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1 Acadêmicos do curso de Pedagogia 2 Professora Tutora Externa do Curso de Pedagogia – Polo Salinópolis - PA Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PED 3463) – Paper Interdisciplinar: Oficinas Pedagógicas - 13/07/2022 O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO Discente1 Tutora² RESUMO O presente trabalho busca elucidar a importância da utilização do uso de ferramentas lúdicas com o intuito de promover a inclusão escolar de alunos com deficiência, assim como na importância da formação do professor, para que este tenha a primícia educacional para transpor os valores e informações que a disciplina oferecer transformando o aluno em agente de transformação e de autonomia. É importante frisar que a formação do professor é de muita importância para que o professor tenha embasamento científico. Para que o mesmo possa moldar tais ferramentas e com isso obter os dados significativos inerentes ao desenvolvimento cognitivo do aluno. Para tanto a referida pesquisa buscou embasamento através de pesquisa de cunho bibliográfico para engrandecer de forma qualitativa a presente pesquisa. É importante salientar que o emprego de tais ferramentas deve ter a anuência do próprio aluno, para que o mesmo tenha a capacidade de reter não apenas a atenção do aluno, mas também o incentive a busca de informação através da sua vivência sobre o caso, iniciando-se com isso a base para que futuramente o aluno possa desenvolver a sua autonomia, perante a análise de dados. Palavras-chave: Inclusão.Lúdico. Ferramenta. Autonomia. 2 1. INTRODUÇÃO É direito de todas as crianças o acesso à educação de qualidade, num ambiente propicio para que a criança se desenvolva de forma saudável e eficaz, além de propor experiencias significativas no processo de aprendizagem, assim estabelece o ECA “A criança e ao adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1990). Este estudo buscou objetivar a compreensão do lúdico como recurso metodológico no processo de ensino-aprendizagem empregado dentro da sala de aula na inclusão de alunos com deficiência intelectual, através de pesquisa realizada de caráter qualitativo, e com autores que defendem o uso dessas metodologias, assim como o desenvolvimento desse aluno frente a utilização de atividades lúdicas, além dos benefícios dispostos como recurso de aprendizagem embasados na inclusão. Sendo direcionado na necessidade de compreender, como essas ferramentas contribuem no processo de formação do profissional de educação? Ao fim o texto descreve de maneira clara e objetiva a importância de se utilizar ferramentas lúdicas, no processo de ensinar dentro da sala de aula, voltada a preservação da aprendizagem significativa do aluno deficiente. Contudo, a presente pesquisa busca através de pesquisa realizada na internet realizar a análise de como essas ferramentas estão sendo utilizadas dentro da sala de aula, visando primordialmente discutir a importância de se utilizar tais atividades lúdicas no amadurecimento das habilidades do aluno. 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Aceitar a diferença, deve ser pautada de modo a respeitar as características individuais do sujeito, assim como suas motivações e seus interesses, realizado através das motivações necessárias para que a criança se de desenvolva, sendo possível através de estratégias e recursos educativos que estejam voltadas para a promoção de seu desenvolvimento global. (AINSCOW, 1999) Diante disto Vygotsky (1984), afirma que é fundamental realizar a compreensão da necessidade de troca de experiência entre crianças necessárias para que haja um desenvolvimento de qualidade entre as crianças com necessidade e as demais dentro da sala de aula, tal processo deve ser amplamente defendido pelas escolas, como afirma a UNESCO: O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresente. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola. (1994, p. 11-12) Partir disto, cria-se a necessidade de uma escola de qualidade, no qual propicie espaços destinados a realização de atividades com intuito de promover a inclusão e interação, não apenas dos alunos com deficiência, mas com todos os alunos da escola, disponibilizando entre outros fatores, recursos necessários a essa atividade. (MITTLER P. & MITTLER P. 2001). Brandão e Ferreira (2013), defendem que a realização de inclusão garante que os alunos, independentemente de suas diferenças, estejam dispostos em uma educação de qualidade, e estejam propicias a viver relevantes experiências, além do que é implícito que a inclusão imponha que o professor deva realizar criar uma nova perspectiva em sua metodologia, destaca-se que cada criança possui características únicas, Diante desse contexto o uso de atividades lúdicas ganha proporções significativas como afirma Silva (2020, p. 1): As práticas lúdicas usadas no método de aprendizagem educacional possibilitam a qualquer aluno, independentemente de suas limitações, uma aprendizagem significativa. E, sendo essa uma necessidade, cabe ao professor permitir que seus 4 alunos participem de atividades importantes, condizentes com uma aprendizagem mais significativa. Através desta perspectiva pode-se afirmar que a criança aprende brincando, e que a atividade lúdica ganha proporções de integração dos aspectos motores, cognitivos, afetivos tendo reflexo ainda no campo social da criança, é através do uso de brincadeira que as crianças experimentam percepções e conhecimentos importantes na construção de sela relação social, favorecendo com isto a aceitação, acolhimento, valorização e inclusão de alunos com deficiência. (DALLABONA, 2004). No que concerne ao desenvolvimento das habilidades Kishimoto (1998, p. 15), afirma que: jogo educativo apresenta duas funções: a lúdica, que implica a escolha voluntária do jogo, e a educativa, sendo que o jogo é colocado como algo que auxilia na aprendizagem e na noção de mundo. O jogo educativo ocorre pela união das características da educação e do jogo, sendo necessário o equilíbrio entre a liberdade característica do jogo e o objetivo de ensinar conteúdo da educação. “Ao ser apresentada uma brincadeira individual ou grupal a uma criança, não há passividade nessa ação; a criança é convidada a pensar, dialogar, se mexer, rir, interagir ou se concentrar, de forma que aja e reaja no meio em que está”. (SILVA, 2020, p. 2). Silva aborda ainda que: É por meio da Educação Inclusiva que se integram e efetivam no ambiente escolar conceitos como aceitação e valorização das diferenças, desenvolvimento de potencialidades, integração e respeito, que é o que transforma o espaço escolar em um espaço igualitário e de oportunidade para todos. Dessa forma, como parte de uma sociedade, a escola inclusiva tem contribuído com a aceitação, a inclusão e a acessibilidade das pessoas com deficiência. (2020, p. 2). “A escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidadese necessidades”. (ARANHA, 2004, p. 7). Sobre a importância do professor em utilizar jogo como ferramenta lúdica em sala de aula Jesus (2021, p. 23). O jogo educativo é um recurso que pode ser bastante produtivo; contudo, não adianta possuir o melhor jogo educativo se o professor não souber estimular as crianças, tornar a sua utilização significativa e participar dos jogos e brincadeiras propostos. Para o jogo ser realmente eficiente o professor tem que participar durante o desenvolvimento da atividade lúdica, sendo que deve ocorrer à mediação entre a atividade lúdica e o aprendizado que ela trará. 5 Figura 1 – Utilização de jogo como ferramenta de inclusão. Fonte: Disponível em: https://www.manaus.am.gov.br/noticia/projeto-jogos-ludicos-adaptados/. Acesso em 28 jun. 2022. A figura 1 refere-se na utilização de jogos como recurso pedagógico no processo de inclusão, no projeto “A importância da ludicidade na prática inclusiva” desenvolvida pelo pedagogo Manoel Gois, numa escola pública da cidade de Manaus-AM, ao utilizar jogos como atividade lúdica, foi possível observar que as crianças desempenharam habilidades da leitura, operações matemáticas. Foi possível observar que as atividades além de promover a absorção dos conteúdos, proporcionou também uma interação maior do que nas aulas tradicionais, seja entre professor e aluno, quanto entre aluno e aluno, segundo ele, “A interação com os demais alunos foi de aceitação quase que imediata” https://www.manaus.am.gov.br/noticia/projeto-jogos-ludicos-adaptados/ 6 3. METODOLOGIA A presente pesquisa é de caráter qualitativa através da utilização de literaturas existente em diversos sites com o mesmo nicho acadêmico disponível na internet, a referida pesquisa busca compreender não apenas a importância do tema discorrido ao longo da estruturação deste trabalho, mas de propiciar ao leitor uma visão rica em informações que podem ser utilizadas como ferramenta na elaboração de sua metodologia, buscando com isso a compreensão de fatores para a realidade social do indivíduo. O tema assertivo entre os autores, inicia-se a pesquisa bibliográfica através de sites, em que contem relação com o tema escolhido, para a realização da elaboração da pesquisa se faz necessário a elaboração de um processo de construção teórica do projeto. Inicialmente busca-se descrever de forma límpida o significado do que é lúdico e sua importância no que se refere a educação, assim como no desenvolvimento social do aluno, despertando com isso. Em seguida iniciou-se através de leituras a seleção dos artigos a serem utilizados, tal como base, procurou-se após discorrer sobre o significado do que é lúdico, a importância que a formação do professor no processo educacional. Não obstante, finaliza-se descrevendo que a utilização de tais ferramentais, propicia uma aprendizagem efetiva não apenas aos alunos, nas também ao docente. Pois, através da análise de dados colhidos pelo mesmo que se é possível realizar um levantamento necessário para a implementação de determinadas atividades. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A referida pesquisa resultou na importância do professor em utilizar ferramentas que propiciem o aprendizado de forma efetiva através do uso de ferramentas lúdicas no processo de aprendizagem do aluno. No que se refere ao respeito das características de cada um e nas diferenças apresentadas Ainscow (1999) defende em sua literatura que deve ser realizado através de motivações necessárias ocasionada por meio de recursos lúdicos. Seguindo esse pensamento Mittler P., Mittler P. (2001) e Vygotsky (1984), afirma que é fundamental realizar a compreensão da necessidade de troca de experiência entre crianças, para que haja um desenvolvimento de qualidade. 7 No que compete as escolas a UNESCO (1994), através da Declaração de Salamanca consiste em todos os alunos aprenderem juntos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, Silva (2020) e Brandão e Ferreira (2013) em suas obras, afirmam ainda que a inclusão garante à todos os alunos uma educação de qualidade e significativa. Dallabona (2004) e Kishimoto (1998) por sua vez descrevem que a criança se desenvolve de maneira mais eficaz através da brincadeira, dando ênfase as atividades lúdicas realizadas em sala de aula, Silva (2020) reitera ainda que com o uso de atividade lúdica a criança é convidada a pensar, dialogar, se mexer, rir, interagir ou se concentrar. Por fim, Aranha (2004) destaca o papel do professor em sala de aula nesse processo de inclusão por meio de atividade lúdica. 5. CONCLUSÃO Analisando as informações obtidas através da pesquisa realizada para a elaboração deste trabalho, foi possível atentar-se pela quantidade de literaturas destinada ao tema, demonstrando a importância do tema, além de observar que não é uma preocupação atual, mas já vem sendo debatido há um determinado tempo. Para tanto, percebe-se a necessidade da elaboração/criação de uma abordagem direta como recurso no que se refere a utilização das atividades lúdicas como ferramenta de inclusão nos anos finais do ensino fundamental. Deve-se ainda atentar-se para a formação do professor em direcionar com afinco em sua construção pedagógica. É evidente ressaltar que apesar de haver literaturas que sirvam de apoio aos formandos, ainda há muito o que se desenvolver, observa-se ainda que alguns professores por não deter o conhecimento necessário deixam de utilizar tais ferramentas de forma eficaz. Em suma, define-se como fator de grande relevância o professor como mediador principal deste repasse de informações para o aluno, buscando meios em que desperte a curiosidade do aluno, para tanto é necessário que o mesmo esteja à vontade para a utilizar tal ferramenta. A contribuição interpessoal entre os professores também é evidente para uma metodologia positiva. 8 REFERÊNCIAS AINSCOW, Mel. Understanding the development of inclusive schools. London: Falmer Press. Routledge, 2002. ARANHA, Maria Salete Fábio. Educação Inclusiva: a família - a escola - a filosofia. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2004. v. 4. BRANDAO, M. T.; FERREIRA, M. Inclusão de crianças com necessidades educativas especiais na educação infantil. Rev. bras. educ. espec. Marilia. v. 19, n. 4, p. 487- 502, 2013. BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o statuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de Jul. 1990. DALLABONA, Sandra Regina; MENDES, Sueli Maria Schimit. O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG, v. 1, n. 4, p. 107-112, 2004. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, UNESCO, 1994, Salamanca-Espanha. KISHIMOTO, T. M. O jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira, 1998. MITTLER, Penny; MITTLER, Peter. Rumo à inclusão. Pro-posições, v. 12, n. 2-3, p. 60-74, 2001. SILVA, Vanussa Sampaio Dias da. O lúdico como recurso metodológico na inclusão de alunos com deficiência intelectual no Ensino Fundamental. Revista Educação Pública, v. 20, nº 20, 2 de junho de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/20/o-ludico-como-recurso-metodologico-na- inclusao-de-alunos-com-deficiencia-intelectual-no-ensino-fundamental. Acesso em 28 jun. 2022. https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/20/o-ludico-como-recurso-metodologico-na-inclusao-de-alunos-com-deficiencia-intelectual-no-ensino-fundamental https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/20/o-ludico-como-recurso-metodologico-na-inclusao-de-alunos-com-deficiencia-intelectual-no-ensino-fundamental