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Pós-Graduação_Equipamentos de Proteção Contra Incêndios e Pânicos_Ebook da Unidade - Equipamentos de Proteção Contra Incêndios e Pânicos

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Unidade 2
Livro Didático 
Digital
Elaine Christine Pessoa Delgado e 
Giselly Santos Mendes
Combate e 
Prevenção de 
Incêndios e Pânicos
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor 
ELAINE CHRISTINE PESSOA DELGADO 
GISELLY SANTOS MENDES
AS AUTORAS
Elaine Christine Pessoa Delgado
Eu, Elaine, sou graduada em Administração de Empresas pela 
Universidade Federal de Campina Grande (2007), com uma experiência 
técnico-profissional na área de gerência de empresas há mais de 10 anos. 
Giselly Santos Mendes
Eu, Giselly, sou Mestra em Qualidade Ambiental, Tecnóloga em 
Polímeros, Administradora e Educadora, com uma experiência técnico-
profissional na área de Processos Gerenciais e Educacionais há mais de 
12 anos.
Somos apaixonadas pelo que fazemos e gostamos de transmitir 
nossas experiências de vidas àqueles que estão iniciando suas profissões. 
Por isso, fomos convidadas pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco 
de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!. 
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio e 
pânico ..............................................................................................................10
Equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio e pânico ............ 10
Hidrantes, mangotinhos e chuveiros automáticos ...................... 20
Hidrantes .............................................................................................................................................. 20
Mangotinhos .......................................................................................................................................24
Chuveiros automáticos ................................................................................................................26
Extintores de incêndio e escadas enclausuradas ........................ 30
Extintores .............................................................................................................................................. 30
Tipos de Extintores .....................................................................................................33
Extintores de espuma ............................................................................34
Extintores de gás carbônico .............................................................34
Extintor de água pressurizada ........................................................ 36
Extintor de pó químico seco ............................................................ 36
Extintor de pó multiuso ........................................................................37
Escadas enclausuradas ............................................................................................................. 38
Saídas, alarmes, iluminação de emergência, rotas de fugas e 
sinalização de emergência ......................................................................41
Saídas de emergência ................................................................................................................. 41
Alarmes ...................................................................................................................................................43
Iluminação de emergência ......................................................................................................45
Rotas de fugas e sinalização de emergência ............................................................ 48
7
UNIDADE
02
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que existem medidas de segurança que podem evitar 
o surgimento do incêndio, podem limitar a sua ampliação, assim como 
permitir a sua extinção, devendo muitas dessas medidas já estarem 
previstas no projeto arquitetônico? E que os extintores são considerados 
como uma melhor alternativa para o combate a princípios de incêndio? 
Existem várias medidas de segurança que podem ser tomadas 
durante o surgimento de um incêndio, diante disso, é fundamental a 
compreensão dessas medidas. Nesta unidade, iremos conhecer as 
principais características de algumas dessas medidas, como hidrantes, 
mangotinhos, chuveiros automáticos, extintores, escadas enclausuradas, 
saídas de emergência, alarmes e detectores de incêndio, iluminação 
de emergência, rotas de fuga e sinalização de emergência. Além disso, 
iremos compreender o que são as medidas passivas e ativas e os sistemas 
automáticos e sob comando.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste 
universo!
 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Classificar os equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio 
e pânico; 
2. Manusear e aplicar equipamentos de proteção coletiva, como 
hidrantes, mangotinhos e chuveiros automáticos;
3. Utilizar extintores de incêndio e escadas enclausuradas, aplicando-
os a cada situação de emergência;
4. Descrever as saídas, os alarmes e a iluminação de emergência, 
interpretando e projetando a sinalização de rotas de fuga.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
10
Equipamentos e sistemas de proteção 
contra incêndio e pânico 
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
quais são os equipamentos e sistemas de proteção contra 
incêndio e pânico, bem como a sua importância. Motivado 
para desenvolver esta competência? Então, vamos lá! 
Avante!
Equipamentos e sistemas de proteção 
contra incêndio e pânico 
Conforme Carvalho Júnior (2019), as medidas de segurança contra 
incêndios se referem à reunião de instrumentos ou sistemas a serem 
inseridos nas edificações e áreas de risco com a finalidade de evitar que 
um incêndio se inicie, limitar a sua ampliação, permitir a sua extinção e, 
ainda, garantir a proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. 
Silva (2014) entende que não há segurança incondicional contra 
incêndio, contudo, pode-se diminuir a possibilidade do seu acontecimento 
através de medidas de segurança, como as instalações elétricas efetuadas 
de acordo com normas técnicas, a formação de brigadas de incêndio e a 
instalação de chuveiros automáticos. 
A população deve possuir meios para ser capaz de abandonar o 
compartimento em chamas em segurança, dessa forma, devem ser 
instalados detectores e alarmes para que possam ser informados sobre o 
surgimento do incêndio. É fundamental que exista sinalização e iluminação 
para a desocupaçãodo ambiente em chamas de forma rápida, fazendo 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
11
com que as pessoas atinjam rapidamente as escadas de emergência, 
esclarece Silva (2014).
Eles são fundamentais para prevenção e combate aos incêndios.
IMPORTANTE:
Muitas das medidas de proteção contra incêndios e pânicos 
devem ser previstas já no projeto arquitetônico.
Uma edificação protegida oferece pequena probabilidade de 
surgimento de incêndio e alta possibilidade de evasão dos ocupantes 
e moradores, assim como leva em conta as edificações vizinhas quanto 
à possibilidade de risco e à extinção acelerada do foco inicial, informa 
Carvalho Junior (2017).
Torna-se imprescindível a compreensão das medidas de segurança 
existentes nas edificações pelas guarnições dos Corpos de Bombeiros 
(Figura 1), pois no atendimento operacional, o emprego de um acesso 
ou rota de fuga e o manuseio correto de um equipamento será decisivo 
no resultado de uma interferência, podendo constituir em vidas salvas ou 
a salvaguarda do Bombeiro que estiver agindo na emergência, relata o 
Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo (2006).
Figura 1: Corpo de Bombeiros
Fonte: Freepik.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
12
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 23 (NR 23) – Proteção 
Contra Incêndio, devem ser adotadas as seguintes medidas: 
23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de 
prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação 
estadual e as normas técnicas aplicáveis. 
23.1.1 O empregador deve providenciar para todos os 
trabalhadores informações sobre:
a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com 
segurança; 
c) dispositivos de alarme existentes. 
23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em 
número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se 
encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez 
e segurança, em caso de emergência. 
23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser 
claramente assinaladas por meio de placas ou sinais 
luminosos, indicando a direção da saída.
23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à 
chave ou presa durante a jornada de trabalho. 
23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com 
dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do 
interior do estabelecimento. (BRASIL, 2011)
Carvalho Junior (2019) afirma que, dentre as medidas existentes 
que se destinam à proteção contra incêndio nas edificações, os pontos 
mais diretamente dirigidos à arquitetura podem ser agrupados em dois 
sistemas: as medidas ativas de proteção e medidas passivas.
Mas quais são essas medidas, você sabe?
As medidas ativas são aquelas que apenas entram em ação quando 
ocorrer o incêndio, e são ativadas por sistemas manuais ou automáticos, 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
13
como a detecção, o alarme, a iluminação de emergência, os hidrantes, os 
chuveiros automáticos, a supressão por gases etc., cita Carvalho Junior 
(2019). 
Já as medidas passivas não dependem da ação do incêndio e 
são inseridas no projeto arquitetônico, como saídas de emergência, 
compartimentação, tempo de resistência ao fogo nas estruturas do 
edifício, controle de materiais de acabamento de revestimentos etc., 
menciona Carvalho Junior (2019). 
NOTA:
As condições impostas quanto à segurança das edificações 
podem alterar entre os Estados do país, contudo, o 
predomínio de exigências para aprovação de projetos de 
prevenção contra incêndio e para a aprovação de vistorias 
é comum a todos junto aos Corpos de Bombeiros (CORPO 
DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2006).
Os principais sistemas de combate a incêndio (Figura 2) podem 
ser separados em duas classes, que são: os sistemas automáticos e os 
sistemas sob comando manual.
Figura 2: Combate a incêndio
Fonte: Freepik
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
14
Vejamos quais são esses sistemas.
Segundo Brentano (2007), o sistema sob comando é formado 
por uma rede de canalizações fixas e tem como finalidade levar água 
da fonte de suprimento até o ponto onde o fogo deve ser combatido, 
no momento de um incêndio. Estas instalações, situadas dentro de 
edificações, comumente, são atuadas pelos ocupantes e, para que isso 
aconteça, devem possuir orientação adequada, porque são compostas 
de equipamento especializado com grandes pressões e vazões de água.
NOTA:
Elas são sob comando, pois precisam da ação do homem 
para serem efetivadas.
Os sistemas sob comando podem ser definidos, de acordo com 
Brentano (2007, p. 47), como:
Sistemas fixos, formados por uma rede de canalizações e 
abrigos ou caixas de incêndio, que contêm tomadas de incêndio 
com uma ou duas saídas de água, válvulas de bloqueio, 
mangueiras de incêndio, esguichos e outros equipamentos, 
instalados em locais estratégicos de edificação, a partir dos 
quais os seus ocupantes, geralmente, fazem manualmente o 
combate ao foco do incêndio lançando água sob as formas 
de jatos sólido, de chuveiro ou de neblina, para extinguir ou, 
então, controlar o fogo até a chegada do corpo de bombeiros. 
Os sistemas sob comando (Figura 3) são abastecidos de água de 
forma automática, com a fácil abertura de um hidrante ou mangotinho em 
qualquer local de instalação, podendo ser por gravidade ou com bombas 
de reforço, a partir de um reservatório superior ou de um reservatório 
inferior por meio de um sistema de bombas de incêndio exclusivo, explana 
Brentano (2007). 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
15
Figura 3: Sistemas sob comando
Fonte: Freepik.
Conforme a NBR 13.714:2000, os sistemas de combate a incêndio 
sob comando se dividem em sistemas de mangotinho e sistema de 
hidrantes.
Para Mello (2014), os sistemas automáticos são aqueles que 
funcionam no surgimento do incêndio, automaticamente, sem precisar da 
intervenção do homem que podem ser ativados pelo calor do fogo ou pela 
fumaça, sendo o mais conhecido o chuveiro automático, ou sprinklers.
Também são exemplos de sistemas automáticos os sistemas por 
agentes limpos, halogenados ou gases inertes, que agem de modo direto 
no foco do incêndio e com “ação combinada de redução da temperatura e 
abafamento, apagam os focos de incêndio sem causar danos às pessoas, 
equipamentos e a camada de ozônio” (MELLO, 2014, p. 27). 
Brentano (2007) ainda cita como exemplo de sistema automático 
os sistemas de projetores ou bicos nebulizadores de média e alta 
pressão, que são constituídos por uma rede de canalização de água com 
dispositivos de formatos especiais, uniformemente distribuídos e com 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
16
espaçamentos adequados nos ambientes que devem ser protegidos, que 
fazem a aplicação de água sob a forma de uma neblina muito fina. 
NOTA:
São utilizados para apagar incêndios em riscos específicos, 
como transformadores, estufas de secagem, assim como 
em óleos e outros líquidos inflamáveis (BRENTANO, 2007).
Outro sistema que precisamos conhecer são os de espuma.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo (2018) afirma que os sistemas 
de espuma são classificados, conforme a sua capacidade de mobilidade, 
em: 
Fixos – são equipamentos para proteção de tanque de 
armazenamento de combustível, cujos elementos são fixos, 
de forma permanente, desde a estação geradora de espuma 
até a câmara aplicadora; 
Semifixos – são equipamentos com o objetivo de proteger o 
tanque de armazenamento de combustível, cujos elementos, 
fixos de forma permanente, são complementados por 
equipamentos móveis para sua operação; 
Móveis – são as instalações completamente independentes, 
normalmente veículos ou carretas, podendo se locomover 
e aplicar onde forem necessários, solicitando apenas a sua 
conexão a um abastecimento de água apropriado.
Além destes, temos os sistemas de gases.
Os sistemas fixos de combate a incêndio à base de gases (Figura 
4) são aqueles que podem substituira água como agente extintor, 
entretanto, eles exigem um custo bastante superior, de modo que a sua 
instalação necessita ser analisada de forma cuidadosa em cada situação. 
Todo sistema fixo de combate a incêndio por agente gasoso versa em um 
conjunto de equipamentos, como vasos de pressão contendo gás extintor, 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
17
tubulação, difusores de gás, detector de incêndio e alarme, analisa Silva 
(2014).
Figura 4: Gases
Fonte: Freepik
O sistema fixo de baterias de cilindros de CO2 se baseia em 
tubulações, válvulas, difusores, rede de detecção, sinalização, alarme, 
painel de comando e acessórios, com o objetivo de eliminar o incêndio 
por abafamento, através da descarga do agente extintor. Sua utilização 
busca a proteção de ambientes onde o uso de água não é aconselhável, 
ou lugares cujo valor agregado dos objetos e equipamentos é elevado, 
nos quais a extinção por outro agente ocasionará a depreciação do bem 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
18
pela retirada de resíduos, esclarece o Corpo de Bombeiros de São Paulo 
(2018).
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: “Norma 
Técnica 26/2014: Sistema fixo de gases para Combate a 
Incêndio” (Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás). 
Disponível no link https://bit.ly/2Hd5rLG (Acesso em: 15 
ago. 2020).
Os sistemas fixos de baterias por cilindro de CO2 são indicados, 
geralmente, nos ambientes onde se esperam economia e limpeza e 
naqueles onde o custo agente/instalação é menor do que outro agente 
extintor empregado, explana o Corpo de Bombeiros do Estado de São 
Paulo (2018).
A instalação e o caminho dos distintos sistemas de prevenção e 
combate a incêndios deve ser proporcionado desde o projeto arquitetônico 
existente na edificação.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
19
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que as medidas de segurança contra incêndios são 
formadas por instrumentos ou sistemas que têm como 
finalidade evitar o surgimento do incêndio, evitar a sua 
ampliação, permitir a sua extinção e garantir a proteção à 
vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. Viu também que 
as medidas existentes podem ser divididas em: ativas, que 
entram em ação quando ocorrer o incêndio e são ativados 
por sistemas manuais ou automáticos; e, passivas, que são 
aquelas que não dependem da ação do incêndio e são 
inseridas no projeto arquitetônico. Além disso, conheceu 
os principais sistemas de combate a incêndio, que são: os 
sistemas automáticos, que funcionam no surgimento do 
incêndio, automaticamente, sem precisar da intervenção 
do homem; e, os sistemas sob comando manual, que são 
sistemas fixos, formados por uma rede de canalizações 
e abrigos ou caixas de incêndio. Por fim, conheceu os 
sistemas de projetores ou bicos nebulizadores de média 
e alta pressão e os sistemas à base de gases como o de 
cilindros de CO2.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
20
Hidrantes, mangotinhos e chuveiros 
automáticos
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, iremos compreender o manuseio e a 
aplicação dos equipamentos de proteção coletiva como 
hidrantes, mangotinhos e chuveiros automáticos. Vamos 
juntos?
Hidrantes
Rosa (2015) define hidrante como uma tomada de água, onde 
as mangueiras são conectadas com a finalidade de combater o fogo, 
constituindo em, no mínimo, duas tomadas d’água por hidrante, podendo 
o abastecimento da água se dar por gravidade ou por meio de bombas 
que sugam água de cisternas ou de lagos. 
Nos desenhos animados eles aparecem muito. Mas fazem parte da 
nossa vida real e são muito úteis.
O sistema de hidrantes, segundo Brentano (2007), é formado por 
tomadas de incêndio, que são espalhadas de maneira estratégica em 
pontos da edificação, nas quais pode existir uma (simples) ou duas (dupla) 
saídas de água. 
IMPORTANTE:
Seu objetivo é conceder aos ocupantes de uma edificação 
um meio de combate para os princípios de incêndio no 
qual os extintores manuais demonstram ser insuficientes 
(CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE GÓIAS, 2014).
Liberato e Souza (2015) esclarecem que a rede de hidrantes constitui 
o sistema fixo de combate a incêndio da edificação, tem sua bomba de 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
21
incêndio e é empregada para combater incêndios de maiores dimensões 
em comparação com o propósito de um extintor portátil. 
Para cada ponto de hidrante serão obrigatórios os seguintes 
equipamentos, consoante a Nota Técnica 02/2019 do Corpo de Bombeiros 
do Rio de Janeiro: 
 • abrigo; 
 • mangueira(s) de incêndio; 
 • chaves de hidrantes;
 • esguicho(s).
Os hidrantes podem ser de parede, os quais são equipados com 
mangueiras, chave de mangueiras e esguicho, que serve para dar forma 
ao jato de água, como também podem ser hidrantes (Figura 5) de fachada, 
que ficam situados na calçada do prédio, poderão ser usados para se 
conectarem à viatura de combate a incêndio para conservar a pressão do 
jato de água nos sistemas de hidrantes e sprinklers após o consumo de 
água da caixa d’água, descrevem Liberato e Souza (2015).
Figura 5: Hidrante
Fonte: Pixabay
Os hidrantes poderão ser instalados interna ou externamente à 
edificação, contudo, os internos deverão ser espalhados de determinada 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
22
maneira que qualquer ponto da área preservada possa ser alcançado, 
atendendo, no máximo, 30 m de mangueira, elucida Carvalho Junior 
(2019).
Carvalho Junior (2019) explica que o Corpo de Bombeiros, no 
momento da sua atuação perante um incêndio, pode fazer uso da rede 
de hidrantes (especialmente nos episódios de edifícios altos). Para que 
isto aconteça, os hidrantes devem ser instalados em todos os andares, em 
ambiente resguardado dos efeitos do incêndio, próximos às escadas de 
segurança, bem como a canalização do sistema de hidrante deve possuir 
um alongamento até o exterior da edificação de forma que possa admitir, 
quando necessário, concentrar água para o sistema pelas viaturas do 
Corpo de Bombeiros.
Os abrigos serão pintados, de preferência na cor vermelha, 
deverão possuir ventilação permanente e o fechamento da porta será 
feito por meio de trinco ou fechadura, sendo obrigatório que uma das 
chaves conserve-se acoplado ao abrigo, ou em seu interior, desde que 
exista uma viseira de material transparente e violável com facilidade e, 
com a inscrição “INCÊNDIO” em letras vermelhas, quando toda a porta 
for transparente, conforme dispõe a Nota Técnica 02/2019 do Corpo de 
Bombeiros do Rio de Janeiro. 
Brentano (2007) explica que as mangueiras dos hidrantes (Figura 
6) são condutos flexíveis usados para transportar a água, formados 
internamente por um tubo flexível, produzido com borracha vulcanizada, 
de plástico ou composto de borracha/plástico flexível, de superfície 
interna lisa, liberada de ondulações e corrugações, cobertos na parte 
externa em tecido de fibra vegetal, natural ou sintética. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
23
Figura 6: Mangueiras de hidrantes
Fonte: .Freepik.
Brentano (2007) ainda lembra que as mangueiras devem ser bem 
acondicionadas, sendo dobradas ou enroladas da seguinte maneira:
 • dobrada em ziguezague;
 • aduchada, que se baseia em enrolar a mangueira de hidrante sobre si 
mesma, primeiramente dobrada quase ao meio com uma das pontas 
separada da outra de, mais ou menos, 1 metro, formando um espiral a 
partir da dobra em direção às extremidades;
 • espiral que se constitui em enrolar a mangueira de hidrante a partir de 
uma de suas pontas sobre si mesma. 
A escolha da mangueira para hidrante deve ser realizada conforme 
a classe de risco da edificação. 
A Instrução Técnica 22/2019 – Sistema de Hidrantes e deMangotinhos 
para Combate a Incêndio tem como finalidade definir as exigências 
imprescindíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
24
aceitação e manuseio, assim como as características dos componentes 
de sistemas de hidrantes e de mangotinhos para a utilização específica 
de combate a incêndio em edificações, explicita Carvalho Júnior (2019).
Mangotinhos
Brentano (2007) descreve os mangotinhos como mangueiras 
semirrígidas de borracha reforçada, apropriadas para aguentar 
pressões elevadas, equipadas de esguichos próprios acoplados de 
forma permanente, não permitindo deformações em sua parte quando 
enroladas. 
“Todas as mangueiras do sistema de mangotinhos deverão estar 
conectadas em carretéis axiais e estes, dentro dos abrigos” (CORPO DE 
BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO, 2019, p. 14).
Os mangotinhos, como são mangueiras semirrígidas, só podem ser 
enroladas, segundo Brentano (2007), das seguintes formas:
 • Em suporte axial, tipo carretel, que pode ser fixo (quando não admite 
rotação em torno do seu eixo), ou móvel (quando o carretel pode girar 
em volta da parede ou articulado com dobradiças que aceita o seu 
giro lateral);
 • Em formato de oito em dois suportes fixos como uma meia lua.
IMPORTANTE:
Pode ser operacionalizado por apenas uma pessoa, e seu 
abrigo deve ser de chapa metálica e conter ventilação, 
lembra Carvalho Junior (2017)
Os abrigos ou caixas de incêndio dos sistemas sob comando são 
compartimentos embutidos ou visíveis presos nas paredes ou colunas, 
compostos de porta, com o objetivo de resguardar e proteger contra o 
mau tempo, vandalismo e múltiplos danos, as tomadas de incêndio e 
os demais equipamentos como mangueiras de hidrantes, carretéis com 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
25
mangotinhos, esguichos etc., utilizados no combate a incêndios, relata 
Brentano (2007). 
O Corpo de Bombeiros de Goiás (2014) explica que os mangotinhos 
(Figura 7) desenvolvem a vantagem de poder serem manuseados de 
modo célere por uma única pessoa e, por causa das baixas vazões de 
consumo, seu operador pode ter uma grande independência do sistema. 
Figura 7: Mangotinhos
Fonte: Freepik.
Por esses fatores, os mangotinhos são indicados pelos bombeiros, 
sobretudo nos lugares em que a manipulação do sistema é efetuada por 
pessoas não habilitadas. 
Levando em consideração que o mangotinho atua com pressões 
um tanto elevadas, deverão ser empregados os devidos cuidados em sua 
utilização na hipótese de ser preciso o uso da mangueira de incêndio nos 
pontos de tomada de água de 40 mm, explana o Corpo de Bombeiros do 
Rio de Janeiro (2019).
A canalização preventiva de incêndio para emprego do sistema 
de mangotinhos será dimensionada apenas para edificações do risco 
pequeno, conforme NT 1-04 – Classificação das edificações quanto 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
26
ao risco de incêndio e para edificações com as seguintes ocupações: 
residenciais coletivas (asilos, clínicas psiquiátricas, reformatórios e 
congêneres) e públicas (tendo como ocupação principal a restrição da 
liberdade), informa o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (2019).
Chuveiros automáticos
Os chuveiros automáticos são compostos por uma rede de 
dispositivos distribuídos de maneira uniforme nos locais que devem ser 
protegidos e que fazem a aspersão da água sobre o foco de incêndio, 
com verificada densidade e área de cobertura de acordo com a pressão, 
do tipo de dispositivo e do orifício de passagem da água, descreve 
Brentano (2007).
Esse tipo de equipamento é de ação instantânea e automática. 
Logo quando surge o incêndio, o afluxo de água aos pontos de aplicação 
não depende de nenhuma interferência, agindo, assim, de forma 
independente, menciona Carvalho Junior (2017). 
NOTA:
O sistema de chuveiros automáticos para a extinção de 
incêndios possui grande confiabilidade, e se propõe 
a proteger diferentes tipos de edifícios (CORPO DE 
BOMBEIROS DE SÃO PAULO, 2018).
O chuveiro automático (Figura 8), chamado de sprinkler, é formado 
por uma “armadura” e um resultado termo sensível. O bico do sprinkler é 
rosqueado a uma canalização pressurizada e conserva-se fechado pela 
tampa do elemento termossensível, elucida Carvalho Junior (2017). O 
autor ainda explicita que dentro desse elemento existe um líquido que se 
estende de acordo com a temperatura, o que o faz romper, destravando 
o sistema e encharcando o ambiente. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
27
Figura 8: Chuveiro automático
Fonte: Freepik.
Do seu desempenho deseja-se que ele opere com rapidez; 
acabando com o incêndio no seu início; controle o incêndio no seu local de 
surgimento, deixando aos Bombeiros a extinção do incêndio com relativa 
facilidade, como ilustra o Corpo de Bombeiros de São Paulo (2018): 
Deve ser entendido, fundamentalmente, como um sistema 
de proteção contra incêndio da edificação juntamente com 
os seus bens materiais. No entanto, pode ser considerado, 
indiretamente, como um sistema de proteção da vida humana, 
uma vez que combate o incêndio em seus estágios iniciais, 
evitando assim que se propague na edificação além do local 
de sua origem (CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO 
PAULO, 2006, p. 21).
Carvalho Junior (2017) ainda relata que para cada classe de risco, 
existem tipos específicos de sprinkler a serem utilizados. O elemento 
executor do sprinkler é a ampola, produzida de quartzoide, uma substância 
transparente altamente expansível e sensível ao calor, preparado para 
desempenhar uma força de rompimento bastante alta quando aquecida à 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
28
temperatura do seu movimento. Esse tipo de sprinkler possui um sistema 
de alarme hidráulico, o qual é ativado quando o sistema é operacionalizado. 
Os chuveiros automáticos, conforme o Corpo de Bombeiros de São 
Paulo (2018), devem ser usados em ocasiões: 
 • quando a evacuação célere e total do edifício é impossível e o 
combate ao incêndio é complexo;
 • quando se almeja projetar edifícios com pavimentos com grandes 
espaços sem compartimentação.
O sprinkler, para Carvalho Júnior (2017), é o sistema mais eficaz 
na extinção do incêndio pois não está sujeito à ação do homem e, 
frequentemente, é usado em shopping centers, hotéis, depósitos e 
edificações com grandes áreas cobertas. 
Pode-se dizer que o sistema de chuveiros automáticos é a 
providência de proteção contra incêndio mais eficaz quando a água for o 
agente extintor mais apropriado, complementa o Corpo de Bombeiros de 
São Paulo (2018). 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
29
RESUMINDO:
Neste capítulo, você deve ter compreendido que o 
hidrante possui uma tomada de água onde as mangueiras 
são conectadas, no qual o abastecimento poderá ser por 
gravidade ou através de bombas que sugam a água de 
reservatórios, e eles podem ser de fachada ou de parede 
e serem instalados interna ou externamente à edificação; 
suas mangueiras são condutos flexíveis e devem ser bem 
acondicionadas, sendo dobradas em ziguezagues ou 
enroladas de forma aduchada ou espiral. Viu também que 
os mangotinhos são mangueiras semirrígidas de borracha 
reforçada apropriadas para aguentar pressões elevadas, 
por isso, devem ser usadas com cuidado, contudo, podem 
ser manuseadas de forma célere por uma única pessoa, e 
deverão ser enroladas em suportes axiais fixos e móveis, 
como também em dois suportes, e acondicionadas dentro 
de abrigos ou caixas de incêndio presos nas paredes ou 
colunas. Por fim, conheceu os chuveiros automáticos que 
fazem a aspersão da água sobre o foco de incêndio, com 
verificada densidade e área de cobertura de acordo com a 
pressão, do tipo de dispositivo e do orifício de passagem 
da água, agindo de forma automática e imediata logo no 
surgimento do incêndio e são considerados os sistemas 
mais eficazes na extinção do incêndio quando a água for o 
agente extintor mais apropriado.Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
30
Extintores de incêndio e escadas 
enclausuradas
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, iremos entender a utilização de extintores de 
incêndio, os tipos de extintores e as escadas enclausuradas, 
aplicando-os a cada situação de emergência.
Extintores
Para Barsano e Barbosa (2018), a melhor alternativa para o combate 
de princípios de incêndio são os extintores portáteis ou sobre rodas, que 
possuem como alvo eliminar breves focos em ambientes pequenos 
ou outras ocasiões em que o fogo não saiu do controle. Devem ser 
aproveitados com agilidade e através da correta manipulação, pois suas 
cargas são suficientes para acontecimentos céleres e podem se esvaziar 
em pouco tempo. 
Você já deve ter visto algum extintor, não é mesmo?
Como qualquer instrumento de segurança, os extintores só devem 
ser usados se satisfizerem às normas brasileiras ou aos regulamentos 
técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Inmetro), lembram Barsano e Barbosa (2018).
IMPORTANTE:
A instalação dos extintores deve ser realizada sobre suportes 
na parede ou no piso, de forma que não impossibilitem a 
passagem nas rotas de fuga, cita Uanderley (2019).
Os extintores acomodados em edificações sujeitas a vandalismo 
podem conservar-se trancados em abrigos específicos e as chaves 
devem ser do tipo segredo único e continuar em local de fácil acesso e 
localização, relata Carvalho Junior (2019).
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
31
São aceitos extintores (Figura 9) com acabamento externo em 
material cromado, latão ou metal polido, desde que possuam marca de 
conformidade despachada por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro 
de Certificação (Inmetro), menciona Carvalho Junior (2017).
Figura 9: Extintores
Fonte: Freepik.
Além disso, Barsano e Barbosa (2018) afirmam que, para a melhor 
aplicação dos extintores em ocorrências de emergência, é necessário 
verificar as diretrizes de instruções técnicas e as normas vigentes 
relacionadas com a sua utilização e disposição no dia a dia, como as que 
seguem:
 • ficha de controle de inspeção individual;
 • inspeção do aspecto externo de cada extintor para verificação de 
avarias;
 • operações de recarga, pressurização e pesagem segundo a classe 
de incêndio característica do extintor e conforme as normas técnicas 
oficiais;
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
32
 • etiquetas, rótulos, lacres, registros e selos de garantia protegidos para 
a conservação dos dados dos extintores;
 • localizados e sinalizados de forma que garanta fácil visualização e 
acesso;
 • que atendam em quantidade suficiente aos estabelecimentos, 
pavimentos e outros, verificando, também, a capacidade de carga e a 
classe de incêndio, seguindo os critérios técnicos estabelecidos nas 
Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, 
nas Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros e outras normas 
técnicas vigentes. 
NOTA:
Os extintores deverão ser espalhados de forma a adequar-
se à extinção dos tipos de incêndio dentro de sua área de 
proteção (CARVALHO JUNIOR, 2017).
As capacidades extintoras devem ser adequadas a um só extintor, 
não sendo admitidas combinações de dois ou mais extintores, exceto em 
relação ao extintor de água e de espuma mecânica, explana Carvalho 
Júnior (2017). 
Camilo Junior (2019) explica que os extintores (Figura 10) são 
classificados conforme sua destinação e emprego nas quatro classes de 
incêndio, podendo ser A, B, C e D. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
33
Figura 10: Classificação dos extintores
Fonte: Freepik.
Todos os extintores possuem em seu corpo um rótulo, de acordo 
com o sistema internacional de identificação, no qual deverão constar 
as classes de incêndio para as quais são recomendados, analisa Camilo 
Junior (2019).
Vejamos quais são eles.
Tipos de Extintores
Partindo da informação de que os agentes extintores são aquelas 
substâncias que possuem a capacidade de deter a combustão, seja por 
resfriamento, abafamento, extinção química ou pelo emprego simultâneo 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
34
desses processos, podemos citar como principais agentes extintores: 
água, espuma, pós químicos e outros gases, entende Camilo Junior (2019).
Assim, temos os seguintes tipos de extintores:
Extintores de espuma
Camilo Junior (2019) descreve que eles são utilizados nos fogos de 
classe A e B para resfriamento e abafamento, funcionando através de uma 
pré-mistura que é lançada pelo esguicho, o qual aspira o ar atmosférico 
para que a espuma seja formada, no momento em que é jogada contra o 
quebra-jato.
Neste tipo de extintor, o cilindro possui uma solução de água com 
bicarbonato de sódio mais o agente estabilizador. A solução de sulfato de 
alumínio é encontrada em um outro reservatório que vai internamente no 
cilindro, separando a solução de bicarbonato de sódio e alcaçuz, explicita 
o Manual de Combate a Princípios de Incêndio do Paraná (2013). 
Nunca deve ser utilizado em eletricidade.
No momento do incêndio, deve-se retirar o aparelho do suporte e 
levá-lo próximo às chamas, conservando-o sempre na posição vertical, 
buscando evitar movimentos bruscos durante o seu transporte, depois, 
deve-se inverter a sua posição, ou seja, colocá-lo de cabeça para baixo, 
sacudindo-o de forma a facilitar a reação. Logo em seguida, deve-se 
direcionar o jato sobre o local do combustível, procurando, sobretudo 
nos líquidos, espalhar a carga de maneira a criar uma camada em toda a 
superfície para o abafamento. Por fim, é só continuar com o aparelho na 
posição invertida até o fim da carga, demonstra o Manual de Combate a 
Princípios de Incêndio do Paraná (2013). 
Extintores de gás carbônico
Segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo (2006), os extintores 
de gás carbônico (Figura 11) são ótimos para combater ao fogo das 
classes B e C, pois abafam a superfície incendiada com a neve lançada 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
35
e desempenha, ao mesmo tempo, capacidade de resfriamento que 
também colabora para a extinção das chamas.
Figura 11: Extintores de gás carbônico
Fonte: Freepik
O Manual de Combate a Princípios de Incêndio do Paraná (2013) 
informa que ele é um gás inerte, sem cheiro e sem cor, assim, devido à sua 
habilidade transmissora ser praticamente nula, o CO2 é muito frequente 
em incêndios de classe C, e sua maneira de atuar é por abafamento, 
podendo também ser empregado nas classes A (somente no seu início) e 
B (em ambientes fechados). 
IMPORTANTE:
Deve-se impedir o contato do jato com qualquer parte 
do corpo, pois poderá haver queimadura (CORPO DE 
BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2006).
Para usar o extintor de CO2, o operador deve agir da seguinte forma: 
primeiramente, retirar o aparelho do suporte e levá-lo até o lugar onde 
será usado; depois, retirar o grampo de segurança e sustentar o difusor 
com segurança, apertar o gatilho e apontar a nuvem de gás para a base 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
36
da chama, fazendo movimentos circulares com o difusor, não podendo 
encostar o difusor no equipamento, esclarece o Manual de Combate a 
Princípios de Incêndio do Paraná (2013).
Extintor de água pressurizada
São indicados para incêndios da classe A. Ele atua por resfriamento 
ou abafamento, conforme a maneira que é utilizado. No resfriamento pode 
ser aplicado na forma de chuveiro ou jato compacto, já no abafamento, a 
aplicação é na forma de neblina, lembra Uanderley (2019).
Nunca deve ser utilizado em eletricidade.
A água é lançada através da pressão desempenhada pelo gás 
(dióxido de carbono) conservado no interior do aparelho, em uma cápsula 
metálica e seu jato pode chegar de 6 a 12 metros de distância, relata o 
Corpo de Bombeiros de São Paulo (2006).
Para utilizá-lo deve ser retirado o extintor do suporte e transportado 
até o lugar onde será usado. Depois, deve-se removero esguicho do 
suporte, apontando para a direção do fogo. Logo em seguida, deve-se 
romper o lacre da ampola do gás expelente e abrir totalmente o registro 
da ampola direcionando o jato d’água para a base do fogo, explica o 
Manual de Combate a Princípios de Incêndio do Paraná (2013).
Extintor de pó químico seco
Ele é usado para combater o fogo das classes B e C, por abafamento, 
e seu agente extintor, espuma ou CO2, cobre a superfície incendiada com 
uma camada que a isola do oxigênio. Não é condutor de eletricidade, 
nem tóxico ou corrosivo e não danifica equipamentos, entretanto, o pó se 
assenta e dificulta a futura limpeza, elucida o Corpo de Bombeiros de São 
Paulo (2006).
A vantagem do CO2 é que o jato atinge uma distância maior, de 2,5 
a 3,00 metros, informa o Corpo de Bombeiros de São Paulo (2006).
O extintor de pó químico pressurizado usa como propelente o 
nitrogênio, que, sendo um gás seco e incombustível, pode ser mantido 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
37
com o pó no mesmo cilindro. Para sua utilização, deve-se retirar o extintor 
do suporte e o transportar até o lugar onde será empregado, sempre 
observando a direção do vento. Logo em seguida, deve-se retirar o lacre 
e destravar o gatilho, achatando a trava para a frente, com o dedo polegar. 
Por fim, aciona-se o gatilho, apontando o jato para a base do fogo, informa 
o Manual de Combate a Princípios de Incêndio do Paraná (2013). 
Já o extintor de pó químico a pressurizar, emprega como propelente 
o gás carbônico (CO2), que, por ser um gás úmido, vem guardado em 
uma ampola de aço unida ao extintor. Para sua utilização, deve-se retirar 
o extintor do suporte e levá-lo até o ambiente onde será usado, sem 
esquecer de observar a direção do vento. Logo em seguida, deve-se ativar 
a válvula do cilindro de gás e destravar o gatilho, achatando a trava para 
frente, com o dedo polegar. Por fim, deve-se segurar a pistola difusora e 
ativar o gatilho, apontando o jato para a base do fogo, descreve o Manual 
de Combate a Princípios de Incêndio do Paraná (2013).
Extintor de pó multiuso
Ele possui como agente extintor o monofosfato de amônia 
siliconizado e é aconselhado para princípios de incêndio das classes A, B 
e C. Para sua utilização, deve-se retirar o extintor do suporte e o conduzir 
até o lugar onde será utilizado, sempre observando a direção do vento. 
Depois, rompe-se o lacre e destrava-se o gatilho, achatando a trava para 
frente, com o dedo polegar. Por fim, ativa-se o gatilho, direcionando o 
jato para a base do fogo, explica o Manual de Combate a Princípios de 
Incêndio do Paraná (2013).
Carvalho Junior (2017) lembra que todos os pavimentos devem 
ser resguardados, por, no mínimo, dois extintores, na extensão de uma 
unidade para classe A e outra para classes B e C, sendo aceita a instalação 
de duas unidades extintoras iguais de pó ABC, pois o extintor de pó ABC 
poderá ser trocado por qualquer tipo de extintor de classes específicas A, 
B e C dentro de uma edificação ou classe de risco. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
38
Escadas enclausuradas
De acordo com Fernandes (2010), as escadas enclausuradas 
são dispositivos indicados para possibilitar a fuga de maneira segura e 
adequada, durante um incêndio em uma edificação e, de uma maneira 
geral, deverão contemplar as mesmas exigências das escadas comuns 
conforme a NBR 9077/93.
Todas as escadas de segurança devem ser enclausuradas 
(Figura 12) com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo, e em 
algumas ocasiões estas escadas também devem possuir antecâmaras 
enclausuradas, fazendo com que o acesso de fumaça no interior da caixa 
de escada seja dificultado, e essa antecâmara só deve dar entrada à 
escada e à porta entre ambas, quando aberta, não devendo prosseguir 
sobre o patamar da mudança da direção, prejudicando a livre circulação, 
esclarece o Corpo de Bombeiros de São Paulo (2018).
Figura 12: Escadas enclausuradas
Fonte: Freepik
As escadas enclausuradas deverão ser arquitetadas em material 
incombustível e o seu piso deverá ser em material antiderrapante e 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
39
incombustível. Se houver materiais de revestimento, será autorizado 
apenas o emprego de materiais de classe A, de acordo com a NBR 
9442/86, elucida Fernandes (2010).
NOTA:
As dimensões mínimas (largura e comprimento) são 
determinadas nos códigos e Normas Técnicas (CORPO DE 
BOMBEIROS DE SÃO PAULO, 2018):
Os acessos e descargas das escadas 
enclausuradas deverão estar sinalizados com 
a inscrição “SAÍDA DE EMERGÊNCIA”, com as 
portas corta-fogo permanentemente fechadas 
e destrancadas, contendo a indicação de 
pavimento nos andares e de SAÍDA no piso 
de descarga, além de possuir iluminação de 
emergência. (FERNANDES, 2010, p.46).
As escadas enclausuradas poderão ser à prova de fumaça, à prova 
de fumaça pressurizada e protegida, de acordo com Fernandes (2010):
 • Escada à Prova de Fumaça (PF) – possui a caixa envolvida por paredes 
corta-fogo e possui portas corta-fogo, cuja entrada é por antecâmara 
enclausurada ou local aberto, de forma a evitar fogo e fumaça em 
caso de incêndio;
 • Escada à Prova de Fumaça Pressurizada – possui uma situação 
de estanqueidade à fumaça alcançada através de pressurização, 
segundo a NBR 14880/2002, e poderá atingir esta condição por 
meio de duto de ventilação natural ou por método de pressurização, 
ficando dispensada as antecâmaras, porém, devem ser seguidas 
todas as demais requisições para escadas enclausuradas;
 • Escada Protegida (EP) – é devidamente ventilada e localizada em 
ambiente envolvido por paredes corta-fogo e dotada de portas 
resistentes ao fogo. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
40
A diferença que existe entre a escada enclausurada protegida e a 
escada enclausurada à prova de fumaça se baseia na de que a primeira 
não tem antecâmaras ventiladas, lembra Fernandes (2010).
RESUMINDO:
Neste capítulo, você deve ter compreendido que os 
extintores eliminam breves focos de incêndio em ambientes 
pequenos ou outras ocasiões em que o fogo não saiu do 
controle, devem seguir diretrizes de instruções técnicas e 
normas vigentes relacionadas com a sua utilização e são 
classificados conforme sua destinação e emprego nas 
quatro classes de incêndio A, B, C e D. Viu também que os 
extintores de espuma são utilizados nos fogos de classes 
A e B para resfriamento e abafamento; os extintores de gás 
carbônico combatem o fogo através de abafamento da 
classes C, na B, em ambientes fechados, e na A, somente 
no início; os extintores de água pressurizada são indicados 
para incêndios da classe A e atua por resfriamento ou 
abafamento; o extintor de pó químico é usado para 
combater o fogo das classes B e C por abafamento; já o 
extintor de pó multiuso é aconselhado para princípios de 
incêndios das classes A, B e C. Por fim, você conheceu 
as escadas enclausuradas que são dispositivos indicados 
para que a fuga seja possibilitada de maneira segura e 
adequada e podem ser à prova de fumaça, à prova de 
fumaça pressurizada e protegida.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
41
Saídas, alarmes, iluminação de 
emergência, rotas de fugas e sinalização 
de emergência
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, iremos descrever as saídas, alarmes e 
iluminação de emergência, interpretando e projetando a 
sinalização de rotas de fuga. Vamos juntos?
Saídas de emergência
As saídas de emergência são estruturas que fazem parte da 
edificação e possuem condições à prova de fogo e fumaça para possibilitar 
o escape das pessoas em segurança, em casos de emergência, devendo 
assegurar o abandono da edificação pelos ocupantes para um lugar 
seguro, com o objetivo de poupar a vida humana e permitir o acesso do 
Corpo de Bombeiros para as operações de busca, salvamento, resgate 
e combate a incêndios, descreve o Corpo de Bombeiros de São Paulo 
(2006).
Serão através delas que os ocupantes poderão sairdos edifícios 
em chamas.
As saídas de emergência, consoante Carvalho Junior (2017), 
abrangem: acesso ou corredores; rotas de saída horizontais, quando 
possuir, e relativas portas ou ao espaço livre exterior nas edificações 
térreas ou no pavimento de saída/descarga das pessoas nas edificações 
com mais de um pavimento; escadas ou rampas; descarga; e, elevadores 
de emergência.
Fernandes (2010) entende que a saída de emergência (Figura 13) é o 
caminho ininterrupto, devidamente protegido, disponibilizado por portas, 
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, 
rampas ou outras estruturas de saída ou combinações destes, a ser trilhado 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
42
pelo usuário, em caso de incêndio, de qualquer ponto da edificação até 
chegar a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio. 
Figura 13: Saída de emergência
Fonte: Pixabay
Carvalho Junior (2017) explica que segundo a Instrução Técnica 
11/2019, os acessos a saídas de emergência devem atender às seguintes 
exigências:
 • possibilitar a passagem fácil de todos os ocupantes da edificação;
 • conservar-se desobstruídos em todos os pavimentos;
 • possuir larguras calculadas, conforme a Instrução Técnica 11/2019;
 • possuir pé-direito mínimo de 2,30 m, exceto as barreiras constituídas 
por vigas, vergas de portas e outros, cuja altura mínima livre deve ser 
de 2,10 m;
 • ser sinalizados e iluminados com indicação clara do sentido da saída, 
conforme o que dispõe as Instruções Técnicas 18/2019 e 20/2019. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
43
IMPORTANTE:
Elas são dimensionadas de acordo com a população da 
edificação e a sua largura estar conforme o número de 
pessoas que por elas deva passar, elucida Carvalho Junior 
(2017).
Fernandes (2010) lembra que em todos os pavimentos da edificação 
devem existir acesso às saídas de emergência, assim como os meios 
de abandono; e as portas das rotas de saída e aquelas das salas com 
capacidade superior a 50 pessoas e interligadas com acessos e descargas 
devem abrir no sentido de fuga. O autor, ainda, explica que nas salas com 
capacidade de público superior a 200 pessoas, as portas de comunicação 
com os acessos, as escadas e a descarga devem possuir ferragem tipo 
antipânico.
Nas edificações que possuem rampas, estas devem apresentar os 
patamares em nível, piso antiderrapante, guardas e corrimãos, sendo que 
não podem finalizar em degraus ou soleira, e apenas serem antecedidas 
de lanço de escada no sentido descendente de saída, demonstra 
Fernandes (2010).
Nas escadas comuns e rampas os revestimentos de pisos dos 
degraus e patamares, bem como as paredes, deverão ser em material 
incombustível, ou com índice de propagação superficial de chama classe 
A, e os materiais de revestimento de pisos de escadas e seus acessos 
deverão ser antiderrapante, ilustra Fernandes (2010).
As escadas deverão estar sempre desimpedidas, não sendo 
admitida a instalação de portas equipadas de fechaduras, de forma a 
isolar um ou mais pavimentos da edificação no sentido de saída, e deverão 
possuir guardas e corrimãos, relata Fernandes (2010).
Alarmes
O sistema de alarme (Figura 14) contra incêndios se refere a um 
dispositivo elétrico proposto a emitir sons de alerta aos ocupantes de 
uma edificação, no momento de uma emergência qualquer ativado 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
44
manualmente pelos usuários, e o sistema de detecção é “um conjunto de 
dispositivos que, quando sensibilizados por fenômenos físicos e químicos, 
detectam princípios de incêndio”, explicita o Corpo de Bombeiros de São 
Paulo (2006, p. 40).
Um sistema de alarme e detecção de incêndio, a depender do 
tamanho físico da área a ser instalada, deve compreender: detectores 
térmicos, de fumaça e gases; alarmes de emergência; dispositivos de 
pronta resposta; dimensionamento apropriado do sistema; central do 
alarme (controle e supervisão), explícita Barsano e Barbosa (2018).
Figura 14: Alarme
Fonte: Freepik.
O sistema de detecção e alarme (Figura 14) pode ser dividido 
essencialmente em 5 partes, de acordo com o Corpo de Bombeiros de 
São Paulo (2018): 
 • detector de incêndio, compõe-se em parte do sistema de detecção 
que, frequentemente ou em intervalos, tem como objetivo a detecção 
de incêndio em sua área de atuação. Os detectores podem ser 
divididos de acordo com o fenômeno que detectar em: 
a. térmicos, que respondem a aumentos da temperatura; 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
45
b. de fumaça, sensíveis a produtos de combustíveis 
e/ou pirólise suspenso na atmosfera; 
c. de gás, sensíveis aos produtos gasosos de combustão e/ou pirólise;
d. de chama, que respondem às radiações emitidas pelas chamas. 
 • acionador manual, que se compõe em parte do sistema com o 
objetivo de acionar o sistema de detecção; 
 • central de controle do sistema, pela qual o detector é alimentado 
eletricamente com a função de:
a. receber, indicar e registrar o sinal de perigo enviado pelo detector; 
b. transmitir o sinal recebido através de equipamento de envio de alarme 
de incêndio para, por exemplo: dar o alarme automático no pavimento 
afetado pelo fogo; dar o alarme temporizado para todo o edifício; 
acionar uma instalação automática de extinção de incêndio; fechar 
portas etc.; controlar o funcionamento do sistema; possibilitar teste; 
 • anunciadores sonoros e/ou visuais, não englobados ao painel de 
alarme, com o encargo de, por decisão humana, dar o alarme para os 
ocupantes de determinados setores ou de todo o edifício; 
 • fonte de alimentação de energia elétrica, que deve garantir em 
quaisquer circunstâncias o funcionamento do sistema. 
Barsano e Barbosa (2018) entendem que, para mais eficiência em 
um trabalho preventivo, é imprescindível a implantação de equipamentos 
que acolham as principais normas, instruções técnicas e legislações 
vigentes para se alcançar um aparelhamento de segurança de forma 
criteriosa e ampla, que abranja todo o ambiente a ser protegido. 
Iluminação de emergência
A iluminação de emergência, conforme o Corpo de Bombeiros 
de São Paulo (2006), é um sistema que possibilita clarear áreas escuras 
de passagens, horizontais e verticais, abrangendo áreas de trabalho e 
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áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e 
normais, na falta de iluminação normal. 
NOTA:
No momento de um incêndio, este poderá afetar o sistema 
de energia da edificação, causando a sua interrupção 
e, por conseguinte, apagando as luminárias, causando 
pânico dos ocupantes, tanto pelo incêndio quanto pela 
falta de luminosidade para abandonar o local (CORPO DE 
BOMBEIROS DE SÃO PAULO, 2006).
Existe, assim, uma necessidade da edificação conter um sistema 
de iluminação de emergência com intensidade satisfatória para evitar 
acidentes e garantir a saída das pessoas, considerando também a possível 
entrada de fumaça nas áreas. 
Entendeu a importância da iluminação de emergência? 
Dessa forma, podemos descrever os objetivos da iluminação 
de emergência como sendo a de possibilitar iluminação suficiente e 
apropriada para permitir a saída fácil e segura das pessoas para fora da 
edificação, em situações de interrupção da alimentação normal, assim 
como possibilitar o cumprimento de serviços do interesse da segurança e 
intervenção de socorro (Bombeiros) e garantir a continuação do trabalho 
nos lugares onde não possa existir interrupção de iluminação normal, 
descreve o Corpo de Bombeiros de São Paulo (2006).
NOTA:
O sistema sustentará especialmente os seguintes locais: 
corredores, escadas, rampas, saídas, áreas de trabalho, 
áreas técnicas e áreas de primeiros socorros (CORPO DE 
BOMBEIROS DE SÃO PAULO, 2006).
De acordo com Fernandes (2010), a iluminação das rotas de saída 
(Figura 15) deverá ser natural ou artificial em nível satisfatório, mesmo em 
situações de edificaçõesque sejam utilizadas somente durante o dia. 
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Figura 15: Iluminação das rotas de saída
Fonte: Freepik
Os sistemas de iluminação de emergência são basicamente três, 
consoante Godoy (2020): sistema centralizado, como blocos autônomos e 
de gerador automatizado.
No sistema centralizado, os pontos de iluminação de emergência 
são conectados por um circuito elétrico alimentado por baterias, 
trabalhando por alimentação de corrente sucessiva, o mesmo tipo de 
corrente que alimenta todos os circuitos elétricos de um veículo, elucida 
Godoy (2020).
No sistema com blocos autônomos, cada luminária tem uma fonte 
individualizada de alimentação elétrica, isto é, uma bateria, e na falta 
de energia um circuito de comando também interno comanda o seu 
funcionamento, menciona Godoy (2020).
Já no sistema de iluminação de emergência por gerador 
automatizado, a fonte de alimentação do sistema é um equipamento 
denominado gerador, um motor tipo automotivo que, em determinadas 
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situações, serve de fonte alimentadora do sistema de iluminação de 
emergência, cita Godoy (2020). 
Rotas de fugas e sinalização de emergência
Para preservar a vida humana em situações de incêndio é 
fundamental que as edificações possuam meios apropriados de fuga, que 
permitam aos ocupantes se moverem com segurança para um lugar livre 
da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação, 
apesar do local de origem do incêndio, elucida o Corpo de Bombeiros de 
São Paulo (2018).
Mas como podemos saber que estamos indo para o lugar correto 
nessas situações? 
Através da sinalização de emergência.
A sinalização de emergência trata-se de um conjunto de sinais 
visuais, que apontam, de forma rápida e eficaz, a existência, a localização 
e os métodos relativos a saídas de emergências, equipamentos de 
segurança contra incêndios e riscos possíveis de uma edificação ou 
áreas pertinentes a produtos perigosos. Ela utiliza símbolos, mensagens 
e cores, que estão presos favoravelmente no interior da edificação e áreas 
de riscos, descreve o Corpo de Bombeiros de São Paulo (2006).
Para Brentano (2007), a sinalização de emergência (Figura 16) tem 
como finalidade diminuir a possibilidade de acontecimentos de incêndio, 
informando para os riscos existentes e garantir que sejam seguidas ações 
apropriadas a cada ocasião de risco, que dirijam as ações de combate 
e ajudem na localização dos equipamentos e das rotas de saída para 
abandono seguro da edificação em caso de incêndio. 
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Figura 16: Sinalização de emergência
Fonte: Freepik.
A sinalização de saída é obrigatória nos acessos e descargas das 
escadas de emergência em geral (exceto as edificações de ocupação 
A, de acordo com a NBR 9077/93), nos acessos e descargas dos locais 
de reunião de público, e nas edificações com serviços de hospedagem, 
comerciais varejista, de serviços profissionais, serviços pessoais, serviços 
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técnicos, nos educacionais, nos de cultura física, e nas edificações que 
prestam serviços de saúde e institucionais, afirma Fernandes (2010).
RESUMINDO:
Neste capítulo, você deve ter compreendido que as saídas 
de emergência possuem condições à prova de fogo e 
fumaça e servem para possibilitar o escape das pessoas 
em segurança nos casos de emergência; abrangem 
acesso ou corredores, rotas de saída horizontais, quando 
possuir, e relativas portas ou ao espaço livre exterior, nas 
edificações térreas ou no pavimento de saída das pessoas 
nas edificações com mais de um pavimento, escadas ou 
rampas, descarga, elevadores de emergência; e, devem 
seguir várias exigências. Viu, também, que os alarmes 
emitem sons de alerta para os ocupantes da edificação, 
e o sistema de detecção são dispositivos que quando 
sensibilizados detectam princípios de incêndio. Além disso, 
aprendeu que a iluminação de emergência possibilita 
clarear áreas escuras de passagens para possibilitar a saída 
fácil e segura das pessoas para fora da edificação e podem 
ser de sistema centralizado, como blocos autônomos e 
de gerador automatizado. Por fim, você conheceu as rotas 
de fuga que são necessárias para que as pessoas possam 
se mover com segurança para um lugar livre da ação do 
fogo, e a sinalização de emergência que auxilia nessa 
saída, apontando, através de sinais visuais, as saídas de 
emergência, os equipamentos de segurança e os possíveis 
riscos da edificação.
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REFERÊNCIAS
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e didático. 2. ed. São Paulo: Érica, 2018. 
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