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Aula 06
Direito das Pessoas com Deficiência p/
TJ-GO (Analista Judiciário - Área
Judiciária)2021- Pré-Edital
Autor:
Ricardo Torques
Aula 06
23 de Fevereiro de 2021
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Sumário 
Resolução CNJ nº 230 ........................................................................................................................................ 2 
1 - Introdução ................................................................................................................................................. 2 
2 - Preâmbulo ................................................................................................................................................. 4 
2.1 - Disposições Preliminares ..................................................................................................................... 8 
3 - Disposições relacionadas a todas as pessoas com deficiência................................................................ 11 
3.1 - Igualdade e suas Implicações ........................................................................................................... 11 
3.2 - Não Discriminação ................................................................ ............................................................ 18 
3.3 - Proteção da Integridade Física e Psíquica ....................................................................................... 19 
4 - Disposições relacionadas aos servidores com deficiência ....................................................................... 20 
4.1 - Aplicabilidade dos Capítulos Anteriores .......................................................................................... 20 
4.2 - Avaliação ......................................................................................................................................... 20 
4.3 - Inclusão de Pessoa com Deficiência no Serviço Público .................................................................... 21 
4.4 - Horário Especial ............................................................................................................................... 26 
5 - Disposições relacionadas aos servidores que tenham cônjuge, filho ou dependente com deficiência .... 27 
5.1 - Facilitação dos Cuidados ................................................................................................................. 27 
5.2 - Horário Especial ............................................................................................................................... 27 
6 - Disposições Finais .................................................................................................................................... 28 
Legislação Destacada ....................................................................................................................................... 29 
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 35 
Lista de Questões .............................................................................................................................................. 57 
Gabarito ........................................................................................................................................................... 66 
 
Ricardo Torques
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RESOLUÇÃO CNJ Nº 230 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Neste encontro vamos analisar a Resolução CNJ nº 230/2016, que é a norma infralegal que trouxe essa 
matéria para o nosso concurso. De toda forma, como você perceberá, esse assunto acaba por reproduzir 
normas já estudadas no Estatuto das Pessoas com Deficiência. 
Importante destacar que não temos questões sobre o assunto, razão pela qual efetuamos algumas questões 
inéditas para simular como o tema pode ser cobrado em provas. 
Bons estudos! 
RESOLUÇÃO CNJ Nº 230 
1 - Introdução 
A Resolução CNJ nº 230 foi aprovada em junho de 2016 e tem por finalidade orientar a atuação do Poder 
Judiciário no que diz respeito à observância das normas nacionais e internacionais de proteção à pessoa com 
deficiência. 
Retomando brevemente assuntos já estudados por nós, a aprovação internacional e interna da Convenção 
Internacional sobre o Direito das Pessoas com Deficiência (Convenção de Nova Iorque) e o seu Protocolo 
Facultativo impôs ao Brasil uma série de deveres. 
Esse tratado internacional de Direitos Humanos foi internalizado em nosso ordenamento jurídico como 
norma com status de emenda constitucional, o que acabou por exigir a adoção de uma série de medidas 
legislativas e administrativas, especialmente com a adoção de políticas públicas. 
Nessa perspectiva, foi editada a Lei nº 13.146/2015, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, 
que reforçou à proteção ao grupo vulnerável. 
O resultado dessa nova ordem legislativa reverberou no âmbito do Poder Judiciário. 
Primeiramente, foi adotada a Recomendação CNJ nº 27/2009 e, mais recentemente, o órgão adotou a 
Resolução CNJ nº 230/2016, que estudaremos nesta aula. 
Antes de começar, uma observação relevante. A resolução constitui uma espécie de ato normativo de 
caráter secundário. É secundário porque, ao Poder Legislativo, é conferida a atribuição de editar leis em 
nosso ordenamento jurídico. Contudo, os demais poderes – entre eles o Poder Judiciário – poderão 
atipicamente editar atos normativos. Como não é função principal do Poder Judiciário, essas normas serão 
secundárias, de forma que devem respeitar as normas de quem detém efetiva competência para editá-las. 
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E por que os órgãos do Poder Judiciário precisam editar normas? 
Pelo simples fato de que o Poder Legislativo não tem condições de disciplinar todas as especificidades de 
todos os poderes e órgãos. Ele disciplina os assuntos de modo geral, de forma que os demais poderes 
precisam editar normas secundárias de caráter regulamentar. Dito de outro modo, essas normas visam 
explicitar melhor as regras definidas pela legislação primária. 
Isso traz uma consequência importante! Os atos normativos do CNJ, por se tratarem de diplomas legais de 
caráter regulamentar, não poderão, de modo algum, contrariar ou violar as regras da CF e da legislação 
infraconstitucional, sob pena de ilegalidade. Portanto, “puxando” o assunto para a realidade do nosso 
estudo, atenção! 
 
Logo: 
 
Dessa pirâmide, note: 
 A Convenção de Nova Iorque e o respectivo Protocolo Facultativo integram o bloco de 
constitucionalidade. 
 A norma primária que disciplina a proteção à pessoa com deficiência é o Estatuto, já 
estudado por nós. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL + 
CONVENÇÃO DE NOVA IORQUE E
PROTOCOLO FACULTATIVO
ESTATUTO DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA
RESOLUÇÃO CNJ Nº 230/2016
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 A Resolução CNJ nº 230/2016 é norma secundária de caráter regulamentar que não pode 
contrariar a CF, a Convenção de Nova Iorque e Protocolo Facultativo e o Estatuto da Pessoa 
com Deficiência, sob pena de ilegalidade. 
Abordados os aspectos introdutórios e técnicos do posicionamento hierárquico da Resolução, vamos estudá-
la! 
2 - Preâmbulo 
Em relação ao preâmbulo, devemos ser objetivos. Em síntese, essa parte da legislação tem por finalidade 
apresentar determinado texto, traçando os objetivos e as diretrizes que levam à elaboração da norma. 
Com a finalidade de tornar o mais objetivo possível o seu estudo, citamos o preâmbulo, o qual sugere-se 
rápida leitura,e, na sequência, vamos citar os pontos mais relevante que você deve ter em mente para a 
prova. 
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições, 
CONSIDERANDO que, conforme o art. 5º, caput, da Constituição de 1988, todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se a inviolabilidade do 
direito à igualdade; 
CONSIDERANDO os princípios gerais estabelecidos pelo art. 3º da aludida Convenção 
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, quais sejam: a) o respeito 
pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias 
escolhas, e a independência das pessoas; b) a não discriminação; c) a plena e efetiva 
participação e inclusão na sociedade; d) o respeito pela diferença e pela aceitação das 
pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade; e) a 
igualdade de oportunidades; f) a acessibilidade; g) a igualdade entre o homem e a mulher; 
e h) o respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças com deficiência e pelo 
direito das crianças com deficiência de preservar sua identidade; 
CONSIDERANDO a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu 
Protocolo Facultativo, adotada em 13 de dezembro de 2006, por meio da Resolução 
61/106, durante a 61ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas 
(ONU); 
CONSIDERANDO a ratificação pelo Estado Brasileiro da Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo com equivalência de emenda 
constitucional, por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, com a devida 
promulgação pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009; 
CONSIDERANDO que nos termos desse novo tratado de direitos humanos a deficiência 
é um conceito em evolução, que resulta da interação entre pessoas com deficiência e as 
barreiras relativas às atitudes e ao ambiente que impedem a sua plena e efetiva 
participação na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas; 
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CONSIDERANDO que a acessibilidade foi reconhecida na Convenção como princípio e 
como direito, sendo também considerada garantia para o pleno e efetivo exercício de 
demais direitos; 
CONSIDERANDO que a Convenção determina que os Estados Partes devem reafirmar que 
as pessoas com deficiência têm o direito de ser reconhecidas em qualquer lugar como 
pessoas perante a lei e que gozam de capacidade legal em igualdade de condições com as 
demais pessoas em todos os aspectos da vida, sendo que deverão ser tomadas medidas 
apropriadas para prover o acesso de pessoas com deficiência ao apoio que necessitarem 
no exercício de sua capacidade legal; 
CONSIDERANDO que os artigos 3º e 5º da Constituição Federal de 1988 têm a igualdade 
como princípio e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, como um objetivo fundamental da 
República Federativa do Brasil, do que decorre a necessidade de promoção e proteção dos 
direitos humanos de todas as pessoas, com e sem deficiência, em igualdade de condições; 
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, Decreto nº 3.298, 
de 21 de dezembro de 1999, Lei nº 10.048, de 08 de novembro de 2000, Lei nº 10.098, de 
19 de dezembro de 2000, e no Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que 
estabelecem normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de 
obstáculos nas vias, espaços e serviços públicos, no mobiliário urbano, na construção e 
reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação, com prazos 
determinados para seu cumprimento e implementação; 
CONSIDERANDO que ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas com 
deficiência o pleno exercício de seus direitos, inclusive o direito ao trabalho, e de outros 
que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e 
econômico, cabendo aos órgãos e entidades da administração direta e indireta dispensar, 
no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos desta Resolução, 
tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, medidas 
que visem garantir o acesso aos serviços concernentes, o empenho quanto ao surgimento 
e à manutenção de empregos e a promoção de ações eficazes que propiciem a inclusão e 
a adequada ambientação, nos locais de trabalho, de pessoas com deficiência; 
CONSIDERANDO que a efetiva prestação de serviços públicos e de interesse público 
depende, no caso das pessoas com deficiência, da implementação de medidas que 
assegurem a ampla e irrestrita acessibilidade física, arquitetônica, comunicacional e 
atitudinal; 
CONSIDERANDO que a Administração Pública tem papel preponderante na criação de 
novos padrões de consumo e produção e na construção de uma sociedade mais inclusiva, 
razão pela qual detém a capacidade e o dever de potencializar, estimular e multiplicar a 
utilização de recursos e tecnologias assistivas com vistas à garantia plena da acessibilidade 
e a inclusão das pessoas com deficiência; 
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CONSIDERANDO a necessidade de aperfeiçoamento da Recomendação CNJ 27/2009 pelo 
advento da Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão); 
CONSIDERANDO a ratificação unânime da medida liminar concedida nos autos dos Pedidos 
de Providências 0004258-58.2015.2.00.0000 e 0004756-57.2015.2.00.0000, pelo Plenário 
do Conselho Nacional de Justiça; 
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do CNJ no Procedimento de Comissão 006029-
71.2015.2.00.0000, na 232ª Sessão Ordinária, realizada em 31 de maio de 2016; 
Primeiramente, o preâmbulo faz referência às normas de estatura constitucional. 
 art. 5º, caput, da CF: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) 
 art. 3º, da Convenção sobre as Pessoas com Deficiência: 
Artigo 3 
Princípios gerais 
Os princípios da presente Convenção são: 
a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer 
as próprias escolhas, e a independência das pessoas; 
b) A não-discriminação; 
c) A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade; 
d) O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da 
diversidade humana e da humanidade; 
e) A igualdade de oportunidades; 
f) A acessibilidade; 
g) A igualdade entre o homem e a mulher; 
h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças com deficiência e pelo 
direito das crianças com deficiência de preservar sua identidade. 
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Assim, a Resolução leva em consideração o princípio da igualdade em sentido material e na adoção das 
políticas públicas voltadas para a proteção de pessoas com deficiência. Esse princípio é subsidiário pelos 
princípios gerais estabelecidos no diploma internacional. 
 
 
Não obstante esses parâmetros iniciais, o preâmbulo reforça que o conceito de deficiência constitui um 
conceito em evolução e que está atrelado à incapacidade de a sociedade atender a todos em condições de 
igualdade, o que resulta a necessidade de serem adotadas políticas de acessibilidade. 
No âmbito do Poder Judiciário,a acessibilidade é tratada não apenas como um princípio, mas como direito 
e garantia na medida em que propicia aos servidores com deficiência a possibilidade de exercerem suas 
funções em igualdade de condições com demais serviços. Muito além disso, o Poder Judiciário deve 
desenvolver instrumentos que viabilizem o acesso à Justiça das pessoas com deficiência. Na dicção 
preambular, um serviço judiciário efetivo é aquele que propicia o acesso irrestrito aos jurisdicionados com 
deficiência. 
Feito isso, vamos às regras! 
dignidade inerente autonomia individual não discriminação
plena e efetiva 
participação 
inclusão na sociedade
aceitação das pessoas 
com deficiência como 
parte da diversidade 
humana e da 
humanidade
igualdade de 
oportunidades;
acessibilidade;
igualdade entre o 
homem e a mulher;
desenvolvimento das 
capacidades das 
crianças com 
deficiência 
direito das crianças 
com deficiência de 
preservar sua 
identidade
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2.1 - Disposições Preliminares 
O art. 1º explicita o que vimos inicialmente sobre os documentos internacionais que embasam a Resolução: 
Art. 1º Esta Resolução orienta a adequação das atividades dos órgãos do Poder Judiciário 
e de seus serviços auxiliares em relação às determinações exaradas pela Convenção 
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo 
(promulgada por meio do Decreto nº 6.949/2009) e pela Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015). 
Parágrafo único. Para tanto, entre outras medidas, convola-se, em resolução, a 
Recomendação CNJ 27, de 16/12/2009, bem como institui-se as Comissões Permanentes 
de Acessibilidade e Inclusão. 
No art. 2º temos alguns conceitos importantes. Esses conceitos trazidos na Resolução, entretanto, 
reproduzem conceitos já estudados no Estatuto da Pessoa com Deficiência. 
Assim, com a finalidade de revisar a matéria, vamos reanalisar os conceitos, agora, com outra didática. Veja, 
primeiramente, o rol de conceitos: 
Art. 2º Para fins de aplicação desta Resolução, consideram-se: 
I - “discriminação por motivo de deficiência” significa qualquer diferenciação, exclusão ou 
restrição, por ação ou omissão, baseada em deficiência, com o propósito ou efeito de 
impedir ou impossibilitar o reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos 
âmbitos político, econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro, incluindo a recusa de 
adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas; 
II - “acessibilidade” significa possibilidade e condição de alcance para utilização, com 
segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, 
transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como 
de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso 
coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com 
mobilidade reduzida; 
III - “barreiras” significa qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite 
ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus 
direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao 
acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, 
classificadas em: 
a) “barreiras urbanísticas”: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos 
ao público ou de uso coletivo; 
b) “barreiras arquitetônicas”: as existentes nos edifícios públicos e privados; 
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c) “barreiras nos transportes”: as existentes nos sistemas e meios de transportes; 
d) “barreiras nas comunicações e na informação”: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou 
comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens 
e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da 
informação; 
e) “barreiras atitudinais”: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a 
participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades 
com as demais pessoas; e 
f) “barreiras tecnológicas”: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com 
deficiência às tecnologias. 
IV - “adaptação razoável” significa as modificações e os ajustes necessários e adequados 
que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, a 
fim de assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade 
de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades 
fundamentais; 
V - “desenho universal” significa a concepção de produtos, ambientes, programas e 
serviços a serem usados, na maior medida possível, por todas as pessoas, sem necessidade 
de adaptação ou projeto específico. O “desenho universal” não excluirá as ajudas técnicas 
para grupos específicos de pessoas com deficiência, quando necessárias; 
VI - “tecnologia assistiva” (ou “ajuda técnica”) significa produtos, equipamentos, 
dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem 
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com 
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, 
qualidade de vida e inclusão social; 
VII - “comunicação” significa forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras 
opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, 
o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os 
dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas 
auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e 
alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações; 
VIII - “atendente pessoal” significa pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem 
remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no 
exercício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os procedimentos 
identificados com profissões legalmente estabelecidas; e 
IX - “acompanhante” significa aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo 
ou não desempenhar as funções de atendente pessoal. 
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 O conceito de discriminação é extenso. Contudo, a compreensão é simples. Para não errar o conceito, se 
exigido em prova, você deve pensar que toda atitude que crie diferenciações, que implique a exclusão e a 
restrição de direitos em razão da deficiência será considerada discriminação. 
A acessibilidade, como vimos, constitui, ao mesmo tempo, um princípio que orienta tudo o que disser 
respeito às pessoas com deficiência. Esse princípio revela-se como direito e como garantia às pessoas com 
deficiência. De toda forma, a essência da acessibilidade está em criar condições favoráveis às pessoas com 
deficiência a fim de que possa gozar dos seus direitos em igualdade de condições. 
O conceito de barreiras é o conceito central do nosso estudo. Só há deficiência porque existem barreiras na 
sociedade. Se todos pudessem exercer seus direitos em condições de igualdade não teríamos deficiência, 
ainda que houvesse alguma limitação. 
 
As barreiras recebem classificações: 
BARREIRAS 
Urbanística Barreiras existentes nas vias e espaços públicos (públicos ou privados de 
usocoletivo). 
Transportes Barreiras nos meios de transporte. 
Comunicações e na 
informação. 
Barreira na expressão ou no recebimento de mensagens. 
Atitudinais Barreiras comportamentais. 
Tecnológicas Barreiras nos instrumentos de tecnologia. 
Há, entretanto, situações em que não é possível adotar instrumento que iguale o gozo de direitos em relação 
àqueles que possuem deficiências. Para essas situações, surge o conceito de adaptação do razoável, que 
implica as modificações ou ajustes que visem criar condições o máximo isonômicas. 
A plena acessibilidade ou a superação das barreiras é alcançada com a utilização de desenhos universais, que 
constitui técnica de concepção de bens e serviços plenamente acessíveis. 
Outro conceito relevante é o de tecnologia assistiva, que nada mais é do que colocar os instrumentos 
tecnológicos a favor da criação de desenhos universais e de instrumentos de acessibilidade. 
 
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Assim, para não se confundir com os conceitos, tenha em mente: 
 
Na sequência, passamos a analisar as regras protetivas. A Resolução distingue regras a serem aplicáveis a 
todas as pessoas, aos servidores públicos e aos cônjuges ou parentes de servidores que estejam em tal 
condição. 
3 - Disposições relacionadas a todas as pessoas com deficiência 
3.1 - Igualdade e suas Implicações 
Igualdade e da Inclusão 
O art. 3º, da Resolução, prevê uma regra de ação ao Poder Judiciário, que consiste na promoção de medidas 
com vistas a eliminar barreiras presentes na sociedade. O mais importante, entretanto, é que essas políticas 
devem ser desenvolvidas com urgência. 
Essas medidas urgentes devem ser adotadas para a proteção dos direitos de: 
 jurisdicionados com deficiência, ou seja, das partes que eventualmente venham postular em juízo e 
apresentem alguma limitação; e 
 servidores e serventuários com deficiência que atuem perante tribunais. 
DISCRIMINAÇÃO tratamento diferenciado em razão da deficiência
ACESSIBILIDADE
criação de condições favoráveis de gozo de direito 
em igualdade de condições entre todos
BARREIRAS
impedimentos na sociedade e na atitude das pessoas 
que obstaculizam o exercício de direitos por todas as 
pessoas em igualdade de condições
DESENHO UNIVERSAL criação de bens e serviços plenamente acessíveis
ADAPTAÇÃO 
RAZOÁVEL
técnica intermediária que viabiliza a acessibilidade o 
máximo possível quando não for possível o desenho 
universal
TECNOLOGIA 
ASSISTIVA
utilização de instrumentos de tecnologia a favor da 
acessibilidade
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Confira: 
Art. 3º A fim de promover a igualdade, adotar-se-ão, com urgência, medidas apropriadas 
para eliminar e prevenir quaisquer barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, 
nas comunicações e na informação, atitudinais ou tecnológicas, devendo-se garantir às 
pessoas com deficiência – servidores, serventuários extrajudiciais, terceirizados ou não – 
quantas adaptações razoáveis ou mesmo tecnologias assistivas sejam necessárias para 
assegurar acessibilidade plena, coibindo qualquer forma de discriminação por motivo de 
deficiência. 
Acessibilidade com Segurança e Autonomia 
A fim de garantir acessibilidade dentro do Poder Judiciário, o art. 4º prevê que devem ser promovidas três 
espécies de ações centrais: 
 desenvolvimento do atendimento ao público com deficiência; 
 adaptação arquitetônica; e 
 acesso facilitado ao transporte. 
Veja: 
Art. 4º Para promover a acessibilidade dos usuários do Poder Judiciário e dos seus serviços 
auxiliares que tenham deficiência, a qual não ocorre sem segurança ou sem autonomia, 
dever-se-á, entre outras atividades, promover: 
I - atendimento ao público – pessoal, por telefone ou por qualquer meio eletrônico – que 
seja adequado a esses usuários, inclusive aceitando e facilitando, em trâmites oficiais, o 
uso de línguas de sinais, braille, comunicação aumentativa e alternativa, e de todos os 
demais meios, modos e formatos acessíveis de comunicação, à escolha das pessoas com 
deficiência; 
II - adaptações arquitetônicas que permitam a livre e autônoma movimentação desses 
usuários, tais como rampas, elevadores e vagas de estacionamento próximas aos locais de 
atendimento; e 
III - acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais mais próximos 
possíveis aos postos de atendimento. 
Na sequência, confira os parágrafos do art. 4º: 
§ 1º A fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência em todo o processo judicial, o 
poder público deve capacitar os membros, os servidores e terceirizados que atuam no 
Poder Judiciário quanto aos direitos da pessoa com deficiência. 
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§ 2º Cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, CINCO POR CENTO de 
servidores, funcionários e terceirizados capacitados para o uso e interpretação da Libras. 
§ 3º As edificações públicas já existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com 
deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo como referência as normas de 
acessibilidade vigentes. 
§ 4º A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações deverão 
ser executadas de modo a serem acessíveis. 
§ 5º A formulação, a implementação e a manutenção das ações de acessibilidade 
atenderão às seguintes premissas básicas: 
I - eleição de prioridades, elaboração de cronograma e reserva de recursos para 
implementação das ações; e 
II - planejamento contínuo e articulado entre os setores envolvidos. 
§ 6º Para atender aos usuários externos que tenham deficiência, dever-se-á reservar, nas 
áreas de estacionamento abertas ao público, vagas próximas aos acessos de circulação de 
pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com 
deficiência e com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados, 
em PERCENTUAL EQUIVALENTE A 2% (DOIS POR CENTO) DO TOTAL, GARANTIDA, NO 
MÍNIMO, 1 (UMA) VAGA. 
§ 7º Mesmo se todas as vagas disponíveis estiverem ocupadas, a Administração deverá agir 
com o máximo de empenho para, na medida do possível, facilitar o acesso do usuário com 
deficiência às suas dependências, ainda que, para tanto, seja necessário dar acesso a vaga 
destinada ao público interno do órgão. 
Para consecução dessas atividades, faz-se necessário, segundo §§, do art. 4º, dispor de: 
 capacitação de servidores e terceirizados; 
 capacitação específica em Libras de, pelo menos, 5% dos servidores e terceirizados; 
 adaptação e construção de novos imóveis de acordo com padrões de acessibilidade; 
  viabilização de vagas específicas de estacionamento para jurisdicionados à razão de 2%, 
assegurando-se, ao menos, 1 vaga. 
Fique atento que esse último item não se aplica aos servidores com deficiência, aos quais se aplica regra 
própria a ser estudada adiante. 
O art. 5º trata da discriminação pelo custo em razão da oferta de serviço às pessoas com deficiência. O 
dispositivo, consentâneo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, é claro em explicitar que tais custos não 
podem ser diferenciados. Confira: 
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Art. 5º É PROIBIDO ao Poder Judiciário e seus serviços auxiliares impor ao usuário com 
deficiência custo anormal, direto ou indireto, para o amplo acesso a serviço público 
oferecido. 
Para realização de obras e contratação de serviços, a AdministraçãoPública Judiciária se vale do 
procedimento licitatório, previsto na Lei nº 8.666/1993. O art. 6º impõe que as licitações sejam efetuadas 
com observância das normas relativas à proteção à pessoa com deficiência, especialmente com o uso do 
desenho universal como regra geral. Quando não for possível e construção ou o serviço nos padrões do 
desenho universal, deve ser exigido das empresas contratadas a adaptação razoável. 
Confira: 
Art. 6º TODOS os procedimentos licitatórios do Poder Judiciário deverão se ater para 
produtos acessíveis às pessoas com deficiência, sejam servidores ou não. 
§ 1º O desenho universal será sempre tomado como regra de caráter geral. 
§ 2º Nas hipóteses em que comprovadamente o desenho universal não possa ser 
empreendido, deve ser adotada adaptação razoável. 
O art. 7º, da Resolução, toca em um ponto sensível dos tribunais brasileiros: a acessibilidade digital. Os 
tribunais cada vez mais têm adotado sistemas informatizados de tramitação dos processos. A informatização 
é defensável por vários aspectos, notadamente pela agilidade no trâmite processual e também pela questão 
ambiental. Contudo, há um grande desafio que vem imposto na Resolução como obrigação aos órgãos 
judiciários: a acessibilidade. 
Prevê o dispositivo que os órgãos do Poder Judiciário deverão, com urgência, providenciar a acessibilidade 
aos usuários do processo judicial eletrônico, seja ele parte, advogado, testemunha, perito, enfim, todos que 
atuarem perante o Judiciário. 
Veja: 
Art. 7º Os órgãos do Poder Judiciário deverão, com urgência, proporcionar aos seus 
usuários processo eletrônico adequado e acessível a todos os tipos de deficiência, inclusive 
às pessoas que tenham deficiência visual, auditiva ou da fala. 
§ 1º Devem ser oferecidos todos os recursos de tecnologia assistiva disponíveis para que 
a pessoa com deficiência tenha garantido o acesso à justiça, sempre que figure em um dos 
polos da ação ou atue como testemunha, partícipe da lide posta em juízo, advogado, 
defensor público, magistrado ou membro do Ministério Público. 
§ 2º A pessoa com deficiência tem garantido o acesso ao conteúdo de todos os atos 
processuais de seu interesse, inclusive no exercício da advocacia. 
No mesmo sentido do art. 5, acima estudado, o art. 8º estabelece que os servidores notariais e de registro 
não podem criar condições ou custos diferenciados para atender às pessoas com deficiência. 
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Art. 8º Os serviços notariais e de registro NÃO podem negar ou criar óbices ou condições 
diferenciadas à prestação de seus serviços em razão de deficiência do solicitante, devendo 
reconhecer sua capacidade legal plena, garantida a acessibilidade. 
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput deste artigo constitui 
discriminação em razão de deficiência. 
Assim... 
 
Para encerrar o tópico, confira-se o art. 9º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência: 
Art. 9º Os Tribunais relacionados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal de 
1988 e os serviços auxiliares do Poder Judiciário devem adotar medidas para a remoção 
de barreiras físicas, tecnológicas, arquitetônicas, de comunicação e atitudinais para 
promover o amplo e irrestrito acesso de pessoas com deficiência às suas respectivas 
carreiras e dependências e o efetivo gozo dos serviços que prestam, promovendo a 
conscientização de servidores e jurisdicionados sobre a importância da acessibilidade 
para garantir o pleno exercício de direitos. 
Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão 
O art. 10 estabelece a criação das denominadas Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão. Você 
deve ter percebido no estudo até aqui que a maioria das regras impõe deveres ao Estado. 
É dever de respeitar, de promover políticas, de adotar medidas compensatórias, de criar mecanismos de 
acessibilidade. Um dos grandes problemas enfrentados quando se trata de direitos fundamentais 
promocionais é a efetivação de tais direitos. Não se admite mais a antiga classificação que atribuía a 
determinados direitos o caráter de meramente programáticos, a fim de que fossem implementados 
progressivamente. 
O entendimento atual é no sentido de que determinadas políticas e ações do Estados merecem tratamento 
destacado, de forma que, para se exigir e para proporcionar um acompanhamento mais próximo da 
execução dessas atividades, são criados órgãos fiscalizadores. 
A Comissão da qual tratamos no art. 10 tem justamente essa finalidade: fiscalizar, planejar, elaborar e 
acompanhar projetos para a adoção das regras de acessibilidade. 
VEDA-SE
tratamento a imposição de custos 
diferenciados dos usuários com deficiência
criação de óbices, condições ou custos 
diferenciados de serviços das pessoas com 
deficiência
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Essa comissão, segundo prevê o dispositivo abaixo, deverá ser instituído no prazo de 45 dias. Os incisos desse 
dispositivo preveem uma série de metas a serem adotadas, cuja leitura é o suficiente para fins da nossa 
prova. 
Vamos lá! 
Art. 10. Serão instituídas por cada Tribunal, no PRAZO MÁXIMO DE 45 (QUARENTA E 
CINCO) DIAS, Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão, com caráter 
multidisciplinar, com participação de magistrados e servidores, com e sem deficiência, 
objetivando que essas Comissões fiscalizem, planejem, elaborem e acompanhem os 
projetos arquitetônicos de acessibilidade e projetos “pedagógicos” de treinamento e 
capacitação dos profissionais e funcionários que trabalhem com as pessoas com 
deficiência, com fixação de metas anuais, direcionados à promoção da acessibilidade para 
pessoas com deficiência, tais quais as descritas a seguir: 
I – construção e/ou reforma para garantir acessibilidade para pessoas com termos da 
normativa técnica em vigor (ABNT 9050), inclusive construção de rampas, adequação de 
sanitários, instalação de elevadores, reserva de vagas em estacionamento, instalação de 
piso tátil direcional e de alerta, sinalização sonora para pessoas com deficiência visual, bem 
como sinalizações visuais acessíveis a pessoas com deficiência auditiva, pessoas com baixa 
visão e pessoas com deficiência intelectual, adaptação de mobiliário (incluindo púlpitos), 
portas e corredores em todas as dependências e em toda a extensão (Tribunais, Fóruns, 
Juizados Especiais etc.); 
II – locação de imóveis, aquisição ou construções novas somente deverão ser feitas se com 
acessibilidade; 
III – permissão de entrada e permanência de cães-guias em todas as dependências dos 
edifícios e sua extensão; 
IV – habilitação de servidores em cursos oficiais de Linguagem Brasileira de Sinais, 
custeados pela Administração, formados por professores oriundos de instituições 
oficialmente reconhecidas no ensino de Linguagem Brasileira de Sinais para ministrar os 
cursos internos, a fim de assegurar que as secretarias e cartórios das Varas e Tribunais 
disponibilizem pessoal capacitado a atender surdos, prestando-lhes informações em 
Linguagem Brasileira de Sinais; 
V – nomeação de tradutor e intérprete de Linguagem Brasileira de Sinais, sempre que 
figurar no processo pessoa com deficiência auditiva, escolhido dentre aqueles 
devidamente habilitados e aprovados em curso oficial de tradução e interpretação de 
Linguagem Brasileira de Sinais ou detentores do certificado de proficiência em Linguagem 
Brasileira de Sinais – PROLIBRAS, nos termos do art. 19 do Decreto 5.626/2005, o qual 
deverá prestar compromisso e, em qualquer hipótese, será custeado pela administração 
dos órgãos do Judiciário; 
VI – sendo a pessoa com deficiência auditiva partícipe do processo oralizado e se assim o 
preferir, o Juiz deverá com ela se comunicarpor anotações escritas ou por meios 
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eletrônicos, o que inclui a legenda em tempo real, bem como adotar medidas que 
viabilizem a leitura labial; 
VII – nomeação ou permissão de utilização de guia-intérprete, sempre que figurar no 
processo pessoa com deficiência auditiva e visual, o qual deverá prestar compromisso e, 
em qualquer hipótese, será custeado pela administração dos órgãos do Judiciário; 
VIII – registro da audiência, caso o Juiz entenda necessário, por filmagem de todos os atos 
nela praticados, sempre que presente pessoa com deficiência auditiva; 
IX – aquisição de impressora em Braille, produção e manutenção do material de 
comunicação acessível, especialmente o website, que deverá ser compatível com a maioria 
dos softwares livres e gratuitos de leitura de tela das pessoas com deficiência visual; 
X – inclusão, em todos os editais de concursos públicos, da previsão constitucional de 
reserva de cargos para pessoas com deficiência, inclusive nos que tratam do ingresso na 
magistratura (CF, art. 37, VIII); 
XI – anotação na capa dos autos da prioridade concedida à tramitação de processos 
administrativos cuja parte seja uma pessoa com deficiência e de processos judiciais se tiver 
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, nos termos da 
Lei n. 12.008, de 06 de agosto de 2009; 
XII – realização de oficinas de conscientização de servidores e magistrados sobre os direitos 
das pessoas com deficiência; 
XIII – utilização de intérprete de Linguagem Brasileira de Sinais, legenda, audiodescrição e 
comunicação em linguagem acessível em todas as manifestações públicas, dentre elas 
propagandas, pronunciamentos oficiais, vídeos educativos, eventos e reuniões; 
XIV – disponibilização de equipamentos de autoatendimento para consulta processual 
acessíveis, com sistema de voz ou de leitura de tela para pessoas com deficiência visual, 
bem como, com altura compatível para usuários de cadeira de rodas. 
Na sequência, veja a redação do art. 11: 
Art. 11. Os órgãos do Poder Judiciário relacionados nos incisos II a VII do art. 92 da 
Constituição Federal de 1988 devem criar unidades administrativas específicas, 
diretamente vinculadas à Presidência de cada órgão, responsáveis pela implementação 
das ações da respectiva Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão. 
Esse dispositivo trata da criação de unidades administrativas específicas, que estarão vinculadas à 
Presidência do órgão judiciário, para a implementação das ações da Comissão. 
O curioso desse dispositivo é que ele não engloba os incs. I e I-A, do art. 92, da CF. Veja: 
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: 
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I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A o Conselho Nacional de Justiça; 
II - o Superior Tribunal de Justiça; 
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
Pergunta-se: 
Tais regras não obrigam o STF e o CNJ? 
Obrigam sim, é que, no âmbito de tais órgãos, existe normativa específica para tratar da questão relacionada 
à criação de entidade administrativa para assegurar a efetividade da atuação da comissão. Ademais, a 
Resolução destina-se a criar mecanismos para exigir a observância de tais regras dos demais tribunais 
brasileiros. 
O art. 12 prevê que a Comissão irá elaborar relatórios sobre a implementação das obrigações assumidas: 
Art. 12. É indispensável parecer da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão em 
questões relacionadas aos direitos das pessoas com deficiência e nos demais assuntos 
conexos à acessibilidade e inclusão no âmbito dos Tribunais. 
Por fim, o art. 13 estabelece que os prazos e os custos envolvidos na implementação dessas despesas serão 
definidos no planejamento estratégico de cada tribunal. 
Art. 13. Os prazos e as eventuais despesas decorrentes da implementação desta Resolução 
serão definidos pelos tribunais, ouvida a respectiva Comissão Permanente de 
Acessibilidade e o órgão interno responsável pela elaboração do Planejamento Estratégico, 
com vistas à sua efetiva implementação. 
3.2 - Não Discriminação 
No Estatuto das Pessoas com Deficiência há a definição de dois postulados fundamentais: a não 
discriminação e a igualdade em sentido material. O art. 14, da Resolução, simplesmente repete tais 
postulados, que devem ser observados no âmbito do Poder Judiciário. Veja: 
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Art. 14. É PROIBIDA qualquer forma de discriminação por motivo de deficiência, devendo-
se garantir às pessoas com deficiência – servidores, serventuários extrajudiciais, 
terceirizados ou não – igual e efetiva proteção legal contra a discriminação por qualquer 
motivo. 
 
3.3 - Proteção da Integridade Física e Psíquica 
A integridade refere-se ao respeito à pessoa em sua inteireza. Deve-se respeitar, portanto, tanto o corpo da 
pessoa (integridade física) como a mente (integridade psíquica). Assim, qualquer violação indevida ao corpo 
ou à mente de determinada pessoa viola sua integridade. Tal direito é também assegurado à pessoa com 
deficiência em condições de igualdade com as demais pessoas. 
É justamente isso que estabelece o art. 15, da Resolução: 
Art. 15. Toda pessoa com deficiência – servidor, serventuário extrajudicial, terceirizado ou 
não – tem o direito a que sua integridade física e mental seja respeitada, em igualdade de 
condições com as demais pessoas. 
Para a defesa da integridade física e psíquica da pessoa com deficiência em igualdade de condições, a 
Resolução cria uma condição discriminatória positiva, ou seja, tratamento diferenciado. Esse tratamento 
releva-se por intermédio do atendimento diferenciado, que abrange vários aspectos: 
 prioridade em atendimentos de proteção e socorro; 
 prioridade em atendimentos em serviços públicos em geral; 
 prioridade na disponibilização de recursos para promoção de políticas voltadas aos deficientes; 
 prioridade para acesso à informação por intermédio de recursos acessíveis; 
 prioridade na tramitação em relação aos procedimentos judiciais. 
Veja: 
Art. 16. A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo 
com a finalidade de: 
POSTULADOS DA 
PROTEÇÃO ÀS 
PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA
não discriminação
igualdade em sentido 
material
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I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
II - atendimento em todos os serviços de atendimento ao público; 
III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam 
atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas; 
IV - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; 
V - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou 
interessada, em todos os atos e diligências. 
Parágrafo único. Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acompanhante da 
pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto quanto ao disposto no inciso 
V deste artigo. 
Essas são, portanto, as regras gerais, protetivas de todos os que forem deficientes, no contato com o Poder 
Judiciário.Na sequência, vamos analisar a questão dos servidores públicos com deficiência e, 
posteriormente, dos familiares e cônjuges do servidor que possuem alguma deficiência. 
4 - Disposições relacionadas aos servidores com deficiência 
4.1 - Aplicabilidade dos Capítulos Anteriores 
Primeiramente, não obstante a lógica, o art. 17, da Resolução, afirma que as regras gerais que estudamos 
acima aplicam-se aos servidores públicos com deficiência. Veja: 
Art. 17. Aplicam-se aos servidores, aos serventuários extrajudiciais e aos terceirizados com 
deficiência, no que couber, todas as disposições previstas nos Capítulos anteriores desta 
Resolução. 
4.2 - Avaliação 
Lá no art. 2º, §2º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência, estudamos que a avaliação das limitações será 
biopsicossocial. Isso permite concluir, com mais profundidade, as variadas formas de deficiência que, em 
contato com as barreiras presentes na sociedade, impedem o gozo de direitos pelas pessoas em condições 
de igualdade. 
Veja: 
Art. 18. A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por 
equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: 
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; 
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; 
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III - a limitação no desempenho de atividades; e 
IV - a restrição de participação. 
 
Assim... 
 
4.3 - Inclusão de Pessoa com Deficiência no Serviço Público 
Na sequência, vamos passar a analisar as regras específicas contidas na Resolução voltadas para a pessoa 
com deficiência no serviço público. 
A primeira dessas regras é a que justifica todo o estudo que estamos fazendo! Veja: 
Art. 19. Os editais de concursos públicos para ingresso nos quadros do Poder Judiciário e 
de seus serviços auxiliares deverão prever, nos objetos de avaliação, disciplina que 
abarque os direitos das pessoas com deficiência. 
Portanto, o estudo das normas voltadas à proteção das pessoas com deficiência constitui obrigatoriedade! 
Como sabemos, a Lei nº 8.112/1990 assegura até 20% das vagas para pessoas com deficiência em concursos 
públicos. Essa regra é obrigatoriedade e estará presente em todo concurso do Poder Judiciário. Importante 
observar também que, uma vez empossado, o servidor com deficiência será informado de todos os seus 
direitos conforme disciplina o art. 20, abaixo citado: 
Art. 20. Imediatamente após a posse de servidor, serventuário extrajudicial ou contratação 
de terceirizado com deficiência, dever-se-á informar a ele de forma detalhada sobre seus 
direitos e sobre a existência desta Resolução. 
O art. 21, por seu turno, estabelece a obrigatoriedade de criação de um cadastro de servidores (efetivos, 
serventuários e terceirizados) com deficiência. A finalidade desse cadastro é especificar as limitações e 
necessidades decorrentes e ser atualizado anualmente. 
• impedimentos nas funções e estruturas do corpo
• fatores socioambientais, psicológicos e pessoais
• limitações para o desempenho de certas atividades
• restrições de participação.
AVALIAÇÃO DA DEFICIÊNCIA – CONSIDERA:
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Art. 21. Cada órgão do Poder Judiciário deverá manter um cadastro dos servidores, 
serventuários extrajudiciais e terceirizados com deficiência que trabalham no seu quadro. 
§ 1º Esse cadastro deve especificar as deficiências e as necessidades particulares de cada 
servidor, terceirizado ou serventuário extrajudicial. 
§ 2º A atualização do cadastro deve ser permanente, devendo ocorrer uma revisão 
detalhada uma vez por ano. 
§ 3º Na revisão anual, cada um dos servidores, serventuários extrajudiciais ou terceirizado 
com deficiência deverá ser pessoalmente questionado sobre a existência de possíveis 
sugestões ou adaptações referentes à sua plena inclusão no ambiente de trabalho. 
§ 4º Para cada sugestão dada, deverá haver uma resposta formal do Poder Judiciário em 
prazo razoável. 
Além disso, é importante destacar que, na referida revisão anual, aqueles que trabalham para o Poder 
Judiciário devem ser questionados quanto a eventuais necessidades, sugestões e adaptações necessárias a 
fim de propiciar plena inclusão social. 
Ainda sobre a inclusão da pessoa com deficiência em funções perante o Poder Judiciário, envolve o 
fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação do razoável no ambiente de trabalho. 
Confira: 
Art. 22. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação 
competitiva, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da 
legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de 
acessibilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável 
no ambiente de trabalho. 
No parágrafo único, temos uma regra específica importante: o trabalho com apoio. Esse instituto tem como 
finalidade criar uma série de condições e de prerrogativas favoráveis ao exercício de trabalho pelas pessoas 
com deficiência no âmbito dos tribunais brasileiros. Para isso, a Resolução listou uma série de diretrizes a 
serem adotadas. Vamos analisá-las: 
 prioridade de atendimento. 
Quando for verificado, na prática, que algum servidor tem dificuldade de inclusão no 
campo de trabalho, o órgão deve despender esforços, em caráter prioritário, a fim de 
adaptá-lo a atividade que seja compatível com a limitação em vista dos instrumentos de 
acessibilidade de que o órgão dispõe. 
 utilização de recursos de tecnologia assistiva, agente facilitador e apoio no ambiente de 
trabalho, para atendimento individual à pessoa com deficiência. 
 aconselhamento e apoio para definição de estratégias com vistas à superação das 
barreiras e inclusão nas atividades judiciárias. 
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 realização de avaliações periódicas. 
O sistema de avaliação tem por finalidade controlar a análise dos avanços empreendidos, 
constituindo peça fundamental para a efetiva proteção às pessoas com deficiência. 
 articulação entre setores diversos do Poder Judiciário para o desenvolvimento de 
políticas públicas voltadas à defesa dos direitos das pessoas com deficiência que atuam no 
Poder Judiciário. 
 admissão de entidade civil nas atividades voltadas para a inclusão social de servidores 
com deficiência. 
Confira: 
Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com deficiência pode ocorrer por meio 
de trabalho com apoio, observadas as seguintes diretrizes: 
I - prioridade no atendimento à pessoa com deficiência com maior dificuldade de inserção 
no campo de trabalho; 
II - provisão de suportes individualizados que atendam a necessidades específicas da 
pessoa com deficiência, inclusive a disponibilização de recursos de tecnologia assistiva, de 
agente facilitador e de apoio no ambiente de trabalho; 
III - respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa com deficiência apoiada; 
IV - oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores, com vistas à definição de 
estratégias de inclusão e de superação de barreiras, inclusive atitudinais; 
V - realização de avaliações periódicas; 
VI - articulação intersetorial das políticas públicas; e 
VII - possibilidade de participação de organizações da sociedade civil. 
Vejamos, na sequência, o art. 23: 
Art. 23. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, 
em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. 
§ 1º Os órgãos do Poder Judiciário SÃO OBRIGADOSa garantir ambientes de trabalho 
acessíveis e inclusivos. 
§ 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas, a condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo igual remuneração por 
trabalho de igual valor. 
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§ 3º É VEDADA restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação 
em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, 
admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego, ascensão 
profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão plena. 
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao acesso a cursos, 
treinamentos, educação continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e 
incentivos profissionais oferecidos pelo empregador, em igualdade de oportunidades com 
os demais empregados. 
§ 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência acessibilidade em cursos de formação 
e de capacitação. 
Esse dispositivo é muito semelhante ao art. 34, do Estatuto das Pessoas com Deficiência. Ele prevê uma série 
de condições a fim de que a pessoa com deficiência que trabalhe no Poder Judiciário não seja discriminada. 
Destaca-se: 
 As pessoas com deficiência possuem liberdade de escolha em relação à função a 
desempenhar, devendo o Poder Público lhes garantir ambiente de trabalho acessível e com 
iguais condições salariais. 
 É vedada a restrição ao trabalho da pessoa com deficiência, inclusive nas etapas de 
recrutamento, seleção, contratação, admissão, permanência no emprego, ascensão 
profissional e reabilitação. 
 A pessoa com deficiência terá direito, em igualdade com os colegas, de participar de 
cursos, treinamentos, educação continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e 
incentivos profissionais. 
 É garantida a participação da pessoa com deficiência em cursos de formação e 
capacitação. 
O art. 24, na sequência, tão somente assegura o fornecimento de tecnologia assistiva: 
Art. 24. É garantido à pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, 
práticas, processos, métodos e serviços de tecnologia assistiva que maximizem sua 
autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida. 
O art. 25 traz uma regra de fundamental importância. Vimos acima que os estacionamentos devem reservar 
um percentual mínimo de 2% às vagas de estacionamento para acesso às pessoas com deficiência nas 
instalações do Poder Judiciário. Essa regra não se aplica ao estacionamento interno! 
Em relação aos estacionamentos internos, o atendimento deverá ser individualizado, vale dizer, será 
efetuado pessoa a pessoa. Cada servidor que tiver deficiência terá, necessariamente, vaga de 
estacionamento em local próximo, se tiver a mobilidade comprometida. 
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Art. 25. Se houver qualquer tipo de estacionamento interno, será garantido ao servidor 
com deficiência que possua comprometimento de mobilidade vaga no local mais próximo 
ao seu local de trabalho. 
§ 1º O percentual aplicável aos estacionamentos externos a que se referem o art. 4º, § 6º, 
desta Resolução e o art. 47 da Lei 13.146/2015 NÃO É APLICÁVEL AO ESTACIONAMENTO 
INTERNO DO ÓRGÃO, DEVENDO-SE GARANTIR VAGA NO ESTACIONAMENTO INTERNO A 
CADA SERVIDOR COM MOBILIDADE COMPROMETIDA. 
§ 2º O caminho existente entre a vaga do estacionamento interno e o local de trabalho do 
servidor com mobilidade comprometida não deve conter qualquer tipo de barreira que 
impossibilite ou mesmo dificulte o seu acesso. 
Outra regra relevante é do art. 26. Como sabemos, com a informatização do processo judicial, o trabalho 
realizado remotamente tem se tornado frequente. Pelo “home office” o servidor consegue desempenhar 
suas atividades em casa. Se essa tecnologia estiver implantada no órgão judiciário, prevê a regra abaixo que 
deverá ser concedido preferência aos servidores com mobilidade reduzida. 
Atenção. O art. 26 fala em “prioridade”. Isso não significa “obrigatoriedade”. Quem decide por exercer, ou 
não, as funções em “home office” é o servidor com deficiência, independentemente dos custos que a 
Administração Pública tenha que despender para proporcionar a locomoção até o trabalho. 
De todo modo, quando ofertado o serviço, os servidores com deficiência têm preferência. 
Art. 26. Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do 
sistema “home office”, dever-se-á dar prioridade aos servidores com mobilidade 
comprometida que manifestem interesse na utilização desse sistema. 
§ 1º A Administração NÃO poderá obrigar o servidor com mobilidade comprometida a 
utilizar o sistema “home office”, mesmo diante da existência de muitos custos para a 
promoção da acessibilidade do servidor em seu local de trabalho. 
§ 2º Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema “home office” 
deverão ser suportados exclusivamente pela Administração. 
O art. 27 assegura aos servidores com deficiência o trabalho em condições de ergonomia. A ergonomia 
constitui uma ciência que tem por finalidade organizar o trabalho a fim de que proporcione a melhor 
adaptação possível para o exercício do trabalho humano, evitando lesões decorrentes do trabalho. 
Art. 27. Ao servidor ou terceirizado com deficiência é garantida adaptação ergonômica da 
sua estação de trabalho. 
Por fim, o art. 28 prevê preferência no atendimento à saúde das pessoas com deficiência. 
Art. 28. Se houver serviço de saúde no órgão, aos servidores com deficiência será garantido 
atendimento compatível com as suas deficiências. 
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4.4 - Horário Especial 
Para encerrar as regras relativas à proteção dos servidores públicos com deficiência, vamos tratar de uma 
regra específica referente ao horário de trabalho. 
O art. 98, do Estatuto dos Servidores Públicos Federais, disciplina que o servidor com deficiência terá direito 
a horário especial, sem a necessidade de compensação de jornada. Nesse contexto, o art. 29 estabelece 
algumas regras: 
 Não será admitida discriminação em relação aos demais servidores pelo fato de exercer 
trabalho em horário especial. 
 Se o órgão contiver sistema de banco de horas, ele poderá ser utilizado pelos servidores 
com deficiência. 
 O servidor com deficiência não poderá ser obrigado a prestar horas extras se essa 
atividade extraordinária for prejudicial à saúde do servidor. Dito de outro modo, caso não 
haja qualquer risco à saúde da pessoa com deficiência, pode-se exigir a prestação de 
atividades em regime de horas extras. 
Confira: 
Art. 29. A concessão de horário especial conforme o art. 98, § 2º, da Lei 8.112/1990 a 
servidor com deficiência não justifica qualquer atitude discriminatória. 
§ 1º Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão, também deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao 
servidor com horário especial, mas de modo proporcional. 
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou 
dificultado, colocando-o em situação de desigualdade com os demais servidores, o 
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão. 
§ 3º O servidor com horário especial não será obrigado a realizar, conforme o interesse da 
Administração, horas extras, se essa extensão da sua jornada de trabalho puder ocasionar 
qualquer dano à sua saúde. 
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos 
seus servidores, aindaque por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado 
de forma proporcional pelo servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
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5 - Disposições relacionadas aos servidores que tenham cônjuge, 
filho ou dependente com deficiência 
Vimos, até o presente, regras que se aplicam às pessoas em geral que necessitarem do Poder Judiciário e, 
neste último capítulo, regras aplicáveis aos servidores deficientes. Neste capítulo, vamos analisar duas regras 
aplicáveis aos servidores que tiverem cônjuges ou dependentes com deficiência. 
5.1 - Facilitação dos Cuidados 
Os arts. 30 e 31 estabelecem duas regras: 
 A primeira delas confere preferência ao servidor que tenha cônjuge ou dependentes 
com deficiência para o desempenho das funções em “home office”. 
 O segundo informa que, se o órgão fornecer serviço de saúde próprio, deverá oferecê-
lo ao familiar deficiente do servidor público de forma compatível com a necessidade de 
atendimento. 
Veja: 
Art. 30. Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do 
sistema “home office”, dever-se-á dar prioridade aos servidores que tenham cônjuge, filho 
ou dependente com deficiência e que manifestem interesse na utilização desse sistema. 
Art. 31. Se houver serviço de saúde no órgão, ao cônjuge, filho ou dependente com 
deficiência de servidor será garantido atendimento compatível com as suas deficiências. 
5.2 - Horário Especial 
Outra prerrogativa assegurada aos servidores que possuem familiares com deficiência é a concessão de 
horário especial, tal como estudamos em relação aos servidores com deficiência. De acordo com o art. 98, § 
3º, alterado recentemente, não há distinção entre o horário especial concedido aos servidores com 
deficiência e o horário especial concedido aos servidores que tenham cônjuge, filho ou dependente com 
deficiência, de modo que em nenhum dos dois casos haverá necessidade de compensação de horário. 
Fora essas regras, que constam da Lei nº 8.112/1990, confira o art. 32, da Resolução: 
Art. 32. A concessão de horário especial conforme o art. 98, § 3º, da Lei 8.112/1990 a 
servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência não justifica qualquer 
atitude discriminatória. 
§ 1º Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão, também deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao 
servidor com horário especial, em igualdade de condições com os demais. 
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§ 3º O servidor com horário especial NÃO será obrigado a realizar, conforme o interesse 
da Administração, horas extras, se essa extensão da sua jornada de trabalho puder 
ocasionar qualquer dano relacionado ao seu cônjuge, filho ou dependente com deficiência. 
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos 
seus servidores, ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado 
pelo servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
Note que são as mesmas regras que vimos no art. 29: 
 Não será admitida discriminação em relação aos demais servidores pelo fato de exercer 
trabalho em horário especial. 
 Se o órgão contiver sistema de banco de horas, ele poderá ser utilizado pelos servidores 
com deficiência. 
 O servidor com deficiência não poderá ser obrigado a prestar horas extras se essa 
atividade extraordinária for prejudicial a sua saúde. 
6 - Disposições Finais 
Nos dispositivos finais, temos o art. 33, que estabelece sanção de advertência àquele que, de algum modo, 
estiver vinculado ao cumprimento das normas destinadas à proteção das pessoas com deficiência. 
São as seguintes condutas tipificadas com penas de advertência: 
 não se empenhar na supressão e na prevenção de barreiras que levem à configuração 
de situações de deficiência; 
 não se empenhar na criação de condições de acessibilidade; 
 atuar de forma discriminatória em relação às pessoas com deficiência; e 
 não comunicar a autoridade competente caso tenha ciência da prática de ato ilícito 
contra direitos das pessoas com deficiência. 
Veja: 
Art. 33. Incorre em pena de advertência o servidor, terceirizado ou o serventuário 
extrajudicial que: 
I - conquanto possua atribuições relacionadas a possível eliminação e prevenção de 
quaisquer barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na 
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informação, atitudinais ou tecnológicas, não se empenhe, com a máxima celeridade 
possível, para a supressão e prevenção dessas barreiras; 
II - embora possua atribuições relacionadas à promoção de adaptações razoáveis ou ao 
oferecimento de tecnologias assistivas necessárias à acessibilidade de pessoa com 
deficiência – servidor, serventuário extrajudicial ou não –, não se empenhe, com a máxima 
celeridade possível, para estabelecer a condição de acessibilidade; 
III - no exercício das suas atribuições, tenha qualquer outra espécie de atitude 
discriminatória por motivo de deficiência ou descumpra qualquer dos termos desta 
Resolução. 
§ 1º Também incorrerá em pena de advertência o servidor ou o serventuário extrajudicial 
que, tendo conhecimento do descumprimento de um dos incisos do caput deste artigo, 
deixar de comunicá-lo à autoridade competente, para que esta promova a apuração do 
fato. 
§ 2º O fato de a conduta ter ocorrido em face de usuário ou contra servidor do mesmo 
quadro, terceirizado ou serventuário extrajudicial é indiferente para fins de aplicação da 
advertência. 
§ 3º Em razão da prioridade na tramitação dos processos administrativos destinados 
à inclusão e à não discriminação de pessoa com deficiência, a grande quantidade de 
processos a serem concluídos não justifica o afastamento de advertência pelo 
descumprimento dos deveres descritos neste artigo. 
§ 4º As práticas anteriores da Administração Pública não justificam o afastamento de 
advertência pelo descumprimento dos deveres descritos neste artigo. 
Por fim, veja o art. 34: 
Art. 34. Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. 
 
LEGISLAÇÃO DESTACADA 
 art. 2º, da Resolução 230: conceituação. 
Art. 2º Para fins de aplicação desta Resolução, consideram-se: 
I - “discriminação por motivo de deficiência” significa qualquer diferenciação, exclusão ou 
restrição, por ação ou omissão, baseada em deficiência, com o propósito ou efeito de 
impedir ou impossibilitar o reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos 
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âmbitos político, econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro, incluindo a recusa de 
adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas; 
II - “acessibilidade” significa possibilidade e condição de alcance para utilização, com 
segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, 
transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como 
de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso 
coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com 
mobilidade reduzida; 
III - “barreiras” significa qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limiteou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus 
direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao 
acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, 
classificadas em: 
a) “barreiras urbanísticas”: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos 
ao público ou de uso coletivo; 
b) “barreiras arquitetônicas”: as existentes nos edifícios públicos e privados; 
c) “barreiras nos transportes”: as existentes nos sistemas e meios de transportes; 
d) “barreiras nas comunicações e na informação”: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou 
comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens 
e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da 
informação; 
e) “barreiras atitudinais”: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a 
participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades 
com as demais pessoas; e 
f) “barreiras tecnológicas”: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com 
deficiência às tecnologias. 
IV - “adaptação razoável” significa as modificações e os ajustes necessários e adequados 
que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, a 
fim de assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade 
de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades 
fundamentais; 
V - “desenho universal” significa a concepção de produtos, ambientes, programas e 
serviços a serem usados, na maior medida possível, por todas as pessoas, sem necessidade 
de adaptação ou projeto específico. O “desenho universal” não excluirá as ajudas técnicas 
para grupos específicos de pessoas com deficiência, quando necessárias; 
VI - “tecnologia assistiva” (ou “ajuda técnica”) significa produtos, equipamentos, 
dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem 
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promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com 
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, 
qualidade de vida e inclusão social; 
VII - “comunicação” significa forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras 
opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, 
o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os 
dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas 
auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e 
alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações; 
VIII - “atendente pessoal” significa pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem 
remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no 
exercício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os procedimentos 
identificados com profissões legalmente estabelecidas; e 
IX - “acompanhante” significa aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo 
ou não desempenhar as funções de atendente pessoal. 
 art. 4º, da Resolução 230: promoção da acessibilidade no Poder Judiciário. 
Art. 4º Para promover a acessibilidade dos usuários do Poder Judiciário e dos seus serviços 
auxiliares que tenham deficiência, a qual não ocorre sem segurança ou sem autonomia, 
dever-se-á, entre outras atividades, promover: 
I - atendimento ao público – pessoal, por telefone ou por qualquer meio eletrônico – que 
seja adequado a esses usuários, inclusive aceitando e facilitando, em trâmites oficiais, o 
uso de línguas de sinais, braille, comunicação aumentativa e alternativa, e de todos os 
demais meios, modos e formatos acessíveis de comunicação, à escolha das pessoas com 
deficiência; 
II - adaptações arquitetônicas que permitam a livre e autônoma movimentação desses 
usuários, tais como rampas, elevadores e vagas de estacionamento próximas aos locais de 
atendimento; e 
III - acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais mais próximos 
possíveis aos postos de atendimento. 
§ 1º A fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência em todo o processo judicial, o 
poder público deve capacitar os membros, os servidores e terceirizados que atuam no 
Poder Judiciário quanto aos direitos da pessoa com deficiência. 
§ 2º Cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, CINCO POR CENTO de 
servidores, funcionários e terceirizados capacitados para o uso e interpretação da Libras. 
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§ 3º As edificações públicas já existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com 
deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo como referência as normas de 
acessibilidade vigentes. 
§ 4º A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações deverão 
ser executadas de modo a serem acessíveis. 
§ 5º A formulação, a implementação e a manutenção das ações de acessibilidade 
atenderão às seguintes premissas básicas: 
I - eleição de prioridades, elaboração de cronograma e reserva de recursos para 
implementação das ações; e 
II - planejamento contínuo e articulado entre os setores envolvidos. 
§ 6º Para atender aos usuários externos que tenham deficiência, dever-se-á reservar, nas 
áreas de estacionamento abertas ao público, vagas próximas aos acessos de circulação de 
pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com 
deficiência e com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados, 
em PERCENTUAL EQUIVALENTE A 2% (DOIS POR CENTO) DO TOTAL, GARANTIDA, NO 
MÍNIMO, 1 (UMA) VAGA. 
§ 7º Mesmo se todas as vagas disponíveis estiverem ocupadas, a Administração deverá agir 
com o máximo de empenho para, na medida do possível, facilitar o acesso do usuário com 
deficiência às suas dependências, ainda que, para tanto, seja necessário dar acesso a vaga 
destinada ao público interno do órgão. 
 art. 14, da Resolução 230: proibição de discriminação. 
Art. 14. É PROIBIDA qualquer forma de discriminação por motivo de deficiência, devendo-
se garantir às pessoas com deficiência – servidores, serventuários extrajudiciais, 
terceirizados ou não – igual e efetiva proteção legal contra a discriminação por qualquer 
motivo. 
 art. 16, da Resolução 230: atendimento prioritário. 
Art. 16. A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo 
com a finalidade de: 
I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
II - atendimento em todos os serviços de atendimento ao público; 
III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam 
atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas; 
IV - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; 
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V - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou 
interessada, em todos os atos e diligências. 
Parágrafo único. Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acompanhante da 
pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto quanto ao disposto no inciso 
V deste artigo. 
 art. 21, da Resolução 230: cadastro de servidores com deficiência. 
Art. 21. Cada órgão do Poder Judiciário deverá manter um cadastro dos servidores, 
serventuários extrajudiciais e terceirizados com deficiência que trabalhamno seu quadro. 
§ 1º Esse cadastro deve especificar as deficiências e as necessidades particulares de cada 
servidor, terceirizado ou serventuário extrajudicial. 
§ 2º A atualização do cadastro deve ser permanente, devendo ocorrer uma revisão 
detalhada uma vez por ano. 
§ 3º Na revisão anual, cada um dos servidores, serventuários extrajudiciais ou terceirizado 
com deficiência deverá ser pessoalmente questionado sobre a existência de possíveis 
sugestões ou adaptações referentes à sua plena inclusão no ambiente de trabalho. 
§ 4º Para cada sugestão dada, deverá haver uma resposta formal do Poder Judiciário em 
prazo razoável. 
 art. 22, da Resolução 230: inclusão no trabalho. 
Art. 22. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação 
competitiva, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da 
legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de 
acessibilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável 
no ambiente de trabalho. 
 art. 29, da Resolução 230: horário especial. 
Art. 29. A concessão de horário especial conforme o art. 98, § 2º, da Lei 8.112/1990 a 
servidor com deficiência não justifica qualquer atitude discriminatória. 
§ 1º Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão, também deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao 
servidor com horário especial, mas de modo proporcional. 
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou 
dificultado, colocando-o em situação de desigualdade com os demais servidores, o 
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão. 
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§ 3º O servidor com horário especial não será obrigado a realizar, conforme o interesse da 
Administração, horas extras, se essa extensão da sua jornada de trabalho puder ocasionar 
qualquer dano à sua saúde. 
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos 
seus servidores, ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado 
de forma proporcional pelo servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
 art. 33, da Resolução 230: penalização aos servidores. 
Art. 33. Incorre em pena de advertência o servidor, terceirizado ou o serventuário 
extrajudicial que: 
I - conquanto possua atribuições relacionadas a possível eliminação e prevenção de 
quaisquer barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na 
informação, atitudinais ou tecnológicas, não se empenhe, com a máxima celeridade 
possível, para a supressão e prevenção dessas barreiras; 
II - embora possua atribuições relacionadas à promoção de adaptações razoáveis ou ao 
oferecimento de tecnologias assistivas necessárias à acessibilidade de pessoa com 
deficiência – servidor, serventuário extrajudicial ou não –, não se empenhe, com a máxima 
celeridade possível, para estabelecer a condição de acessibilidade; 
III - no exercício das suas atribuições, tenha qualquer outra espécie de atitude 
discriminatória por motivo de deficiência ou descumpra qualquer dos termos desta 
Resolução. 
§ 1º Também incorrerá em pena de advertência o servidor ou o serventuário extrajudicial 
que, tendo conhecimento do descumprimento de um dos incisos do caput deste artigo, 
deixar de comunicá-lo à autoridade competente, para que esta promova a apuração do 
fato. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final de mais uma aula. Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. 
Estou disponível no fórum do Curso, por e-mail e, inclusive, pelo Facebook. 
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QUESTÕES COMENTADAS 
VUNESP 
1. (VUNESP/TJ SP - 2019) Hermes é servidor público do Poder Judiciário com mobilidade 
comprometida e, em seu local de trabalho, foi implementado o sistema home office. Nessa situação 
hipotética, a Resolução nº 230/2016 do CNJ estabelece que Hermes 
a) competirá pela vaga em igualdade de condições com os demais servidores da repartição que estejam 
interessados na utilização do sistema. 
b) poderá exercer o home office com prioridade sobre os demais servidores, mas terá que suportar os custos 
inerentes à sua adaptação ao sistema. 
c) somente deverá ser escolhido para exercer o home office se a Administração comprovar elevado custo 
para promover a sua acessibilidade no local de trabalho. 
d) terá prioridade para exercer o home office, desde que manifeste interesse na utilização desse sistema. 
e) deverá ser escolhido para exercer o home office, mesmo que não manifeste interesse no sistema. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Como visto acima, Hermes terá prioridade. 
A alternativa B está incorreta. Nos termos do §2º do art. 26, os custos deverão ser suportados 
exclusivamente pela Administração. 
A alternativa C está incorreta. O §1º do art. 26 veda que a Administração obrigue o servidor a utilizar o 
sistema home office: "A Administração não poderá obrigar o servidor com mobilidade comprometida a 
utilizar o sistema 'home office', mesmo diante da existência de muitos custos para a promoção da 
acessibilidade do servidor em seu local de trabalho." 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da previsão do caput do art. 26 da Resolução 
nº 230/2016 do CNJ: "Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do sistema 
'home office', dever-se-á dar prioridade aos servidores com mobilidade comprometida que manifestem 
interesse na utilização desse sistema." 
A alternativa E está incorreta. O caput do art. 26 exige manifestação de vontade do servidor. 
2. (VUNESP/TJ-SP - 2017) A Resolução n° 230/2016 do Conselho Nacional de Justiça prevê, para a 
inclusão da pessoa com deficiência no serviço público, 
a) a criação de um banco de dados nacional, com cadastro de todos os servidores, serventuários 
extrajudiciais e terceirizados com deficiência que trabalham nos quadros do Poder Judiciário, contendo 
especificações sobre suas deficiências e necessidades particulares e mantido pelo Conselho Nacional de 
Justiça. 
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b) a possibilidade de a Administração obrigar o servidor com mobilidade comprometida a utilizar o sistema 
home office, se comprovada a existência de muitos custos para a promoção da acessibilidade do servidor em 
seu local de trabalho. 
c) a não extensão a servidor com deficiência de qualquer diminuição de jornada de trabalho, por liberalidade 
do órgão, se a esse servidor já tenha sido concedido horário especial, nos termos da legislação aplicável. 
d) a colocação competitiva, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da legislação 
trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de acessibilidade, o fornecimento de 
recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável no ambiente de trabalho. 
e) a restrição ao trabalho da pessoa com deficiência em razão de sua condição, inclusive nas etapas de 
recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego, 
ascensão profissional e reabilitação profissional, sendo possível a exigência de aptidão plena. 
Comentários 
Vejamos cada uma das alternativas: 
A alternativa A está incorreta, pois a manutenção desse cadastro é feita dentro do órgão e não perante o 
CNJ. Veja:Art. 21. Cada órgão do Poder Judiciário deverá manter um cadastro dos servidores, 
serventuários extrajudiciais e terceirizados com deficiência que trabalham no seu quadro. 
§ 1º Esse cadastro deve especificar as deficiências e as necessidades particulares de cada 
servidor, terceirizado ou serventuário extrajudicial. 
§ 2º A atualização do cadastro deve ser permanente, devendo ocorrer uma revisão 
detalhada uma vez por ano. 
§ 3º Na revisão anual, cada um dos servidores, serventuários extrajudiciais ou terceirizado 
com deficiência deverá ser pessoalmente questionado sobre a existência de possíveis 
sugestões ou adaptações referentes à sua plena inclusão no ambiente de trabalho. 
§ 4º Para cada sugestão dada, deverá haver uma resposta formal do Poder Judiciário em 
prazo razoável. 
As alternativas B e C estão totalmente equivocadas, pois concede-se redução de jornada e, além disso, o 
sistema de home office será colocado à disposição, não podendo ser, como consta, obrigatoriedade. 
A alternativa D é a correta e gabarito da questão, conforme consta do art. 22, do Estatuto: 
Art. 22. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação 
competitiva, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da 
legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de 
acessibilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável 
no ambiente de trabalho. 
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Por fim, a alternativa E está incorreta. Ao contrário do afirmado, o art. 23, §3º, da Resolução, fala que é 
vedada tais restrições. 
§ 3º É VEDADA restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação 
em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, 
admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego, ascensão 
profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão plena. 
FGV 
3. (FGV/TJ CE - 2019) A Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 230/2016 trata da adequação 
das atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares aos direitos da pessoa com 
deficiência. 
Em relação à jornada de trabalho, a citada resolução estabelece que a concessão de horário especial 
conforme o art. 98, § 2º, da Lei nº 8.112/90, a servidor com deficiência não justifica qualquer atitude 
discriminatória, e que: 
a) ao servidor a quem se tenha concedido horário especial poderá ser negado ou dificultado o exercício de 
função de confiança ou de cargo em comissão, pois está em situação fática diversa em relação aos demais 
servidores; 
b) o servidor com horário especial será obrigado a realizar, em qualquer hipótese, conforme o interesse da 
Administração, horas extras, mas limitadas à terça parte de sua jornada ordinária; 
c) ao servidor que comprove possuir impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, é garantido horário especial com redução na ordem de 50% (cinquenta por cento) no cumprimento 
de sua jornada de trabalho; 
d) caso haja a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais servidores do órgão, também 
deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao servidor com horário especial, mas de modo 
proporcional; 
e) caso o órgão, por sua liberalidade, determine a diminuição da jornada de trabalho dos seus servidores, 
ainda que por curto período, esse mesmo benefício não poderá ser aproveitado pelo servidor a quem tenha 
sido concedido horário especial. 
Comentários 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Trata-se do direito positivado no §1º do art. 29 da 
Resolução nº 230/2016 do CNJ: "Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão, também deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao servidor com horário 
especial, mas de modo proporcional." 
A alternativa A está incorreta. Nos termos do §2º do art. 29 da Resolução: "Ao servidor a quem se tenha 
concedido horário especial não poderá ser negado ou dificultado, colocando-o em situação de desigualdade 
com os demais servidores, o exercício de função de confiança ou de cargo em comissão." 
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A alternativa B está incorreta. O §3º do art. 29 estabelece que o servidor com horário especial não será 
obrigado a realizar, conforme o interesse da Administração, horas extras, se essa extensão da sua jornada 
de trabalho puder ocasionar qualquer dano à sua saúde. 
A alternativa C está incorreta. Não há qualquer previsão nesse sentido na Resolução nº 230/2016 do CNJ. 
A alternativa E está incorreta. O §4º do art. 29 prevê que o benefício também é concedido ao servidor: "Se 
o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos seus servidores, ainda que 
por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado de forma proporcional pelo servidor a quem 
tenha sido concedido horário especial." 
4. (FGV/TJ-CE - 2019) A Resolução CNJ nº 230, de 22 de junho de 2016, orienta a adequação das 
atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares às determinações exaradas pela 
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e pela 
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. 
A mencionada resolução estabelece que: 
a) cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, 5% (cinco por cento) de servidores, 
funcionários e terceirizados capacitados para o uso e interpretação das Libras; 
b) as edificações públicas, exceto as já existentes, devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em 
todas as suas dependências e serviços; 
c) o Poder Judiciário e seus serviços auxiliares podem impor ao usuário com deficiência custo anormal, direto 
ou indireto, visando ao amplo acesso a serviço público oferecido; 
d) os serviços notariais e de registro podem criar óbices ou condições diferenciadas à prestação de sues 
serviços em razão de deficiência do solicitante; 
e) devem ser mantidos por cada Tribunal, Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão, cujos 
membros são necessariamente servidores com deficiência. 
Comentários 
De acordo com o art. 4º, §2º, da Res. CNJ 230, cada órgão deve dispor de, pelo menos, 5% de servidores, 
funcionários e terceirizados capacitados para o uso e interpretação da Libras. Assim, a alternativa A está 
correta e gabarito da questão. 
§ 2º Cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, cinco por cento de 
servidores, funcionários e terceirizados capacitados para o uso e interpretação da Libras. 
A alternativa B está incorreta, pois as edificações públicas já existentes também devem assegurar 
acessibilidade conforme disciplina o art. 4º, §3º, da Res. CNJ 230/2015. Veja: 
§ 3º As edificações públicas já existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com 
deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo como referência as normas de 
acessibilidade vigentes. 
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A alternativa C está incorreta, pois discriminatória. Ao contrário, o art. 5º da Resolução prevê que é proibido 
ao Poder Judiciário e seus serviços auxiliares impor ao usuário com deficiência custo anormal, direto ou 
indireto, para o amplo acesso a serviço público oferecido. Veja: 
§ 5º A formulação, a implementação e a manutenção das ações de acessibilidade 
atenderão as seguintes premissas básicas: 
I – eleição de prioridades, elaboração de cronogramae reserva de recursos para 
implementação das ações; e 
II – planejamento continuo e articulado entre os setores envolvidos. 
Do mesmo modo, os serviços notariais e de registro não podem negar ou criar óbices ou condições 
diferenciadas à prestação de seus serviços em razão de deficiência do solicitante, devendo reconhecer sua 
capacidade legal plena, garantida a acessibilidade. É o que prevê o art. 8º, que torna a alternativa D incorreta. 
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois, de acordo com o art. 10 da Resolução a Comissão é composta 
por servidores e magistrados, com e sem deficiência. 
5. (FGV/TRT-12ªR - 2017) A Resolução nº 230/2016 do CNJ orienta a adequação das atividades dos 
órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares às determinações exaradas pela Convenção 
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e pela Lei Brasileira 
de Inclusão da Pessoa com Deficiência. 
De acordo com o citado ato normativo: 
a) cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, um por cento de servidores, funcionários e 
terceirizados capacitados para o uso e a interpretação da Libras; 
b) ao Poder Judiciário e seus serviços auxiliares é proibido impor ao usuário com deficiência custo anormal, 
direto ou indireto, para o amplo acesso a serviço público oferecido; 
c) aos órgãos do Poder Judiciário é vedada a utilização de processo eletrônico aos usuários com deficiência 
visual, para não inviabilizar o princípio do acesso à justiça; 
d) as edificações públicas novas devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em todas as suas 
dependências e serviços, tendo como referência as normas de acessibilidade vigentes e as já existentes 
podem permanecer no estado em que se encontram na data da publicação da resolução; 
e) os serviços notariais e de registro podem criar condições diferenciadas ao cumprimento de suas funções 
em razão de deficiência ao solicitante, facultando reconhecer sua capacidade legal plena. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 4º, §2º, da Resolução nº 230/2016, do CNJ, cada órgão 
do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, cinco por cento de servidores, funcionários e terceirizados 
capacitados para o uso e a interpretação da Libras. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 5º, da referida Resolução: 
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Art. 5º É proibido ao Poder Judiciário e seus serviços auxiliares impor ao usuário com 
deficiência custo anormal, direto ou indireto, para o amplo acesso a serviço público 
oferecido. 
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 7º, da Resolução nº 230/2016, do CNJ, os órgãos do Poder 
Judiciário deverão, com urgência, proporcionar aos seus usuários processo eletrônico adequado e acessível 
a todos os tipos de deficiência, INCLUSIVE às pessoas que tenham DEFICIÊNCIA VISUAL, auditiva ou da fala. 
A alternativa D está incorreta. O §3º, do art. 4º, da referida Resolução, estabelece que as edificações públicas 
já existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em todas as suas dependências e 
serviços, tendo como referência as normas de acessibilidade vigentes. 
A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 8º, da Resolução nº 230/2016, do CNJ, os serviços notariais e 
de registro não podem negar ou criar óbices ou condições diferenciadas à prestação de seus serviços em 
razão de deficiência do solicitante, devendo reconhecer sua capacidade legal plena, garantindo a 
acessibilidade. 
6. (FGV/TRT-12ªR - 2017) De acordo com Resolução CNJ nº 230/2016, as Comissões Permanentes de 
Acessibilidade e Inclusão de cada Tribunal, com caráter multidisciplinar, fiscalizam, planejam, elaboram e 
acompanham os projetos arquitetônicos de acessibilidade e projetos “pedagógicos” de treinamento e 
capacitação dos profissionais e funcionários que trabalhem com as pessoas com deficiência. 
Tais comissões devem estabelecer a fixação de metas anuais, direcionadas à promoção da acessibilidade 
para pessoas com deficiência, tais como: 
a) inclusão, em todos os editais de concursos públicos, da previsão constitucional de reserva de cargos para 
pessoas com deficiência, exceto nos que tratam do ingresso na magistratura; 
b) registro da audiência, em qualquer caso, por filmagem de todos os atos nela praticados, sempre que 
presente pessoa com deficiência auditiva; 
c) nomeação ou permissão de utilização de guia-intérprete, quando figurar no processo pessoa com 
deficiência auditiva e visual, custeado pelo particular interessado; 
d) permissão de entrada e permanência de cães-guias em todas as dependências dos edifícios e sua extensão; 
e) pelo menos a metade de locação de imóveis, aquisição ou construções novas deverão ser feitas com 
acessibilidade. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 10, da Resolução nº 230/2016, do CNJ. Vamos analisar cada uma 
das alternativas: 
A alternativa A está incorreta. Segundo o inciso X, haverá, para as pessoas com deficiência, inclusão em 
todos os editais de concursos públicos, inclusive nos que tratam do ingresso na magistratura. 
Art. 10. Serão instituídas por cada Tribunal, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, 
Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão, com caráter multidisciplinar, com 
participação de magistrados e servidores, com e sem deficiência, objetivando que essas 
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Comissões fiscalizem, planejem, elaborem e acompanhem os projetos arquitetônicos de 
acessibilidade e projetos “pedagógicos” de treinamento e capacitação dos profissionais e 
funcionários que trabalhem com as pessoas com deficiência, com fixação de metas anuais, 
direcionados à promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência, tais quais as 
descritas a seguir: 
X – inclusão, em todos os editais de concursos públicos, da previsão constitucional de 
reserva de cargos para pessoas com deficiência, inclusive nos que tratam do ingresso na 
magistratura (CF, art. 37, VIII); 
A alternativa B está incorreta. De acordo com o inciso VIII, o registro de audiência será feito caso o Juiz 
entenda necessário. 
VIII – registro da audiência, caso o Juiz entenda necessário, por filmagem de todos os atos 
nela praticados, sempre que presente pessoa com deficiência auditiva; 
A alternativa C está incorreta, pois será custeado pela administração dos órgãos Judiciários, e não pelo 
particular interessado. Vejamos o inciso VII: 
VII – nomeação ou permissão de utilização de guia-intérprete, sempre que figurar no 
processo pessoa com deficiência auditiva e visual, o qual deverá prestar compromisso e, 
em qualquer hipótese, será custeado pela administração dos órgãos do Judiciário; 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o inciso III: 
III – permissão de entrada e permanência de cães-guias em todas as dependências dos 
edifícios e sua extensão; 
A alternativa E está incorreta. Com base no inciso II, as locações de imóveis, aquisição ou construções novas 
deverão ser feitas com acessibilidade. 
II – locação de imóveis, aquisição ou construções novas somente deverão ser feitas se com 
acessibilidade; 
Outras Bancas 
7. (AOCP/TRT-1ªR - 2018) A Resolução n° 230/2016 do CNJ disciplina que cada órgão do Poder 
Judiciário deverá manter um cadastro dos servidores, serventuários extrajudiciais e terceirizados com 
deficiência que trabalham no seu quadro. Esse cadastro deve especificar as deficiências e as necessidades 
particulares de cada servidor, terceirizado ou serventuário extrajudicial, sendo que a atualização desse 
cadastro deve ser permanente,devendo ocorrer uma revisão detalhada 
a) uma vez por semestre. 
b) uma vez por trimestre. 
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c) uma vez por bimestre. 
d) uma vez por ano. 
e) uma vez por biênio. 
Comentários 
A questão cobra o conhecimento do art. 21, § 2º, da Resolução n. 230/CNJ. Vejamos: 
Art. 21. Cada órgão do Poder Judiciário deverá manter um cadastro dos servidores, 
serventuários extrajudiciais e terceirizados com deficiência que trabalham no seu quadro. 
§ 1º Esse cadastro deve especificar as deficiências e as necessidades particulares de cada 
servidor, terceirizado ou serventuário extrajudicial. 
§ 2º A atualização do cadastro deve ser permanente, devendo ocorrer uma revisão 
detalhada uma vez por ano. 
Sendo assim, nosso gabarito só pode ser a alternativa D. 
8. (AOCP/TRT-1ªR - 2018) De acordo com a Resolução no 230/2016 do CNJ, a concessão de horário 
especial, conforme o art. 98, § 2o, da Lei n° 8.112/1990, a servidor com deficiência não justifica qualquer 
atitude discriminatória. Nesse sentido, assinale a alternativa INCORRETA acerca da concessão de horário 
especial a servidor com deficiência ou que possua dependente com deficiência. 
a) Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais servidores do órgão, também 
deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao servidor com horário especial, mas de modo 
proporcional. 
b) Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou dificultado, colocando-
o em situação de desigualdade com os demais servidores, o exercício de função de confiança ou de cargo 
em comissão. 
c) A concessão de horário especial é de caráter personalíssimo, não podendo ser estendida aos servidores 
que possuam dependentes com deficiência, mas tão somente aos que se enquadrem como deficientes. 
d) O servidor com horário especial não será obrigado a realizar, conforme o interesse da Administração, 
horas extras, se essa extensão da sua jornada de trabalho puder ocasionar qualquer dano à sua saúde. 
e) Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos seus servidores, 
ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado de forma proporcional pelo 
servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
Comentários 
A questão cobra o art. 29, da Resolução. Vejamos alternativa por alternativa: 
A alternativa A está correta, de acordo com o art. 29, § 1º, da Resolução: 
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§ 1º Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão, também deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao 
servidor com horário especial, mas de modo proporcional. 
A alternativa B está correta, conforme o art. 29, § 2º, da Resolução: 
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou 
dificultado, colocando-o em situação de desigualdade com os demais servidores, o 
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão. 
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão, uma vez que afronta o art. 32, da Resolução: 
Art. 32. A concessão de horário especial conforme o art. 98, § 3º, da Lei 8.112/1990 a 
servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência não justifica qualquer 
atitude discriminatória. 
A alternativa D está correta, conforma o art. 29, § 3º, da Resolução: 
§ 3º O servidor com horário especial não será obrigado a realizar, conforme o interesse da 
Administração, horas extras, se essa extensão da sua jornada de trabalho puder ocasionar 
qualquer dano à sua saúde. 
E a alternativa E está correta, de acordo com o art. 29, § 4º, da Resolução: 
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos 
seus servidores, ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado 
de forma proporcional pelo servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
9. (AOCP/TRT-1ª R - 2018) Um servidor do Poder Judiciário, enquadrado como portador de deficiência, 
pretende exercer suas atividades por meio do sistema home office, eis que isso é permitido pelo órgão no 
qual é lotado. No entanto, os custos para sua adaptação ao sistema home office são muito elevados. Nesse 
sentido, de acordo com o disciplinado na Resolução no 230/2016 do CNJ, assinale a alternativa correta. 
a) Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office deverão por ele ser 
suportados. 
b) Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office deverão ser 
suportados exclusivamente pela Administração. 
c) Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office deverão ser 
suportados parte pela Administração e parte pelo próprio servidor. 
d) Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office deverão ser 
suportados exclusivamente pela Administração, desde que dentro dos limites estabelecidos por Portaria do 
CNJ. 
e) Sendo os custos para a adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office muito elevados, não 
poderá ser concedido tal benefício ao servidor. 
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Comentários 
A questão cobra o conhecimento do art. 26, § 2º, da Res. n. 230/CNJ. Vejamos: 
§ 2º Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema “home office” 
deverão ser suportados exclusivamente pela Administração. 
Sendo assim, não há que se falar em custos suportados pelo próprio servidor ou em custos divididos. A 
resposta, portando, só pode ser a alternativa B. 
10. (AOCP/TRT-1ªR - 2018) Joaquim é servidor de órgão do Poder Judiciário, e, em razão da deficiência 
física, possui horário especial, nos termos do art. 98, §2º, da Lei nº 8.112/1990. Nesse sentido, de acordo 
com os ditames da Resolução nº 230/2916 do CNJ, caso Joaquim queira pleitear função de confiança ou 
cargo em comissão no órgão do qual é servidor, 
a) ele poderá exercer função de confiança ou cargo em comissão, desde que abdique do horário especial e 
assim fique em condição de igualdade com os demais servidores. 
b) ele não poderá exercer função de confiança devido à incompatibilidade destes com o horário especial. 
c) não poderá lhe ser negado ou dificultado, colocando-o em situação de desigualdade com os demais 
servidores, o exercício de função de confiança ou de cargo em comissão. 
d) ele poderá exercer cargo em comissão, porém não poderá exercer função de confiança em razão da 
exigência de disponibilidade total de horário desta. 
e) ele poderá exercer função de confiança ou cargo em comissão, desde que não haja outros servidores 
interessados que desempenhem suas funções em horário normal. 
Comentários 
A matéria vem disciplinada no art. 32 da Resolução CNJ 230/2016. Essa resolução prevê, em conformidade 
com a Lei 8.112/1990 a concessão de horário especial ao servidor com deficiência. Concedido o benefício, 
questiona-se se poderá exercer função de confiança ou cargo em comissão. 
Não permitir seria conduta discriminatória, pois o que determina a escolha da pessoa não é o tempo de 
exercício da função, mas a qualidade do trabalho desempenhado. A ratificar esse entendimento o art. 32, 
§2º, da Resolução prevê: 
§2º Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial NÃO poderá ser negado ou 
dificultado, colocando-o em situação de desigualdade com os demais servidores, o 
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão. 
Correta, portanto, a alternativaC, gabarito da questão. 
11. (AOCP/TRT-1ªR - 2018) O Artigo 25 da Resolução nº 230/2016 do CNJ disciplina que, se houver 
qualquer tipo de estacionamento interno nos órgãos do Poder Judiciário, será garantida ao servidor que 
possua comprometimento de mobilidade vaga no local mais próximo ao seu local de trabalho. Nesse 
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sentido, havendo mais servidores com deficiência lotados no órgão do judiciário do que vagas reservadas 
para ele, dever-se-á 
a) respeitar o mesmo percentual legal previsto para os estacionamentos externos dos órgãos. 
b) determinar que parte dos servidores com comprometimento de mobilidade trabalhem por meio do 
sistema home office. 
c) determinar que os servidores com mobilidade comprometida se submetam a uma escala, de modo que 
parte do tempo de trabalho seja desenvolvido por meio do sistema home office e parte de forma presencial 
em seu órgão de locação, adequando, assim, o número de servidores ao de vagas disponíveis no 
estacionamento interno. 
d) decidir, de maneira fundamentada, qual servidores terá direito a usufruir das vagas internas, podendo se 
utilizar da antiguidade como um dos critérios de escolha. 
e) garantir vaga no estacionamento interno a cada servidor com mobilidade comprometida, 
independentemente do percentual legal de reserva de vagas previsto para os estacionamentos externos. 
Comentários 
A regra é simples! 
Estacionamentos para atendimento ao público se submetem à regra de 2% ou, pelo menos, uma vaga. 
Estacionamentos internos dos órgãos do Poder Judiciário deverão contar tantas vagas reservadas quantos 
forem os servidores com deficiência. 
Ademais, note o que disciplina o dispositivo abaixo da Resolução: 
Art. 25. Se houver qualquer tipo de estacionamento interno, será garantido ao servidor 
com deficiência que possua comprometimento de mobilidade vaga no local mais próximo 
ao seu local de trabalho. 
§1º O percentual aplicável aos estacionamentos externos a que se referem o art. 4º, § 6º, 
desta Resolução e o art. 47 da Lei 13.146/2015 NÃO É APLICÁVEL AO ESTACIONAMENTO 
INTERNO DO ÓRGÃO, DEVENDO-SE GARANTIR VAGA NO ESTACIONAMENTO INTERNO A 
CADA SERVIDOR COM MOBILIDADE COMPROMETIDA. 
§2º O caminho existente entre a vaga do estacionamento interno e o local de trabalho do 
servidor com mobilidade comprometida não deve conter qualquer tipo de barreira que 
impossibilite ou mesmo dificulte o seu acesso. 
Logo, a alternativa E é a correta e gabarito da questão. 
12. (Inédita - 2017) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016 compete ao Poder Público, com a 
finalidade de propiciar aos usuários do Poder Judiciário com deficiência, devem ser adotadas as seguintes 
providências: 
I - Acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais mais próximos das unidades judiciárias. 
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II – Atendimento ao público por instrumentos adequados que viabilize o uso de das tecnologias assistidas de 
comunicação como o sistema de comunicação por sinais, o Braille, a comunicação aumentativa e 
alternativas, entre outros formatos acessíveis. 
III - Adaptação das salas de audiência de forma que o deficiente fique em posição de destaque na sala de 
audiência a fim de que o magistrado, servidores e demais usuários notem o deficiente e facilitem o exercício 
dos seus direitos. 
IV - Adaptações arquitetônicas de forma os usuários tenham acesso livre e autônomo às instalações do Poder 
Judiciário, tais como rampas, elevadores e vagas de estacionamento próximas. 
Assim: 
a) Está correta apenas a providência descrita no item II. 
b) Está correta apenas a providência descrita no item IV. 
c) Não estão corretas as providências descritas nos itens III e IV. 
d) Estão corretas apenas as providências descritas no item I, II e IV. 
e) Estão apenas corretas as providências descritas no item II e IV. 
Comentários 
Para responder à questão, lembre-se do art. 4º, da Resolução: 
Art. 4º Para promover a acessibilidade dos usuários do Poder Judiciário e dos seus serviços 
auxiliares que tenham deficiência, a qual não ocorre sem segurança ou sem autonomia, 
dever-se-á, entre outras atividades, promover: 
I - atendimento ao público – pessoal, por telefone ou por qualquer meio eletrônico – que 
seja adequado a esses usuários, inclusive aceitando e facilitando, em trâmites oficiais, o 
uso de línguas de sinais, braille, comunicação aumentativa e alternativa, e de todos os 
demais meios, modos e formatos acessíveis de comunicação, à escolha das pessoas com 
deficiência; 
II - adaptações arquitetônicas que permitam a livre e autônoma movimentação desses 
usuários, tais como rampas, elevadores e vagas de estacionamento próximas aos locais de 
atendimento; e 
III - acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais mais próximos 
possíveis aos postos de atendimento. 
Assim, apenas o item III não consta do rol de providências. Inclusive, é importante destacar que é totalmente 
vedado, pois cria condição discriminatória no ambiente, de modo que viola o postulado da não 
discriminação. 
Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
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13. (Inédita - 2017) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016, cada órgão do Poder Judiciário deve 
dispor de percentual mínimo de servidores, funcionários e terceirizados capacitados para o uso e 
interpretação da Libras. Esse percentual é de: 
a) 3% 
b) 5% 
c) 10% 
d) 15% 
e) 20% 
Comentários 
De acordo com o art. 4º, §2º, da Resolução CNJ nº 230/2016, esse percentual é de 5%. Veja: 
§ 2º Cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, CINCO POR CENTO de 
servidores, funcionários e terceirizados capacitados para o uso e interpretação da Libras. 
Logo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão. 
14. (Inédita - 2017) Entre as regras impositivas constantes da Resolução CNJ 230/2016 está o dever de 
os órgãos judiciários promoverem a acessibilidade dos usuários que tenham deficiência, a qual não ocorre 
sem segurança ou sem autonomia. Para tanto, uma das providências a serem adotadas é a criação de vagas 
de estacionamento próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para o 
transporte de pessoas com deficiência em percentual: 
a) equivalente a 1% do total, garantia, no mínimo 1 vaga. 
b) equivalente a 2% do total, garantia, no mínimo 1 vaga. 
c) equivalente a 5% do total, garantia, no mínimo 2 vagas. 
d) equivalente a 10% do total, garantia, no mínimo 2 vagas. 
e) equivalente a 10% do total, garantia, no mínimo 5 vagas. 
Comentários 
Para responder à questão, é necessário conhecer o art. 4º, §6º, da Resolução, que disciplina: 
§ 6º Para atender aos usuários externos que tenham deficiência, dever-se-á reservar, nas 
áreas de estacionamento abertas ao público, vagas próximas aos acessos de circulação de 
pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com 
deficiência e com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados, 
em PERCENTUAL EQUIVALENTE A 2% (DOIS POR CENTO) DO TOTAL, GARANTIDA, NO 
MÍNIMO, 1 (UMA) VAGA. 
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§ 7º Mesmo se todas as vagas disponíveis estiverem ocupadas, a Administração deverá agir 
com o máximo de empenho para, na medida do possível, facilitar o acesso do usuário com 
deficiência àssuas dependências, ainda que, para tanto, seja necessário dar acesso a vaga 
destinada ao público interno do órgão. 
Portanto, a alternativa B é a correta e gabarito da questão. 
15. (Inédita - 2017) A fim de implementar as regras constitucionais, internacionais, infraconstitucionais 
e, inclusive, as normas infralegais voltadas à proteção das pessoas com deficiência, os órgão do Poder 
Judiciário devem instituir Comissões Permanente e Acessibilidade e Inclusão no prazo máximo de: 
a) 30 dias 
b) 45 dias 
c) 60 dias 
d) 180 dias 
e) 1 ano 
Comentários 
Confira: 
Art. 10. Serão instituídas por cada Tribunal, no PRAZO MÁXIMO DE 45 (QUARENTA E 
CINCO) DIAS, Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão, com caráter 
multidisciplinar, com participação de magistrados e servidores, com e sem deficiência, 
objetivando que essas Comissões fiscalizem, planejem, elaborem e acompanhem os 
projetos arquitetônicos de acessibilidade e projetos “pedagógicos” de treinamento e 
capacitação dos profissionais e funcionários que trabalhem com as pessoas com 
deficiência, com fixação de metas anuais, direcionados à promoção da acessibilidade para 
pessoas com deficiência, tais quais as descritas a seguir: 
Logo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão. 
16. (Inédita - 2017) Em relação aos servidores públicos com deficiência que atuam perante o Poder 
Judiciário segundo a disciplina específica constante da Resolução CNJ 230/2016, assinale a alternativa 
correta: 
a) Tão logo o servidor com deficiência entre em exercício dever-se-á informar a ele de forma detalhada sobre 
seus direitos e sobre a existência da Resolução CNJ 230/2016. 
b) São asseguradas vagas de estacionamento próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente 
sinalizadas, para o transporte de pessoas com deficiência em percentual equivalente a 2% do total, garantia, 
no mínimo 1 vaga. 
c) Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do sistema “home office”, 
poderá obrigar os servidores com mobilidade comprometida a utilizar o sistema, quando a locomoção, 
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comprovadamente, trouxer muitos custos para a promoção da acessibilidade do servidor em seu local de 
trabalho. 
d) A concessão de horário especial, não justifica qualquer atitude discriminatória, contudo, não será 
admissível ao servidor com deficiência a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão. 
e) Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do sistema “home office”, 
dever-se-á dar prioridade aos servidores que tenham cônjuge, filho ou dependente com deficiência e que 
manifestem interesse na utilização desse sistema. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois as pessoas com deficiência devem ser informadas imediatamente após a 
posse, e não após o início do exercício. 
Art. 20. Imediatamente após a posse de servidor, serventuário extrajudicial ou contratação 
de terceirizado com deficiência, dever-se-á informar a ele de forma detalhada sobre seus 
direitos e sobre a existência desta Resolução. 
A alternativa B está incorreta, pois aos servidores públicos, ao contrário do acesso geral, será garantida a 
vaga, não havendo se falar em percentuais. Confira: 
Art. 25. Se houver qualquer tipo de estacionamento interno, será garantido ao servidor 
com deficiência que possua comprometimento de mobilidade vaga no local mais próximo 
ao seu local de trabalho. 
§ 1º O percentual aplicável aos estacionamentos externos a que se referem o art. 4º, § 6º, 
desta Resolução e o art. 47 da Lei 13.146/2015 NÃO É APLICÁVEL AO ESTACIONAMENTO 
INTERNO DO ÓRGÃO, DEVENDO-SE GARANTIR VAGA NO ESTACIONAMENTO INTERNO A 
CADA SERVIDOR COM MOBILIDADE COMPROMETIDA. 
A alternativa C está incorreta, pois o servidor com mobilidade reduzida tem prioridade, não obrigatoriedade, 
para o exercício de home office. Veja: 
Art. 26. Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do 
sistema “home office”, dever-se-á dar prioridade aos servidores com mobilidade 
comprometida que manifestem interesse na utilização desse sistema. 
§ 1º A Administração NÃO poderá obrigar o servidor com mobilidade comprometida a 
utilizar o sistema “home office”, mesmo diante da existência de muitos custos para a 
promoção da acessibilidade do servidor em seu local de trabalho. 
§ 2º Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema “home office” 
deverão ser suportados exclusivamente pela Administração. 
A alternativa D está incorreta em face do que prevê o art. 29, da Resolução: 
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Art. 29. A concessão de horário especial conforme o art. 98, § 2º, da Lei 8.112/1990 a 
servidor com deficiência não justifica qualquer atitude discriminatória. 
§ 1º Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão, também deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao 
servidor com horário especial, mas de modo proporcional. 
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou 
dificultado, colocando-o em situação de desigualdade com os demais servidores, o 
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão. 
§ 3º O servidor com horário especial não será obrigado a realizar, conforme o interesse da 
Administração, horas extras, se essa extensão da sua jornada de trabalho puder ocasionar 
qualquer dano à sua saúde. 
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos 
seus servidores, ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado 
de forma proporcional pelo servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme se extrai da leitura do art. 30, da Resolução: 
Art. 30. Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do 
sistema “home office”, dever-se-á dar prioridade aos servidores que tenham cônjuge, filho 
ou dependente com deficiência e que manifestem interesse na utilização desse sistema. 
17. (Inédita - 2018) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016, para promover a acessibilidade dos 
usuários do Poder Judiciário e dos seus serviços auxiliares que tenham deficiência, a qual não ocorre sem 
segurança ou sem autonomia, dever-se-á, entre outras atividades, promover: 
I – atendimento ao público adequado exclusivamente de forma pessoal. 
II – acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais mais próximos possíveis aos postos 
de atendimento. 
III – adaptações arquitetônicas que permitam a livre e autônoma movimentação do usuário pessoa com 
deficiência, exceto a utilização de rampas e elevadores. 
Estão corretos: 
a) apenas o item I 
b) apenas o item II 
c) os itens I e II 
d) os itens II e III 
e) todos os itens 
Comentários 
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O item I está equivocado, pois, de acordo com o art. 4º, I, da Resolução, o atendimento ao público será 
pessoal, por telefone ou qualquer outro meio eletrônico. Logo, não será exclusivamente de forma pessoal. 
O item II está correto e de acordo com o art. 4º, II, da Resolução. 
O item III está incorreto. De acordo com o art. 4º, III, da Resolução, embora a parte inicial esteja correta, a 
utilização de rampas e elevadores são exemplos de adaptações arquitetônicas, não exceção. 
Assim, a alternativa B é a correta e gabarito da questão. 
18. (Inédita - 2018) Paraatender aos usuários externos que tenha deficiência, os órgãos judiciários 
devem reservar, nas áreas de estacionamento abertas ao público, vagas próximas aos acessos de 
circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com deficiência 
e com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados, em: 
a) percentual equivalente a 2% do total de vagas, garantida, no mínimo, duas vagas. 
b) percentual equivalente a 5% do total de vagas, garantida, no mínimo, uma vaga. 
c) percentual equivalente a 2% do total de vagas, garantida, no mínimo, uma vaga. 
d) percentual equivalente a 5% do total de vagas, garantida, no mínimo, duas vagas. 
e) percentual equivalente a 10% do total de vagas. 
Comentários 
De acordo o art. 4º, §6º, da Resolução o percentual de vagas reservadas ao usuário é de 2% do total de vagas 
ou, pelo menos, 1. Logo, a alternativa C é a correta e gabarito da questão. 
19. (Inédita - 2018) Considerando a disciplina da Resolução CNJ 230/2016 assinale a alternativa correta: 
a) É facultativo ao Poder Judiciário e seus serviços auxiliares instituir custo ao usuário com deficiência custo 
anormal, direto ou indireto, para o amplo acesso a serviço público oferecido. 
b) Todos os procedimentos licitatórios do Poder Judiciário deverão se ater para produtos acessíveis às 
pessoas com deficiência, sejam servidores ou não. 
c) A pessoa com deficiência tem garantido o acesso ao conteúdo de todos os atos processuais de seu 
interesse, exceto no exercício da advocacia. 
d) Os serviços notariais e de registro, quando extrajudiciais, podem negar ou criar condições diferenciadas à 
prestação de seus serviços em razão de deficiência do solicitante. 
e) A formulação, a implementação e a manutenção das ações de acessibilidade atenderão ao planejamento 
contínuo e articulado entre os setores envolvidos, sem a previsão para a eleição de prioridades para 
implementação das ações. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois contraria a vedação expressa contida no art. 5º da Resolução. 
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A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, estando conforme o art. 6º da Resolução. 
A alternativa C está incorreta, pois de acordo com o art. 7º, §2º, da Resolução, a acessibilidade deverá ser 
assegurada tanto às partes processuais como aos advogados que forem deficientes. 
A alternativa D está incorreta, pois de acordo com o caput do art. 8º da Resolução todos os serviços notoriais 
e de registro devem assegurar prestação de serviços com acessibilidade, sem criar óbices ou condições 
diferenciadas para atendimento, independentemente de serem extrajudiciais ou estatizados. 
A alternativa E está incorreta, o art. 4º, §5º, prevê que na formulação, implementação e manutenção das 
ações de acessibilidade atenderão às duas premissas básicas: 
 eleição de prioridades, elaboração de cronograma e reserva de recursos para implementação das 
ações; e 
 planejamento contínuo e articulado entre os setores envolvidos. 
20. (Inédita - 2018) A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário segundo a 
redação da Resolução CNJ 230/2016. Entre as finalidades estabelecidas no diploma regulamentar consta: 
I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
II - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em 
todos os atos e diligências. 
III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em 
igualdade de condições com as demais pessoas; 
IV - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; 
V - atendimento em todos os serviços de atendimento ao público; 
Comentários 
Estão corretos os itens: 
a) I, IV e V, apenas. 
b) II, III, IV e V, apenas. 
c) I, II, III, IV e V. 
d) III e V, apenas. 
e) V, apenas. 
Comentários 
Todas as finalidades arroladas acima constam do art. 16 da Resolução. Confira: 
Art. 16. A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo 
com a finalidade de: 
I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
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II - atendimento em todos os serviços de atendimento ao público; 
III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam 
atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas; 
IV - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; 
V - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou 
interessada, em todos os atos e diligências. 
Parágrafo único. Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acompanhante da 
pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto quanto ao disposto no inciso 
V deste artigo. 
Desse modo, a alternativa C está correta e é gabarito da questão. 
21. (Inédita - 2018) Segundo a Resolução CNJ 230/2016, assinale a alternativa incorreta em relação à 
avaliação da deficiência: 
a) considerará os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo. 
b) considerará as limitações para o desempenho de atividades. 
c) observará a restrição de participação. 
d) levará em conta os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais. 
e) será realizada apenas por médicos especializados. 
Comentários 
A alternativa E é a incorreta e é o gabarito da questão. 
A avalição não será apenas médica, pelo contrário. O art. 18 da Resolução prevê que a avaliação, quando 
necessária, será biopsicossocial, em face disso será executada por equipe multiprofissionais e 
interdisciplinar. 
As demais alternativas retratam os incisos do dispositivo abaixo citado: 
Art. 18. A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por 
equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: 
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; 
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; 
III - a limitação no desempenho de atividades; e 
IV - a restrição de participação. 
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22. (Inédita - 2018) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016, o servidor deverá ser informado de 
forma detalhada sobre os direitos e sobre a existência da Resolução: 
a) no ato da inscrição no concurso público. 
b) concomitantemente à homologação do resultado final do concurso. 
c) quando da nomeação. 
d) quando da posse. 
e) no primeiro dia de efetivo exercício. 
Comentários 
De acordo com o art. 20 da Resolução, “imediatamente após a posse de servidor, serventuário extrajudicial 
ou contratação de terceirizado com deficiência, dever-se-á informar a ele de forma detalhada sobre seus 
direitos e sobre a existência” da Resolução CNJ 230/2016. 
Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
23. (Inédita - 2018) Em relação ao direito ao trabalho, considerando a disciplina expressa na Resolução 
CNJ 230/20166, assinale a alternativa incorreta: 
a) Os órgãos do Poder Judiciário são obrigados a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos. 
b) É garantida aos trabalhadores com deficiência acessibilidade em cursos de formação e de capacitação. 
c) É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em razão de sua 
condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e 
periódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência 
de aptidão plena. 
d) A pessoacom deficiência tem direito à participação e ao acesso a cursos, treinamentos, educação 
continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e incentivos profissionais oferecidos pelo 
empregador, em igualdade de oportunidades com os demais empregados. 
e) A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, a condições 
justas e favoráveis de trabalho, exceto em relação à remuneração. 
Comentários 
A alternativa E está totalmente equivocada. O art. 23, §4º, da Resolução prevê o salário equitativo entre 
qualquer trabalhador e um trabalhador com deficiência. Confira: 
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao acesso a cursos, treinamentos, 
educação continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e incentivos 
profissionais oferecidos pelo empregador, em igualdade de oportunidades com os demais 
empregados. 
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A alternativa A está correta, pois de acordo com o §1º do art. 23 da Resolução; a alternativa B está correta, 
pois de acordo com o §5º do art. 23 da Resolução; a alternativa C está correta, pois de acordo com o §3º do 
art. 23 da Resolução; e a alternativa D está correta, pois de acordo com o §4º do art. 23 da Resolução. 
24. (Inédita - 2018) Em relação ao home office para servidores judiciário com deficiência, assinale a 
alternativa correta: 
a) não é admitido, diante da necessidade de acompanhamento médico permanente pelo órgão. 
b) será assegurado 20% das vagas às pessoas com deficiência. 
c) deve-se dar prioridade aos servidores com deficiência. 
d) admite-se que o chefe da repartição determine o trabalho em home office do servidor deficiente como 
vistas ao princípio da economicidade. 
e) os custos inerentes à adaptação do servidor deficiente na modalidade home office de prestação de 
serviços deve ser rateado entre a administração e o servidor. 
Comentários 
Vejamos cada uma das alternativas. 
A alternativa A está incorreta, pois, não só é permitido como a oferta da prerrogativa é preferencial. 
A alternativa B está incorreta, pois, prevê o art. 26, §1º, que deve se dar prioridade aos servidores com 
deficiência para opção pelo home office. 
A alternativa C, por ser turno, está correta. 
A alternativa D está incorreta, pois a opção pelo trabalho home office é do servidor com deficiência, não 
podendo o chefe de secretaria ou escrivão, por exemplo, obrigá-lo. 
A alternativa E, por fim, está incorreta, pois os cursos de instalação são suportados exclusivamente pela 
administração pública, como prevê o art. 26, §2º, da Resolução. 
25. (Inédita - 2018) Em relação ao horário especial, segundo disciplina da Resolução CNJ 230/2016, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) O servidor com horário especial não será obrigado a realizar horas extras, na hipótese de a extensão da 
sua jornada de trabalho ocasionar dano à saúde. 
b) O servidor com deficiência que gozar de horário especial não poderá acumular de banco de horas. 
c) Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou dificultado, colocando-
o em situação de desigualdade com os demais servidores, o exercício de função de confiança ou de cargo 
em comissão. 
d) Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos seus servidores, 
ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado de forma proporcional pelo 
servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
e) A concessão de horário especial não justifica qualquer atitude discriminatória. 
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Comentários 
A alternativa B está incorreta, pois a Resolução é clara em informar que, ainda que goze de horário especial, 
o servidor terá direito a acumular banco de horas, tal como se depreende da leitura do art. 29, §2º, da 
Resolução. 
As demais alternativas constam todas corretas e de acordo com o art. 29 abaixo citado: 
Art. 29. A concessão de horário especial conforme o art. 98, § 2º, da Lei 8.112/1990 a 
servidor com deficiência não justifica qualquer atitude discriminatória. 
§ 1º Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão, também deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao 
servidor com horário especial, mas de modo proporcional. 
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou 
dificultado, colocando-o em situação de desigualdade com os demais servidores, o 
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão. 
§ 3º O servidor com horário especial não será obrigado a realizar, conforme o interesse da 
Administração, horas extras, se essa extensão da sua jornada de trabalho puder ocasionar 
qualquer dano à sua saúde. 
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos 
seus servidores, ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado 
de forma proporcional pelo servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
26. (Inédita - 2018) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016, se o servidor, terceirizado ou 
serventuário extrajudicial: i) não se empenhar, com a máxima celeridade possível, para a supressão e 
prevenção de barreiras, quando possuir atribuições relacionadas à possível eliminação e prevenção de 
quaisquer barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação, 
atitudinais ou tecnológicas; ii) não se empenhar, com a máxima celeridade possível, para estabelecer 
condição de acessibilidade quando estiver atuando em atividades relacionadas à promoção de adaptações 
razoáveis ou ao oferecimento de tecnologias assistivas necessárias à acessibilidade de pessoa com 
deficiência – servidor, serventuário extrajudicial ou não –, não se empenhe, com a máxima celeridade 
possível, para estabelecer a condição de acessibilidade; ou iii) atuar de forma discriminatória ou 
descumprir os termos da resolução no exercício das suas funções, sofrerá penalidade de: 
a) advertência. 
b) suspensão não superior a 15 dias. 
c) suspensão superior a 15 dias. 
d) redução de salários à razão de 1/3 
e) demissão do serviço público 
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Comentários 
De acordo com o art. 33, as condutas acima listadas implicam penalidade de advertência, de modo que a 
alternativa A é a correta e gabarito da questão. 
LISTA DE QUESTÕES 
VUNESP 
1. (VUNESP/TJ SP - 2019) Hermes é servidor público do Poder Judiciário com mobilidade 
comprometida e, em seu local de trabalho, foi implementado o sistema home office. Nessa situação 
hipotética, a Resolução nº 230/2016 do CNJ estabelece que Hermes 
a) competirá pela vaga em igualdade de condições com os demais servidores da repartição que estejam 
interessados na utilização do sistema. 
b) poderá exercer o home office com prioridade sobre os demais servidores, mas terá que suportar os custos 
inerentes à sua adaptação ao sistema. 
c) somente deverá ser escolhido para exercer o home office se a Administração comprovar elevado custo 
para promover a sua acessibilidade no local de trabalho. 
d) terá prioridade para exercer o home office, desde que manifeste interesse na utilização desse sistema. 
e) deverá ser escolhido para exercer o home office, mesmo que não manifeste interesse no sistema. 
2. (VUNESP/TJ-SP - 2017) A Resolução n° 230/2016 do Conselho Nacional de Justiça prevê, para a 
inclusão da pessoa com deficiência no serviço público, 
a) a criação de um banco de dados nacional,com cadastro de todos os servidores, serventuários 
extrajudiciais e terceirizados com deficiência que trabalham nos quadros do Poder Judiciário, contendo 
especificações sobre suas deficiências e necessidades particulares e mantido pelo Conselho Nacional de 
Justiça. 
b) a possibilidade de a Administração obrigar o servidor com mobilidade comprometida a utilizar o sistema 
home office, se comprovada a existência de muitos custos para a promoção da acessibilidade do servidor em 
seu local de trabalho. 
c) a não extensão a servidor com deficiência de qualquer diminuição de jornada de trabalho, por liberalidade 
do órgão, se a esse servidor já tenha sido concedido horário especial, nos termos da legislação aplicável. 
d) a colocação competitiva, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da legislação 
trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de acessibilidade, o fornecimento de 
recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável no ambiente de trabalho. 
e) a restrição ao trabalho da pessoa com deficiência em razão de sua condição, inclusive nas etapas de 
recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego, 
ascensão profissional e reabilitação profissional, sendo possível a exigência de aptidão plena. 
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FGV 
3. (FGV/TJ CE - 2019) A Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 230/2016 trata da adequação 
das atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares aos direitos da pessoa com 
deficiência. 
Em relação à jornada de trabalho, a citada resolução estabelece que a concessão de horário especial 
conforme o art. 98, § 2º, da Lei nº 8.112/90, a servidor com deficiência não justifica qualquer atitude 
discriminatória, e que: 
a) ao servidor a quem se tenha concedido horário especial poderá ser negado ou dificultado o exercício de 
função de confiança ou de cargo em comissão, pois está em situação fática diversa em relação aos demais 
servidores; 
b) o servidor com horário especial será obrigado a realizar, em qualquer hipótese, conforme o interesse da 
Administração, horas extras, mas limitadas à terça parte de sua jornada ordinária; 
c) ao servidor que comprove possuir impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, é garantido horário especial com redução na ordem de 50% (cinquenta por cento) no cumprimento 
de sua jornada de trabalho; 
d) caso haja a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais servidores do órgão, também 
deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao servidor com horário especial, mas de modo 
proporcional; 
e) caso o órgão, por sua liberalidade, determine a diminuição da jornada de trabalho dos seus servidores, 
ainda que por curto período, esse mesmo benefício não poderá ser aproveitado pelo servidor a quem tenha 
sido concedido horário especial. 
4. (FGV/TJ-CE - 2019) A Resolução CNJ nº 230, de 22 de junho de 2016, orienta a adequação das 
atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares às determinações exaradas pela 
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e pela 
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. 
A mencionada resolução estabelece que: 
a) cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, 5% (cinco por cento) de servidores, 
funcionários e terceirizados capacitados para o uso e interpretação das Libras; 
b) as edificações públicas, exceto as já existentes, devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em 
todas as suas dependências e serviços; 
c) o Poder Judiciário e seus serviços auxiliares podem impor ao usuário com deficiência custo anormal, direto 
ou indireto, visando ao amplo acesso a serviço público oferecido; 
d) os serviços notariais e de registro podem criar óbices ou condições diferenciadas à prestação de sues 
serviços em razão de deficiência do solicitante; 
e) devem ser mantidos por cada Tribunal, Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão, cujos 
membros são necessariamente servidores com deficiência. 
5. (FGV/TRT-12ªR - 2017) A Resolução nº 230/2016 do CNJ orienta a adequação das atividades dos 
órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares às determinações exaradas pela Convenção 
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Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e pela Lei Brasileira 
de Inclusão da Pessoa com Deficiência. 
De acordo com o citado ato normativo: 
a) cada órgão do Poder Judiciário deverá dispor de, pelo menos, um por cento de servidores, funcionários e 
terceirizados capacitados para o uso e a interpretação da Libras; 
b) ao Poder Judiciário e seus serviços auxiliares é proibido impor ao usuário com deficiência custo anormal, 
direto ou indireto, para o amplo acesso a serviço público oferecido; 
c) aos órgãos do Poder Judiciário é vedada a utilização de processo eletrônico aos usuários com deficiência 
visual, para não inviabilizar o princípio do acesso à justiça; 
d) as edificações públicas novas devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em todas as suas 
dependências e serviços, tendo como referência as normas de acessibilidade vigentes e as já existentes 
podem permanecer no estado em que se encontram na data da publicação da resolução; 
e) os serviços notariais e de registro podem criar condições diferenciadas ao cumprimento de suas funções 
em razão de deficiência ao solicitante, facultando reconhecer sua capacidade legal plena. 
6. (FGV/TRT-12ªR - 2017) De acordo com Resolução CNJ nº 230/2016, as Comissões Permanentes de 
Acessibilidade e Inclusão de cada Tribunal, com caráter multidisciplinar, fiscalizam, planejam, elaboram e 
acompanham os projetos arquitetônicos de acessibilidade e projetos “pedagógicos” de treinamento e 
capacitação dos profissionais e funcionários que trabalhem com as pessoas com deficiência. 
Tais comissões devem estabelecer a fixação de metas anuais, direcionadas à promoção da acessibilidade 
para pessoas com deficiência, tais como: 
a) inclusão, em todos os editais de concursos públicos, da previsão constitucional de reserva de cargos para 
pessoas com deficiência, exceto nos que tratam do ingresso na magistratura; 
b) registro da audiência, em qualquer caso, por filmagem de todos os atos nela praticados, sempre que 
presente pessoa com deficiência auditiva; 
c) nomeação ou permissão de utilização de guia-intérprete, quando figurar no processo pessoa com 
deficiência auditiva e visual, custeado pelo particular interessado; 
d) permissão de entrada e permanência de cães-guias em todas as dependências dos edifícios e sua extensão; 
e) pelo menos a metade de locação de imóveis, aquisição ou construções novas deverão ser feitas com 
acessibilidade. 
Outras Bancas 
7. (AOCP/TRT-1ªR - 2018) A Resolução n° 230/2016 do CNJ disciplina que cada órgão do Poder 
Judiciário deverá manter um cadastro dos servidores, serventuários extrajudiciais e terceirizados com 
deficiência que trabalham no seu quadro. Esse cadastro deve especificar as deficiências e as necessidades 
particulares de cada servidor, terceirizado ou serventuário extrajudicial, sendo que a atualização desse 
cadastro deve ser permanente, devendo ocorrer uma revisão detalhada 
a) uma vez por semestre. 
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b) uma vez por trimestre. 
c) uma vez por bimestre. 
d) uma vez por ano.e) uma vez por biênio. 
8. (AOCP/TRT-1ªR - 2018) De acordo com a Resolução no 230/2016 do CNJ, a concessão de horário 
especial, conforme o art. 98, § 2o, da Lei n° 8.112/1990, a servidor com deficiência não justifica qualquer 
atitude discriminatória. Nesse sentido, assinale a alternativa INCORRETA acerca da concessão de horário 
especial a servidor com deficiência ou que possua dependente com deficiência. 
a) Admitindo-se a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais servidores do órgão, também 
deverá ser admitida a mesma possibilidade em relação ao servidor com horário especial, mas de modo 
proporcional. 
b) Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou dificultado, colocando-
o em situação de desigualdade com os demais servidores, o exercício de função de confiança ou de cargo 
em comissão. 
c) A concessão de horário especial é de caráter personalíssimo, não podendo ser estendida aos servidores 
que possuam dependentes com deficiência, mas tão somente aos que se enquadrem como deficientes. 
d) O servidor com horário especial não será obrigado a realizar, conforme o interesse da Administração, 
horas extras, se essa extensão da sua jornada de trabalho puder ocasionar qualquer dano à sua saúde. 
e) Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos seus servidores, 
ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado de forma proporcional pelo 
servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
9. (AOCP/TRT-1ª R - 2018) Um servidor do Poder Judiciário, enquadrado como portador de deficiência, 
pretende exercer suas atividades por meio do sistema home office, eis que isso é permitido pelo órgão no 
qual é lotado. No entanto, os custos para sua adaptação ao sistema home office são muito elevados. Nesse 
sentido, de acordo com o disciplinado na Resolução no 230/2016 do CNJ, assinale a alternativa correta. 
a) Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office deverão por ele ser 
suportados. 
b) Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office deverão ser 
suportados exclusivamente pela Administração. 
c) Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office deverão ser 
suportados parte pela Administração e parte pelo próprio servidor. 
d) Os custos inerentes à adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office deverão ser 
suportados exclusivamente pela Administração, desde que dentro dos limites estabelecidos por Portaria do 
CNJ. 
e) Sendo os custos para a adaptação do servidor com deficiência ao sistema home office muito elevados, não 
poderá ser concedido tal benefício ao servidor. 
10. (AOCP/TRT-1ªR - 2018) Joaquim é servidor de órgão do Poder Judiciário, e, em razão da deficiência 
física, possui horário especial, nos termos do art. 98, §2º, da Lei nº 8.112/1990. Nesse sentido, de acordo 
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com os ditames da Resolução nº 230/2916 do CNJ, caso Joaquim queira pleitear função de confiança ou 
cargo em comissão no órgão do qual é servidor, 
a) ele poderá exercer função de confiança ou cargo em comissão, desde que abdique do horário especial e 
assim fique em condição de igualdade com os demais servidores. 
b) ele não poderá exercer função de confiança devido à incompatibilidade destes com o horário especial. 
c) não poderá lhe ser negado ou dificultado, colocando-o em situação de desigualdade com os demais 
servidores, o exercício de função de confiança ou de cargo em comissão. 
d) ele poderá exercer cargo em comissão, porém não poderá exercer função de confiança em razão da 
exigência de disponibilidade total de horário desta. 
e) ele poderá exercer função de confiança ou cargo em comissão, desde que não haja outros servidores 
interessados que desempenhem suas funções em horário normal. 
11. (AOCP/TRT-1ªR - 2018) O Artigo 25 da Resolução nº 230/2016 do CNJ disciplina que, se houver 
qualquer tipo de estacionamento interno nos órgãos do Poder Judiciário, será garantida ao servidor que 
possua comprometimento de mobilidade vaga no local mais próximo ao seu local de trabalho. Nesse 
sentido, havendo mais servidores com deficiência lotados no órgão do judiciário do que vagas reservadas 
para ele, dever-se-á 
a) respeitar o mesmo percentual legal previsto para os estacionamentos externos dos órgãos. 
b) determinar que parte dos servidores com comprometimento de mobilidade trabalhem por meio do 
sistema home office. 
c) determinar que os servidores com mobilidade comprometida se submetam a uma escala, de modo que 
parte do tempo de trabalho seja desenvolvido por meio do sistema home office e parte de forma presencial 
em seu órgão de locação, adequando, assim, o número de servidores ao de vagas disponíveis no 
estacionamento interno. 
d) decidir, de maneira fundamentada, qual servidores terá direito a usufruir das vagas internas, podendo se 
utilizar da antiguidade como um dos critérios de escolha. 
e) garantir vaga no estacionamento interno a cada servidor com mobilidade comprometida, 
independentemente do percentual legal de reserva de vagas previsto para os estacionamentos externos. 
12. (Inédita - 2017) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016 compete ao Poder Público, com a 
finalidade de propiciar aos usuários do Poder Judiciário com deficiência, devem ser adotadas as seguintes 
providências: 
I - Acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais mais próximos das unidades judiciárias. 
II – Atendimento ao público por instrumentos adequados que viabilize o uso de das tecnologias assistidas de 
comunicação como o sistema de comunicação por sinais, o Braille, a comunicação aumentativa e 
alternativas, entre outros formatos acessíveis. 
III - Adaptação das salas de audiência de forma que o deficiente fique em posição de destaque na sala de 
audiência a fim de que o magistrado, servidores e demais usuários notem o deficiente e facilitem o exercício 
dos seus direitos. 
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IV - Adaptações arquitetônicas de forma os usuários tenham acesso livre e autônomo às instalações do Poder 
Judiciário, tais como rampas, elevadores e vagas de estacionamento próximas. 
Assim: 
a) Está correta apenas a providência descrita no item II. 
b) Está correta apenas a providência descrita no item IV. 
c) Não estão corretas as providências descritas nos itens III e IV. 
d) Estão corretas apenas as providências descritas no item I, II e IV. 
e) Estão apenas corretas as providências descritas no item II e IV. 
13. (Inédita - 2017) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016, cada órgão do Poder Judiciário deve 
dispor de percentual mínimo de servidores, funcionários e terceirizados capacitados para o uso e 
interpretação da Libras. Esse percentual é de: 
a) 3% 
b) 5% 
c) 10% 
d) 15% 
e) 20% 
14. (Inédita - 2017) Entre as regras impositivas constantes da Resolução CNJ 230/2016 está o dever de 
os órgãos judiciários promoverem a acessibilidade dos usuários que tenham deficiência, a qual não ocorre 
sem segurança ou sem autonomia. Para tanto, uma das providências a serem adotadas é a criação de vagas 
de estacionamento próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para o 
transporte de pessoas com deficiência em percentual: 
a) equivalente a 1% do total, garantia, no mínimo 1 vaga. 
b) equivalente a 2% do total, garantia, no mínimo 1 vaga. 
c) equivalente a 5% do total, garantia, no mínimo 2 vagas. 
d) equivalente a 10% do total, garantia, no mínimo 2 vagas. 
e) equivalente a 10% do total, garantia, no mínimo 5 vagas.15. (Inédita - 2017) A fim de implementar as regras constitucionais, internacionais, infraconstitucionais 
e, inclusive, as normas infralegais voltadas à proteção das pessoas com deficiência, os órgão do Poder 
Judiciário devem instituir Comissões Permanente e Acessibilidade e Inclusão no prazo máximo de: 
a) 30 dias 
b) 45 dias 
c) 60 dias 
d) 180 dias 
e) 1 ano 
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16. (Inédita - 2017) Em relação aos servidores públicos com deficiência que atuam perante o Poder 
Judiciário segundo a disciplina específica constante da Resolução CNJ 230/2016, assinale a alternativa 
correta: 
a) Tão logo o servidor com deficiência entre em exercício dever-se-á informar a ele de forma detalhada sobre 
seus direitos e sobre a existência da Resolução CNJ 230/2016. 
b) São asseguradas vagas de estacionamento próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente 
sinalizadas, para o transporte de pessoas com deficiência em percentual equivalente a 2% do total, garantia, 
no mínimo 1 vaga. 
c) Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do sistema “home office”, 
poderá obrigar os servidores com mobilidade comprometida a utilizar o sistema, quando a locomoção, 
comprovadamente, trouxer muitos custos para a promoção da acessibilidade do servidor em seu local de 
trabalho. 
d) A concessão de horário especial, não justifica qualquer atitude discriminatória, contudo, não será 
admissível ao servidor com deficiência a possibilidade de acumulação de banco de horas pelos demais 
servidores do órgão. 
e) Se o órgão possibilitar aos seus servidores a realização de trabalho por meio do sistema “home office”, 
dever-se-á dar prioridade aos servidores que tenham cônjuge, filho ou dependente com deficiência e que 
manifestem interesse na utilização desse sistema. 
17. (Inédita - 2018) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016, para promover a acessibilidade dos 
usuários do Poder Judiciário e dos seus serviços auxiliares que tenham deficiência, a qual não ocorre sem 
segurança ou sem autonomia, dever-se-á, entre outras atividades, promover: 
I – atendimento ao público adequado exclusivamente de forma pessoal. 
II – acesso facilitado para a circulação de transporte público nos locais mais próximos possíveis aos postos 
de atendimento. 
III – adaptações arquitetônicas que permitam a livre e autônoma movimentação do usuário pessoa com 
deficiência, exceto a utilização de rampas e elevadores. 
Estão corretos: 
a) apenas o item I 
b) apenas o item II 
c) os itens I e II 
d) os itens II e III 
e) todos os itens 
18. (Inédita - 2018) Para atender aos usuários externos que tenha deficiência, os órgãos judiciários 
devem reservar, nas áreas de estacionamento abertas ao público, vagas próximas aos acessos de 
circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com deficiência 
e com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados, em: 
a) percentual equivalente a 2% do total de vagas, garantida, no mínimo, duas vagas. 
b) percentual equivalente a 5% do total de vagas, garantida, no mínimo, uma vaga. 
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c) percentual equivalente a 2% do total de vagas, garantida, no mínimo, uma vaga. 
d) percentual equivalente a 5% do total de vagas, garantida, no mínimo, duas vagas. 
e) percentual equivalente a 10% do total de vagas. 
19. (Inédita - 2018) Considerando a disciplina da Resolução CNJ 230/2016 assinale a alternativa correta: 
a) É facultativo ao Poder Judiciário e seus serviços auxiliares instituir custo ao usuário com deficiência custo 
anormal, direto ou indireto, para o amplo acesso a serviço público oferecido. 
b) Todos os procedimentos licitatórios do Poder Judiciário deverão se ater para produtos acessíveis às 
pessoas com deficiência, sejam servidores ou não. 
c) A pessoa com deficiência tem garantido o acesso ao conteúdo de todos os atos processuais de seu 
interesse, exceto no exercício da advocacia. 
d) Os serviços notariais e de registro, quando extrajudiciais, podem negar ou criar condições diferenciadas à 
prestação de seus serviços em razão de deficiência do solicitante. 
e) A formulação, a implementação e a manutenção das ações de acessibilidade atenderão ao planejamento 
contínuo e articulado entre os setores envolvidos, sem a previsão para a eleição de prioridades para 
implementação das ações. 
20. (Inédita - 2018) A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário segundo a 
redação da Resolução CNJ 230/2016. Entre as finalidades estabelecidas no diploma regulamentar consta: 
I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
II - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em 
todos os atos e diligências. 
III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em 
igualdade de condições com as demais pessoas; 
IV - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; 
V - atendimento em todos os serviços de atendimento ao público; 
Comentários 
Estão corretos os itens: 
a) I, IV e V, apenas. 
b) II, III, IV e V, apenas. 
c) I, II, III, IV e V. 
d) III e V, apenas. 
e) V, apenas. 
21. (Inédita - 2018) Segundo a Resolução CNJ 230/2016, assinale a alternativa incorreta em relação à 
avaliação da deficiência: 
a) considerará os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo. 
b) considerará as limitações para o desempenho de atividades. 
c) observará a restrição de participação. 
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d) levará em conta os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais. 
e) será realizada apenas por médicos especializados. 
22. (Inédita - 2018) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016, o servidor deverá ser informado de 
forma detalhada sobre os direitos e sobre a existência da Resolução: 
a) no ato da inscrição no concurso público. 
b) concomitantemente à homologação do resultado final do concurso. 
c) quando da nomeação. 
d) quando da posse. 
e) no primeiro dia de efetivo exercício. 
23. (Inédita - 2018) Em relação ao direito ao trabalho, considerando a disciplina expressa na Resolução 
CNJ 230/20166, assinale a alternativa incorreta: 
a) Os órgãos do Poder Judiciário são obrigados a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos. 
b) É garantida aos trabalhadores com deficiência acessibilidade em cursos de formação e de capacitação. 
c) É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em razão de sua 
condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e 
periódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência 
de aptidão plena. 
d) A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao acesso a cursos, treinamentos, educação 
continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e incentivos profissionais oferecidos pelo 
empregador, em igualdade de oportunidades com os demais empregados. 
e) A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, a condições 
justas e favoráveis de trabalho, exceto em relação à remuneração. 
24. (Inédita - 2018) Em relação ao home office para servidores judiciário com deficiência, assinale a 
alternativa correta: 
a) não é admitido, diante da necessidade de acompanhamento médico permanente pelo órgão. 
b) será assegurado 20% das vagas às pessoascom deficiência. 
c) deve-se dar prioridade aos servidores com deficiência. 
d) admite-se que o chefe da repartição determine o trabalho em home office do servidor deficiente como 
vistas ao princípio da economicidade. 
e) os custos inerentes à adaptação do servidor deficiente na modalidade home office de prestação de 
serviços deve ser rateado entre a administração e o servidor. 
25. (Inédita - 2018) Em relação ao horário especial, segundo disciplina da Resolução CNJ 230/2016, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) O servidor com horário especial não será obrigado a realizar horas extras, na hipótese de a extensão da 
sua jornada de trabalho ocasionar dano à saúde. 
b) O servidor com deficiência que gozar de horário especial não poderá acumular de banco de horas. 
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c) Ao servidor a quem se tenha concedido horário especial não poderá ser negado ou dificultado, colocando-
o em situação de desigualdade com os demais servidores, o exercício de função de confiança ou de cargo 
em comissão. 
d) Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuição da jornada de trabalho dos seus servidores, 
ainda que por curto período, esse mesmo benefício deverá ser aproveitado de forma proporcional pelo 
servidor a quem tenha sido concedido horário especial. 
e) A concessão de horário especial não justifica qualquer atitude discriminatória. 
26. (Inédita - 2018) De acordo com a Resolução CNJ 230/2016, se o servidor, terceirizado ou 
serventuário extrajudicial: i) não se empenhar, com a máxima celeridade possível, para a supressão e 
prevenção de barreiras, quando possuir atribuições relacionadas à possível eliminação e prevenção de 
quaisquer barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação, 
atitudinais ou tecnológicas; ii) não se empenhar, com a máxima celeridade possível, para estabelecer 
condição de acessibilidade quando estiver atuando em atividades relacionadas à promoção de adaptações 
razoáveis ou ao oferecimento de tecnologias assistivas necessárias à acessibilidade de pessoa com 
deficiência – servidor, serventuário extrajudicial ou não –, não se empenhe, com a máxima celeridade 
possível, para estabelecer a condição de acessibilidade; ou iii) atuar de forma discriminatória ou 
descumprir os termos da resolução no exercício das suas funções, sofrerá penalidade de: 
a) advertência. 
b) suspensão não superior a 15 dias. 
c) suspensão superior a 15 dias. 
d) redução de salários à razão de 1/3 
e) demissão do serviço público 
GABARITO 
1. D 
2. D 
3. D 
4. A 
5. B 
6. D 
7. D 
8. C 
9. B 
10. C 
11. E 
12. D 
13. B 
14. B 
15. B 
16. E 
17. B 
18. C 
19. B 
20. C 
21. E 
22. D 
23. E 
24. C 
25. B 
26. A
 
Ricardo Torques
Aula 06
Direito das Pessoas com Deficiência p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária)2021- Pré-Edital
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