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APRESENTAÇÃO INOX - PÓS - PARTE 3

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Soldagem dos 
Aços Inoxidáveis Austeníticos
Prof. Valtair Antonio Ferraresi
FEMEC/UFU
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Aços Inoxidáveis Austeníticos
Os aços inoxidáveis austeniticos formam o maior grupo de aços inoxidáveis em
uso, representando cerca de 65 a 70% do total produzido.
Esta classe de materiais é caracterizada pelas seguintes propriedades:
-Tenacidade e dutilidade superiores a da maioria dos outros aços. Estas
propriedades são mantidas até temperaturas muito baixas. Assim, estes aços são
considerados para estruturas soldadas a serem utilizadas na temperatura de
condensação do hélio (4 K ou -269 C).
-Boa resistência mecânica e à corrosão a temperaturas elevadas, o que permite a
sua utilização em temperaturas consideravelmente superiores à temperatura
máxima de serviço de aços baixa liga ou de aços inoxidáveis martensiticos e
ferriticos. Estas características são conseguidas principalmente em aços
inoxidáveis austeníticos ligados com Mo ou Si.
- Elevada capacidade de endurecimento por deformação plástica (em algumas
composições). Este aumento de resistência não é acompanhado por uma elevada
perda de dutilidade.
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- Soldabilidade relativamente boa. A ausência de transformação martensitica durante a
soldagem e sua boa tenacidade implicam em insensibilidade à fissuração pelo
hidrogênio.
- Propriedades físicas e mecânicas (coeficiente de expansão térmica e resistência
mecânica elevados e difusividade térmica baixa) que favorecem uma maior tendência à
distorção na soldagem do que a dos aços comuns.
Aços Inoxidáveis Austeníticos
Aplicações
Equipamentos das indústrias alimentícia, química, farmacêutica, têxtil, do
petróleo, do papel e celulose, moveleira, alcooleira, etc. Equipamento
hospitalar. Permutadores de calor. Válvula e peças de tubulações. Indústria do
frio e instalações criogênicas em geral.
Aplicações onde exige-se alta estampabilidade
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Existe um grande número de tipos de aços inoxidáveis austeniticos, mas as ligas mais
utilizadas são aquelas contendo cerca de 18% de cromo e 10% de níquel. Por isto, a
discussão sobre a estrutura destes aços será iniciada pelo diagrama pseudo-binário Fe-
18%Cr-Ni (figura 16).
Aços Inoxidáveis Austeníticos
Para teores de níquel inferiores
a 1 ou 1,5%, o material
apresenta uma estrutura
completamente ferrítica.
Para teores mais elevados de
Ni, existe uma faixa de
temperatura em que a liga é
bifásica (austenita e ferrita δ).
Teores cima de cerca de 3,5%Ni, existe um intervalo de temperatura em que a liga é completamente
austenitica, e que se amplia com maiores teores de Ni, enquanto a temperatura de inicio de formação
de martensita (Ms) é diminuída. Até cerca dela 8%Ni, esta temperatura permanece acima da
ambiente e o aço pode ser considerado, portanto, como do tipo martensítico.
Para teores de Ni superiores a esse nível, é possível manter a estrutura austenitica à temperatura
ambiente. Desta forma, os aços inoxidáveis austeniticos são, em geral, ligas contendo teores
superiores a 18% de cromo e 8% de níquel.
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Um aumento na quantidade de Cr amplia a faixa de temperatura de existência da
ferrita δ e, consequentemente, torna necessário um aumento no teor de níquel para
obtenção de uma estrutura austenitica à temperatura ambiente.
Por outro lado, um maior teor de Cr reduz fortemente a velocidade de
transformação da austenita e abaixa a temperatura Ms diminuindo, assim, a
tendência da austenita se transformar, quando esta não for a fase estável à
temperatura ambiente.
Assim, em diversos aços inoxidáveis austeníticos, a austenita existe à temperatura
ambiente como uma fase metaestável. Este é o caso, por exemplo, de aços do tipo
17%Cr-7%Ni (AISI 301), nos quais a austenita pode se transformar em martensita
por deformação plástica à temperatura ambiente ou por um tratamento a
temperaturas inferiores à ambiente.
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O efeito do carbono sobre a estrutura dos aços inoxidáveis austeniticos acima
de cerca de 900 C é similar ao do niquel, isto é, ele tende a ampliar a faixa
de existência da austenita e reduzir a quantidade de ferrita δ presente a
altas temperaturas.
Entretanto, a solubilidade do carbono na austenita diminui com a redução da
temperatura. Para ligas com menos de cerca de 0,03%C tende a
permanecer em solução sólida na austenita.
Para teores superiores, o carbono é completamente solúvel na austenita
somente a temperaturas elevadas, em geral, superiores a 1000 C e este
elemento só pode permanecer em solução à temperatura ambiente se o
aço for resfriado rapidamente.
Durante um resfriamento lento ou uma breve permanência entre cerca de 500
e 900 C, um carboneto de cromo, M23C6 ou (Cr,Fe)23C6, pode se formar.
Este pode prejudicar certas propriedades do material, particularmente sua
resistência à corrosão e sua dutilidade a baixas temperaturas. A
precipitação de carbonetos pode ocorrerem diferentes regiões da
microestrutura, porém sua velocidade é maior quando esta ocorre em
contornos de grão.
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Os aços inoxidáveis austeníticos são geralmente usados após um tratamento !rmico de
estabilização, isto é, são aquecidos a temperaturas entre 1000 e 1100 C e resfriados
rapidamente ao ar ou em água.
Este tratamento tem como objetivos permitir a recristalizacão da microestrutura
encruada, manter em solução sólida o carbono, e com isto dar ao material uma estrutura
essencialmente austenitica com uma menor quantidade possível de outros constituintes,
em particular carbonetos. Esta estrutura representa uma condição otimizada termos de
dutilidade e resistência à corrosão.
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Estrutura da Zona Fundida
A microestrutura da ZF pode reter quantidades variáveis de ferrita à temperatura
ambiente. A microestrutura da ZF pode ser analisada com o auxílio do corte (diagrama
pseudo-binário) do sistema Fe-Cr-Ni para 70% de ferro, figura 19.
Metal liquido contendo 70%Fe e com diferentes quantidades de Cr e Ni pode se
solidificar inteiramente como austenita, inicialmente como austenita e posteriormente
como ferrita, inicialmente como ferrita e depois como austenita ou, ainda, inteiramente
como ferrita, à medida que a relação entre os teores de Cr e Ni aumentata.
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A solidificação com austenita primária apresenta uma maior tendência à segregação na
solidificação devido aos menores coeficientes de difusão dos elementos de liga nesta
fase. Dependendo da composição química e da intensidade da segregação, a
solidificação com austenita primária pode levar à formação de uma estrutura
completamente austenitica ou à formação de ferritaeutética entre as dendritas de
austenita.
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Um material que tenha se solidificado como ferrita primária atinge o campo de
estabilidade da austenita ou das duas fases (figura 19) durante o seu resfriamento,
ocorrendo, desta forma, a tendência da ferrita se transformar em austenita.
A transformação completa da ferrita somente seria possível se o aço permanecesse
por um longo tempo a altas temperaturas, nas quais a transformação ocorre mais
rapidamente. Em soldagem, caracterizada por um resfriamento rápido, esta
transformação completa não pode ocorrer e parte da ferrita formada durante a
solidificação permanece até a temperatura ambiente.
A quantidade final desta fase dependerá da composição química (particularmente da
relação Cr/Ni) e das condições de soldagem que controlam a velocidade de
resfriamento. Quanto maior esta velocidade, menor será a extensão da transformação
e maior a quantidade de ferrita.
A microestrutura final da ZF de um aço inoxidável austenítico dependerá da forma de 
solidificação do aço e das transformações subseqüentes no estado sólido. Esta 
microestrutura pode ser classificada de acordo com a morfologia da ferrita. As 
principais microestruturas encontradas, para valores crescentes da relação Cr/Ni, são:
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- Austenita: É usual designar esta forma de solidificação pela letra A.
- Austenita + ferrita eutética: Resulta de solidificação em austenita primária com
formação de ferrita em reação eutética ao final da solidificação e localizada em
contornos de grão ou de dendritas ou células. Esta forma de solidificação (em austenita
primária seguida pela formação de ferrita) é usualmente designada por AF.
- Austenita + ferrita em espinha ou vermicular: Resulta de solidificação em ferrita
primária com formação de austenita tanto nas etapas finais desta (FA) como já no
estado sólido (ao final da solidificação). A ferrita remanescente se localiza ao longo do
centro das dendritas. Esta é a morfologia mais comumente observada em soldas de
aços inoxidáveis austeniticos.
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- Austenita + ferrita laminar ou rendilhada: Resulta da solidificação em ferrita primária
com a transformação desta em austenita ao seu final principalmente no estado sólido.
A austenita aparece na forma de lâminas aproximadamente paralelas com a ferrita
remanescente localizada entre as láminas. Esta forma de solidificação é também
designada por FA.
- Ferrita + austenita de Widmanstatten: Neste caso, a solidificação ocorre somente
com a formação de ferrita (F). A austenita é formada, na matriz de ferrita já
completamente solidificada, nucleando nos contornos de grão da ferrita e crescendo
como placas para o interior dos grãos.
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Afigura 22 mostra a microestrutura tipica de uma solda de aço inoxidável
austenitico contendo ferrita 5 em espinha e laminar.
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Aços inoxidàveis austeniticos - estrutura de solidificação - formada por austenita, tende
a apresentar uma excelente dutilidade e não é sensível à fissuração pelo hidrogênio.
Assim, não é necessário, em geral, realizar tratamentos térmicos pós soldagem
A ferrita δ, quando presente em teores não muito elevados, é um constituinte benéfico
para a ZF, pois reduz a tendência à fissuração na solidificação.
Por outro lado, a quantidade de ferrita δ deve ser controlada em aplicações em que a
junta soldada necessita de uma ótima resistência à corrosão, uma alta tenacidade da
solda a baixas temperaturas.
A estrutura da solda não depende somente da velocidade de resfriamento e da
razão Cr/Ni. Outros elementos de liga adicionados ao aço também afetam a
estabilidade relativa das fases.
Para classificar o efeito destes elementos, estes foram divididos em formadores de
ferrita (por exemplo, Cr Mo, Si, Nb e AI) e de austenita (por exemplo, Ni, C, N e Mn).
Equivalente de cromo e equivalente de niquel e a sua influência combinada pode ser
apresentada em diagramas constitucionais empíricos levantado por Schaeffler na
década de 40.
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O diagrama de Schaeffler permite prever a microestrutura da ZF com base na sua
composição química e não é restrito aos aços inoxidáveis austeniticos, podendo ser
usado também para aços ferríticos e martensiticos.
Os diagramas constitucionais não levam em consideração, em geral, a velocidade de
resfriamento e apenas fornecem uma estimativa aproximada da microestrutura da solda
e da quantidade de ferrita.
No diagrama de Schaeffler, a quantidade de ferrita delta em soldas com microestrutura
bifásica foi determinada com base em medidas diretas de amostras preparadas para
análise metalográfica.
Diagramas mais recentes, inclusive ode DeLong e o do WRC, apresentam estes
resultados em FN ou ‘Ferrite Number” obtido indiretamente com base na medida das
propriedades magnéticas do material, sendo que este é o procedimento o mais aceito
atualmente. Além disso, ainda existem outros métodos como, por exemplo, por difração
de raios X.
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Ferritiscópio
Obtem medições de ferrita de 
forma não destrutiva .
O processo ocorre da seguinte forma:
 O campo magnético gerado pela bobina interage com as partículas
magnéticas das amostras;
 As mudanças no campo magnético induzem a uma voltagem na
segunda bobina que é proporcional ao valor da ferrita do material;
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Estrutura da Zona Fundida
Soldabilidade dos aços inoxidáveis austeníticos
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Formação de Trincas de Solidificação
Os fatores são basicamente os mesmos que afetam outros aços e ligas:
- Estrutura de solidificação;
- nível de impurezas;
- Tensões desenvolvidas na solda durante a solidificação da poça de fusão.
As soldas destes aços podem se solidificar com uma estrutura completamente
austenítica, ferrítica ou como uma mistura destas duas fases dependendo de sua
composição química, em particular do balanço entre os elementos alfa e gamagênicos.
Soldas que contêm alguma ferrita δ à temperatura ambiente apresentam uma elevada
resistência à fissuração para a maioria das aplicações, enquanto que as soldas com
uma estrutura completamente austenítíca apresentam baixa resistência.
Trinca de solidificação
A quantidade de ferrita δ necessária para garantir imunidade contraa fissuração
depende do nível de restrição da junta e da quantidade e tipo dos elementos de liga e
impurezas presentes na zona fundida.
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Alguns dos fatores mais prováveis responsáveis pelo efeito benéfico da ferrita na
redução da sensibilidade à formação de trincas de solidificação são:
-A maior solubilidade de impurezas prejudiciais (S e P) na ferrita causa uma
menor segregação destes elementos quando a solidificação ocorre inicialmente
como ferrita;
-Os contornos austenita-ferrita apresentam menor molhabilidade por líquidos do
que contornos ferrita-ferhta ou austenita-austenita, reduzindo o espalhamento do
liquido ao final da solidificação;
-Os contornos austenita-ferrita são muito sinuosos, o que dificulta a propagação
das trincas;
- A presença da ferrita resulta em uma maior quantidade de superfície interna
devida às interfaces austenita-ferrita. Este aumento de superfície dispersa as
impurezas que tendem a segregar nos contornos.
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Em uma ZF de estrutura completamente austenítica, aços resistentes ao calor do tipo
25%Cr-20%Ni (AISI 310), microtrincas intergranulares podem ser formadas ao final
da solidificação levando a uma redução da dutilidade e resistência mecânica. Para
minimizar a chance de fissuração, soldas de aços inoxidáveis com solidificação em
austenita primária precisam ter teores muito baixos de S e P, inferiores a cerca de
l00ppm (figura 28). Quando a solidificação ocorre em ferrita + ustenita, teores mais
elevados de S e P são tolerados.
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O efeito do manganês - similar ao observado nos aços carbono e baixa liga.
Reduzir a chance de fissuração ao combinar com o enxofre formando um
sulfeto de maior temperatura de solidificação.
No caso de aços inoxidáveis de solidificação completamente austenitica,
sugere-se uma relação Mn/S superior a cerca de 35 para evitar a fissuração.
Consumível de soldagem deve ser mantido em um nível bem baixo de enxofre
– Diluição.
Trinca de solidificação
O fósforo tem um efeito similar ao do enxofre e favorece a fissuração quando
presente com um teor superior a cerca de 0,025% em soldas de solidificação
completamente austenítica.
O nióbio é uma adição comum em soldas do tipo 18%Cr-10%Ni, geralmente em
teores inferiores a 1%. ( Objetivo – melhoirara a resistência a corrosão intergranular).
Durante a solidificação, este elemento forma um constituinte intergranular de baixo
ponto de fusão que pode ser observado em metalografia ótica. Este constituinte
aumenta a sensibilidade à fissuração na solidificação, particuIarrnente em soldas de
estrutura completamente austenítica.
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O silício é considerado um elemento indesejável por, em alguns casos, aumentar a
sensibilidade à fissuração. Contudo, quando o seu teor for interior a cerca de 0,3%, o
metal liquido tende a ser muito viscoso, favorecendo o aprisionamento de inclusões de
escória.
Para teores acima de 0,7%, o risco de fissuração aumenta e a excessiva fluidez da poça
de fusão pode reduzir a penetração na soldagem TIG. Em aços inoxidáveis austeniticos
resistentes ao calor, o silício pode estar presente em maiores teores para garantir uma
maior resistência à oxidação. O efeito prejudicial do Si pode ser contrabalanceado por
uma maior quantidade de carbono (também usados nesses aços em maiores teores). O
efeito combinado destes dois elementos em uma solda de um aço 15%Cr-35%Ni com
baixos teores de enxofre e fósforo é mostrado na figura 29.
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Trinca de solidificação
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s Fissuração na Zona Termicamente Afetada Durante a Soldagem
Em alguns casos, trincas podem surgir no metal base adjacente à linha de fusão
após soldagem. Esta forma de fissuração é muito menos comum do que fissuração
da zona fundida, podendo ocorrer na soldagem com elevado grau de restrição ou de
seções relativamente espessas (acima de cerca de 2Omm) de certos tipos de aços
inoxidáveis, particularmente os que contêm Nb, Zr e B
As trincas formadas são intergranulares podendo se iniciar na ZTA ou nas regiões
não misturada e parcialmente fundida e se propagar para a ZTA.
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Fissuração ao Reaquecimento
Além de ser sensível à fissuração na ZTA durante a operação de soldagem, aços
inoxidáveis austeníticos contendo Nb podem também trincar na região adjacente à
zona fundida durante um tratamento térmico pós-soldagem ou em serviço a alta
temperatura.
Este tipo de problema foi observado em soldas em peças de grande espessura
(>2Omm), quando a temperatura de serviço ou tratamento térmico é superior a cerca
de 5000C.
Este tipo de problema têm sido citados na soldagem em estações geradoras de vapor,
refinarias de petróleo, peças forjadas de grande espessura e na indústria nuclear. As
trincas são intergranulares e se desenvolvem na ZTA, em geral junto à linha de fusão,
como mostrado na figura abaixo.
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Mecanismo desta forma de fissuração seja semelhante ao problema que ocorre em
aços de baixa liga. Este envolveria a formação de nos precipitados de carbonetos
intragranulares que tornariam o grão duro e resistente à relaxação de tensões por
deformação durante a exposição a temperatura elevada. Como resultado, estas
deformações se concentrariam os contornos de grão e, se esta deformação excedesse
a capacidade de deformação do contorno de grão, trincas seriam formadas.
A fissuração pode ser facilitada pela fragilização dos contornos de grão devido à
segregação de impurezas, como o fósforo, semelhante ao que parece ocorrer nos aços
de baixa liga.
A presença de entalhes produzidos por mordeduras e outras descontinuidades
próximas da superfície da solda aumenta o risco de fissuração.
Entre os aços inoxidáveis austeniticos mais utilizados, os mais sensíveis à esta forma
de fissuração são os estabilizados com Nb e, em seguida, com Ti (Tabela XVI). Os aços
ligados com Mo, do tipo 18%Cr-1Q%Ni-25%Mo têm menor tendência à fissuração na
ZTA, desde que caço não contenha Nb. De na maneira geral, os teores de Nb e Ti
devem ser controlados quando as condições de fabricação ou de serviço implicarem em
risco de fissuração.
Fissuração ao Reaquecimento
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Corrosão
Na grande maioria de suas aplicações, um aço inoxidável é usado em função de sua
elevada resistência ao ataque químico em diferentes ambientes. A ZAC e ZF
apresentam alterações na estrutura e, às vezes, na composição química e, desta
forma, podem afetar a resistência à corrosão da peça.
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Corrosão Galvânica:
Esta forma de corrosão ocorre em ambientes úmidos, quando, por exemplo, duas partes 
de uma peça com diferentes composições químicas ou microestruturas são imersos em 
um eletrólito. 
Nestas condições, uma célula galvânica pode se formar e resultar no ataque (dissolução) 
da parte anódica do circuito. 
A severidade do ataqueaumenta com a densidade da corrente anódica isto é, quando a 
superfície da região anódica for muito menor que a da catódica. 
Corrosão
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Corrosão Galvânica
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Corrosão Galvânica
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Corrosão Galvânica
No caso de aços inoxidáveis que contêm Mo, a resistência à corrosão para diferentes 
ambientes aumenta com o teor de Mo e a corrosão da solda pode ser controlada pela 
utilização de metal de adição com maior teor deste elemento que o metal base.
Como uma solda tem, em geral, uma superficie muito menor que o resto da
montagem, é essencial que ela não se torne anódica e seja rapidamente atacada.
Para isto, um princípio a ser seguido usualmente é que o metal de adição deve ter
um teor de Cr ligeiramente superior ao do metal base para compensar qualquer
possível efeito da diferença de microestrutura.
A existência de camadas
espessas de óxido e a presença
de descontinuidades como
porosidade, trincas superficiais,
mordeduras ou falta de fusão
podem causar o acumulo de
agentes agressivos nestes locais.
Estas regiões podem se tornar,
assim, locais para corrosão
localizada.
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Se um aço não estabilizado do tipo AISI 304 (18%Cr-10%Ni), contendo cerca de
0,1%C, for soldado (ou brasado) e então exposto a certos meios corrosivos, o material
pode ser rapidamente atacado em regiões da ZTA ligeiramente afastadas da solda e
paralelas a esta.
A região atacada está associada com a precipitação de carbonetos de cromo nos
contornos de grão da austenita, com a corrosão se processando ao longo destes e
causando a separação dos grãos.
As regiões mais sensíveis a este processo são aquelas aquecidas, durante a
soldagem, a temperaturas em torno de 650 C (500 a 700 C).
A severidade deste tipo de ataque aumenta com o teor de carbono e com a
agressividade do mieio.
Em geral, aços contendo menos de 0,08%C sofrem corrosão intergranular devida à
soldagem somente em juntas de maior espessura, nas quais a necessidade da
soldagem em vários passes tende a aumentar o tempo de permanência na faixa crítica
de temperaturas, ou então em ambientes altamente agressivos. Aços contendo anos
de 0,03%C e aqueles estabilizados com nióbio ou titânio são, em geral, imunes a este
problema.
Corrosão IntergranuIar
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O mecanismo mais aceito para explicar a corrosão
intergranular em aços inoxidáveis austeniticos
associa o problema com a precipitação de
carbonetos cromo nos contornos de grão do material
em uma faixa de temperatura em que a velocidade
de difusão do cromo no aço é relativamente baixa.
Nestas condições, a precipitação leva à formação de
uma fina região empobrecida em Cr junto aos
contornos de grão, a qual não pode ser eliminada
pela são de átomos de Cr das regiões mais
afastadas dos contornos de grão.
Durante exposição a um ambiente corrosivo, os
próprios carbonetos não seriam atacados, mas sim a
fina região empobrecida de cromo e, portanto,
menos resistente à corrosão.
Corrosão IntergranuIar
A corrosão intergranular pode ocorrer em numerosos meios, particularmente condições
ácidas, como em ambientes ricos em ácido sulfúrico, misturas de do sulfúrico e nítrico
ou clorídrico e nítrico, ácido nítrico quente e ácidos orgânicos quentes.
Aços contendo Mo e com um teor máximo de C de 0,08% sofrem corrosão
intergranular devida à soldagem somente em condições severas, como por exemplo,
quando imersos em ácido acético quente com cloretos.
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Estrutura do metal de base de aço AISI 304 
sensitizada
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Maneiras de se minimizar o risco de corrosão intergranular em soldas.
Adição de Nb ou Ti ao metal base para a formação de carbonetos do tipo NbC ou TiO
em preferência aos de cromo. Como esses carbonetos possuem menor solubilidade
que o carboneto de cromo, eles tendem a não se dissolver durante a fabricação do
aço. Como resultado, a quantidade de carbono em solução sólida em aços
estabilizados com Nb ou Ti tende a ser muito baixa de modo que, quando o aço é
aquecido na faixa de temperaturas de sensibilização à corrosão intergranular, o
carboneto de cromo não é formado. Com este objetivo, em geral, se adiciona uma
quantidade de Ti 4 a 5 vezes maior que o teor de carbono do aço ou uma
quantidade de Nb 8 a 10 vezes maior.
Um método alternativo é a redução do teor de carbono do metal base para um teor
baixo, em geral inferior a 0,03%. Estes aços são classificados como de baixo teor de
carbono (o sufixo L é adicionado à classificação do aço, por exemplo 316L) não são
sujeitos à precipitação de carbonetos durante a soldagem, Com o desenvolvimento
das técnicas de refino, os aços com baixo teor de carbono têm se tornado cada vez
mais usados.
Eletrodos e arames para soldagem de aços estabilizados devem também ser
estabilizados, uma vez que, em soldas de vários passes, o metal de solda já
depositado pode ser aquecido na faixa de temperatura de sensibilização pelos
passes seguintes.
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A utilização de processos de soldagem com alta densidade de energia (por exemplo, os
processos de soldagem a plasma, laser ou feixe de elétrons) pode minimizar o problema
da corrosão intergranular por reduzir o tempo de permanência na faixa crítica de
temperatura.
A sensibilidade à corrosão intergranular pode ser removida através de um tratamento 
térmico da junta soldada. Dois tratamentos alternativos têm sido utilizados: 
- tratamento de solubilização, que envolve o aquecimento a uma temperatura entre 
1000 e 1100 C por um pequeno período de tempo, seguindo-se um resfriamento 
rápido até a temperatura ambiente;
- tratamento de estabilização, que consiste em um aquecimento até uma temperatura 
entre 870 e 900 C por cerca de duas horas. Este tratamento pode completar a 
precipitação, remover micro-tensões junto aos contornos de grão ou causar a difusão 
de cromo para as áreas empobrecidas. 
Entretanto, em ambos os casos, é necessário aquecer todo o componente, uma vez 
que um tratamento térmico localizado simplesmente causa o deslocamento da região 
sensível para fora da área aquecida. Em geral, a utilização de tratamentos térmicos 
não é possível devido às dimensões do componente ou pelos problemas de distorção 
que causa, ou então é inviável economicamente, quando comparada com a utilização 
de material estabilizado ou de baixo teor de carbono.
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A corrosão sob tensão pode afetar aços
inoxidáveis austeníticos submetidos
simultaneamente a tensões de tração e a
ambientes corrosivos contendo cloretos.
Este tipo de corrosão se caracteriza pela
formação de trincas tipicamente
transgranulares ramificadas que podemaparecer em poucos minutos quando o
material é exposto soluções concentradas e
quentes de cloretos ou em muitas horas em
soluções diluídas e a temperaturas mais
baixas.
Trinca de corrosão sob tensão em aço 
inoxidável austenitico, 5OOX
Fissuração por Corrosão sob Tensão
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A corrosão sob tensão não é um problema específico de peças soldadas, mas a
soldagem atua indiretamente, causando tensões residuais que aumentam o perigo de
ataque e produzindo regiões com microestrutura alteradas que podem ter um
comportamento diferente do metal base em relação á corrosão sob tensão.
Fissuração por Corrosão sob Tensão
Corrosão sob tensão em autoclave de aço 304.
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As principais características desta forma de
corrosão são:
1 - Existe um período inicial de incubação,
durante o qual as trincas não são
observadas. Após este período, as trincas
se desenvolvem rapidamente;
2 - O problema é acelerado pela presença
de oxigênio;
3 - A velocidade de ataque é bastante
reduzida quando o teor de níquel é superior
a 40% ou interior a 5% ;
Fissuração por corrosão sob tensão em arames 
de Fe-Cr-Ni submetidos a uma solução fervente 
de cloreto de magnésio.
Fissuração por Corrosão sob Tensão
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4 - Metais puros tendem a ser mais resistentes do que ligas;
5 - A condição superficial da peça pode desempenhar um papel importante. Jateamento
superficial aumenta a resistência por criar tensões residuais compressivas na
superfície;
6 - A estrutura da liga é importante. Aços ferriticos ou austeno-ferríticos têm melhor
resistência do que materiais completamente austeníticos. Aços inoxidáveis ferriticos não
sofrem corrosão sob tensão em presença de cloretos, mas podem ser afetados por
sulfeto de hidrogénio.
Fissuração por corrosão sob tensão é usualmente causada pela contaminação
acidental dos líquidos utilizados em um processo industrial por soluções aquosas
contendo cloretos ou pela contaminação da superfície da peça durante a fabricação
ou transporte. As condições mais severas ocorrem quando soluções contendo
cloretos se concentram em contato com a superfície do metal. Assim, o equipamento
deve ser projetado de modo a evitar a formação de reentrâncias e fendas, onde a
concentração de cloretos pode ocorrer Na fabricação, transporte e armazenagem,
devem ser tomadas precauções para evitar a contaminação, por exemplo, por água
do mar.
Aços inoxidáveis austeníticos podem também sofrer corrosão sob tensão em soluções 
contendo elevada concentração de ions hidroxila (0H). Fissuração por corrosão sob 
tensão pode ocorrer em ambientes oxigenados com água fervente e, em reatores de 
água pressurizada, em ambientes estagnados de água boretada.
Fissuração por Corrosão sob Tensão
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A fissuração por corrosão sob tensão pode ser reduzida ou prevenida por medidas
como:
1- Diminuição do nivel de tensões, por exemplo através de um tratamento térmico de
alívio de tensões. Em aços inoxidáveis austeníticos, este tratamento é feito
normalmente entre 900 e 1000 C, Cuidados devem ser tomados para se evitara
desenvolvimento de tensões residuais nas extremidades da região aquecida, devido
a gradientes térmicos elevados, e para se evitar a precipitação de fase a ou de
carbonetos;
2 - Eliminação do componente ambiental crítico, por exemplo, através de destilação;
3 - Substituindo a liga, se não for possível atuar no ambiente nem reduzir o nível de
tensões. Os aços inoxidáveis podem ser substituídos por ligas mais ricas em Ni ou
por aços inoxidáveis que não contêm ou que contêm menor quantidade de Ni;
4 - Aplicando proteção catódica; e
5 Aplicando inibidores no ambiente.
Como outros materiais, aços inoxidáveis austeníticos podem sofrer penetração e
fissuração intergranular devido à sua contaminação superficial por metais de baixo
ponto de fusão (por exemplo, o zinco) seguida pela exposição a alta temperatura. De
uma forma geral, é aconselhável evitar qualquer contaminação superficial (por
exemplo tintas) em um aço inoxidável austenitico, se este for exposto a
temperaturas superiores a cerca de 400 C.
Fissuração por Corrosão sob Tensão
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Corrosão sob tensão
• diminuição do nível de tensões através de tratamento térmico 
de alívio de tensões (entre 900 e 1000 C);
• eliminação do componente ambiental crítico;
• substituindo o aço inox austenítico por ligas mais ricas em 
níquel ou por aços inoxidáveis ferríticos ou duplex;
• controle da energia de soldagem.
Como evitar?
Fissuração por Corrosão sob Tensão

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