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Docente: Engº Alexandre Bartolomeu 29-02-2012 1 UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engenharia Química Curso: Engenharia do Ambiente 1-INTRODUÇÃO 29-02-2012 2 A zona costeira: A zona costeira como zona altamente dinâmica em constante alteração. Tendência constante para o equilíbrio dinâmico. Principais mecanismos forçadores da modelação do litoral: Marés; Agitação Marítima; Abastecimento Sedimentar; Litologia; Estrutura e Morfologia; Elevação do Nível Relativo do Mar; e Actividades Antrópicas. 29-02-2012 3 ONDAS 29-02-2012 4 AS ONDAS SÃO DESCRITAS PELAS SEGUINTES VARIÁVEIS: 1- Frequência; 2- Comprimento de onda; 3- Amplitude; e 4- Período. 2. ONDAS A forma mais simples da equação é: V=λ.f onde: V: Velocidade da onda λ: Comprimento de onda (o símbolo λ é denominado de "lâmbda") f: Frequência de onda A EQUAÇÃO UNIVERSAL DA ONDA 29-02-2012 5 1. Amplitude (a) de uma onda é a medida da magnitude de um distúrbio num meio, durante um ciclo de onda. -Se amplitude fôr constante - a onda é uma onda contínua. 2. O período é o tempo (T) de um ciclo completo de uma oscilação de uma onda. 2. ONDAS 3. A frequência (f) é período dividido por uma unidade de tempo (exemplo: um segundo), e é expressa em Hertz. Quando as ondas são descritas matematicamente, a (ómega; radianos por segundo) usa-se a frequência angular 4. O comprimento (λ) é período dividido por uma unidade de tempo (exemplo: um segundo), e é expressa em Hertz. A EQUAÇÃO DE Schrödinger 29-02-2012 6 A equação de Schrödinger descreve o comportamento ondulatório da matéria na mecânica quântica, é obtida pela associação da energia ao operador que dá a evolução temporal: As soluções desta equação são funções de onda que podem ser usadas para descrever a densidade de probabilidade de uma partícula. O E representa o hamiltoniano, que é a energia clássica expressa em função das coordenadas (posição) e momentos da partícula. Em cada partícula, a energia é a soma da energia cinética com a energia potencial: 2. ONDAS 29-02-2012 7 Esta é uma equação de derivadas parciais, de primeira ordem, no tempo e de segunda ordem, na posição. Se a função de onda é conhecida no instante; e pode ser computada em todos os instantes seguintes. + m.g.h A EQUAÇÃO DE Schrödinger ONDAS 2.2- PARÂMETROS/VARIÁVEIS / ELEMENTOS/ DA ONDA 29-02-2012 8 Altura (H) = Height Amplitude (a) = (H/2) Comprimento de onda (λ) = Wave lengh Período (T) Frequência (f) da onda = (1/T) Velocidade (v = L/T) Declividade (H/L). Altura significativa da onda (Hs); Altura relativa (H/d) Profundidade relativa (d/L) Profundidade relativa (D/L) d/L > 0,5 - Denota águas profundas 0,1 < d/L<0,5 - Denota águas transicionais d/L < 0,1 - Denota águas rasas 2.2-PARÂMETROS DA ONDAS 29-02-2012 9 Elementos de uma onda = esbeltez (steepness) 2-ONDAS 29-02-2012 10 As ondas no mar e lagos formam- se pela perturbação da superfície da água por: Ventos; Sismos; Deslizamentos; Vulcões; e Forças gravitacionais. Estes agentes transferem energia e momento à massa de água; Esta energia é dissipada de várias formas; Uma delas é através de ondas; e A forma é que é transmitida e não a massa de água. FORMAÇÃO DAS ONDAS 2-ONDAS 29-02-2012 11 Ventos 2-ONDAS 29-02-2012 12 Sismos, deslizamentos e vulcões 2-ONDAS 29-02-2012 13 Forças gravitacionais 2.1-TIPOS DE ONDAS 29-02-2012 14 Ondas progressivas, energia propaga-se através ou à do meio; Ondas estacionárias, podem considera-se como a soma de duas ondas progressivas iguais deslocando-se em direcções opostas; Ondas superficiais, propagam-se na interface de dois meios distintos; Ondas internas, propagam-se na interface de duas massas de águas diferentes; Ondas capilares (L < 1,7 cm), a tensão superficial é dominante; e Ondas de gravidade (L > 1,7 cm), gravidade é dominante. Ondas Capilares Ondas de Gravidade Altura (H) H< 2 mm H < 50 m Comprimento (L) L< 2 cm L < 1.000 m Período (T) 0 < T) < 0,2 s 0,2 < L < 15 s São geralmente eliminadas pela tensão superficial da água. 29-02-2012 15 2.1-TIPOS DE ONDAS 2.1-TIPOS DE ONDAS 29-02-2012 16 29-02-2012 17 Ondas de Vento Dois tipos principais de ondas de gravidade 2.1-TIPOS DE ONDAS Ondulações (Swell) 2.2-PARÂMETRO DA ONDA 29-02-2012 18 Geração de Ondas pelo Vento Modelo de Jeffreys (1925) ou Escudo Só funciona se: Velocidade de vento e velocidade da onda Velocidade do vento 1m/s Declividade da onda suficiente para da efeito escudo Ondas crescem rapidamente em H e L (portanto v) até Vonda prox. 1/3 Vvento depois continuam a crescer mais rapidamente Velocidade da onda é sempre menor do que a do vento porque: Alguma energia do vento produz corrente superficial (força tangencial); Alguma energia do vento é dissipada por fricção; e Alguma energia da onda é dissipa pela própria interacção vento/onda. 2.2-PARÂMETROS DA ONDA 29-02-2012 19 Altura e Declividade da Onda 29-02-2012 20 Profundidade da água (d) 2.2-PARÂMETROS DA ONDA 29-02-2012 21 2.3-ESPECTRO DE ENERGIA DE ONDAS No local de formação (temporal) e longe desse local 29-02-2012 22 Ondulações (swell) 2.3-ESPECTRO DE ENERGIA DE ONDAS 29-02-2012 23 2.3-ESPECTRO DE ENERGIA DE ONDAS 2.4-TEORIAS DE ONDAS 29-02-2012 24 2.4-TEORIA DE ONDAS 29-02-2012 25 Aplicação de Teorias das Ondas. 2.4-TEORIA DE ONDAS 29-02-2012 26 Equação de Dispersão C (g*L/ 2x)1/2 significado Pressupostos da Teoria de Airy: 1. A onda é puramente sinusoidal; 2. A amplitude da onda é muito pequena relativamente ao comprimento e à profundidade; 3. A viscosidade e a tensão superficial podem ser ignoradas; 4. A força de coriolis e a vorticidade podem ser ignorados; 5. O fundo é regular, planar e homogéneo; 6. A onda não é perturbada por relevos submarinos; e 7. O comprimento tridimensional é análogo ao bidimensional. Onda de Airy (Onda Conservativa) Apenas transfere a perturbação; Transfere energia mas não matéria; Propaga-se sem distorção significativa da forma; e Propaga-se a velocidade constante. 29-02-2012 27 4-TEORIAS DE ONDAS Teoria linear de Airy Equações da teoria Linear de Airy 2.4-TEORIAS DE ONDAS 29-02-2012 28 Ondas de Grupos Conjunto de ondas que se deslocam em conjunto, em que existe pequena variação das características das ondas individuais. Do ponto de vista teórico é possível explicar a formação de grupos de ondas por interferência aditiva de dois trens de ondas com características não muito diferentes, deixando cada um deles de ter identidade individual. 2.5-REFRACÇÃO, REFLEXÃO E DIFRACÇÃO DA ONDA 29-02-2012 29 Refracção; Reflexão da onda; Difracção da onda; e 2.5-REFRACÇÃO DAS ONDAS 29-02-2012 30 a interacção da onda com o fundo (fricção) provoca modificação de propagação, de tal forma que as cristas tendem progressivamente a paralelizar-se com as batiméticas; e no entanto, a razão de propagação de energia mantem-se (não tendo em consideração a dissipação de energia devida a fricção com o fundo; 29-02-2012 31 2.5-REFRACÇÃO DAS ONDAS Devido à refracção da onda verifica-se convergência dos raios de onda nas saliências costeiras (concentração de energia); e Divergência dos raios de onda nas reentrâncias costeiras (dispersão de energia). Assim, Os cabos e promontórios são caracterizados por elevada concentração energética (geralmente incompatível com a presença de sedimentos arenosos); As baías são caracterizadas por dispersão de energia (o que geralmente conduz à existência de sedimentos arenosos). 29-02-2012 32 2.5-REFRACÇÃO DAS ONDAS (Diagramas) 29-02-2012 33 2.5-REFRACÇÃO DAS ONDAS 29-02-2012 34 2.5-REFRACÇÃO DAS ONDAS Lei de Snell 29-02-2012 35 2.5-DIFRACÇÃO DAS ONDAS A difracção das ondas, pode definir-se como um encurvar das ondas à volta de objectos.Permite que a ondulação penetre nos portos e por detrás de barreiras. A difracção acontece porque qualquer ponto de uma onda pode ser uma fonte a partir da qual a energia se propaga em todas as direcções. 29-02-2012 36 2.5-DIFRACÇÃO DAS ONDAS Formação de tômbolos 2.5-REFLEXÃO DAS ONDAS 29-02-2012 37 Nem toda a energia das ondas é consumida quando elas esbarram contra a linha de costa. Uma parede vertical, tal como um molhe, pode reflectir a ondulação de volta para o oceano, com pouca perda de energia. A reflexão das ondas nas barreiras costeiras ocorre segundo um ângulo igual ao ângulo de incidência. Nas condições de ondas perpendiculares ao obstáculo, a reflexão produz ondas estacionárias. Estas resultam de duas ondas do mesmo comprimento que se movimentam em direcções opostas. 2.5-REFLEXÃO DAS ONDAS (Cont.) 29-02-2012 38 As partículas continuam a mover-se na horizontal e na vertical, mas não existe o movimento circular que se vê numa onda progressiva. Estas ondas são caracterizadas pela existência de linhas ao longo das quais não existe movimento vertical (linhas nodais). Nos antinodos há uma alternância entre subidas e descidas e a movimentação é inteiramente vertical. A altura da onda estacionária teoricamente pode atingir o dobro da altura da onda incidente, o que pode traduzir-se em problemas na estabilidade dos navios junto aos cais de acostagem. 2.6-REBENTAÇÃO DAS ONDAS 29-02-2012 39 Longe da praia, no alto mar, cada partícula de água se move numa trajectória circular ou elíptica, num plano vertical. O movimento de cada partícula pode ser considerado como a sobreposição de dois movimentos harmónicos simples, com mesma frequência, um na horizontal e outro na vertical. As oscilações das partículas acontece também no fundo do mar, com aumento da amplitude da onda. Quanto maior o comprimento de onda à superfície da água, maior a velocidade com que se desloca. 2.6-REBENTAÇÃO DAS ONDAS 29-02-2012 40 Ao se aproximar da praia, a forma da onda se modifica - deixa de se mover em trajetórias circulares – a velocidade no fundo do mar é cada vez menor, devido ao atrito com o leito. Próximo da linha de costa, as águas no fundo vão se atrasando em relação às porções superficiais. Quando o atraso é tal que as porções superiores não encontram mais suportes nas inferiores, elas desabam – arrebentação das ondas. 2.6-REBENTAÇÃO DAS ONDAS 29-02-2012 41 Causas da rebentação Tipos de rebentação - em função do o Acréscimo do pendor da praia, o Comprimento de onda; o Período; o Decréscimo da altura; e o Declividade. Factores Diferencial de velocidade entre a crista e a cava da onda; Diferencial da velocidade dentro da crista; e Limite de declividade da onda. 29-02-2012 42 2.6-REBENTAÇÃO DAS ONDAS Tipos de Rebentação COLLAPSING (Colapsante) – Similar a “Plunging” mas não forma tubo, ocorrendo colapso da parte frontal (crista). Ocorre em praias de pendor moderado. 3-SURGING- A onda não rebenta, termina deslizando sobre a praia. Ocorre em praias com pendor elevado, para ondas com comprimento elevado e altura relativamente pequena; e 1-SPILLING (progressiva) – Início da rebentação afastado da praia, migrando para a terra. A crista possui espuma e turbulência. Usual em praias de fraco pendor. A dissipação da energia é elevada mas gradual, ao longo da zona de rebentação; 2-PLUNGING (Mergulhante ou Tubular) - Onda arqueada (tubo) com a crista a mergulhar sobre a cava. A dissipação de energia é brusca. Associam-se às ondas de longo período, geradas ao largo (swell –ondulação que ocorre “mar de fora”); Natureza destrutiva A onda forma túnel de colapso A onda rola na praia 2.7-INTERACÇÃO ENTRE ONDAS E CORRENTES 29-02-2012 43 Se a direcção de propagação da onda e da corrente fôr o mesmo como a Velocidade aumenta e o período tem de se manter constante, o Comprimento tem de aumentar. Como a razão de transferência de Energia tem de se manter constante, Altura diminui e como alguma da energia da onda passa para a corrente. Altura torna-se ainda menor. Se a direcção de propagação da onda for inverso, então verifica-se o contrário e Altura aumenta. Constância do período e da razão de transformação de energia e reflexos na altura da onda TLo/Co L /(C+U) 2.8-ACÇÃO DA ONDA NO LITORAL 29-02-2012 44 Transporte sedimentar induzido pela onda a pequenas profundidades. Noção de limiar de entrada em movimento (threshold) de partículas sedimentares. Aplicação da onda de Stokes ao transporte sedimentar selectivo. Espraio da onda (Wave swash). Ressaca /retorno (backwash). Elevação na praia(Wave set-up). Poder construtivo / destrutivo das ondas. 2.8-ACÇÃO DA ONDA NO LITORAL 29-02-2012 45 Critérios de rebentação • Variabilidade entre os valores teóricos e práticos • Variabilidade dos critérios teóricos de rebentação “Surf Beat” Variabilidade da altura das ondas devido a interferência entre trens de ondas a tradição da “7º” onda; Flutuação da altura da rebentação de séries de ondas (Surf beat); Período típico do “surf beat”: 2 a 3 minutos Influência do “surf beat” na corrente longilitoral e nas correntes de fuga; e Ondas infragravíticas. “Run up ” Nível atingido pela água após a rebentação; Elevação relativamente ao nível médio do mar (“set up”); e Espraio (“swash”) e ressaca (“backwash”). 3.1-TSUNAMI 29-02-2012 46 3.0-ONDAS DE CARACTERISTÍCAS ESPECIAIS H=0,5m (em mar aberto ) Como a Potência (P) = ExC = é constante; e A velocidade (C ) diminui, tal implica que a Energia (E) aumenta a Energia e Altura (H) O Tsunami tem origem m Movimento de falhas e movimento de massa. O comprimento de Onda (L) de centenas de Kms ≈ (200); Se comporta como onda em Águas pouco profundas, pois: A velocidade (C) depende de da profundidade relativa (d); Pode atingir a a C até centenas de Km/h; e Em profundidade relativa (d) igual a 5km atinge uma velocidade de cerca de 800 km/h) 3.2-SEICHAS 29-02-2012 47 É um tipo interessante de corrente, causada pela oscilação da água para a frente e para trás em uma região confinada, como um porto ou um estuário. Caracterizadas por nodos e antinodos e período de ressonância. Onda estacionária soma duas progressivas com direcções opostas; Lagos, baías, estuários, portos (semi-confinados); e Formação Seichas três Tonda ou três multiplos Tonda Bacias confinadas Período de ressonância 3.0-ONDAS DE CARACTERISTÍCAS ESPECIAIS 29-02-2012 48 TSUNAMIS, MAREMOTOS & TERRAMOTOS MEGA-TSUNAMIS Moving at roughly the speed of a commercial jet, these waves would be about 100 to 160 feet high by the time they crossed the Atlantic to strike U.S. shores. 3.0-ONDAS DE CARACTERISTÍCAS ESPECIAIS 2.2-PARÂMETROS DA ONDAS 29-02-2012 49