessoa imoral. 
Podemos perceber, portanto, que algumas condutas podem 
ser consideradas imorais sem, necessariamente, serem condutas que 
violarem leis, por exemplo. Quando determinada pessoa joga lixo no chão, 
fala mal de um colega de trabalho na frente de outro ou não respeita os 
idosos, não necessariamente está cometendo nenhuma conduta ilegal, 
contudo está agindo de maneira imoral, considerando os costumes da 
nossa sociedade, por meio dos quais as condutas anteriormente citadas 
não são moralmente aceitas. 
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Resta claro, portanto, que ética e moral não possuem os mesmos 
conceitos e definições. São termos diferentes e com significados diversos, 
já que a ética acaba refletindo e questionando as regras morais, enquanto 
a moral é constituída por valores, costumes e hábitos que vão derivando 
de comportamentos dos indivíduos e sendo aceitos socialmente falando. 
Em outras palavras, a ética é mais universal, diferentemente 
da moral, que depende do local onde você está, considerando que 
determinada atitude pode ser considerada certa ou errada, a depender da 
sociedade a qual estamos nos referindo, como já exemplificado durante o 
nosso estudo. Passaremos agora para a análise de alguns casos práticos 
envolvendo a moral, como forma de deixar ainda mais completo o nosso 
estudo. 
Alguns casos práticos envolvendo a ética e 
moral 
Agora, analisaremos alguns casos práticos que envolvem tanto a 
ética quanto a moral. Considerando o que já estudamos acerca da moral, 
podemos citar algumas situações que eram aceitas pela sociedade 
antigamente e que hoje são inaceitáveis, eticamente e moralmente 
falando.
Podemos citar como exemplo a escravidão existente no período 
do Brasil Colônia e Brasil Império, conforme demonstra a Figura 7 abaixo 
destacada. Naquele período, a escravidão existia e fazia parte do dia a 
dia daquela sociedade. Contudo, atualmente, é uma situação inaceitável, 
tanto sob a ótica da ética quanto da moral, além de ir contra os direitos 
humanos. 
Direitos trabalhistas inexistentes, como ocorria no início da Revolução 
Industrial, e punições e torturas que ocorreram durante a ditadura militar 
também são exemplos de situações que, em determinado período, já 
foram aceitas, mas são inaceitáveis ética e moralmente falando.
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Figura 7 – Representação da escravidão antigamente
Fonte: Freepik
Além das situações que hoje não mais aceitas nem pela ótica da 
ética, tampouco pela moral, há comportamentos de nosso cotidiano que 
são exemplos éticos e morais do que pode ser considerado certo ou 
errado e são, diariamente, colocados em prática. 
Dizer sempre a verdade é um comportamento moral correto, 
considerando que uma das bases da moralidade é justamente a 
honestidade, utilizando-se da verdade sempre. Mas, se pararmos para 
refletir, nem todas as situações dizer a verdade será a escolha mais 
acertada a se fazer. 
Vamos explicar melhor. Se um sequestrador perguntar a você 
onde a sua família está, porque pretende sequestrá-los para praticar 
algum roubo, por exemplo, a coisa mais correta a se fazer é não dar essa 
informação, não dizendo a verdade sobre o paradeiro da sua família, ainda 
que saiba onde sua família se encontra. Ou seja, nessa situação, você 
deixou de dizer a verdade, mas não agiu imoralmente, pelo contrário, agiu 
de maneira correta. 
Outro comportamento que, na prática, envolvem comportamentos 
moralmente e eticamente corretos são os de não trapacear, sendo honesto 
com as pessoas que convivem conosco, buscando evitar enganar outras 
pessoas e, assim, evitar um comportamento que seja imoral. Ajudar quem 
precisa, considerando que a moral está mais relacionada aos valores e 
Ética e Direito Imobiliário
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convicções individuais, e perceber que alguém precisa de ajuda irá fazer 
com que você reflita sobre essa situação e decida ou não ajudar, conforme 
as suas crenças e os seus costumes morais. 
Não furar fila, não maltratar os animais, não jogar lixo na rua e 
não prejudicar nenhum colega de trabalho também são exemplos de 
situações que podemos colocar em prática, com comportamentos que 
sejam corretos sob a ótica da ética e da moral. Portanto, é necessário 
que a nossa vivência em sociedade tenha como base valores morais 
e, sobretudo, princípios éticos que possam nortear e guiar as nossas 
condutas, garantindo um bem-estar social.
RESUMINDO:
E então? Aprendeu direitinho o que se entende por moral 
e o porquê de ela não poder ser confundida com a ética? 
O estudo da moral nos permitiu compreender quais as 
suas características, bem como as principais diferenças 
em relação à ética, considerando a confusão que costuma 
ocorrer entre esses dois termos. Ainda, foi possível observar 
a relação existente entre a ética e a moral e de que maneira 
elas estão presentes no nosso dia a dia, com a análise de 
alguns casos práticos de comportamentos em sociedade. 
São situações rotineiras que comprovam a importância do 
estudo acerca da ética e da moral. Espero que tenha sido 
possível assimilar todas as informações e entender um 
pouquinho sobre esse tema. Preparado para aprender um 
pouco mais sobre a ética profissional? Vamos juntos!
Ética e Direito Imobiliário
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A ética profissional 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de analisar a 
ética profissional, de maneira que seja possível aplicar tudo 
que estudamos até agora sobre ética às várias situações 
e conflitos no mundo do trabalho. Assim, analisaremos 
alguns conceitos e definições do que se entende por ética 
profissional, para, posteriormente, observar de que maneira 
essa ética pode ser aplicada ao âmbito médico e jurídico. 
São contribuições importantes para toda e qualquer 
profissão e que serão melhor delineadas durante o nosso 
estudo. E então? Preparado? Vamos juntos!
Conceito e definições
Com certeza, você já ouviu falar de ética profissional e da forma 
como a ética é um ponto positivo em toda e qualquer profissão. Desse 
modo, analisaremos agora o que se entende por ética profissional e qual 
o papel que desempenha em todas as profissões de maneira geral. 
A ética profissional é responsável por fazer com que todos os 
profissionais, independentemente da profissão que desempenham, 
adequem-se a normas de conduta de uma determinada empresa, de 
maneira que estejam de acordo com condutas que são valorizadas 
pela empresa, agregando, assim, valor a essa empresa. Assim, a ética 
profissional vai se valer justamente de um conjunto de valores e normas 
de comportamento e relacionamento que serão adotadas no ambiente 
de trabalho e, como dito anteriormente, que valem para todo e qualquer 
exercício profissional. Isso porque, quando falamos de ser ético e ter ética 
profissional, não podemos apenas falar que um professor deve ser ético 
ou que um dentista precisa ser. Em todas as profissões, os profissionais 
precisam agir eticamente e, portanto, de maneira correta. 
Ou seja, a ética profissional não cabe apenas a algumas profissões 
em específico, mas a todas elas, considerando que é essencial que todos 
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os profissionais ajam com ética, construindo relações harmônicas entre 
colegas, chefes, subordinados, entre outros. 
Ter ética profissional não apenas cria um ambienteadequado de 
trabalho, mas também cria uma imagem positiva da instituição/empresa 
perante o seu público, clientes e sociedade em geral, já que, atualmente, 
cada vez mais são valorizadas empresas que priorizem profissionais éticos 
e, sobretudo, instituições que se comprometam com normas e condutas 
éticas para com os seus profissionais e clientes, garantindo, assim, um 
nível maior de confiança. 
Tem sido cada vez mais comum que grandes líderes de empresas 
e instituições defendam que, para o bom funcionamento de qualquer 
empresa que se preze, é necessário um ambiente de trabalho adequado, 
harmonioso, equilibrado, pautado em relações amigáveis e respeitosas, 
contribuindo para o bem-estar entre os colegas, conforme evidencia a 
Figura 8 abaixo destacada e, sobretudo, refletindo no desenvolvimento 
da empresa.
Figura 8 – Representação de uma boa relação entre colegas de trabalho
Fonte: Freepik
Ora, é inegável que, quando há um bom ambiente de trabalho, no 
qual todos os funcionários agem com ética profissional e de acordo com 
as normas e condutas estipuladas pelas empresas, esse bom ambiente 
Ética e Direito Imobiliário
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propiciará um maior rendimento desses funcionários, considerando que 
o ambiente impacta diretamente o bom funcionamento ou não de uma 
empresa. 
Quando é um ambiente hostil, no qual não há respeito entre os 
funcionários, há um clima de competitividade maior que o normal, não há 
respeito entre os colegas, entre outras situações que não condizem com 
a ética profissional, dificilmente um profissional se sentirá motivado para 
continuar trabalhando de maneira produtiva e, até mesmo, motivado a 
querer continuar nessa empresa. 
Assim, da mesma forma que um bom ambiente de trabalho reflete 
de maneira positiva perante os clientes e sociedade, por exemplo, um 
ambiente em desacordo com a ética profissional também irá refletir, só 
que de maneira negativa perante os clientes e a sociedade. 
Inclusive, convém destacar que um agir com ética profissional não 
é bom apenas para as empresas e instituições de uma maneira geral. Mas 
quando um profissional decide agir com ética profissional, de acordo com 
as normas e condutas estipuladas por uma empresa, ele se destacará 
tanto no seu ambiente de trabalho quanto também fora dele. 
Um profissional que respeita os limites da sua função, que respeita 
seus colegas de trabalho, zela pelos instrumentos utilizados bem como 
zela pela organização, não apenas contribui para um bom rendimento seu 
e de sua equipe, mas também se destaca no mundo profissional como 
um todo, sendo uma mais valia. 
Podemos citar alguns exemplos de práticas que auxiliam no 
processo de comprometimento com a ética profissional e que, inclusive, já 
foram anteriormente citadas aqui durante o nosso estudo. Assim, agir com 
honestidade, falando sempre a verdade entre seus colegas e para seus 
superiores, sabendo ser discreto e agir com cautela com informações 
que lhe são transmitidas, cumprindo sua função com comprometimento, 
sem prejudicar outras pessoas, agindo com prudência e humildade, 
reconhecendo seus limites e buscando sempre melhorar são alguns dos 
exemplos de comportamentos que auxiliam no processo de agir com 
ética profissional. 
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Os comportamentos acima referidos são atitudes aceitas pelo 
senso comum, considerando que toda e qualquer pessoa deve agir dessa 
maneira, de acordo com a sociedade em que vivemos e a necessidade de 
buscarmos sempre viver da maneira mais harmoniosa possível dentro da 
sociedade. Contudo, além disso, existem alguns códigos de conduta ética 
organizacional nos quais determinadas empresas criam suas próprias 
regras para garantir o seu bom funcionamento. 
Essas regras precisam estar de acordo com as regras gerais do 
senso comum. O que ocorre é que, dependendo da empresa e do seu 
tipo de funcionamento, são necessárias algumas regras específicas para 
padronizar os procedimentos de trabalho, de maneira a respeitar os 
valores desta empresa e tratar seus funcionários de maneira ainda mais 
igualitária. 
Ainda, há algumas profissões que dispõem de Conselhos de 
Representação que possuem Códigos de Ética específicos para referida 
profissão, a exemplo do Conselho Federal de Medicina e do Código 
de Ética da Ordem dos Advogados, que analisaremos de maneira mais 
detalhada a partir de agora. 
Ética médica 
Agora, veremos de maneira mais específica um pouco mais sobre 
a ética médica, buscando compreender qual o papel desse conjunto 
de normas para a profissão. Assim, é preciso esclarecer que a ética na 
medicina deverá ser aplicada a todos os profissionais da área médica, 
sendo um conjunto de normas que têm como base valores da sociedade 
e valores morais, mas que também tratam de maneira um pouco mais 
específica de situações que ocorrem no cotidiano dos profissionais da 
área médica. 
Convém destacar que, como já debatido anteriormente, a moral 
acompanha os costumes e hábitos de determinada sociedade, tendo 
a ética também como base esses princípios morais. Portanto, como os 
hábitos e costumes de determinada sociedade mudam com o passar 
do tempo, os valores também vão se alterando, motivo pelo qual a ética 
Ética e Direito Imobiliário
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médica obedece a regras que são constantemente revisadas, para que 
possam estar de acordo com as necessidades da sociedade. 
Nesse contexto, a ética médica pode ser analisada sob a ótica da 
relação entre o médico e o paciente, entre os próprios médicos e entre 
o médico e a sociedade. Assim, o Código de Ética Médica regerá as três 
relações acima apresentadas, orientando as condutas que sejam mais 
adequadas a depender das situações no caso concreto, como na doação 
de órgãos, por exemplo.
SAIBA MAIS:
A ética médica não é um tema atual apenas, já que, desde 
a Grécia antiga, era tema entre os médicos ocidentais. 
Inclusive, o juramento de Hipócrates, um dos textos 
mais famosos daquele período entre os médicos, trazia 
o seguinte: “Aplicarei os regimes para o bem do doente 
segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar 
dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, 
nem remédio mortal nem um conselho que induza à perda” 
(JURAMENTO, 2021, on-line). Por esse trecho, podemos 
observar que havia o comprometimento em, como médico, 
agir com honestidade, caridade e cuidado para com o 
paciente. Nesse período, não havia necessariamente 
um código formal que tratasse da ética médica, mas tão 
somente comportamentos sociais que consideravam a 
honra e a palavra do médico, sem que fossem necessárias 
regras escritas a serem adotadas. Contudo, em 1803, essas 
regras e condutas foram finalmente organizadas no Código 
de Ética Médica, feito pelo médico, filósofo e escritor inglês 
Thomas Percival (NEVES, 2009).
No Brasil, o primeiro documento que veio disciplinar a ética médica 
foi publicado em 1988. de acordo com o Conselho Federal de Medicina, o 
documento disciplinava o seguinte: 
A primeira versão do Código de Ética Médica foi publicada, 
de fato, em 1988. Porém, antes disso, houve sete versões 
reconhecidas oficialmente pela classe médica. Desde a 
primeira formulação (Código de Moral Médica, 1929) até 
sua última versão (Código de Ética Médica, 2009/2010), o 
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conteúdo do documento evoluiu continuamente, e suas 
contribuições foram fundamentais para estabelecer o 
atual escopo ético da profissão. (CÓDIGO, 2021, on-line)
Nesse contexto, o atual Código de Ética Médica estipula regras 
e condutas que precisam ser seguidas por todos os profissionais que 
atuam na área, considerando a importância da profissão médica, que lida 
com vidas e com a saúde humana. Assim, é necessário que os médicos 
coloquem os interesses do paciente acima de qualquer outro, pois a vida 
é o bem mais importante. Alguns dos incisos do preâmbulo do Código de 
Ética Médica dispõem o seguinte: 
PREÂMBULO
I - O presente Códigode Ética Médica contém as normas 
que
devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua 
profissão, inclusive nas atividades relativas a ensino, 
pesquisa e administração de serviços de saúde, bem 
como em quaisquer outras que utilizem o conhecimento 
advindo do estudo da medicina.
II - As organizações de prestação de serviços médicos 
estão
sujeitas às normas deste Código.
III - Para o exercício da medicina, impõe-se a inscrição 
no Conselho Regional do respectivo estado, território ou 
Distrito
Federal. (CFM, 2018, on-line)
Uma questão muito interesse que acaba envolvendo a ética médica 
e o fato de colocar os interesses do paciente acima de qualquer outro diz 
respeito às transfusões de sangue das pessoas que professam a religião 
Testemunhas de Jeová. Essas pessoas não aceitam o procedimento de 
transfusão de sangue, pois a religião considera que tal procedimento as 
torna impuras e indignas do reino de Deus. 
Contudo, o que está em causa é a vida do paciente, que, muitas 
vezes, necessita da transfusão para sobreviver. Coloca-se em causa a 
conduta do médico em priorizar a vida do paciente ou respeitar a vontade 
dele quando não aceita realizar a transfusão.
Ética e Direito Imobiliário
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SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre o tema, há um texto disponível no 
site Migalhas desenvolvido por Eudes Quintino de Oliveira, 
intitulado “Testemunhas de Jeová e a transfusão de sangue”, 
que trata exatamente dessa opção religiosa, a conduta do 
médico e os direitos envolvidos. Caso queira se aprofundar 
no assunto, acesso o texto na íntegra, Clique aqui.
Assim, não resta dúvidas de que o Código de Ética Médica tem 
papel fundamental para os profissionais da área, visto que o referido 
código proporciona maior segurança tanto para os profissionais quanto 
para os pacientes, considerando que há regras específicas para serem 
observadas nas relações médico paciente, entre médicos, e médico e 
sociedade. 
Por esse motivo, a observância ao Código de Ética Médica não é 
uma opção, sendo uma obrigação por parte dos profissionais, no intuito 
de garantir uma maior humanização no atendimento e clareza para com 
seus pacientes de todos os procedimentos que são realizados. 
Trataremos agora da ética jurídica, tão importante quanto a ética 
médica. É importante ressaltar que estamos apenas apontando alguns 
códigos de ética específicos de determinadas profissões, mas não 
se esgotam nas aqui apresentadas, existindo muitas outras que são 
igualmente importantes. Estamos tomando como exemplo apenas duas 
para clarear um pouco mais o nosso estudo sobre a importância da ética 
na prática em situações profissionais. 
Ética jurídica 
Por fim, e não menos importante, temos a ética jurídica, que se 
apresenta por meio do Código de Ética preconizado pela Ordem dos 
Advogados (OAB). Esse texto normativo tem como função disciplinar a 
atividade jurisdicional, para que os profissionais da área jurídica atuem 
em conformidade com a ética e a moral, fundamentados por princípios 
norteadores da atividade jurisdicional. 
Ética e Direito Imobiliário
https://migalhas.uol.com.br/depeso/313870/testemunhas-de-jeova-e-a-transfusao-de-sangue
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O Código de Ética do Advogado preza não somente pelo respeito 
entre os colegas de profissão, mas também estabelece deveres dos 
advogados que precisam ser observados durante a atividade jurisdicional. 
Vejamos o que dispõem alguns dos artigos desse Código de Ética: 
TÍTULO I
DA ÉTICA DO ADVOGADO
CAPÍTULO I
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAIS
Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta compatível 
com os preceitos deste Código, do Estatuto, do 
Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais 
princípios da moral individual, social e profissional.
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da 
Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da 
cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz 
social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado 
à elevada função pública que exerce.
Parágrafo único. São deveres do advogado:
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a 
dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de 
essencialidade e indispensabilidade;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, 
decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, em seu 
aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do 
Direito e das leis;
VI – estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, 
sempre que possível, a
instauração de litígios;
VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura 
judicial; [...] (OAB, 2015, on-line) 
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Essas são apenas algumas das disposições presentes no Código 
de Ética do Advogado, de maneira que as regras ali estabelecidas sejam 
rigorosamente observadas por todos os advogados, servindo de base 
para o exercício da profissão de advogado e, assim, assegurando o 
respeito para com os profissionais de toda a classe. 
Ora, os advogados estão constantemente lutando pelos direitos de 
seus clientes e, assim, buscando que a justiça seja feita. É inegável que o 
agir com ética se torna ainda mais necessário, considerando que somente 
com a ética conseguiremos viver em harmonia na sociedade, respeitando 
nossos colegas, clientes e, sobretudo, a sociedade como um todo.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Só para termos certeza de que você realmente 
entendeu, vamos recapitular algumas coisas. Você deve 
ter aprendido que a ética profissional é extremamente 
importante para toda e qualquer profissão, considerando 
que em todas as profissões há regras de senso comum 
que precisam ser observadas. Afinal, para que as relações 
profissionais estabelecidas não gerem problemas, mas, ao 
contrário, sejam harmoniosas, é necessário um agir com 
ética. Além disso, aprendemos um pouco sobre a existência 
de alguns códigos de ética específicos, com regras e 
condutas voltadas a determinadas profissões, norteando e 
guiando a maneira como os profissionais da área precisam 
seguir. Vimos o exemplo de apenas duas profissões, a saber: 
a ética médica e a ética jurídica. Analisamos alguns artigos 
dos referidos códigos, como forma de pincelar do que se 
tratam, reforçando a importância desses. E aí? Gostou de 
tudo que viu? Espero que você tenha conseguido absorver 
tudo. Vamos continuar aprendendo um pouquinho mais 
sobre o tema. Conto com você!
Ética e Direito Imobiliário
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REFERÊNCIAS 
ARISTÓTELES. A ética: textos selecionados. São Paulo: Edipro, 2003.
ARISTÓTELES. Ética à nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível 
em: http://bit.ly/36vujoQ. Acesso em: 24 nov. 2020. Acesso em: 19 jan. 2021. 
CFM – CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 
2.217, de 27 de setembro de 2018. Aprova o Código de Ética Médica. 
Brasília, DF: CFM, 2018. Disponível em: https://bit.ly/3iIpxvU. Acesso em: 
22 jan. 2021. 
CÓDIGOS de ética médica (versões anteriores). Conselho Federal 
de Medicina, [2021]. Disponível em: https://bit.ly/3y5EAq4. Acesso em: 22 
jan. 2021. 
ECOA. Retrospectiva 2020: Líderes mulheres e redes de solidariedade 
contra crises. Uol, 24 dez. 2020. Disponível em: https://bit.ly/36V56GL. 
Acesso em: 20 jan. 2021. 
ETHOS. Significados, [2021]. Disponível em: https://bit.ly/3eO9DPL. 
Acesso em: 19 jan. 2021. 
ÉTICA. In: Dicio: dicionário online de português, [2021]. Disponível 
em: https://www.dicio.com.br/etica/. Acesso em: 19 jan. 2021. 
JÚNIOR, E. Q. O. Testemunhas de Jeová e a transfusão de sangue. 
Migalhas, 27 out. 2019. Disponível em: https://bit.ly/3y1RAgu. Acesso em: 
22 jan. 2021. 
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Estado do Paraná,[2021]. Disponível em: https://bit.ly/3hXtjCp. Acesso 
em: 15 jul. 2021.
JUSTIÇA. Significados, [2021]. Disponível em: https://bit.ly/3ryY3wP. 
Acesso em: 19 jan. 2021. 
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MORAL. Significados, [2021]. Disponível em: https://bit.ly/3iCBQdn. 
Acesso em: 20 jan. 2021. 
NEVES, M. P. Thomas Percival: tradição e inovação. Revista Bioética, 
v. 11, n. 1, 2009. Disponível em: https://bit.ly/3eLTIRG. Acesso em: 22 jan. 
2021. 
OAB – ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Resolução nº 
2/2015. Aprova o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados 
do Brasil. Brasília, DF: OAB, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3eNafVH. 
Acesso em 21 de jan. 2021. 
PARANÁ. Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, [2021]. 
Disponível em: http://www.dedihc.pr.gov.br/. Acesso em: 19 jan. 2021. 
PÉREZ, M. C. La solidaridad: un acercamiento desde la educación. 
In: IEPS – Instituto de Estudios Pedagógicos Somoaguas. Educación y 
solidariedade: propuestas de reflexión y acción. Madrid: Narcea, 1987.
ROCHA, C. Como a novela “Roque Santeiro” escancarou a censura 
da ditadura. Nexo, 3 nov. 2019. Disponível em: https://bit.ly/3BzjEtx. 
Acesso em: 21 jan. 2021. 
SOLIDARIEDADE. Significados, [2021]. Disponível em: 
https://bit.ly/3BBoK8C. Acesso em: 19 jan. 2021. 
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