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SISTEMA DE ENSINO HISTÓRIA História Natural e História Social Livro Eletrônico 2 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Apresentação .....................................................................................................................................................................3 História Natural e História Social ..........................................................................................................................4 1. Introdução ........................................................................................................................................................................4 1.1. O Processo de Humanização e a Dinâmica da Formação das Sociedades Humanas na Pré-História ..................................................................................................................................................................5 1.2. A Organização Sociopolítica, Econômica, Cultural Religiosa do Egito, Núbia, Kush, Ménroe, Napata, Mesopotâmia, Palestina, Fenícia, Pérsia, Grega e Romana, sua Dinâmica, Relações, Rupturas e Transformações ...................................................................................... 10 1.2.1. Egito Antigo ............................................................................................................................................................11 1.2.2. Núbia .........................................................................................................................................................................17 1.2.3. Kush, Ménroe, Napata .....................................................................................................................................18 1.2.4. Mesopotâmica ....................................................................................................................................................20 1.2.5. Fenícios ...................................................................................................................................................................26 1.2.6. Palestina ................................................................................................................................................................ 28 1.2.7. Persas......................................................................................................................................................................32 1.2.8. Grécia .......................................................................................................................................................................34 1.2.9. Roma .........................................................................................................................................................................44 Resumo ................................................................................................................................................................................51 Questões de Concurso ...............................................................................................................................................54 Gabarito ..............................................................................................................................................................................70 Gabarito Comentado ....................................................................................................................................................71 Sumário O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos ApresentAção Olá, aluno(a)! Seja muito bem-vindo(a)! Como está indo nos estudos? Conseguindo assimilar e resolver os exercícios? Qualquer dú- vida ou sugestão, até porque somos pares, não se acanhe em me chamar no fórum de dúvidas. Ah, antes que eu me esqueça, não deixe de avaliar as aulas anteriores, caso ainda não o tenha feito, e, esta, ao final. Nas duas aulas anteriores tratamos dos fundamentos teóricos da História enquanto ciên- cia e dos fundamentos jurídicos que regulamentam o ensino de História enquanto disciplina na Educação Básica. Nesta aula, iniciaremos nossos estudos pela chamada História Natural. Apesar de ser pou- co cobrada pela banca, precisamos falar sobre o tema, a fim de não pecaremos pela falta. Também revisitaremos a Pré-História e a Antiguidade. Vamos começar?! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos HISTÓRIA NATURAL E HISTÓRIA SOCIAL 1. Introdução A nomenclatura História Natural foi utilizada pela primeira vez pelo romano Caio Plínio Se- gundo (conhecido também como Plínio, o Velho), filósofo e naturalista que viveu entre 23 d.C. e 79 d.C. e morreu na famosa erupção do vulcão Vesúvio. Utilizou a expressão para batizar sua obra, uma Enciclopédia de 37 volumes que pretendia deixar um legado da cultura romana. Contudo, a expressão História Natural ganharia significado diferente no Iluminismo. Nos séculos XVIII e XIX, o termo história natural era usado com frequência, a fim de designar todos os estudos científicos, contrapondo-os à história política ou eclesiástica. Nesse sentido, a obra “A História Natural” é uma das mais importantes empreitadas científicas do Século das Luzes, levada a cabo por Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon. Foi publicada em 4 volumes, entre 1749 a 1804. O autor procurou reunir nessa obra todo o conhecimento no campo de “ciências naturais” disponível naquele tempo. Como “ciências naturais” incluíam-se também disciplinas que emergem hoje da ciência dos materiais, da física, da química ou da tecnologia. Assim, a área que abrangia incluía todos os aspectos da física, da astronomia, da arqueo- logia e outros. Ainda se encontra este uso nos nomes de algumas instituições, como o Museu de História Natural, em Londres, o Museu Nacional de História Natural (parte da Smithsonian Institution) em Washington, D.C., o Museu Americano de História Natural em Nova Iorque (que publica uma revista chamada Natural History) etc. Contudo, o conceito de história natural é que nos cabe para o estudo é outro, diz respeito a história da natureza. Nesses termos, a erupção do Vesúvio, em 79 d.C., foi um evento de história natural. Seus efeitos, seus impactos na história do homem, no entanto, fazem parte da história social. Enquanto a história natural trata do passado das rochas, dos vulcões, dos rios e oceanos, a história social trata do passado da humanidade, do convívio dos seres humanos em socie- dade. Desse modo, nossos comportamentos são resultado da vivência, da nossa relação com os outros. Nada relativo ao comportamento humano é natural, como frequentemente qualificamos atitudes que nos parecem comuns, esperadas. Deveríamos utilizar a expressão “é social” em vez de “é natu- ral” (Jaime Pinsky) Não há dúvida de que o comportamento e os valores são diferentes em diferentes socie- dades e mesmo o correto e o incorreto, o legal e o ilegal variam em diferentes agrupamentos humanos em diferentes espaços e tempos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgaçãoou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 001. (UFPE) “Já se afirmou ser a Pré-História uma continuidade da História Natural, havendo uma analogia entre a evolução orgânica e o progresso da cultura.” Sobre a Pré-história, qual das alternativas a seguir é incorreta? a) Várias ciências auxiliam no estudo, como a antropologia, a arqueologia e a química. b) A Pré-história pode ser dividida em Paleolítico e Neolítico, no que se refere ao processo téc- nico de trabalhar a pedra. c) Sobre o Paleolítico, podemos afirmar que foi o período de grande desenvolvimento artístico, cujo exemplo são as pinturas antropomorfas e zoomorfas realizadas nas cavernas. d) O Neolítico apresentou um desenvolvimento artístico diferente do Paleolítico, através dos traços geométricos do desenho e da pintura. e) Os primeiros seres semelhantes ao homem foram o Australopithecus e o Homem de Java que eram bem mais adaptados que o Homem de Neanderthal. O Homem de Neanderthal, que viveu entre 230 e 30 mil anos atrás, foi responsável pela criação de armas complexas e já organizava seus rituais funerários. Chegou a conviver com os primei- ros homens e não tem os motivos de seu desaparecimento ainda esclarecidos. Portanto, a or- denação oferecida pela questão não corresponde ao processo de desenvolvimento do homem na Pré-história. Letra e. 1.1. o processo de HumAnIzAção e A dInâmIcA dA FormAção dAs socIedAdes HumAnAs nA pré-HIstórIA A Pré-História é como conhecemos o período que acompanha a evolução humana a partir do momento que os hominídeos começaram a usar ferramentas de pedra. Encerrou-se com o surgimento da escrita, que aconteceu entre 3500 a.C. e 3000 a.C. A Pré-História é, basicamente, dividida entre Paleolítico, Mesolítico (período intermediá- rio) e Neolítico. Nesses períodos, acompanhamos o desenvolvimento dos hominídeos com a elaboração de novas ferramentas, além do surgimento do homo sapiens sapiens, há cerca de 300 mil anos. A Pré-História é um período da história humana particularmente grande. A sua nomencla- tura e larga duração remetem ao século XIX, quando os primeiros vestígios da vida humana pré-histórica começaram a ser encontrados. Isso porque no século XIX existia a noção de que a História só poderia ser feita por meio de documentos escritos e, assim, todos os aconteci- mentos anteriores ao surgimento da escrita ficaram conhecidos como “Pré-História”. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 002. (CESPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SAEB-BA/2011) O período pré-histórico é o mais lon- go da vida dos seres humanos na Terra. Na realidade, sabe-se muito pouco sobre os nossos antepassados, e as descobertas recentes põem diariamente em xeque as teorias que explicam sua existência e modo de vida. Entretanto, a expressão pré-história continua vigente, tendo como referência as sociedades humanas que: a) desconheciam a escrita. b) viviam em cavernas. c) eram socialmente desorganizadas. d) desprezavam a vida civilizada. Fácil, não é mesmo. O que marca o fim da Pré-história e o início da antiguidade é o surgimento da escrita. Letra a. A Pré-História abrange, aproximadamente, um período que se estende de 3 milhões de anos atrás a 3500 a.C. e é dividida da seguinte maneira: 1.1.1. Paleolítico O período Paleolítico é conhecido também como Idade da Pedra Lascada e esse nome faz referência aos objetos que eram utilizados pelo homem para sua sobrevivência, que eram pro- duzidos exatamente de pedra lascada. Esse período estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 10000 a.C. e foi subdividido em três fases que são Paleolítico Inferior, Médio e Superior. Cada um desses períodos possui as suas particularidades. O Paleolítico Inferior começa a ser contado exatamente quando os hominídeos começaram a ter a habilidade de produzir as primeiras ferramentas para sua sobrevivência. Essas ferramentas foram obra do homo habilis e do homo erectus (o primeiro hominídeo a ficar numa posição totalmente ereta). Essa fase estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 250 mil anos atrás. O Paleolítico Médio compreendeu o período de 250 mil anos atrás a 40000 a.C. e é caracte- rizado, principalmente, pela presença do homem de Neandertal. O homo sapiens já existia nes- sa época, uma vez que seu surgimento aconteceu há 300 mil anos. Os estudos arqueológicos mostram que nesse tempo o estilo de vida do homem tornou-se um pouco mais sofisticado com novas ferramentas sendo elaboradas e com o uso do fogo sendo mais difundido. Por fim, há também o Paleolítico Superior, que foi de 50000 a.C. a 10000 a.C. Nesse perío- do, as ferramentas utilizadas pelo homem passaram a ser elaboradas em grande diversidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Eram produzidos pequenos anzóis, machados, agulhas e até mesmo a arte começou a ser concebida pelo homem. No caso da arte, o destaque vai para a pintura rupestre, realizada nas paredes das cavernas. Abrangendo os três períodos, resumidamente, o Paleolítico é um período em que o homem sobrevivia da coleta e da caça, sendo fundamental, no caso da caça, a elaboração de ferra- mentas para auxiliá-lo na obtenção do alimento. Por depender da caça e coleta, o homem era nômade e mudava de lugar quando os recursos do local que estava instalado ficavam escasso. Como a temperatura geral da Terra era mais amena, sobretudo nos períodos de glaciação, o homem vivia nas cavernas para proteger-se do frio. As ferramentas utilizadas poderiam ser feitas de ossos, pedras e marfim. No fim do Paleolítico, o ser humano começou a experimentar as primeiras experiências religiosas. EXEMPLO O desenvolvimento do estilo de vida dos homens fez com que eles desenvolvessem rituais funerários, por exemplo. 003. (AMEOSC/PROFESSOR DE HISTÓRIA/PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OESTE- -SC/2022) Quais acontecimentos estão associados ao período do Paleolítico? I – Domesticação de animais e agricultura. II – O homo erectus aprendeu a manusear e produzir fogo. III – A consolidação da autoridade eclesiástica. Após análise, marque a alternativa CORRETA: a) Apenas, III está correta. b) Apenas, II. c) I, II e III. d) Apenas, I e II estão corretas. Afirmativa I) Errada. A domesticação de animais ocorreu no neolítico. Afirmativa III) Errada. Não havia instituições religiosas no Paleolítico que exercessem o poder. Letra b. 1.1.2. Mesolítico O Mesolítico é uma fase intermediária entre o Paleolítico e o Neolítico que aconteceu em determinadas partes do mundo. Os especialistas em Pré-História destacam que o Mesolítico aconteceu, sobretudo, em locais onde houve glaciações intensas, na Europa e em partes da Ásia, e estendeu-se entre 13000 a.C. e 9000 a.C. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIADaniel Vasconcellos Esse período marcou a decadência dos agrupamentos humanos que viviam exclusivamen- te da caça em detrimento daqueles que eram caçadores e coletores. Ficou marcado também pelo desenvolvimento da olaria (produção de cerâmica) e da técnica para produção de tecidos. Considera-se o fim desse período o momento em que a agricultura foi desenvolvida. 1.1.3. Neolítico O Neolítico é a última fase do período pré-histórico e estendeu-se de 10000 a.C. até 3000 a.C. Essas datas (que são aproximativas) assinalam dois marcos importantes para a história do desenvolvimento humano. Primeiro, houve o surgimento da agricultura, um importante mar- co para a sobrevivência do homem e, por fim, houve o desenvolvimento da escrita. Com o desenvolvimento da agricultura, o homem conseguiu mudar radicalmente o seu estilo de vida, uma vez que a agricultura permitia o homem fixar-se em um só local (sedentari- zação do homem), sobrevivendo de tudo o que ele produzia. O domínio da agricultura também levou o homem a desmatar a floresta e desenvolver campos de plantio. Junto do desenvolvimento da agricultura veio também a domesticação dos animais, que auxiliava o homem no transporte de carga, na agricultura, como animal de tração, servia de alimento e até mesmo como meio de transporte. Todas essas novidades, que possibilitaram a sedentarização humana, resultaram na formação de enormes agrupamentos humanos que, com o tempo e conforme cresciam, tornaram-se as primeiras cidades do mundo. O Neolítico também ficou marcado pelo desenvolvimento da arquitetura, o que permitia o homem construir casas de pedra e construções megalíticas. Essas últimas, até hoje, não tive- ram sua finalidade muito bem esclarecidas pela arqueologia. A olaria surgiu em muitos lugares e foi aprimorada em outros. Ao passo que os agrupamentos humanos cresciam, as sociedades que se formavam tor- navam-se mais complexas e mais desiguais, uma vez que as pessoas que estavam direta- mente envolvidas com o gerenciamento dos recursos tornavam-se mais importantes e mais influentes. O fim do período Neolítico ficou marcado pelo desenvolvimento da metalurgia, isto é, a capacidade de produzir ferramentas a partir da fundição de metal e pelo desenvolvimento da primeira forma de escrita da humanidade, a escrita cuneiforme. 1.1.4. Idade dos Metais Já na antiguidade, o desenvolvimento de técnicas de fundição de metais possibilitou o abandono progressivo dos instrumentos de pedra. O primeiro metal a ser fundido foi o cobre, posteriormente o estanho. Da fusão desses dois metais, surgiu o bronze, mais duro e resisten- te, com o qual fabricavam espadas, lanças etc. Por volta de 3000 a.C. produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos A metalúrgica do ferro é posterior. Tem início por volta de 1500 a.C., na Ásia Menor. Por ser um minério mais difícil de ser trabalhado difundiu-se lentamente. Em razão da sua superiori- dade para a fabricação de armamentos, o ferro contribuiu para a supremacia dos povos que souberam utilizá-lo com essa finalidade. 004. (IF-SC/PROFESSOR/HISTÓRIA/IF-SC/2015) “No fim do paleolítico – idade da pedra lasca- da – há 12.000 anos, após centenas de milhares de anos de evolução biológica e cultural, as sociedades humanas haviam chegado a fabricar utensílios cada vez mais variados, aperfeiço- ados e especializados, graças aos quais tinham desenvolvido modos de predação (caça, pes- ca, coleta) diferenciados, adaptados aos meios mais diversos. Essa especialização foi acentu- ada no neolítico — idade da pedra polida — e foi ao longo desse último período da Pré-história, menos de 10.000 anos depois, que várias dessas sociedades, entre as mais avançadas do momento, iniciaram a transição da predação à agricultura.” (MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do neolítico à crise contemporâ- nea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília: NEAD, 2010. p. 97) Nesse contexto de transição entre o paleolítico e o neolítico ocorreu a Revolução Neolítica, considerada resultado de inovações tecnológicas que permitiram novas formas de organiza- ção das sociedades humanas. A respeito desse assunto, leia com atenção as afirmações abai- xo e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. ( ) Apesar das diferenças existentes entre as regiões caçadoras-coletoras para as áreas de irradiação da atividade agrícola, os sistemas de linguagem das sociedades pré-históricas não se alteraram. ( ) A existência de grupos humanos agrícolas e grupos pastoris é resultado de uma fragmenta- ção da sociedade pré-histórica, acarretando no desenvolvimento de um sistema técnico espe- cializado em cada um desses grupos e a natural dissociação dos mesmos. ( ) Os cultivos agrícolas neolíticos utilizaram-se das técnicas de derrubada e queimada dos terrenos arborizados, o que resultou em um desmatamento da região que também foi aprovei- tado para o desenvolvimento da pecuária. ( ) O aumento populacional propiciou mudanças no modo de vida, como, por exemplo, o es- tabelecimento de novas formas de moradia. Os grupos humanos saíram das cavernas e se agruparam em pequenos vilarejos a partir de um processo de sedentarização condicionado a uma série de inovações técnicas e tecnológicas. ( ) Um dos centros originários da revolução agrícola neolítica foi o Oriente Próximo. Essa região passou por mudanças climáticas devido ao aquecimento do clima que fez com que as savanas substituíssem a estepe fria, favorecendo a exploração do solo. Assinale a alternativa que con- tém a sequência CORRETA, de cima para baixo. 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A orgAnIzAção socIopolítIcA, econômIcA, culturAl relIgIosA do egIto, núbIA, KusH, ménroe, nApAtA, mesopotâmIA, pAlestInA, FenícIA, pérsIA, gregA e romAnA, suA dInâmIcA, relAções, rupturAs e trAns- FormAções As primeiras civilizações surgiram a mais de 4000 a. C. Primeiramente, é preciso entender que as primeiras civilizações começaram a surgir quando o homem viu a necessidade de uma vida sedentária, ou seja, se fixar em um lugar e deixar a vida nômade de caçador e coletor. Em resumo, aqui o homem conheceu a agricultura. Basicamente, por volta de 4000 a.C., as primeiras civilizações nasceram em volta de gran- des rios. Sobretudo, podemos citar os rios Tigres e Eufrates, na região chamada de Mesopotâ- mia. Além deles, merece destacar o rio Nilo, no Egito, o Indo, na Índia e o rio Amarelo, na China. Essas civilizações são comumente chamadas pelos historiadores de civilizações de regadio ou hidráulicas. Isto porque surgiram da necessidade de aproveitamento dos recursos hídricos. Para o concurso, nos concentraremos apenas na Mesopotâmia e no Egito.Além destas, ainda será preciso nos debruçarmos sobre as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 1.2.1. egIto AntIgo A civilização egípcia surgiu, como já dito, da necessidade de aproveitamento dos recursos hídricos. Várias comunidades surgiram às margens do rio Nilo (nomos: núcleos familiares or- ganizados em pequenas cidades-estado) e enfrentavam problemas como enchentes e secas. Para superar essas questões, foi necessário a organização de um grande contingente de mão de obra para construção de represas e diques. Como a agricultura era difícil – tanto por causa do deserto, quanto por causa da sazonali- dade do rio Nilo –, esses nomos acabaram se unindo com o passar do tempo (não se conhece a data precisa), dando origem a dois reinos: o do Norte (Baixo Egito) e o do Sul (Alto Egito). De acordo com a tradição, o rei Menés teria unificado ambos os reinos por volta do ano 3.000 a.C., tornando-se o primeiro faraó (título do rei egípcio), ou como se dizia na época “o senhor das duas terras”, inaugurando assim a primeira dinastia do Egito. A unificação garantiu a centralização política e administrativa dos vários nomos egípcios, o que facilitou a organização eficaz do trabalho da sociedade nas obras públicas, para manter o controle das águas e a construção de sistemas de irrigação do solo, garantindo a ampliação da agricultura e da pecuária, levando ao crescimento das cidades. A partir de então, os nomos passaram a ser unidades administrativas dentro do Egito, en- globando várias cidades, e os nomarcas passaram a se subordinar diretamente ao faraó. A civilização egípcia desenvolveu-se às margens do rio Nilo, ocupando uma faixa de terra cuja largura média entre 10 e 20 quilômetros e que se estendia por cerca de mil quilômetros. Era extremamente dependente do rio, tanto para a manutenção das atividades agrícolas e a pecuária, como para o transporte de mercadorias e comunicação entre as diversas cidades. 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Durante o Antigo Império foram construídas obras de drenagem e irrigação, que permitiram a expansão da agricultura; são desse período ainda as grandes pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, construídas nas proximidades de Mênfis, a capital do Egito na época. Figura 1 – Pirâmide de Quéops As pirâmides eram túmulos dos faraós. Para o seu interior era levada grande quantidade de objetos que pertenciam ao soberano, como móveis, joias e outros objetos preciosos. Durante o Antigo Império, o faraó conquistou amplos poderes. Isso acabou gerando alguns conflitos: os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos nomos não aceitaram a situação e procuraram diminuir o poder do faraó. Essas disputas acabaram por enfraquecer o poder político do Estado. 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O período iniciou-se com a expulsão dos hicsos e foi marcado por numerosas conquistas territoriais. Em seu final ocorreram agitações internas e outra onda de invasões. Devido ao enfraquecimento do Estado, o Egito foi conquistado sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.) Política e Sociedade do Egito Antigo Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de um conjunto de comunidades patriar- cais chamadas de nomos. Os nomos eram controlados por um chefe chamado nomarca. Os nomos se agrupavam em duas regiões distintas, que formavam dois reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito. Por volta de 3200 a.C. o reino do Norte dominou o reino do Sul, unificando assim, o Egito. O responsável por essa união foi Menés, que passou, então, a ser chamado de faraó, cujo sig- nificado é “casa grande”, “rei das duas terras”. O poder dos reis passava de pai para filho, isto é, era hereditário. Como os egípcios acreditavam que os faraós eram deuses ou, pelo menos, representantes diretos dos deuses na Terra, a forma de governo que se instalou foi chamada de monarquia teocrática. A ilustração abaixo representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Figura 2 – Pirâmide Social do Egito Antigo Como podemos perceber, a sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, senhor de todas as terras e de todas as pessoas. Ele era responsável pela justiça, pelas funções religio- sas, pela fiscalização das obras públicas e pelo comando do exército. O faraó era considerado um deus vivo, filho de deuses e intermediário entre eles e a população. Em sua honra, realiza- vam-se inúmeros cultos. Abaixo do faraó, e em ordem de importância, estavam o Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o Sumo-Sacerdote de Amon-Rá, um dos principais deuses do Egito Antigo. Os vizires contavam com a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é, os governadores dos nomos, os distritos do Egito. Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários do governo, os escribas, que sabiam ler e escrever. A centralização política do Egito não foi de fato uma constante em sua história. Vários episódios de dissolução do Estado podem ser observados durante sua trajetória. Por volta de 2300 a.C., uma série de contendas internas e invasões deram fim à supremacia do faraó. Nos três séculos subsequentes os nomos voltaram a ser a principal unidade de organização sociopolítica. Esse primeiro período que vai da unificação ao restabelecimento dos nomos corresponde ao Antigo Império. Aofim do século XXI a.C., o Estado centralizado foi restabelecido graças aos esforços do faraó Mentuhotep II. A servidão coletiva foi mais uma vez adotada, permitindo a construção de O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos vários canais de irrigação e a transferência da capital para a cidade de Tebas. Mesmo sendo um período de diversas conquistas e desenvolvimento da cultura egípcia, o Médio Império che- gou ao seu fim em 1580, com a dominação exercida pelos hicsos. A presença estrangeira serviu para que os egípcios se unissem contra a presença dos hic- sos. Com a expulsão definitiva dos invasores, temos o início do Novo Império. Nessa época, presenciamos a dominação egípcia sob outros povos. Entre as civilizações dominadas pelos egípcios, destacamos os hebreus, fenícios e assírios. Tal expansão das fron- teiras possibilitou a ampliação das atividades comerciais durante o Novo Império. O Novo Império, considerado o mais estável período da civilização egípcia, teve seu fim com a deflagração de uma série de invasões. Os assírios, persas, macedônios e romanos in- vadiram e controlaram o Egito ao longo da Antiguidade. Ao longo de mais de 2500 anos, os egípcios ainda foram alvo do controle árabe, turco e britânico. 005. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEDUC-AL/2018) O papel civilizador do Egito foi reconhecido logo na Antiguidade. As vias e os meios, as fases e os modos através dos quais os antigos Egípcios garantiram, ao longo de cerca de quatro milênios, a sua produ- ção e reprodução sociais são amplamente descritos e comentados nas obras. Para além de ter fornecido ao Egito os homens e as culturas a partir dos quais este se tornou no florão na antiguidade, o espaço núbio-sudanês foi vital para o país dos faraós. Babacar Sall. Estado das investigações acerca da antiguidade africana. In: Babacar Mbaye Diop e Doudou Dieng. A consciência histórica africana. Lisboa: Ramada; Luanda: Mulemba, 2014, p. 133 (com adaptações) Considerando o texto anteriormente apresentado como referência inicial e os aspectos ineren- tes à história da África na antiguidade, julgue o item seguinte. A organização da agricultura, o desenvolvimento da escrita, a formação de um Estado unifi- cado, a racionalização dos trabalhos de infraestrutura e a criação de sistemas cosmogônicos complexos são expressões consideradas relevantes na história do Egito Antigo. Querido(a), a afirmativa lista as principais características do Egito Antigo. São exatamente es- sas temáticas que serão cobradas de você na prova. Posso dizer, sem receio, que a afirmativa apresenta um resumo (bem resumido mesmo) do que foi o Egito Antigo. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Religião no Egito Antigo A religião no Egito Antigo era marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prática religiosa era muito valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias ocorriam em diversas cidades. A religião egípcia teve grande influência em várias áreas da sociedade. Os egípcios eram politeístas (acreditavam em vários deuses). De acordo com este povo, os deuses possuíam poderes específicos e atuavam na vida das pessoas. Havia também deuses que possuíam o corpo formado por parte humana e parte de animal sagrado (antropozoomor- fia). Anúbis, por exemplo, deus da morte, era representado com cabeça de chacal num corpo de ser humano. Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas. No Egito Antigo existiam diversos templos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor. Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris. O coração era pesado e, de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração. No Egito Antigo a escrita mais usada era conhecida como escrita hieroglífica, pois era base- ada em hieróglifos. Estes eram desenhos e símbolos que representavam ideias, conceitos e objetos. Os hieróglifos eram juntados, formando textos. Esta escrita era dominada, principal- mente, pelos escribas. Os egípcios escreviam, usando os hieróglifos, no papiro (espécie de papel feito de uma planta de mesmo nome) e também nas paredes de pirâmides, palácios e templos. Estes hieróglifos são a principal fonte histórica para entendermos a história desta im- portante civilização antiga. Poucos egiptólogos (estudiosos do Egito Antigo) conseguem deci- frar a escrita hieroglífica. Jean-François Champollion, egiptólogo e linguista de nacionalidade francesa, fez a decifração dos hieróglifos egípcios. Isso aconteceu entre os anos de 1822 e 1824, usando a Pedra de Roseta como fonte. 006. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEDUC-AL/2018) O papel civilizador do Egito foi reconhecido logo na Antiguidade. As vias e os meios, as fases e os modos através dos quais os antigos Egípcios garantiram, ao longo de cerca de quatro milênios, a sua produ- ção e reprodução sociais são amplamente descritos e comentados nas obras. Para além de ter fornecido ao Egito os homens e as culturas a partir dos quais este se tornou no florão na antiguidade, o espaço núbio-sudanês foi vital para o país dos faraós. Babacar Sall. Estado das investigações acerca da antiguidade africana. In: Babacar Mbaye Diop e Doudou Dieng. A consciência histórica africana. Lisboa: Ramada; Luanda: Mulemba, 2014, p. 133 (com adaptações) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Considerando o texto anteriormente apresentado como referência inicial e os aspectos ineren- tes à história da África na antiguidade, julgue o item seguinte. O Egito faraônico deixou como legado para a humanidade contribuições importantes para os campos da história e da religião, embora suas contribuições em outras áreas, como na filosofia e nas ciências, tenham sido irrelevantes. ATENÇÃO! A palavra “irrelevante” deixa a afirmativa errada. O Egito deixou desenvolveu a ma- temática, astronomia, medicina, entre outras. E, mesmo que não tenha a contribuição signifi- cativa de um Thales de Mileto e seu teorema, ainda assim deixou contribuições importantes. Errado. 1.2.2. núbIA A civilização núbia surgiu por volta de 4000 a.C, em meio ao escaldante Deserto do Saara e, assim como o Egito, é uma ‘‘dádiva do Nilo’’, bem como do trabalho de construção de diques e canais de irrigação destes povos para evitar inundações durante as cheias e garantir boas colheitas. A região localizada atualmente entre o sul do Egito e o norte do Sudão foi denominada num passado bastante remoto de Núbia. Como existiam ali, minas de ouro em grande quantidade, os árabes chamaram este local de nuba. Na escrita hieroglífica nub significaouro. Daí a cons- tituição do termo núbia = terra do ouro. Suas fronteiras foram sempre imprecisas e suas divisões políticas bastante numerosas. Considerada, nos tempos antigos, um prolongamento do Egito, era caracterizada como um grande deserto, vivendo graças ao Nilo. Situada no nordeste da África e disposta ao longo do Nilo, a região em estudo, iniciava-se ao sul, a partir de Cartum, no encontro dos rios Nilo Bran- co e do Nilo Azul e terminava em Assuã, na Primeira Catarata, incluindo, também as áreas do deserto a leste, até o mar Vermelho e a oeste, até as áreas desérticas da Líbia. A Núbia Antiga era habitada por povos nilóticos negróides ( os gregos chamavam de Etió- pia – aitho = queimado e ops = rosto – ao lugar da África onde as pessoas tinham a pele muito negra). Os egípcios deram o nome de Ouaouat para a Baixa Núbia e de Cuxe para a Alta Núbia. Por milênios, a Núbia tornou-se um ponto de encontro entre os egípcios – e, consequente- mente as civilizações do mediterrâneo – e os povos negroides da África Subsaariana. A antiga Núbia tem um histórico de 45 séculos, divididos em dois momentos distintos. No primeiro período, os núbios foram dominados por civilizações externas, tornando-se periferias. Nesse tempo a documentação e os testemunhos são fartos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 1.2.3. KusH, ménroe, nApAtA Por volta de 2000 a.C., houve a unificação das comunidades núbias que habitavam ao longo da margem do Nilo sob o poder de um rei; surgiu então o Reino de Kush (Cuxe), um dos primeiros reinos negros africanos, tendo sido Napata, a primeira capital. Napata foi um impor- tante centro comercial e religioso. Por séculos, as riquezas do Reino de Kush foram levadas para o Egito: ébano, marfim, in- censo, gado, ouro, escravos. O ouro de Kush enriqueceu o Egito. O reino se expandiu e passou a ser uma ameaça e, por isso, os egípcios ocuparam o vizinho por volta de 1500 a.C., tornan- do-o vice-reino. Este foi o período da egipcianização da Núbia: adotou-se a religião, o culto às divindades egípcias, os costumes funerários, a construção de pirâmides. Em Napata e Méroe, cidades kushitas, foram erguidas numerosas pirâmides. Por volta do ano 1000 a.C. Kush libertou-se do domínio egípcio e emergiu como potência, quando o monarca núbio Piankhy “Peye” derrotou os assírios que dominavam o Egito e unifi- cou Egito e Kush, sendo aclamado ‘‘senhor dos dois reinos’’, iniciando o reinado dos ‘‘faraós negros’’ no Egito. A dinastia dos faraós negros perdurou por 52 anos, quando foram derrota- dos pelos assírios e Kush novamente foi invadido pelos egípcios. Os vestígios dos faraós kushitas foram apagados pelos egípcios, exemplo disso foi que, no ano de 2003, arqueólogos da Universidade de Genebra encontraram no norte do Sudão uma cratera (fechada por aproximadamente 2 mil anos) contendo várias estátuas de ancestrais, lembranças dos faraós negros. Algumas estavam destruídas e enterradas, como forma de apagar o vestígio do domínio desta civilização no Egito. Após o domínio egípcio, a civilização kushita renasceu aos redores da cidade de Méroe, nova capital, estendendo-se por mais mil anos. Os meroítas construíram mais pirâmides do que os faraós egípcios; até o presente já foram contabilizadas mais de 230 pirâmides nos ar- redores de Méroe, 100 a mais do que no Egito. Desta forma, no Sudão há mais pirâmides do que no Egito. Outro episódio destacável do Reino de Méroe é a atuação das rainhas que governaram e comandaram exércitos, as “candaces” (rainha mãe) que iniciaram uma tradição matriarcal. Em 330 da nossa era, o Reino de Kush foi conquistado pelo Reino de Axum. Napata é uma antiga cidade na margem ocidental do rio Nilo, na Núbia, a região do vale do rio Nilo que atualmente é partilhada pelo Egito e pelo Sudão, a cerca de 300 km a norte de Car- tum. Foi construída por volta de 1450 a.C. pelo faraó egípcio Thutmose III, perto da montanha sagrada de Gebel Barkal, que fixava o limite sul do seu império. Como vimos, desde época das dinastias, os egípcios se interessaram pela Núbia, uma região muito rica em ouro. Os egípcios logo controlaram comércio, de modo que o Egito se tornou uma potência imperialista na Núbia. Com o passar do tempo, os hábitos e a religião egípcia se espalharam pela Núbia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Em 1075 a.C., o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-se po- deroso o suficiente para limitar o poder do faraó sobre o Alto Egito. A fragmentação do poder no Egito permitiu que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaram um novo reino, Kush, centrado em Napata. Eles começaram a explorar ouro para seu próprio benefício. O crescimento econômico de Kush atraiu alguns egípcios que deixaram seu país. Em 750 a.C., Napata já era uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava sofren- do de instabilidade política. O Rei Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi seguida por seus sucessores Piye e Shabaka (721-707 a.C.), que finalmente trouxe todo o Vale do Nilo para o controle Kush no segundo ano do seu reinado. Shabaka também lançou uma política de cons- trução de monumento, no Egito e Núbia. Em geral, os reis de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um século e todo o Egito por cerca de 57 anos. Por volta de 670 a.C., o rei assírio Esar-Hadom (681-669 a.C.), conquistou o Baixo Egito, mas permitiu a autonomia do Baixo Egito, a fim de alistá-los como seus aliados contra os governantes de Kush no Alto Egito. O rei de Kush, Taharqa convenceu alguns governantes do Baixo Egito a romper com os assírios. No entanto, os assírios conseguiram uma coligação alimentada através do acordo do qual eles trariam os dirigentes egípcios que tinham sido de- portados para sua capital, Nínive. Os assírios designaram o chefe líbio Neco, que controlava Memphis e Sais. Neco I foi o primeiro rei do Sais da Vigésima sexta dinastia (664-525 a.C.) do Egito Antigo. Um novo Rei de Kush Tantamani (664-653 a.C.), matou-o no mesmo ano em que Taharqa morreu, em 664 a.C., quando Tantamani invadiu o Baixo Egito. No entanto, Tantamani foi incapaz de derrotar os assírios que apoiaram o filho de Neco I, Psammetichus. Tantamani abandonou sua tentativa de conquistar o Baixo Egito e retirou-se para Napata. No entanto, sua autoridade sobre o Alto Egito foi reconhecida até o ano 8 do seu reinado em Tebas (656 a.C.), quando Psammetichus enviou uma frota naval para o Alto Egito e conseguiu colocar todo o Egito sob seu controle. De volta a Napata, os Kushitas tornaram-se interessados apenas no desenvolvimento de seu próprio reino, que não sofreu nenhuma conquista, resistindo à política expansionista dos assírios, babilônios, persas e gregos, que sucessivamente, invadiram o Egito. Napata atingiu seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra os assírios. Sua eco- nomia era essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico importante. Em 660 a.C., os Núbios começaram a explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro Africana. O povo de Napata foi culturalmente semelhante aos egípcios. Pinturas Napatas e outras formas artísticas e culturais eram em estilo egípcio. Costumes funerários egípcios eram prati- cados e vários deusesegípcios eram adorados. Além disso, o deus mais importante era Amon, a divindade de Tebas, o templo era o mais importante em Napata, situado no sopé de Jebel Barkal, a montanha sagrada dos núbios. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Cerca de 300 a.C., os sentimentos antiegípcios motivam o povo de Napata para fazer sua cultura distinta da dos egípcios. Além disso, a capital estava sofrendo politicamente e econo- micamente, perdendo sua influência econômica desde os egípcios. Além disso, uma poderosa incursão persa assolara Napata em 591 a.C. Finalmente, Napata foi perdeu o seu papel de capital econômica para Meroé. A ilha de Meroe, era uma região rica em ferro, que estava se tornando uma fonte essencial de riqueza. Meroe viria a ser a capital do reino de Kush, levando Napata ao abandono. Em 23 a.C., o prefeito romano do Egito, invadiu o reino após um ataque inicial, a rainha de Meroe, arrasando Napata. Em “ Os Feitos do Divino Augusto “, Augusto afirma: “que a penetração foi feita através da cidade de Napata, que fica ao lado Meroe...”. Em 350, Natapa foi dominada pelos axumitas. 007. (GSA CONCURSOS/PROFESSOR DE HISTÓRIA/PREFEITURA DE ABELARDO LUZ– SC/2020) A desigualdade de gênero ainda se faz notar nos dias atuais. Este problema também fazia parte na maioria das civilizações antigas, exceto uma, onde as mulheres desfrutavam de uma condição diferenciada. Indique a alternativa que contempla a afirmação: a) Reino Persa. b) Reino Fenício. c) Reino Acádio. d) Reino de Israel. e) Reino de Kush. Como acabamos de revisar, durante a fase em que Méroe foi sede do Império Kush, as mulhe- res governavam e lideravam exércitos. Letra e. 1.2.4. mesopotâmIcA Caro(a) aluno(a), localizada no Oriente Médio, entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotâ- mia (do grego “terra entre rios”) foi a área onde hoje está localizado o Iraque, ou seja, entre a Ásia, África e Europa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos É considerada uma das mais antigas civilizações da história e vários povos habitaram essa região entre os séculos V e I a.C., destacando os sumérios, assírios, caldeus, amoritas, acádios e babilônicos. Os povos da Mesopotâmia criavam gado, eram agricultores, artesãos, mineiros, desenvolveram a escrita cuneiforme e os veículos de rodas. Figura 3 – Escrita Cuneiforme A sociedade mesopotâmica era dividida em duas partes que formavam uma pirâmide, sen- do o topo o local onde os membros da família real, nobres, sacerdotes e militares, ficavam. Já O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos a parte inferior ficava com as camadas menos favorecidas, como os artesões, camponeses e escravos. 008. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEE-AL/2013) No que se refere à história da cultura, das linguagens, das artes, das ciências, da técnica e da filosofia no mundo ociden- tal, julgue os próximos itens. A invenção da escrita no Oriente Médio significou importante inovação na história da huma- nidade e possibilitou a renovação e a ampliação das formas de registro e de comunicação cultural de informações, conhecimentos, técnicas, tradições e memórias Os mesopotâmios, com a criação da escrita cuneiforme, possibilitaram o aumento de regis- tro de informações. Hoje, se conseguimos analisar a história dos povos antigos, isso se deve porque temos acesso a detalhes de fontes escritas, coisa que outras fontes não conseguem fornecer em minúcias. Certo. Povos Mesopotâmicos Sumérios: Povo que se destacou na história pela produção de um complexo sistema de controle da água dos rios, com canais de irrigação, barragens e diques. Também contribuíram desenvolvendo a escrita cuneiforme, por volta de 4.000 a.C. Vale lembrar que os sumérios eram excelentes arquitetos e construtores, tanto que chegaram a desenvolver os zigurates, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos construções em formato de pirâmide que armazenavam os produtos agrícolas e também ser- viam como templos religiosos. Zigurate da cidade de Ur. Figura 5. Desenho de um Zigurate Babilônios: Com as suas cidades construídas às margens do rio Eufrates, os babilônios foram responsáveis pelo primeiro código de leis conhecidos até então. Baseado nas Leis de Talião (olho por olho, dente por dente) o Imperador Hamurabi desenvolveu um conjunto de leis para organizar e controlar a sociedade. Conhecido como Código de Hamurabi, a lei determina- va que todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao crime cometido. O Im- perador Nabucodonosor II foi o responsável pela construção dos famosos jardins suspensos da Babilônia e a Torre de Babel. Figura 4 – Escultura do Código de Hamurabi e Detalhes das Suas Inscrições em Escrita Cuneiforme. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Assírios: Ficaram conhecidos na história pela organização e desenvolvimento militar, pois encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram povos muito brutos e cruéis com os inimigos conquistados, sofrendo como consequência desses atos uma série de revoltas populares. Caldeus: Os caldeus, de origem semita, habitaram a região conhecida como Baixa Meso- potâmia no primeiro milênio antes de Cristo. Entre 612 a.C. e 539 a.C., formaram um império na Mesopotâmia (Segundo Império Babilônico). O auge do Império Caldeu ocorreu em 587 a.C., quando Nabucodonosor conquistou os judeus de Jerusalém e ampliou o território do im- pério. Portanto, Nabucodonosor II foi o mais importante imperador caldeu. Após a morte deste imperador, o império babilônico foi conquistado pelos persas, em 539 a.C., sob o comando do rei Ciro. 009. (FUNDATEC/PROFESSOR/HISTÓRIA/PREFEITURA DE IVOTI–RS/2021) As fases da história política da Mesopotâmia didaticamente são divididas em três grandes momentos; portanto, assinale a alternativa que representa a fase reconhecida pela historiografia como um período fortemente militarizado e expansionista. a) Arcaico. b) Babilônico. c) Acádio. d) Assírio. e) Segundo Império. Como recordamos a pouco, o Império Babilônico, sob liderança de Nabucodonosor, represen- tou oauge da civilização mesopotâmia. Letra d. Sociedade, Economia e Religião na Mesopotâmia De forma geral, tinham crença em vários deuses ligados à natureza, portanto eram politeístas. A política tinha uma forma de organização com base na centralização do poder para uma única pessoa (Rei ou Imperador, chamado de Patesi) governar em todos os âmbitos. Já a economia desses povos era baseada na agricultura e comércio nômade de carava- nas. Com a região muito bem localizada, a Mesopotâmia podia garantir a sua população água boa para consumo, rios para pesca e transporte pelos rios Tigre e Eufrates, que cercavam a civilização. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Um outro ponto positivo dos rios era as cheias que davam em certas épocas do ano, pois elas fertilizavam as margens e garantiam um excelente local para praticar as técnicas agrícolas. A escrita foi se desenvolvendo para controlar a produtividade agrícola. As primeiras pla- quetas de argila que continham a escrita cuneiforme, típica dos sumérios, demonstraram que eram importantes justamente para esse controle. Grande parte da produção era entregue ao governo. Por ser uma sociedade muito desenvolvida, a rivalidade e cobiça dos povos vizinhos gera- ram várias lutas, que eram constantes. Apesar da vantagem geológica, os povos da Mesopotâ- mia acabaram vencidos e conquistados pelos persas em 331 a.C. 010. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO TRIBUTÁRIO DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2018) Peças de barro de 4000 a.C. encontradas na Mesopotâmia são os documentos escritos mais antigos que conhecemos. E o mais antigo desses documentos faz referência aos impostos. Naquela época, além de entregar parte dos alimentos que produziam ao governo, os sumérios, um dos povos que viviam por ali, eram obrigados a passar até cinco meses por ano trabalhan- do para o rei. Os mais sortudos eram empregados para realizar a colheita ou para retirar lama dos canais da cidade. Os menos afortunados entravam para o exército, com grandes chances de morrer em uma guerra. Quem era rico escapava: mandava escravos para fazer o serviço sujo. Assim que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal por dinheiro. Era assim também no antigo Egito. As evidências indicam que, em 3.000 a.C., os faraós cole- tavam impostos em dinheiro ou em serviços pelo menos uma vez por ano. Ninguém era tão temido quanto os escribas, responsáveis por determinar a dívida de cada um. O controle era tão rigoroso que fiscalizavam até o consumo de óleo de cozinha nas residências, já que essa era uma substância tributada. Os impostos eram mais altos para estrangeiros, e especula-se que foi para pagar dívidas tributárias que os hebreus, por exemplo, acabaram como escravos. O Império Romano aperfeiçoou a técnica de impor tributos a estrangeiros. Em economias pré- -industriais, a terra e o trabalho são os principais ingredientes da riqueza. Por isso, a conquista de outras terras e de povos dava aos romanos acesso a mais riqueza, o que, por sua vez, per- mitia que conquistassem e controlassem um território ainda maior. O censo, usado até hoje em muitos países, foi criado pelos romanos para decidir quanto deve- riam cobrar de cada província. Os cálculos eram feitos com base no número de pessoas. Até hoje, a capacidade de cobrar impostos é diretamente proporcional à quantidade e à qualidade de informações disponíveis sobre os contribuintes. Internet: <https://super.abril.com.br> (com adaptações). Depreende-se do texto que, em 4.000 a.C.: a) peças de barro foram descobertas na Mesopotâmia, com registro dos impostos pagos pela população da época. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos b) a moeda foi inventada, o que permitiu que o pagamento de impostos passasse a ser feito exclusivamente com dinheiro. c) os povos da Mesopotâmia eram obrigados a trabalhar durante quase metade do ano para o rei. d) ricos escolhiam trabalhar na colheita, enquanto pobres eram obrigados a se tornar soldados do exército. e) os alimentos produzidos pelos sumérios eram, em parte, entregues ao governo da Mesopotâmia. Muito fácil não é mesmo?! Questão de interpretação de texto. A linha 4 do texto do enunciado indica exatamente esta informação. Letra e. 1.2.5. FenícIos A civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia, território do atual Líbano. Os fenícios eram povos de origem semita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra com cerca de 35 km de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200 km de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma pequena parte da Síria. Por habitarem uma região montanhosa e com poucas terras férteis, os fenícios dedica- ram-se à pesca e ao comércio marítimo. As cidades fenícias que mais de desenvolveram na antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon. O solo montanhoso da Fenícia não era favorável ao desenvolvimento agrícola e pastoril. Vivendo como que espremido em seu território, o povo fenício percebeu a necessidade de se lançar ao mar e desenvolver o comércio pelas cidades do Mediterrâneo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Entre os fatores que favoreceram o sucesso comercial e marítimo da Fenícia, podemos destacar que a região: • Era encruzilhada de rotas comerciais, escoadouro natural das caravanas de comercio que vinham da Ásia em direção ao Mediterrâneo; • Era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira para a construção de navios; • Possuía bons portos naturais em suas principais cidades (Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro); • Tinha praias repletas de um molusco (múrice), do qual se extraía a púrpura, corante de cor vermelha utilizando para o tingimento de tecidos, muito procurados entre as elites de diversas regiões da Antiguidade. A Fenícia era, na verdade, um conjunto de Cidades-Estado, independentes entre si. Algu- mas adotavam a Monarquia Hereditária; outras eram governadas por um Conselho de Anciãos. As cidades fenícias disputavam entre si e com outros povos, o controle das principais rotas do comércio marítimo. Comercializavam com grande número de povos e em vários lugares do Mediterrâneo, guar- dando em segredo as rotas marítimas que descobriam. Considerável parte dos produtos comercializados pelos fenícios provinha de suas oficinas artesanais, que dedicavam à metalurgia (armas de bronze e de ferro, joias de ouro e de prata, estátuas religiosas); à fabricação de vidros coloridos e à produção de tintura de tecidos (me- recem destaque os tecidos de púrpura). Por sua vez, importavam de várias regiões produtos como metais, essências aromáticas, pedras preciosas, cavalos e cereais. Tiro era a principal cidade que se dedicava ao comércio de escravos, adquirindo prisioneiros de guerra e vendendo-os aos soberanos do Oriente próximo. Expandindo suas atividades comerciais, os fenícios fundaramdiversas colônias que, a prin- cípio, serviam de bases mercantis. Encontramos colônias fenícias em lugares como Chipre, Sicília, Sardenha e sul da Espanha. No norte da África, os fenícios fundaram a importante co- lônia de Cartago. Devido a necessidade de controlar e facilitar o comércio, os fenícios desenvolveram um alfabeto. O alfabeto fenício possuía 22 letras, apenas consoantes, e era, portanto, muito mais simples do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica. O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto grego. Este deu origem ao alfabeto latino, que, por sua vez, gerou o alfabeto atual- mente utilizado no Brasil. Alfabeto Fenício O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos A religião dos fenícios era politeísta e antropomórfica. Os fenícios conservaram os antigos deuses tradicionais dos povos semitas: as divindades terrestres e celestes, comuns a todos os povos da Ásia antiga. Entretanto, como fato estranho, não deram maior importância às di- vindades do mar. Cada cidade tinha seu deus, Baal (senhor), associado muitas vezes a uma entidade femi- nina – Baalit. O Baal de Sidon era Eshmun (deus da saúde). Biblos adorava Adônis (deus da vegetação), cujo culto se associava ao de Ashtart (a caldeia Ihstar; a grega Astarteia), deusa dos bens terrestres, do amor e da primavera, da fecundidade e da alegria. Em Tiro rendia-se culto a Melcart e Tanit. Para aplacar a ira dos deuses sacrificavam-se animais e, às vezes, realizavam-se terríveis sacrifícios humanos. Queimavam-se, inclusive, os próprios filhos. Em uma ocasião, 200 recém- -nascidos foram lançados, ao mesmo tempo, ao fogo – enquanto as mães assistiam, impas- síveis, ao sacrifício. 011. (FGV-SP/VESTIBULAR/2001) Das alternativas abaixo, a que melhor caracteriza a socie- dade fenícia é: a) a existência de um Estado centralizado e o monoteísmo; b) o monoteísmo e a agricultura; c) o comércio e o politeísmo; d) as cidades-Estados e o monoteísmo; e) a agricultura e a forma de Estado centralizado. Os fenícios se destacaram pelo comércio marítimo, principalmente no Mar Mediterrâneo, além de adorarem diversos deuses e realizarem cultos considerados violentos. Letra c. 1.2.6. pAlestInA Palestina (do original Filistina – “Terra dos Filisteus”) é o nome dado desde a Antiguidade à região do Oriente Próximo (impropriamente chamado de “Oriente Médio”), localizada ao sul do Líbano e a nordeste da Península do Sinai, entre o Mar Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão. Trata-se da Canaã bíblica, que os judeus tradicionalistas preferem chamar de Sion. A Palestina foi conquistada pelos hebreus ou israelitas (mais tarde também conhecidos como judeus) por volta de 1200 a.C., depois que aquele povo se retirou do Egito, onde vivera por alguns séculos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos O povo hebreu, ou hebraico, também conhecidos como israelitas ou judeus, faz parte de uma das mais importantes civilizações da Antiguidade – a civilização hebraica. Esse povo, que inicialmente vivia na Mesopotâmia, era nômade e vivia em busca de solo favorável para a criação do seu gado. A maior documentação da história dos hebreus está registrada na Torá, livro sagrado dos judeus e nos livros escritos por Moisés, na Bíblia. Por volta de 2000 a.C. foram para a Palestina, atual Israel, por orientação de Abraão, em busca da Terra prometida – Canaã. Anos depois, em decorrência da seca que atingiu a Palestina, os hebreus foram para o Egito, onde, passado algum tempo, começaram a ser escravizados, sendo libertados da es- cravidão por Moisés no conhecido episódio bíblico da travessia do Mar Vermelho em que se Moisés abre uma passagem e divide o mar para que os hebreus fujam de regresso à Palestina. No Antigo Testamento da Bíblia, há muitos relatos sobre esse povo da Antiguidade, de ori- gem semita. Veja o trecho do Livro de Êxodo sobre a travessia: Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento orien- tal toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas. E os filhos de Israel en- traram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda. E os egípcios os seguiram, e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar. (Êxodo 14:21-23) Enquanto dedicavam-se à pecuária, o povo hebreu era um povo nômade, mas de regresso à Palestina passou a se dedicar à agricultura, ao artesanato e ao comércio, se tornando, assim, um povo sedentário. O judaísmo é o nome da religião desse povo. Os hebreus eram monoteístas e cultuavam a Javé. A sua religião estava baseada nos Dez Mandamentos, escritos por Deus nas Tábuas da Lei e entregues a Moisés, no Monte Sinai. A governação do povo hebreu passou por três períodos: patriarcas, seguidamente, juízes e, finalmente, reis. • Patriarcas: Abraão, Isaac e Jacó • Juízes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel • Reis: Saul, Davi e Salomão Após a morte do rei Salomão, e na sequência da revolta do povo contra a desigualdade so- cial oriunda do pagamento de altos impostos, a Palestina foi dividida em dois reinos, formadas por 10 tribos de Israel e por 2 tribos de Judá. Anos mais tarde, os reinos foram conquistados pelos assírios e pelos babilônios, respetiva- mente. Data dessa altura o Cativeiro da Babilônia. Séculos depois Jerusalém é destruída e os judeus foram obrigados a dispersar-se. É a conhecida Diáspora Judaica. Visto que o cristianis- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos mo tem origem na religião judaica, a civilização hebraica influenciou largamente a civilização contemporânea. Os hebreus construíram grandes palácios e templos, o maior deles foi o Templo de Jerusa- lém, que foi destruído pelos romanos, dele sobrando apenas um muro, o qual atualmente é co- nhecido como o Muro das Lamentações que compõe o Patrimônio Mundial da Humanidade. As sucessivas dominações estrangeiras, começadas com a tomada de Jerusalém (587 a.C.) por Nabucodonosor, rei da Babilônia, deram início a um progressivo processo de diás- pora (dispersão) da população judaica, embora sua grande maioria ainda permanecesse na Palestina. As duas rebeliões dos judeus contra o domínio romano (em 66-70 e 133-135 d.C.) tiveram resultados desastrosos. Ao debelar a primeira revolta, o general (mais tarde imperador) Tito arrasou o Templo de Jerusalém, do qual restou apenas o Muro das Lamentações. E o impe- rador Adriano, ao sufocar a segunda, intensificou a diáspora e proibiu os judeus de viver em Jerusalém. A partir de então, os israelitas espalharam-se pelo Império Romano; alguns grupos emigraram para a Mesopotâmia e outros pontos do Oriente Médio, fora do poder de Roma. A partir de então, a Palestina passou a ser habitada por populações helenísticas romani- zadas; e, em 395, quando da divisão do Império Romano, tornou-se umaprovíncia do Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino). Em 638, a região foi conquistada pelos árabes, no contexto da expansão do islamismo, e passou a fazer parte do mundo árabe, embora sua situação política oscilasse ao sabor das constantes lutas entre governos muçulmanos rivais. Chegou até mesmo a constituir um Esta- do cristão fundado pelos cruzados (1099-1187). Finalmente, de 1517 a 1918, a Palestina foi incorporada ao imenso Império Otomano (ou Império Turco). Deve-se, a propósito, lembrar que os turcos, e embora muçulmanos, não pertencem à etnia árabe. Em 1896, o escritor austríaco de origem judaica Theodor Herzl fundou o Movimento Sio- nista, que pregava a criação de um Estado judeu na antiga pátria dos hebreus. Esse projeto, aprovado em um congresso israelita reunido em Genebra, teve ampla ressonância junto à co- munidade judaica internacional e foi apoiado sobretudo pelo governo britânico (apoio oficiali- zado em 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, pela Declaração Balfour). No início do século XX, já existiam na região pequenas comunidades israelitas, vivendo em meio à população predominantemente árabe. A partir de então, novos núcleos começaram a ser instalados, geralmente mediante compra de terras aos árabes palestinos. Durante a Primeira Guerra Mundial, a Turquia lutou ao lado da Alemanha e, derrotada, viu-se privada de todas as suas possessões no mundo árabe. A Palestina passou então a ser admi- nistrada pela Grã-Bretanha, mediante mandato concedido pela Liga das Nações. Depois de 1918, a imigração de judeus para a Palestina ganhou impulso, o que começou a gerar inquietação no seio da população árabe. A crescente hostilidade desta última levou os O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos colonos judeus a criar uma organização paramilitar – a Haganah – a princípio voltada para a autodefesa e mais tarde também para operações de ataque contra os árabes. Apesar do conteúdo da Declaração Balfour, favorável à criação de um Estado judeu, a Grã- -Bretanha tentou frear o movimento imigratório para não descontentar os Estados muçulma- nos do Oriente Médio, com quem mantinha proveitosas relações econômicas; mas viu-se con- frontada pela pressão mundial da coletividade israelita e, dentro da própria Palestina, pela ação de organizações terroristas. Após a Segunda Guerra Mundial, o fluxo de imigrantes judeus tornou-se irresistível. Em 1947, a Assembleia Geral da ONU decidiu dividir a Palestina em dois Estados independentes: um judeu e outro palestino. Mas tanto os palestinos como os Estados árabes vizinhos recusa- ram-se a acatar a partilha proposta pela ONU. Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, que se viu imediatamente ata- cado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano (1ª Guerra Árabe-Israelense). Os árabes foram derrotados e Israel passou a controlar 75% do território palestino. A partir daí, iniciou-se o êxodo dos palestinos para os países vizinhos. Atualmente, esses refugiados somam cerca de 3 milhões. Os 25% restantes da Palestina, correspondentes à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, ficaram sob ocupação respectivamente do Egito e da Jordânia. Note-se que a Cisjordânia incluía a par- te oriental de Jerusalém, onde fica a Cidade Velha, de grande importância histórica e religiosa. 012. (IF SUL RIO-GRANDENSE/PROFESSOR/HISTÓRIA/IF SUL RIO-GRANDENSE/2021) Os hebreus têm sua origem na Mesopotâmia e, a partir do evento do Êxodo, sob liderança de Moi- sés, foram libertos da escravidão no Egito. Esse povo seminômade adotou o monoteísmo, a crença num deus único e universal, designado Javé, cujo culto deu origem ao judaísmo. A respeito do estudo e da história dos hebreus, afirma-se, EXCETO que: a) apesar das divergências de datas entre os historiadores, a Bíblia constitui-se, juntamente com outras fontes, como referência no estudo dos hebreus. Ela possibilita reconstruir sua história e recuperar costumes de civilizações antigas, padrões de comportamento, mitos das religiões. b) o primeiro registro não bíblico sobre a existência dos hebreus foi encontrado no Egito e da- tado cerca de 3220 a.C. Trata-se de um relato sobre a escravidão sofrida no reinado de Ramsés II, o chamado faraó do Êxodo, que ordenou a construção da cidade de Pitom-Ramsés. c) aos anciãos, juízes e chefes militares com autoridade religiosa, coube liderar os hebreus durante a falta de uma centralização política. Para criar um sentimento de identidade, os juízes afirmavam que os hebreus eram descendentes diretos do patriarca Abraão. d) o judaísmo apresenta, segundo o filósofo francês Voltaire, elementos politeístas de civiliza- ções antigas. Influenciados por essas civilizações, os hebreus teriam adotado um nome para seu deus, a prática da circuncisão, a crença na existência de anjos e na luta entre o Bem e o Mal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Essa é fácil. Muito antes de tratar sobre o Êxodo, Moisés já havia tratado da origem do povo hebreu no Livro de Gêneses. Letra b. 1.2.7. persAs Os persas foram povos de uma antiga civilização que habitaram a região mesopotâmica, no planalto do Irã, próximo às margens do Golfo Pérsico. Descenderam de uma tribo nômade chamada parse, que migrou da Ásia Central para uma região no sul iraniano aproximadamente em 1000 a.C. Durante milênios, os povos persas viviam em clãs e eram dominados pelos povos medos, assírios e babilônicos. Posteriormente, conquistaram territórios e formaram uma das mais im- ponentes civilizações antigas. Os persas povoaram o local que atualmente é conhecido como uma província do Irã, chamada de Fars, por isso, a população iraniana tem ancestralidade persa. O Irã ou República Islâmica do Irã, inclusive, só começou a ser conhecido assim em mea- dos do século XX, em 1935. Até então o território era conhecido como Pérsia. O aquemênida “Ciro II, o Grande” destituiu do trono o rei do império da Média, Astíages. Depois dessa vitória, os persas, que até então eram dominados pelos povos medos, passaram a subjugá-los sob a liderança de Ciro II. Esse episódio ocorreu por volta de 560-530 a.C. e mar- cou o início do surgimento do Império Persa. Ciro realizou diversas reformas administrativas, e iniciou um processo de expansão terri- torial. A força militar do exército persa conseguiu dominar toda região da Mesopotâmia e da Península Arábica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Os principais territórios que fizeram parte do domínio persa no governo de Ciro II foram: a Babilônia, em 539 a.C.; o território da Ecbátana, capital do império medo, em 549 a.C.; He- lesponto, nome antigo do noroeste da Turquia e a fronteira indiana. Este foi o responsável por grandes construções, principalmente a Estrada Real, cujo objetivo era manter a hegemonia dos povos conquistados. Seguiu-se Dario, Xerxes, Artaxexes I até o último imperador,Dario III, derrotado por Alexandre, o Grande. Era preciso organizar a população que havia sido conquistada. Assim, a reforma adminis- trativa, realizada no governo de Dario deu origem às satrapias – províncias governadas pelos sátrapas. Estes eram considerados os “olhos e ouvidos do rei”, pessoas de confiança encarre- gadas de vigiar os sátrapas. Todos os povos conquistados pelo Império Persa tinham de pagar imposto, mas não eram obrigados a deixar de lado os seus costumes ou a sua língua. Desse modo, o sistema político e administrativo da civilização persa possuía um nível de complexidade maior em relação a outras sociedades do período. Os persas viviam da agropecuária, da mineração, do artesanato e dos impostos cobrados aos povos subjugados. A construção da Estrada Real propiciou o desenvolvimento do co- mércio, pois tornou as viagens mais rápidas e seguras. A fim de poder negociar com todos as regiões do seu vasto império, os persas instituíram uma moeda, o dárico. Os persas construíram grandes obras arquitetônicas e seus palácios, além de grandes, eram bastante luxuosos. Os mosaicos e as pinturas retratam os feitos dos imperadores assim como os deuses. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Ainda hoje, a cultura persa é famosa pelos belos tapetes persas reconhecidos em todo o mundo. Seus desenhos elaborados formam um labirinto geográfico ou com elementos da natureza. Zoroastrismo ou Masdeísmo é o nome da antiga religião do povo persa, que teve origem na fusão das crenças populares dos povos persas, feita pelo seu fundador, o profeta Zoroastro ou Zaratustra – daí a origem do nome. Trata-se de uma religião dualista, ou seja, que acredita no princípio do Bem versus Mal (Mazda, o deus do Bem, e Arimã, o deus do Mal). 013. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/HISTÓRIA/PREFEITURA DE SÃO LUÍS–MA/2017) A respeito das civilizações do antigo Oriente Próximo e de suas res- pectivas interações, assinale a opção correta. a) O mais antigo registro de uso da linguagem escrita até hoje conhecido é uma versão da Torá hebraica gravada em argila. b) Na Antiguidade, o Império Persa foi um dos raros exemplos de organização política pacífica cujas riquezas não provinham da conquista e espoliação de outros povos. c) O judaísmo emergiu como uma religião de orientação politeísta, uma vez que recebeu influ- ência da religião da cidade mesopotâmica de Ur, de onde provinha o patriarca Abraão. d) O isolamento econômico e cultural em relação a outros povos foi uma das especificidades dos antigos fenícios. e) A influência do Código de Hamurabi não se limitou à sociedade babilônica da época em que foi produzido; alguns dos seus princípios ainda estruturam diversos sistemas jurídicos atuais. a) Errada. A escrita cuneiforme, criada pelos mesopotâmios, foi a primeira forma de escrita. b) Errada. Os persas foram violentos na conquista de territórios. c) Errada. O judaísmo foi a primeira religião monoteísta. d) Errada. Os fenícios eram comerciantes, não ficaram isolados. e) Certa. Principalmente em regiões do Oriente Médio, a visão de que justiça se relaciona a punição/compensação ainda é vigente. Letra e. 1.2.8. grécIA A Grécia antiga compreendia uma região chamada Hélade e ocupava o sul dos Bálcãs (Grécia continental), a Península do Peloponeso (Grécia peninsular), as ilhas do Mar Egeu O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos (Grécia Insular), além das colônias na costa da Ásia Menor e no sul da Península Itálica (Mag- na Grécia). A história da Grécia é dividida, pelos historiadores, em quatro períodos principais: • Pré-Homérico; • Homérico; • Arcaico; • Clássico. Período Pré-Homérico O período Pré-Homérico corresponde ao apogeu e à decadência da civilização cretense, que se desenvolveu em Creta, a maior ilha do Mar Egeu. Essa ilha era povoada por tribos que, provavelmente, tenham vindo da Ásia Menor. Durante esse período, outros povos dirigiram-se a Grécia: os aqueus, que se estabeleceram na Grécia continental e também na Ilha de Creta. Os aqueus dominaram os cretenses por volta de 1400 a.C. dando origem à civilização creto-micênica. Além dos aqueus, os jônios e os eólios também chegaram a Grécia. De todos esses povos, o mais importante foi o dório, com características guerreiras, que deram novo rumo à História Grega. Os dórios destruíram a civilização creto-micênica e conquistaram a Grécia. Esses acon- tecimentos anunciaram um novo período da História da Grécia: o período Homérico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Período Homérico A partir das invasões dórias teve início o período chamado de homérico, porque o conhe- cimento que se tem da sociedade grega da época se deve, em grande parte, a dois poemas, a Ilíada e a Odisseia, atribuídos a Homero. A Ilíada narra a guerra de Troia, e a Odisseia, as aventuras do herói grego Ulisses (Odis- seu) em sua viagem de volta a Grécia após a conquista de Troia. Há muita discussão sobre a autoria desses poemas. Muitos estudiosos defendem que Homero nunca existiu e que esses teriam sido obras do passado coletivo grego, tendo sido transmitidos oralmente de geração em geração. Com a invasão dória, um novo modelo social se implantou: a produção passou a ser de subsistência, com exploração da mão-de-obra familiar, auxiliada por uns poucos assalariados e escravos; a arte e a escrita desapareceram; o artesanato decaiu; as armas de bronze final- mente trabalhadas foram aos poucos sendo substituídas por artefatos grosseiros, feitos de ferro; e o sepultamento em magníficos túmulos foi substituído pela cremação simples. Nesse período a população passou a se organizar em pequenas comunidades, cuja unida- de básica era a família. Essa forma social é chamada de genos. Cada geno possuía seu próprio líder, seu culto religioso e suas leis. Com o passar dos tempos, os genos foram se ampliando e acabaram dando origem a um outro tipo de organização da vida social e política – a polis, ou cidade-Estado que foi a carac- terística do período seguinte da história grega. Período Arcaico O período Arcaico inicia-se com a reunião dos genos em unidades políticas maiores, cha- madas pólis ou cidades-Estados. Nesse tipo de organização não existia um governo único, cada cidade-estado tinha suas leis, seu governo, sua economia e sua sociedade própria e independente. O palácio do gover- no e os templos eram construídos em uma colina fortificada, a acrópoles. As pólis gregas possuíam uma arquitetura parecida. Na parte baixa ficava uma praça, a ágora, onde aconteciam as assembleias dos cidadãos e as transações comerciais. Era tam- bém onde os juízes da cidade julgavam os criminosos e onde se realizavam os festivais de poesias e os jogos praticados em honra aos deuses. As duas pólis mais importantes foram Esparta e Atenas. Esparta: Militarismo Esparta foi fundada pelos dórios porvolta do século IX a.C. Situava-se em uma região cha- mada Lacônia. As condições naturais da região onde ficava Esparta eram muito áridas: o solo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos montanhoso e seco dificultava o abastecimento da cidade. Essas condições adversas levaram os espartanos a conquistar terras férteis por meio de guerras. O poder em Esparta era exercido por um pequeno grupo ligado às atividades militares. Ape- nas uma minoria participava das decisões políticas e administrativas – os esparciatas – que se dedicavam única e exclusivamente à política e à guerra. A vida em Esparta girava em torno da guerra. Os espartanos temiam que os povos que ha- viam conquistado se rebelassem; temiam também que os escravos se revoltassem. A neces- sidade de garantir o poder dos esparciatas e o medo de que ideias vindas de fora colocassem em xeque esse poder faziam com que as viagens fossem proibidas e os contatos comerciais fossem quase inexistentes. Esparta fechava-se em torno de si mesma, impondo aos seus ha- bitantes um modo de vida autoritário e de subordinação aos interesses do Estado. A agricultura, o artesanato e o comércio eram praticados pelos periecos, uma camada de homens livres, mas sem direito de participar da política em Esparta. Os escravos eram cha- mados de hilotas, pertenciam ao Estado e trabalhavam para os esparciatas. Os jovens eram educados pelo Estado. Desde os sete anos deixavam as casas de suas famílias e se dirigiam para locais de treinamento militar. Na cidade de Esparta o governo era exercido simultaneamente por dois reis e dele par- ticipavam duas assembleias: a Apela, formada por representantes do povo, e a Gerúsia, um conselho de anciãos. O poder dos reis espartanos era limitado; magistrados conhecidos como éforos vigiavam suas atividades. As leis em Esparta foram elaboradas por Licurgo, o legislador que transformou a cidade em um Estado militarista. Outro sistema conhecido pelos gregos foi a oligarquia, em que o poder ficava dividido en- tre pessoas que pertenciam às famílias mais importantes de uma cidade. O termo oligarquia significa “governo de poucos”. Em algumas cidades, os governos oligárquicos foram derrubados pela força. Aqueles que assumiam o poder em seguida eram conhecidos como tiranos. A tirania – governo dos tiranos – se estabelecia e se mantinha no poder por meio da força. Atenas: Democracia Atenas, hoje a capital da Grécia, localizava-se no centro da planície Ática, às margens do Mar Egeu. Foi o avesso de Esparta: teve uma vida urbana e aberta às novidades. A atividade comercial foi a base de sua economia e os atenienses praticaram intenso comércio com di- versos povos. A sociedade ateniense era dominada pelos eupátridas, que eram grandes proprietários de terras. Contudo, o poder dos eupátridas era constantemente desafiado pelas camadas menos favorecidas e pelos comerciantes, que exigiam maior igualdade de direitos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos E por que esses segmentos desafiavam o poder dos eupátridas? Os pequenos proprietá- rios, muitas vezes sem recursos, viviam constantemente ameaçados pela escravidão por dí- vidas. Já os comerciantes, artesãos e assalariados urbanos, que eram chamados demiurgos, estavam excluídos das decisões políticas da pólis e também queriam participar delas. O resultado dessas pressões constantes foi uma reforma nas leis feita por Sólon, um juiz ateniense. Por essa reforma, foi abolida a escravidão por dívidas e foi ampliado o direito de voto, de acordo com a riqueza que cada um possuía. Porém, as reformas de Sólon só beneficiaram os comerciantes ricos. O resto da população continuou excluída das decisões políticas da pólis. A situação em Atenas não era nada calma com a pressão constante dos excluídos. Além disso, a cidade foi dominada pelo tirano (link dicionário) Pisistrato por mais de 30 anos. Com o fim da tirania, foi Clistenes, um aristocrata preocupado com os problemas das ca- madas populares, o responsável por uma nova reforma. Ampliou a participação e o direito de decisão política para todos os cidadãos atenienses, isto é, todos os homens livres e nascidos em Atenas, maiores de 18 anos. A cidade foi dividida em demos, um tipo de distrito que elegia seus representantes para a assembleia. Esta, por sua vez, escolhia as pessoas que iriam inte- grar o conselho, responsável pelo governo da cidade. Continuavam excluídos da pólis os estrangeiros, as mulheres e os escravos. Como você pode observar, os benefícios da democracia ateniense estavam reservados somente aos cida- dãos, o que é diferente da democracia dos nossos dias. A educação em Atenas era bastante diferente da adotada em Esparta. Os atenienses acre- ditavam que sua cidade-Estado seria mais forte se cada menino desenvolvesse integralmente suas melhores aptidões. O ensino não era gratuito nem obrigatório, ficando a cargo da inicia- tiva particular. Os garotos entravam para a escola aos 6 anos e ficavam sob a supervisão de um pedago- go, com quem estudavam aritmética, literatura, música, escrita e educação física. Interrom- piam os estudos apenas nos dias de festas religiosas, e, quando completavam 18 anos, eram recrutados pelo governo para treinamento militar, que durava cerca de dois anos. As mulheres de Atenas estavam reservadas apenas as funções domésticas. Os pais trata- vam de casar logo as ilhas adolescentes, as quais, após núpcias, ficavam sob o domínio total dos maridos. Nesse mundo masculino, ficar em casa e em silencio era o maior exemplo de virtude para representantes do sexo feminino. Ostracismo: O reformador Clistenes implantou uma lei em Atenas determinando que qualquer cidadão que ameaçasse a segurança da cidade poderia ser condenado ao exílio por dez anos, isso era chamado de ostracismo. Ela lei procurava evitar que se repetisse um governo tirano em Atenas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 014. (OMNI/PEB II/HISTÓRIA/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO–SP/2021) Observe o trecho a seguir: “Democracia – algo tão valioso para nós – é um conceito surgido na Grécia antiga. Por cerca de um século, a partir de meados do século v a.C., Atenas viveu esta experiência única em sua época. Democracia, em grego, quer dizer ‘poder do povo’, à diferença de ‘poder de um’, a monarquia, ou ‘poder de poucos’, a oligarquia ou aristocracia.” Embora a experiência democrática ateniense sugerisse poder ao povo, como citado no texto acima, é preciso men- cionar que tal regime tinha seus limites, tais como: a) eram considerados como cidadãos apenas os homens, estrangeiros ou não, que fossem maiores de 18 anos. b) apenas a aristocracia possuía o direito de falar na Assembleia, cabendo aos demais o direito de votar contra ou a favor das proposições apresentadas. c) mulheres, menores de 18 anos, escravizados e estrangeiros ou filhos de pais estrangeirosnão eram considerados cidadãos, o que diminuía substancialmente a massa de participantes políticos na cidade. d) os cidadãos atenienses tinham seus poderes restringidos ao voto, isto é, liberdades indivi- duais e igualdade com relação aos demais cidadãos não era uma característica desse modelo de democracia. A democracia ateniense excluía da participação política aqueles que não eram cidadãos: mu- lheres, menores de 18 anos, escravizados e estrangeiros ou filhos de pais estrangeiros, o que representava 90% da população. Letra c. Período Clássico A democracia ateniense atingiu seu apogeu durante o governo de Péricles, no século V a.C. que marcou o início do chamado Período Clássico. Contudo, as desavenças internas, a escassez de terras e a necessidade de expansão do comércio levaram as cidades gregas, entre elas Atenas, a conquistar várias áreas coloniais, próximas ou distantes. Os espartanos não gostaram dessa expansão territorial de Atenas e a disputa por melhores terras determinou a criação de dois grupos rivais: a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta, e a Liga de Delos, sob a liderança de Atenas. No início do século V a.C., iniciou-se a chamada Guerra do Peloponeso, na qual Atenas saiu derrotada. Esse acontecimento foi o começo do declínio das antigas cidades-Estados gregas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Guerra contra os Persas Entre os séculos VI e V a.C., a expansão do Império Persa passou a ameaçar a autonomia das cidades-estados gregas. Por volta de 500 a.C., os persas dominavam várias colônias gre- gas na Ásia Menor e seu objetivo era conquistar também a Grécia. Na luta contra o inimigo comum, as cidades-estados se uniram e conseguiram derrotar os persas em várias batalhas. Esse conflito, que durou vários anos, ficou conhecido como Guerras Greco-pérsicas ou Guerras Médicas, assim denominadas porque os gregos chamavam os persas de medos. Guerras entre as Cidades-Estado A decadência da civilização grega iniciou-se a partir das Guerras do Peloponeso, quando os gregos lutaram contra os gregos. As origens do conflito estão no descontentamento geral, sobretudo de Esparta, em relação à supremacia ateniense. Esparta era aristocrática e estava determinada a manter sua organização sem interferên- cias ou influências atenienses. Atenas, democrática e também poderosa guerreira, estava dis- posta a impor suas ideias e princípios. Na primeira fase da guerra, entre 431 e 421 a.C., houve um certo equilíbrio entre as partes, com espartanos e atenienses conseguindo algumas vitórias. Após esse período as duas cida- des fizeram um acordo de paz que deveria durar 50 anos. Entre 415 e 413 a.C., a trégua foi quebrada pelos atenienses, que desejavam conquistar regiões dominadas pelos espartanos. Atenas foi derrotada e perdeu parte de sua frota e con- tingente militar. Os anos seguintes, de 413 a 404 a.C., podem ser considerados de ofensiva dos espartanos. Esparta aniquilou definitivamente Atenas, já bastante enfraquecida pelas perdas anteriores, iniciando sua hegemonia (domínio) sobre o mundo grego. 015. (CESPE-CEBRASPE/SEPLAG-DF/2008) Nas raízes históricas da cultura ocidental, de que o Brasil faz parte, destaca-se a influência da civilização grega na formação do homem valorizada pelo pleno desenvolvimento intelectual, corporal e artístico. Na Grécia helênica, a política tinha como objetivo a formação do homem para o exercício da cidadania pela demo- cracia. No campo do corpo, tanto a estética, a valorização da prescrição de orientações à dieta alimentar, quanto a importância de exercitar-se pela ginástica, foram componentes necessá- rios na visão grega para a formação do seu cidadão pleno. Julgue o item subsequente com relação às ideias apresentadas no texto acima. Atenas e Esparta tiveram a mesma concepção de ideal de formação do homem grego porque as duas cidades pertenciam à Grécia, que, naquela época, já possuía uma unidade nacional. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos A afirmativa está toda errada. Em Atenas a formação era intelectual, voltada para a culturas, as artes e o desenvolvimento do corpo. Em Esparta a educação era voltada ao militarismo. Além disso, não houve uma unidade nacional. Apesar de manterem a religião e a língua grega como fator de unidade, politicamente a Grécia era divida em várias Cidades-Estado autônomas. Errado. A Conquista da Grécia pela Macedônia Atenas, o centro glorioso do século de ouro da Grécia, chegava ao fim. Esparta também. Todas as cidades-estados ficaram enfraquecidas com as Guerras do Peloponeso e tornaram- -se alvos fáceis para a dominação de outros povos. Os macedônios, povo que habitava o norte da Grécia, conseguiram progredir e fortalecer-se econômica e militarmente. Aproveitando-se da fraqueza e da desunião dos gregos, Filipe II, o rei da Macedônia, preparou um poderoso exército e conquistou o território grego. A política expansionista iniciada por Filipe II teve continuidade com seu filho e sucessor Alexandre Magno, conhecido também como Alexandre O Grande, que consolidou a dominação da Grécia e iniciou a conquista do império Persa. A Macedônia tornou-se o centro do maior império formado até então, que só seria superado anos depois pelo Império Romano. As conquistas de Alexandre Magno, promovendo a fusão das culturas das várias regiões conquistadas no Oriente com os valores gregos deu origem a cultura helenística, que teve como centro de difusão cultural Alexandria, no Egito, e Pérgamo, na Ásia Menor. Herança Cultural da Grécia Antiga Os gregos foram os responsáveis pelo nascimento da Filosofia, termo grego que significa- va amor à sabedoria, por volta do século IV a.C., na cidade de Mileto. Um dos mais importantes pensadores gregos foi Pitágoras, matemático e filósofo. Pitágoras desenvolveu a ideia de que o princípio comum do homem, dos animais, vegetais e minerais era o átomo, considerado a menor parte da matéria. Segundo Pitágoras, o que diferenciava os seres animados e inanima- dos eram as diferentes estruturas que os átomos formavam em cada um deles. Além disso, ele formulou teorias sobre números e os classificou em várias categorias: os pares, os ímpares e os números primos. Defendia, também, a ideia de que a Terra era redonda. Os responsáveis pelo apogeu da filosofia grega no século IV a.C. foram Sócrates, Platão e Aristóteles. Sócrates não deixou nenhuma obra escrita. Ensinava nas ruas e nas praças. Seu principal discípulo foi Platão, cujas obras, em forma de diálogos, conservam-se até nossos dias. Aris- tóteles, por sua vez, foi o mais importante discípulo de Platão. Foi responsável pelo estabele- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos cimento das bases da Lógica, ciência que estuda os métodos e processos que possibilitam diferenciar os argumentos verdadeiros dos falsos nos estudos filosóficos. A Lógica é, atéhoje, um instrumento fundamental para todas as outras ciências. Entre os matemáticos gregos, além de Pitágoras, conhecido como o “pai da matemática”, estão Euclides, que estabeleceu os fundamentos da Geometria, e Arquimedes, conhecido pelo famoso “Princípio de Arquimedes” segundo o qual um corpo mergulhado na água sofre, de baixo para cima, um impulso equivalente ao líquido que deslocou. Os médicos também eram profissionais muito respeitados. O mais importante deles foi Hipócrates de Cós anexo, que é considerado o “Pai da Medicina”. Ainda hoje, os médicos, ao se formarem, prestam o chamado “juramento de Hipócrates”. Hipócrates, naquela época, já utili- zava procedimentos muito parecidos aos que utilizam nossos médicos para fazer diagnóstico de doenças como examinar o globo ocular, verificar a temperatura do corpo, aspecto da urina e das fezes, entre outros. Ao lado da Medicina praticada pelos médicos, havia também, tratamentos populares ba- seados na superstição e na magia. Uma das práticas mais comuns era pendurar amuletos no pescoço, atitude essa, tida como infalível para a prevenção e cura de várias doenças. Os mesmos avanços se verificaram na Astronomia e no campo da Geografia. Por volta do século II a.C., os gregos mapearam o mundo conhecido, dividindo-o em meridianos e paralelos e em três zonas: a frígida, a temperada e a tórrida. Usando cálculos matemáticos, mediram a circunferência da terra, as distâncias dela do Sol e da Lua. A preocupação dos gregos com a ciência era muito grande. Suas bibliotecas eram repletas de obras importantes e todas elas possuíam cópias, para não se perderem em caso de incên- dio ou de outro tipo de desastre. E como os gregos trataram a História? Alguns historiadores gregos tiveram uma grande importância para o desenvolvimento dessa área de conhecimento, ao substituírem os mitos poéticos pela explicação histórica. Os principais historiadores gregos foram Heródoto, consi- derado “o pai da história”, que escreveu uma obra sobre a guerra dos gregos contra os persas, e Tucídides, que narrou a história da Guerra do Peloponeso, da qual participou. Os gregos alcançaram notável desenvolvimento cultural e artístico. Sua produção tornou- -se tão rica e fecunda que ultrapassou os limites do tempo e do espaço geográfico e influen- ciou toda a cultura ocidental e algumas sociedades orientais. O teatro que surgiu na Grécia Antiga era diferente do atual. Os gregos assistiam a peças de graça, mas não frequentavam o teatro quando queriam. Ir ao teatro era um dos compromissos sociais das pessoas. Assim como havia rituais religiosos e assembleias para decidir os rumos das cidades, existiam festivais de teatros. Dedicados às tragédias ou às comédias, eles eram financiados pelos cidadãos ricos. E o governo pagava aos mais pobres para comparecer às apresentações. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Os festivais dedicados à tragédia ocorriam em teatros de pedra, ao ar livre, onde se esco- lhia o melhor autor. Embora alguns atores fizessem sucesso, os grandes ídolos do teatro eram os autores. As apresentações duravam vários dias e começavam com uma procissão em ho- menagem ao deus Dionísio, considerado o protetor do teatro. A plateia acompanhava as peças o dia todo e reagia intensamente às encenações. Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, assim como a maioria dos povos da Antiguidade. Mas, ao contrário dos outros povos, tinham uma grande intimidade com seus deuses, pois acreditavam que eles estavam a serviço das pessoas. Os deuses gre- gos possuíam características humanas, defeitos e qualidades, fraquezas e paixões. A diferen- ça existente entre eles e os humanos é que os deuses eram imortais. Os gregos acreditavam na existência de 12 grandes divindades, (linkar com mitologia gre- ga) que se reunião em seus tronos no alto do Monte Olimpo, onde moravam. O pai de todos os deuses era Zeus, casado com Hera. Apolo era o deus do Sol e protetor das artes, Ares era o deus guerra, Posêidon, do mar. Afrodite era a deusa do amor, e Palas Atena, da sabedoria, entre outros. Geralmente, esses deuses e deusas eram associados a fenômenos naturais. A arma de Zeus, por exemplo, era o raio – as tempestades seriam efeito de sua cólera. Por sua vez, os terremotos, que eram comuns na Grécia, eram explicados pelo mau-humor de Posseidon, que batia com seu tridente no fundo do mar. Também foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 a.C., os gre- gos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus. Atletas das cidades-estados gregas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros. Os gregos buscavam através dos jogos olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. 016. (QUADRIX/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/SEDF/2021) A Antiguidade Clássica (greco-romana) lançou as bases do que se entende por Civilização Contemporânea. Nos mil anos do que se convencionou chamar de Idade Média (séculos V- XV), formou-se a Europa moderna. Considerando essas informações como referência inicial, julgue o item. Herança cultural incontornável da Grécia Antiga, a filosofia (“amizade ao saber”) buscou, em seus primórdios, encontrar uma explicação física do universo. Sócrates representa um “divisor de águas” na filosofia grega justamente por romper com as tentativas de explicação do universo que eram comuns entre os filósofos hoje chamados de O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos naturalistas ou filósofos da natureza. Sócrates inovou colocando questões morais e políticas, ou seja, o ser humano, como centro das discussões filosóficas. Certo. 1.2.9. romA Querido(a), a história de Roma remonta a 753 a.C., com a fundação de um pequeno povo- ado na península Itálica. Embora a fundação tenha ocorrido no século VIII a.C., o mais antigo registro escrito é o estabelecido pelo historiador Marco Terêncio Varrão (116 a.C. – 27 a.C.) durante o reino de Augusto, cerca de 500 anos após o fato. Com o tempo, Roma tornou-se o centro de uma vasta civilização que dominou a região mediterrânica durante séculos, e que seria derrubada por algumas tribos germânicas, dando início à era historiográfica da Idade Média. Tornou-se a sede da Igreja Católica e, por pressão das circunstâncias políticas, seria obrigada a ceder parte de si, no seu interior, para formar um Estado independente, a Cidade do Vaticano. Continuou, no entanto, a desempenhar um papel importante na política global, tal como o fez na história e cultura dos povos europeus duran- te milênios. Origem de Roma A etimologia do nome da cidade é incerta, e são várias as teorias que nos chegam desde a Antiguidade. A menos provável indica-nos que derivaria da palavra grega Ρώμη (Róme), que significa “bravura”, “coragem”. A mais provável é a ligação com a raiz “rum”, “seios”, com pos- sível referência a uma loba (em latim, lupa) que teria adotado os gémeos Rómulo e Remo que, segundo se pensa, seriam descendentes dos povos de Lavínio. Rómulomataria o seu irmão e fundaria Roma. As tribos itálicas entraram no Lácio a partir de uma região montanhosa no centro da pe- nínsula Itálica, vindos da costa oriental. Apesar das circunstâncias da fundação de Roma, a sua população original era, por certo, uma combinação da civilização etrusca e povos itálicos, com uma provável predominância de etruscos. Gradualmente, a infiltração itálica aumentaria, ao ponto de predominar sobre os Etruscos; as populações etruscas seriam assimiladas pelas itálicas, dentro e fora de Roma. Roma cresceu com a sedentarização dos povos no monte Palatino até outras colinas a oito milhas do mar Tirreno, na margem Sul do rio Tibre. Outra destas colinas, o Quirinal, terá sido, provavelmente, um entreposto para outro povo itálico, os Sabinos. Nesta zona, o Tibre esboça uma curva em forma de “Z” contendo uma ilha que permite a sua travessia. Assim, Roma esta- va no cruzamento entre o vale do rio e os comerciantes que viajavam de Norte a Sul pelo lado ocidental da península. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Monarquia Romana A tradição romana informa que a cidade foi governada por sete reis de 753 a.C. a 509 a.C., iniciando-se com o mítico Rómulo que, juntamente com o seu irmão, Remo, teriam funda- do Roma. Sobre os últimos três reis, especialmente Tarquínio Prisco e Tarquínio, o Soberbo, informa-nos ainda que estes seriam de origem etrusca – segundo fontes literárias antigas. Prisco seria filho de um refugiado grego e de uma mãe etrusca – e cujos nomes se referem a Tarquinia. O valor historiográfico da lista de reis é, contudo, dúbio, embora os últimos reis pareçam ter sido figuras históricas. Crê-se, também – embora contestado em controvérsia – que Roma teria estado sob influência etrusca durante quase um século, durante este período. Sabe-se, porém, que nestes anos foi construída uma ponte designada Ponte Sublício, que viria a substi- tuir um baixio do rio Tibre utilizado para a sua travessia, e a Cloaca Máxima, o sistema romano de esgotos, obras de engenharia com um traçado típico da civilização etrusca. Do ponto de vista técnico e cultural, os Etruscos são considerados como o segundo maior impacto no de- senvolvimento romano, apenas suplantados pelos Gregos. Continuando a expansão, para Sul, os Etruscos estabeleceram contato direto com os Gre- gos. Após o sucesso inicial nos conflitos com os Gregos colonizadores, a Etrúria entraria em declínio. Aproveitando-se da situação, a cerca de 500 a.C., dá-se uma rebelião em Roma que lhe iria dar a independência dos etruscos. Na Roma monárquica, a sociedade era formada basicamente por três classes sociais: • os patrícios, a classe dominante, formada por nobres e proprietários de terra; • os plebeus, que eram constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses e pequenos proprietários; • os clientes, que viviam da dependência dos patrícios e os plebeus, e eram prestadores de serviços. Na monarquia romana, o rei exercia funções executiva, judicial e religiosa. O Senado, composto pelos patrícios, assessorava o rei e tinha o poder de vetar as leis apresentadas pelo monarca. As lendas narram os acontecimentos dos sete reinados da época. Durante o governo dos três últimos, que eram etruscos, o poder político dos patrícios declinou. A aproximação dos reis com a plebe descontentava os patrícios. Em 509 a.C., o último rei etrusco foi deposto e um golpe político marcou o fim da monarquia. O legado etrusco mostrou-se duradouro: os Romanos aprenderam a construir templos, e pensa-se que os primeiros tenham sido os responsáveis pela introdução da adoração a uma tríade divina – Juno, Minerva, e Júpiter – possivelmente correspondentes aos deuses etrus- cos. Em suma, os etruscos transformaram Roma, uma comunidade pastoral, numa verdadeira O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos cidade, imprimindo-lhe alguns aspectos culturais da cultura grega, que teriam adotado, como a versão ocidental do alfabeto grego. República Romana A monarquia foi também abolida em detrimento de um sistema republicano baseado num senado, composto por patrícios mais influentes da cidade, alguns populares representan- tes, que iriam garantir a participação política aos cidadãos de Roma, e magistrados eleitos anualmente. No virar para o século V a.C., Roma uniu-se às cidades latinas como medida defensiva das incursões dos Sabinos. Vencedora da Batalha do Lago Regilo, em 493 a.C., Roma estabeleceu novamente a supremacia sobre as regiões latinas que perdera com a queda da monarquia. Após séries de lutas, a supremacia veio a consolidar-se em 393 a.C., com a subjugação dos Volscos (volsci) e dos Équos (aequi). No ano anterior, já teriam resolvido a ameaça dos vizi- nhos Veios, conquistando-os. A potência etrusca estava agora confinada exclusivamente à sua própria região, e Roma tornara-se na cidade dominante do Lácio. A implantação da república significou a afirmação do Senado, o órgão de maior poder político entre os romanos. O poder executivo ficou a cargo das magistraturas, ocupadas pelos patrícios. A república romana foi marcada pela luta de classes entre patrícios e plebeus. Os patrí- cios lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e econômicos, mantendo os plebeus sob sua dominação. Entre 449 e 287 a.C. os plebeus organizaram cinco revoltas que resultaram em várias con- quistas: Tribunos da plebe, Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuleia. Com essas medi- das, as duas classes praticamente se igualaram. Para assegurar a segurança do seu território, Roma empenhou-se na reconstrução dos edifícios e tornou-se ela própria a invasora, ao conquistar a Etrúria e alguns territórios aos gau- leses, mais a norte. Em 345 a.C., Roma voltou-se para Sul, a combater outros latinos, na tenta- tiva de assegurar o seu território contra posteriores invasões. Neste quadrante, o seu principal inimigo eram os temidos samnitas que já haviam derrotado as legiões em 321 a.C. Apesar desses e outros contratempos temporais, os Romanos prosseguiram a sua expan- são casual de forma equilibrada. Em 290 a.C., Roma já controlava mais de metade da penín- sula Itálica e, durante esse século ainda, os Romanos apoderaram-se também das poleis da Magna Grécia mais a sul. Segundo a lenda, Roma tornou-se numa República em 509 a.C., quando um grupo de aris- tocratas expulsou Tarquínio, o Soberbo. No entanto, foram necessários vários séculos até Roma assumir a forma monumental com que é popularmente concebida. Durante as Guerras Púnicas, entre Roma e o grande império mediterrânico de Cartago, o estatuto de Roma aumen- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos tou mais ainda, já que assumia cada vez mais o papel de uma capital de um império ultrama- rino pela primeira vez. Iniciada no século II a.C., Roma viveu uma significativa explosão populacional,com os agri- cultores ancestrais a trocarem as suas terras pela grande cidade, com o advento das quintas operadas por escravos obtidos durante as conquistas, os latifúndios. Em 146 a.C., os Romanos arrasaram as cidades de Cartago e Corinto, anexando o Norte de África e a Grécia ao seu império e transformando Roma na cidade mais importante da parte ocidental do Mediterrâneo. A partir daqui, até ao final da república, os cidadãos iriam empenhar-se numa corrida de prestígio, suportando a construção de monumentos e grandes estruturas públicas. Talvez a mais notável tenha sido o Teatro de Pompeu, erigido pelo general Pompeu, que era o primeiro teatro de carácter permanente alguma vez construído na cidade. Depois de Júlio César regressar vitorioso das conquistas gálicas e subsequente guerra civil com Pompeu, embarcou num programa de reconstrução sem precedentes na história romana. Seria, no entanto, assassinado em 44 a.C. com a maioria dos seus projetos ainda em constru- ção, como a Basílica Júlia e a nova casa do senado romano (Cúria Hostília). Na República romana, a escravidão era a base de toda produção e o número de escravos ultrapassava os de homens livres. A violência contra os escravos causou dezenas de revoltas. Uma das principais revoltas escravos foi liderada por Espártaco entre 73 e 71 a.C. À frente das forças rebeldes, Espártaco ameaçou o poder de Roma. Para equilibrar as forças políticas, em 60 a.C., o Senado indicou três líderes políticos ao consulado, Pompeu, Crasso e Júlio César, que formaram o primeiro Triunvirato. Após a morte de Júlio César, foi instituído o segundo Triunvirato constituído por Marco Aurélio, Otávio Augusto e Lépido. As disputas de poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado o título de Prínceps (primeiro cidadão) foi a primeira fase do império disfarçado de República. 017. (FUNDATEC/PROFESSOR/HISTÓRIA PREFEITURA DE IVOTI–RS/2021) Considerando a história da República Romana, assinale a alternativa que representa o órgão máximo do po- der da época. a) Senado. b) Magistrados. c) Exército. d) Imperador. e) Câmeras dos deputados. Essa é pra gabaritar. Durante a República, a instituição que detinha o máximo poder era o senado. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Império Romano O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14 d.C.) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos – a política do “pão e circo”. Depois de Augusto, várias dinastias se sucederam. Entre os principais imperadores estão: • Tibério (14 a 37); • Calígula (37 a 41); • Nero (54 a 68); • Tito (79 a 81); • Trajano (98 a 117); • Adriano (117-138); • Marco Aurélio (161 a 180). 018. (QUADRIX/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/SEDF/2021) A Antiguidade Clássica (greco-romana) lançou as bases do que se entende por Civilização Contemporânea. Nos mil anos do que se convencionou chamar de Idade Média (séculos V-XV), formou-se a Europa mo- derna. Considerando essas informações como referência inicial, julgue o item. Roma, que em sua fase imperial chegou a dominar a bacia do Mediterrâneo (“mare nostrum”), deixou o direito como seu importante legado cultural. Durante o Império os romanos chegaram a máxima extensão territorial de seus domínios. E sim, um dos principais legados dos romanos foi o Direito. Certo. Decadência de Roma A partir de 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo prin- cipal objetivo era combater as invasões. Do ponto de vista político, o século III caracterizou-se pela volta da anarquia militar. Num período de apenas meio século (235 a 284) Roma teve 26 imperadores, dos quais 24 foram assassinados. Com a morte do imperador Teodósio, em 395, o Império Romano foi dividido entre seus filhos Honório e Arcádio. Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital Roma, e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, capital Constantinopla. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 49 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se e o imperador Rômulo Augusto foi deposto. O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade para a Idade Média. Da poderosa Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria até 1453. Escravidão Romana: A escravidão é a razão do crescimento territorial do Império Romano e, também, de sua decadência. Conquistavam territórios para escravizar sua população e leva- vam essa população para vários locais do Império. Ocorre que, o novo território conquistado, exigia mais mão de obra para viabilizar nele as atividades econômicas. Como o tempo de vida útil de um escravo era curta, cerca de 15 anos, em função das péssimas condições de vida, criava-se novamente a necessidade de mais mão de obra. Daí o círculo vicioso da expansão. Como o passar dos anos, com a mão de obra escrava cada vez mais escassa, a economia entrou em crise faltando dinheiro mesmo para pagar os soldos dos centuriões, que abandona- ram seus postos fronteiriços. Resumindo: A escravidão foi o motivo do apogeu e da decadên- cia de Roma. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 50 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 019. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/SEDF/2017) Texto 15A1CCC A Antiguidade Clássica construiu os alicerces sobre os quais se erigiria a Civilização Ocidental. O longo período que se segue à desintegração do Império Romano, a Idade Média, viu florescer um sistema baseado na terra e em relações sociais servis, quando o poder político se frag- menta e a Igreja Católica torna-se culturalmente hegemônica. O início dos tempos Modernos assinala a expansão europeia, de que decorreu a incorporação da África e da América à histó- ria do Ocidente. A partir da Revolução Industrial, o capitalismo tende a unificar o mundo, mas gera conflitos e oposição, de que seriam exemplos marcantes as duas guerras mundiais do século XX e a Revolução Russa de 1917. No Brasil, a “República que não foi” atravessa o século XX e chega ao século XXI entre avanços e recuos, alternando estabilidade com contextos de severas crises. Tendo as informações do texto 15A1CCC como referência inicial e considerando aspectos marcantes da história mundial e do Brasil, julgue o item a seguir. A Roma Antiga notabilizou-se pela capacidade de construir um gigantesco império a partir de sua unificação política, algo que os gregos jamais conseguiram produzir, ou seja, um Estado. Os gregos não conseguiram unificar as cidades-estado. Já os romanos centralizaram o estado na cidade de Roma. Certo. Querido(a) chegamos ao final da parte teórica de nossa aula. Na sequência você encontra- rá um resumo, mapas mentais, as questões que foram comentadas durante a aula e mais uma lista de exercícios sobre o conteúdo tratado. Resolva-as com atenção e, em caso de dúvida, chame no fórum. Ah, não se esqueçade avaliar a aula no site!!! Um abraço e até a nossa próxima aula!!! Professor Daniel O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 51 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos RESUMO Mesopotâmia: Entre rios. Tigre e Eufrates. Civilização de Regadio • Sumérios: Zigurates, Escrita Cuneiforme • Babilônicos: Código de Hamurabi, Jardins Suspensos da Babilônia, Torre de Babel • Assírios: militarismo • Caldeus: Nabucodonosor. • Sociedade: Politeísta, Estamental, Agricultura, Comércio Nômade Egito: Rio Nilo. Civilização de Regadio • Nomos: núcleos familiares ao longo do rio Nilo • Menés: Primeiro Faraó, centralizou o Egito organizando a mão-de-obra para construção de grandes obras públicas • Faraó: Filho dos Deuses, responsável pela justiça, religião, obras públicas, exército. • Escribas • Escravização dos Hebreus. • Politeísmo. Deuses antropozoomórficos • Pirâmides, Escrita hieroglífica Núbia, Kush, Ménroe, Napata • Núbia (4000 a.C.) • Jazidas de ouro • Kush (2000 a 330 d.C.) • Napata como primeira capital • Ébano, marfim, incenso, gado, ouro, escravos: enriqueceu o Egito. • Egipcianização da Núbia: adotou-se a religião, o culto às divindades egípcias, os costu- mes funerários, a construção de pirâmides. • Piankhy “Peye”, imperador Kush derrotou os assírios que dominavam o Egito e unificou Egito e Kush. • “Faraós negros’’ no Egito. A dinastia dos faraós negros perdurou por 52 anos • A civilização kushita renasceu aos redores da cidade de Méroe, nova capital Fenícios • Atual Líbano • Alfabeto fonético • Comerciantes do mar mediterrâneo: navegantes • Cidades-Estado O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 52 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Hebreus • Principal fonte histórica: Bíblia • Primeira Religião monoteísta. • Língua: Aramaico • Escolas • Diáspora • Escravidão no Egito Persas: • Atual Irã • Imperadores: Ciro, Dario e Xerxes • Setrapias: espécie de prefeitura • Estrada Real: comércio e primeiro sistema de correios • Dárico: moeda do império persa Grécia • Mitologia: Ilíada e Odisseia, livros escritos por Homero. • Formação das Cidades-Estados: Pólis • Esparta: Militarismo • Atenas: Democracia, Filosofia, Artes • Crise: Guerras entre as cidades-estado. • Domínio Macedônio. Roma • Monarquia – República – Império. • Escravidão: expansionismo e decadência • Mitologia: Rômulo e Remo • Etruscos e Latinos • Classes sociais: Patrícios, Plebeus e Clientes • Senado x Tribuna da Plebe: Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuleia. • Pão e Circo • Decadência: crise do escravismo e invasões dos povos bárbaros. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 53 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Esparta Atenas Militarismo Cultura, artes, filosofia Oligarquia Democracia Liga do Peloponeso Liga de Delos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 54 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos QUESTÕES DE CONCURSO 001. (QUADRIX/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/SEDF/2021) A Antiguidade Clássica (greco-romana) lançou as bases do que se entende por Civilização Contemporânea. Nos mil anos do que se convencionou chamar de Idade Média (séculos V- XV), formou-se a Europa moderna. Considerando essas informações como referência inicial, julgue o item. Com Sócrates, Platão e Aristóteles, a filosofia grega atingiu sua expressão máxima ao abordar, entre outros, temas metafísicos. 002. (QUADRIX/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEDF/2017) África e América foram incorporadas à história ocidental a partir do expansionismo comercial e marítimo europeu do início dos tempos modernos. O processo de exploração colonial desses continentes seguiu a lógica eco- nômica e política que, na Europa, caracterizava a transição do feudalismo ao capitalismo. Nas palavras de um ex-diretor geral da Unesco, “hoje, torna-se evidente que a herança africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, os modos de sentir, pensar, sonhar e agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul dos Estados Unidos ao norte do Brasil, passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico, as contribuições culturais herdadas da África são visíveis por toda parte; em certos casos, chegam a constituir os fundamentos essenciais da identidade cultural de alguns segmentos mais importantes da população”. Tendo por referência inicial as informações contidas no texto acima e considerando aspectos significativos do ensino de história, da história da América e de suas identidades, bem como da história africana e de suas relações com o exterior, julgue o item. Um dos graves problemas do ensino de história da África, no Brasil, decorre de uma visão es- tereotipada, de modo que a recorrente identidade continental – o africano – leva à construção de uma falsa homogeneidade, desconhecendo-se as especificidades das sociedades que ha- bitam o continente. 003. (ADM&TEC/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II/HISTÓRIA/PREFEITURA DE LAJEDO–PE/2022) Analise as afirmativas a seguir: I – No período Paleolítico, os serem humanos viviam da coleta de frutos e raízes, do artesanato e do comércio de ferramentas de bronze e aço nos centros urbanos primitivos, semelhantes às aldeias indígenas encontradas pelos portugueses que colonizaram o Brasil. II – O Paleolítico refere-se ao período da pré-história no qual os primeiros homo sapiens expan- diram o comércio com as grandes cidades antigas (como Roma, Irlanda e Ur). Esse período também é marcado pelo domínio de técnicas agrícolas mais avançadas – como as práticas agrícolas com ferramentas de aço – além da migração dos povos aborígenes australianos da Sibéria para o norte da África. Marque a alternativa CORRETA: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 55 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos a) As duas afirmativas são verdadeiras. b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. d) As duas afirmativas são falsas. 004. (ADM&TEC/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II/HISTÓRIA/PREFEITURA DE LAJEDO–PE/2022) Analise as afirmativas a seguir: I – Os seres humanos do Paleolítico eram nômades caçadores-coletores, não se fixando por muito tempo em um mesmo lugar, pois precisavam se deslocar constantemente em busca de alimentos. Para auxiliar nessa prática, eles desenvolveram os primeiros instrumentos de caça feitos em madeira, de osso ou de pedra lascada. II – NoPaleolítico, a baixa temperatura levou os grupos de hominídeos a se abrigarem em cavernas, a construir habitações com galhos de árvores e a compartilhar o uso dos recursos naturais – como os rios, as florestas e os lagos. Esse período foi marcado pelo desenvolvi- mento da comunicação oral e da escrita, pela criação dos primeiros utensílios de pedra e pelo manuseio do fogo. Marque a alternativa CORRETA: a) As duas afirmativas são verdadeiras b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. d) As duas afirmativas são falsas. 005. (ADM&TEC/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II/HISTÓRIA/PREFEITURA DE LAJEDO–PE/2022) Analise as afirmativas a seguir: I – Considerada uma das cidades mais importantes da história, Roma exerceu uma influência sem igual no desenvolvimento da história e da cultura dos europeus durante milênios e na construção da Civilização Ocidental. Tal influência teve início no período expansionista do Im- pério Romano que, liderado pela imperadora Elizabeth II, atingiu o máximo da sua ocupação territorial sobre a Europa e a Ásia. II – O funcionamento da antiga república romana era sustentado por diversas estruturas go- vernamentais e entidades com funções específicas, como, por exemplo, o Conselho da Ple- be, que era composto somente pelos plebeus e tomava decisões em plebiscitos (decretos do povo). Nesse conselho, os plebeus podiam aprovar leis, eleger seus magistrados e julgar casos jurídicos. Marque a alternativa CORRETA: a) As duas afirmativas são verdadeiras. b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. d) As duas afirmativas são falsas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 56 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 006. (FUNDATEC/PROFESSOR ANOS FINAIS/HISTÓRIA/PREFEITURA DE CANDELÁRIA– RS/2021) A historiografia evidencia a configuração histórica periodicamente, codificando os acontecimentos conforme a produção cultural, a relação do homem com o seu meio. Sendo assim, ao surgirem os primeiros habitantes terrestres, existiu uma produção cultural em que o homem fabricou instrumentos rústicos, com predomínio da elaboração de utensílios; foi essa capacidade produtiva que diferenciou o homem dos demais animais, o que só foi interrompido quando se deu início a chamada “revolução agrícola”. É correto afirmar que esse recorte histó- rico se refere ao período: a) Idade média. b) Idade dos metais. c) Paleolítico ou idade da pedra lascada. d) Neolítico, nova idade da pedra. e) Mesolítico ou pedra lascada. 007. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/SEDF/2017) Texto 15A1CCC A Antiguidade Clássica construiu os alicerces sobre os quais se erigiria a Civilização Ocidental. O longo período que se segue à desintegração do Império Romano, a Idade Média, viu florescer um sistema baseado na terra e em relações sociais servis, quando o poder político se frag- menta e a Igreja Católica torna-se culturalmente hegemônica. O início dos tempos Modernos assinala a expansão europeia, de que decorreu a incorporação da África e da América à histó- ria do Ocidente. A partir da Revolução Industrial, o capitalismo tende a unificar o mundo, mas gera conflitos e oposição, de que seriam exemplos marcantes as duas guerras mundiais do século XX e a Revolução Russa de 1917. No Brasil, a “República que não foi” atravessa o século XX e chega ao século XXI entre avanços e recuos, alternando estabilidade com contextos de severas crises. Tendo as informações do texto 15A1CCC como referência inicial e considerando aspectos marcantes da história mundial e do Brasil, julgue o item a seguir. Filosofia, teatro e democracia formam, entre outros aspectos significativos, o extraordinário legado cultural da Grécia Antiga para o Ocidente. 008. (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CRP–MG/2021) Criada na Antiguidade grega, foi reintroduzida na civilização contemporânea com o novo significado imposto pela passagem do tempo. Realizada a cada quatro anos, sua última edição, em 2021, teve como sede a capital japonesa, Tóquio. Trata-se da: a) Copa do Mundo de Futebol. b) Copa das Confederações. c) Copa do Mundo de Futsal. d) Liga dos Campeões. e) Olimpíada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 57 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 009. (CEV-URCA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/PREFEITURA DE MILAGRES–CE/2018) Cro- nologicamente, os Tempos Homéricos da História Grega situam-se cronologicamente em épo- ca anterior à arcaica, sendo a Ilíada e a Odisseia as principais fontes para os seus estudos. Sobre o período e as fontes citadas, é correto afirmar: a) A Ilíada e a Odisseia são importantes obras da cultura Helenística e por meio delas podemos definir com exatidão o tempo histórico do período homérico; b) A Ilíada e a Odisseia são fontes importantíssimas para estudar as invasões dóricas, por se- rem extremamente fidedignas aos fatos; c) Nas duas obras é possível encontrar fantasia e realidade que se misturam em Homero de forma encantadora; d) Os achados arqueológicos em Micenas e Tirinto demonstram que as duas obras são abso- lutamente fantasiosas e não dão conta de relações com a realidade; e) Durante este período, os helenos, agrupados em cidades-estados, evoluíram para as comu- nidades gentílicas. 010. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEDUC-PA/2006) A história da Antiguida- de Clássica é marcada por continuidades e descontinuidades em relação ao mundo diversifi- cado da Antiguidade Oriental. Povos da Mesopotâmia e do Nilo demonstraram que o processo histórico que unia o Oriente e a África ao Mediterrâneo europeu não era estanque, isolado e sem comunicação com o que viria a ser a pujança de Grécia e Roma. A propósito da riqueza dos povos da Antiguidade Clássica e de suas heranças, assinale a opção correta. a) Roma e Grécia construíram suas histórias de costas para as heranças das sociedades hi- dráulicas da Mesopotâmia e do Egito. b) O escravismo, inexistente em experiências históricas até então, era um sistema secundário de utilização da força de trabalho nas duas grandes civilizações da Antiguidade Clássica. c) As formas mais avançadas de manifestações filosóficas e científicas que apareceram na sociedade grega, como também em Roma, eram inéditas, mas continham aspectos herdados de tradições que vinham de sociedades do Oriente Próximo. d) As condições da vida e do trabalho, no mundo clássico antigo, foram marcadas por formas assalariadas de remuneração do trabalho muito próximas às do mundo contemporâneo. 011. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO TRIBUTÁRIO DA RECEITA ESTADUAL/PROVA 1/SE- FAZ-RS/2018) Peças de barro de 4.000 a.C. encontradas na Mesopotâmia são os documentos escritos mais antigos que conhecemos. E o mais antigo desses documentos faz referência aos impostos. Naquela época, além de entregar parte dos alimentos que produziam ao governo, os sumérios, um dos povos que viviam por ali, eram obrigados a passar até cinco meses por ano trabalhan- do para o rei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 58 de 92www.grancursosonline.com.brHistória Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Os mais sortudos eram empregados para realizar a colheita ou para retirar lama dos canais da cidade. Os menos afortunados entravam para o exército, com grandes chances de morrer em uma guerra. Quem era rico escapava: mandava escravos para fazer o serviço sujo. Assim que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal por dinheiro. Era assim também no antigo Egito. As evidências indicam que, em 3.000 a.C., os faraós cole- tavam impostos em dinheiro ou em serviços pelo menos uma vez por ano. Ninguém era tão temido quanto os escribas, responsáveis por determinar a dívida de cada um. O controle era tão rigoroso que fiscalizavam até o consumo de óleo de cozinha nas residências, já que essa era uma substância tributada. Os impostos eram mais altos para estrangeiros, e especula-se que foi para pagar dívidas tributárias que os hebreus, por exemplo, acabaram como escravos. O Império Romano aperfeiçoou a técnica de impor tributos a estrangeiros. Em economias pré- -industriais, a terra e o trabalho são os principais ingredientes da riqueza. Por isso, a conquista de outras terras e de povos dava aos romanos acesso a mais riqueza, o que, por sua vez, per- mitia que conquistassem e controlassem um território ainda maior. O censo, usado até hoje em muitos países, foi criado pelos romanos para decidir quanto deve- riam cobrar de cada província. Os cálculos eram feitos com base no número de pessoas. Até hoje, a capacidade de cobrar impostos é diretamente proporcional à quantidade e à qualidade de informações disponíveis sobre os contribuintes. Internet: <https://super.abril.com.br> (com adaptações). Depreende-se das informações do texto 1A1-I que: a) os historiadores acreditam que os hebreus se tornaram escravos em razão de suas dívidas tributárias. b) os impostos surgiram em 4.000 a.C. e consistiam, nessa época, em uma contribuição braçal. c) os romanos tinham acesso a mais riquezas à medida que conquistavam terras. d) o recenseamento visa, ainda hoje, ao controle do Estado sobre os bens da população. e) os egípcios e os sumérios passaram a cobrar dinheiro como pagamento de impostos quan- do surgiu a moeda. 012. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO TRIBUTÁRIO DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2018) Peças de barro de 4.000 a.C. encontradas na Mesopotâmia são os documentos escritos mais antigos que conhecemos. E o mais antigo desses documentos faz referência aos impostos. Naquela época, além de entregar parte dos alimentos que produziam ao governo, os sumérios, um dos povos que viviam por ali, eram obrigados a passar até cinco meses por ano trabalhan- do para o rei. Os mais sortudos eram empregados para realizar a colheita ou para retirar lama dos canais da cidade. Os menos afortunados entravam para o exército, com grandes chances de morrer em uma guerra. Quem era rico escapava: mandava escravos para fazer o serviço sujo. Assim que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal por dinheiro. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 59 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Era assim também no antigo Egito. As evidências indicam que, em 3.000 a.C., os faraós cole- tavam impostos em dinheiro ou em serviços pelo menos uma vez por ano. Ninguém era tão temido quanto os escribas, responsáveis por determinar a dívida de cada um. O controle era tão rigoroso que fiscalizavam até o consumo de óleo de cozinha nas residências, já que essa era uma substância tributada. Os impostos eram mais altos para estrangeiros, e especula-se que foi para pagar dívidas tributárias que os hebreus, por exemplo, acabaram como escravos. O Império Romano aperfeiçoou a técnica de impor tributos a estrangeiros. Em economias pré- -industriais, a terra e o trabalho são os principais ingredientes da riqueza. Por isso, a conquista de outras terras e de povos dava aos romanos acesso a mais riqueza, o que, por sua vez, per- mitia que conquistassem e controlassem um território ainda maior. O censo, usado até hoje em muitos países, foi criado pelos romanos para decidir quanto deve- riam cobrar de cada província. Os cálculos eram feitos com base no número de pessoas. Até hoje, a capacidade de cobrar impostos é diretamente proporcional à quantidade e à qualidade de informações disponíveis sobre os contribuintes. Internet: <https://super.abril.com.br> (com adaptações). Infere-se do texto 1A1-I que os impostos no antigo Egito eram: a) cobrados pelos escribas. b) pagos anualmente. c) aplicados a nativos e estrangeiros. d) estipulados pelos faraós. e) revertidos em benfeitorias. 013. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR PLENO I/HISTÓRIA/SEDUC-CE/2013) Após o assas- sinato de Alexandre Severo, em 235 d.C., os soldados proclamaram cinquenta imperadores durante cerca de cinquenta anos, em várias partes do Império Romano. Alguns desses impera- dores sobreviveram por poucos meses, assassinados por exércitos rivais ou até mesmo pelas tropas que os tinham acabado de entronizar. Ser declarado imperador era o apogeu da carreira de um homem. Entretanto, no século III, era uma sentença de morte. Internet:<www.bbc.co.uk> (com adaptações). O texto acima refere-se a um período da história de Roma conhecido como Crise do Século III, cujos efeitos, para além da política sucessória, abrangeram também: a) o exército, com a reconfiguração das hierarquias de comando, as quais foram monopoliza- das pelos chefes bárbaros. b) a religião, com a adoção oficial de um novo credo, o cristianismo. c) a economia, com inflação acentuada, e o fortalecimento dos poderes locais. d) a configuração geopolítica do Império, com a sua divisão entre Leste, Oeste e África. e) as instituições legislativas, com a criação de assembleias regionais que se enfrentavam no senado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 60 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 014. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR PLENO I/HISTÓRIA/SEDUC-CE/2013) Não se pode negar que o Estado “clássico” esteja em crise. Produto do século XIX, no qual Hegel identificou a realização da história, esse Estado, antes apresentado como a expressão da vontade geral, diminuiu, ficou modesto, face à economia. Diante disso, será que os historiadores não julga- ram a história institucional anterior a esse período à luz desse “Estado Modelo”? Será que eles realmente compreenderam a complexidade da noção de Estado e das realidades estatais ao longo dos séculos? Talvez hoje, face à crise, lhes seja mais fácil enxergar o passado de forma a perceber a variedade das formas de organização política das sociedades humanas. Karl-Fer- dinand Werner. O historiador e a noção de Estado. In: Comptes-rendus des séances de l’Académie des Inscriptions et BellesLettres, 136e année, n. 4, 1992, p. 709 (com adaptações). Ainda acerca do modelo estatal referido no texto, as principais manifestações no período gre- go clássico incluem: a) a organização política e o sistema de representação e de constituição da cidadania. b) a procissão panatenaica, que se realizava a cada ano para celebrar a cidadania ateniense. c) as olimpíadas, quando competiam os melhores atletas das cidades pan-helênicas. d) o monopólio que a cidade de Atenas exerceu sobre o comércio no Mediterrâneo. e) a Escola de Atenas, onde se reuniam os grandes filósofos e seus discípulos. 015. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSORNÍVEL SUPERIOR/PNS-A/HISTÓRIA/ PREFEITURA DE SÃO LUÍS–MA/2017) A respeito da história romana antiga, assinale a opção correta. a) Nos seus primeiros três séculos, o cristianismo permaneceu como uma religião circunscrita às elites romanas, tendo sido por isso tolerado pelo regime político. b) Uma das características do Império foi a promoção, em Roma e em outros centros urbanos sob o seu comando, de grandes obras de engenharia, que absorviam a mão de obra da popu- lação pobre. c) Os romanos antigos distinguiram-se, entre os povos da antiguidade clássica, pela eficácia com que evitaram a influência grega sobre sua cultura, economia e suas instituições. d) A Ilíada e A Odisseia, de autoria de Homero, são duas das mais famosas obras da poesia épica romana por terem ajudado a modelar a mentalidade e o caráter dos romanos. e) Diante do fortalecimento da aristocracia territorial no início da Era Cristã, o Império Romano foi transformado em República, tendo sido extinta a figura do imperador e ampliados os pode- res do Senado. 016. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/HISTÓRIA/ PREF. DE SÃO LUÍS–MA/2017) No que tange à história das sociedades da antiga Grécia, assinale a op- ção correta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 61 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos a) As reformas empreendidas por Sólon a partir de 594 a.C., em Atenas, foram uma tentativa de abolir os mecanismos democráticos de governo implementados anos antes pelo legisla- dor Drácon. b) Em Esparta, a parcela da população que recebia educação militar e detinha alguns direitos políticos era majoritariamente a de ascendência dória. c) As guerras médicas são consideradas guerras civis, uma vez que diversas cidades gregas lutaram umas contra as outras, sob a liderança de Atenas, de um lado, e Tebas, de outro. d) A afirmação da democracia como sistema de organização do governo na Atenas clássi- ca exerceu influência sobre diversas transformações sociopolíticas no mundo grego, como a emancipação dos escravos em Esparta. e) O caráter autocentrado das sociedades da antiga Grécia foi determinante para que os gre- gos e as suas cidades-estado se abstivessem de promover a colonização de áreas situadas fora do seu território. 017. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEE-AL/2013) No que se refere à história da cultura, das linguagens, das artes, das ciências, da técnica e da filosofia no mundo ociden- tal, julgue os próximos itens. A invenção da escrita no Oriente Médio significou importante inovação na história da huma- nidade e possibilitou a renovação e a ampliação das formas de registro e de comunicação cultural de informações, conhecimentos, técnicas, tradições e memórias 018. (AOCP/PROFESSOR DE HISTÓRIA/PREFEITURA MUNICIPAL DE SEROPÉDICA/2013) Ao longo da história, os sujeitos oprimidos lutaram para conquistar seus direitos empreenden- do rebeliões ou desenvolvendo formas de resistências. Sobre o assunto, assinale a alternati- va correta. a) Foi durante o período da República romana (509-27 a.C.) que os plebeus percorreram um caminho de lutas contra os patrícios para adquirir direitos sociais, jurídicos e políticos. b) No período em que vigorou o feudalismo na Europa, os camponeses eram dóceis e resigna- dos em relação aos senhores feudais, portanto não há registros de rebeliões. c) A sociedade europeia dos séculos XVI a XVIII viveu um período de tranquilidade, sem gran- des contestações à ordem estabelecida até que eclodiu a Revolução Francesa. d) A Revolução Industrial foi um advento muito importante para os operários que a recebe- ram com gratidão por ter, afinal, as máquinas a seu favor no desempenho das atividades fabris. e) A luta pelos direitos de cidadania da mulher se estendeu pelos séculos XVIII, XIX e início do XX, trazendo conquistas plenas para estas em todo o Ocidente e Oriente. 019. (INÉDITA/2022) Os acadianos, que tinham por centro hegemônico a cidade de Akad, chegaram a elaborar, a partir da escrita cuneiforme, um tipo de escrita própria, o acadiano, que teve grande repercussão à época, sendo usada em documentos como: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 62 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos a) O livro do Êxodo. b) O Decálogo de Moisés. c) A lei das 12 Tábuas. d) O Livro de Jó. e) O código de Hamurábi. 020. (UECE/2008) Os sumérios foram os primeiros habitantes da Mesopotâmia. Eles se au- todenominavam “as cabeças negras” e a região na qual habitavam denominavam de “terra de Sumer”. Sobre este povo, assinale o correto. a) Eram nômades, voltados para a guerra e a conquista de novos territórios. Ao contrário de outros povos, repudiavam o comércio, não possuíam uma cultura definida ou uma religião or- ganizada, com um panteão e seus ritos. b) Oriundos de diversos grupos étnicos, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar aos poucos nos territórios da região mesopotâmica em busca de terras agricultáveis. Eram conhe- cidos pela sua habilidade no comércio. c) Eram sedentários. Agricultores, realizaram obras de irrigação e canalização dos rios. Cons- truíram as primeiras cidades fortificadas que funcionaram como cidades-estados. Utilizavam técnicas de metalurgia e a escrita. d) Eram, sobretudo, comerciantes e artesãos. Sem nenhuma aquisição cultural significativa. Fundaram um império unitário com um regime político único. Descendentes dos semitas, fo- ram os primeiros a buscar uma religião monoteísta. 021. (UFSM-RS) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da humanidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de: a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas. b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para a idade dos metais. c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento so- cioeconômico. d) possuir uma área agricultável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates. e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para a locomoção de pessoas e apropriado para de- senvolvimento comercial. 022. (INÉDITA/2022) Em 3200 a.C., Menés ficou conhecido por ser o primeiro Faraó do Egito Antigo. Durante os seus reinados, os faraós possuíam bastante poder político e econômico. Diante disso, marque a alternativa correta sobre o que foi a Teocracia na civilização egípcia. 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(FGV/VESTIBULAR/2017) A vida privada dos escravos romanos à época do Império é um espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, esses homens tinham vida própria; por exemplo, participavam da religião, e não apenas da religião do lar que, afinal, era o seu: fora de casa, um escravo podia perfeitamente ser aceito como sacerdote pelos fiéis de alguma devoção coletiva; podia também se tornar padre dessa Igreja cristã que nem por um momento pensou em abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo, é possível que as coisas religio- sas os tenham atraído muito, pois bem poucos outros setores estavam abertos para eles. Os escravos também se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, do circo e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, assim como os tribunais, as crianças das escolas e... os burros de carga. (Paul Veyne, O Império Romano. Em: Paul Veyne (org.). História da vida privada v. 1: do Império Romano ao ano mil, 2009. Adaptado) A partir da discussão presente no trecho, é correto afirmar: a) a característica fundante do escravismo romano era a origem étnica, o que fazia com que a escravização dos povos conquistados e o tráfico nas fronteiras do Império proporcionassem a grande maioria da mão de obra servil, ao mesmo tempo em que a escravidão entre os próprios romanos havia caído em desuso desde a crise da República. b) os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas seres humanos, na medida em que até os senhores que os tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, características necessariamente humanas; no entanto, esses seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu amo detinha. c) a escravidão caracterizava as relações de produção em Roma e os escravos, em sua infe- rioridade jurídica, desempenhavam uma função produtiva, marcados por um lugar social de pobreza, privação e precariedade, estando associados às formas braçais de trabalho e à pro- dução de bens materiais em uma sociedade altamente hierarquizada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 64 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos d) a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa transformação ao longo dos séculos, de tal forma que a própria sociedade romana passou a questioná-la, tornando mais brandas as relações escravistas em meio à transformação do cristianismo em religião oficial do Império, o que contribuiu para o aprofundamento da crise do escravismo. e) as relações escravistas caracterizaram os tempos da República romana, muito associadas ao poder dos patrícios, pertencentes à aristocracia de grandes proprietários, mas entraram em decadência na passagem para o Império, pois os generais que centralizaram o poder reconhe- ciam na escravidão um mecanismo de enfraquecimento do exército. 024. (FGV/VESTIBULAR/2017) “[...] a partir do século V a.C., a guerra tornou-se endêmica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade, ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara possível um adensamento dos contatos, um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma organização dos territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pontos centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes.” (Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013.) Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que: a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental. b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava em guerra com outros povos. c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de cidades-Estados gregas com o intuito de combater a presença persa no Mediterrâneo. d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo. e) a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as prin- cipais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças mili- tares cartaginesas. 025. (FGV/VESTIBULAR/2016) “Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes Julia- nos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia, Tessália, Dar- dânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 65 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos (...); deportam e pilham tudo. Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são capturados, os padres assassinados, todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastam junto aos antigos altares de Cristo (…).” (São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida pública e vida privada. 2000.) O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela: a) combinação da cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado Ro- mano, em meio às invasões germânicas e de outros povos. b) reorientação radical da economia, porque houve o abandono da relação com os mercados mediterrâneos e o início de contato com o norte da Europa. c) expulsão dos povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos orga- nismos representativos da República Romana. d) crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o gover- no romano acusava os cristãos de aliança com os invasores. e) retomada do paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsabi- lizados pela grave crise política do Império Romano. 026. (FGV/VESTIBULAR/2015) É a partir do século VIII a.C. que começamos a entrever, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estados ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades organizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes. (Norberto Luiz Guarinello, História Antiga, 2013, p. 77. Adaptado) Nas pólis, é correto: a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos. b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora. c) destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais. d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado. e) apontar para a suaessência: a organização urbana estruturada para a guerra. 027. (FGV/VESTIBULAR/2014) São características do período arcaico (séculos VIII-VI a.C.), na Grécia Antiga: a) desenvolvimento dos oikos e expansão creto-micênica. b) desenvolvimento das póleis e expansão pelo Mediterrâneo. c) rivalidades entre Esparta e Atenas e Guerra do Peloponeso. d) enfraquecimento das póleis e expansão macedônica. e) guerras entre gregos e persas e o fim da democracia ateniense. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 66 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 028. (FGV/VESTIBULAR/2008) Leia as afirmativas sobre a República Romana (509-27 a.C.). I – Nos primeiros tempos da República, a sociedade era composta por apenas dois setores: os patrícios e os escravos. II – Os escravos, pouco numerosos no início da República, cresceram numericamente com as guerras de conquista. III – Entre as funções públicas em Roma, havia os cônsules, os pretores e os tribunos da plebe. IV – Em 494 a.C., plebeus rebelados se retiram para o Monte Sagrado, ameaçando fundar outra cidade se não tivessem, entre outras reivindicações, o direito de eleger seus próprios magistrados. V – Com o expansionismo romano e as suas conquistas territoriais, houve um grupo especial- mente beneficiado: os plebeus, que passaram a vender trigo para os povos dominados. São corretas as afirmativas: a) I, II e III, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) II, III, IV e V, apenas. d) III, IV e V, apenas. e) I, II, III, IV, V. 029. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2019) As cidades-estado antigas desenvolveram, progressivamente, formas mais abertas de participação no poder, denominadas pelos próprios antigos de “democracia”. O caso mais exemplar foi o de Atenas, modelo para muitas cidades- -estado, onde a democracia se manteve por quase dois séculos. (Norberto Luiz Guarinello. Cidades-estado na Antiguidade Clássica. Em: J. Pinsky; C. B. Pinsky. História da Cida- dania. São Paulo: Contexto, 2008. Adaptado) Entre as marcas da democracia antiga, é correto identificar: a) a eleição de representantes masculinos com direito a voz e voto pela assembleia da cidade- -estado, órgão político que incluía mulheres e estrangeiros. b) a importância decrescente dos escravos, a ponto de discutir-se a abolição da escravatura, e a consequente redução das desigualdades nas cidades-estado. c) a conquista pacífica de direitos por parte dos mais pobres, ainda que se mantivesse a marca aristocrática de distinção social regulada pelo nascimento. d) a ojeriza à guerra e ao conflito social, o que contribuiu para que Atenas fosse derrotada su- cessivamente pelos persas e pelos espartanos. e) a participação política direta, exercida por um corpo de cidadãos ativos, sem a noção de representação e restrita aos cidadãos masculinos. 030. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2016) A decisão, ao final de cada combate dos jo- gos de gladiadores, estava nas mãos da multidão, a testemunhar um ato de soberania popular que só teria equivalência, no mundo moderno, com os referendos ou plebiscitos, em que todos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 67 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos se manifestam. O princípio da soberania popular manifestava- -se, na arena, de forma direta e incisiva. Se nas eleições as mulheres não tinham direito ao voto, na arena todos podiam mani- festar-se, prerrogativa que a cidadania moderna atingiria apenas no século XX. (Jaime Pinsky e Carla Pinsky (orgs.), História da Cidadania) De acordo com o texto, os jogos de gladiadores: a) eram um aspecto importante da participação da coletividade na vida pública. b) destinavam-se à diversão dos escravos, distraindo-os das questões sociais. c) faziam parte da política social do Império, contribuindo para a redução das desigualdades. d) reproduziam o caráter horizontal e igualitário da estrutura da sociedade romana. e) funcionavam como o sistema penal da sociedade romana, punindo ladrões e marginais. 031. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2015) O grupo extremista islâmico autodenominado “Estado Islâmico” (EI) começou a destruir mais um sítio arqueológico no norte do Iraque, se- gundo fontes curdas. No início desta semana, militantes do grupo haviam começado a demolir as ruínas da cidade de Nimrud, antiga capital do império assírio, situada no norte da Mesopo- tâmia e fundada no século 13 a.C.. (UOL, 7 mar.15. Disponível em: Adaptado) Em relação à cidade citada no trecho, é correto afirmar que ficava localizada em uma região: a) desértica, sem muitos recursos e sem a possibilidade de cultivar alimentos, o que fez do lugar um sítio bastante inóspito e com uma ocupação sempre muito instável e irregular. b) bem próxima ao vale do rio Nilo, o que favorecia o cultivo de alimentos nas terras férteis da várzea do rio, tendo possibilitado o contato com os egípcios e o processo de sedentarização. c) pouco propícia à sedentarização, o que levava os seus habitantes a estabelecerem trocas comerciais em busca de alimentos, além de conviverem com a dificuldade de produzir objetos de cerâmica. d) banhada por dois importantes rios, o Tigre e o Eufrates, em torno dos quais surgiram os primeiros agrupamentos humanos que dominaram a técnica da escrita de que se tem notícia. e) que oferecia água corrente em abundância, sem que se fizessem necessárias obras hidráu- licas, o que favoreceu o desenvolvimento de uma sociedade complexa e institucionalizada. 032. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2014) A religião dos romanos era politeísta e antro- pomórfica com nítidas influências das crenças etrusca e grega. Ao dominar grande parte do mundo conhecido, os romanos entraram em contato com diversas religiões e tiveram por elas grande respeito. Algumas chegaram a erigir seus templos na própria cidade de Roma. O Pan- teão, ou conjunto de deuses, dos romanos chegou a incorporar alguns dos deuses gregos, com nomes trocados para nomes latinos, mas com os mesmos atributos. (FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 68 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos A tolerância que os romanos tiveram para com diversas religiões do mundo por eles conquis- tadas não existiu, entretanto, para com a religião cristã, pois: a) o universo simbólico do cristianismo era muito próximo da religiosidade romana, inclusive em relação ao monoteísmo, o que acabou gerando certa competição entre as religiões. b) no momento em que surgiu o cristianismo, a sociedade romana vivia o período mais agudo da sua crise política, social e econômica, o que aumentou a repressão à nova religião. c) o cristianismo era, à época, uma religião fechada à conversão, assim como o judaísmo, o que contrariava o esforço de expansão e a perspectiva universalizante da sociedade romana. d) a figura do Papa e das outras autoridades da Igreja Católica, tais como cardeais, bispos e ar- cebispos, ameaçavam simbolicamente a ordem, a hierarquia e a própria existência do império. e) de início os cristãos foram perseguidosprincipalmente por motivos políticos, ainda que mais tarde, no contexto de crise da sociedade romana, o cristianismo tenha se expandido. 033. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2013) A cidadania nos Estados nacionais contem- porâneos é um fenômeno único na História. Não podemos falar de continuidade do mundo an- tigo, de repetição de uma experiência passada e nem mesmo de um desenvolvimento progres- sivo que unisse o mundo contemporâneo ao antigo. São mundos diferentes, com sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação e direitos têm sentidos diversos. (Norberto Luiz Guarinello, Cidades-Estado na Antiguidade Clássica. In PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2008, p. 29.) Entre as diferenças que separam o Estado nacional contemporâneo da cidade-estado da Anti- guidade, é possível destacar: a) o aspecto militar, que no passado era considerado parte das responsabilidades particulares de cada cidadão e hoje é um dever do Estado. b) a concepção de cidadania, muito mais restrita à época do que hoje, de tal forma que mulhe- res, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos. c) a política educacional, de caráter público e direcionada a toda a população no mundo antigo, enquanto hoje coexistem instituições públicas e privadas. d) a política de reforma agrária, desnecessária no mundo antigo devido à igualdade econômica existente, enquanto hoje é parte importante das políticas sociais. e) a questão econômica, àquela época comandada pelo poder público e hoje sob a responsa- bilidade dos agentes privados, que gozam de grande autonomia. 034. (UEL) “... essencialmente mercadores, exportavam pescado, vinhos, ouro e prata, armas, praticavam a pirataria, e desenvolviam um intenso comércio de escravos no Mediterrâneo...” O texto refere-se a características que identificam, na Antiguidade Oriental, os: a) fenícios. b) hebreus. c) caldeus. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 69 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos d) egípcios. e) persas. 035. (UNESP/2003) Na região onde atualmente se encontra o Líbano, instalou-se, no III mi- lênio a.C., um povo semita, que passou a ocupar a estreita faixa de terra, com cerca de 200 quilômetros de comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. Várias razões os levaram ao comércio marítimo, merecendo destaque sua proximidade geográfica com o Egito; a costa, que oferecia lugares para bons portos; e os cedros, principal riqueza, usados na construção de navios. O contido nesse parágrafo refere-se ao povo: a) fenício. b) hebreu. c) sumério. d) hitita. e) assírio. 036. (UNESP/2013) Na Mesopotâmia, todos os bens produzidos pelos próprios palácios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram buscados na exploração da população das aldeias e das cidades. As formas de exploração eram princi- palmente duas: os impostos e os trabalhos forçados. (Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.) Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a: a) internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de al- godão, cevada e sésamo. b) utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino. c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracteriza- va o sistema econômico mesopotâmico como escravista. d) servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores. e) obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou muralhas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 70 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos GABARITO 1. C 2. C 3. d 4. d 5. c 6. c 7. C 8. e 9. c 10. c 11. c 12. c 13. c 14. a 15. b 16. b 17. C 18. a 19. e 20. c 21. d 22. b 23. b 24. c 25. a 26. b 27. b 28. b 29. e 30. a 31. d 32. e 33. b 34. a 35. a 36. e O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 71 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos GABARITO COMENTADO 001. (QUADRIX/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/SEDF/2021) A Antiguidade Clássica (greco-romana) lançou as bases do que se entende por Civilização Contemporânea. Nos mil anos do que se convencionou chamar de Idade Média (séculos V- XV), formou-se a Europa moderna. Considerando essas informações como referência inicial, julgue o item. Com Sócrates, Platão e Aristóteles, a filosofia grega atingiu sua expressão máxima ao abordar, entre outros, temas metafísicos. Sócrates representa um “divisor de águas” na filosofia grega justamente por romper com as tentativas de explicação do universo que eram comuns entre os filósofos hoje chamados de naturalistas ou filósofos da natureza. Sócrates inovou colocando questões morais e políticas, ou seja, o ser humano, como centro das discussões filosóficas. Certo. 002. (QUADRIX/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEDF/2017) África e América foram incorporadas à história ocidental a partir do expansionismo comercial e marítimo europeu do início dos tempos modernos. O processo de exploração colonial desses continentes seguiu a lógica eco- nômica e política que, na Europa, caracterizava a transição do feudalismo ao capitalismo. Nas palavras de um ex-diretor geral da Unesco, “hoje, torna-se evidente que a herança africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, os modos de sentir, pensar, sonhar e agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul dos Estados Unidos ao norte do Brasil, passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico, as contribuições culturais herdadas da África são visíveis por toda parte; em certos casos, chegam a constituir os fundamentos essenciais da identidade cultural de alguns segmentos mais importantes da população”. Tendo por referência inicial as informações contidas no texto acima e considerando aspectos significativos do ensino de história, da história da América e de suas identidades, bem como da história africana e de suas relações com o exterior, julgue o item. Um dos graves problemas do ensino de história da África, no Brasil, decorre de uma visão es- tereotipada, de modo que a recorrente identidade continental – o africano – leva à construção de uma falsa homogeneidade, desconhecendo-se as especificidades das sociedades que ha- bitam o continente. Como vimos, a África é um continente que abrigou vários povos, impérios e culturas. Desse modo, a visão de homogeneidade cultural dos africanos é simplista e longe da realidade. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 72 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 003. (ADM&TEC/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTALII/HISTÓRIA/PREFEITURA DE LAJEDO–PE/2022) Analise as afirmativas a seguir: I – No período Paleolítico, os serem humanos viviam da coleta de frutos e raízes, do artesanato e do comércio de ferramentas de bronze e aço nos centros urbanos primitivos, semelhantes às aldeias indígenas encontradas pelos portugueses que colonizaram o Brasil. II – O Paleolítico refere-se ao período da pré-história no qual os primeiros homo sapiens expan- diram o comércio com as grandes cidades antigas (como Roma, Irlanda e Ur). Esse período também é marcado pelo domínio de técnicas agrícolas mais avançadas – como as práticas agrícolas com ferramentas de aço – além da migração dos povos aborígenes australianos da Sibéria para o norte da África. Marque a alternativa CORRETA: a) As duas afirmativas são verdadeiras. b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. d) As duas afirmativas são falsas. I – Errada. No Paleolítico ainda não havia comércio e muito menos ferramentas de bronze. II – Errada. O surgimento da agricultura marca o Neolítico. Letra d. 004. (ADM&TEC/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II/HISTÓRIA/PREFEITURA DE LAJEDO–PE/2022) Analise as afirmativas a seguir: I – Os seres humanos do Paleolítico eram nômades caçadores-coletores, não se fixando por muito tempo em um mesmo lugar, pois precisavam se deslocar constantemente em busca de alimentos. Para auxiliar nessa prática, eles desenvolveram os primeiros instrumentos de caça feitos em madeira, de osso ou de pedra lascada. II – No Paleolítico, a baixa temperatura levou os grupos de hominídeos a se abrigarem em cavernas, a construir habitações com galhos de árvores e a compartilhar o uso dos recursos naturais – como os rios, as florestas e os lagos. Esse período foi marcado pelo desenvolvi- mento da comunicação oral e da escrita, pela criação dos primeiros utensílios de pedra e pelo manuseio do fogo. Marque a alternativa CORRETA: a) As duas afirmativas são verdadeiras b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. d) As duas afirmativas são falsas. II – Errada. Paleolítico é pré-história, portanto, sem desenvolvimento da escrita. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 73 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 005. (ADM&TEC/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II/HISTÓRIA/PREFEITURA DE LAJEDO–PE/2022) Analise as afirmativas a seguir: I – Considerada uma das cidades mais importantes da história, Roma exerceu uma influência sem igual no desenvolvimento da história e da cultura dos europeus durante milênios e na construção da Civilização Ocidental. Tal influência teve início no período expansionista do Im- pério Romano que, liderado pela imperadora Elizabeth II, atingiu o máximo da sua ocupação territorial sobre a Europa e a Ásia. II – O funcionamento da antiga república romana era sustentado por diversas estruturas go- vernamentais e entidades com funções específicas, como, por exemplo, o Conselho da Ple- be, que era composto somente pelos plebeus e tomava decisões em plebiscitos (decretos do povo). Nesse conselho, os plebeus podiam aprovar leis, eleger seus magistrados e julgar casos jurídicos. Marque a alternativa CORRETA: a) As duas afirmativas são verdadeiras. b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. d) As duas afirmativas são falsas. I – Errada. Juro que dei uma gargalhada quando li “Elizabeth II” como imperadora romana. Letra c. 006. (FUNDATEC/PROFESSOR ANOS FINAIS/HISTÓRIA/PREFEITURA DE CANDELÁRIA– RS/2021) A historiografia evidencia a configuração histórica periodicamente, codificando os acontecimentos conforme a produção cultural, a relação do homem com o seu meio. Sendo assim, ao surgirem os primeiros habitantes terrestres, existiu uma produção cultural em que o homem fabricou instrumentos rústicos, com predomínio da elaboração de utensílios; foi essa capacidade produtiva que diferenciou o homem dos demais animais, o que só foi interrompido quando se deu início a chamada “revolução agrícola”. É correto afirmar que esse recorte histó- rico se refere ao período: a) Idade média. b) Idade dos metais. c) Paleolítico ou idade da pedra lascada. d) Neolítico, nova idade da pedra. e) Mesolítico ou pedra lascada. Essa também é pra gabaritar. No Paleolítico os homens eram nômades, caçadores e coletores. Com a descoberta da agricultura, o homem abandona o nomadismo e se torna sedentário, produtor de seu alimento. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 74 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 007. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/SEDF/2017) Texto 15A1CCC A Antiguidade Clássica construiu os alicerces sobre os quais se erigiria a Civilização Ocidental. O longo período que se segue à desintegração do Império Romano, a Idade Média, viu florescer um sistema baseado na terra e em relações sociais servis, quando o poder político se frag- menta e a Igreja Católica torna-se culturalmente hegemônica. O início dos tempos Modernos assinala a expansão europeia, de que decorreu a incorporação da África e da América à histó- ria do Ocidente. A partir da Revolução Industrial, o capitalismo tende a unificar o mundo, mas gera conflitos e oposição, de que seriam exemplos marcantes as duas guerras mundiais do século XX e a Revolução Russa de 1917. No Brasil, a “República que não foi” atravessa o século XX e chega ao século XXI entre avanços e recuos, alternando estabilidade com contextos de severas crises. Tendo as informações do texto 15A1CCC como referência inicial e considerando aspectos marcantes da história mundial e do Brasil, julgue o item a seguir. Filosofia, teatro e democracia formam, entre outros aspectos significativos, o extraordinário legado cultural da Grécia Antiga para o Ocidente. Essa é pra gabaritar. A afirmativa lista algumas das grandes contribuições gregas legadas à civilização ocidental. Certo. 008. (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CRP–MG/2021) Criada na Antiguidade grega, foi reintroduzida na civilização contemporânea com o novo significado imposto pela passagem do tempo. Realizada a cada quatro anos, sua última edição, em 2021, teve como sede a capital japonesa, Tóquio. Trata-se da: a) Copa do Mundo de Futebol. b) Copa das Confederações. c) Copa do Mundo de Futsal. d) Liga dos Campeões. e) Olimpíada. Essa é pra gabaritar. Seu concorrente não errará uma dessas. Letra e. 009. (CEV-URCA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/PREFEITURA DE MILAGRES–CE/2018) Cro- nologicamente, os Tempos Homéricos da História Grega situam-se cronologicamente em épo- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 75 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos ca anterior à arcaica, sendo a Ilíada e a Odisseia as principais fontes para os seus estudos. Sobre o período e as fontes citadas, é correto afirmar: a) A Ilíada e a Odisseia são importantes obras da cultura Helenística e por meio delas podemos definir com exatidão o tempo histórico doperíodo homérico; b) A Ilíada e a Odisseia são fontes importantíssimas para estudar as invasões dóricas, por se- rem extremamente fidedignas aos fatos; c) Nas duas obras é possível encontrar fantasia e realidade que se misturam em Homero de forma encantadora; d) Os achados arqueológicos em Micenas e Tirinto demonstram que as duas obras são abso- lutamente fantasiosas e não dão conta de relações com a realidade; e) Durante este período, os helenos, agrupados em cidades-estados, evoluíram para as comu- nidades gentílicas. Homero coletou histórias contadas pelos gregos. Essas histórias possuem uma cosmogonia que fundamentou a mitologia grega. Letra c. 010. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEDUC-PA/2006) A história da Antiguida- de Clássica é marcada por continuidades e descontinuidades em relação ao mundo diversifi- cado da Antiguidade Oriental. Povos da Mesopotâmia e do Nilo demonstraram que o processo histórico que unia o Oriente e a África ao Mediterrâneo europeu não era estanque, isolado e sem comunicação com o que viria a ser a pujança de Grécia e Roma. A propósito da riqueza dos povos da Antiguidade Clássica e de suas heranças, assinale a opção correta. a) Roma e Grécia construíram suas histórias de costas para as heranças das sociedades hi- dráulicas da Mesopotâmia e do Egito. b) O escravismo, inexistente em experiências históricas até então, era um sistema secundário de utilização da força de trabalho nas duas grandes civilizações da Antiguidade Clássica. c) As formas mais avançadas de manifestações filosóficas e científicas que apareceram na sociedade grega, como também em Roma, eram inéditas, mas continham aspectos herdados de tradições que vinham de sociedades do Oriente Próximo. d) As condições da vida e do trabalho, no mundo clássico antigo, foram marcadas por formas assalariadas de remuneração do trabalho muito próximas às do mundo contemporâneo. Importante ter em mente que o desenvolvimento da filosofia, da matemática, astronomia e do direito, expressões avançadas na Grécia e em Roma, tem inspiração nas heranças culturais da Mesopotâmia e do Egito. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 76 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 011. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO TRIBUTÁRIO DA RECEITA ESTADUAL/PROVA 1/SE- FAZ-RS/2018) Peças de barro de 4.000 a.C. encontradas na Mesopotâmia são os documentos escritos mais antigos que conhecemos. E o mais antigo desses documentos faz referência aos impostos. Naquela época, além de entregar parte dos alimentos que produziam ao governo, os sumérios, um dos povos que viviam por ali, eram obrigados a passar até cinco meses por ano trabalhan- do para o rei. Os mais sortudos eram empregados para realizar a colheita ou para retirar lama dos canais da cidade. Os menos afortunados entravam para o exército, com grandes chances de morrer em uma guerra. Quem era rico escapava: mandava escravos para fazer o serviço sujo. Assim que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal por dinheiro. Era assim também no antigo Egito. As evidências indicam que, em 3.000 a.C., os faraós cole- tavam impostos em dinheiro ou em serviços pelo menos uma vez por ano. Ninguém era tão temido quanto os escribas, responsáveis por determinar a dívida de cada um. O controle era tão rigoroso que fiscalizavam até o consumo de óleo de cozinha nas residências, já que essa era uma substância tributada. Os impostos eram mais altos para estrangeiros, e especula-se que foi para pagar dívidas tributárias que os hebreus, por exemplo, acabaram como escravos. O Império Romano aperfeiçoou a técnica de impor tributos a estrangeiros. Em economias pré- -industriais, a terra e o trabalho são os principais ingredientes da riqueza. Por isso, a conquista de outras terras e de povos dava aos romanos acesso a mais riqueza, o que, por sua vez, per- mitia que conquistassem e controlassem um território ainda maior. O censo, usado até hoje em muitos países, foi criado pelos romanos para decidir quanto deve- riam cobrar de cada província. Os cálculos eram feitos com base no número de pessoas. Até hoje, a capacidade de cobrar impostos é diretamente proporcional à quantidade e à qualidade de informações disponíveis sobre os contribuintes. Internet: <https://super.abril.com.br> (com adaptações). Depreende-se das informações do texto 1A1-I que: a) os historiadores acreditam que os hebreus se tornaram escravos em razão de suas dívidas tributárias. b) os impostos surgiram em 4.000 a.C. e consistiam, nessa época, em uma contribuição braçal. c) os romanos tinham acesso a mais riquezas à medida que conquistavam terras. d) o recenseamento visa, ainda hoje, ao controle do Estado sobre os bens da população. e) os egípcios e os sumérios passaram a cobrar dinheiro como pagamento de impostos quan- do surgiu a moeda. Querido(a), na linha 22 lê-se “especula-se”: Sentido de suposição. Já na alternativa “a”, que trata da escravização dos hebreus, utiliza-se o termo “acreditam”: sentido de algo mais fatídi- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 77 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos co, mais verídico. Trata-se de uma questão de interpretação de texto e, de fato, eliminando a alternativa “a”, resta-nos a alternativa “c”, pois os romanos, por expandirem o império de maior extensão territorial da história, tinha acesso a inúmeras riquezas. Letra c. 012. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO TRIBUTÁRIO DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-RS/2018) Peças de barro de 4.000 a.C. encontradas na Mesopotâmia são os documentos escritos mais antigos que conhecemos. E o mais antigo desses documentos faz referência aos impostos. Naquela época, além de entregar parte dos alimentos que produziam ao governo, os sumérios, um dos povos que viviam por ali, eram obrigados a passar até cinco meses por ano trabalhan- do para o rei. Os mais sortudos eram empregados para realizar a colheita ou para retirar lama dos canais da cidade. Os menos afortunados entravam para o exército, com grandes chances de morrer em uma guerra. Quem era rico escapava: mandava escravos para fazer o serviço sujo. Assim que surgiu a moeda, surgiu também a ideia de substituir a contribuição braçal por dinheiro. Era assim também no antigo Egito. As evidências indicam que, em 3.000 a.C., os faraós cole- tavam impostos em dinheiro ou em serviços pelo menos uma vez por ano. Ninguém era tão temido quanto os escribas, responsáveis por determinar a dívida de cada um. O controle era tão rigoroso que fiscalizavam até o consumo de óleo de cozinha nas residências, já que essa era uma substância tributada. Os impostos eram mais altos para estrangeiros, e especula-se que foi para pagar dívidas tributárias que os hebreus, por exemplo, acabaram como escravos. O Império Romano aperfeiçoou a técnica de impor tributos a estrangeiros. Em economias pré- -industriais, a terra e o trabalho são os principais ingredientes da riqueza. Por isso, a conquista de outras terras e de povos dava aos romanos acesso a mais riqueza, o que, por sua vez, per- mitia que conquistassem e controlassem um território ainda maior. O censo, usado até hoje em muitos países, foi criado pelos romanos para decidir quanto deve- riam cobrar de cada província. Os cálculos eram feitos com base no número de pessoas. Até hoje, a capacidade de cobrar impostos é diretamente proporcional àquantidade e à qualidade de informações disponíveis sobre os contribuintes. Internet: <https://super.abril.com.br> (com adaptações). Infere-se do texto 1A1-I que os impostos no antigo Egito eram: a) cobrados pelos escribas. b) pagos anualmente. c) aplicados a nativos e estrangeiros. d) estipulados pelos faraós. e) revertidos em benfeitorias. Querido(a), mesmo texto da questão que trabalhamos sobre a Mesopotâmia anteriormente. Entenda que as bancas fazem muito isso: utilizar um único texto para várias questões. Tam- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 78 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos bém é uma questão interpretativa. Note a sutileza. A linha 22 do texto traz a informação de que os estrangeiros pagavam impostos mais caros. Logo, podemos inferir do texto que os impos- tos eram cobrados tanto de nativos quanto de estrangeiros. Letra c. 013. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR PLENO I/HISTÓRIA/SEDUC-CE/2013) Após o assas- sinato de Alexandre Severo, em 235 d.C., os soldados proclamaram cinquenta imperadores durante cerca de cinquenta anos, em várias partes do Império Romano. Alguns desses impera- dores sobreviveram por poucos meses, assassinados por exércitos rivais ou até mesmo pelas tropas que os tinham acabado de entronizar. Ser declarado imperador era o apogeu da carreira de um homem. Entretanto, no século III, era uma sentença de morte. Internet:<www.bbc.co.uk> (com adaptações). O texto acima refere-se a um período da história de Roma conhecido como Crise do Século III, cujos efeitos, para além da política sucessória, abrangeram também: a) o exército, com a reconfiguração das hierarquias de comando, as quais foram monopoliza- das pelos chefes bárbaros. b) a religião, com a adoção oficial de um novo credo, o cristianismo. c) a economia, com inflação acentuada, e o fortalecimento dos poderes locais. d) a configuração geopolítica do Império, com a sua divisão entre Leste, Oeste e África. e) as instituições legislativas, com a criação de assembleias regionais que se enfrentavam no senado. Com a crise pela falta de mão-de-obra escrava, a economia entrou e desgaste, diminuindo a oferta de produtos e gerando aumento inflacionário. Letra c. 014. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR PLENO I/HISTÓRIA/SEDUC-CE/2013) Não se pode negar que o Estado “clássico” esteja em crise. Produto do século XIX, no qual Hegel identificou a realização da história, esse Estado, antes apresentado como a expressão da vontade geral, diminuiu, ficou modesto, face à economia. Diante disso, será que os historiadores não julga- ram a história institucional anterior a esse período à luz desse “Estado Modelo”? Será que eles realmente compreenderam a complexidade da noção de Estado e das realidades estatais ao longo dos séculos? Talvez hoje, face à crise, lhes seja mais fácil enxergar o passado de forma a perceber a variedade das formas de organização política das sociedades humanas. Karl-Fer- dinand Werner. O historiador e a noção de Estado. In: Comptes-rendus des séances de l’Académie des Inscriptions et BellesLettres, 136e année, n. 4, 1992, p. 709 (com adaptações). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 79 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos Ainda acerca do modelo estatal referido no texto, as principais manifestações no período gre- go clássico incluem: a) a organização política e o sistema de representação e de constituição da cidadania. b) a procissão panatenaica, que se realizava a cada ano para celebrar a cidadania ateniense. c) as olimpíadas, quando competiam os melhores atletas das cidades pan-helênicas. d) o monopólio que a cidade de Atenas exerceu sobre o comércio no Mediterrâneo. e) a Escola de Atenas, onde se reuniam os grandes filósofos e seus discípulos. Os gregos criaram a democracia, base da organização política atual das civilizações ociden- tais. Além disso, criaram a figura do cidadão (sujeito de participação política nas decisões da cidade-estado) Letra a. 015. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/HISTÓRIA/ PREFEITURA DE SÃO LUÍS–MA/2017) A respeito da história romana antiga, assinale a opção correta. a) Nos seus primeiros três séculos, o cristianismo permaneceu como uma religião circunscrita às elites romanas, tendo sido por isso tolerado pelo regime político. b) Uma das características do Império foi a promoção, em Roma e em outros centros urbanos sob o seu comando, de grandes obras de engenharia, que absorviam a mão de obra da popu- lação pobre. c) Os romanos antigos distinguiram-se, entre os povos da antiguidade clássica, pela eficácia com que evitaram a influência grega sobre sua cultura, economia e suas instituições. d) A Ilíada e A Odisseia, de autoria de Homero, são duas das mais famosas obras da poesia épica romana por terem ajudado a modelar a mentalidade e o caráter dos romanos. e) Diante do fortalecimento da aristocracia territorial no início da Era Cristã, o Império Romano foi transformado em República, tendo sido extinta a figura do imperador e ampliados os pode- res do Senado. A escravidão era utilizada pelos romanos, que invadiam territórios e capturavam a população para levá-la para outras áreas do território sob domínio dos romanos. No entanto, em algumas regiões, como destacado na passagem “e em outros centros urbanos sob o seu comando” Letra b. 016. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR NÍVEL SUPERIOR/PNS-A/HISTÓRIA/ PREF. DE SÃO LUÍS–MA/2017) No que tange à história das sociedades da antiga Grécia, assinale a op- ção correta. 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Caro(a) professor(a), note que nas alternativas erradas sempre vem uma informação muito errada. Por exemplo, na afirmativa A, a banca dize que Sólon promoveu reformas contra a de- mocracia. Ora, Sólon buscou justamente o contrário. Já alternativa correta, a letra B, não deixa margem de dúvidas, já que os espartanos, que recebiam educação militar e eram a classe do- minante da cidade-estado, também eram de origem dória. Letra b. 017. (CESPE-CEBRASPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEE-AL/2013) No que se refereà história da cultura, das linguagens, das artes, das ciências, da técnica e da filosofia no mundo ociden- tal, julgue os próximos itens. A invenção da escrita no Oriente Médio significou importante inovação na história da huma- nidade e possibilitou a renovação e a ampliação das formas de registro e de comunicação cultural de informações, conhecimentos, técnicas, tradições e memórias Os mesopotâmios, com a criação da escrita cuneiforme, possibilitaram o aumento de regis- tro de informações. Hoje, se conseguimos analisar a história dos povos antigos, isso se deve porque temos acesso a detalhes de fontes escritas, coisa que outras fontes não conseguem fornecer em minúcias. Certo. 018. (AOCP/PROFESSOR DE HISTÓRIA/PREFEITURA MUNICIPAL DE SEROPÉDICA/2013) Ao longo da história, os sujeitos oprimidos lutaram para conquistar seus direitos empreenden- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 81 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos do rebeliões ou desenvolvendo formas de resistências. Sobre o assunto, assinale a alternati- va correta. a) Foi durante o período da República romana (509-27 a.C.) que os plebeus percorreram um caminho de lutas contra os patrícios para adquirir direitos sociais, jurídicos e políticos. b) No período em que vigorou o feudalismo na Europa, os camponeses eram dóceis e resigna- dos em relação aos senhores feudais, portanto não há registros de rebeliões. c) A sociedade europeia dos séculos XVI a XVIII viveu um período de tranquilidade, sem gran- des contestações à ordem estabelecida até que eclodiu a Revolução Francesa. d) A Revolução Industrial foi um advento muito importante para os operários que a recebe- ram com gratidão por ter, afinal, as máquinas a seu favor no desempenho das atividades fabris. e) A luta pelos direitos de cidadania da mulher se estendeu pelos séculos XVIII, XIX e início do XX, trazendo conquistas plenas para estas em todo o Ocidente e Oriente. Durante a República Romana (529 a.C. a 27 a.C.) os plebeus empreenderam uma dura luta contra o domínio dos patrícios. Nesse sentido, conseguiram estabelecer a Tribuna da Plebe, a Lei das Doze Tábuas, a lei Licínia, entre outras conquistas. Letra a. 019. (INÉDITA/2022) Os acadianos, que tinham por centro hegemônico a cidade de Akad, chegaram a elaborar, a partir da escrita cuneiforme, um tipo de escrita própria, o acadiano, que teve grande repercussão à época, sendo usada em documentos como: a) O livro do Êxodo. b) O Decálogo de Moisés. c) A lei das 12 Tábuas. d) O Livro de Jó. e) O código de Hamurábi. O código de Hamurábi, conjunto de leis elaborado pelo rei amorita que deu nome ao código, foi todo escrito em acadiano, tornando-se um dos documentos mais importantes da história do Direito e um dos mais significativos testemunhos da antiguidade médio-oriental. Letra e. 020. (UECE/2008) Os sumérios foram os primeiros habitantes da Mesopotâmia. Eles se au- todenominavam “as cabeças negras” e a região na qual habitavam denominavam de “terra de Sumer”. Sobre este povo, assinale o correto. a) Eram nômades, voltados para a guerra e a conquista de novos territórios. Ao contrário de outros povos, repudiavam o comércio, não possuíam uma cultura definida ou uma religião or- ganizada, com um panteão e seus ritos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 82 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos b) Oriundos de diversos grupos étnicos, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar aos poucos nos territórios da região mesopotâmica em busca de terras agricultáveis. Eram conhe- cidos pela sua habilidade no comércio. c) Eram sedentários. Agricultores, realizaram obras de irrigação e canalização dos rios. Cons- truíram as primeiras cidades fortificadas que funcionaram como cidades-estados. Utilizavam técnicas de metalurgia e a escrita. d) Eram, sobretudo, comerciantes e artesãos. Sem nenhuma aquisição cultural significativa. Fundaram um império unitário com um regime político único. Descendentes dos semitas, fo- ram os primeiros a buscar uma religião monoteísta. Querido(a), foi o sedentarismo dos sumérios, ou seja, a organização social fixa em um local com seus membros produtores de sua sobrevivência, diferentemente dos povos do paleolítico que eram caçadores e coletores, que permitiu que surgisse uma civilização que aproveitava os recursos hídricos dos rios Tigre e Eufrates. Letra c. 021. (UFSM-RS) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da humanidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de: a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas. b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para a idade dos metais. c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento so- cioeconômico. d) possuir uma área agricultável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates. e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para a locomoção de pessoas e apropriado para de- senvolvimento comercial. Marcando o período da história em que observamos o nascimento das chamadas “sociedades hidráulicas”, a Mesopotâmia atraiu diversas civilizações em virtude de seus amplos recursos hídricos. Com o desenvolvimento agrícola ali observado, podemos ver a formação de vários centros urbanos, onde temos a elaboração de complexas atividades culturais, religiosas e políticas. Letra d. 022. (INÉDITA/2022) Em 3200 a.C., Menés ficou conhecido por ser o primeiro Faraó do Egito Antigo. Durante os seus reinados, os faraós possuíam bastante poder político e econômico. Diante disso, marque a alternativa correta sobre o que foi a Teocracia na civilização egípcia. 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O sistema teocrático no Egito Antigo prevaleceu por vários anos e consistiu numa prática que auxiliava os Faraós em seus governos. Nesse sistema, o Faraó, além de ser visto como um líder político, isto é, um rei, ele também era adorado pelos indivíduos como um deus. Portanto, a aliança entre religião e política foi uma maneira de legitimar a autoridade do Faraó perante a civilização egípcia. Letra b. 023. (FGV/VESTIBULAR/2017) A vida privada dos escravos romanos àépoca do Império é um espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, esses homens tinham vida própria; por exemplo, participavam da religião, e não apenas da religião do lar que, afinal, era o seu: fora de casa, um escravo podia perfeitamente ser aceito como sacerdote pelos fiéis de alguma devoção coletiva; podia também se tornar padre dessa Igreja cristã que nem por um momento pensou em abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo, é possível que as coisas religio- sas os tenham atraído muito, pois bem poucos outros setores estavam abertos para eles. Os escravos também se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, do circo e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, assim como os tribunais, as crianças das escolas e... os burros de carga. (Paul Veyne, O Império Romano. Em: Paul Veyne (org.). História da vida privada v. 1: do Império Romano ao ano mil, 2009. Adaptado) A partir da discussão presente no trecho, é correto afirmar: a) a característica fundante do escravismo romano era a origem étnica, o que fazia com que a escravização dos povos conquistados e o tráfico nas fronteiras do Império proporcionassem a grande maioria da mão de obra servil, ao mesmo tempo em que a escravidão entre os próprios romanos havia caído em desuso desde a crise da República. b) os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas seres humanos, na medida em que até os senhores que os tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, características necessariamente O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 84 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos humanas; no entanto, esses seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu amo detinha. c) a escravidão caracterizava as relações de produção em Roma e os escravos, em sua infe- rioridade jurídica, desempenhavam uma função produtiva, marcados por um lugar social de pobreza, privação e precariedade, estando associados às formas braçais de trabalho e à pro- dução de bens materiais em uma sociedade altamente hierarquizada. d) a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa transformação ao longo dos séculos, de tal forma que a própria sociedade romana passou a questioná-la, tornando mais brandas as relações escravistas em meio à transformação do cristianismo em religião oficial do Império, o que contribuiu para o aprofundamento da crise do escravismo. e) as relações escravistas caracterizaram os tempos da República romana, muito associadas ao poder dos patrícios, pertencentes à aristocracia de grandes proprietários, mas entraram em decadência na passagem para o Império, pois os generais que centralizaram o poder reconhe- ciam na escravidão um mecanismo de enfraquecimento do exército. Questão de interpretação de texto. Note que o autor narra como os escravos tinham sua vida privada, com liberdade de cultos religiosos e participação em festejos. No entanto, o autor também destaca que, apesar de serem humanos, eram propriedades. Letra b. 024. (FGV/VESTIBULAR/2017) “[...] a partir do século V a.C., a guerra tornou-se endêmica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade, ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara possível um adensamento dos contatos, um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma organização dos territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pontos centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes.” (Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013.) Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que: a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental. b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava em guerra com outros povos. c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de cidades-Estados gregas com o intuito de combater a presença persa no Mediterrâneo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 85 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo. e) a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as prin- cipais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças mili- tares cartaginesas. Lembre-se de que Esparta liderava a Liga do Peloponeso e, Atenas, a liga de Delos. As Guerras Médicas foram travadas entre os gregos e os invasores persas. Letra c. 025. (FGV/VESTIBULAR/2016) “Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes Julia- nos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia, Tessália, Dar- dânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo. Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são capturados, os padres assassinados, todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastam junto aos antigos altares de Cristo (…).” (São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida pública e vida privada. 2000.) O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela: a) combinação da cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado Ro- mano, em meio às invasões germânicas e de outros povos. b) reorientação radical da economia, porque houve o abandono da relação com os mercados mediterrâneos e o início de contato com o norte da Europa. c) expulsão dos povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos orga- nismos representativos da República Romana. d) crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o gover- no romano acusava os cristãos de aliança com os invasores. e) retomada do paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsabi- lizados pela grave crise política do Império Romano. O texto faz referência à crise e desintegração do Império Romano a partir das invasões bárba- ras, decorrentes da crise do escravismo. Note, também, que a narrativa traz a combinação de valores romanos e cristãos. Nesse momento, o cristianismo já é religião oficializada do Império. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.brhttps://www.grancursosonline.com.br 86 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos 026. (FGV/VESTIBULAR/2015) É a partir do século VIII a.C. que começamos a entrever, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estados ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades organizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes. (Norberto Luiz Guarinello, História Antiga, 2013, p. 77. Adaptado) Nas pólis, é correto: a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos. b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora. c) destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais. d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado. e) apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra. A Ágora, praça central da cidade-estado, era onde ocorriam as decisões políticas da pólis. Era um local público, apesar de apenas os cidadãos poderem participar das decisões políticas nela realizadas. Letra b. 027. (FGV/VESTIBULAR/2014) São características do período arcaico (séculos VIII-VI a.C.), na Grécia Antiga: a) desenvolvimento dos oikos e expansão creto-micênica. b) desenvolvimento das póleis e expansão pelo Mediterrâneo. c) rivalidades entre Esparta e Atenas e Guerra do Peloponeso. d) enfraquecimento das póleis e expansão macedônica. e) guerras entre gregos e persas e o fim da democracia ateniense. Lembre-se de que é no período Arcaico que surgem as cidades-estado, as póleis gregas. Letra b. 028. (FGV/VESTIBULAR/2008) Leia as afirmativas sobre a República Romana (509-27 a.C.). I – Nos primeiros tempos da República, a sociedade era composta por apenas dois setores: os patrícios e os escravos. II – Os escravos, pouco numerosos no início da República, cresceram numericamente com as guerras de conquista. III – Entre as funções públicas em Roma, havia os cônsules, os pretores e os tribunos da plebe. IV – Em 494 a.C., plebeus rebelados se retiram para o Monte Sagrado, ameaçando fundar outra cidade se não tivessem, entre outras reivindicações, o direito de eleger seus próprios magistrados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 87 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos V – Com o expansionismo romano e as suas conquistas territoriais, houve um grupo especial- mente beneficiado: os plebeus, que passaram a vender trigo para os povos dominados. São corretas as afirmativas: a) I, II e III, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) II, III, IV e V, apenas. d) III, IV e V, apenas. e) I, II, III, IV, V. I – Errada. A sociedade romana, durante a República, era composta por Patrícios, Plebeus, Clientes e Escravos. V – Errada. Os povos dominados eram transformados em escravos e, portanto, não compra- vam trigo dos plebeus. Letra b. 029. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2019) As cidades-estado antigas desenvolveram, progressivamente, formas mais abertas de participação no poder, denominadas pelos próprios antigos de “democracia”. O caso mais exemplar foi o de Atenas, modelo para muitas cidades- -estado, onde a democracia se manteve por quase dois séculos. (Norberto Luiz Guarinello. Cidades-estado na Antiguidade Clássica. Em: J. Pinsky; C. B. Pinsky. História da Cida- dania. São Paulo: Contexto, 2008. Adaptado) Entre as marcas da democracia antiga, é correto identificar: a) a eleição de representantes masculinos com direito a voz e voto pela assembleia da cidade- -estado, órgão político que incluía mulheres e estrangeiros. b) a importância decrescente dos escravos, a ponto de discutir-se a abolição da escravatura, e a consequente redução das desigualdades nas cidades-estado. c) a conquista pacífica de direitos por parte dos mais pobres, ainda que se mantivesse a marca aristocrática de distinção social regulada pelo nascimento. d) a ojeriza à guerra e ao conflito social, o que contribuiu para que Atenas fosse derrotada su- cessivamente pelos persas e pelos espartanos. e) a participação política direta, exercida por um corpo de cidadãos ativos, sem a noção de representação e restrita aos cidadãos masculinos. A democracia ateniense era exercida diretamente pelos cidadãos (homens, maiores de 18 anos, filhos de pai e mãe atenienses) Letra e. 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(Jaime Pinsky e Carla Pinsky (orgs.), História da Cidadania) De acordo com o texto, os jogos de gladiadores: a) eram um aspecto importante da participação da coletividade na vida pública. b) destinavam-se à diversão dos escravos, distraindo-os das questões sociais. c) faziam parte da política social do Império, contribuindo para a redução das desigualdades. d) reproduziam o caráter horizontal e igualitário da estrutura da sociedade romana. e) funcionavam como o sistema penal da sociedade romana, punindo ladrões e marginais. A política de “pão e circo” criava a ilusão de participação da vida pública na população. Deci- diam, nesses eventos de luta de gladiadores, se o derrotado seria morto ou não. De todo modo, era uma maneira de participação da coletividade. Letra a. 031. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2015) O grupo extremista islâmico autodenominado “Estado Islâmico” (EI) começou a destruir mais um sítio arqueológico no norte do Iraque, se- gundo fontes curdas. No início desta semana, militantes do grupo haviam começado a demolir as ruínas da cidade de Nimrud, antiga capital do império assírio, situada no norte da Mesopo- tâmia e fundada no século 13 a.C.. (UOL, 7 mar.15. Disponível em: Adaptado) Em relação à cidade citada no trecho, é correto afirmar que ficava localizada em uma região: a) desértica, sem muitos recursos e sem a possibilidade de cultivar alimentos, o que fez do lugar um sítio bastante inóspito e com uma ocupação sempre muito instável e irregular. b) bem próxima ao vale do rio Nilo, o que favorecia o cultivo de alimentos nas terras férteis da várzea do rio, tendo possibilitado o contato com os egípcios e o processo de sedentarização. c) pouco propícia à sedentarização, o que levava os seus habitantes a estabelecerem trocas comerciais em busca de alimentos, além de conviverem com a dificuldade de produzir objetos de cerâmica. d) banhada por dois importantes rios, o Tigre e o Eufrates, em torno dos quais surgiram os primeiros agrupamentos humanos que dominaram a técnica da escrita de que se tem notícia. e) que oferecia água corrente em abundância, sem que se fizessem necessárias obras hidráu- licas, o que favoreceu o desenvolvimento de uma sociedade complexa e institucionalizada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição,sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 89 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos O enunciado faz referência ao Império Assírio e ao norte do Iraque. Ora, a civilização da antigui- dade que se desenvolveu na região fora os mesopotâmios. Tendo essa informação é possível concluir que se trata da região entre os rios Tigre e Eufrates. Letra d. 032. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2014) A religião dos romanos era politeísta e antro- pomórfica com nítidas influências das crenças etrusca e grega. Ao dominar grande parte do mundo conhecido, os romanos entraram em contato com diversas religiões e tiveram por elas grande respeito. Algumas chegaram a erigir seus templos na própria cidade de Roma. O Pan- teão, ou conjunto de deuses, dos romanos chegou a incorporar alguns dos deuses gregos, com nomes trocados para nomes latinos, mas com os mesmos atributos. (FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011) A tolerância que os romanos tiveram para com diversas religiões do mundo por eles conquis- tadas não existiu, entretanto, para com a religião cristã, pois: a) o universo simbólico do cristianismo era muito próximo da religiosidade romana, inclusive em relação ao monoteísmo, o que acabou gerando certa competição entre as religiões. b) no momento em que surgiu o cristianismo, a sociedade romana vivia o período mais agudo da sua crise política, social e econômica, o que aumentou a repressão à nova religião. c) o cristianismo era, à época, uma religião fechada à conversão, assim como o judaísmo, o que contrariava o esforço de expansão e a perspectiva universalizante da sociedade romana. d) a figura do Papa e das outras autoridades da Igreja Católica, tais como cardeais, bispos e ar- cebispos, ameaçavam simbolicamente a ordem, a hierarquia e a própria existência do império. e) de início os cristãos foram perseguidos principalmente por motivos políticos, ainda que mais tarde, no contexto de crise da sociedade romana, o cristianismo tenha se expandido. O Edito de Milão, promulgado em 13 de junho de 313, foi um documento proclamatório para no qual se determina que o Império Romano seria neutro em relação ao credo religioso, acabando oficialmente com toda perseguição sancionada oficialmente, especialmente aos cristãos. O imperador Constantino, um dos responsáveis pela sua promulgação, se autodeclarou protetor da fé cristã. Letra e. 033. (VUNESP/ALUNO-OFICIAL/PM-SP/2013) A cidadania nos Estados nacionais contem- porâneos é um fenômeno único na História. Não podemos falar de continuidade do mundo an- tigo, de repetição de uma experiência passada e nem mesmo de um desenvolvimento progres- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 90 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos sivo que unisse o mundo contemporâneo ao antigo. São mundos diferentes, com sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação e direitos têm sentidos diversos. (Norberto Luiz Guarinello, Cidades-Estado na Antiguidade Clássica. In PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2008, p. 29.) Entre as diferenças que separam o Estado nacional contemporâneo da cidade-estado da Anti- guidade, é possível destacar: a) o aspecto militar, que no passado era considerado parte das responsabilidades particulares de cada cidadão e hoje é um dever do Estado. b) a concepção de cidadania, muito mais restrita à época do que hoje, de tal forma que mulhe- res, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos. c) a política educacional, de caráter público e direcionada a toda a população no mundo antigo, enquanto hoje coexistem instituições públicas e privadas. d) a política de reforma agrária, desnecessária no mundo antigo devido à igualdade econômica existente, enquanto hoje é parte importante das políticas sociais. e) a questão econômica, àquela época comandada pelo poder público e hoje sob a responsa- bilidade dos agentes privados, que gozam de grande autonomia. A questão cobra a evolução história de uma instituição. Nesse sentido, a afirmativa “b” mostra claramente que a noção de cidadania de hoje é muito mais ampla do que a cidadania em Ate- nas da antiguidade, restrita aos homens, maiores de 18 anos e filhos de pai e mãe ateniense. Letra b. 034. (UEL) “... essencialmente mercadores, exportavam pescado, vinhos, ouro e prata, armas, praticavam a pirataria, e desenvolviam um intenso comércio de escravos no Mediterrâneo...” O texto refere-se a características que identificam, na Antiguidade Oriental, os: a) fenícios. b) hebreus. c) caldeus. d) egípcios. e) persas. Essa é muito fácil. Nem deixa margem para dúvidas. Letra a. 035. (UNESP/2003) Na região onde atualmente se encontra o Líbano, instalou-se, no III mi- lênio a.C., um povo semita, que passou a ocupar a estreita faixa de terra, com cerca de 200 quilômetros de comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. Várias razões os levaram O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 91 de 92www.grancursosonline.com.br História Natural e História Social HISTÓRIA Daniel Vasconcellos ao comércio marítimo, merecendo destaque sua proximidade geográfica com o Egito; a costa, que oferecia lugares para bons portos; e os cedros, principal riqueza, usados na construção de navios. O contido nesse parágrafo refere-se ao povo: a) fenício. b) hebreu. c) sumério. d) hitita. e) assírio. Os fenícios ficaram conhecidos na história por serem grandes navegadores no mar mediterrâ- neo e, daí, comercializavam. Letra a. 036. (UNESP/2013) Na Mesopotâmia, todos os bens produzidos pelos próprios palácios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram buscados na exploração da população das aldeias e das cidades. As formas de exploração eram princi- palmente duas: os impostos e os trabalhos forçados. (Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.) Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a: a) internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de al- godão, cevada e sésamo. b) utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino. c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracteriza- va o sistema econômico mesopotâmico como escravista. d) servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores. e) obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou muralhas. A Mesopotâmia e o Egito constituem os melhores modelos do Modo de Produção Asiático, praticado por determinadas civilizações da Antiguidade Oriental. Nesse sistema, além das co- munidades camponesas submetidas ao regime de servidão coletiva, o restante da população pertencente aos estamentos inferiores podia ser mobilizado pelo Estado para a realização de obras de interesse comum. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.brDaniel Vasconcellos Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013). Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15 anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. _Hlk111142166 _Hlk111104567 _Hlk72658149 _Hlk85562465 Apresentação História Natural e História Social 1. Introdução 1.1. O Processo de Humanização e a Dinâmica da Formação das Sociedades Humanas na Pré-História 1.2. A Organização Sociopolítica, Econômica, Cultural Religiosa do Egito, Núbia, Kush, Ménroe, Napata, Mesopotâmia, Palestina, Fenícia, Pérsia, Grega e Romana, sua Dinâmica, Relações, Rupturas e Transformações 1.2.1. Egito Antigo 1.2.2. Núbia 1.2.3. Kush, Ménroe, Napata 1.2.4. Mesopotâmica 1.2.5. Fenícios 1.2.6. Palestina 1.2.7. Persas 1.2.8. Grécia 1.2.9. Roma Resumo Questões de Concurso Gabarito Gabarito Comentado AVALIAR 5: Página 92: