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Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 1 PROTOCOLOS E DIRETRIZES CLÍNICAS Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério – profilaxia, diagnóstico e manejo outubro/2021 Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 2 SUMÁRIO Escopo e objetivos ....................................................................................................................... 3 Objetivos gerais ........................................................................................................................ 3 Objetivos específicos ................................................................................................................ 3 Grupos de pacientes para as quais esse Protocolo se destina ................................................ 3 Profissionais/usuários do Protocolo.......................................................................................... 4 Audiência primária: ............................................................................................................... 4 Audiência secundária: ........................................................................................................... 4 Metodologia de elaboração .......................................................................................................... 4 Quem desenvolveu este Protocolo ........................................................................................... 4 Processo para elaboração deste Protocolo .............................................................................. 4 Estratégia de busca da literatura .......................................................................................... 4 Avaliação, síntese, classificação das evidências e força das recomendações ........................ 7 Racionalidade .............................................................................................................................. 8 Recomendações .......................................................................................................................... 8 Profilaxia do TEV ...................................................................................................................... 8 Primeira consulta de pré-natal/Assistência pré-natal ambulatorial ....................................... 8 Tromboprofilaxia após 36 semanas de gestação ................................................................. 9 Internação durante a gravidez ............................................................................................ 15 Internação para o parto, cesariana ou parto vaginal; .......................................................... 16 Início/reinício da tromboprofilaxia após o parto, bloqueio neuroaxial e uso de anti- inflamatórios não esteroides (AINES) ................................................................................. 20 Anticoagulação profilática de duração estendida após a alta ............................................. 21 Diagnóstico do TEV ................................................................................................................ 21 Trombose venosa profunda (TVP) ...................................................................................... 21 Trombo-embolia Pulmonar (TEP) ....................................................................................... 22 Apresentação clínica ....................................................................................................... 22 Regras de Predição Clínica e D-dímero .......................................................................... 23 Exames de imagem ......................................................................................................... 24 Manejo do TEV ....................................................................................................................... 27 Abordagem Geral ............................................................................................................ 27 Anticoagulação inicial ...................................................................................................... 27 Anticoagulação terapêutica de manutenção durante a gravidez e após o parto ............. 30 Bibliografia ................................................................................................................................. 31 Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 3 TROMBOEMBOLISMO VENOSO NA GRAVIDEZ E PUERPÉRIO – PROFILAXIA, DIAGNÓSTICO E MANEJO outubro/2021 Esta é a última versão deste protocolo e é válida até nova revisão Escopo e objetivos Objetivos gerais Este Protocolo tem como finalidades principais: Sintetizar, avaliar e sumarizar a informação científica disponível em relação às práticas mais comuns para profilaxia, diagnóstico e manejo do tromboembolismo venoso na gravidez e puerpério, fornecendo subsídios e orientação a todos os envolvidos no cuidado. Objetivos específicos • Uniformizar e padronizar as práticas mais comuns utilizadas na profilaxia, diagnóstico e manejo do tromboembolismo venoso na gravidez e puerpério; • Diminuir a variabilidade de condutas entre os profissionais em relação à profilaxia, diagnóstico e manejo do tromboembolismo venoso na gravidez e puerpério; • Reduzir intervenções desnecessárias no processo de profilaxia, diagnóstico e manejo do tromboembolismo venoso na gravidez e puerpério e consequentemente os seus agravos; • Difundir práticas baseadas em evidências para a profilaxia, diagnóstico e manejo do tromboembolismo venoso na gravidez e puerpério visando a redução da morbidade e mortalidade maternas associadas ao evento. Grupos de pacientes para as quais esse Protocolo se destina Esse Protocolo deverá servir de referência e orientação para a assistência a: • Mulheres grávidas durante o pré-natal, em situações de internação durante a gravidez e assistência ao parto e puérperas; • Mulheres com risco de tromboembolismo venoso na gravidez e puerpério; • Mulheres com suspeita ou diagnóstico de tromboembolismo venoso na gravidez e puerpério; Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 4 Os tópicos clínicos relacionados à assistência aparecem nas seções do Protocolo de acordo com a relevância definida pelo Elaborador e os achados da busca na literatura. Profissionais/usuários do Protocolo Audiência primária: • Todos os profissionais envolvidos diretamente na assistência no Hospital Sofia Feldman, tais como médicos obstetras, pediatras, neonatologistas, anestesiologistas, enfermeiras obstétricas, obstetrizes, enfermeiras assistenciais, técnicos de enfermagem, etc. • Todos os profissionais em processo de treinamento no Hospital Sofia Feldman, envolvidos diretamente na assistência, tais como especializandos e residentes de enfermagem obstétrica e neonatal, graduandos de obstetrícia e médicos residentes de obstetrícia, neonatologia e anestesiologia. Audiência secundária: • Todos os profissionais envolvidos indiretamente na assistência no Hospital Sofia Feldman como fisioterapeutas, psicólogos, etc. • Estudantes de graduação na prática de estágio curricular ou extra-curricular no Hospital Sofia Feldman envolvidos no processo de assistência; • As mulheres, seus familiares ou representantes, usuários da assistência no Hospital Sofia Feldman; • Doulas, educadores perinatais, etc. em atividade no Hospital Sofia Feldman Metodologia de elaboração Quem desenvolveu este Protocolo Esse Protocolo foi elaborado por um médico obstetra, pertencente à equipe de profissionais do Hospital Sofia Feldman. Processo para elaboração deste Protocolo Estratégia de busca da literatura Esse Protocolo foi elaborado a partir de diretrizes/protocolos já elaborados por outros grupos ou instituições e adaptadas ao contexto do HSF. Foi realizada uma buscapor diretrizes, protocolos e outras publicações secundárias cuja base de evidências tenha sido sistematicamente desenvolvida e com recomendações baseadas nessas evidências, em inglês, espanhol, francês e português, publicadas entre janeiro de 2015 Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 5 e 13 de abril de 2021, para análise e potencial adaptação. Os termos gerais utilizados para busca foram: “tromboembolismo”; “trombose”; “embolia”; “gravidez”; “puerpério”. Estes termos foram combinados e adaptados para os diferentes idiomas. A busca foi realizada nas seguintes bases de dados eletrônicas e sítios da internet: Tripdatabase – http://www.tripdatabase.com NICE – http://www.nice.org.uk SIGN – http://www.sign.ac.uk ICSI – https://www.icsi.org HAS (França) – http://www.has-sante.fr Collège National des Gynécologues et Obstétriciens Français – http://www.cngof.fr/pratiques- cliniques/recommandations-pour-la-pratique-clinique?folder=RPC%2BCOLLEGE Bilbioteca de Guías de Práctica Clínica del Sistema Nacional de Salud (Espanha) – http://portal.guiasalud.es/web/guest/catalogo-gpc Projeto Diretrizes/Brasil – http://www.projetodiretrizes.org.br BIGG – Base Internacional de Guías GRADE – https://sites.bvsalud.org/bigg/biblio/ FEBRASGO – Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia – https://www.febrasgo.org.br/pt/ UpToDate – https://www.uptodate.com/contents/search CMQCC – California Maternal Quality Care Collaborative – https://www.cmqcc.org O processo de busca identificou 13 diretrizes que versavam especificamente sobre os temas do protocolo, listadas a seguir por ordem decrescente do ano de publicação: 1. Thrombosis Canada. Pregnancy: Thromboprophylaxis, 2020. 2. Thrombosis Canada. Pregnancy: Diagnosis of DVT and PE, 2020. 3. Thrombosis Canada. Pregnancy: Venous Thromboembolism Treatment, 2020. 4. Queensland Clinical Guidelines. Venous thromboembolism (VTE) prophylaxis in pregnancy and the puerperium, 2020. 5. CENETEC – Centro Nacional de Excelencia Tecnológica en Salud (Mexico). Prevención, diagnóstico y http://www.tripdatabase.com/ http://www.nice.org.uk/ http://www.sign.ac.uk/ https://www.icsi.org/ http://www.has-sante.fr/ http://www.cngof.fr/pratiques-cliniques/recommandations-pour-la-pratique-clinique?folder=RPC%2BCOLLEGE http://www.cngof.fr/pratiques-cliniques/recommandations-pour-la-pratique-clinique?folder=RPC%2BCOLLEGE http://portal.guiasalud.es/web/guest/catalogo-gpc http://www.projetodiretrizes.org.br/ https://sites.bvsalud.org/bigg/biblio/ https://www.febrasgo.org.br/pt/ https://www.uptodate.com/contents/search https://www.cmqcc.org/ Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 6 tratamiento de la enfermedad tromboembólica venosa en la paciente obstétrica. Guía de Práctica Clínica: Evidencias y Recomendaciones, 2020. 6. European Society of Cardiology (ESC). 2019 ESC Guidelines for the diagnosis and management of acute pulmonary embolism developed in collaboration with the European Respiratory Society (ERS), 2019. 7. South Australia Maternal, Neonatal & Gynaecology Community of Practice. Thromboprophylaxis and Thromboembolic Disease in Pregnancy. South Australian Perinatal Practice Guideline, 2018. 8. National Insititute for Heath and Care Excellence. Venous thromboembolism in over 16s: reducing the risk of hospital-acquired deep vein thrombosis or pulmonary embolism. NICE Guideline 89, 2018. 9. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Tromboembolismo venoso na gestação, 2018. 10. American College of Obstetricians and Gynecologists. Thromboembolism in Pregnancy. Practice Bulletin No. 196, 2018. 11. Asociación Bogotana de Obstetricia y Ginecología (ASBOG) – Comité de Mortalidad Materna. Guía de Práctica Clínica para la Prevención de Eventos Tromboembólicos Venosos durante la Gestación, el Parto o el Puerperio, 2017. 12. Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Thromboembolic Disease in Pregnancy and the Puerperium: Acute Management. RCOG Green-top Guideline No. 37b, 2015. 13. Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Reducing the Risk of Venous Thromboembolism during Pregnancy and the Puerperium. RCOG Green-top Guideline No. 37a, 2015. Outras publicações secundárias tais como revisões com análise, sintetização e classificação das evidências, relatórios, declarações, opiniões de comitês, outros instrumentos, etc. sobre tópicos do protocolo também foram encontrados, listados a seguir por ordem decrescente do ano de publicação: 1. Deep vein thrombosis and pulmonary embolism in pregnancy: Prevention. UpToDate, 2021. 2. Use of anticoagulants during pregnancy and postpartum. UpToDate, 2021. 3. Deep vein thrombosis in pregnancy: Epidemiology, pathogenesis, and diagnosis. UpToDate, 2021. 4. Diagnosis of pulmonary embolism in pregnancy. UpToDate, 2021. 5. Deep vein thrombosis and pulmonary embolism in pregnancy: Treatment. UpToDate, 2021. 6. Society for Maternal-Fetal Medicine (SMFM). Society for Maternal Fetal Medicine Special Statement: Checklist for thromboembolism prophylaxis after cesarean delivery, 2020. 7. Society for Maternal-Fetal Medicine (SMFM). Consult Series #51: Thromboembolism prophylaxis for cesarean delivery, 2020. 8. California Maternal Quality Care Collaborative. Improving Health Care Response to Maternal Venous Thromboembolism: A California Quality Improvement Toolkit, 2018. Para estabelecer as recomendações deste protocolo, o elaborador consultou incialmente as 13 diretrizes encontradas sobre os temas específicos do protocolo por ordem decrescente do ano Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 7 de publicação. As outras publicações secundárias também foram consultadas concomitantemente, por ordem decrescente do ano de publicação, para avaliar recomendações diferentes ou ausentes das diretrizes anteriores, de acordo com o escopo do protocolo. Optou- se por utilizar como fonte principal de adaptação a publicação: “California Maternal Quality Care Collaborative. Improving Health Care Response to Maternal Venous Thromboembolism: A California Quality Improvement Toolkit, 2018”, tendo em vista tratar- se de um pacote de cuidados com evidências científicas bem analisadas e levando-se em consideração a ausência de evidências primárias de alta qualidade sobre o tromboembolismo na gestação e puerpério. Devido ao ano da publicação, recomendações mais atualizadas de outras diretrizes e publicações secundárias foram incoporadas ao protocolo. Todas as publicações consultadas se encontram na lista de bibliografia. Antes da publicação do protocolo foi realizada uma consulta no UpToDate e no Tripdatabase no dia 14 de outubro de 2021 em busca de atualizações mais recentes. Avaliação, síntese, classificação das evidências e força das recomendações A avaliação, síntese e classificação das evidências foi realizada nos documentos que serviram de fonte para o protocolo. O elaborador deste Protocolo decidiu não descrever e nem classificar as evidências, adaptando apenas as recomendações das diretrizes fonte, desde que classificadas. Quando foram encontradas discrepâncias entre as recomendações de protocolos/diretrizes e outras publicações de diferentes instituições, optou-se pela utilização daquelas recomendações mais próximas às práticas correntes no Brasil ou com maior possibilidade de aplicabilidade prática no Hospital Sofia Feldman sem, no entanto, contrariar as evidências que embasaram as recomendações originais. Em relação à força das recomendações, o uso do verbo deve ou outros verbos no infinitivo ou imperativo (ex. “realizar”, “realize”, “informar”, “informe”, etc.) se referem a recomendações onde existe uma forte confiança de que os efeitos desejáveis da intervenção superam os efeitos indesejáveis e o uso do negativo não precedendo estes verbos, se refere a recomendaçõesonde os efeitos indesejáveis da intervenção superam os efeitos desejáveis ou é inútil. Quando os efeitos desejáveis de uma intervenção provavelmente superam os efeitos indesejáveis, mas a confiança na magnitude desses efeitos não é forte, utiliza-se o verbo considerar, significando que a intervenção diagnóstica ou terapêutica deve ser realizada com cautela e levando em consideração outras informações. Os interessados em se aprofundar no tema e avaliar as evidências que embasaram as recomendações podem consultar os documentos fonte para elaboração deste protocolo. Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 8 Racionalidade O tromboembolismo venoso (TEV) é uma causa importante de morbidade e mortalidade materna, notadamente nos países de renda alta. No Brasil, embora não figure entre as principais causas de mortalidade, a sua prevenção, diagnóstico e manejo adequados na gravidez, parto e peuerpério pode contribuir para a redução da mortalidade materna. Protocolos elaborados com as melhores informações científicas e colocados em prática pelos seus usuários, podem impactar positivamente nesses indicadores. Recomendações Profilaxia do TEV Uma avaliação padronizada do risco de TEV deve ser realizada durante toda a gravidez e após o parto em todos os momentos onde houver contato com o serviço, incluindo os quatro pontos mais importantes: 1. Primeira consulta de pré-natal/Assistência pré-natal ambulatorial; 2. Internação durante a gravidez (não para o parto); 3. Internação para o parto, cesariana ou parto vaginal; 4. Anticoagulação estendida após a alta Primeira consulta de pré-natal/Assistência pré-natal ambulatorial • Toda mulher grávida deve ser avaliada para risco de TEV na primeira consulta de pré-natal e consultas subsequentes; • A profilaxia do TEV deve ser iniciada baseada na existência de fatores de risco de acordo com a tabela 1 e algoritmo 1; • A pacientes deverão ser estratificadas de acordo com os fatores de risco em códigos de cores: Baixo Risco (verde), Médio Risco (amarelo) e Alto Risco (vermelho); • Mulheres com uma história prévia de TEV não relacionada ao uso de estrógenos, provocado por um fator de risco menor ou idiopático, devem ser submetidas a uma pesquisa para trombofilia já que isto pode influenciar a conduta e as decisões em relação à tromboprofilaxia; • A profilaxia durante a gravidez deve começar o mais cedo possível; • As heparinas de baixo peso molecular (HBPM) devem ser os agentes de escolha para a tromboprofilaxia. Estas são tão efetivas quanto a heparina não fracionada (HNF) mas mais seguras; • Na indisponiblidade de HBPM, a HNF pode ser utilizada nas doses recomendadas (Ver tabela 2); Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 9 • As mulheres que estiverem em uso de HBPM devem ser orientadas para a suspensão da dose seguinte da medicação se apresentarem qualquer sangramento vaginal; • Mulheres de alto risco extremo como as portadoras de deficiência de Antirombina III, com válvulas cardíacas mecânicas ou episódio recente/agudo de TEV que estiverem em uso de warfarin, inibidores anti-Xa ou inibidores antitrombina diretos devem ter o tratamento modificado para HBPM; o Nestes casos, a decisão deve ser compartilhada com hematologista e/ou cardiologista; Tromboprofilaxia após 36 semanas de gestação As seguintes opções de manejo da tromboprofilaxia após 36 semanas devem ser consideradas: • Interromper a dose terapêutica ou profilática de HBPM 12 horas antes de indução planejada do parto ou 24 horas antes de cesariana planejada; • Interromper a HBPM no início dos sintomas de trabalho de parto ou evidência de ruptura espontânea das membranas; • Transição para baixa dose de HNF (5000 UI por via subcutânea de 12 em 12 horas); • Transição para HNF 10.000 UI por via subcutânea de 12 em 12 horas; • Para pacientes de extremo alto risco de TEV recorrente (vide acima) em uso de doses terapêuticas de HNF ou HBPM e parto planejado, converter para infusão intravenosa de HNF 24 horas antes, com descontinuidade 6 horas antes do momento esperado para o parto. o Nestes casos, compartilhar a decisão com a equipe de anestesiologia. Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 10 Tabela 1. Profilaxia do TEV na primeira consulta de pré-natal/assistência pré- natal ambulatorial História Clínica Risco Manejo • Trombofilia de baixo risco isolada (ver definições abaixo) • Trombofilia de baixo risco com história familiar de TEV • TEV anterior provocado BAIXO Nenhum tratamento • TEV anterior idiopático • TEV anterior na gravidez ou associado ao uso de contraceptivos contendo estrógeno • TEV anterior com trombofilia de baixo risco • História familiar de TEV com trombofilia de alto risco • Trombofilia de alto risco ou Síndrome Antifosfolípide (SAF) MÉDIO HBPM ou HNF em doses profiláticas (ver tabela 2) • TEV atual ou outras condições necessitando doses terapêuticas de anticoagulantes • Múltiplos episódios anteriores de TEV • TEV anterior com trombofilia de alto risco • TEV anterior com SAF ALTO HBPM ou HNF em doses terapêuticas (ver tabela 2) Acompanhamento no pré-natal de alto risco e avaliação de hematologista DEFINIÇÕES SAF = Síndrome Antifosfolípide – este diagnóstico requer pelo menos um critério clínico e um critério laboratorial (ver quadro 1) História Familiar de TEV: TEV em um parente de primeiro grau antes dos 50 anos de idade Trombofilia de alto risco: Deficiência de antitrombina III, mutação homozigótica para o Fator V Leiden ou para o gene da Protrombina ou heterozigótica composta para ambos Trombofilia de baixo risco: Mutação heterozigótica para o Fator V Leiden ou para o gene da Protrombina isoladas, Deficiência de Proteína C ou S TEV provocado: TEV associado a risco temporário tais como: cirurgia de grande porte ou ortopédica, cateterismo, imobilização prolongada Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 11 Algoritmo 1. Primeira consulta de pré-natal: Avaliação de Risco de TEV • TEV atual? • Outras condições que requerem uso terapêutico de anticoagulante? ALTO RISCO Anticoagulação terapêutica Referir para Pré-natal de Alto Risco Acompanhamento com hematologista MÉDIO RISCO Anticoagulação profilática BAIXO RISCO Nenhuma anticoagulação Em uso de anticoagulante? História de TEV? • Idiopático? • Relacionado à gravidez ou uso de contraceptivos contendo estrógeno? • Com Trombofilia de Alto Risco? • Com Síndrome Antifosofolípide (SAF)? • Episódios múltiplos de TEV? • Provocado? História de Trombofilia? • Trombofilia de alto risco ou SAF independente de história familiar de TEV? • Trombofilia de baixo risco independente de história familiar de TEV? Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 12 Tabela 2. Doses das principais heparinas na gravidez Heparina Esquema Dose Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) Profilático Enoxaparina (via subcutânea – SC): < 50 kg = 20 mg/dia 50–90 kg = 40 mg/dia 91–130 kg = 60 mg/dia 131–170 kg = 80 mg/dia > 170 kg = 0,6 mg/Kg/dia Dalteparina (via subcutânea – SC): < 50 kg = 2500 UI/dia 50–90 kg = 5000 UI/dia 91–130 kg = 7500 UI/dia 131–170 kg = 10.000 UI/dia > 170 kg = 75 UI/Kg/dia Intermediário ou profilático de alta dose Enoxaparina – ajustar a dose profilática inicial com o aumento de peso na gravidez até 1 mg/Kg uma vez ao dia Dalteparina – ajustar a dose profilática inicial com o aumento de peso na gravidez para até 100 UI/Kg uma vez ao dia Terapêutico (considerar peso pré- gravídico ou do início da gravdez) Enoxaparina (via subcutânea – SC): < 50 kg = 40 mg 2X/dia ou 60 mg 1X/dia 50–69 kg = 60 mg 2X/dia ou 90 mg 1X/dia 70–89 kg = 80 mg 2X/dia ou 120 mg 1X/dia 90–109kg = 100 mg 2X/dia ou 150 mg 1X/dia 110–125 kg = 120 mg 2X/dia ou 180 mg 1X/dia > 125 kg = consultar hematologista Dalteparina (via subcutânea – SC): < 50 kg = 5.000 UI 2X/dia ou 10.000 1X/dia 50–69 kg = 6.000 UI 2X/dia ou 12.000 1X/dia 70–89 kg = 8.000 UI 2X/dia ou 16.000 1X/dia 90–109 kg = 10.000 UI 2X/dia ou 20.000 1X/dia 110–125 kg = 12.000 UI 2X/dia ou 24.000 1X/dia > 125 kg = consultar hematologista Heparina não fracionada (HNF) Profilático 5 000 UI SC de 12 em 12 horas Intermediário ou profilático de alta dose Primeiro trimestre: 5.000 a 7500 UI SC de 12 em 12 hrs Segundo trimestre: 7.500 a 10.000 UI SC de 12 em 12 hrs Terceiro trimestre: 10.000 UI SC de 12 em 12 horas Terapêutico Infusão contínua IV baseada no peso (ver tabela 11) ou 10.000 UI ou mais SC de 12 em 12 horas em doses ajustadas para TTPa em níveis terapêuticos (1,5-2,5) 6 horas após a injeção Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 13 Quadro 1 – Critérios de classificação revisados para a síndrome antifosfolípide (SAF) A síndrome antifosfolípide está presente se pelo menos um dos critérios clínicos e um dos critérios laboratoriais que se seguem estiverem presentes* Critérios clínicos 1. Trombose vascular¶ Um ou mais episódios clínicosΔ de trombose arterial, venosa ou de pequenos vasos◊, em qualquer tecido ou órgão. A trombose deve ser confirmada por critérios objetivos validados (ou seja, achados inequívocos de estudos de imagem apropriados ou histopatologia). Para confirmação histopatológica, a trombose deve estar presente sem evidências significativas de inflamação na parede do vaso. 2. Morbidade da gravidez a. Uma ou mais mortes inexplicáveis de um feto morfologicamente normal na 10ª semana de gestação, com morfologia fetal normal documentada por ultrassom ou por exame direto do feto; OU b. Um ou mais nascimentos prematuros de um recém-nascido morfologicamente normal antes da 34ª semana de gestação por causa de: (i) eclâmpsia ou pré-eclâmpsia grave definida de acordo com as definições padrão, ou (ii) características reconhecidas de insuficiência placentária§; OU c. Três ou mais abortos espontâneos consecutivos inexplicáveis antes da 10ª semana de gestação, com exclusão de anormalidades anatômicas ou hormonais maternas e causas cromossômicas paternas e maternas. Em estudos de populações de pacientes com mais de um tipo de morbidade da gravidez, os pesquisadores são fortemente incentivados a estratificar os grupos de indivíduos de acordo com a, b ou c acima. Critérios laboratoriais¥ 1. AL presente no plasma, em duas ou mais ocasiões com pelo menos 12 semanas de intervalo, detectada de acordo com as diretrizes da Sociedade Internacional sobre Trombose e Hemostasia (Subcomitê Científico sobre ALs/anticorpos fosfolipídes-dependentes). 2. aCL IgG e/ou isótipo IgM em soro ou plasma, presente em títulos médios ou elevados (ou seja, >40 GPL ou MPL, ou > percentil 99), em duas ou mais ocasiões, com pelo menos 12 semanas de intervalo, medido por um teste ELISA padronizado. 3. Anticorpo anti-beta-2 glicoproteína-I IgG e/ou isótipo IgM em soro ou plasma (em título > percentil 99), presente em duas ou mais ocasiões, com pelo menos 12 semanas de intervalo, medido por um ELISA padronizado, de acordo com procedimentos recomendados. AL: anticoagulante lúpico; aCL: anticorpo anticardiolipina; Ig: imunoglobulina; ELISA: ensaio imunoabsorvente ligado à enzima; SAF: síndrome antifosfolípide; aFL: anticorpos antifosfolípide; LDL: lipoproteína de baixa densidade; HDL: lipoproteína de alta densidade; TFG: taxa de filtração glomerular. ¶ Fatores coexistentes ou adquiridos para trombose não são razões para excluir pacientes de ensaios de SAF. No entanto, dois subgrupos de pacientes de SAF devem ser reconhecidos, de acordo com: (a) a presença; e (b) a ausência de fatores de risco adicionais para trombose. Os casos indicativos (mas não exaustivos) incluem: idade (>55 em homens e >65 em mulheres) e a presença de qualquer um dos fatores de risco estabelecidos para doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, diabetes mellitus, LDL elevado ou colesterol HDL baixo, tabagismo, histórico familiar de doenças cardiovasculares prematuras, índice de massa corporal ≥30 kg/m2, microalbuminúria, estimativa de TFG <60 mL/minuto), trombofilias hereditárias, contraceptivos orais, síndrome nefrótica, malignidade, imobilização e cirurgia. Assim, os pacientes que preencherem critérios devem ser estratificados de acordo com as causas contribuintes da trombose Δ Um episódio trombótico no passado poderia ser considerado como um critério clínico, desde que a trombose seja comprovada por meios diagnósticos adequados e que nenhum diagnóstico alternativo ou causa de trombose seja encontrado. ◊ trombose venosa superficial não está incluída nos critérios clínicos § Características geralmente aceitas de insuficiência placentária incluem: (i) testes de vigilância fetal anormais ou não-tranquilizadore(s), por exemplo, uma CTG de repouso não reativa, sugestiva de hipoxemia fetal; (ii) Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 14 dopplerfluxometria anormal sugestiva de hipoxemia fetal, por exemplo, fluxo diastólico final ausente na artéria umbilical; (iii) oligohidrâmnio, por exemplo, um índice de líquido amniótico de 5 cm ou menos; ou (iv) um peso ao nascer menor que o percentil 10 para a idade gestacional. ¥ Os investigadores são fortemente aconselhados a classificar pacientes de SAF nos estudos em uma das seguintes categorias: I, mais de um critério laboratorial presente (qualquer combinação); IIa, AL presente sozinho; IIb, anticorpo aCL presente sozinho; IIc, anticorpo anti-beta-2 glicoproteína-I presente sozinho. Fonte: UpToDate, 2021 Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 15 Internação durante a gravidez • Todas as mulheres admitidas no Hospital durante a gravidez devem ser estimuladas a deambular, manter hidratação adequada e utilizar profilaxia mecânica enquanto estiverem no leito; • Outras estratégias de tromboprofilaxia devem ser adotadas de acordo com os fatores de risco da Tabela 3 e algoritimo 2. Tabela 3. Profilaxia do TEV na internação durante a gravidez Estimular deambulação e evitar desidratação para as mulheres em todos os níveis de risco História Clínica Risco Manejo Todas as pacientes não classificadas na categoria de alto risco com duração antecipada da internação < 72 horas BAIXO • Profilaxia mecânica enquanto estiver no leito iniciada no momento da admissão e mantida até a alta • Reavaliar em 72 horas Todas as pacientes não classificadas na categoria de alto risco com duração antecipada da internação > 72 horas MÉDIO • Profilaxia mecânica enquanto estiver no leito iniciada no momento da admissão e mantida até a alta MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas (ver tabela 2) • Trombofilia de alto risco ou Síndrome Antifosfolípide (SAF) sem TEV anterior, independente de história familiar • TEV anterior idiopático ou associado ao uso de contraceptivos contendo estrógeno • Trombofilia de baixo risco E história familiar de TEV OU um único episódio anterior de TEV ALTO • Profilaxia mecânica enquanto estiver no leito iniciada no momento da admissão e mantida até a alta MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas (ver tabela 2) • Pacientes já em uso de HBPM ou HNF • Múltiplos episódios anteriores de TEV • TEV anterior com trombofilia de alto risco • TEV anterior com SAF • Profilaxia mecânica enquanto estiver no leito iniciada no momento da admissão e mantida até a alta MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas ou terapêuticas consistentes com doses anteparto DEFINIÇÕES Profilaxia mecânica: Dispositivo mecânico ou meias elásticas de Compressão Gradual até a altura do joelho Ver tabela 1 Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravideze Puerpério 16 Internação para o parto, cesariana ou parto vaginal; • Todas as mulheres admitidas para assistência ao parto, cesariana ou parto vaginal devem ser avaliadas para os fatores de risco para tromboembolismo (ver tabelas 4, 5 e 6); • As estratégias de tromboprofilaxia dependerão do tipo de parto, vaginal ou cesariana (ver tabelas 5 e 6); • A tromboprofilaxia deve ser realizada de acordo com a estratificação em Baixo Risco (verde), Médio Risco (amarelo) e Alto Risco (vermelho); • Todas as mulheres devem ser encorajadas a se mobilizarem durante o trabalho de parto e após o parto vaginal ou cesariana. A desidratação deve ser evitada Algoritmo 2. Internação durante a gravidez: Avaliação de Risco de TEV ALTO RISCO • Profilaxia mecânica enquanto estiver no leito MAIS HBPM ou HNF na admissão mantida até a alta • A dose de HEPARINA (profilática ou terapêutica) depende do risco de TEV • Dose profilática ou terapêutica consistente com dose ambulatorial se em anticoagulação anteparto • Dose profilática se: o TEV provocado anterior OU o Trombofilia de baixo risco MAIS histórico familiar de TEV • Em anticoagulação? • História pessoal de qualquer TEV? • Trombofilia de alto risco? • Trombofilia de baixo risco MAIS história familiar de TEV? sim não Duração antecipada da internação > 72 horas? sim MÉDIO RISCO • Profilaxia mecânica enquanto estiver no leito MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas na admissão mantida até a alta não BAIXO RISCO • Profilaxia mecânica enquanto estiver no leito MAIS • Reavaliar em 72 horas • Não há necessidade de profilaxia farmacológica em trombofilia de baixo risco isolada Estimular deambulação e evitar desidratação para as mulheres em todos os níveis de risco Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 17 Tabela 4. Fatores de risco para TEV – Cesariana Fatores de Risco Maiores Fatores de Risco Menores • IMC > 35 kg/m2 • Trombofilia de baixo risco • Hemorragia pós-parto necessitando de: o Transfusão ou tratamento cirúrgico (e.x. suturas compressivas, histerectomia, curetagem); • Infecção necessitando antibióticos • Hospitalização ≥ 72 horas, atual ou no último mês; • Patologias crônicas: Doença Falciforme, Lupus Eritematoso Sistêmico, Cardiopatia Significante, Doença Inflamatória Intestinal Crônica ativa, Câncer ativo, Síndrome Nefrótica. • Gestação mútipla • Idade > 40 • Hemorragia Pós-parto ≥1000 ml mas sem necessitar: o Transfusão ou tratamento cirúrgico (e.x. suturas compressivas, histerectomia, curetagem); • História familiar de TEV (em parente de primeiro grau antes dos 50 anos) • Tabagismo • Pré-eclâmpsia Mulheres com um fator de risco maior ou dois fatores de risco menores devem receber profilaxia farmacológica após a cesariana (ver tabela 5) Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 18 Tabela 5. Profilaxia do TEV – Cesariana Estimular deambulação e evitar desidratação para as mulheres em todos os níveis de risco Todas as mulheres após uma cesariana devem receber profilaxia mecânica até deambulação completa História Clínica Risco Manejo Todas as pacientes não classificadas nas categorias de médio ou alto risco BAIXO • Profilaxia mecânica antes da cesariana e mantida até deambulação completa Cesariana com 1 Fator de Risco Maior ou > 2 Menores (Ver Tabela 4) MÉDIO • Profilaxia mecânica antes da cesariana e mantida até deambulação completa MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas até a alta (ver tabela 2) • Trombofilia de alto risco ou Síndrome Antifosfolípide (SAF) sem TEV anterior, independente de história familiar • TEV anterior idiopático, provocado ou associado ao uso de contraceptivos contendo estrógeno • Trombofilia de baixo risco E história familiar de TEV OU um único episódio anterior de TEV ALTO • Profilaxia mecânica antes da cesariana e mantida até deambulação completa MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas (ver tabela 2) até 6 semanas após o parto • Pacientes já em uso de HBPM ou HNF • Múltiplos episódios anteriores de TEV • TEV anterior com trombofilia de alto risco (incluindo SAF) • Profilaxia mecânica antes da cesariana e mantida até deambulação completa MAIS • HBPM ou HNF em doses terapêuticas (ver tabela 2) até 6 semanas após o parto DEFINIÇÕES Profilaxia mecânica: Dispositivo ou meias elásticas de Compressão Gradual até a altura do joelho Ver tabela 1 Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 19 Tabela 6. Profilaxia do TEV – Parto vaginal Estimular deambulação e evitar desidratação para as mulheres em todos os níveis de risco História Clínica Risco Manejo • IMC no parto > 40 kg/m2 BAIXO • Estimular deambulação • IMC no parto > 40 kg/m2 MAIS • Hospitalização ≥ 72 horas, atual ou no último mês MÉDIO • Estimular deambulação MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas até a alta (ver tabela 2) • IMC no parto > 40 kg/m2 MAIS • Trombofilia de baixo risco • Estimular deambulação MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas. Considerar manter até 6 semanas após o parto (ver tabela 2) • Trombofilia de alto risco ou Síndrome Antifosfolípide (SAF) sem TEV anterior, independente de história familiar • TEV anterior idiopático, provocado ou associado ao uso de contraceptivos contendo estrógeno • Trombofilia de baixo risco E história familiar de TEV OU um único episódio anterior de TEV ALTO • Estimular deambulação MAIS • HBPM ou HNF em doses profiláticas (ver tabela 2) até 6 semanas após o parto • Pacientes já em uso de HBPM ou HNF • Múltiplos episódios anteriores de TEV • TEV anterior com trombofilia de alto risco (incluindo SAF) • Estimular deambulação MAIS • HBPM ou HNF em doses terapêuticas (ver tabela 2) até 6 semanas após o parto (doses pós-parto > doses anteparto) DEFINIÇÕES Profilaxia mecânica: Dispositivo ou meias elásticas de Compressão Gradual até a altura do joelho Ver tabela 1 Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 20 Início/reinício da tromboprofilaxia após o parto, bloqueio neuroaxial e uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINES) • Após parto vaginal sem anestesia regional ou cesariana sob anestesia geral, a tromboprofilaxia com HBPM/HNF pode ser iniciada ou reiniciada em 6 horas; • Ver tabela 7 para as recomendações de uso de heparinas e bloqueio neuroaxial; • AINES por via oral podem ser utilizados concomitantemente com HBPM/HNF em doses profiláticas ou após bloqueio neuraxial não complicado; • AINES não devem ser utilizados concomitantemente com HBPM/HNF em doses terapêuticas; • Após bloqueio neuroaxial complicado ou com ocorrência de sangramento durante a introdução da agulha ou cateter deve-se aguardar 24 horas antes de começar ou reiniciar a tromboprofilaxia com HBMP/HNF. Tabela 7. Bloqueio Neuraxial e intervalos de doses de heparinas1 Heparina Intervalo entre última dose e bloqueio Intervalo entre a última dose e retirada do cateter Intervalo entre punção e próxima dose Intervalo entre retirada do cateter e próxima dose HBPM Profilática > 12 hs > 12 hs > 12 hs > 4 hs Terapêutica > 24 hs > 24 hs > 24 hs > 4 hs HNF Via endovenosa 4-6 hs* 4-6 hs* 1 hora 1 hora Via subcutânea ≤ 15.000 UI/dia 4-6 hs 4-6 hs 1 hora 1 hora > 15-20.000 UI/dia 12 hs 12 hs 1 hora 1 hora > 20.000 UI/dia 24 hs 24 hs 1 hora 1 hora NOTAS 1 – De acordo com recomendações da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.bjan.2020.02.006. Acesso em: 07/out/2021. * Verificar coagulação. https://doi.org/10.1016/j.bjan.2020.02.006 Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 21 Anticoagulação profilática de duração estendida após a alta • Mulheres com alto risco de desenvolvertromboembolismo deverão receber anticoagulação de duração estendida por 6 semanas após o parto (vide tabela 8); • Mulheres de alto risco extremo como as portadoras de deficiência de Antirombina III, com válvulas cardíacas mecânicas ou episódio recente/agudo de TEV deverão ser referidas para consulta com hematologista; Diagnóstico do TEV Trombose venosa profunda (TVP) • Suspeitar de TVP diante da presença dos seguintes sintomas: • Dor e desconforto em membro inferior, principalmente o esquerdo, na ausência de trauma. o Diante da presença de sintomas isolados em membro inferior direito, a probabilidade de TVP é muito baixa; • Edema, dor à palpação e/ou aumento da temperatura no membro afetado; Tabela 8. Anticoagulação de Duração Estendida após a Alta História Clínica Risco Manejo • Trombofilia de baixo risco BAIXO Nenhuma anticoagulação • TEV anterior idiopático, provocado ou associado ao uso de contraceptivos contendo estrógeno • TEV anterior com trombofilia de baixo risco • História familiar de TEV com trombofilia de alto risco • Trombofilia de alto risco ou Síndrome Antifosfolípide (SAF) sem TEV anterior, independente de história familiar de TEV • Trombofilia de baixo risco E história familiar de TEV MÉDIO HBPM ou HNF em doses profiláticas até 6 semanas após o parto (ver tabela 2) • Pacientes já em anticoagulação de longo prazo antes da gravidez por TEV ou qualquer outro motivo • Múltiplos episódios anteriores de TEV • TEV anterior com trombofilia de alto risco (incluindo SAF) ALTO HBPM ou HNF em doses terapêuticas (ver tabela 2) até 6 semanas após o parto (dose pós-parto > dose anteparto) Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 22 • Aumento da circunferência ao nível da panturrilha ≥ 2 cm no membro afetado em relação ao não afetado; • Pode estar presente dor abdominal em flanco, nádegas ou região lombar devido à presença de trombo na pelve ou veia ilíaca; • O sinal de Homan (dor à dorsoflexão do pé) não deve ser utilizado no processo diagnóstico devido à sua baixa confiabilidade; • Na anamnese indagar sobre sintomas sugestivos de embolia pulmonar; • Na presença de sinais sugestivos de TVP solicitar ultrassom de compressão do membro afetado com visualização de todo o sistema venoso proximal – resultado positivo confirma TVP; • Se o resultado do ultrassom for negativo ou equívoco e houver suspeita de trombose em veia ilíaca (edema de todo o membro, com ou sem dor no flanco, nádegas ou lombar) solicitar ultrassom com Doppler da veia ilíaca – ausência de fluxo ao doppler confirma TVP; • Considerar repetir exame de imagem em 3 ou 7 dias caso os resultados sejam negativos e a suspeita continua; • O D-dímero não deve ser utilizado no diagnóstico de TVP na gravidez; Trombo-embolia Pulmonar (TEP) Apresentação clínica • Embora não específicos suspeitar de TEP na presença dos seguintes sinais e sintomas clínicos: o Dispneia, dor torácica, pré-síncope, síncope ou hemoptise; o Instabilidade hemodinâmica, que pode ser rara, mas indicativa de TEP central ou extenso se houver redução grave da reserva cardíaca (ver tabela 9); o Síncope que está associada com maior prevalência de instabilidade hemodinâmica e disfunção ventricular direita; o Síncope com outra causa alternativa (TEP não deve ser descartada). o A presença de fatores de risco (tabelas 3, 4 e 6) associada aos sinais e sintomas clínicos fortalece a suspeita diagnóstica; o Em alguns casos a TEP pode ser encontrada incidentalmente em pacientes assintomáticas durante processos diagnósticos para outras patologias; • Outros achados que podem estar presentes são: o Hipoxemia; o Hipocapnia e alcalose respiratória; Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 23 o Rx de tórax anormal – não específico, mas pode excluir outras causas de dispneia e dor torácica; o Alterações no ECG compatíveis com sobrecarga ventricular direita (inversão de onda T em V1_V4, padrão Qr em V1, padrão S1Q3T3, bloqueio incompleto ou completo de ramo atrioventricular direito); o Taquicardia sinusal; o Arritmias atriais, mais comum fibrilação. Regras de Predição Clínica e D-dímero • Em pacientes com suspeita de TEP avaliar a probabilidade clínica pré-teste de acordo com as regras de predição de Genebra (ver tabela 10); • Em caso de probabilidade clínica pré-teste alta iniciar tratamento (ver adiante) e progredir com a propedêutica (ver algoritmo 3); • Em caso de probabilidade clinica intermediária ou baixa, solicitar D-dímero; • Se D-dímero positivo (≥ 500 mcg/L em unidades FEU) iniciar tratamento (ver adiante) e progredir com a propedêutica (ver algoritmo 3); o Prestar atenção nas unidades de medida do D-dímero. Se resultado em mcg/mL FEU, converter para mcg/L FEU multiplicando por 1.000. Se resultado em ng/mL FEU equivale ao mesmo valor em mcg/L FEU. Se resultado em unidades DDU multiplicar valor por 2 para obter unidades FEU. Exemplos: resultado do laboratório = 1,5 mcg/mL FEU X 1.000 = 1.500 mcg/L FEU; resultado = 1.500 ng/mL FEU = 1.500 mcg/L FEU; resultado = 750 mcg/L DDU X 2 = 1.500 mcg/L FEU. • Se D-dímero negativo descartar TEP. Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 24 Exames de imagem • Em caso de probabilidade clínica pré-teste alta ou probabilidade clinica intermediária com D-dímero positivo (≥ 500 mcg/L FEU) solicitar Rx de tórax e ,se presentes sinais sugestivos de TVP, ultrassom compressivo de m.i. (ver algoritmo 3); • Se ultrassom confirmar TVP, manter tratamento (ver adiante) e transferir paciente para CTI para continuidade do cuidado – nesse caso não há necessidde de exame de imagem adicional; • Se ultrassom não confirmar TVP , manter tratamento (ver adiante) e transferir paciente para continuidade propedêutica (Angiografia Pulmonar por Tomografia Computadorizada – Angio TC ou Cintilografia Pulmonar de Perfusão); Tabela 9. Definição de instabilidade hemodinâmica na presença de TEP aguda de alto risco (uma das manifestações seguintes) (1) Parada Cardíaca (2) Choque Obstrutivo (3) Hipotensão Persistente Necessidade de ressuscitação cardiopulmonar PAS < 90 mmHg ou necessidade de vasopressores para manter PAS ≥ 90 mmHg apesar de pressão de enchimento capilar adequada E Hipoperfusão de órgãos-alvo (estado mental alterado; pele fria e pegajosa; oligúruia/anúria; aumento do lactato) PAS < 90 mmHg ou queda de ≥ 40 mmHg na PAS durando mais que 15 min não causada por arritmia nova, hipovolemia ou sepse Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 25 Tabela 10. Regras revisadas da predição de Genebra para TEP Itens Pontos da regra de decisão Versão original Versão simplificada TEP ou TVP prévio 3 1 Frequência cardíaca 75-94 b.p.m. 3 1 >_95 b.p.m. 5 2 Cirurgia ou fratura no último mês 2 1 Hemoptise 2 1 Câncer ativo 2 1 Dor unilateral em m.i 3 1 Dor à palpação de trajeto venoso profundo e edema em m. i. unilateral 4 1 Idade >65 anos 1 1 Probabilidade Clínica Escore de três níveis Baixa 0-3 0-1 Intermediária 4-10 2-4 Alta >_11 >_5 Escore de dois níveis TEP-improvável 0-5 0-2 TEP-provável >_6 >_3 Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 26 Algoritmo 3. Diagnóstico de TEP na gravidez e puerpério (≤ 6 semanas pós-parto) SUSPEITA DE TEP Probabilidade clínica pré-teste alta OU Intermediária/baixa E D-dímero positivo. • Rx de tóraxa • Ultrassom de compressão de m.i. se sinais sugestivos de TVPb Iniciar anticoagulação TVP proximal presente • TEP a confirmar • Continuar tratamento com HPBPM em doses terapêuticas • Transferir para continuidade da propedêutica (Angio TC ou Cintilografia de Perfusão) • TEP confirmada • Continuar tratamento comHPBPM em doses terapêuticas • Transferir para CTI para continuidade do cuidado TVP proximal ausente aSe Rx de tórax anormal, considerar causas alternativas para os sintomas. bTVP em veias pélvicas não pode ser descartada pelo US de m.i.. Se todo o membro estiver edemaciado ou houver dor nas nádegas ou outros sintomas sugestivos de trombose pélvica, providenciar US com Doppler de veia pélvica ou transferir paciente para propedêutica adicional (venografia por ressonância magnética) Fonte: adaptado de ESC, 2020 Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 27 Manejo do TEV Abordagem Geral • Diante da suspeita de TVP isolada (sem evidência clínica ou suspeita de TEP agudo), a terapia anticoagulante pode ser retardada até a confirmação diagnóstica se o US de compressão for ser realizado em tempo hábil; • Se já se antecipa demora para a confirmação diagnóstica e a probabilidade de TVP for moderada ou alta (ex. sintomas no m.i.e, circunferência ao nível da panturrilha ≥ 2 cm no membro afetado, primeiro trimestre ou análise subjetiva a critério do examinador), a terapia anticoagulante deve ser iniciada e caso o TVP seja descartado, suspender; • Se a probabilidade de TVP for baixa (ausência dos critérios já descritos acima) não iniciar anticoagulação antes do resultado do ultrassom; • Diante da suspeita de TEP com probabilidade clínica pré-teste alta ou baixa/intermediária (ver tabela 10) com D-dímero positivo, a terapia empírica antiocoagulante deve ser iniciada antes da avaliação diagnóstica definitiva. Se houver sintomas de TVP e possibilidade de realização de US de compressão em tempo hábil, este deve ser realizado. Independente do resultado do US a paciente deverá ser transferida para continuidade do tratamento ou para propedêutica adicional (ver algoritmo 3); Anticoagulação inicial • Assim que for determinado que a anticoagulação está indicada, ela deve ser iniciada utilizando heparina de baixo peso molecular (HBPM) por via subcutânea ou heparina não fracionada (HNF) por via endovenosa ou subcutânea; • HBPM por via subcutânea deve ser o agente de escolha, com doses baseadas no peso da mulher logo antes de engravidar ou do início da gravidez (ver tabela 2); • HNF endovenosa deve ser preferida em casos de pacientes com risco elevado de sangramento ou TEP aguda de alto risco (ver tabela 9) ou quando não houver disponibilidade de HBPM. o Iniciar a HNF com um “bolus” de 80 UI/Kg seguida de uma infusão de 18 UI/kg/hora; o Solicitar TTPa 6 horas após o início da infusão; o A velocidade deve ser ajustada a cada 6 horas até o TTPa atingir níveis terapêuticos; o Ver tabela 11 para ajuste de doses de HNF de acordo com o peso e níveis de TTPa. • HNF subcutânea, assim como a endovenosa, deve ser preferida para pacientes com insuficiência renal grave. o Iniciar HNF por via subcutânea na dose de 17.500 UI de 12 em 12 horas; o Solicitar TTPa 6 horas após a segunda dose; Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 28 o A dose deve ser ajustada a cada 6 horas até o TTPa atingir níveis terapêuticos (1,5-2,5) 6 horas após a última dose; o O TTPa deve ser realizado 6 horas após qualquer ajuste da dose e, assim que atingir níveis terapêuticos, ser repetido a cada 3-4 dias; Hospital Sofia Feldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 29 Tabela 11. Protocolo de infusão de HNF baseado no peso e ajuste de infusão baseado nos níveis de TTPa 1. Obter peso da mulher no início da gravidez – as doses devem ser baseadas nele; 2. Solicitar hemograma com plaquetas, coagulograma, testes de função renal e hepática antes de iniciar a HNF; 3. Iniciar com um “bolus” de 80 UI/Kg. Máximo 10.000 UI; 4. Solicitar TTPa 6 horas após a adminsitração do “bolus” inicial; 5. Iniciar infusão a 18 UI/Kg/hr imediatamente após o “bolus” inicial. Máximo 2.000 UI/hr; 6. Ajustar dose e velocidade de infusão de acordo com os níveis de TTPa como a seguir TTPa (seg) “Bolus” (UI/Kg) Interromper Infusão (min) Mudança na Velocidade de Infusão (UI/Kg/hr) Repetir TTPa <40 25 0 Aumentar 3 UI /kg/hr Em 6 hr 40-49 0 0 Aumentar 2 UI/kg/hr Em 6 hr 50-69 0 0 Aumentar 1 UI/kg/hr Em 6 hr 70-110 0 0 Nenhuma mudança Em 6 hr. Se terapêutico em 2 medidas repetir na manhã seguinte 111-120 0 0 Reduzir 1 UI/kg/hr Em 6 hr 121-130 0 60 Reduzir 2 UI/Kg/hr 6 hr após reiniciar infusão 131-140 0 60 Reduzir 3 UI/Kg/hr 6 hr após reiniciar infusão 141-150 0 120 Reduzir 4 UI/Kg/hr 6 hr após reiniciar infusão >150 0 120 Reduzir 5 UI/Kg/hr 6 hr após reiniciar infusão. Médico deve ser notificado Exemplo para uma mulher com 65 kg no início da gravidez 1. Bolus inicial: 80x65 = 5.200 UI EV; 2. Diluir Heparina sódica 5.000 UI/mL – fr./amp 5 mL + 245 mL SF = 25.000/250 mL = 100 UI/mL; 3. Infusão inicial: 18x65 = 1.200 UI/hr = 12 mL/hr em bomba de infusão. 4. Ajustar dose e velocidade de infusão de acordo com os níveis de TTPa como a seguir (Cálculo do aumento ou redução da velocidade de infusão: UI/Kg/hr X Peso/100 = mL/hr arredondado) TTPa (seg) “Bolus” (UI) Interromper Infusão (min) Mudança na Velocidade de infusão Repetir TTPa <40 1600 0 Aumentar 2 mL/hr Em 6 hr 40-49 0 0 Aumentar 1 mL/hr Em 6 hr 50-69 0 0 Aumentar 1 mL/hr Em 6 hr 70-110 0 0 Nenhuma mudança Em 6 hr. Se terapêutico em 2 medidas repetir na manhã seguinte 111-120 0 0 Reduzir 1 mL/hr Em 6 hr 121-130 0 60 Reduzir 1 mL/hr 6 hr após reiniciar infusão 131-140 0 60 Reduzir 2 mL/hr 6 hr após reiniciar infusão 141-150 0 120 Reduzir 3 mL/hr 6 hr após reiniciar infusão >150 0 120 Reduzir 3 mL/hr 6 hr após reiniciar infusão. Médico deve ser notificado Fonte: Adaptação de UpToDate, 2021 Profilaxia, diagnóstico e tratamento do Tromboembolismo Venoso na Gravidez e Puerpério 30 • Os antagonistas da vitamina K (ex. warfarin) não devem ser utilizados na gravidez, podendo ser utilizados no puerpério e durante a amamentação (ver adiante); • Os novos anticoagulantes orais não vitamina K antagonistas (ex. rivaroxaban, apixaban, betrixaban e dabigatran) não devem ser utilizados na gravidez e na amamentação. Anticoagulação terapêutica de manutenção durante a gravidez e após o parto • A anticoagulação com doses terapêuticas de HBPM ou HNF deve ser mantida durante toda a gravidez e por pelo menos 6 meses após o parto e pelo menos 3 meses de duração total do tratamento; • Se foi utilizada HNF endovenosa para a anticoagulação inicial, a transição para a via subcutânea deve ser realizada 5 a 10 dias após o início do tratamento. o Nesse caso, checar o TTPa 6 horas após a primeira dose de HNF subcutânea e 6 horas após cada ajuste na dose até uma dose suficiente para atingir níveis terapêuticos (1,5- 2,5 vezes o controle), a qual deve ser mantida; • Após 36 semanas de gestação, no período peri-parto e pós-parto imediato, seguir as mesmas recomendações da tromboprofilaxia (ver aqui e aqui e tabela 7); • As opções para a terapia anticoagulante de longo prazo após o parto inclui a manutenção da HBPM, HNF sucutânea ou um antagonista de vitamina K (warfarin); Se a opção for pelo uso do warfarin, ele deve ser utilizado juntamente com a heparina por pelo menos 5 dias; • Interromper a heparina quando o RNI alcançar nível terapêutico (2 a 3) por dois dias consecutivos; • Ver tabela 12 para um protocolo de início do uso de warfarin. Tabela 12. Protocolo para início do uso de warfarin Dias de tratamento com warfarin RNI <1,5 RNI 1,5 a 1,9 RNI 2,0 a 3,0 RNI >3,0 Dose inicial sugerida para os dias 1 e 2 Adulto normal 5 mg n/a n/a n/a Biotipo fraco, mal-nutrida, hepatopatia 2,5 mg n/a n/a n/a Dose para o dia 3 e depois Dia 3 5 a 10 mg 2,5 a 5 mg 0 a 2,5 mg Nenhuma Dia 4 10 mg 5 a 7,5 mg 0 a 5 mg Nenhuma Dia 5 10 mg 7,5 a 10 mg 0 a 5 mg Nenhuma Dia 6 7,5 a 12,5 mg 5 a 10 mg 0 a 7,5 mg Nenhuma Fonte: Adaptação de UpToDate, 2021 Hospital SofiaFeldman Protocolos e Diretrizes Clínicas 31 Bibliografia AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. ACOG Practice Bulletin No. 196: Thromboembolism in Pregnancy. Obstetrics & Gynecology, [S.L.], v. 132, n. 1, p. 1-17, jul. 2018. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1097/aog.0000000000002706. Disponível em: https://sci- hub.se/10.1097/AOG.0000000000002706. Acesso em: 13 outubro 2021. BAUER, Kenneth. 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