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Drenagem linfática manual - aula 01

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Sistema linfático
Anatomia do Sistema Linfático
História
 As primeiras informações sobre o sistema linfático datam desde épocas remotas da Antiguidade. 
Já no ano 450 a.C., Hipócrates (filósofo grego considerado um dos pais da medicina) através de dissecações estudou este sistema. Posteriormente Vesalius no século XVI iniciou estes estudos.
Pecquet, em 1651 - “Cisterna de Pecquet”
Outros anatomistas investigaram o sistema linfático ao longo da história 
Drenagem linfática manual
A técnica foi desenvolvida por volta de 1932 pelo terapeuta dinamarquês  Emil Vodder e sua esposa. 
Posteriormente surgiram outras escolas de drenagem linfática manual. Outros métodos novos surgiram ao longo do tempo, a maior parte baseado em Vodder.
Circulação 
“A função da circulação é a de atender às necessidades dos tecidos, é transportar nutrientes até os tecidos, remover daí produtos de excreção (produtos residuais), levar hormônios de uma parte para outra parte do corpo e manter, em geral, em todos os líquidos teciduais, um ambiente apropriado à sobrevida e função ótima das células (condições homeostáticas).” (GUYTON)
TIPOS:
Circulação Sanguínea (Sistema cardiovascular)
Circulação Linfática ( Sistema linfático) 
A circulação é dividida em pulmonar, que supre os pulmões, e sistêmica, que supre os demais tecidos do corpo. 
Os componentes funcionais da circulação são: as artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias. 
Artérias – transportam sangue sob alta pressão até os tecidos, por esta razão suas paredes vasculares são muito fortes e o sangue flui rapidamente por elas
Capilares – efetua trocas de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial, por esta razão sua paredes são finas e permeáveis
Veias – funcionam como condutos para o transporte de sangue dos tecidos de volta para o coração, e como a pressão no sistema venoso é muito baixa, as paredes venosas são finas. 
Aproximadamente um sexto do corpo é constituído pelos espaços entre as células, que são, em conjunto, denominados de interstício.
A estrutura do intersticício é formada por dois tipos de estruturas: feixes de fibras de colágeno, e filamentos de proteoglicanos. 
O líquido nestes espaços é o líquido intersticial. 
A troca de nutrientes e outras substâncias entre o sangue (plasma) e o líquido intersticial ocorre por difusão 
Os líquidos corporais totais encontram-se distribuídos em dois compartimentos principais: o líquido extracelular (líquido intersticial + plasma sanguíneo) e o líquido intracelular. 
Líquido Intracelular 
Líquido Intersticial
Plasma
O sistema linfático representa uma via acessória pela qual pode fluir líquido dos espaços intersticiais para o sangue. 
O sistema linfático é capaz de transportar proteínas e grandes partículas de material para longe dos espaços dos tecidos, nenhuma das quais poderia ser removidas pela absorção direta para o sangue capilar. 
Essa remoção de proteínas dos espaços intersticiais é uma função absolutamente essencial, sem a qual morreríamos dentro de 24 horas.
ALTA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA DOS CAPILARES LINFÁTICOS 
O sistema linfático é constituído pelo tecido linfoide (ou reticular), um tipo especial de tecido conjuntivo rico em células reticulares e em células de defesa, como os linfócitos, os plasmócitos e os macrófagos.
O tecido linfoide está presente em locais sujeitos à invasão de substâncias patogênicas e de microorganismos, como, por exemplo, no tecido conjuntivo do tubo digestório, das vias respiratórias e do trato urogenital (tecido linfoide associado a mucosas). É o principal constituinte dos órgãos linfoides. 
O tecido linfoide pode ser difuso ou nodular.
Principais funções do sistema linfático
Recolher o excesso de líquido intersticial (e transportar esse líquido de volta para a circulação sanguínea)
Recolher toxinas acumuladas
Atuar na imunidade corporal 
O sistema linfático também atua como sistema de defesa através do linfócitos
Com poucas exceções, quase todos os tecidos do corpo têm canais linfáticos que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais. 
*Proteínas
*Gorduras
Estruturas linfáticas
Capilares linfáticos
Vasos linfáticos (coletores)
Linfonodos 
Troncos linfáticos
Ductos linfáticos
Linfa
Órgãos linfáticos 
Tecido Linfóide
Capilares linfáticos 
Também denominados linfáticos iniciais. Sua função é captar o líquido intersticial dos tecidos
Finos, delicados, transparentes e estão intimamente ligados aos tecidos
São maiores e mais irregulares que os capilares sanguíneos
São constituídos por células endoteliais sobrepostas 
Os vasos linfáticos iniciais é um sistema avalvular
Capilares linfáticos
Estão aderidos aos tecidos através de filamentos denominados Filamentos de Casley-Smith, que conforme a tração ou afrouxamento de seus filamentos de proteção, abrem-se e fecham-se, como “microválvulas”, permitindo a entrada do liquido intersticial em seu interior através de um orifício denominado zonulae
Capilares linfáticos
São altamente permeáveis, permitindo a absorção de grandes quantidades de líquido, grandes moléculas proteicas e até mesmo agentes patogênicos (vírus e bactérias)
Os capilares linfáticos por sua vez, se agrupam para formar os vasos linfáticos (coletores) que são estruturas de maior calibre e que possuem válvulas bem desenvolvidas
Os vasos linfáticos estão classificados em dois grupos: 
Vasos linfáticos Pré-coletores 
Vasos linfáticos Coletores 
Vasos pré-coletores
Possuem um diâmetro maior que os capilares linfáticos e são repletos de válvulas. Essas válvulas asseguram o fluxo unidirecional da linfa – impede o refluxo
Estruturalmente são semelhantes aos capilares linfáticos, porém possuem fibras colágenas, que fortalecem sua estrutura, e elementos elásticos e musculares que lhes fornece contratilidade e alongamento
Assumem uma posição intermediária funcional entre os capilares linfáticos e os vasos coletores
O espaço compreendido entre uma válvula e outra é chamado de linfangion e cada linfangion possui musculatura lisa que ao contrair propulsiona a linfa
Vasos coletores
Também chamados de coletores linfáticos principais 
São vasos linfáticos de maior calibre e tem a estrutura semelhante aos vasos sanguíneos, possuindo também as mesmas túnicas, a túnica íntima, a túnica média e a túnica adventícia ou externa, mas suas paredes são mais finas que a dos vasos sanguíneos
Estes vasos estão presentes nos planos superficial e profundo
Os vasos linfáticos então, vão se reunir em estruturas maiores que chamamos de Troncos linfáticos, os troncos redirecionam a linfa para canais ainda mais calibrosos chamados de ductos e são os ductos que levam a linfa para a circulação venosa
No caminho dos capilares linfáticos até os ductos, a linfa passa por estruturas chamadas de LINFONODOS
Linfonodos
Ao longo do trajeto dos vasos linfáticos existem grupos compactos e esféricos de linfócitos encapsulados, que são chamados de linfonodos
Os linfonodos são dilatações no caminho dos vasos linfáticos que contém no seu interior grande quantidade de células de defesa (linfócitos e macrófagos)
Os linfonodos tem importante função no sistema imunológico e na filtragem da linfa antes de ir para o sistema vascular
Linfonodos 
São estruturas imunologicamente ativas, podendo aparecer isolados ou geralmente em grupos em determinadas regiões do corpo, como axila, região inguinal, mesentério, região submandibular e outros. 
São estações de filtragem e podem estar presentes tanto em plano superficial como profundo
Possuem a importante função de filtrar a linfa
Linfonodos 
O linfonodo possui uma estrutura semelhante a um caroço de feijão.
No lado convexo do órgão, entram os vasos linfáticos aferentes, e, no lado côncavo, no hilo, penetram a(s) artéria(s) e os nervos e saem as veias e o vaso linfático eferente.
O linfonodo é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, inclusive com tecido adiposo unilocular.A cápsula é mais espessa no hilo. Ela emite trabéculas para o interior do órgão, levando vasos sanguíneos. O arcabouço de sustentação do linfonodo é constituído pelas trabéculas ricas em fibras colágenas e pela trama de fibras reticulares do tecido linfoide 
Linfonodos 
Os vasos aferentes entram nos linfonodos na sua superfície e os vasos eferente saem por reentrâncias pequenas, denominadas Hilo. 
Os linfonodos possuem a função de produzir linfócitos e filtrar a linfa 
São depuradores capazes de absorver, metabolizar e destruir alguns elementos provenientes da circulação linfática
Linfonodos
 A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.
Existem cerca de 500 linfonodos no corpo humano
O parênquima do linfonodo é dividido em: córtex, que é periférico, e medula, em posição central e junto ao hilo.
Troncos linfáticos
Após sair dos linfonodos, os vasos linfáticos convergem e formam troncos linfáticos
Os troncos drenam extensas áreas do corpo
Troncos linfáticos 
São os maiores vasos linfáticos e recebem a linfa dos órgãos internos, das extremidades e do tronco. 
São 11 e recebem as seguintes denominações: troncos lombares, tronco intestinal, troncos broncomediastinais, troncos subclávios, troncos jugulares e *troncos descendentes intercostais, com exceção do tronco intestinal são citados em pares. Cada um responsável pela drenagem de áreas relativas a sua denominação. 
Troncos lombares
Esse par de troncos, que se situa nos lados da aorta, na parte inferior do abdome, recebe toda a linfa que drena dos membros inferiores, órgãos pélvicos e de uma parte da parede amterior do abdome 
Tronco Intestinal
Tronco ímpar situado próximo à parede posterior do abdome na linha média, recebe a linfa gordurosa do estômago, intestinos e outros órgãos digestórios
Tronco broncomediastinais
Subindo pelos lados da traquéia, esse par de troncos coleta linfa das vísceras torácicas e da parede do tórax 
Transporta a linfa dos brônquios, do pulmão e do mediastino
Troncos subclávios
Localizado perto da base do pescoço, esse par de troncos recebe a linfa dos membros superiores, drenam a parte inferior do pescoço e a parede superior do tórax (drena glândula mamária e os linfonodos axilares)
Troncos jugulares
Localizado na base de cada veia jugular interna, esse par de troncos drena a linfa da cabeça e pescoço
Ductos Linfáticos
Os troncos redirecionam a linfa para canais ainda mais calibrosos chamados de ductos e são os ductos que levam a linfa de volta para a circulação venosa
Ducto torácico
Ducto linfático direito
O ducto torácico se inicia na parte inferior do abdome, numa dilatação chamada de Cisterna do quilo (Cisterna de Pequet), onde existe o encontro de vários troncos linfáticos (*troncos intestinais, troncos intercostais descendentes e os troncos lombares). 
A cisterna do quilo drena a linfa proveniente dos intestinos 
Praticamente toda a linfa da parte inferior do corpo flui para cima pelo ducto torácico e se esvazia dentro do sistema venoso na junção da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia
A linfa do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes da região do peito, também entram no ducto torácico antes de se esvaziar, dentro das veias.
A linfa do lado direito do pescoço e da cabeça, do braço direito e de partes do tórax entra no ducto linfático direito, que então se esvazia dentro do sistema venoso na junção da veia subclávia direita e da veia jugular interna. 
A linfa é derivada do líquido intersticial que flui para dentro dos linfáticos, tem quase a mesma composição do líquido intersticial. 
A depender do tecido da onde é drenada pode variar um pouco sua composição – ter mais ou menos proteínas. Ex: a linfa que drena o meio intersticial dos intestinos é rica em gordura e proteína
Nosso organismo em condições normais tem a capacidade de produzir 3 a 4 litros de linfa por dia 
Essa linfa é devolvida diretamente para a corrente sanguínea
Percurso da linfa
Linfa
* Linfonodos pelo caminho
A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos .Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.
Capilares linfáticos
Vasos linfáticos pré-coletores
Vasos Coletores
Troncos Linfáticos
Ductos Linfáticos
Sistema venoso
As principais células do sistema linfático são os linfócitos (T e B)
O sistema linfático possui órgãos linfáticos ou órgãos linfoides: linfonodos (agregados do tecido linfático que possui uma grande quantidade de células de defesa e estão localizados no caminhos dos vasos linfáticos); tonsilas, medula óssea, timo e baço. 
O sistema linfático tem algumas semelhanças com o sist. Vascular – ele também é formado por vasos. Mas no sist. Cardiovascular, temos vasos que transportam sangue. 
O sist. Cardiovascular é um sistema fechado onde o sangue fica dentro dele e não sai, já o sist. Linfático é um sistema aberto, que tem começo e fim. 
O sist. Linfático começa no meio intersticial com os capilares linfáticos que vão drenar o líquido intersticial e termina na circulação venosa, já que esse sistema precisa devolver para a circulação sanguínea os líquidos que foram recolhidos. 
O sistema linfático é composto pelo sistema superficial e profundo, sendo separado pela fáscia muscular 
Os vasos linfáticos superficiais são mais numerosos, acompanham o trajeto de veias e artérias e sua drenagem é feita para os linfonodos superficiais. Localizam-se acima da fáscia muscular ou seja entre a pele e a aponeurose superficial e drenam os tecidos superficiais
Os vasos linfáticos profundos não são tão numerosos, acompanham vasos sanguíneos profundos e sua drenagem se dá para os linfonodos profundos 
Circulação Linfática
A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.
O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e a conduz para dentro do sistema linfático. 
A linfa percorre o sistema linfático graças a contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo. 
O fluxo da linfa é relativamente lento. Esse fluxo é lento porque, ao contrário do sistema cardiovascular, o sistema linfático para fluir depende de forças externas e internas ao organismo, tais como: a gravidade, os movimentos passivos, a compressão externa dos tecidos, a contração muscular, a pulsação das artérias próximas aos vasos, o peristaltismo visceral e os movimentos respiratórios
Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. 
A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. 
A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfáticos. 
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