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CORRENTE ELÉTRICA Para você entender o conceito de corrente elétrica, faremos uma breve revisão sobre eletrostática. Tudo aquilo que você consegue segurar em suas mãos é constituído por elementos denominados átomos. O átomo, que em grego significa indivisível, é constituído essencialmente de duas partes: núcleo e eletrosfera. A eletrosfera corresponde à região na qual os elétrons orbitam, em altíssima velocidade, e o núcleo corresponde à região na qual se localizam os prótons e os nêutrons. Para esses elementos que constituem o átomo, convencionou-se que os prótons têm carga elétrica positiva, os elétrons têm carga elétrica negativa e os nêutrons, por sua vez, não têm carga elétrica. No estado natural, a quantidade de prótons e elétrons é a mesma, o que torna o átomo eletricamente neutro, pois possui a mesma quantidade de cargas negativas e positivas. Quando um corpo neutro passa por algum processo de eletrização, ele adquire uma carga elétrica que poderá ser positiva, se ele perder elétrons, ou negativa, se ele ganhar elétrons. A corrente elétrica é, na verdade, o movimento desses elétrons por unidade de tempo em um corpo. Quanto maior a corrente elétrica, maior a quantidade de elétrons circulando. A corrente resultante desse movimento é percebida em sentido oposto ao sentido de movimento dos elétrons. A corrente elétrica pode ser contínua ou alternada, e sua unidade de medida é o ampere [A]. A corrente contínua (CC) é aquela em que o movimento das cargas elétricas ocorre sempre no mesmo sentido. Ela é muito importante para o funcionamento de circuitos eletrônicos, base de inúmeros equipamentos relacionados à informática. Geralmente a CC é obtida por meio do uso de um retificador de tensão e filtro, que transforma a CA em CC. A corrente alternada (CA) é exatamente a corrente fornecida pelas concessionárias de energia e tem esse nome porque, em um dado instante, ela tem um sentido e, no instante seguinte, possui o sentido contrário. O principal motivo para o uso da CA está no fato de que a transmissão de energia elétrica fica mais fácil e econômica, pois ela pode ser aumentada ou reduzida facilmente e sem perda apreciável, utilizando-se para isso os transformadores. TENSÃO ELÉTRICA A grandeza elétrica denominada tensão elétrica está relacionada com a diferença de potencial que existe entre dois pontos quaisquer de uma rede elétrica ou equipamento. É essa diferença de potencial (ddp) que permite que ocorra o movimento das cargas elétricas nos condutores. Para que você possa compreender facilmente o conceito de tensão vamos ver o exemplo da pilha. POTÊNCIA ELÉTRICA A grandeza elétrica denominada potência elétrica está associada à capacidade do equipamento de converter energia elétrica em outra forma qualquer de energia. A potência elétrica pode ser determinada por meio da seguinte equação: Onde: P é a potência em watts (W); I é a corrente em amperes (A); V é a tensão da rede elétrica em volts (V). FREQUÊNCIA Frequência é um termo que está associado à repetição de um evento em certo intervalo de tempo. No caso da eletricidade, temos interesse em conhecer a frequência da corrente ou tensão alternada. A forma de onda da corrente alternada é a de uma senóide. O tempo necessário para que ocorra um ciclo completo nessa onda é chamado de período (T) e é medido em segundos [s]. A frequência (f), ou número de ciclos por segundo, é determinada pelo inverso do seu período, é sua unidade é o hertz [Hz]. Assim, temos a seguinte fórmula: RESISTÊNCIA ELÉTRICA A resistência elétrica está associada à dificuldade criada para passagem da corrente elétrica. Quanto maior o valor da resistência, maior a oposição (dificuldade) imposta ao fluxo de corrente. A unidade desta grandeza elétrica é o ohm [W]. Essa dificuldade poderá estar vinculada a algumas características que constituem a rede elétrica, por exemplo: o tipo de material que compõe os condutores elétricos, o comprimento total da rede. Os resistores são componentes elétricos que têm a finalidade de oferecer uma resistência elétrica pré- estabelecida, de modo a limitar a corrente elétrica em um determinado ponto de um circuito. O resistor não armazena energia, apenas dissipa na forma de calor. Além de sua resistência elétrica, a dissipação de potência é outra especificação importante de um resistor. Ela determina a capacidade que um resistor possui em dissipar o calor gerado pela passagem da corrente elétrica para o meio ambiente que o rodeia. LEI DE OHM A lei de Ohm (sobrenome do físico alemão que a formulou) estabelece que a tensão sobre um resistor é diretamente proporcional à corrente que o atravessa. A constante de proporcionalidade é o valor da resistência do resistor, em ohms. Matematicamente, essa relação é expressa como: Onde: V: tensão sobre o resistor em volts [V]; I: corrente que atravessa o resistor em amperes [A]; R: resistência do resistor dada em ohms [Ω]. Essa equação ainda indica que a relação entre a tensão e a corrente em um resistor é linear, ou seja, um aumento na corrente provoca um aumento proporcional na tensão. Assista ao vídeo: Vídeo Complementar - Eletricidade Parte 1 CAPACITÂNCIA A capacitância é uma grandeza que determina a capacidade de um determinado material armazenar cargas elétricas. Sua unidade é o farad [F]. O capacitor é o componente elétrico no qual se verifica mais comumente essa propriedade. Ele é composto de lâminas condutoras isoladas entre si, chamadas de placas, e por um dielétrico (elemento isolante). Os capacitores possuem diferentes tipos que se apresentam em uma grande variedade de tamanhos e formas. INDUTÂNCIA A indutância é uma grandeza verificada no componente elétrico chamado indutor, bobina ou enrolamento. Quando sujeito a um gerador de tensão contínua, o efeito deste enrolamento é provocar uma resistência elétrica ao fluxo de corrente, diretamente proporcional ao comprimento do condutor (fio) e inversamente proporcional à sua seção. Devido aos princípios do eletromagnetismo, ao redor do condutor se forma um campo magnético. Esse campo magnético é capaz de induzir tensão na própria bobina se ela for sujeita à tensão alternada ou a variações rápidas de corrente por meio do fio. A indutância quantifica a capacidade do condutor de induzir tensão em si mesmo quando a sua corrente varia. MULTÍMETRO Agora que você já conhece algumas das grandezas envolvidas quando se trabalha com eletricidade, podemos ver como elas são medidas no dia a dia. Vamos lá? Para cada uma das grandezas elétricas anteriormente descritas, existe um equipamento específico capaz de fazer sua verificação. Para se medir a tensão de uma rede elétrica, usamos um voltímetro. No caso da corrente elétrica podemos utilizar um alicate amperímetro. Para a medição da potência, utilizamos um medidor de potência, também chamado de wattímetro. Para a medição da resistência elétrica, utilizamos um aparelho chamado ohmímetro. Porém, existe um aparelho chamado multímetro, que é capaz de realizar a medição das grandezas elétricas básicas: tensão, corrente e resistência. Contudo, é comum encontrarmos multímetros que disponibilizam outras funções como medição de continuidade elétrica, teste de diodos e teste de transistores. O multímetro pode ser digital ou analógico. O fato de o multímetro ser digital implica que parte do processamento necessário para apresentar o resultado da medição é realizada por circuitos digitais. Com relação ao uso, a leitura da medição pelo usuário é muito simples quando comparada a de um instrumento analógico, pelo fato do valor lido ser diretamente apresentado por meio de um display de cristal líquido (LCD). Assista ao vídeo: Vídeo Complementar - Eletricidade Parte 2 Basicamente, as partes que compõem um multímetro são o display, o seletore os bornes (terminais de ligação), descritos em detalhe a seguir: Display: tem por função apresentar o valor lido da grandeza que se está medindo, utilizando um ponto para representar a vírgula no caso de uma medida não inteira. Uma especificação importante é o número de dígitos que são utilizados para indicar a medição: quanto mais dígitos, maior a exatidão do equipamento. Seletor: é utilizado para a escolha do tipo de medidor que se deseja utilizar (amperímetro, voltímetro, ohmímetro) e eventualmente a escala. Bornes: (terminais de ligação): neles são conectadas as ponteiras de teste do multímetro. A escala desempenha um papel fundamental na medição. Seu ajuste tem efeito nos seguintes fatores: gama de valores que poderão ser medidos (no máximo se pode medir o valor dado pela escala); interpretação do valor indicado pelo instrumento; número de dígitos após a vírgula (ponto); incerteza na medição (dúvida). https://www.youtube.com/watch?v=IZf5Ld5X7nk https://www.youtube.com/watch?v=IZf5Ld5X7nk Para a interpretação do valor lido pelo multímetro deve-se sempre consultar a escala que está sendo utilizada. ATERRAMENTO Como o próprio nome diz, aterramento está relacionado à terra. Logo, aterramento é a ligação proposital de um fio condutor à terra, sendo aplicado com foco na proteção de equipamentos e pessoas. Um sistema de aterramento tem um bom funcionamento quando, ao ocorrer uma falha na isolação dos equipamentos, a corrente passa para o aterramento ao invés de percorrer o corpo humano. PRÁTICAS DO TI VERDE Uma das práticas comuns do TI Verde é a virtualização de servidores, que consiste em agrupar diversos sistemas operacionais independentes em um único servidor físico. Segundo Guilherme Araújo (INFO ONLINE, 2012), diretor comercial da Online Brasil, algumas características vantajosas dessa prática são: Racionalização da manutenção: a redução de servidores físicos diminui os gastos com manutenção de hardware; Otimização de recursos: economia de energia elétrica, espaço e refrigeração; Autonomia: os aplicativos inseridos em seu próprio servidor virtual evitam que upgrades e mudanças causem impacto em toda rede; Eficiência: a virtualização permite apresentar produtos e serviços ao mercado com maior agilidade, devido ao acesso remoto aos desktops; Conformidade: possibilidade de múltiplas tecnologias de sistemas operacionais coexistindo em uma única plataforma.