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1 Aula 11 6A Geografia Fitogeografia é a ciência que estuda a distribuição geográfica dos vegetais, de acordo com as condições climáticas e sua dependência das possibilidades de adaptação. Sendo elemento fundamental da biosfera, a vegetação tem importante papel na formação dos solos, do ciclo da água, do equilíbrio térmico, do ciclo dos nutrientes, do ciclo do oxigênio, do carbono, do nitrogênio, etc. VEGETAÇÃO ORIGINAL Ta lit a Ka th y Bo ra Fatores que interferem na distribuição vegetal A diversidade vegetal que existe na Terra é decorrente do processo evolutivo ao longo das eras geológicas. A formação vegetal atual sofreu influência da última glaciação, ocorrida entre 12 e 10 mil anos. Para a correta identificação das formações vegetais atuais, é necessário levar em consideração os diversos fatores do meio físico (biótopo) e suas influências sobre os seres vivos (biocenoses). Vegetações 2 Semiextensivo Meio físico (biótopo) A delimitação do espaço ocupado por um segmento vegetal – o habitat, depende de vários fatores físicos, tais como: temperatura, luminosidade, água/umidade, pressão atmosférica, altitude, solo e feições do relevo. A adaptação dos vegetais espelha diversas características ambientais, principalmente as climáticas e do relevo, constituindo o conceito de domínios morfoclimáticos (morfo = forma/relevo + clima = vegetação). INFLUÊNCIA DA PLUVIOSIDADE E DA TEMPERATURA DOS DOMÍNIOS VEGETAIS Temperatura média anual (°C) Floresta tropicalCampo e Savana Floresta temperada Floresta de coníferas Tundra ártic a D es er to +32° +16° 0° 0 1 000 2 000 3 000 4 000 Preciptação média anual (mm) -16° Ao protegerem o solo contra erosão, favorecem a infiltração d´água, manutenção da umidade na atmos- fera, filtragem da atmosfera, dando abrigo aos animais. As vegetações atuam na manutenção das características naturais – promovem o equilíbrio ambiental. VEGETAÇÃO EQUILÍBRIO AMBIENTAL FATORES DE INFLUÊNCIA NAS FORMAÇÕES VEGETAIS • Clima • Águas • Relevo • Solo • Latitude • Altitude Classificação da paisagem vegetal Quanto à umidade • Higrófitos – que se adaptam bem a ambientes de elevada umidade (quando relacionadas a chuvas abundantes, florestas higrófitas são também chamadas de pluvial ou ombrófilas); • Tropófitos – os que se adaptam a ambientes que alternam períodos úmidos e secos; • Xerófitos – os que se adaptam a períodos de pouca umidade. Quanto às folhas • Latifoliadas – vegetais que têm folhas largas para facilitar a fotossíntese e a transpiração – típicos de áreas quentes e úmidas; • Aciculifoliadas – vegetais de folhas pontiagudas, que reduzem a transpiração – típicos de áreas temperadas. • Perenifólios – vegetais que não perdem as folhas ao longo do ano, possuem folhagem persistente, sendo “sempre verdes”; • Caducifólios (ou decíduos) – são os que perdem folhas em períodos frios ou secos do ano. Grandes formações vegetais Considerando os diversos fatores que influenciam na distribuição geográfica dos seres vivos, os vegetais podem ser classificados em formações: • florestais; • xerofíticas; • arbustivas; • dos alagadiços. • herbáceas; Formações florestais Constituem a mais pujante formação florística, onde há predomínio de árvores (segmentos arbóreos). Os princi- pais tipos de formações florestais são: • intertropicais (equatoriais e tropicais úmidas); • temperadas; • de coníferas. Aula 11 3Geografia 6A Florestas equatoriais e tropicais úmidas Floresta Amazônica no Brasil © S hu tt er st oc k/ F ili pe F ra za o Desenvolvem-se em áreas quentes e de precipitação abundante o ano todo (médias térmicas e pluviométricas anuais, respectivamente, acima de 20 °C e 2.000 mm). Essas condições promovem o rápido crescimento das árvores e um esforço violento de sobrevivência. São dominadas por árvores verdes de folhas largas e queda/reposição contínua – latifoliadas e perenifo- liadas. Possuem grande variedade de espécies e, por isso, são consideradas como os ecossistemas de maior biodiversidade do planeta. A grande biomassa dessas florestas não é alimen- tada por solos férteis. Na verdade, tais solos são forte- mente lixiviados e, portanto, ácidos. Há, contudo, um ativo sistema de decomposição orgânica que gera um ciclo de nutrientes fechado que sustenta a floresta. Essas florestas são encontradas na bacia Amazônica (América do Sul), em parte da bacia do rio Congo (Áfri- ca), litoral do Brasil (mata Atlântica), na América Central e no Sudeste asiático. Pelo desenho, estratificações das florestas equato- riais, temos: • Dossel – compreende o estrato de copas das árvores mais altas de uma formação florestal. • Lianas – plantas trepadeiras lenhosas e as epífitas que crescem nas árvores, como as orquídeas. • Vegetação rasteira – onde há reduzida incidência de luz. • Adaptações menores – no solo. Estratificação das florestas equatoriais An ge la G is el i/ Co re l.2 00 4. D ig ita l. Florestas temperadas Floresta temperada nos EUA Nessas florestas, encontram-se árvores com mais de 100 metros de altura (sequoias). Apresentam muitos elementos caducifoliados (com queda das folhas no inverno) e grande uniformidade vegetal – já com a presença de pinheiros. 4 Semiextensivo São típicas dessa categoria as matas do Mediterrâneo, as florestas da Califórnia e da Austrália e a Mata das Arau- cárias, com o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), uma conífera (gimnosperma) que pode atingir até 30 metros de altura, e a erva-mate (Ilex paraguariensis). Essas florestas são muito exploradas economica- mente. Florestas de coníferas (boreais ou de taiga) Floresta de coníferas ou taiga no Canadá Ocupam vastas áreas da América do Norte e da Eurásia, sobretudo entre as latitudes 45° e 75° Norte. As condições climáticas são rigorosas, com invernos frios, verões curtos e estação de chuva baixa. Em grande parte, as árvores são perenes, dominando espécies como abeto, pinheiro e abeto vermelho. Os ramos são flexíveis para sofrer a queda da neve pesada, e as folhas pequenas, em forma de agulha, reduzem a transpiração durante o inverno. Formações arbustivas Savana africana no Quênia Constituem um tipo intermediário entre florestas e her- báceas. São formações vegetais encontradas nas regiões in- tertropicais, com uma vegetação de arbustos intercalados com campos, que recebem nomes diversos como: • savana – nos EUA e na África Central; • cerrado – no Brasil; • lhano – na Venezuela; • parque – na África Oriental; • chaparral – no México; • bosque – no Sudão; • jângal – na Índia; • bush – na Austrália. Formações herbáceas Pradaria no Alabama (EUA) © W ik im ed ia C om m on s Correspondem à vegetação rasteira, gramas e pe- quenos arbustos e recebem vários nomes: • estepe – em áreas de climas áridos e semiáridos da Federação Russa; • pampa – na Argentina, no Uruguai e no Rio Grande do Sul; • campo – no Brasil; • pradaria – nos EUA; • down – na Austrália; • puszta – na Hungria. Formações xerofíticas Vegetação no deserto de Sonora (México) © Sh ut te rs to ck /T ho m as B ar ra t © W ik im ed ia C om m on s/ H an ne s G ro bi P. Im ag en s/ H am ilt on B et te s J r. Desertos Regiões desérticas e semidesérticas Ta lit a Ka th y Bo ra Os desertos, áreas de clima árido, são encontrados tanto na zona intertropical como na temperada. Os principais desertos, caso do Saara na África, estão localizados em latitudes subtropicais (nos hemisférios Norte e Sul) onde predominam grandes pressões atmosféricas e massas de ar seco (zona de partida dos ventos alísios). Outras porções áridas ou semiáridas ocorrem pela influência de correntes marítimas frias, caso do deserto de Atacama no Chile, ou pelo relevo que dificulta a ação das massas de ar, caso do Sertão Nordestino no Brasil. Nos desertos, a principal característica climática é a baixa e irregular pluviosidade,com índices entre 250 e 500 mm/ano. São registradas grandes amplitudes térmicas diárias (que podem ser superiores a 40 °C) e ventos constantes. A hidrografia é pobre com predomínio de rios intermitentes. Os solos são rasos e em geral pouco férteis. Aula 11 5Geografia 6A São formações típicas de regiões onde existe escassez de umidade. Nessas regiões, verifica-se a predominância de cactáceas. Recebem diversos nomes, como: • caatinga – Sertão Nordestino; • puna – deserto de Atacama (Chile) e altiplanos secos dos Andes. Formações dos alagadiços Tundra, durante o verão na Groenlândia Correspondem às tundras das regiões árticas e aos mangues nos litorais lodosos de regiões intertropicais. Nas regiões próximas do círculo polar Ártico, o dege- lo que ocorre no verão permite o surgimento da tundra, cobertura vegetal de vida curta (efêmera), formada por musgos, liquens e gramíneas. No domínio polar sul (Antártica), praticamente não existe vegetação. Vegetação halófita Composta por vegetais adaptados em meios de elevada salinidade. São os vegetais dos manguezais, das praias e das restingas. © W ik im ed ia C om m on s/ H an ne s G ro bi 6 Semiextensivo Hotspots Diante da devastação observada nos mais variados segmentos ambientais, e que atinge principalmente as for- mações vegetais, surgiu a preocupação de quais deveriam receber maior atenção. Uma proposta considerada boa e viável foi apresentada pelo ecólogo inglês Norman Myers em 1988, os chamados hotspots da biodiversidade – locais ricos em biodiversidade e que necessitam medidas urgentes de conservação. HOTSPOTS – CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL Fonte: Conservation International. Biodiversity Hotspots. Disponível em: <http://www.conservation.org/publications/Documents/migrated%20Files/C/_ Biodiversity-Hotspots_2011_map.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2016. Adaptação. Lu ci an o D an ie l T ul io Outras formações Mata ciliar Mata ciliar do rio Piquiri – Guaíra/PR Vegetação composta por vegetais de médio e gran- de porte, situada às margens de rios tropicais, também denominada mata de várzea ou mata-galeria. As matas ciliares são vitais para os cursos fluviais. Elas regulam o escoamento superficial (mantendo a umidade e abastecendo as nascentes), filtram sedi- mentos evitando o assoreamento, evitam a erosão das margens e controlam o fluxo dos rios nas enchentes. Vegetação orófila Os segmentos rasteiros e arbustivos das altas mon- tanhas (entre 2 000 a 3 000 metros) constituem as vege- tações orófilas. Vegetação mediterrânea Vegetação mediterrânea em Battery Mendell (San Francisco/EUA) Al ex an dr e D et ze l Nas áreas de clima mediterrâneo, com verões secos e invernos chuvosos, aparece uma vegetação carac- terizada por arbustos e pequenas árvores espalhadas (esparsas). Suas principais ocorrências estão na orla do mar Mediterrâneo e na Califórnia estadunidense. A vegetação mediterrânea é comumente chamada maquis e garrigues. P. Im ag en s/ H am ilt on B et te s J r. Considera-se um hotspots um ambiente com mais de 1.500 espécies endêmicas (naturais ou próprias de uma localidade) e que tenha mais de ¾ da cobertura original devastada, ou seja, com ameaça de extinção. Muitos dos hotspots são formações vegetais, existindo no Brasil dois casos, a mata Atlântica e os cerrados. Na década de 1990, o trabalho de Norman Myers (1934-...) foi aprimorado pelo antropólogo físico estadu- nidense Russell Allen Mittermeier (1949-...). Em 2005, os estudos foram aprofundados pela ONG Conservação Internacional, sendo reconhecidos na atualidade 34 hotspots pelo globo. Aula 11 7Geografia 6A Testes Assimilação 11.01. (MACK – SP) – CLIMA FORMAÇÃO VEGETAL CARACTERÍSTICA I. Equatorial Floresta caducifoliada Grande número de espécies II. Semiárido Estepes Espécies xerófitas III. Subpolar Tundra Ciclo vegetativo curto IV. Frio úmido Floresta latifoliada Homogeneidade de espécies Está(ão) correto(s): a) todos. b) apenas II e III. c) apenas I. d) apenas III e IV. e) apenas I e II. 11.02. (UCS – RS) – Os biomas são definidos por uma rede de interações en- tre o solo, a vida animal, a vegetação e o clima. Esses elementos estruturam e organizam em escala global as semelhanças e diferenças das paisagens ou definem os ecossistemas e os habitats. Entretanto, é importante salientar que, dentro de um mesmo bioma, existe uma diversidade de ecossistemas. É o caso, por exemplo, da mata Atlântica; ela constitui um conjunto flo- restal fisionomicamente homogêneo, mas, na realidade, guarda inúmeros ecossistemas em seu interior, de acordo com as mudanças nas condições naturais ou ambientais (solo, altitude, clima, fauna). (ADAS, M. Panorama geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. São Paulo: Moderna, 2000, p. 345.) Assinale a alternativa que descreve as principais características do bioma terrestre em destaque no mapa abaixo. Fonte: VESENTINI, J. W. Sociedade e espaço: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2003, p. 329 (Adaptado). a) Florestas temperadas, localizadas nas baixas latitudes, com grande biodiversidade e estações pouco definidas. b) Tundra, localizada nas médias la- titudes, com temperaturas baixas, vegetação de musgos, líquens e campos. c) Florestas equatoriais e tropicais, com vegetação diversificada, gran- de quantidade de chuva, clima quente e úmido e fauna riquíssima. d) Pradarias, com vegetação arbustiva, solos pobres, cultivos agrícolas, cria- ção de gado e fauna diversificada. e) Savanas, com clima semiárido, solo arenoso, vegetação rara, com plantas cactáceas e uma fauna específica. 11.03. (PUCPR) – As florestas tropi- cais, a despeito das leis ambientais e da criação de parques e reservas, continuam sendo reduzidas em suas áreas, por conta da devastação de seus recursos naturais. Confira as caracterís- ticas abaixo que se relacionam com as florestas tropicais do globo: 1. Ombrófilas. 2. Elevada biodiversidade. 3. Homogeinidade de espécies. 4. Elevada pluviosidade. 5. Espécies latifoliadas. 6. Caducifólias. 7. Baixo índice de evapotranspiração. 8. Apresenta vários estratos. Assinale a alternativa que contém as características das florestas tropicais. a) 1 – 2 – 4 – 5 – 8. b) 2 – 4 – 6 – 7 – 8. c) 1 – 3 – 5 – 6 . d) 3 – 4 – 5 – 7. e) 2 – 3 – 4 – 7 – 8. 8 Semiextensivo 11.04. (UDESC) – Analise as proposições a respeito do bioma das florestas de coníferas. I. É considerado um dos biomas mais biodiversos no planeta. II. Ocupa extensas áreas do Canadá e da Rússia, sendo praticamente inexistente no hemisfério Sul. III. Neste bioma, a vegetação é aciculifoliada. IV. Neste bioma, a vegetação é caducifólia. V. Nele, a fauna apresenta espécies que, durante o inverno, praticam a hibernação ou a migração. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. e) Somente as afirmativas II e V são verdadeiras. 11.05. (UFSCAR – SP) – Analise o gráfico. PRINCIPAIS BIOMAS ASSOCIADOS ÀS CONDIÇÕES OMBROTÉRMICAS (Helmut Troppmair. Biogeografia e Meio Ambiente, 2006. Adaptado.) –10 0 10 20 30 °C temperatura 1 000 2 000 3 000 4 000 mm precipitação X A distribuição espacial dos biomas depende de diferentes elementos e fatores, entre os quais regime de precipitação e regime térmico. Assinale a alternativa que corresponde ao bioma indicado pela letra X no gráfico. a) Floresta pluvial. b) Vegetação semidesértica. c) Floresta decídua. d) Vegetação de tundra. e) Floresta de coníferas. Aperfeiçoamento 11.06. (PUCCAMP – SP) – Observe o esquema para res- ponder à questão. EFEITOS DE “X” SOBRE OS BIOMAS Neve e gelo Plantas baixas, líquens e musgos Florestas coníferas Floresta temperada Floresta pluvial, deserto e campo (Cesar e Sezar: Biologia 3 p. 283) Assinale a alternativa que identificao elemento retratado no esquema: a) Maritimidade. b) Latitude. c) Continentalidade. d) Longitude. e) Intemperismo. 11.07. (UFMG) – Relacione as características da coluna 2 aos grandes domínios vegetacionais mostrados na coluna 1. Em seguida, marque a alternativa solicitada. COLUNA – 1 1. Savana 2. Floresta Temperada 3. Tundra 4. Floresta Tropical 5. Estepe COLUNA – 2 ( ) Vegetação variada que surge em áreas de altas latitu- des, constituída pelo predomínio de árvores coníferas e a existência de arbustos e plantas herbáceas. ( ) Vegetação herbácea dos climas semiáridos, constituída por tufos ou colônias de plantas, afastadas umas das outras, sendo destituída de árvores. ( ) Vegetação típica de climas úmidos e quentes; é fecha- da e heterogênea. Nela aparecem árvores de grande e médio porte, caracterizadas como sendo biomas ricos e estratificados. ( ) Vegetação variada dos climas tropicais, com arbustos, plantas herbáceas, gramíneas e árvores com troncos espessos e resistentes. ( ) Vegetação rasteira, composta por musgos e liquens, em áreas que circundam os círculos polares, pois necessitam de pouca quantidade de sol durante todo o ano. A alternativa que apresenta a associação correta da coluna 2, quando lida de cima para baixo, é : a) 2 – 5 – 4 – 1 – 3 b) 2 – 5 – 3 – 2 – 1 c) 5 – 4 – 1 – 2 – 3 d) 1 – 5 – 4 – 3 – 2 Aula 11 9Geografia 6A 11.08. (ETEC – SP) – As matas ciliares são tão importantes para os rios e lagos, como são os cílios para a proteção dos nos- sos olhos. (...) Sem as matas ciliares, as nascentes secam, as margens dos rios e riachos solapam, o escoamento superficial aumenta e a infiltração da água no solo diminui, reduzindo as reservas de água do solo e do lençol freático. As conse- quências são dramáticas para o meio ambiente: a poluição alcança facilmente os mananciais e a vida aquática é prejudicada, rios e reservatórios transformam-se em grandes esgotos ou lixões. <http://tinyurl.com/pb6vhvo> Acesso em: 20.08.2015. Adaptado. De acordo com o texto, podemos afirmar que a) os lençóis freáticos são os responsáveis pela seca das nascentes. b) o excesso de água nos rios e lagos prejudica o lençol freático, causando a erosão. c) as margens de rios e lagos solapam por causa dos lixos orgânicos neles despejados. d) as reduções das infiltrações da água no solo evitam que a poluição alcance os mananciais. e) as matas ciliares atuam na preservação de nascentes, das margens dos rios e de mananciais. 11.09. (UNAERP – SP) – Analise o mapa dos biomas terrestres. Disponível em: <www.gentequeeduca.org.br>. Acesso em: out. 2014. Sobre os biomas destacados no mapa, é correto afirmar que a) as florestas de coníferas são típicas do hemisfério Norte. Nesse bioma, o solo está coberto de neve durante quase todo o ano, exceto no verão (10 °C). A vegetação típica é de musgos e liquens. b) os campos ocorrem na zona intertropical, em que há pre- dominância do clima quente e úmido. A vegetação típica é de gramíneas permeadas por árvores de grande porte. c) a tundra ocorre em latitude acima de 45° e possui vegeta- ção perene, formada por folhas longas e finas, chamadas de aciculifoliadas. d) as savanas cobrem 20% do planeta, e suas maiores ex- tensões estão na África. No Brasil, as savanas recebem o nome de Cerrado. e) a taiga surge nas áreas de baixa latitude, em que há altos índices pluviométricos. As árvores são altas e podem atin- gir 60 metros de altura. Esse bioma também é clamado de florestas decíduas. 11.10. (FSL – RO) – As formações vegetais podem ser consideradas o elemento mais evidente na classificação dos biomas. Sobre as características dos principais biomas terrestres, analise as afirmativas a seguir. I. A vegetação mediterrânea ocorre nas altas latitudes do hemisfério Norte, suas árvores possuem tronco reto com copas em forma de cones e folhas em formato de acículas. II. As savanas estão localizadas em latitudes intermediárias. É uma formação vegetal caducifólia com poucas reservas representativas no mundo devido à disseminação de práticas agrícolas intensivas. III. As florestas pluviais tropicais apresentam precipitação acima de 2000 mm anuais com uma extraordinária biodiversidade. Ocorrem em áreas de baixas latitudes na América, na África e na Ásia. IV. A tundra é uma vegetação rasteira encontrada em regiões subpolares que se desenvolve no verão em locais onde ocorre o degelo. Os musgos e os liquens são espécies típicas desse bioma. V. As pradarias constituem‐se de espécies xerófilas, des- tacando‐se as cactáceas. Essas plantas são adaptadas à escassez de água, são suculentas e não possuem folhas ou elas evoluíram para espinhos, reduzindo a sua perda de água pela evapotranspiração. Situam‐se em latitudes tropicais ou temperadas. Estão corretas as afirmativas: a) I, II, III, IV e V. b) III e IV, apenas. c) I, II e III, apenas. d) II, IV e V, apenas. e) I, III, IV e V, apenas. 11.11. (PUCRJ) – FONTE. www.ibama.gov.br Em relação às florestas tropicais úmidas é correto afirmar que a) se localizam nas mais altas latitudes do planeta. b) são constituídas de baixa a média biodiversidade. c) são os ecossistemas mais bem preservados da Terra. d) têm uma composição de flora dominantemente latifo- liada. e) reduzem a umidade do ar através da evapotranspiração. 10 Semiextensivo 11.12. (UEM – PR) – Identifique o que for correto sobre as característi- cas, localizações e ações humanas no ambiente de florestas. 01) As florestas tropicais localizam-se na zona intertropical do planeta, em ambientes quentes e com bastante umidade. 02) As florestas situadas nas zonas temperadas são identificadas pela vegetação de pinheiros do tipo coníferas. 04) Devido ao fato de a biopirataria ser uma prática comum entre os mo- radores das florestas, ao redor do mundo, no Brasil o Governo Fede- ral está oficializando essa prática para preservar a cultura indígena. 08) A área da floresta Amazônica no Brasil foi separada por suas ca- racterísticas naturais em mata de terra firme, mata de igapó e mata de várzea. 16) Nas áreas das florestas equatoriais e tropicais, os solos são ricos em nutrientes ferrosos, por causa das chuvas intensas, que ajudam a conservar uma camada profunda de húmus. Aperfeiçoamento 11.13. (FUVEST – SP) – Leia o seguin- te texto. O quilombola Francisco Sales Coutinho Mandira até tentou sair da lama, mas logo percebeu que o mangue era o seu lar. Tivesse inves- tido em continuar como ajudante de pedreiro, quando ficou dois anos fora do quilombo que leva seu sobrenome, certamente hoje não conheceria África do Sul, Di- namarca e Itália. Tudo porque or- ganizou os quilombolas para fazer uso racional dos recursos naturais. Fez tão bem que virou exemplo internacional (...). A mudança co- meçou em 1993, quando pesqui- sadores da USP e órgãos do gover- no passaram a divulgar o conceito de reserva extrativista, em que po- pulações tradicionais continuam retirando seu sustento da nature- za, mas deforma planejada. Revista UNESP Ciência, maio de 2014. Sobre o ecossistema manguezal, é correto afirmar: a) É formado por uma rica biodiversidade vegetal, com presença principal de coníferas e nele vivem sobretudo crustáceos, os quais servem de alimento e renda para populações costeiras. b) Define-se como formações rasteiras ou herbácea que atingem até 60 cm, constituindo ambiente propício à reprodução de espécies marinhas e favorável à pesca artesanal, fonte de renda para populações tradicionais. c) É constituído de solo predominantemente lodoso, deficiente em oxigênio, com espécies vegetais adaptadas à flutuação de salinidade, onde se reproduzem espécies de peixes, moluscos e crustáceos, fonte de alimento e renda para populações tradicionais. d) Corresponde a cordão arenoso coberto por vegetação rasteira, rico em nu- trientes, onde se alimentam mamíferos, aves, peixes, moluscos e crustáceos, constituindo-se fonte de alimento e renda parapopulações costeiras. e) Caracteriza-se por vegetação caducifólia, predominantemente arbustiva, de raízes muito profundas e galhos retorcidos, abrigando o mineral ferro, com grande valor de mercado, o qual constitui fonte de renda para populações tradicionais. 11.14. (UNICURITIBA – PR) – Com base no mapa abaixo, que representa os de- nominados hotspots do planeta, e em conhecimentos sobre o assunto, julgue as afirmativas. a) Os hotspots são ecossistemas de grande diversidade biológica, com alto número de espécies endêmicas e fortemente ameaçados pelas atividades humanas. b) Áreas como as florestas do Chile e da África Ocidental, além da Malásia e da Nova Zelândia, estão entre as maiores produtoras de madeiras tropicais do mundo. O intenso desmatamento nessas regiões vem causando grande perda de biodiversidade. c) A Convenção de Diversidade Biológica, assinada por vários países durante a ECO 92 e retomada na Rio+20, vem garantindo a manutenção das últimas áreas intactas de florestas temperadas do mundo, por meio de técnicas de manejo florestal. d) Os solos férteis e o clima tropical úmido favoreceram a expansão da agropecuária no cerrado brasileiro nas duas últimas décadas, mas acentuaram consideravel- mente a perda de espécies vegetais e animais nesse ecossistema. e) As florestas europeias não são consideradas hotspots, pois sua vegetação já foi devastada há muito tempo, eliminando a possibilidade de reconstituição do ambiente ecológico original. Aula 11 11Geografia 6A 11.15. (UFGD – MS) – Analise a figura apresentada a seguir: É correto afirmar que a) há uma correlação direta entre a distribuição da vegetação, suas características e a faixa latitudinal, isso em virtude das zonas climáticas do planeta. b) a influência da altitude na distribuição da vegetação no planeta é inversa àquela identificada na latitude, isso em virtude das zonas climáticas do planeta. c) as áreas (IV) e (II) representam as regiões polares do planeta, por tal razão as caracte- rísticas da vegetação são similares, isso em virtude das zonas climáticas do planeta. d) a vegetação da área (I) corresponde às florestas tropicais, isso em virtude das zonas climáticas do planeta. e) há uma correlação direta entre a distribuição da vegetação, suas características, a faixa latitudinal e a altitude, isso em virtude das características dos continentes. 11.16. (UNICHRISTUS – CE) – Em algumas regiões do Planeta, a presença de uma densa vegetação traz à tona um problema que tem efeitos danosos à ecologia da área. Estamos nos referindo ao desmatamento. A retirada da vegetação sem o devido planejamento potencializa os danos ambientais e inviabiliza a recuperação e a per- manência do equilíbrio ambiental da região. Esse problema é visto na zona tropical do Planeta, em áreas como a Zona Equatorial do Brasil, África Central e Indonésia. Assoreamento dos rios Degradação do solo Alterações climáticas Perda de biodiversidade Efeito estufa Aparecimento de doençasAnos décadas séculos Local Regional Global Disponível em: www.google.com.br - Acesso em: 2 de agosto de 2015. Qual das alternativas a seguir indica os impactos na ecologia da área? a) A perda da vegetação favorece o escoamento superficial e potencializa a in- filtração da água, aumentando o risco de redução de água em subsuperfície, eliminando o lençol freático da região e, por conseguinte, prejudicando a hidrografia da região. b) A redução da densidade vegetal implica o aumento do escoamento superficial das águas das chuvas, levando à lixiviação e à salinização do solo, embora garanta a quantidade de matéria orgânica do solo e, como consequência, o aumento da produtividade. c) A cobertura vegetal, passando por uma redução, cria circunstâncias que danifi- cam o solo, geram mudanças atmosféricas regionais, reduzem o nível do lençol freático e diminuem o percentual das águas superficiais. d) O desflorestamento de uma região implica mudanças na morfologia do solo, aumento do nível de umidade na atmosfera, gerando chuvas torrenciais, e implica o aumento do nível dos lençóis freáticos. e) O desmatamento implica excesso de húmus e, por conseguinte, a laterização do solo; o aumento do vapor-d’água e do carbono na atmosfera causa impactos na hidro- logia e na hidrografia da região, haja vista o excesso de chuva. 11.17. (UEM – PR) – Sobre os grandes biomas do mundo, assinale o que for correto. 01) As pradarias são compostas, ba- sicamente, por gramíneas e são encontradas, principalmente, em regiões de clima temperado. Esse bioma recebe o nome de pra- daria, na América do Norte, e de pampa, na América do Sul. Um dos solos mais férteis do mun- do, denominado tchernozion, é encontrado sob as pradarias da Rússia e da Ucrânia. 02) A floresta boreal ou taiga ocor- re apenas nas altas latitudes do hemisfério Norte, em regiões de clima temperado continental, como Canadá, Suécia, Finlândia e Rússia. É um bioma que apresen- ta uma formação homogênea, na qual predominam coníferas do tipo pinheiro, resistentes ao frio. 04) Os desertos são biomas cujas es- pécies estão adaptadas à escas- sez de água em regiões com índi- ce pluviométrico muito baixo. Os solos são sempre muito pedrego- sos ou arenosos. Nessas áreas, são encontradas plantas xerófitas e em lugares onde a água aflora à superfície surgem os oásis. 08) Nas regiões de montanhas, há uma grande variação da altitude. À medida que aumenta a altitude e diminui a temperatura, os solos ficam mais rasos e aparecem as plantas orófilas, que são plantas adaptadas a grandes altitudes. 16) A tundra é um bioma seco e frio, com dois estratos de vegetação: um mais alto, formado por árvo- res e outro, mais baixo, composto por gramíneas. A tundra é en- contrada, geralmente, na faixa de transição entre os desertos e as florestas. Grandes extensões da tundra são encontradas na África, na América do Sul e no México. 12 Semiextensivo 11.18. (CESUMA – AL) – Sabe-se que a questão ecológica é vista pela globalização como um grande desafio para a so- brevivência da humanidade e a Amazônia se tornou símbolo desse desafio. Dessa forma, a Amazônia é considerada como uma das últimas fronteiras de recursos da economia-mundo. Neste contexto: a) o desmatamento praticado na região Amazônica provoca reduzidas alterações nos ecossistemas existentes, devido à rápida regeneração destes. b) a biotecnologia existente na região garante apropriação das riquezas genéticas, colocando-se em benefício das populações locais. c) os recursos naturais da floresta Amazônica são de rápida regeneração quando comparados com outras florestas tropicais. d) grupos empresariais mobilizam a sociedade amazônica, conscientizando-a da importância da socialização dos recursos naturais da floresta, a fim de beneficiar a socie- dade local. e) a natureza passa a ter valor, seja como patrimônio eco- lógico, estoque de biodiversidade, seja como capital de realização futura e patrimônio da humanidade a ser preservado para futura utilização. Discursivos 11.19. (FUVEST – SP) – Foi o Capitão com alguns de nós um pedaço por este arvoredo até um ribeiro grande, e de muita água, que ao nosso parecer é o mesmo que vem ter à praia, em que nós tomamos água. Ali descansamos um pedaço, bebendo e folgando, ao longo dele, entre esse arvoredo que é tanto e tamanho e tão basto e de tanta qualidade de folhagem que não se pode calcular. Há lá muitas palmeiras, de que colhemos muitos e bons palmitos. A carta de Pero Vaz de Caminha. http://dominiopublico.gov.br. Acesso em 30/11/2014. O texto descreve características da paisagem encontrada pela esquadra do português Pedro Álvares Cabral, em 1500, ao chegar ao que hoje é o Brasil. a) Paisagens semelhantes a essa já eram conhecidas de navegadores portugueses, em outros trajetos, antes de 1500? Justifique. b) Dentre as áreas demarcadas no mapa abaixo, indique, com as respectivas letras, duas áreas nas quais é possível encontrar,atualmente, florestas com as mesmas características daquela descrita no texto. Aula 11 13Geografia 6A 11.20. (FGV – RJ) – Veja a tabela: CONSTITUIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS COBERTURAS VEGETAIS NA PAISAGEM ZONA INTERTROPICAL Climas desérticos Climas secos Climas úmidos Deserto Tufos arbustivos Formação espinhosa Floresta muito seca Floresta seca Floresta semiúmida Floresta úmida Floresta pluvial De 0 a 250 mm 500 mm De 1.000 a 2.000 mm De 2.000 a 8.000 mm Fonte: Construído a partir do diagrama de Holdridge. In: La Recherche, Paris: SES, no. 243, 1992, p. 606. Com base na tabela, que reproduz o esquema panorâmico referente a uma zona do planeta, responda: a) Por que, nessa zona planetária, cinco das situações possíveis de cobertura vegetal são florestas? b) Compare esse quadro com o que seria um quadro na zona temperada (que tem latitudes mais altas). Haveria diferenças no perfil de distribuição vegetal dessa última? Em que medida e por quê? Gabarito 11.01. b 11.02. c 11.03. a 11.04. a 11.05. a 11.06. b 11.07. a 11.08. e 11.09. d 11.10. b 11.11. d 11.12. 11 (01, 02, 08) 11.13. c 11.14. V – F – F – F – F 11.15. a 11.16. c 11.17. 15 (01, 02, 04, 08) 11.18. e 11.19. a) Os portugueses conheceram ambien- tes parecidos com a mata Atlântica brasileira ao explorarem o litoral africa- no. A paisagem da floresta do Congo, letra F no mapa, é uma floresta inter- tropical semelhante à mata Atlântica brasileira. b) Florestas com as mesmas caracterís- ticas daquela descrita no texto são encontradas nas letras F e G do mapa. 11.20. a) Porque na zona tropical (quente) es- paços com índices pluviométricos acima de 1.000 mm/ano favorecem o desenvolvimento de segmentos ar- bóreos. b) Na zona temperada haveria mudan- ça no quadro quanto à existência de florestas pluviais. Nessa faixa da Terra, não ocorrem índices tão elevados de pluviosidade e a existência de inver- nos frios impede a formação de flo- restas latifoliadas e perenifoliadas. 14 Geografia Semiextensivo Agressões ambientais Aula 12 6A Alterações ambientais Situação global Os padrões dominantes de produção e consu- mo estão causando devastação ambiental, esgo- tamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sen- do divididos equitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a po- breza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população hu- mana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão amea- çadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis. Carta da Terra. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Rio de Janeiro – 1992 As atividades humanas sempre provocaram impac- to ao meio ambiente. A obtenção de alimentos pela agri- cultura ou criação animal, o extrativismo, as benfeitorias nos locais de habitação e nas vias de transporte implicam a retirada da vegetação ou modificações na topografia. Mas foi com a Revolução Industrial que a capaci- dade humana de alterar o meio natural se ampliou. A urbanização, o crescimento demográfico, o uso de com- bustíveis fósseis e a crescente necessidade por matérias- -primas aceleraram a alteração e a destruição das águas, solos e atmosfera. Alguns impactos já comprometem a sobrevivência futura da humanidade no planeta. Durante muito tempo as agressões ao meio ambien- te não foram observadas com a devida preocupação. Diante da grandiosidade do planeta, os recursos eram vistos como infinitos, e a natureza, capaz de suportar ou “digerir” os poluentes. Somente na década de 1960 é que surgiram preocupações sérias e discussões visan- do à recuperação e conservação do meio ambiente. Debate ambiental Na atualidade, a preocupação com as questões am- bientais integra a pauta das discussões políticas, cons- tituindo a “ecodiplomacia” ou geopolítica ambiental. Debates sobre o crescimento demográfico e econômico são permeados pelas preocupações ambientais e as re- lações entre as nações ricas e pobres também esbarram nas questões ambientais. As nações ricas são mais poluidoras, com elevado consumo de descartáveis, de energia e de matérias- -primas. No passado, o crescimento econômico das na- ções ricas foi realizado com grandes impactos ao meio ambiente. Foram estas nações as primeiras a sofrerem as consequências da poluição, principalmente com relação aos recursos hídricos e florestais, com o lixo e degrada- ção dos solos. Também foram as primeiras a adotarem medidas de controle e recuperação ambiental. Em 1968 foi criado o Clube de Roma. Formado por cientistas e pessoas ilustres, o “clube” lançou em 1972 o relatório Os Limites do Crescimento, em que abordava temas relacionados à energia, à poluição e ao crescimento populacional. O “clube” reconhece como finitos os recursos naturais e tem destacadas preocupações com o crescimento de- mográfico e o modelo consumista. As agressões ao meio ambiente promovidas pelas nações pobres ou em desenvolvimento – muitas vezes entendidas como o custo do desenvolvimento – são questionadas pelas nações ricas. Atuação da ONU A primeira conferência mundial da Organização das Nações Unidas acerca dos problemas ecológicos foi realizada em Estocolmo (Suécia) em 1972. Foi bas- tante influenciada pelo Clube de Roma e representou um grande alerta para a crise ambiental. Essa primeira conferência da ONU também foi caracterizada pelo embate entre os defensores do “desenvolvimento zero” como forma de preservar o planeta e os defensores do “desenvolvimento a qualquer custo” para erradicar a pobreza. Os países ricos simpatizavam com a primeira ideia e os países pobres, com a segunda. Com a crise do petróleo iniciada em 1973, os embates da Guerra Fria e a crise econômica da década de 1980, as preocupações ambientais perderam terreno. Aula 12 15Geografia 6A Somente em 1992, ocorreu no Rio de Janeiro a 2a. Conferência Mundial sobre o meio ambiente, a Eco-92 ou Rio-92, com a participação de 114 chefes de Estado e 170 delegações oficiais, Organizações Não Governamentais (ONGs), além de organizações interna- cionais como o BID, FMI e Banco Mundial. Dos debates foram extraídos dois documentos prin- cipais: a Carta da Terra e a Agenda 21. G et ty Im ag es /A nt on io R IB EI RO Plenário da ECO-92, Rio de Janeiro Carta da Terra (ou Declaração do Rio) É uma declaração de princípios básicos que deverão orientar o comportamento econômico e ecológico dos povos e das nações, com respeito ao desenvolvimento e ao meio ambiente. Agenda 21 É um detalhado programa de ação estabelecendo metas aceitas universalmente para os principais fatores que afetam a relação entre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Ecodesenvolvimento O ecodesenvolvimento ou desenvolvimento sustentável é um processo (de desenvolvimento) destinado a sa- tisfazer as necessidades atuais da humanidade, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de satisfa- zer suas próprias necessidades. O conceito foi apresentado pela ONU no chamado Relatório Brundtland em 1987. Em 2002, foi realizada a Conferência Rio+10 na cidade de Johannesburgo (África do Sul). Nos moldes da Rio-92, dessa conferência participaram líderes de estado e ONGs. A Rio+10 produziu poucos resultados práticos em função da resistência dos EUA em apoiar o Protocolo de Kyoto e também das tensões relacionadas à “guerra antiterror”. Em 2012, a ONU voltou a realizar no Rio de Janeiro uma conferência sobre meio ambiente – foi a Rio+20. Ansiosamente aguardada, essa conferência também não conseguiu atingir obje- tivos concretos, sendo frustrados, com destaque, a criação de um fundo (reserva financeira) global para o meio ambiente e novos encaminhamentos para o problema do aquecimento global. São apontados como motivos para o “esvaziamento” da Rio+20: a criseeconômica global e dúvidas quanto às dimensões e reais causas de problemas como o aquecimento global e a crise hídrica. Convenções, tratados e protocolos A ONU elaborou documentos em suas conferências visando ao registro e ao estabelecimento de medidas com relação ao meio ambiente. As convenções registram as propostas de consenso e normas que devem ser seguidas pelos países. As conven- ções sobre a desertificação, a diversidade biológica e as mudanças climáticas são destaques. Os tratados especificam propostas e as ações multilaterais a serem adotadas, caso do tratado sobre a não proliferação de armas nucleares. Os protocolos detalham medidas, prazos e metas – como o protocolo de Kyoto. Se cr et ar ia d e Co m un ic aç ão S oc ia l d a Pr es id ên ci a da R ep úb lic a 16 Semiextensivo Aquecimento global Naturalmente a atmosfera terrestre funciona como uma estufa. Mas o acúmulo de gases emitidos por auto- móveis, fábricas e queimadas, principalmente o dióxido de carbono (CO2), tem provocado a retenção das radiações solares que podem acarretar um aumento da temperatura do planeta. São consequências do agravamento do efeito estufa: o derretimento das geleiras das regiões polares e altas montanhas, derretimento do permafrost (gelo dos solos árticos), aumento do nível dos oceanos e alterações climáti- cas diversas. Com a divulgação do Relatório Brundtland em 1987, as atenções para o aquecimento global ganharam vulto. Em 1998, a ONU criou o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) que passou a recolher, tabular e interpretar dados climáticos de diversas fontes, organizando os MCG (Modelos Climáticos Globais). Os MCG apontam que desde a Revolução Industrial as médias térmicas subiram em decorrência, principalmente, da queima dos combustíveis fósseis, urbanização e desmatamentos, conclusão que levou à afirmação da ONU, em 2014, de que o aquecimento global é causado pelas ações antrópicas. Os dados do IPCC indicam que a média térmica global já subiu 0,68 °C, sendo catastrófico se ultrapassar os 2 °C. Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/pops/cientistas-advertem.shtml Acesso: 04.07.2016. Protocolo de Kyoto Na Eco-92 foi aprovada a Convenção para Mudanças Climáticas, que foi assinada por 174 países e entrou em vigor em 1994. Nesse documento, os países manifestaram a intenção de reduzir as emissões de gases estufa, entretanto a efetiva diminuição da poluição necessitava de muitos ajustes e seguiu-se, então, uma série de rodadas de negociações. Em 1997 foi aprovado o Protocolo de Kyoto, que previa a redução do lançamento de CO2 em 5,2%, con- siderando por base os níveis de emissão de 1990. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em fevereiro de 2005 e a meta deveria ser atingida entre 2008 e 2012. Países ricos e grandes poluidores como o Canadá, o Japão e os EUA ofereceram grandes resistências ao estabelecido em Kyoto. Em 2001, os EUA abandonaram o Protocolo de Kyoto, alegando que as metas ambientais comprometeriam seu desenvolvimento econômico. O Protocolo de Kyoto inspirou, em 2012, novas negociações, mas nenhuma que alcançasse um “substituto“. Embo- ra com o compromisso da ONU para um novo acordo, as conferências de Copenhague (2009) e a Rio+20 não lograram êxito. A crise econômica global, divergências sobre responsabilidades e dúvidas quanto às causas do aquecimento global foram os principais entraves das negociações. Em 2015, as negociações da ONU lograram êxito e o Protocolo de Kyoto foi substituído pelo Acordo de Paris. Pl an et a Su st en tá ve l/ Ab ril C om un ic aç õe s S .A Aula 12 17Geografia 6A Acordo de Paris Em dezembro de 2015, aconteceu em Paris a COP 21 (21a. Conferência do Cli- ma), reunião organizada pela ONU em continuidade à Convenção para Mudanças Climáticas, quadro que conta atualmente com 179 membros. Na COP 21, os países receberam os mais recentes dados do IPCC e concluíram por um novo acordo para tentar conter o aquecimento global – o Acordo de Paris. Ratificado em abril de 2016, em Nova York, durante a convenção anual da ONU, o Acordo de Paris prevê a limitação do aquecimento global em 2 °C acima da média térmica global da fase pré-industrial (almejando-se 1,5 °C). Para atingir a meta do Acordo de Paris, os países precisarão “descarbonizar”, ou seja, reduzir ou eliminar o lançamento dos gases estufa e investir no sequestro do carbono. A descarbonização prevê ações de substituição dos combustíveis fósseis por fontes limpas e renováveis e também eliminação dos desmatamentos e das queimadas. Essas ações serão apresentadas à ONU através dos INDC´s (em português, a expressão pode ser traduzida como “Contribuições Pretendidas, Determinadas em Nível Nacional”), que representam as promessas de cada país. Os INDC´s serão revistos a cada 5 anos, devendo ser maiores que os anteriores. Os países ricos devem apresentar INDC´s mais ousados, e os países pobres, dentro de suas possibilidades. O Acordo de Paris deverá entrar em vigor em 2020, sendo estimados em US$ 100 bilhões os recursos necessários para a substituição energética e ações de mitigação (de redução dos impactos) e resiliência (adaptação aos impactos) ao aquecimento global. Espera-se que o Acordo de Paris obtenha sucesso, já acumulando, por enquanto, algumas marcas históricas, como a aceitação por todos os membros da Convenção para Mudanças Climáticas, sendo louvada a admissão do acordo por parte de grande poluidores, como EUA e China. Ilhas de calor Os centros urbanos apresentam médias térmicas superiores àquelas verificadas nos subúrbios ou áreas rurais. Tal situação decorre da concentração de fábricas, habitações e poluição. Então, a cidade, ou parte dela, re- presenta uma “ilha de calor urbano” numa região. As ilhas de calor interferem nos padrões locais (microclimáticos) das chuvas, umidade e ventos. Também as ilhas de calor reduzem a pressão do ar, gerando brisas das periferias para os centros urbanos. Esses ventos concentram a poluição sobre as cidades. O ar aquecido até leva a poluição para níveis mais elevados. Mas o resfriamento em altitude conduz a poluição à superfície das zonas periféricas, de onde as brisas conduzem a poluição novamente para a cidade – é o “ciclo ou circuito da fumaça”. Daí a observação da concentração de poluentes atmosféricos sobre as cidades, situação que limita a visibilidade e provoca doenças. Em grandes centros urbanos, as temperaturas das zonas centrais podem ser até 10oC acima das temperaturas verifi- cadas nas áreas periféricas que apresentam menores concentrações populacionais e mais arborização. Canículas são “ondas de calor”. Em geral, formadas naturalmente pela dinâmica atmosférica. São preocupan- tes quando associadas à baixa unidade do ar, provocando riscos para a saúde de crianças, idosos e pessoas com problemas pulmonares. Com o aquecimento global e as ilhas de calor, as canículas estão ocorrendo com maior frequência. © CO P2 1/ Re pr od uç ão D iv o. 2 01 6. D ig ita l. CICLO DA FUMAÇA 18 Semiextensivo Inversão térmica As inversões térmicas são caracterizadas pela formação de uma camada de ar frio estacionário (estagnado/parado) junto à superfície. Essa situação é mais comum no inverno e favorece a concentração de poluentes. Chama-se smog ou névoa fotoquímica a nuvem de poluição formada nas inversões térmicas. Em condições normais o ar junto à superfície é mais aquecido (de baixa pressão) e sobe ajudando a dispersar os poluentes. D iv an zi r P ad ilh a. 2 01 5. D ig ita l. SITUAÇÃO NORMAL Ar frio Ar quente (ascendente) SITUAÇÃO DE INVERSÃO TÉRMICA Ar frio Ar quente (estacionário) Ar frio Buraco na camada de ozônio A redução na concentração do ozônio (O3) presente na estratosfera caracteriza o “buraco na camada de ozônio”. Cerca de 90% do ozônio da atmosfera está numa camada de aproximadamente 20 km na estratosfera, desempenhan- do o importantepapel de filtrar os raios ultravioleta (UV) que são prejudiciais à vida. O “buraco” é causado pela ação dos raios solares aliados a gases poluentes, sendo vilão o clorofluorcarbono (CFC), empregado durante muito tempo em geladeiras e propelentes em embalagens (aerossóis). Diversas cidades do globo alertam suas populações sobre os índices de radiação UV, buscando prevenir doenças, principalmente câncer de pele. Na região antártica existe o “buraco” mais preocupante, fruto da soma de diversas condições naturais (ventos e da ação dos raios solares no verão). Protocolo de Montreal O Protocolo de Montreal, em 1987, estabeleceu que até 2010 a produção dos clorofluorcarbonos (CFC) fosse eli- minada no mundo. Os CFCs são responsáveis pela redução da camada de ozônio, que filtra os raios ultravioleta do Sol. Na atualidade, as emissões de CFC já foram eliminadas em mais de 80% no mundo inteiro. É considerado o protocolo ambiental de maior sucesso até os dias de hoje. Chuvas ácidas São precipitações ou deposições da umidade contida na atmosfera que, em função da concentração de poluentes, apresentam acidez superior ao nível de tolerância adequado para a manutenção da vida. A queima de combustíveis fósseis lança na atmosfera compostos de azoto e de enxofre que ampliam a acidez das precipitações (líquidas ou neves/granizos) e das deposições (orvalho). Aula 12 19Geografia 6A CHUVAS ÁCIDAS SO3 NO2 Nuvens Chuva ácida Oxidação NO3 Automóveis Rio Floresta Indústrias D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 5. D ig ita l. Desmatamento A retirada das coberturas vegetais, com destaque para as grandes florestas, acarreta vários prejuízos ao meio ambiente. Na atualidade todos os segmen- tos vegetais estão ameaçados, alguns com risco de extinção. São danos provocados ao meio ambiente pelos des- matamentos: redução/eliminação de matérias-primas; extinção de espécies; desertificação; assoreamento de rios; menor abastecimento dos lençóis subterrâneos de água; deslizamentos de encostas; agravamento da poluição atmosférica. Preservar florestas = preservar a paz... Em 2004, a ativista queniana Wangari Maathai recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Desde a década de 1970, o programa Movimento Cinturão Verde, fundado por Maathai, plantou 30 milhões de árvo- res, que colaboram para a preservação dos solos e águas, contribuindo para a paz. Desertificação Conforme convenção da ONU, o processo de desertificação é “a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as ativida- des humanas”. Os grandes desertos do planeta, caso do Saara, são naturais, e suas expansões, verificadas nas bordas, são lentas. Mas as interferências antrópicas, principalmente a destruição das coberturas vegetais, têm provocado ou acelerado os processos de desertificação. São exemplos de zonas com desertificação: a região do Sahel africano (bordas do Saara); o mar de Aral (na Ásia) e áreas do semiárido do Nordeste brasileiro. Nos pampas gaúchos (sudoeste do Rio Grande do Sul), a exploração das áreas de campos para a agricultura e a pecuária desencadeou focos de are- nização (também entendido como desertificação). 20 Semiextensivo Protocolo de Cartagena (sobre biossegurança) Em 2006, foi realizada em Curitiba (PR) uma das “rodadas” de negociação do Protocolo de Cartagena. É o primeiro acordo firmado no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica. Visa assegurar proteção na transferência, manipulação e uso dos organismos vivos modificados (OVMs) resultantes da biotecnologia moderna que possam ter efeitos adversos na conservação e no uso sustentável da diversidade biológica, levando em conta os riscos para a saúde humana, decorrentes do movimento entre países. Água Muito se fala que no século XXI haverá falta de água. Mas o maior problema não é a falta quantitativa de água, mas sim a falta de água boa (potável). As águas cobrem 2/3 da superfície do planeta, sendo sua quantidade avaliada em 1,5 bilhão de metros cúbicos. O crescimento demográfico e o avanço urbano-industrial ampliaram o consumo e a poluição dos mananciais, com- prometendo a oferta e qualidade da água para o consumo humano e para as atividades econômicas. Crise oceânica Os oceanos e mares são alvo de diversas agressões ambientais, como lançamento de esgotos, resíduos sólidos (lixo), derramamentos de petróleo e pesca indiscriminada. Tais agressões estão originando zonas mortas, ilhas de lixo e redução dos estoques globais de pescado. As zonas mortas são áreas dos oceanos e mares onde deságuam rios que trazem grandes quantidades de fósforo e de nitratos usados em fertilizantes na agricultura, produtos que reduzem a oxigenação das águas inviabilizando a vida. Também o aquecimento global tem elevado a média térmica de algumas áreas oceânicas, causando acidificação e a criação de zonas mortas. As ilhas de lixo são vistas onde as correntes marítimas organizam seus grandes giros, acumulando, na parte central, enormes quantidades de resíduos sólidos em suspensão na superfície dos oceanos. As camadas de lixo (plásticos, redes, pneus, caixas de madeiras...) dificultam a oxigenação das águas, a fotossíntese, e ainda oferecem risco aos animais que podem se enroscar nos detritos, se ferir ou ingeri-los. Na chamada Grande Mancha de Lixo do Pacífico, entre a Califórnia e o Havaí, a quantidade de lixo em suspensão é estimada em 3 milhões de toneladas! “Sopa plástica” formada pelo lixo que flutua na Grande Mancha de Lixo do oceano Pacífico. © Sh ut te rs to ck /R ic h Ca re y http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/ conteudo_293401.shtml Acesso: 20.07.2016 Ve ja / A br il Co m un ic aç õe s S .A Agressões ambientais urbanas Lixo O lixo constitui um dos maiores problemas ambientais dos centros urbanos. Além de conter substâncias que podem comprometer a qualidade da água, do ar e do solo, o aumento na quantidade de lixo gerado nas cidades e a sua destinação final são questões preocupantes. O aumento demográfico associado à utilização de embalagens descartáveis (one way) são os fatores principais que explicam a ampliação na geração de lixo. Aula 12 21Geografia 6A Quanto tempo demora a decomposição de alguns materiais? Observe o quadro a seguir: No Brasil, foi aprovada em 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos – a “Lei do Lixo”. O objetivo final da Lei do Lixo é o desenvolvimento sustentável e destaca-se a implementação eficaz da “logística reversa”, o incentivo ao estabelecimento das cooperativas de catadores e a eliminação dos depósitos a céu aberto (os lixões). Destinos adequados para o lixo • Aterros sanitários: o lixo é enterrado e ocorre a impermeabilização do terreno para evitar/minimizar a contamina- ção do solo e das águas. Gases e o chorume são tratados. A escolha do local é criteriosa. • Usinas de compostagem: são obtidas rações animais e adubos a partir de resíduos orgânicos. • Usinas de reciclagem: os resíduos sólidos são convertidos em novos bens ou matérias-primas. • Usinas de incineração: os resíduos são queimados. Esse recurso elimina riscos de contaminação (caso dos resíduos hospitalares), diminui o volume do lixo e pode ser empregado em termoelétricas. Os resíduos da incineração devem ser acomodados em locais adequados. • Logística reversa: processo que envolve o setor produtivo, governos e sociedade para o reaproveitamento, recicla- gem e destino final dos bens produzidos após o consumo. • Reaproveitamento: quando um produto, embalagens, carcaças, peças já usadas são reincorporadas ao processo produtivo – sem a necessidade da reciclagem. • Chorume: líquido originário dos acúmulos de lixo. Fétido e de cor escura, é potencialmente poluente. A ação das chuvas em lixões aumenta a formação do chorume. • Lixo eletrônico (e-waste): corresponde aos equipamentos usados e resíduos descartados pela informá- tica. • Política dos 3 R: reduzir,reciclar e reaproveitar. Atualmente, utiliza-se também o conceito de 5 R = “repensar”, “recusar”, reduzir, reciclar e reaproveitar 22 Semiextensivo • Ambientalismo: pode ser entendido como mo- vimento ecológico, comprometido com práticas conservacionistas e preservacionistas. Envolve o trabalho de estudiosos, políticos, ONGs e a socie- dade em geral. • Antrópico: relacionado à ação do homem. • Biodiversidade: corresponde à diversidade ou va- riedade de vida num pequeno espaço ou no planeta inteiro. A ONU considerou 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. • Créditos de carbono: iniciativas que reduzem a poluição; reflorestamentos, por exemplo, geram créditos de poluição que, certificados por autori- dades ambientais, são negociados em bolsas de valores e aproveitados por setores produtivos com dificuldades para reduzir suas emissões de CO2, principalmente. Um crédito equivale à poluição de uma tonelada de CO2. Trata-se de uma autorização para poluir. • Conservacionismo: movimento que envolve ações científicas, civis ou governamentais, de: conserva- ção, para recursos renováveis; preservação, quando o local ou recurso não deve ser tocado ou alterado; e de recuperação, para os locais ou recursos que so- freram impactos ambientais. Em resumo, acredita na possibilidade do desenvolvimento sustentável. • Consumo consciente: iniciativas destinadas a gerar o menor impacto ambiental com a aquisição (consu- mo) de bens e serviços. Consiste, fundamentalmen- te, em: consumir o que é necessário, evitando pro- dutos descartáveis e supérfluos; analisar a origem do produto e a destinação final dos resíduos. • EIA (Estudo de Impacto Ambiental): é um diagnós- tico apurado das condições ambientais da área de influência de um projeto antes de sua implantação. Deve considerar todos os aspectos naturais e as con- sequências da implantação. • IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas): criado em 1988 pela ONU, é considerado a principal autoridade no estudo do aquecimento global. Em 2007, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Em 2009, durante a reunião das mudanças climáticas de Copenhague, sua credibilidade foi ameaçada com a divulgação de e-mails sobre possíveis fraudes em relatórios produzidos por seus membros e tráfico de influência entre governos e empresas. • ISO (International Organization for Standardi- zation): criada na Suíça (Genebra), em 1947, a ISO é uma entidade de padronização e normatização. Sua vertente ambientalista apoia-se na ISO 14000, direcionada à sustentabilidade ambiental. A ISO 14001 visa à implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com a avaliação dos impactos e riscos ambientais, condutas de segurança e de sus- tentabilidade ambiental. Desde 2012, o Grupo Positivo trabalha com o SGA (ISO 14001). • MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo): incluído no Protocolo de Kyoto (para controle do aquecimento global), visa ao desenvolvimento sus- tentável com o emprego do sequestro de carbono e fontes de energia limpas. • Negócios ambientais: atividades ou oportunidades econômicas relacionadas à conservação ambiental. São exemplos as empresas de reciclagem, reflores- tamento e educação ambiental. • Obsolescência programada: artifício usado pelas indústrias ao estabelecer, para os produtos fabrica- dos, padrões de qualidade ou durabilidade que lhes confiram menor vida útil, forçando sua substituição. A obsolescência também ocorre com o lançamento de novas tecnologias (obsolescência funcional) ou modelos (obsolescência percebida). A obsolescên- cia programada ganhou projeção a partir da crise de 1929, nos Estados Unidos, e na atualidade é res- ponsável pela geração de enormes quantidades de resíduos sólidos. • Pegada ecológica: são os danos ou impactos cau- sados pelas atividades antrópicas na realização das mais diversas atividades, como a agricultura, extra- tivismo, indústria e serviços. A pegada ecológica é calculada pela contabilidade ambiental, conside- rando a biocapacidade, ou seja, a disponibilidade de recursos naturais para uma sociedade em hectares globais (gha) e o nível de desenvolvimento. Em cada Conceitos importantes © G ru po P os iti vo Aula 12 23Geografia 6A • hectare global (10.000 m2), é avaliada a oferta média de água e a produtividade agrícola. • Preservacionismo: movimento que estabelece como intocáveis alguns locais ou recursos. Considera nociva a ação dos seres humanos e não acredita na possibili- dade de desenvolvimento sustentável. • Química verde: processos que utilizam produtos e técnicas que reduzem ou eliminam, com o uso de sol- ventes e reagentes, a ação nociva de poluentes. • Poluidor pagador: princípio do direito ambiental que obriga o causador do dano ambiental (o poluidor) a recuperar os espaços degradados. Também prevê campanhas de prevenção e conscientização ambien- tais. • Responsabilidade ambiental (ou socioambiental): postura adotada por indústrias, prestadores de servi- ços e governos visando à redução dos impactos, recu- peração ou preservação ambiental. • RIMA (Relatório de Impacto ao Meio Ambiente): documento com as conclusões do EIA. Deve ser apre- sentado em linguagem acessível a todos os interessa- dos no projeto avaliado. • Sustentabilidade: princípio que orienta um projeto, local ou global, para atender aos interesses do desen- volvimento sustentável, ou seja, não causar exclusão social e preservar a natureza para as futuras gerações. • Teoria (ou hipótese) de Gaia: elaborada pelo pesqui- sador e ambientalista inglês britânico James E. Love- lock (1919- ), é um conceito filosófico que considera a Terra um ser vivo. Lovelock baseou seus estudos para desenvolver a hipótese de Gaia nos trabalhos da bió- loga estadunidense Lynn Margulis (1938-2011). James Lovelock • Transfronteiriço: quando uma questão extrapola os limites territoriais de um país. No caso dos “proble- mas ambientais transfronteiriços”, são situações, em geral, relacionadas à poluição de rios que cortam di- ferentes países ou à poluição atmosférica espalhada pelos ventos. © W ik im ed ia C om m on s/ Br un o Co m by Assimilação 12.01. (FATEC – SP) – A imagem abaixo refere-se a qual problema ambiental? 1 = Área residencial suburbana. 2 = Parque. 3 = Área urbana residencial. 4 = Centro. 5 = Comercial. 6 = Área residencial suburbana. 7 = Rural. Fonte: EPA-US/Mod. E.Zimbres a) Ilha de calor b) Chuva ácida c) Efeito estufa d) Eutrofização e) Salinização Testes 12.02. (UDESC) – Consideram-se como problemas ambien- tais dos grandes centros urbanos, EXCETO: a) falta de recursos naturais não renováveis. b) carência de áreas verdes e de lazer. c) acúmulo de lixo e esgotos. d) poluição sonora e visual. e) o congestionamento frequente. 12.03. (UEPG – PR) – Sobre questões ambientais, assinale o que for correto. 01) A impermeabilização do solo e a concentração de edi- fícios nas cidades, diminuindo os espaços de infiltração de água, provocam fenômenos de inundações rápidas após chuvas intensas. 02) As ilhas de calor e as inversões térmicas ocorrem com mais frequência nas áreas rurais do que nas grandes cidades. 04) Os desmatamentos podem provocar a diminuição nos índices pluviométricos, assim como a diminuição do volume de águas das nascentes dos rios. 08) As chuvas ácidas ocorrem nos países com alta densi- dade de usinas hidrelétricas devido à concentração de lagos de barragens e excessiva evaporação da água dos rios represados. 24 Semiextensivo 12.04. (UFRGS) – Observe a figura abaixo. Fonte: Iotti. Zero Hora. 02 ago. 2014. Em relação à figura apresentada, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. O uso de lixões a céu aberto nas cidades causa problemas ao ambiente e à saúde pública. Alternativas a essa prática, para resíduos especiais como os hospitalares, como ........ e ........ podem reduzir o impacto ambiental.a) coleta seletiva – deposição em tonéis b) impermeabilização do solo – introdução de bactérias decompositoras c) coleta seletiva – compostagem d) aterros sanitários – incineração e) recolhimento do chorume – compostagem 12.05. (UERJ) – Indústria Petroquímica, Rio de Janeiro. oglobo.globo.com A química permite ao homem realizar transformações íntimas na estrutura da matéria. Com seu desenvolvi- mento e aplicação nos processos de industrialização, a partir de finais do século XVIII, essas transformações passaram a se realizar em uma escala massiva, tendo efeitos ainda mais abrangentes. A cada vez que inova- ções mudavam a base tecnológica, produtos e servi- ços inéditos chegavam à sociedade, surgindo também problemas ambientais novos e complexos. Adaptado de polipetembalagens.com.br, julho/2011. No desenvolvimento das indústrias ocorrido em diversas sociedades, acompanhado pela aplicação de conhecimen- tos científicos, destaca-se o caso da petroquímica, ilustrado na imagem. O principal problema ambiental causado pela indústria petroquímica está identificado em: a) erosão de solos agricultáveis b) derrubada de reservas florestais c) produção de resíduos poluentes d) superexploração de recursos hídricos 12.06. (ETEC – SP) – Leia o texto e observe a charge. As mulheres têm muita importância para a construção de um mundo sustentável, tendo em vista que elas correspondem, aproximadamente, à metade da popu- lação mundial. (Pagina13.org.br/2012/06/as-mulheres-e-o-desenvolvimento-sustentavel. Acesso em: 22.02.2013.) (blog.gaveaconstrutora.com/category/sem-categoria/page/18/. Acesso em: 22.02.2013.) Além de as mulheres serem responsáveis por múltiplas tarefas (casa, filhos, trabalho), elas podem contribuir para a sustentabilidade do planeta ao: a) descartarem pilhas e baterias dos celulares no lixo comum de sua residência. b) reciclarem todo o lixo doméstico, como fraldas descartá- veis e papéis-toalha sujos. c) orientarem as atuais e futuras gerações sobre o uso racio- nal dos recursos naturais. d) optarem por sair de casa com carro particular em vez de utilizarem o transporte coletivo. e) jogarem cuidadosamente o óleo que foi utilizado em frituras no ralo da pia da cozinha. Aperfeiçoamento 12.07. (ACAFE – SC) – “A compreensão tradicional das relações entre a sociedade e a natureza desenvolvidas até o século XIX, vinculadas ao processo de produção capitalista, considerava o homem e a natureza como polos excludentes, tendo subjacente a concepção de uma natureza objeto, fonte ilimitada de recursos à disposição do homem”. CUNHA, Sandra Baptista da; GUERRA, Antônio José Teixeira (org.). A questão ambiental: diferentes abordagens. 6a. Ed. RJ: Bertrand Brasil, 2010. Aula 12 25Geografia 6A Considerando o texto acima e as questões ambientais atuais é correto afirmar, EXCETO: a) A concepção acima fez desenvolver práticas oriundas de um processo de industrialização em que a acumulação se realizava por meio da exploração intensa dos recursos na- turais, com efeitos perversos para a natureza e a sociedade. b) A salvação do planeta e dos homens está na simples condenação da ciência e da tecnologia atuais, no forta- lecimento da dicotomia entre o homem e a natureza e no fato de desconsiderar as relações entre os homens. c) A questão ambiental emergiu na segunda metade do século XX como fruto da percepção de que os recursos naturais são finitos e que seu uso incorreto pode repre- sentar problemas sérios à humanidade. d) Desde Estocolmo, embora importantes mecanismos de proteção ambiental tenham sido criados, como os da ECO 92, no Rio de Janeiro – a Agenda 21, a Convenção so- bre a Alteração Climática e sobre a Biodiversidade –, falta envolvimento sério e decisivo de governos e empresas, bem como da sociedade em geral. 12.08. (UNEAL) – “O aquecimento global é estudado há 25 anos, mas pode-se dizer que 2006 foi o ano em que a humanidade tomou consciência de que a crise ambiental é real e seus efeitos, imediatos. Até os ecocéticos aceitam agora a ideia assustadora de que o tempo disponível para evitar a catástrofe global está perigosamente curto”. (Revista VEJA, ed. 30/12/2006) Sobre esse tema, é correto afirmar que: 1. o aquecimento global está acontecendo principalmente em decorrência de uma mudança da inclinação do eixo da Terra, com relação ao plano da eclíptica. 2. o uso intensivo dos hidrocarbonetos e a queima de flo- restas contribuem decisivamente para o aquecimento global referido. 3. o aumento do nível médio do mar, ou seja, de fenôme- nos eustáticos positivos, é um dos efeitos globais do aquecimento global. 4. a substituição da energia de termelétricas por energia nuclear poderá representar, em grandes cidades, uma diminuição significativa nas emissões de CO2. Estão corretas: a) 1 e 4 apenas b) 1 e 2 apenas c) 2 e 3 apenas d) 2, 3 e 4 apenas e) 1, 2, 3 e 4 12.09. “Desde o início do século passado, a temperatura do planeta aumentou 0,5 °C. Até o final deste século, acredita-se que a temperatura global aumente de 1,8 a 4 °C”. FARIS, Stephan. Mudança climática (forecast): as alterações do clima e as consequ- ências diretas em quentões morais, sociais e políticas. Rio de Janeiro: Campus, 2009. Com relação ao aumento das médias térmicas globais, julgue os itens a seguir. I. As intervenções antropogênicas desencadearam o efeito estufa, fenômeno provocado pelas queimadas do setor agropecuário e resíduos do extrativismo mineral. II. O Acordo de Paris, fruto da COP-21 no final de 2015, procurará conter a elevação das temperaturas globais em 2 °C (sendo ambicionado 1,5 °C). III. Entre as consequências do aumento térmico global estão: mudanças climáticas, aumento do nível dos oceanos e o derretimento do permafrost do solo ártico. IV. Os MCGs (Modelos de Clima Globais) apurados pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) são a principal ferramenta para a investigação das causas do aquecimento global. V. O Brasil tem vantagens naturais para contribuir com a descarbonização da economia e conter o aquecimento global, pois conta com extensas florestas e diversas possibilidades de obtenção de energia renovável, como eólica, hidráulica e solar. Estão corretos dos itens: a) I e IV b) III, IV e V c) II, III, IV e V d) I, III, IV e V e) Todos os itens estão corretos. 12.10. (PUCRJ) – A “crise ambiental oceânica” é resultado de uma série de fatores, dentre eles o desaparecimento da vida marinha. Nesse sentido, surgem “zonas mortas”, uma das contribuições para a extinção dos ecossistemas marinhos. Assinale a única alternativa correta para as origens e causas das zonas mortas. a) A contaminação das águas litorâneas pelo excesso de chorume (fósforo e oxigênio) contido nos depósitos de lixo litorâneos. b) As zonas mortas concentram-se, principalmente, nos litorais do Atlântico e do Pacífico dos EUA; dos países afri- canos; do litoral antártico e dos países banhados pelo Mar de Aral, isto é, onde as atividades industriais e agrícolas são mais marcantes. c) Nos últimos cinquenta anos, a população mundial do- brou, enquanto o consumo de frutos do mar aumentou cinco vezes. A natureza não está conseguindo repor os estoques pesqueiros além da capacidade de recuperação das populações. d) Essas zonas são causadas pela redução do oxigênio decorrente da decomposição de algas, que proliferam devido aos resíduos orgânicos, ao fósforo e ao nitrogênio despejados no mar pelas atividades industriais e agrícolas. e) Uma zona morta surge quando a concentração de nitro- gênio é insuficiente para a manutenção da vida, exceto pela presença de algumas bactérias. 26 Semiextensivo 12.11. (IFSC) – Os três “Rs” do desenvolvimento sustentável, REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR, estão no topo dos projetos alternativos que visam racionalizar o uso dos recursos naturais. As campanhas educativas defendem que no cotidiano das pessoas essas ações podem ser concretizadas por atitudes simples como a redução no usode sacolas de supermercado, a separação dos resíduos sólidos e o reaproveitamento, por exemplo, de garrafas de refrigerantes para outros fins. Há, entretanto, de acordo com o interesse, divergências na forma como esses três “Rs” são tratados pelos diversos setores que compõem as sociedades. Disponível em: http://meioambiente.culturamix.com/lixo/ cores-dareciclagem. Acesso em: 2 ago. 2014. Leia e analise as afirmações a seguir I. Essas divergências existem porque para as indústrias de forma geral não interessa REDUZIR o consumo dos seus pro- dutos. Por isso, ao mesmo tempo que se dizem preocupadas com o meio ambiente, elas fazem grandes investimentos em campanhas publicitárias para incentivar o consumo. II. O consumo de mercadorias é a base que sustenta o modo de vida capitalista: sem ele, o sistema entra em colapso. Por isso, dos três “Rs”, as grandes corporações capitalistas dão mais ênfase ao REUTILIZAR e ao RECICLAR. III. Não podemos viver sem consumir, portanto o problema maior não é tanto a forma e a quantidade que consumi- mos, mas sim o destino final dos resíduos sólidos após se completar o ciclo do consumo. Por isso, dos três Rs, o REUTILIZAR e o RECICLAR são de fato os mais importantes porque resolvem o problema dos aterros sanitários. IV. Os ambientalistas defendem que o desenvolvimento sus- tentável passa pelo consumo consciente, estimulado por políticas tais como a redução das taxas de juros ao crédito e a isenção de impostos sobre produtos industrializados, e um eficiente controle da natalidade. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. b) Apenas a afirmação III é verdadeira. c) Apenas as afirmações II e IV são verdadeiras. d) Apenas as afirmações III e IV são verdadeiras. e) Todas as afirmações são verdadeiras. 12.12. (UEM – PR) – Identifique o que for correto sobre a destinação dos resíduos sólidos (lixo) em áreas urbanas. 01) A quantidade de resíduos sólidos gerada nas áreas urbanas de países desenvolvidos é maior do que em países em desenvolvimento. 02) A usina de compostagem tem a função de transfor- mar o lixo orgânico em adubo. 04) Dentre os materiais descartados que são considerados biodegradáveis e não formam o chorume, encontram- -se plásticos, vidros, pneus de borracha, metais. 08) Os locais indicados para o descarte dos resíduos sóli- dos nas áreas urbanas brasileiras são os depósitos de lixo a céu aberto, os aterros controlados e os aterros sanitários. 16) Em algumas cidades, após a coleta do lixo, é feita a separação dos materiais por tipos. Os rejeitos são os produtos que, após a separação dos materiais da construção civil, podem ser aproveitados totalmente. 12.13. (UDESC) – A definição de desenvolvimento susten- tável mais usualmente utilizada é a que procura atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. Isso significa optar pelo consumo de bens produzidos com tecnologia e materiais menos ofensivos ao meio ambiente, utilização racional dos bens de consumo, evitando-se o desperdício e o excesso e ainda, após o con- sumo, cuidar para que os eventuais resíduos não provoquem degradação ao meio ambiente. Principalmente: ações no sentido de rever padrões insustentáveis de consumo e minorar as desigualdades sociais. O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da biodiversidade e da água doce existente no planeta; grande extensão de terras cultiváveis. De acordo com esta definição, o desenvolvimento susten- tável pressupõe: a) traçar um novo modelo de desenvolvimento econômico para nossa sociedade com o uso racional dos recursos naturais disponíveis e indisponíveis. b) a redução do consumo das reservas naturais com a con- sequente estagnação do desenvolvimento econômico e tecnológico; c) a preservação do equilíbrio global e do valor das reservas de capital natural, o que não justifica a desaceleração do desenvolvimento econômico e político de uma sociedade; d) a distribuição homogênea das reservas naturais entre as nações e as regiões em nível global e regional. e) definir os critérios e instrumentos de avaliação do custo- -benefício e os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e da preservação. Aula 12 27Geografia 6A Aprofundamento 12.14. (FUVEST – SP) – O efeito estufa e o lixo são, talvez, as duas manifestações mais contraditórias da vontade de dominação da natureza posta em prática pela racionali- dade instrumental e sua tecnociência. Com o objetivo de aumentar a produtividade, que na prática significa sub- meter os tempos de cada ente, seja ele mineral, vegetal ou animal, a um tempo da concorrência e da acumulação de capital, esqueceu-se de que todo trabalho dissipa energia sob forma de calor (efeito estufa) e que a desagregação da matéria, ao longo do tempo, torna-a irreversível (lixo). Carlos W. Porto-Gonçalves. A Globalização da Natureza e a Natureza da Globaliza- ção. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. Adaptado. Conforme o excerto acima, é correto afirmar: a) Com o aumento da produtividade, será possível vencer o efeito estufa e superar o problema da produção de lixo. b) A humanidade superou os problemas decorrentes da produção de lixo, graças à racionalidade instrumental e à tecnociência. c) Os tempos da concorrência e da acumulação de capital vêm sendo subordinados ao tempo da natureza. d) A aceleração do tempo de acumulação de capital permite eliminar a irreversibilidade da produção do lixo. e) A busca pelo aumento da produtividade impõe a diferentes elementos da natureza o tempo dos interesses capitalistas. 12.15. (UNIFESO – RJ) – Analise o fragmento a seguir. Camada de ozônio começa a dar sinais de que está se recuperando Uma boa notícia para o meio ambiente. Um relatório da ONU divulgado nesta semana mostrou que a camada de ozônio está dando os primeiros sinais de recuperação após anos de destruição. O elemento em nossa atmosfe- ra é fundamental para a proteção contra raios ultravio- leta que causam câncer. (...) Os cientistas dizem que a recuperação se deve à determinação política de eliminar progressivamente o uso dos clorofluorcarbonos (CFCs), gases que destroem o ozônio e que, antigamente, eram disseminados por diversos produtos do cotidiano, como desodorantes. (...) A Organização Meteorológica Mundial, por sua vez, informou que a camada de ozônio deve voltar ao nível em que estava em 1980 até meados do século. (O Globo, 12 set. 2014.) A recuperação mencionada será a mais demorada na porção da atmosfera terrestre correspondente à: a) América do Norte, como resultado da industrialização que nela se desenvolveu. b) Antártica, devido ao amplo buraco que se expandia na estratosfera a cada ano. c) Ásia central, em decorrência das extensas planícies que lá foram desflorestadas. d) China continental, em função do contingente populacio- nal que ali se concentrou. e) Europa ocidental, em virtude da intensa urbanização que se afirmou nessa região. 12.16. (UNAERP – SP) – Avatar é um filme épico americano de ficção científica, escrito e dirigido pelo ativista ambiental James Cameron, e lançado em 2009. Passa-se no futuro ano de 2154 d.C., quando é lançado o projeto científico Avatar, que pretende conhecer a flora e a fauna de Pandora (uma lua do planeta Polyphemus) e sua civilização nativa – os huma- noides Na’vi. Os avatares são corpos criados artificialmente com DNA humano e das criaturas nativas, que foram utiliza- dos pelos participantes do projeto para circularem na tóxica atmosfera local. A expedição, na realidade, objetiva explorar o Unobitainium – um mineral supercondutor com potencial para solucionar a crise energética da Terra. Não só Avatar, mas inúmeros filmes, documentários, livros e sites procuram estimular o debate sobre a exploração dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente