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P UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM GERAL E ESPECIALIZADA Disciplinas: ERG0228 e ERG0237 – Semiologia e Semiotécnica CHECKLIST DE AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO ENFERMEIRO(A) / PACIENTE Considere o caso a seguir, avalie a interação entre enfermeiro(a) e paciente e registre suas impressões: Francisco da Silva, 66 anos, sexo masculino, nascido em 25/01/1956, procedente e residente em Ribeirão Preto-SP, está internado no HC, na enfermaria de clínica médica, há dois dias. Roteiro de observação - ETAPAS Realizou Não realizou Não se aplica 1. Preparar o ambiente (promover privacidade, minimizar ruídos, iluminação, temperatura, conforto ou outros estímulos) 2. Posicionar-se, conforme oportuno: - Sentado (durante a entrevista) - Em pé (ao receber o paciente) - Direcionou o olhar para o paciente - Contato (toque, se pertinente à situação) Iniciar a entrevista respeitando as suas fases: FASES DA ENTREVISTA: Apresentação e esclarecimento do objetivo da interação 3. Apresentar-se ao paciente 4. Proceder a identificação do paciente por meio de 2 identificadores (por exemplo, nome completo e data de nascimento) 5. Conferir a pulseira e a identificação no leito. 6. Explicar o propósito da entrevista usando a linguagem verbal e não verbal, a tonalidade da voz e a postura apropriadas para a abordagem terapêutica, transmitir segurança 7. Verificar condições de conforto do paciente (dor, bexiga cheia, exames em outros locais no tempo previsto de interação) FASES DA ENTREVISTA: Desenvolvimento da tarefa 8. Investigar dados relevantes da queixa atual, antecedentes familiares, história de saúde prévia, uso de medicamentos. AVALIAR SINTOMAS 9. Investigar O – ocorrência (como iniciou? Associa com algum acontecimento?) 10. Investigar P - Provocativo ou paliativo (o que provoca ou alivia a tosse?) 11. Investigar Q - Qualidade ou quantidade (descrição subjetiva da tosse) P 12. Investigar R - Região ou radiação (não se aplica) 13. Investigar S – Severidade / intensidade (qual a gravidade da tosse?) 14. Investigar T – Tempo (de surgimento) 15. Avaliar uso adequado das técnicas de comunicação durante a interação com paciente: ESCLARECIMENTO OU ABORDAGEM DA EMOÇÃO (Tell Me More) 16. Reconheceu que na fala do paciente havia um problema a ser resolvido 17. Interessou-se pelo assunto abordado dizendo “Conte-me mais” COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA EXPRESSÃO – Estimular a expressão de sentimentos e pensamentos: 18. Ouviu reflexivamente 19. Usou o silêncio terapêutico 20. Verbalizou interesse 21. Fez perguntas 22. Fez perguntas relacionadas ao que o paciente disse 23. Usou frases reticentes ou em aberto 24. Introduziu problema relacionado 25. Repetiu comentário feito pelo paciente 26. Repetiu as últimas palavras ditas pelo paciente 27. Direcionou a pergunta feita pelo paciente para a pessoa dele (desenvolveu a pergunta) 28. Verbalizou dúvidas 29. Usou frases descritivas 30. Manteve o paciente no mesmo assunto 31. Permitiu ao paciente a escolha do assunto 32. Colocou em foco a ideia principal 33. Estimulou a expressão de sentimentos subjacentes (verbalizou o implícito) 34. Disse não 35. Usou terapeuticamente o humor, se apropriado para a situação CLARIFICAÇÃO - Esclarecer (Auxiliar o paciente a esclarecer as mensagens enviadas por ele) 36. Estimulou comparações 37. Solicitou ao paciente que esclareça termos incomuns 38. Solicitou ao paciente que diga qual o agente de ação 39. Descreveu os eventos em sequência lógica VALIDAÇÃO – Validar (Repetir a mensagem do paciente e resumir o conteúdo abordado na comunicação) 40. Repetiu a mensagem do paciente 41. Solicitou ao paciente para repetir o que foi dito 42. Sumarizou o conteúdo da interação FASES DA ENTREVISTA: Conclusão P 43. Encerrar a entrevista e explicar o que será feito em seguida 44. Higienizar as mãos 45. Posicionou-se em pé, à direita do paciente. AVALIAR SINAIS INSPEÇÃO 46. Descreveu a delimitação do pulmão e as linhas torácicas. 47. Inspeção Estática: Avaliou forma do tórax; abaulamentos e retrações, condições de partes moles e arcabouço ósseo, comparar hemitórax D e E. 48. Inspeção Dinâmica: Avaliou a FR em 60 segundos, o tipo de respiração, a profundidade, a expansão respiratória, simetria e regularidade, presença de retrações inspiratórias (tiragem). PALPAÇÃO 49. Usou as polpas digitais do segundo, terceiro e quarto dedos, realizando movimentos circulares à procura de áreas sensíveis. 50. Iniciou na região acima da escápula, sobre o ápice do pulmão, indo de um lado para o outro, comparando os achados, e terminando nas bases. 51. Avaliou a expansibilidade torácica nos ápices e nas bases. 52. Avaliou o frêmito toraco-vocal ou tátil. PERCUSSÃO 53. Realizou a percussão do tórax utilizando a técnica dígito-digital. 54. Realizou percussão simétrica ou comparada. 55. Começou nos ápices dos pulmões (no nível do 2º EIC). 56. Identificou os sons: claro pulmonar (ou ressonatente), submaciço e maciço, timpânico, desencadeados pela percussão. AUSCULTA 57. Começou no ápice dos pulmões até as bases, e depois lateralmente. 58. Realizou a ausculta pulmonar nos EIC, na direção dos ápices para as bases pulmonares, comparando um lado com o outro, sem cruzar. 59. Instruiu o(a) paciente a respirar pela boca, mais profundamente que o normal, enquanto ausculta um ciclo respiratório completo. 60. Reconheceu e discutiu os mecanismos que determinam os ruídos respiratórios normais e ruídos adventícios. 61. Realizar ausculta da voz. 62. Recompôs a unidade 63. Higienizou as mãos 64. Realizou o registro no prontuário (verbalizar o que foi feito, quais resultados do OPQRST foram identificados e citar as principais técnicas de comunicação de cada grupo usadas). Referência P Dermani DB, Garbuio DC, Carvalho EC. Knowledge, applicability and importance attributed by nursing undergraduates to communicative strategies. Rev Bras Enferm. 2020;73(6):e20190411. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0411 PORTO, C. C.; PORTO, A. L. (Ed.). Exame Clínico. 8ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. * Material desenvolvido para a disciplina Semiologia e Semiotécnica da EERP-USP Primeira versão: janeiro de 2000 Última atualização: maio de 2022 http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0411